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Metodologia e epistemologia em Ciências Sociais - Professor Alexandre Massella - Segundo

Semestre 2016

Aula 01 - Apresentação

Aula 02 - Alguns instrumentos básicos da filosofia - 2/09/16

● Ideia de reconstrução é importante → maneira de explicitar certos pressupostos que estão


presentes e subjacentes em uma determinada corrente teorica de investicação. Todas
correntes partem de certos pressupostos (esses pressupostos estão muitas vezes implicitos
ou só parcialmente explicitados) de modo que é pertinente fazer uma reconstrução.
Explicitar/mostrar quais são os fundamentos que estão animando um certo programa de
investigação. Todos programas de investigação tomam algumas decisões sobre a natureza
da realidade (o que é conhecer, alguns pressupostos de natureza logica e etc).
● o que é explicar? como construir conceitos? que tecnicas devemos levantar? Tudo isso são
perguntas que cada linha teorica responde de maneiras diferentes. Fundamentação
metodologica de um certo projeto de investigação, fundamentos de um projeto de ciência.
● escolha desse ou aquele pressuposto é baseada em que? é arbritrária? Isso são perguntas
complicadas de serem respondidas, todo autor classico tem um bom nivel de consciencia
sobre as decisões que estão tomando. O que fazem é utilizar um instrumental filosofico que
está na sua época. Durkheim parte de pressupostos filosoficos de como podemos operalizar os
metodos para explicar fenomenos sociais e etc. Durkheim faz uma apropriação seletiva do que
se interessa seu projeto (pega as ideias de Mill).
● certos filósofos fundamentam uma certa linha de investigação. Pesquisador não precisa
repensar nessas questões fundamentais, mas sim adotar uma linha filosófica que pensou sobre
isso.
● objeto da metodologia teórica é a linguagem científica. Conhecimento quando se expressa na
linguagem assume um caráter público e se torna, portanto, passível de investigação. Objeto da
metodologia teórica não é do pensamento em si, mas da linguagem científica.
● uma distinção básica, análise mínima da linguagem, é entre termos e sentença
● termos: Termos tem significado e fazem referência aos objetos. definir maneira tal que
encaminhe para possibilidade de uma investigação sociologica. Uma boa definição deve ser
fértil para pesquisa. Termos fazem referencia ao um conjunto de objetos ou não
● definição deve estabelecer um campo bem delimitado de fenômenos que a teoria deve
explicar.
● sentenças: tem uma características que distinguem dos termos é que elas podem ser
verdadeiras ou falsas. Conjunto de sentenças podem construir um argumento que é validou ou
não.
● como objeto da metodologia é a linguagem cientifica, algumas definições próprias se tornam
referências para analisar a linguagem.
● bom texto da filosofia da linguagem: Alston - filosofia da linguagem
● metodologia teórica → processo de investigação, uma metateoria, tomando teorias como
objetos.
● como a metodologia analisa os vários niveis da atividade científica?
○ Primeiro nível: universo de pesquisa → envolve mapeamento do terreno,
classificação no interior do mundo social. Pressupostos que pode estudar esse
fenômeno pois apresentam uma lógica própria, leis próprias. Todas disciplinas que
já envolvem uma espécie de classificação . Quando durkheim estuda suicidio ele
está no interior de um certo universo de pesquisa, que é o que ele chama de
sociologia moral
○ outro nível é das técnicas de pesquisas → tecnologias que se mobilizam para
realizar o levantamento dos dados. Durkheim no estudo do suicidio ele utiliza
certas técnicas, analisa as estatísticas.
○ Há o plano da teoria → conceitos que pretendem ter um nível generalizado de
aplicabilidade ou não. Durkheim toma como explicação causal, a ideia de fatos
sociais e etc.
○ por fim plano da metateoria que torna como objeto de estudos esse níveis anteriores
○ metateoria → teoria → técnicas de pesquisas → universo de pesquisa.
● metateoria → pressupostos ontológicos → O que uma determinada linha de investigação
compromete uma existência real: podemos considerar que os grupos são independentes
dos individuos que compõem? ou são uma soma aritmética dos individuos e, portanto, o
grupo não é uma existência real? → esse são exemplos de pressupostos ontológicos.
● ontologia do durkheim → fatos sociais são tão reais quanto os fenômenos cósmicos. Sua
questão de explicação causal.
● ontologia do weber → ação dotada de significado é um ponto necessário para sua teoria,
dai parte a sua ontologia. Grupos analisados como feixe de ações dotadas de significados.
● ontologia do marx → relação social é fundamental para marx. Todos os conceitos ele
analisa por meio da relação social: trabalho, capital e etc são conceitos que contêm
relações sociais por trás.
● interpretações diferentes sobre natureza do conceito
● Na metateoria além dos pressupostos ontológicos, há os pressupostos epistemológicos → o
que justifica o conhecimento? como fundamentar a possibilidade de conhecer o
comportamento do outro, o significado da ação do outro? como é possível fazer isso?
○ Há um pressuposto que barra essa possibilidade → pressuposto que só conhecemos
aquilo que experimentamos. Esse pressuposto de que é preciso ser a pessoa x para
conhecer a experiência é um pressuposto que é um bloqueio qualquer pesquisa
sobre comportamento humano. Ciência tem um caráter público, conhecimento
apresentado tem que estar disponível a crítica e avaliação dos outros cientistas.
Esse pressuposto dá a ideia de que somos sujeitos espitêmicos isolados. Preciso
fazer uma distinção entre ter o conhecimento e ter a experiência de algo.
Pressuposto epistemologico de combate a essa ideia que impossibilita conhecer:
Ter a experiência não é uma condição, nem necessária e nem suficiente, para
conhecer algo. Conhecer implica muito mais do que experimentar, implica
capacidade de descrever, analisar e argumentar.
○ durkheim → levantamento epistemológica de que as pessoas que cometem
suicidio sabem porque estão fazendo isso.
○ justificativa e descobertas podem se distinguir. Justificativa é da ossada da
metodologia. Descoberta não é feita seguindo certos passos, qualquer coisa pode
influir em uma descoberta. Alguns dizem que, portanto, devem distinguir esses dois
conceitos.
● Na metateoria temos, também, pressupostos de natureza lógicos → quando se propõem
uma relação causal há uma pergunta de natureza lógica (condição necessária e condição
suficiente)
○ p → q (p é condição suficiente para q e q é condição necessária para p)
○ p←→ q (condição necessária e suficiente)
○ Ser A é condição necessária para X ser F quando é impossível que X seja F e não seja
A. Por exemplo: ter um assento é uma condição necessária para algo ser uma cadeira.
○ Ser B é uma condição suficiente para X ser F quando é impossível que X seja B e não
seja F. Por exemplo: ser um ser humano é uma condição suficiente (mas não
necessária) para algo ser um animal.
○ Ser C é uma condição necessária e suficiente para X ser F quando é impossível tanto
que X seja F sem ser C quanto X ser C sem ser F. Por exemplo: ser formado por
moléculas compostas de dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio é uma
condição necessária e suficiente para algo ser água. De modo geral, se A é uma
condição necessária para que algo x seja F, então se x não for A, então x não é F e,
necessariamente, se x for F, então x é A. Por outro lado, se B for uma condição
suficiente para que algo x seja F, então se x for B, então x é F.

● três planos da metateoria: ontológico, epistemológicos e lógicos.

