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CLUBE DO CONCURSO

TEMA: ORÇAMENTO PÚBLICO PROFESSOR: CARLOS ALBERTO


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AFO – ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E sobre os Executivos. Essa regras ou princípios


ORÇAMENTÁRIA - parte I Prof. Carlos receberam grande ênfase na fase que os orçamentos
possuíam grande conotação jurídica, chegando alguns
Alberto incorporados na corrente legislação: basicamente na
Constituição, na Lei 4.320/64 e nas Leis de Diretrizes
Orçamento Público
Orçamentárias (LDOs). Os princípios orçamentários
Origem são premissas a serem observadas em cada etapa da
elaboração orçamentária.
O estudo do orçamento público retorna à década de
1920 nos Estados Unidos. Ou mesmo anteriormente, ➢ Universalidade
só sendo possível devido à Revolução Industrial. A
Princípio pelo qual o orçamento deve conter todas as
gestão empresarial deu enormes saltos de
receitas e todas as despesas do Estado. Indispensável
qualidade, propiciando o desenvolvimento de
para o controle parlamentar, pois possibilita:
diversas técnicas de gestão e de elaboração do
a) conhecer a priori todas as receitas e despesas do
orçamento. Fayol, em sua obra "Administração
governo e dar prévia autorização para respectiva
Industrial e Geral", já defendia que as empresas
arrecadação e realização;
eram conjuntos de funções (técnicas, comerciais,
b) impedir ao Executivo a realização de qualquer
financeiras, segurança, contábil e administrativas).
operação de receita e de despesa sem prévia
Com o desenvolvimento do pensamento
autorização Legislativa;
empresarial e acadêmico, que efetua o
c) conhecer o exato volume global das despesas
acompanhamento e controle da Função
projetadas pelo governo, a fim de autorizar a
Administrativa estatal, era necessário estabelecer
cobrança de tributos estritamente necessários para
mecanismos que proporcionassem bases seguras
atendê-las.
para a condução das atividades empresariais. Neste
contexto, surgiram as técnicas orçamentárias mais
Considerações:
conhecidas: Orçamento Tradicional, Orçamento
Base Zero, Orçamento de Desempenho, Orçamento- • Na Lei 4.320/64, o cumprimento da regra é
Programa, Sistema de Planejamento, Programação e exigido nos seguintes dispositivos:
Orçamento, Sistema de Racionalização do Art.2º “A Lei do Orçamento conterá a
Orçamento dentre outras técnicas. discriminação da receita e da despesa, de
forma a evidenciar a política econômico-
financeira e o programa de trabalho do
Conceito governo, obedecida os princípios de unidade,
universalidade e anualidade”
É um instrumento de planejamento governamental • Tal princípio não se aplica ao Plano
em que constam as despesas da administração Plurianual, pois nem todas as receitas e
pública para um ano, em equilíbrio com a despesas devem integrar o PPA.
arrecadação das receitas previstas. É o documento • Art. 3º, da CF 1988: “A Lei do Orçamento
onde o governo reúne todas as receitas arrecadadas e compreenderá todas as receitas, inclusive as
programa o que de fato vai ser feito com esses operações de crédito autorizadas em lei”.
recursos. É onde aloca os recursos destinados a
hospitais, manutenção das estradas, construção de ➢ Princípio da Anualidade ou Periodicidade
escolas, pagamento de professores. É no orçamento
onde estão previstos todos os recursos arrecadados e Segundo o princípio da anualidade, o orçamento
onde esses recursos serão destinados. (Ministério do deve ser elaborado e autorizado para um período de
Planejamento) um ano. Está na Lei 4.320/1964:
“Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação
da receita e despesa de forma a evidenciar a política
econômica financeira e o programa de trabalho do
I - Princípios Orçamentários: Governo, obedecidos os princípios de unidade,
universalidade e anualidade.”
Desde seus primórdios, a instituição orçamentária foi
E também na nossa Constituição Federal de 1988:
cercada de uma série de regras com a finalidade de
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo
aumentar-lhe a consistência no cumprimento de sua
estabelecerão:
principal finalidade: auxiliar o controle parlamentar
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I – o plano plurianual receitas que, ao serem arrecadadas, geram


