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Aula 00

Atividade de Inteligência e Legislação Correlata p/ ABIN (Todos os Cargos) C/


videoaulas -Pós-Edital

Professores: Equipe Ricardo e Nádia, Ricardo Vale

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Atividade de Inteligência e Legislação Correlata– ABIN
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AULA 00 Ð DEMONSTRATIVA

SUMçRIO PçGINA

1-Palavras Iniciais 1-4


2-No•›es Gerais sobre a Atividade de Intelig•ncia 5Ð9
3-O Sistema Brasileiro de Intelig•ncia 9 Ð 26
4-A Organiza•‹o e o Funcionamento do Sistema 26 - 34
Brasileiro de Intelig•ncia
5-Lista de Quest›es e Gabarito 35 - 39

Ol‡, amigos do EstratŽgia Concursos! Tudo bem?

Foi publicado o edital da Ag•ncia Brasileira de Intelig•ncia (ABIN)!

S‹o 220 vagas para Oficial de Intelig•ncia, 60 vagas para Oficial TŽcnico
de Intelig•ncia e 20 vagas para Agente de Intelig•ncia.

O edital surpreendeu a todos! O conteœdo program‡tico foi alterado e


novas disciplinas foram inseridas, como Direito Internacional Pœblico e
Pol’tica e Seguran•a.

Mas isso n‹o Ž motivo para preocupa•‹o...

N—s j‡ temos uma vasta experi•ncia no mundo dos concursos e sabemos


que esse tipo de altera•‹o Ž bastante normal e ocorre em inœmeros
concursos.

Aqui no EstratŽgia, faremos uma prepara•‹o focada em abordar


exatamente todos os t—picos pedidos pelo edital, trazendo inœmeras
quest›es de provas anteriores pra voc•s praticarem.

Para aqueles que n‹o me conhecem, meu nome Ž Ricardo Vale. Sou
graduado em Ci•ncias Militares, pela Academia Militar das Agulhas
Negras. Ap—s 8 anos no ExŽrcito Brasileiro, em 2008, fui aprovado em 3¼
lugar no concurso de Analista de ComŽrcio Exterior (MDIC). Desde 2009,
sou professor de concursos pœblicos, ministrando cursos on-line
(videoaulas e .pdf) e presenciais, em diferentes capitais do Brasil.

E Ž com enorme alegria que iniciamos hoje nosso curso de ÒAtividade de


Intelig•ncia e Legisla•‹o CorrelataÓ. Sem dœvida, essa ser‡ uma das
matŽrias mais importantes do concurso, que ir‡ fazer muita diferen•a na
sua aprova•‹o.

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O concurso da ABIN Ž, talvez, um dos mais aguardos dos œltimos anos,
por candidatos de todo o Brasil. N‹o Ž para menos! S‹o excelentes
cargos, com —timas remunera•›es e oportunidades de crescimento na
carreira.

Para que voc• tenha uma ideia disso, vamos a alguns nœmeros:

a) O subs’dio de um Oficial de Intelig•ncia Ž de R$ 16.620,46,


chegando a R$ 23.595,39 no final de carreira.

b) O Oficial TŽcnico de Intelig•ncia, por sua vez, tem subs’dio


de R$ 15.312,74, com remunera•‹o final de R$ 21.233,48.

c) O Agente de Intelig•ncia, recebe hoje o subs’dio inicial de R$


6.302,23; no final de carreira, esse valor chega a R$ 9.776,93.

O objetivo desse curso Ž preparar-lhes para gabaritar a prova de


Legisla•‹o Espec’fica do concurso da ABIN. Sei que a tarefa n‹o Ž f‡cil,
mas posso lhes assegurar de que essa Ž uma matŽria decisiva nesse
concurso. A grande maioria dos concurseiros j‡ est‡ preparado naquelas
matŽrias b‡sicas (Direito Constitucional, Direito Administrativo,
Portugu•s...). Logo, o que faz mesmo a diferen•a numa prova dessas Ž a
legisla•‹o espec’fica, no caso da ABIN, a Legisla•‹o de Interesse da
Atividade de Intelig•ncia.