Aula 03 - a questão da explicação científica - 16/09

● não confundir explicação com confirmação. Uma coisa é fornecer evidência que algo ocorreu
e outra é explicar. Fornecer evidência envolve muita atividade teórica.
● outra distinção importante é explicação e justificação. explicar é cadeias de precedentes e
condições, já justificar é avaliar o fato a luz de padrão moral (conjuntos de valores).
explicacão não está comprometendo o sujeito como a justificação esta. Apresentar todas as
condições e precedentes de tal ato não toda o ato aceitável, mas inteligível.
● não confundir explicação com redução ao familiar. explicar que há lógica nas ações de
determinadas crenças não é correspondente a uma redução ao familiar.
● caracterizar a explição é apresentar ela como uma resposta com uma questão do tipo “por
que?” (Por que algo ocorreu? por que acontece assim?). Nem toda pergunta do tipo “por
que?” requer uma explicação científica.
● que outro tipo de pergunta uma explicação científica poderia responder? “como é possível
que tenha ocorrido” quando aventura em explicar como a causa produz efeito → levado a
postular coisas como atores que falam escolhas racionais ou outros mecanismos
psicologicos menos racionais. Perguntas “como é possível” levar a explicitar os
mecanismos causais
● explicação é um argumento, portanto algo que coloca em jogo entidades linguisticas,
mecanismo da linguagem. Analise explicação como um argumento - conjunto de sentenças,
expressões linguisticas - explicação se dão entre coisas e não entre entidades linguisticas.
● explicação é um argumento e, portanto, pode ser um argumento dedutivo, um argumento
indutivo. Por isso é preciso alguns critéritos para distinguir um argumento do outro.
● dedutivo: conclusões estão já nas premissas. ou é valido ou não. acréscimo de premissas não
altera o argumento. se as premissas são verdadeiras as conclusões são verdadeiras.
● indutivo: conclusão amplia aquilo que estava presente nas premissas. graus de forças.
acréscimo de premissas altera a força . posso ter premissas verdadeiras, mas conclusões
falsas.
● indutivo: fatos → teoria (novas informações serem agregadas, não há verdade universal)
● dedutivo: fatos ← teoria
● leis da natureza → noção chave do texto.
● depende de podermos identificar certas regularidades. explicação consiste em subsumir fatos
e regularidades a leis
● que fatos e regularidades podem ser subsumidos em leis e quais não podem?
● leis da natureza → como caracteriza-los?
● regularidades no mundo humanos estão vinculadas a noções de obediência, normas, valores e
etc. enquanto no mundo da natureza isso não tem lógica, um outro regime lógico que opera.
● noção de lei no mundo natural é muito diferente de noções associadas de leis no mundo
humano
● é um erro substancial procurar leis naturais, do mundo da natureza, no mundo humano.
● leis da natureza → caráter de universalidade; autorizam os chamados enunciados
contrafactuais; autorizam alguns enunciados modais de necessidade e possibilidade.
● o que torna uma explicação estatística relevante não é a alta probabilidade, mas sim se ela é
maior do que a outra explicação estatística. desde que seja uma probabilidade maior que a
outra, ela pode ter relevância estatística. relevância estatística tem idea de comparar
probabilidade.
● explicação envolve o contexto que esta recebendo explicação (pode fracassar não porque ela
não corresponde a critério lógicos formais, mas sim por não fazer parte daquele que está
ouvindo)
● proprio significado da pergunta depende de considerações contextuais.
● estudar a linguagem do povo de vista de questões sintáticos → como o simbolo deve ser
combinados
● estudar a linguagem do ponto de vista da semántica → como os termos ganham
significados; como a setências ganham significados → questões dos significados
● estudar a linguagem do ponto de vista pragmático → associações na situação.
● Anotações Messias:
○ Abordagem dedutiva → Hempel
○ lógico - formal
○ identificar a forma da explicação científica
○ abstrai o contexto (estoque de conhecimento, explicativas, como o significado se
altera etc) das explicações
○ Uso do termo explicações → texto do Salmar
○ uma coisa é fornecer evidências para alguma coisa, mas explicar algo é diferente
○ justificação é diferente de explicação → avaliar o fato a luz de um padrão moral
○ explicar é diferente de reduzir incomum ao familiar → mostrar que a ação humana
é sensta sempre a certas crenças e propósitos > pensar eventos naturais com
comportamento humano (antropomórfico): propósito e finalidade
○ explicação como resposta do tipo por que → são todas as explicações científicas
resposta p perguntas do tipo por que?
○ divergência sobre a pergunta “como é possível?” → é legítima ou não? depende de
como se entende a causalidade
○ Hempel: jamais podemos saber como A causa B. Estreitas a relações entre A e B com
elos intermediários, mas são de mesma natureza do A (essa lógica é de hume)
○ Durkheim: “como” é uma pergunta legítima: atingir a relação causal e depois
pergunta-se como se formou. levado a postular decisões individuais, crenças, valores,
mecanismos psicológicos.
○ Hempel: a explicação é um argumento relação entre entidade lingusticas (conjunto de
sentenças) e não entre coisas.
○ pode ser um argumento indutivo ou dedutivo → precisa de um critério para
diferenciar um tipo do outro
○ dedutivo: a conclusão está, de alguma forma, até implícita, presente nas premissas.
Para afirmar a conclusão é preciso afirmar as premissas
○ indutivos: a conclusão vão alem das premissas, ampliam as premissas.
○ Hempel: posso explicar particularidade (ocorrência) ou leis (generalidade,
regularidades) → uma teoria pode explicar regularidade em diversas outras teorias.
○ progresso da ciência como cumulativo: é uma visão - depende do conceito-chave: leis
da natureza, distinguir a regularidade entre si.
○ explicação: subsume o evento em fatos e regularidade que sejam leis.
○ como caracterizar uma lei? é possível encontrar leis no mundo social? complexidade
humana dificulta a descobertas de leis? as regularidades humanas são da mesma
lógica do mundo da natureza?
○ se elas existem (leis), quais são critérios para diferencia-las? o fato de não fazerem
referências a objetos, particularidade. não existem desobediência das leis da natureza
○ leis x convenções (guiadas por normas)
○ discussão de leis são meta legítimo p explicação científica do mundo social.
○ hempel: existem também leis propabilísticas.
○ modelo dedutivo-estatístico: explicar uma regularidade estatística para outra
regularidade estatística
○ modelo indutivo-estatístico: explicar ocorrências particulares, ir além das premissas.
○ crítica do modelo do Hempel: possuem explicações boas que não satisfazem os
critérios do modelo (ou vice-versa)
■ entender o que deve ser explicado e as condições iniciais: direção da
causalidade → precedência de um termo em relação ao outro.
○ uma alta probabilidade é suficiente para uma boa explicação: o que torna relevante é a
comparação entre probabilidades, probabilidade relativa
○ as evidências probabilísticas são provisórias e incompletas ou a natureza possui um
fator estatístico e são evidências completas?
■ Solução do Durkheim: quantos mas não quais, abrir o imponderável no
determinado.
○ uma explicação pode fracassar porque pode houver incomunicabilidade na situação
de argumentação
○ o significado da pergunta depende da ênfase que o sujeito impõem aos termos: a
proposição pode ter mesmo termos, mas obter diferentes significados