II – as diretrizes orçamentária despesas.
III – os orçamentos anuais.” Por exemplo, quando o Governo paga salários,
É conhecido também como princípio da realiza despesas. No entanto, a partir de
periodicidade, numa abordagem em que o determinado valor, começa a incidir sobre a
orçamento deve ter vigência limitada a um exercício remuneração o Imposto de Renda, que é uma
financeiro. A ideia, em sua origem, era obrigar o receita para o Governo, descontada diretamente
Poder Executivo a solicitar periodicamente ao pela fonte pagadora. Assim, ao pagar o salário de
Congresso permissão para a cobrança de impostos e um servidor, é efetuada uma despesa (salário) que
a aplicação dos recursos públicos. ao mesmo tempo gera uma receita (Imposto de
Renda).
Exceção: A exceção se dá nos créditos especiais e
extraordinários autorizados nos últimos quatro meses
do exercício, reabertos nos limites de seus saldos, O princípio do orçamento bruto veda que as
serão incorporados ao orçamento do exercício despesas ou receitas sejam incluídas no orçamento
subsequente. ou em qualquer dos tipos de créditos adicionais nos
seus montantes líquidos. Note que a diferença entre
Considerações: O exercício financeiro no Brasil universalidade e orçamento bruto é que apenas este
coincide com o ano civil (vai de 01/01 a 31/12) último determina que as receitas e despesas devam
constar do orçamento pelos seus totais, sem
quaisquer deduções.
➢ Unidade

Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ➢ Princípio da Exclusividade


ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e
não mais que um para cada ente da Federação em O princípio da exclusividade surgiu para evitar que o
cada exercício financeiro. Objetiva eliminar a orçamento fosse utilizado para aprovação de
existência de orçamentos paralelos e permite ao matérias sem nenhuma pertinência com o conteúdo
Poder Legislativo o controle racional e direto das orçamentário, em virtude da celeridade do seu
operações financeiras de responsabilidade do processo. Determina que a Lei Orçamentária não
Executivo. poderá conter matéria estranha à previsão das
receitas e à fixação das despesas.
➢ Totalidade
Exceção:
Coube à doutrina tratar de reconceituar o princípio 1. Autorizações para abertura de créditos
da unidade de forma que abrangesse as novas suplementares e;
situações. Surgiu, então, o princípio da totalidade, 2. Contratações de operações de crédito,
que possibilitava a coexistência de múltiplos inclusive por antecipação de receita
orçamentos que, entretanto, devem sofrer orçamentária (ARO).
consolidação, de forma a permitir uma visão geral do Assim, o princípio da exclusividade tem o objetivo
conjunto das finanças públicas. de limitar o conteúdo da Lei Orçamentária,
impedindo que nela se inclua normas pertencentes
A Constituição de 1988 trouxe melhor entendimento
a outros campos jurídicos, como forma de se tirar
para a questão ao precisar a composição do
proveito de um processo legislativo mais rápido.
orçamento anual que passará a ser integrado pelas
Tais normas que compunham a LOA sem nenhuma
seguintes partes: a) orçamento fiscal; b) orçamento
pertinência com seu conteúdo eram denominadas
da seguridade social e c) orçamento de investimentos
“caudas orçamentárias” ou “orçamentos
das estatais. Este modelo, em linhas gerais segue o
rabilongos”. Por outro lado, as exceções ao princípio
princípio da totalidade.
possibilitam uma pequena margem de flexibilidade
ao Poder Executivo para a realização de alterações
orçamentárias.
➢ Princípio do Orçamento Bruto

Existem despesas que, ao serem realizadas, geram ➢ Princípio da Legalidade


receitas ao ente público. Por outro lado, existem
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O art. 15 da referida Lei exige também um nível


Todas as leis orçamentárias, PPA, LDO e LOA e mínimo de detalhamento: "...a discriminação da
também de créditos adicionais são encaminhadas despesa farse-á, no mínimo, por modalidade de
pelo Poder Executivo para discussão e aprovação aplicação".
pelo Congresso Nacional.
O princípio da especificação determina que, na
O art. 5º da Constituição determina em seu inciso II Lei Orçamentária Anual, as receitas e despesas
que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de devam ser discriminadas, demonstrando a
fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. origem e a aplicação dos recursos. Tem o
O art. 37 cita os princípios gerais que devem ser objetivo de facilitar a função de
seguidos pela Administração Pública, que são acompanhamento e controle do gasto público,
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade evitando a chamada “ação guarda-chuva”, que
e eficiência. é aquela ação genérica, mal especificada, com
Para ser legal, a aprovação do orçamento deve demasiada flexibilidade.
observar o processo legislativo. Para o PPA e a LDO, não há necessidade de um
detalhamento tão grande de receitas e
despesas. Isso vai ocorrer posteriormente, pois
➢ Não Vinculação ou Não Afetação das a LOA é obrigada a seguir o princípio da
Receitas especificação.