IMPORTANTE! Ao elaborar esse curso, levamos em considera•‹o n‹o


apenas as atualiza•›es normativas, mas tambŽm novas leis que
substitu’ram por completo normas antigas.

Assim, posso lhes dizer que esse curso est‡ 100% atualizado,
abordando os seguintes temas:

a) Lei n¼ 13.502/2017, que Ž resultado da convers‹o em lei da


Medida Provis—ria n¼ 782/2017, editada em 31 de maio de 2017.
Essa lei versa sobre a organiza•‹o b‡sica dos —rg‹os da Presid•ncia
da Repœblica e dos MinistŽrios, tendo revogado a Lei n¼
10.683/2016.

b) Decreto n¼ 8.905/2016: trata da nova estrutura regimental da


ABIN.

c) Decreto n¼ 9.209/2017, que alterou o Decreto n¼ 4.376/2002,


que versa sobre a organiza•‹o e o funcionamento do SISBIN.

d) Pol’tica Nacional de Intelig•ncia: Foi definida pelo Decreto n¼


8.793/2016.

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e) EstratŽgia Nacional de Intelig•ncia: Foi aprovada em 15 de
dezembro de 2017.

...

Nossas aulas ser‹o divididas da seguinte forma:

Aula 00 5 Lei n¼ 9.883/1999 e suas altera•›es (institui o Sistema


Brasileiro de Intelig•ncia, cria a Ag•ncia Brasileira de Intelig•ncia -
ABIN e d‡ outras provid•ncias). 5.1 Decreto n¼ 4.376/2002 e suas
altera•›es (disp›e sobre a organiza•‹o e o funcionamento do
Sistema Brasileiro de Intelig•ncia, institu’do pela Lei n¼ 9.883/1999,
e d‡ outras provid•ncias).(04/01/2018)

Aula 01 5.2 Decreto n¼ 8.905/2016 (aprova a Estrutura Regimental


e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comiss‹o e das Fun•›es
de Confian•a da Ag•ncia Brasileira de Intelig•ncia). (06/01/2018)

Aula 02 5.3 Lei n¼ 11.776/2008 (disp›e sobre a estrutura•‹o do


Plano de Carreiras e Cargos da Ag•ncia Brasileira de Intelig•ncia -
ABIN, cria as Carreiras de Oficial de Intelig•ncia, Oficial TŽcnico de
Intelig•ncia, Agente de Intelig•ncia e Agente TŽcnico de Intelig•ncia
e d‡ outras provid•ncias).(08/01/2018)

Aula 03 5.4 Lei n¼ 12.527/2011 (Lei de Acesso ˆ Informa•‹o).


(12/01/2018)

Aula 04 2 Decreto n¼ 8.793/2016 (Pol’tica Nacional de


Intelig•ncia): pressupostos da atividade de Intelig•ncia; o Estado, a
sociedade e a Intelig•ncia; os ambientes internacional e nacional;
instrumentos da atividade de Intelig•ncia; principais amea•as;
objetivos da Intelig•ncia nacional e diretrizes de Intelig•ncia.
(15/01/2018)

Aula 05 3 EstratŽgia Nacional de Intelig•ncia. Considera•›es


doutrin‡rias sobre os t—picos 1 e 4 (1 Conceitos de Intelig•ncia:
escopo e categorias de Intelig•ncia (Intelig•ncia, Contraintelig•ncia
e opera•›es de Intelig•ncia); fun•›es da atividade de Intelig•ncia. 4
Controle da atividade de Intelig•ncia: Intelig•ncia, democracia e
controle; o controle parlamentar da atividade de Intelig•ncia;
mecanismos n‹o parlamentares de controle; o controle da atividade
de Intelig•ncia no Brasil). (31/01/2018)

Aula 06 Simulado Final (04/02/2018)

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Ao longo do nosso curso, resolveremos um grande nœmero de quest›es
de concursos anteriores. AlŽm disso, irei elaborar v‡rias quest›es
inŽditas, as quais versar‹o sobre temas ainda n‹o cobrados em prova,
mas que poder‹o cair no seu concurso! Quanto a esse ponto, quero
ressaltar que, na nossa disciplina, Ž muito importante a resolu•‹o de
quest›es inŽditas. Isso porque tivemos, atŽ hoje, poucos concursos para a
ABIN e, portanto, n‹o Ž muito abundante a quantidade de quest›es sobre
a legisla•‹o relacionada ˆ atividade de intelig•ncia.