Aula 04 – 21/09/16

· Em que sentido podemos trabalhar com essa noção de que a explicação exige uma lei? Bom, uma
maneira é explicação exige uma lei no sentido lógico de exigir. Ideia inicial do Hempel.
· Há uma exigência logica para transformar a explicação em um argumento dedutivo válido. Para que
seja logicamente válida é necessária colocar o argumento
· Nesse sentido de exigir uma generalização, exigir uma lei, podemos dizer que o sujeito que fornece
uma explicação está logicamente comprometido com uma lei. Esse é o sentido mais forte do vinculo
entre a explicação e a lei.
· Vamos trabalhar com essa noção. Exigencia no sentido forte do termo.
· Tentar transformar a explicação menos geral e dar mais conteúdo para explicação à sustância a
explicação
· Dilema: ou uma generalização muito ampla ou formular uma explicação com conteúdo, qualificação,
mais circunstância, entretanto facilmente refutada.
· Se há nesse sentido forte de que explicação exige uma generalização, podemos afrouxar um pouco
mais o vinculo. Ao invés disso podemos dizer que uma explicação pode sugerir um caminho para
generalização.
· Uma coisa é dizer que uma lei está logicamente intrincada em uma generalização outra é dizer que
uma explicação sugere uma generalização.
· Nessa segunda não faz sentido dizer que a verdade da explicação depende de um generalização.
Verdade da explicação não precisa depender daquilo que sugere.
· Custo da nova maneira de interpretar um vinculo entre explicação e generalização é alto. Explicação,
nessa noção, não é falseada se a lei por ela sugerida for falsa.
· Outra maneira de tornar o modelo aplicável a historia é não afrouxar o vinculo, mas afrouxar o
critério que utilizamos para identificar ou considerar uma preposição como uma lei.
· Tornar o modelo aplicável a historia exige adaptações do modelo, essas adaptações ameacem que o
modelo abra mão de algumas características logicas (pelo menos a primeira adaptação, de afrouxar o
vinculo).
· Que medida temos ai uma lei probabilista que de fato explica uma medida particular.
· Afrouxar o critério do que é lei não é satisfatória porque sempre possível perguntar em que medida
uma lei probabilista explica o critério particular. Não sabemos se estamos mesmo diante de uma
explicação.
· Afrouxar o vinculo do evento a ser explicado e a explicação também nos deixas com um modelo de
explicação que não possui todas as características lógicas.
· Questão é se um historiador pode ser convencido de que há algum sentido de sua explicação se tornar
completa?
· Convencer o historiador de que suas explicações podem ser completadas.
· Ideia de que os eventos históricos são únicos é mencionada sobre Hempel à não concorda muito com
essa ideia, argumenta que os eventos tem infinitos aspectos, propriedades e qualidades e que para
entender precisamos classifica-los em tipos. Aspectos que tornam similares, não podemos estudar
aquilo que é absolutamente único não seria possível, pois não teríamos critérios para
encontrar/analisar aquilo que seria relevante. Estaríamos finados a fazer uma descrição exaustiva de
um evento único.
· Por isso na própria linguagem temos termos classificatórios, não apenas na ciência.
· Trabalhar com essa ideia de os eventos são únicos, mas de uma maneira que a ciência seja plausível.
Trabalhar de uma maneira tal que permita entender a tarefa do historiador sem compremeter o
historiador com a falsa alternativa (ou fazemos descrição exaustiva, ou classificamos)
· Falsa alternativa essa logica de que ou fazemos uma descrição exaustiva ou classificamos.
· Podemos dizer que uma conquista ou revolução foi única (no sentido de que há um tempo e espaço
único), porém não foi única no sentido que podemos toma-la como uma instância do caso mais geral
das revoluções (tipos ideais?)
· Ideia de que temos que tratar essa noção de única em um sentido muito relativo. Eventos e
acontecimentos podem ser peculiares e é isso que interessa o historiador. Como a Revolução francesa
tem a sua peculiaridade no interior da ideia de uma revolução à podemos trabalhar com essas duas
ideias
· Podemos trabalhar aquilo único da revolução francesa tendo em noção o que as revoluções tem em
comum. Posso fazer isso, mas não é o que o historiador está interessado em fazer.
· Historiador está interessado em outra coisa, está interessado entender o que há de peculiar em um
evento. Não está interessado em explicar a revolução francesa na qualidade de uma revolução, mas o
rumo peculiar que esse movimento possui. A peculiaridade pode exigir comparações com outros
eventos, mas a ênfase é sempre a particularidade.
· Estudar revolução como um evento diferente daquilo da classe das revoluções. Não precisa recorrer a
leis gerais obtidas pela ciência da revolução para explicar a revolução francesa.
· Historiadores classificam aquilo que eles estudam, essa operação de classificação mostra que não
estão estudando aquilo que é único. Critica que pode dizer é que ao dizer isso Hempel está
desconsiderado algo importante que é o modo como historiadores e cientistas naturais usam os termos
classificatórios.
· Maneiras como usam é essencial para entender o significado que eles dão a esses termos
classificatórios. Não está interessado pelo nível de generalidade sugerido pelo termo revolução.
· Podemos admitir que historiador faz uso a termos gerais, mas isso não permite admitir que a
explicação que ele propõem está no nível de generalização dos termos que eles usam
· Preciso ver como esses termos de classificação são de fatos usados em pesquisa das ciências naturais
e na historia. Isso é o fundamental.
· Não é que historiador não está comprometido com uma afirmação mas geral, mas sim como analisar
essa noção mais geral que está comprometido. Hempel diz que ele está comprometido com uma lei
· Visão do Ryan é mais “frouxo”, não refere a noção de leis como descrição de regularidade. O que
está preocupado é dizer que diante de um caso similar ele será obrigado a explicar, mais ou menos, o
menos esquema de explicação. Esquema mais ou menos análogo, mais ou menos parecido.
· Não que seja obrigado a usar supostas leis que estariam presentes na explicação anterior. Não
estamos obrigados a utilizar as mesmas leis, mas obrigados a oferecer as mesmas razões (essa é a
diferença entre os dois textos)
· Explicação que faz recurso as leis e explicações que não faz
· Explicar e aprimorar uma explicação não é colocar em um padrão rigorosamente dedutiva.
Explicação apresentando uma sequencia de eventos. Explicação pode ser considera como boa mesmo
que não esteja no mesmo padrão rigoroso, epistemológico.
· Ideia de generalização, muitas vezes, pode se aplicar na maneira de pegar um e dizer que todos são.
· Explicação não envolve só generalização, explicação faz é introduzir coisas novas. Não é uma boa
explicação dizer que “isso sempre acontece”
· Modo que opera não é mera generalização, mas introdução de uma sequencia de eventos entre a causa
e efeito.
· Narrações para construir uma narrativa causal não vem de leis, enunciados que resumem observações
feitas. É um modelo que permite a construção da narrativa causal, um paradigma.
· Modelo que inspira a narrativa causal que torna inteligível aquela relação inicial.
· Necessário que os modelos sejam falseáveis, aplicáveis.
· Falseável para demarcar o que é ciência e o que não é ciência.
· Nem tudo na ciência se resume proposição, hipóteses e etc que são suscetíveis ao falseamento.