Nenhuma parcela da receita geral poderá ser


reservada ou comprometida para atender a certos ➢ Equilíbrio
casos ou a determinado gasto. Ou seja, a receita não
pode ter vinculações. Essas reduzem o grau de A Constituição de 1967 dispunha que: "O
liberdade do gestor e engessa o planejamento de montante da despesa autorizada em cada
longo, médio e curto prazos. exercício financeiro não poderá ser superior ao
total de receitas estimadas para o mesmo
Este princípio encontra-se claramente expresso no
período." Observa-se a existência de dificuldades
inciso IV do art. 167 da CF de 88, mas aplica-se estruturais para o cumprimento desse princípio,
somente às receitas de impostos.
principalmente em fases de crescimento da
“São vedados a vinculação de receita de impostos a economia, pois as despesas públicas
órgão, fundo ou despesa”, normalmente crescem mais que as receitas
públicas quando há crescimento da renda
Exceção: interna.
1. Manutenção e desenvolvimento do ensino; ➢ Publicidade
2. Ações e serviços públicos de saúde
3. Atividades de Administração tributária; O conteúdo orçamentário deve ser divulgado
4. A prestação de garantias às operações de (publicado) nos veículos oficiais de comunicação
crédito por antecipação de receita, previstas para conhecimento do público e para eficácia de
no art. 165, § 8º". sua validade. Este princípio é consagrado no art.
5. Prestação de garantia ou contragarantia à 37 da CF de 88: "A administração pública direta
União e para pagamento de débitos para e indireta de qualquer dos Poderes da União,
com esta dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de
➢ Princípio do Especificação (Especialização, legalidade, impessoalidade, moralidade,
Discriminação) publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
..."
A Lei nº 4.320/64 incorpora o princípio no seu
➢ Clareza ou Objetividade
art. 5º: “A Lei de Orçamento não consignará
dotações globais destinadas a atender O orçamento público deve ser apresentado em
indiferentemente a despesas de pessoal, linguagem clara e compreensível a todas pessoas
material, serviços de terceiros, transferências ou que, por força do ofício ou interesse, precisam
quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo manipulá-lo. Difícil de ser empregado em razão
20 e seu parágrafo único.”
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da facilidade de a burocracia se expressar em II – Tipos e Técnicas Orçamentárias


linguagem complexa.
Técnicas Orçamentárias compreendem um conjunto
➢ Exatidão de teorias, características, padrões, finalidades e
classificações próprias, que identificam e definem o
De acordo com esse princípio as estimativas orçamento público de determinada época/período.
devem ser tão exatas quanto possível, de forma a
garantir à peça orçamentária um mínimo de
consistência para que possa ser empregados ➢ Orçamento Tradicional (clássico):
como instrumento de programação, gerência e O Orçamento Tradicional é um documento de
controle. Indiretamente, os autores previsão de receita e autorização de despesas com
especializados em matéria orçamentária ênfase no gasto. É um processo orçamentário em
apontam os art. 7º e 16º do Decreto-Lei nº que apenas uma dimensão do orçamento é
200/67 como respaldo ao mesmo. explicitada, qual seja, o objeto de gasto.
Esse orçamento refletia apenas os meios que o
Estado dispunha para executar suas tarefas. Sua
➢ Uniformidade, Consistência ou finalidade era ser um instrumento de controle
Padronização político do Legislativo sobre o Executivo – sem
É extraído do que dispõe o artigo 22, inciso preocupação com o planejamento, com a
III, da Lei nº 4.320/1964. Determina que o intervenção na economia ou com as necessidades
orçamento deve apresentar e conservar ao da população.
longo dos diversos exercícios financeiros O Legislativo queria saber apenas quanto o
uma estrutura que permita comparações Executivo pretendia arrecadar e quanto seria gasto,
entre os sucessivos mandatos. e não se questionavam objetivos e metas do
Governo. Percebe-se que o aspecto jurídico do
➢ Programação ou Planejamento orçamento era mais valorizado que o aspecto
É extraído do que dispõem os artigos 47 a 50 econômico.
da Lei nº 4.320/1964, 7º e 16 do Decreto-lei O critério utilizado para a classificação dos gastos
nº 200/1967. Fundamenta-se na era a Unidade Administrativa (classificação
obrigatoriedade de especificar os gastos por institucional) e o elemento de despesa (objeto do
meio de programas de trabalho, o que gasto), e as projeções eram feitas em função dos
permite uma identificação dos objetivos e orçamentos executados nos anos anteriores,
metas a serem atingidos. recaindo nas mesmas falhas e na perpetuação dos
erros.
➢ Flexibilidade Foi baseado no Orçamento Tradicional que surgiu o
É extraído do que dispõem os artigos 165, § rótulo de “lei de meios”, haja vista que o orçamento
8º, da Constituição da República e 7º, inciso era classificado como um inventário dos “meios”
I, da Lei nº 4.320/1964. Admite a com os quais o Estado contava para levar a cabo
possibilidade de ajuste na execução do suas tarefas – sem preocupação com os fins
orçamento público às contingências (resultados).
operacionais e à disponibilidade efetiva de Naquela época, mais que agora, o que determinava
recursos. a obtenção de créditos orçamentários era a “força
política”.
➢ Regionalização
É extraído do que dispõem os artigos 165, § ➢ Orçamento de Desempenho (Funcional)
7º, da Constituição da República e 35 do Ato O Orçamento de Desempenho representa uma
de Disposições Constitucionais Transitórias evolução do Orçamento Tradicional; buscava saber o
(ADCT). Preconiza que o orçamento público que o Governo fazia (ações orçamentárias) e não
deve ser elaborado sobre a base territorial apenas o que comprava (elemento de despesa).
com o maior nível de especificação possível, Havia também forte preocupação com os custos dos
de forma a reduzir as desigualdades inter- programas.
regionais, segundo critério populacional. A ênfase é no desempenho organizacional, e
avaliam-se os resultados (em termos de eficácia –
não de efetividade). Procura-se medir o

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desempenho através do resultado obtido, tornando planejamento, e representa o maior nível de


o orçamento um instrumento de gerenciamento classificação das ações governamentais.
para a Administração Pública. O programa representa o maior nível de
É um processo orçamentário que se caracteriza por classificação das ações de Governo, enquanto a
apresentar duas dimensões do orçamento: o objeto função representa o maior nível de agregação
do gasto e um programa de trabalho, contendo as (classificação) das despesas.
ações desenvolvidas. O Orçamento Programa é um plano de trabalho que
No entanto, ainda não havia a vinculação com o integra – numa concepção gerencial – planejamento
planejamento, e o critério de classificação foi e orçamento com objetivos e metas a alcançar. A
alterado para incorporar o programa de trabalho e a ênfase do orçamento-programa é nas realizações e a
classificação por funções. avaliação de resultados abrange a eficácia (alcance
das metas) e a efetividade (análise do impacto final
das ações).
➢ Orçamento Programa
Consiste na interligação entre planejamento e É a única técnica que integra planejamento e
orçamento através de programas de governo. Estes orçamento, e como o planejamento começa pela
programas são divididos em ações, que são os definição de objetivos, não há Orçamento Programa
instrumentos de realização desses programas. sem definição clara de objetivos. Essa integração é
Enquanto o Orçamento Tradicional possui como feita através dos “programas”, que são os “elos de
função principal o controle político das finanças união” entre planejamento e orçamento.
públicas, limitando o poder do executor, o
Orçamento Programa é instrumento de ➢ Orçamento Base-Zero
administração da ação estatal (Giacomoni, 2010, p. Exige a análise e revisão de todos os programas do
57). A estruturação do gasto passa por um programa ano anterior. A base então é o “zero”, não o
de trabalho, expresso em custos no orçamento. orçamento passado. Não há direitos adquiridos
A lei 4.320/64 já contemplava a junção entre neste tipo de técnica. A despeito de não estar ligado
planejamento e orçamento através de um programa a um planejamento de longo prazo, o OBZ tem seu
de trabalho. Art. 2° “A Lei do Orçamento conterá a valor, pois força a análise criteriosa de todas as
discriminação da receita e despesa de forma a rubricas de receita e despesa pelos parlamentares.
evidenciar a política econômica financeira e o O Orçamento Base-Zero exige que o administrador
programa de trabalho do Governo, obedecidos aos justifique, a cada ano, todas as dotações solicitadas
princípios de unidade universalidade e anualidade”. em seu orçamento, incluindo alternativas, análise de
No entanto, a exigência da implantação de um custo, finalidade, medidas de desempenho, e as
Orçamento Programa ocorreu apenas com o consequências da não aprovação do orçamento. A
Decreto-Lei nº 200/1967: Art. 16. “Em cada ano, ênfase é na eficiência, e não se preocupa com as
será elaborado um orçamento programa, que classificações orçamentárias, mas com o porquê de
pormenorizará a etapa do programa plurianual a se realizar determinada despesa.
ser realizada no exercício seguinte e que servirá de
roteiro à execução coordenada do programa
anual.” ➢ Orçamento Incremental