Aula 05 - 30/09/16 - Leis e explicações

● Fim do modulo sobre leis e explicações → questões chaves para pensar estatutos científico.
Se é possível ou não explicações formuladas como leis, leis causais e etc
● Hoje: argumentos levantados contra a ideia de que seria um objetivo viavel/legitimo para CS
buscar leis.
● Argumentos giram em torno de inumeras concepções de causalidade como regularidade
ou tendência/capacidade que um evento tem de produzir seu eventos ou intervencionista
→ gera modelo de explicações distintas
● concepções de causalidade pode estar relacionada com as técnicas de pesquisas.
● algumento que constenta de forma a priori, golpe definitivo para a ideia de que é viável
buscar leis, é a ideia de que buscar significado/valores que anima uma cultura ou ação de um
determinado grupo não são compatíveis a busca de leis.
● argumento que não esta baseado em considerações empíricas, mas sim pela natureza do
objetivo que a ciência tem é incompatível esse tipo de meta que seria propria da ciencia (leis
como base da explicação)
● segundo modelo do hempel: simetria entre prever e explicar → explico como tenho o
conhecimento do fenômeno e faço uma previsão seguindo o mesmo esquema quando
esse fenômeno não ocorreu. há uma reprodução do padrão.
● tem argumentos que consideram que não há essa simetria. explicar é uma atividade feita de
uma certa maneira e a previsão até pode reproduzir o modelo proposto pelo Hempel, mas não
há essa simetria.
● o que tenderia a aceitar como explicação? razões sinceramente alegadas pelo eleitor ou
generalização fornecida pelo cientista político/sociólogo? explicação e comportamento
individual tem que ser feita levando em conta as razões apresentadas → razão, crenças e
esperanças são os elementos fundamentais da explicação
● explicar não é simétrico. para prever podemos tender a aceitar a generalização, mas explicar
não.
● talvez necessário abraçar a ideia de que explicação é uma coisa e previsão outra. Pra quem
sustenta essa diferença pode dizer que essa generalização que caracteriza o voto dos
indivíduos de acordo com a condição socioeconômica é algo que também precisa ser
explicado.
● não temos, na CS, essa simetria entre explicação e previsão.
● outro tipo de argumento, também conceitual e a priori, que pretende ser um bom golpe
de leis ser inviável na ciências sociais é da imprevisibilidade do comportamento, a
ocorrência de coisas novas na história → segunda estratégica conceitual e a priori.
● argumento que podemos tratar um pouco mais de detalhe é o da complexidade. é o argumento
da complexidade das ciencias sociais (pressupoem algumas noções de outras ciências que
talvez não sejam validas)
● dizer que as ciências naturais conseguem trabalhar com sistema que são, teoricamente,
fechados. quer dizer, conseguem tratar das forças que são externas ao sistema, conseguem
conceituar essas forças externas utilizando o aparato conceitual da física. O sistema sociais,
que também recebem medidas externas (fatores biológicos, físicos e etc), essas forças não
podem ser conceitualizadas utilizando os conceitos/vocabulário da CS. Poderiamos reduzir
fenômenos biológicos a fenômenos físicos, mas não podemos reduzir fenômenos biológicos a
fenômenos sociais.
● esse tipo de argumento pode levar as conclusões que não queremos aceitar, que não temos
leis nem nas ciências naturais → argumento da complexidade tem essa consequência
incofeniente
● argumento do comportamento social → esta associado de concepções que os indivíduos
tem de si mesmo, variam entre diferentes culturas e, portanto, não teriamos leis. Leis tem
uma explicações restrita e valida para um certo domínio (prova que algumas leis tem uma
aplicabilidade limitada, mas uma universalidade dentro de um domínio limitado).
● noção de redução é muito importante para individualismo e holismo. O que reduzir uma
teoria ao ultimo → possível tratar esse raciocinio quando tratamos sobre teorias que dizem
respeito a individuos.
● tema da redução é importante.
● tipo de fenômeno x está sempre acompanhado por tipo de fenomeno y → causalidade
como conjunção constante entre fenômenos. relação causal, para Hempel, significa uma
relação constante.
● Vamos supor uma lei entre democracia e paz. Governo democrático tendem a entrar menos
em conflito armado com outros governos democráticos. Levantamento estatístico mostra que,
para um começo, há uma relação de dependência.
● Mas esses conceitos trabalhos não são simples de serem definidos. Nenhum pais que ser
identificado como não democrático, portanto a autoidentificação não é um bom guia para
pesquisa, já que são termos carregados de valor.
● não vamos de que uma correlação justifica uma inferência causal. Sempre que tentamos
extrair uma diretiva de uma correlação temos muito mais que uma correlação (pressupondo
que a correlação pre-autoriza uma inferência causal)
● podemos dizer que correlações são necessárias, mas não suficiente para inferência causal
(veremos que tem modelos que recusam essa ideia, alguns dizem que correlações podem
ocultar inferências causais).
● pesquisa de correlações podem ser sofisticadas quando não estamos lidando apenas com
variáveis binárias. Concepção de causalidade costumam estar por trás desses tipos de
correlações.
● levados a pensar em outros modelos causais. Para tornar uma regularidade é necessário afinar
mais a noção de causalidade.
● paises que tem certa forma de organiza economica (inst de livre mercado e etc) é que estão
por trás dessa correlação. Não entrem em guerra não porque são democráticos, mas porque
não é interessante, no ponto de vista economico, entrar em guerra.
● pode ter outro modelo como: democracia é causa de uma economia livre que é causa de paz.
● democracia e economia de livre mercado são causas independentes da paz → essa é uma
terceira explicação
● problema de analise estátistica : vários modelos causais são compatíveis. correlação não é
capaz de decidir entre eles.
● problema da interferência causal é, justamente, o problema de justificar que razões eu teria
para abraçar um modelo e não outro. todos são compatíveis com as correlações, mas todos
tem formas distintas de explicar.
● quando Durkheim recusa tomar escolaridade como causa, ele apresenta razões de ordem
teórica dizendo que contrária conhecimento que temos a respeito da psicologia humana.
Aprimoramento da razão, investimento escolar/no conhecimento, só atinge camadas
superficiais da consciência, por exemplo.
● possibilidade real de fazer experimentos → isso faria possível achar interferências causais na
história.
● segunda concepção de causalidade: intervencionistas.
● muito dificil fazer uma modificação de uma variável sem modificar outras variaveis.
intervencionistas tendem a pensar as causas como independentes e isoladas e não pode ser
assim. Talvez ao mexer na forma de um governo, também estarei alterando outras
circunstâncias, outras variáveis. Concepção intervencionista gera esse tipo de problema
● modelo intervencionistas não considera a noção de leis, posso ter uma explicação causal sem
que comprometa com generalizações correspondentes. Fornece um meio desde que tenhamos
condições de fazer o experimento, mesmo imaginário, de distinguir as correlações espúrias e
as correlações que de fato chegam uma interferência causal.
● elaboração interpretativa para tem uma confiança plena de que estou diante uma interferência
causal
● terceira concepção de causalidade: noção, aparentemente clara no ponto de vista intuitivo, é
pensar a causalidade como a capacidade que um evento tem de produzir outro, gerar efeito.
● concepção quem tem seu problema pois permite afirmar que um fator é causal, mesmo que
seu poder causal não se manifeste (tem a tendência, mas se vai geral ou não depende de outras
coisas)
● uma causa pode ter seus efeitos mascarados, contidos, por outras coisas → modelos causais
em que penso as interações que se dão entre os vários elementos. decompor em outros
elementos e observar as interações entres outros elementos.
● entre democracia e paz seria, nesse modelo, necessário introduzir a percepção que uma paz
tem sobre ameaças externas.
● causa como tendência, capacidade, que um efeito tem de gerar o outro pode elucidar que a
relação de x e y é validade desde que, outros fatores, não influencie. mantidas iguais as outras
condições/
● 3 concepções de causalidade:
○ 1- regularidade (sempre que eventos x ocorrem eventos y ocorrerão) → condução
constante
○ 2 - intervencionismo → relação é causal quando intervir na suposta causa gera
alteração no efeito.
○ 3 - capacidade/tendência → segundo essa noção não é necessário ter uma
correlação para que tenha uma interferência causal (é necessário para outras).
correlações podem mascaras tendências causais. podem não se manifestar no plano
macro
● mecanismos causais subjacentes que nem sempre se manisfetam no plano das correlações
observáveis.
● correlações não são, na terceira visão, necessárias para uma explicação causal.
● essa visão abre uma alternativa importante que remete ao proximo modulo é que em que
entidades devemos atribuir poderes a essas correlações causais? (macro entidades ou micro).
Instituições ou sempre nos individuos, onde localizar a agência causal?
● um pouco também o que distingue essas abordagens é que na ultima tem um custo menos
generalizador do que a pesquisa orientada da noção de causalidade como regularidade.
● primeira abordagem tem uma generalização muito maior e na ultima uma muito menor.
● próxima aula começamos a tratar do debate entre holismo e individualismo que, as vezes, tem
uma formulação muito abstrata. dimensões ontológicas, metodológicas e etc. trazer como
podem ser aplicadas a certas divergências da teoria social
● questão da explicação voltará, pois a noção de redução de teorias envolve as relações entre
leis de teorias distintas.