Art. 18. “Toda atividade deverá ajustar-se à


programação governamental e ao orçamento- É a antítese do OBZ. Enquanto este efetua a revisão
programa e os compromissos financeiros só poderão de todos os programas, aquele apenas realiza
ser assumidos em consonância com a programação ajustes marginais em itens de receitas e despesas,
financeira de desembolso.” mantendo a estrutura do ano anterior.
Resumindo: Esse orçamento foi determinado pela
Lei no 4.320/1964, reforçado pelo Decreto-Lei
nº 200/1967, teve a primeira classificação funcional-
programática em 1974, mas foi apenas com a edição ➢ Orçamento Participativo
do Decreto no 2.829/1998 e com o primeiro O Orçamento Participativo é uma técnica
PPA 2000-2003 que se tornou realidade. orçamentária em que a alocação de alguns recursos
O Orçamento Programa é o atual e mais moderno contidos no Orçamento Público é decidida com a
Orçamento Público, está intimamente ligado ao participação direta da população, ou através de

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grupos organizados da sociedade civil, como a 2. Distributiva: O Estado promove


associação de moradores. Até o momento, sua ajustamentos na distribuição da riqueza,
aplicação restringe-se ao âmbito municipal. corrigindo falhas de mercado. Tributos
Nele, a população interessada decide as prioridades progressivos com a transferência de riqueza
de investimentos em obras e serviços a serem das classes mais altas para as mais baixas.
realizados, a cada ano, com os recursos do 3. Estabilizadora: O Estado mantém a
orçamento. estabilidade econômica, principalmente no
Essa técnica orçamentária estimula o exercício da controle de variáveis macroeconômicas.
cidadania, o compromisso da população com o bem Controle da inflação e do desemprego.
público, e gera corresponsabilização entre Governo
e sociedade sobre a gestão dos recursos públicos.
O principal benefício do Orçamento Participativo é a
democratização da relação do Estado - sociedade IV – Leis Orçamentárias
com fortalecimento da democracia. Nesse processo,
o cidadão deixa de ser um simples coadjuvante para
ser protagonista ativo da gestão pública.
PPA
Vale ressaltar que somente são colocados para
decisão da população os recursos disponíveis para
investimentos (parte deles), e a participação do
cidadão ocorre no momento de elaboração e muito
LDO
timidamente na fiscalização de sua execução.

III - Funções Clássicas do Orçamento Público: LOA

A função alocativa está associada à alocação de


recursos pelo Estado, nos casos em que o setor
privado não tem interesse ou é ineficiente. Um bom
exemplo seria os investimentos em infra-estrutura ➢ Plano Plurianual - PPA
(estradas, energia elétrica). Há situações também O Plano Plurianual – PPA é o instrumento de
que, pela importância (social) da área, o Estado planejamento estratégico do Governo Federal que
utiliza recursos orçamentários como forma de estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes,
incentivo. Exemplo: educação, subsídios à produção objetivos e metas da Administração Pública Federal
de determinados alimentos chaves (trigo, feijão). para as despesas de capital e outras delas
Quando o governo tenta tornar a sociedade mais decorrentes e para as relativas aos programas de
igualitária, tanto sob o ponto de vista de distribuição duração continuada. Retrata, em visão macro, as
de renda, quanto de acesso a serviços públicos, ele intenções do gestor público para um período de
está promovendo a função distributiva. Exemplo: quatro anos, podendo ser revisado, durante sua
imposto progressivo com o aumento da renda. vigência, por meio de inclusão, exclusão ou
É indiscutível que os gastos do governo têm grande alteração de programas.
importância na formação de renda e demanda Segundo o § 1º do art. 165 da CF/1988:
agregada no país. Ao promover o equilíbrio de “A lei que instituir o Plano plurianual estabelecerá,
variáveis macroeconômicas, como inflação e de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e
desemprego, o Estado, através do orçamento, está metas da administração pública federal para as
cumprindo a função estabilizadora. despesas de capital e outras delas decorrentes e
para as relativas aos programas de duração
continuada”.
Resumo:
1. Alocativa: O Estado promove ajustamentos Segundo o ADCT, a vigência do PPA é de quatro
na alocação de recursos. Investimentos em anos, iniciando-se no segundo exercício financeiro
infraestrutura, subsídio (fomento). do mandato do chefe do executivo e terminando no