Aula 06 – Individualismo x Holismo – 07/10/16

· Temos de fato dois grupos de estudos? Ou os grupos coletivos são uma forma econômica de falar de
ações individuais?
· Weber à não está defendendo valores morais individualista, mas dizendo que o Estado é a
probabilidade que certas ações individuais ocorram (dominação e etc). Cada vez que essas ações
ocorrem posso dizer que tenho Estado
· Maneira de dizer é que a ciências sociais não estuda dois tipos de objetos, podemos definir objetos
coletivos por meio de proposições que fazem referencia a indivíduos à essa é a visão do
individualismo
· Quando em falamos em grupo estamos falando em algo mais do que o individuo. Grupo existe como
algo maior, a parte, dos indivíduos que compõem à holismo
· Intencionalidade coletiva não é nada mais das intenções dos vários indivíduos que compõem? Ou
pensar em intencionalidade coletiva envolve algo mais do que esse resume?
· Várias maneiras de trabalhar, no plano teórico, com pressupostos individualista. Por exemplo, teoria
da escolha racional é uma articulação teórica possível de pressupostos individualistas.
· Revolução = estados emocionais dos indivíduos. Explicação do individualismo.
· Indivíduos que tem expectativas, estados mentais, emocionais, frustações e etc.
· Holismo: explicações de fenômenos sociais não pode fazer referencia aos estados dos indivíduos, em
algum momento da explicação se fez referencia a sociedade. Atribui a sociedade esta condição
frustação e isso que leva uma ação transformadora e revolucionária. Explicação atribui a entidade
coletiva, como a sociedade, um certo estágio psicológico.
· O que Durkheim quer dizer quando a sociedade é atravessa por correntes coletivas de patriotismo à
afirmações, no suícido, mais holísticas do Durkheim. Recusa a considerar que as correntes são
resumos dos sentimentos individuais. Se formos observar a media do indivíduos vamos observar essa
tendência de depressão de uma forma muito atenuada.
· Há um estado da sociedade que não se pode atribuir a média do individuo ou individuo médio. Aonde
está/existe esse estado coletivo de entusiasmo patriótico.
· Holismo pode levar uma perigosa ideia de uma mente coletiva à ideia de uma mente que prescinde de
corpo., para o individualista isso é uma ideia metafísica.
· Individualista que trabalha com a escolha racional à que movimento teórico pode fazer para
transformar a adesão a essa iniciativa revolucionária algo que é razoável a um indivíduo racional?
Alterar a escala das preferencias dos indivíduos, introduzir um tipo de preferencia ao valor dada a
escolha coletiva. Em grupo os indivíduos desenvolvem laços de solidariedade que tornam a ação
coletiva (agir com os outros, não deixar que os outros ajam sozinho). O individuo que tem esses laços,
por participar desse grupo, vê a ação coletiva como algo que tem valor para ele. Individuo vê a ação
coletiva como algo que parte da suas preferencias. Nesse nível de argumentação o individualista passa
a trabalhar com a ideia do individuo que tem laços sociais, está inserido em um meio social.
· Indivíduos que mantêm laços de solidariedade, se identificam como membros de grupos e que estão
dispostos a levar sua orientação levando em conta um grupo. Holista pode dizer que os individualistas
estão se aproximando da tese do holismo!
· Individualista pode dizer que ainda trata de ações individuais e submeter a norma de solidariedade
também é um cálculo.
· Dois níveis de escolhas racionais: 1 – indivíduos escolhem aderir a certos grupos e 2 – esses grupos
comportam como atores racionais, de acordo com interesse do grupo.
· Tratar do problema de decisões do grupo é necessário introduzir uma serie de conceitos (hierarquia,
como são tomadas as decisões) que não podem ser pensados no universo apenas do individuo à holista
diz que cada movimento que o individualista dá ele caminha para conceitos do holismo.
· Consigo mostrar que grupos se resumem a indivíduos? Parte importante para os individualistas.
· Dizer que o grupo é idêntico ao individuo que compõem significa, para holista, operar de maneira
estranha em algo que é singular e outro múltiplo.
· Outro argumento do holismo é como explicar a constância do plano coletivo sendo que os integrantes
do grupo mudam? Como individualista explicaria a constância da USP sendo que os docentes sempre
mudam?
· Não é uma única que tese que está por trás da visão holística ou individualista
· Há uma tese de natureza ontológica à individualismo e holismo ontológico(o que existe na
realidade):explicativo
o individualista à não possível levar a explicação de fenômenos sociais sem referencias
de ações individuais
o Referencias das expressões são entidades individuais ou coletivas.
o Holismo ontológico à cada tentativa de definir o conceito coletivos por meio de
referências indivíduos leva a introduzir outro conceito coletivo. Qualquer definição
deixara um resíduo de natureza coletiva.
· Há também uma dimensão do debate que é holismo explicativo ou individualismo
o holismo à explicar fatos sociais só é possível a partir de um fato social.
· Há uma afinidade muito grande entre individualismo ontológico e explicativo. Mas há posições que
tentam conjungar individualismo no plano ontológico (de fato só existe indivíduos), mas as interações
entre indivíduos gera propriedade sociais (coesão e etc). Relação entre os indivíduos abre espaço para
lugares sociais. Uma posição que vai do nível individual para social (plano explicativo tem que fazer
referencia ao social)
· Fenômenos sociais são superveniência em relação a fenômenos do nível inferior
· Leis sociais a leis psicológicas à leis mais fundamentais são as leis da psicologia humana individual.
Resposta do Durkheim: “a sociedade não é simples soma de indivíduos e sim sistema formado por sua
associação que representa uma realidade especifica com características próprias.”
· Leis sociais são compatíveis com a natureza humana à Argumento de mill: Controle que as leis sobre
o individuo exercem é apenas esse. Não posso admitir como uma lei social uma regularidade que é
incompatível com que sei com a natureza humana.
· Durkheim: deixar de lado isso de vinculo com a natureza do individuo, pois isso é muito fraco, e
vamos trabalhar com os fenômenos sociais e correlações.
· Há, agora, um terceiro plano: metodológico (um pouco normativo)
o Há um individualismo metodológico que significa formular a questão, em termos de
regra, como legitima (ou acaba) quando explicitar os mecanismos, consideração, que
passa pelos estados mentais do individuo. Mesmo Durkheim , por exemplo, que um
autor tão empenhado na defesa da autonomia da sociologia, mesmo um autor como
ele, ao explicar a correlação entre coesão e taxa de suicídio, está pensando como essa
correlação afeta os estados dos indivíduos. Mesmo Durkheim se viu obrigado a
explicar os mecanismos que passam pelo individuo. Explicação é aceitável quando
um tipo de reflexão que faz referencia ao estado mental entra em jogo.
· Algum ponto tem que estabelecer uma simetria entre individuo e sociedade. Alguma dimensão do
individuo que não esta sujeita a influencia ao social, pois ao contrario os estados dos indivíduos não
conseguiriam cumprir o papel de ser uma explicação ultima social. Se não há uma dimensão do
individuo que não está protegida, então o holista ira dizer que esse individuo que esta saindo como
pressuposto de sua explicação é um produto da sociedade
· Individualista tem uma tarefa difícil = há uma dimensão do individuo que não está sujeito a tarefa da
sociedade. Essa concepção que temos de nós mesmo, ideia de que somos autônomos.
· Pressupõem sempre do outro uma certa autonomia, quando sujeito faz algo impulsionado por causa
externa, não utilizaríamos a linguagem da culpa. Toda a linguagem diz respeito em relativo a
autonomia.
· Individuo faz diferença na explicação, pois ele é sujeito que agiu de determinada força e não agiu e
por isso ele sente culpa (então há autonomia).
· individualista tem uma tarefa de mostrar algo do individuo que não pode ser atribuído a
determinações sociais, que há uma autonomia (se forem causadas por determinações sociais então elas
deixam de ser autônomas). Se há isso, tenho uma dimensão do individuo que pode cumprir o papel na
explicação dos fenômenos sociais.
· Um tipo de argumentação que holista poderia desenvolver: pq a teoria social não poderia desafiar a
concepção que temos de nós. Não vamos tomar nossas intuições como ultimas palavras até onde a
teoria social pode chegar, podemos deixar aberto que a sociologia desafie a imagem que temos de nós
mesmo enquanto seres autônomos. Althusser: nossa concepção enquanto agentes pode ser uma
ideologia que busca atribuir problemas sociais enquanto questões de indivíduos.
·
Aula 07 – 14/10/16 – Methodological Individualism and Social Explanation – Richard W. Miller

· Aponta estratégia argumentativas do Watkins que são falhas.


· Watkins não propõem que as afirmações dos Cientistas Sociais devem ser todas formuladas em
apenas termos individualistas. Uma coisa é expressar algumas proposições, verdades, que não contem
termos que faz referencia ao individuo (isso waktins permite). Mas não no plano explicativo, plano
explicativo precisa usar
· Plano explicativo: sim tem que ser individualista metodológico
· Plano expressivo: certas coisas podem ser expressas não usando apenas o IM
· Primeira proposição do Watkins: Há uma explicação completa para todo fenômeno social de larga
escala que explica o fenômeno como algo somente derivado de crenças e disposições dos indivíduos.
· Não esta pressupondo que sempre seja possível formular essa explicaçãoo. Para ele, Watkins, sempre
é um norte. Isso torna plausível a posição dele, desde que não interpretamos com tanta força a
exigência do individualismo metodológico.
· Resta agora saber se não é trivial. Como evitar que qualquer coisa seja compatível com ele? Não
trivial: impor certos limites a pesquisa.
· Para tornar, segundo Miller, o principio não trivial é necessário ter uma certa interpretação sobre a
noção de disposição. Uma interpretação trivial de disposição é dizer que x tem a disposição de fazer
algo nas condições determinadas significaria dizer que se as pessoas tiver nessas condições ela fará.
Não é objeto próprio da explicação sociologia. Precisamos fazer uma outra interpretação de
disposição.
· Explicitar a noção de disposição que seja consistente que as noções do individualismo metodológico.
Proposta dele é tomar isso do weber. O que temos é disposição significado subjetivo.
· As explicações individualista são explicações em termos de disposições, portanto dos significados
subjetivos. Qual noção de significado subjetivo que aparece: razão para ação, qual o sujeito age.
Razão não precisa ser conscientemente formulada pelo agente, mas ele reconheceria a razão caso ele
fosse solicitado, perguntado, capaz de apresentar um desejo/meta. Razão significado subjetivo é qual
o sujeito reconhece ao agir ou que é levado ao conhecer.
· Exclui comportamento realizado apenas por hábito, reativo.
· Possível desejo, metas, necessidades sejam as razões que explicam porque o agente agiu da forma
que ele agiu sem que esses desejos, metas, necessidades sejam as razões do agente.
· Distinção: as razões porque o agente agiu X as razões que são próprias do agente.
· Razões reais e razões que normalmente se apresentam para conduta.
· Nos trabalhamos com essa distinção das razões que estão por trás e ações que agente apresenta.
Razões que o agente apresenta não são dissimulações deliberadas de sua razão.
· Teoria social marxista depende da ideia de o quântico no papel social tem certas crenças, desejos,
metas que estão associadas pelo papel que ele ocupa, razões pelas crenças, mas que não sao as ações
do agente. Por isso a teoria marxista usa a noção de interesses objetivos.
· Sociologia weberiana, aparentemente, exclui a noção de interesses objetivos. Então individualismo
metodológico exclui explicações de interesses objetivos, pois o ID são ações, crenças e etc que são
dos agentes.
· Weber: racionalidade objetiva X racionalidade subjetiva
· são compatíveis com o principio do IM? Ou abrimos mao do marxismo ou abrimos mão do IM?
· Identidade dos interesses entre interesses de uma certa classe e interesses de uma nação como todo.
Questão é se essa crença no mundo capitalista, portanto um fenômeno social de larga escala, é
explicável por meio dos pressupostos do IM. Há conclusão, se a leitura dos marxistas tiverem
corretas, não é possível explicar por meio do IM.
· O que seria explicar essa crença de forma individualista? Seria sustentar que essa crença deriva de
outras crenças que o sujeito formou. Há um processo de aprendizado que segue um padrão formal em
que formamos crenças pesando, individualmente, as evidências. Deformar uma evidência que seja
coerente com os dados.
· Como seria explicação para essa crença, segundo teoria marxista: essa identificação dos interesses da
nação a classe ocorre porque essa crença serve a certos interesses. Capitalista tem interesse em
acreditar nessa crença.
· Uma boa razão para acreditarmos na validade do IM seria a ideia de qualquer tendência social
poderia ser alterada se os indivíduos tivessem crenças, desejos para alterar a tendência social e se não
tiver nenhum osbtaculo à essa seria um bom argumento para aceitar o IM.
· Esse principio não é tão obvio de que podemos alterar nossos comportamentos e os comportamentos
dos outros.
· Podemos não fazer referencias apenas a processos psicológicos, mas em partes em psicológicos.
· Toda estratégia do marxismo é usar a ideia de interesses objetivos. Podemos explicar os fenômenos
sociais sem fazer referencias as ações dos agentes.
· Atribui uma meta de explicação para ciência social que não tem possibilidade de ser aceita para o IM.
Fazer uma distinção entre as descrições das causas e explicações de um fenômeno social
· Descrição individualista sobre as causas sobre determinado fenômeno. Ideologia da identidade de
interesses.
· Possível fazer descrição das cadeias de eventos individuais que levam a formação dessa crença.
Sequencia de causa que leva formação dessa crença
· Ideia de que explicação e crença não precisa envolver essa descrição de causas individuais. Essa
exigência é uma meta explicativa que está presente nas ciências sociais e não é consistente com IM:
nosso objetivo é sempre explicar como algo ocorreria de qualquer jeito, mesmo na ausência de uma
sequencia de causa descritivas de um plano individual.
· Descrição não explica como uma crença é típica de uma classe. Mesma na ausência de mecanismo
individual esquematizado a ideia de que o sujeito teria aquela crença, ou seria expulso do sistema de
produção capitalista.
· Próprio sistema tivesse mecanismo para garantir que o sujeito desempenhem certos papeis/funções
com as crenças apropriadas.
· Ideia de explicar é reduzir, ao máximo, alcance do acaso.
· Plano de fundo que gerara conjuntos de circunstancia à IM.
· Metaexplicativa à devemos dar peso aos conjuntos de circunstancias, mas há um conjunto de forças
que levariam aquele resultado, senão mediante aquele conjunto de circunstancia, mediante qualquer
conjunto de outras circunstancias (próprio weber trabalha com essa ideia). Localizar uma iniciativa
individuo dentro de uma cadeia de eventos.
·
aula 08 - faltei

Aula 9 – 11.11.16

· Começa a aula sobre interpretação e significado à resposta a visão positivista entre relação das
ciências humanas com as naturais.
· Weber quando propõem uma sociologia compreensiva esta, em parte, endossando essa tradição.
· Tese básica da corrente positivista:
o monismo metodológico à método cientifico se mantem o mesmo, apesar da
variação dos objetos. Conceito que tenham referencias empíricas, conceitos teóricos
tem que se definidos desde que façam referencia a um conceito empírico.
o Ciências naturais fornece um padrão para medir a cientificidade de uma
investigação, padrão ideal de conhecimento cientifico. Ciências devem ser avaliados
com a sua cientificidade de acordo com menor ou maior variação com esse padrão.
o Visão sobre explicação causal e por subsunção as leis. É viável a ideia de uma
unidade metodológica. Unidade na explicação cientifica, explicação no fundo causal.
o Conhecimento generalizador: ciência monotéticas.
o Ponto de vista externo (não é tão necessário o ponto de vista interno para entender
as ações humanas). Observar os movimentos que estão associados ao desempenho de
um papel.
· Tradição que veremos agora é uma rejeição da visão positivista: corrente interpretativa/hermenêutica.
Não é tão homogênea quanto a corrente positivista. Abordagem diversa que tem alguns percursores
como, por exemplo, o Dilthey (ciência da cultura, ciência da historia); Ricket;Weber; Colingwood;
Widray e Peter Winch.
o Dualismo/pluralismo metodológico à ciências humanas tem métodos próprios e
também metas próprias. Não há comunicação ou relações de empréstimos entre
ciências humanas e naturais.
o Recusa do padrão único de cientificidade. Ciências humanas são ciências embora
não reproduzam o padrão das ciências naturais. Há uma categoria mais geral de
conhecimento que não pode ser reduzido ao que a ciência propõem. Virtudes que não
podem ser atingidos por meio das ciências naturais.
o Tentativa de diferenciar entre explicação causal por subsunção as leis X
Compreensão (dilhtey à empatia [colocar no lugar do outro, ter uma experiência que
tem alguma proximidade. Weber discorda disso]. Weber à significado [ não precisa
passar pelas experiências que passou para compreender. Não se trata de reviver o
estado psicológico dos outros, mas reviver significados.])
o Ciências que estudam fenômenos únicos, particulares: ciências ideográficas.
o Necessidade de adotarmos em relação as ações humanas um ponto de vista interno
(levar em conta o que os participantes da vida social pensam e consideram sobre suas
ações).
· Positivismo dizem que a ideia de compreensão pressupõem que os sujeitos tem clareza das suas
ações.
· Weber utilizo tipos ideias (tipologia da ação) e diante de uma determinada situação concreta utilizo o
tipo ideal porque pode ser fértil para entender o curso real da ação.
· Ação está baseada em um valor da nossa sociedade
· Ficar claro a ideia de que há a diferença entre a compreensão como processo psicológico (empatia) X
compreensão como captação de significados.
· Ciências monoteticas X ideográficas à Durkheim não concorda nem com uma sociologia voltada a
estudar fenômenos únicos e nem uma ciência social que tem como objeto estudar o ser humano, seus
aspectos mais gerais. Durkheim diz que a sociologia tem que estudar tipos de sociedade.
· Próprio weber dirá que eventos gerais tem suas importância, embora a ideia é compreender
momentos históricos em suas singularidades.
· Quanto mais o objeto conter elemento de criação humano, mais inteligível será.
· Durkheim à para fazer ciência/sociologia temos que abrir mão de que os objetos são imediatamente
transparentes. Temos que pressupor que são opacas a nós.
· Posso adotar um ponto de vista interno? Que tipo de conhecimento eu perco ou ganho quando adoto
um ponto de vista externo? Conseguirei chegar dessas observações externa as regras que constituem
o jogo? Não ter certeza, mas posso ter muito conhecimento observando as atitudes externas. Posso
fazer conexões, previsões e etc.
· ponto de vista externo pode ajudar, mas se perde algo. Se perde o caráter normativo do
comportamento orientado por regras (esse é o argumento dos hermeneutas). Distinção entre habitu
(comportamento regular que todos adotam em uma certa circunstancia) e uma ação governada por
regras.
· Sujeito que se desvia do padrão é algo de criticas enquanto o sujeito que se desvia do habito não é.
· Ação governadas por regra sempre envolve o que as pessoas consideram o comportamento. Jogador
de xadrez não faz so movimentos padronizados, mas considera que aqueles são movimentos
apropriados.
· Dizer aspectos interno das regras não envolve em sentimentos, de que ele sente uma compulsão
interna, experimenta um estado psicológico. Regra internalizada gera no sujeito uma pulsão para
comportar de determinada maneira (mas não é necessário. pode dizer que o sujeito aceita uma regra e
não sente esse sentimento psicológico).
· Quando falamos do ponto de vista interno não estamos falando de reviver as experiências
psicológicas.
· Entender os pressupostos que damos sentidos as ações. Significados que torna inteligíveis uma serie
de praticas/instituições que estão presentes na sociedade e formam um todo coerente.
· Entender instituição é inserir em um todo coerente que da sentido a ela.
· Weber à quais são os interesses do conhecimento que interessa conhecer.