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primeiro exercício financeiro do mandato escassos e as necessidades da sociedade são


subsequente. Ele deve ser encaminhado do ilimitadas. Logo, são necessárias escolhas no
Executivo ao Legislativo até quatro meses antes do momento da elaboração dos instrumentos de
encerramento do primeiro exercício, ou seja, até 31 planejamento e orçamento e naturalmente alguns
de agosto. A devolução ao Executivo deve ser feita setores serão mais beneficiados, de acordo com as
até o encerramento do segundo período da sessão ideias dominantes dos governantes daquele
legislativa (22 de dezembro) do exercício em que foi momento. Entretanto, as despesas executadas pelos
encaminhado. diversos órgãos públicos não podem ser desviadas
do que está autorizado na LOA, tampouco podem
➢ Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO conflitar com o interesse público.
A LDO surgiu almejando ser o elo entre o A LOA deve conter apenas matérias atinentes à
planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o previsão das receitas e à fixação das despesas,
planejamento operacional (Lei Orçamentária Anual). sendo liberadas, em caráter de exceção, as
Sua relevância reside no fato de ter conseguido autorizações para créditos suplementares e
diminuir a distância entre o plano estratégico e as operações de crédito, inclusive por antecipação de
LOAs, as quais dificilmente conseguiam incorporar receita orçamentária. Trata-se do princípio
as diretrizes dos planejamentos estratégicos orçamentário constitucional da exclusividade.
existentes antes da CF/1988. A finalidade da LOA é a concretização dos objetivos
Segundo o § 2º do art. 165 da CF/1988: e metas estabelecidos no PPA. É o cumprimento ano
“ A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as a ano das etapas do PPA, em consonância com o que
metas e prioridades da administração pública foi estabelecido na LDO. Portanto, orientada pelas
federal, incluindo as despesas de capital para o diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreende as
exercício financeiro subsequente, orientará a ações a serem executadas, seguindo as metas e
elaboração da lei orçamentária anual, disporá prioridades estabelecidas na LDO.
sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências Quanto à vigência, a Lei Orçamentária Anual federal,
financeiras oficiais de fomento”. conhecida ainda como Orçamento Geral da União
(OGU), também segue o ADCT. O projeto da Lei
Parte da doutrina afirma que a vigência da LDO é de Orçamentária anual deverá ser encaminhado ao
um ano. Todavia, a LDO extrapola o exercício Legislativo quatro meses antes do término do
financeiro, uma vez que ela é aprovada até o exercício financeiro (31 de agosto), e devolvido ao
encerramento do primeiro período legislativo e executivo até o encerramento da sessão legislativa
orienta a elaboração da LOA no segundo semestre, (22 de dezembro) do exercício de sua elaboração.
bem como estabelece regras orçamentárias a serem
executadas ao longo do exercício financeiro
subsequente. Por exemplo, a LDO elaborada em V - Ciclo Orçamentário
2018 terá vigência já em 2018, para que oriente a
elaboração da LOA e também durante todo o ano de
2019, quando ocorrerá a execução orçamentária.

O prazo para encaminhamento da LDO ao


Legislativo é de oito meses e meio antes do
encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e
a devolução ao Executivo deve ser realizada até o
encerramento do primeiro período da sessão
legislativa (17 de julho). A sessão legislativa não será
interrompida sem a aprovação da LDO.

➢ Lei Orçamentária Anual - LOA


A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual
o Poder Público prevê a arrecadação de receitas e
O ciclo orçamentário, ou processo orçamentário,
fixa a realização de despesas para o período de um
pode ser definido como um processo contínuo,
ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o
dinâmico e flexível, através do qual se elabora,
orçamento propriamente dito. Os recursos são
aprova, executa, controla e avalia os programas do
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setor público nos aspectos físicos e financeiro, é assegurada autonomia administrativa e


corresponde, portanto, ao período de tempo em financeira. “No § 1º desse artigo prevê que os
que se processam as atividades típicas do tribunais elaborarão suas propostas
orçamento público. Preliminarmente, é orçamentárias dentro dos limites estipulados
conveniente ressaltar que o ciclo orçamentário não conjuntamente com os demais Poderes na lei de
se confunde com o exercício financeiro. Este, na diretrizes orçamentárias”.
realidade, é o período durante o qual se executa o
orçamento, correspondendo, portanto, a uma das
fases do ciclo orçamentário. No Brasil, o exercício
financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia
em 01 de janeiro e encerra em 31 de dezembro de
cada ano, conforme dispõe o art. 34 da Lei n° As propostas orçamentárias do Judiciário, ouvidos
4.320/64. Por outro lado, o ciclo orçamentário é um os outros tribunais, serão encaminhadas da seguinte
período muito maior, iniciando com o processo de forma:
elaboração do orçamento, passando pela execução
e encerramento com controle.
Identifica-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou • No âmbito da União, aos Presidentes do
processo orçamentário: Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais
a) Elaboração da proposta orçamentária; Superiores, com a aprovação dos
b) Discussão e aprovação da Lei do Orçamento; respectivos tribunais;
c) Execução orçamentária e financeira; e • No âmbito dos Estados e no do Distrito
d) Controle Federal e Territórios, aos Presidentes dos
Tribunais de Justiça, com a aprovação dos
respectivos tribunais.
1. Elaboração da Proposta Orçamentária
Esta fase se processa basicamente sob a
responsabilidade do Poder Executivo, haja vista que Em função dos constantes atrasos no
esse Poder executa a maior parte do orçamento. encaminhamento das propostas do Poder Judiciário
Isso não significa que os outros Poderes e o e do Ministério Público, a EC nº 45 estabeleceu as
Ministério Público não elaboram suas propostas seguintes regras:
orçamentárias, ao contrário, os Poderes Legislativo,
Judiciário e o Ministério Público têm autonomia
para a elaboração de suas propostas, dentro das • 1º. Se os órgãos do Poder Judiciário não
condições e limites já estabelecidos nos planos e, encaminharem as respectivas propostas
em especial, na lei de diretrizes orçamentárias. Orçamentárias dentro do prazo
Nunca é demais mencionar que os Poderes estabelecido na lei de diretrizes
supramencionados, independentemente de suas orçamentárias, o Poder Executivo
autonomias, elaboram suas propostas e as considerará, para fins de consolidação da
encaminham ao Poder Executivo para fins de proposta orçamentária anual, os valores
consolidação e envio ao Congresso Nacional, aprovados na lei orçamentária vigente,
particularmente à Comissão Mista de Planos e ajustados de acordo com os limites
Orçamentos e Fiscalização – CMPOF. A proposta estipulados na LDO (EC nº 45/2004).
orçamentária de todos os Poderes deverá ser • 2º. Se suas propostas orçamentárias forem
compatível com o PPA, LDO e a LRF. encaminhadas em desacordo com os limites
estipulados na LDO, o Poder Executivo
procederá aos ajustes necessários para fins
Importante de consolidação da proposta orçamentária
anual (EC nº 45/2004).
• 3º. O Ministério Público elaborará sua
A Emenda Constitucional nº 45 (reforma do proposta orçamentária dentro dos limites
judiciário), introduziu mudanças acerca do estabelecidos na lei de diretrizes
encaminhamento das propostas orçamentárias orçamentárias.
do Poder Judiciário e do Ministério Público. A CF • 4º. Se o Ministério Público não encaminhar
estabelece em seu art. 9 que ao Poder Judiciário a respectiva proposta orçamentária dentro

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do prazo estabelecido na lei de diretrizes Mista de Planos, Orçamentos Públicos e