Aula 09 - 18/11/16 - interpretação e ciências humanas

● weber não torna a metodologia irrelevante, mas tem a função de elucidar, fazer com que tome
consciencia de passos e conhecimento que ele adotou durante a pesquisa empirica. A visão do
Durkheim também vai nessa linha.
● metodologia se torna muito importante para que o investigador não seja vitima dos diletantes
filosoficos, aqueles que não tem formação de uma ciência e acreditam que, por conhecer algo
de filosofia, podem assumir posições/critica a prática científica.
● outro argumento é que há certos momentos em que a ciência está passando por
transformações e ela se torna um pouco incerta dos seus procedimentos, fundamentos e etc.
nesses momentos de mudança, incerteza, a reflexão metodológica é central.
● momentos de debates de perspectivas sobre a ciência, a metodologia se torna fundamental.
● metodologia do weber tem vários artigos que talvez não constituam uma unidade muito
coerente, sistematizar de maneira clara suas posições metodologicas. Muitos são escritos
polêmicos.
● reflexão metodologica que são intervenções em polêmicas que estão em andamento.
Manobrar nos textos que fazem tanta referências.
● alguns temas importantes que percorrem vários escritos do weber é o tema Explicação X
Interpretação → weber tem uma visão a respeito do que seja interpretação. Vincula
interpretação a uma relação com valores.
● Necessidade de interpretarmos é necessário levar alguns valores, explicitar os valores que são
incorporados em uma cultura, prática, instituição social.
● ao delimitar o seu objeto, as ciencias naturais, não pressupoem os esquemas de valores, ja as
ciencias da cultura sim.
● Explicação mediante motivos é um termo importante → para o weber é uma explicação
causal.
● Explicação mediante motivos por que não seria uma explicação causal? há toda uma
discussão metodologica que a explicação por meio de motivos não é uma explicação causal.
Outro tipo de explicação envolve uma outra logica que não é compatível com a linguagem da
explicação causal. Essa discussão é posterior ao Weber.
● argumentos contra falam que uma explicação causal envolve entidades que são logicamente
independentes. Isso significa dizer que entidades causas e efeitos são logicamente
independentes, se há uma relação causal tenho uma relação entre entidades que estão
logicamente independentes, ou seja, mencionar uma não é mencionar a outra. explicação
causal não envolve entidades que tem uma explicação lógica.
● motivos e razão refere ao mundo interior, dos fenômenos psíquicos. Já as ações se refere uma
conduta externa que consigo identificar independente da atribuição de qualquer motivo ou
razão. Motivos, razões > Ação.
● esse tipo de relação entre motivos e relações é algo que tenta dar sentido a ideia de que temos
uma relação de natureza causal. Para os que contestam que o caso de motivo e ação não teria
uma relação causal diz que temos uma relação de natureza. Atribuir um motivo para uma ação
é identificar a ação como sendo uma ação de determinado tipo. Atribuição de motivo é uma
maneira de descrever a ação, portanto esta conceitualmente ligada a ação. Se a ação é aquilo
que ela é é porque estamos atribuindo certo motivo, descrevendo de uma certa maneira. força
analítica da atribução do motivo é que ela só descreve a ação de uma determinada maneira.
Ação é o que ela é porque damos um certo motivo.
● atribuir motivos é não explicar uma relação causal, mas constituir a ação como sendo de
determinado tipo.
● se estivermos entendo por explicação como algo geral, tal como explicação é algo que
esclarece um fenômeno enigmático, podemos compreender atribuir motivos como explicação.
● weber não basta caracterizar a ação, mas saber o porque ela está sendo realizada. Trabalho
científico começa com a caracterização da natureza da ação e explicação quais as razões,
motivos, causas daquilo que pretende explicar.
● 2 momentos: momento interpretativo e momento explicativo. Na “Etica protestante e
‘espirito’ do capitalismo” o momento interpretativo é de caracterizar a ação de determinado
tipo e depois o carater explicativo é quais são as causas que explicariam a genese desse tipo
de ação.
● tipo ideal tem a caracteristica de não reproduzir a atividade tal como ela é, não reproduzir a
conduta concreta dos individuos. se há interpretação é preciso atribuir sentido a conduta dos
outros (Sociologia é fazer isso para o weber). como evitar que essa interpretação seja algo
arbitrário? uma maneira empirista é dizer que é preciso chegar um dado bruto não
interpretado. outra maneira é dizer que a interpretação valida quando os agentes aceitam
● causalidade histórica -- causa adequada (Smill - sistema de lógica). combinações de
circunstâncias em que essa causa adequada está presente.
● razão objetiva, cientifica, para salientar uma das condições como a causa adequada do
fenômeno. Chegamos essa causa adequada fazendo uma espécie de raciocínio imaginário,
como os custos dos eventos chegariam nessa causa adequada
● Responsabilidade da história é mostrar que determinado evento foi importante para
causalidade não significa atribuir um juizo de valor.
● singulares e conceitos gerais. pode ser interessante momentos singulares para explicar alguns
fenomenos, mas também conceitos gerais. Weber não recusa a pertinência dos conceitos
gerais, mas está dizendo que não é a meta da explicação.
● Cartas → sintomas de visão de mundo
● relações com valores delimita o objeto de estudo.
● T. Burguer → autor sobre a metodologia do weber.
·
Aula 10 – 25.11.16 – Ciência Hermenêutica e Ciência “Empirista”

· Ciência hermenêutica:
o primeiro pressuposto é a existência de algo que é obscuro, confuso, não muito claro.
Também ideia de que pode ser transformado coerente, mais claro, mediante uma certa
interpretação que oferecemos. Objetivo de uma ciência hermenêutica é esclarecer
algo que parecia obscuro.
o Ideia de que o significado de um texto tem que admitir mais do que uma expressão.
Pode ser expresso de diversas formas. Divisão entre o significado e a expressão do
significado. Hermeneutica é dar uma expressão mais clara para um significado que é
obscuro. Trata de tornar mais claro, coerente, uma ação humana.
● significado não é uma unidade isolada. Significado envolve outros significados. Para
entender o significado da ação de um sujeito é preciso entender como essas ações está
relacionada com outras ações anteriores desse mesmo sujeito. não se trata de aptar um
significado isolado, entender a ação isolando ela no passado do sujeito. Não é uma
atividade pontual essa de captar o significado, pois o significado existe em uma rede
articulada de significado.
● significado envolve a noção de sujeito, diz respeito ao mundo humano. Significado é
elaborado pelo sujeito e para outros sujeitos. Restringe a ciência hermenêutica a um
mundo humano.
· Ciência “Empirista”:
o Verificação: dados brutos. → explicação, leis e verificação.
o Leis que estão por trás dos fenômenos (não, como é na hermenêutica, dar sentido ou
tornar algo coerente, visível).

● problema hermenêutico: como validar uma interpretação? o que fazer quando alguem recusa
nossa interpretação? uma resposta é que quando alguem contesta uma interpretação a unica
coisa que resta fazer é apresentar mais detalhes da interpretação (fazer mais da mesma coisa),
pois o processo interpretativo só pode ser desencadeado quando há alguma concordância
previa entre os sujeitos sobre cercas coisas. Habitar um universo comum, compartilhar uma
mesma linguagem, para que essa ciência interpretativa seja possível.
● círculo hermenêutico → Uma condição epistemologica, para ciência hermenêutica, que
estamos, inevitavelmente, colocados. Não é possível romper esse circulo de interpretações
que sempre envolve outras interpretações e etc. interpretações só podem ser sustentadas
por outras interpretações e não pelo dado bruto.
● Outra ideia de interpretar o circulo hermeneutico é que para entender a totalidade de uma obra
é necessário interpretar parte dela (parte/todo). Interpretação do todo depende das
interpretações das partes, mas a interpretação das partes envolve interpretações de outras
partes e, em ultima analise, interpretação do todo (começo com algumas partes, tento dar
sentido a ela, depois busco em outras partes do tempo para, digamos, testar a validade,
pertinência da interpretação inicialmente oferecida, e vou chegando em um movimento que
cai no todo).
● fato que estamos enredados em um circulo de interpretação é parte da condição
epistemologica. Dizer, a rigor, que a incerteza talvez seja voltar um critério alheio a
hermenêutica. dizem que, para romper o circulo, é necessário um dado bruto que é isento de
interpretações.
● durkheim → importância de partimos da coisa. isso é uma expressão fortemente empirista.
● mais importante para os hermeneutas é que não só não devemos fazer a ciência social nesse
quadro estreito (é sujeitar a ciência social a um tipo de problema que perde de vista o
significados constitutivos da realidade social). O que o weber está tentando fazer é, a rigor,
demonstrar uma relação entre ação religiosa e conduta economica a prova decisiva não é essa
correlação estatística. Prova está que a afinidade de significados entre uma certa postura
perante o mundo e uma conduta economica. Uma coisa é coerente com a outra, não que estão
empiricamente correlacionadas. Há uma afinidade de sentido entre uma ética religiosa que
existe de nós capacidade de autocontrole e atividade econômica que exige a mesma coisa.
● chegar um dado bruto é ideal da ciência empirista, dos lógicos. Base empirica em que a
comunidade não considera problematica ou está sujeita a alguma interpretação diferente.
● hermeneutica → vocabulário que usamos para definir nossas ações também é identificar os
significados que as situações tem para nós. Há todo um vocabulário muito interligado.
Vocabulário que identifica o propositos e o vocabulário que identifica o significado.
● vocabulário que define a ação por meio de propositos/intenções também estamos utilizando os
vocabulário dos significados que as situações tem para nós.
● significado são diferentes das expressões do significado → esse é um problema que já
estudamos um pouco. Quando estamos de textos e interpretações de textos estamos
falando de dois termos da mesma natureza, um texto e outro texto que vou produzir para
explicar o anterior. São dois itens da mesma natureza.
● Mas no caso da ação, no item de comportamento, estou comparando um comportamento com
um relato de um comportamento. Não são coisas da mesma natureza. Pode ter como resposta
que não estamos comparando um movimento fisico com um relato verbal.
● posso apresentar significados ou tornar mais claro o significado anterior, dedicar uma
interpretação de algo que já foi interpretado. No caso das ações estamos no interior de um
circulo: para eu identificar uma situação, significado de uma situação, como vou identificar
essa situação? (com sentimentos que ela desperta no sujeito). E como identifico esses
sentimentos (com disposição para agir). Identificar um desses itens envolve identificar os
outros, para entender alguns conceitos é necessário recorrer a conceitos similhares: - situação;
- sentimentos; - dispoção p/ agir. (faço uma ação que me dá vergonha e dai me escondo, mas
me escondo pois a ação me dá vergonha).
● Quando estamos falando de ação também é pertinente a noção de coerência.
● expressiva → momento da colheita é o momento que pode trazer perigos. Ritual pode
dramatizar, de maneira a mostrar que o grupo permanece unido a pesar de todos os
problemas.
● entender não é expor uma esquema de racionalidade, mas sim tentar entender qual é o
esquema de racionalidade de uma determinada ação, atividade.
● ideia da hermeneutica de que estamos interpretando, dando coerência, há uma diferença em
relação a textos. Tornar textos coerentes não é alterar, mas uma ação humana pode ser
alteranda. Uma outra expressão de um significado pode alterar a ação do sujeito.
● é possível ler nas formas elementares da vida religiosa como uma tentativa de elucidar, tornar
coerente, significados, de certas práticas religiosas, rituais e etc. Interpretação que oferece é o
que na verdade o que estão fazendo é outra coisa.
● certa relação entre linguagem e realidade. Não posso pensar a ação sem a linguagem
associada a ela, ação já é informada por uma certo vocubulário, ideias implicitas. E a
realidade é o que é porque certas distinções linguisticas aplicam-se a ela.
● Toda ciência hermenêutica tem a ideia de que há significados/regras que são constitutivos da
realidade e outras que são apenas reguladoras da realidade. Regras do jogo de xadrez (colocar
as peças, movimentos e etc) essas são constitutivas (jogar xadrez e seguir essas regras
constituem a mesma coisa). Há, por outro lado, regras que regulam apenas o que é permitido
(vou colocar a mão nessas peças, vou dar apenas uma simulação do movimento), outras
pessoas podem não fazer determinadas coisas em um jogo de xadrez (como os exemplos que
foram dados) e, mesmo assim, estarão jogando xadrez.
● Os hermeneutas defendem como relevantes para ciência social é o estudo dos significados
constitutivos da realidade social (algo que os empiristas, para eles, não chegam). São comuns
e não são investigados, esquematizados, por uma ciência social empirica. O que a ciência
hermenêutica deve fazer é buscar os significados que são pressupostos, exigidos e
sentidos a certas práticas. Por exemplo, nossa prática de votar tem alguns significados que
são constitutivos: votos significa que faz sentido tomar decisões coletivas que afetarão a
sociedade por meio de um agregado de escolhas individuais.
● indagar o sentido dos significados constitutivos → isso que a ciência hermenêutica pode
fazer. Significado constitutivos são propriedades comum de uma sociedade e constituem
toda uma cultura.
● ciência hermenêutica não deixa de lado o aspecto normativo e avaliativo que estão por trás
desse significado comum. Eles podem deixar de fazer sentido a um grupo da população.
● estudar coisas que a ciência social empirista toma como garantido.
● critério para avaliar interpretações sem abrir mão de dados brutos. Há explicação que são
melhores pois explicam melhor uma totalidade.
● nenhum processo interpretativo pode ser iniciado sobre solo comum.
● tornar uma ação coerente insiste em captar a leitura que realiza na ação (sentimentos,
esperanças e etc)

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