orçamentárias, o Poder Executivo Fiscalização, a que se refere o parágrafo 1º do
considerará, para fins de consolidação da art. 166 da Constituição. Atualmente essa
proposta orçamentária anual, os valores comissão é composta por oitenta e quatro
aprovados na lei orçamentária vigente, membros titulares, sendo sessenta e três
ajustados de acordo com os limites Deputados e vinte e um Senadores.
estipulados na LDO (EC nº 45/2004). Os trabalhos se desenvolvem basicamente da
• 5º. Se a proposta orçamentária do seguinte forma:
Ministério Público for encaminhada em 1º. O Presidente da Comissão designa o Relator-
desacordo com os limites estipulados na Geral. A este, caberá submeter à Comissão um
LDO o Poder Executivo procederá aos parecer preliminar, em que são fixados
ajustes necessários para fins de parâmetros que orientarão a elaboração dos
consolidação da proposta orçamentária relatórios parciais e setoriais, inclusive quanto à
anual (EC nº 45/2004). formulação de emendas. Os relatórios setoriais,
no âmbito das Subcomissões, consolidarão os
relatórios parciais, que tratarão de partes da
Competências na elaboração da proposta proposta, correspondentes a um ou mais órgãos
orçamentária A Secretaria de Orçamento e unidades orçamentárias.
Federal – SOF/MPOG fixa parâmetros a serem 2º. Os relatórios setoriais são discutidos e
adotados no âmbito de cada órgão ou unidade votados no âmbito das Subcomissões.
orçamentária. Existem dois níveis de 3º. Ao Relator-Geral compete adequar os
compatibilização e consolidação: 1º. Ocorre pareceres setoriais aprovados em cada
através das discussões entre as unidades de Subcomissão, vedada qualquer modificação,
cada órgão; 2º O segundo, através das ressalvadas as alterações por ele propostas e
discussões no âmbito da SOF, entre os vários aprovadas pelo Plenário da Comissão, bem
órgãos da administração pública. Assim, resulta como as decorrentes de destaques aprovados
a proposta orçamentária consolidada que o pela Comissão.
Presidente da República encaminha, até 4 4º. O Relatório-Geral é discutido e votado pelo
meses antes do encerramento do exercício Plenário da Comissão e, posteriormente,
financeiro, ou seja, até o dia 31 de agosto ao submetido ao Plenário do Congresso Nacional.
Congresso Nacional. É importante ressaltarmos 5º. Aprovada a redação final, o projeto é então
que antes da etapa de elaboração da proposta encaminhado à sanção do Presidente da
orçamentária, a SOF indica o volume de República. 6º. A devolução para sanção deve
dispêndios compatíveis com a participação do ocorrer até o encerramento da sessão
Setor Público no PIB e a previsão de legislativa, atualmente, 22 de dezembro.
arrecadação de receitas, cujo objetivo é
informar aos outros Poderes para fins de
conhecimento da situação econômico- Sanção e veto
financeira do País. Assim sendo, o Poder O Presidente da República terá 15 (quinze) dias
Executivo de cada ente colocará à disposição úteis, a contar da data do recebimento do
dos demais Poderes e do Ministério Público, no projeto aprovado, para sancioná-lo. A CF lhe
mínimo trinta dias antes do prazo final para faculta vetá-lo, no todo ou em parte. Sendo o
encaminhamento de suas propostas projeto vetado, o ato deverá ser comunicado
orçamentárias, os estudos e as estimativas das dentro de 48 (quarenta e oito) horas ao
receitas para o exercício subsequente, inclusive Presidente do Senado, expondo seus motivos. O
da corrente líquida, e as respectivas memórias silêncio importa sanção. Na ocorrência de veto,
de cálculo (art. 12, § 3º da LRF). o projeto será apreciado em sessão conjunta,
dentro de 30 (trinta) dias de seu recebimento.
Não havendo deliberação, o veto será colocado
2. Discussão e aprovação na ordem do dia da sessão imediata,
sobrestadas as demais proposições, até sua
votação final, com exceção das medidas
A proposta orçamentária encaminhada ao provisórias. Para que o veto seja rejeitado, isto
Congresso Nacional é recebida pela Comissão é, para que se restabeleça o texto aprovado

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originalmente pelo Plenário, ocorre a segunda exercido dentro da própria administração, ou


votação no Congresso Nacional, confirmado a seja, por agentes do mesmo Poder, e externo
aprovação, o veto presidencial será derrubado. quando exercido por órgãos independentes
O projeto será enviado, para promulgação, ao desse Poder, a exemplo do Tribunal de Contas
Presidente da República. No caso de o da União.
Presidente não promulgar a lei, ou seja, manter-
se silencio em até 48 (quarenta e oito) horas
após sua aprovação ou derrubada de veto, cabe
ao Presidente do Senado e, em igual prazo, ao
seu Vice- Presidente, promulgá-la. Ressalte-se
que a publicação da lei e, portanto, sua entrada
em vigor só se dará com a sanção pelo
Presidente da República ou a promulgação pelo
Presidente ou Vice-Presidente do Senado.

3. Execução do orçamento
Publicada a LOA, inicia-se o processo de
execução do orçamento. Na fase de execução,
os órgãos realizam os programas
governamentais contemplados na lei
orçamentária, mediante uma série de ações que
possibilitam atingir as diretrizes, objetivo, metas
e prioridades estabelecidas nos instrumentos de
planejamento e na LRF. Todas as atividades de
execução orçamentária e financeira se
desenvolvem dentro do exercício definido como
o ano civil, isto é, de 01 de janeiro a 31 de
dezembro, conforme dispõe o art. 34 da Lei nº
4.320/64.

4. Controle e avaliação
Controle e avaliação se constituem na última
fase do ciclo orçamentário, porém, não menos
importante do que as outras fases, posto que o
art. 6º do Decreto-Lei nº 200/67, menciona que
o controle representa um dos cinco princípios
fundamentais que norteiam a administração
pública federal. Antes, durante e após a
execução do orçamento se desenvolvem as
atividades de controle e avaliação das ações de
governo. As atividades de controle encontram-
se previstas na Lei nº 4.320/64, onde menciona
que o Poder Executivo exercerá os três tipos de
controle (legalidade, fidelidade funcional e de
cumprimento de programas de trabalho), sem
prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas
ou órgão equivalente (arts. 75 e 76). O art. 7 da
lei supracitada é enfático ao estabelecer que a
verificação da legalidade dos atos de execução
orçamentária será prévia, concomitante e
subsequente.
A CF estabelece que no âmbito dos Governos
devem existir dois tipos de controle, interno e
externo. Denomina-se interno o controle

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