Amigos, tenho a plena convic•‹o de que, seguindo essa metodologia,


iremos alcan•ar nosso objetivo final: a aprova•‹o na Ag•ncia Brasileira de
Intelig•ncia (ABIN). Vamos juntos nessa jornada?

Ent‹o, m‹os ˆ obra! J

Um abra•o,

Ricardo Vale

ÒO segredo do sucesso Ž a const‰ncia no objetivo!Ó

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1- No•›es Gerais sobre a Atividade de Intelig•ncia:

1.1- Conceito de Intelig•ncia e Contraintelig•ncia:

A atividade de intelig•ncia Ž bastante antiga na hist—ria da


humanidade. Quem j‡ teve a oportunidade de ler o cl‡ssico ÒA arte da
guerraÓ, de Sun Tzu, deve se lembrar que um de seus cap’tulos leva o
nome de ÒO uso dos espi›esÓ. Um trecho que eu acho particularmente
interessante Ž o seguinte:

ÒA raz‹o por que o pr’ncipe iluminado e o general sabedor


vencem o inimigo sempre que se deslocam e porque seus
feitos ultrapassam os dos homens vulgares est‡ na
presci•ncia.

Aquilo que se chama Ôpresci•nciaÕ n‹o advŽm nem de


esp’ritos ou deuses, nem da analogia com ocorr•ncias
passadas ou de c‡lculo. ƒ obtido por meio de homens que
conhecem a situa•‹o do advers‡rio.Ó

O livro ÒA arte da guerraÓ apresenta a atividade de intelig•ncia


intimamente relacionada ˆ atividade militar. De fato, as duas atividades
caminham juntas. Mas a Òintelig•ncia militarÓ Ž apenas um dos
tipos/espŽcies de intelig•ncia. O conceito de intelig•ncia Ž bem mais
amplo.

O conceito mais utilizado de intelig•ncia Ž o apresentado pelo


professor Sherman Kent. Para Kent, h‡ tr•s acep•›es de intelig•ncia:1

1) Intelig•ncia como produto: segundo essa —tica, intelig•ncia Ž o


resultado do processo de produ•‹o do conhecimento; Ž o relat—rio
que servir‡ de subs’dio ao processo decis—rio.

2) Intelig•ncia como organiza•‹o: por essa —tica, intelig•ncia s‹o


os servi•os secretos, as organiza•›es que atuam na busca de
informa•›es e produ•‹o de conhecimentos.

3) Intelig•ncia como atividade: Ž o processo de obten•‹o, an‡lise


e dissemina•‹o de conhecimentos, o qual segue metodologia
pr—pria.

E como a legisla•‹o brasileira define o conceito de intelig•ncia?

A Lei n¼ 9.883/99 define intelig•ncia como a atividade que tem como


objetivo Òa obten•‹o, an‡lise e dissemina•‹o de conhecimentos dentro

1
GON‚ALVES, Joanisval Brito. Atividade de Intelig•ncia e Legisla•‹o
Correlata, 2» edi•‹o. Niter—i: Impetus, 2011.
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e fora do territ—rio nacional sobre fatos e situa•›es de imediata ou
potencial influ•ncia sobre o processo decis—rio e a a•‹o
governamental e sobre a salvaguarda e a seguran•a da sociedade e
do Estado.Ó.

ƒ importante termos em mente, a partir dessa defini•‹o, que o objetivo


principal da atividade de intelig•ncia Ž salvaguardar os interesses do
Estado e assessorar o processo decis—rio. Para isso, utiliza-se de
metodologia pr—pria de produ•‹o de conhecimentos a partir da
obten•‹o de dados oriundos de fontes abertas ou de Òdados
negadosÓ.

Cabe destacar, nesse ponto, que h‡ uma importante diferen•a entre


Òinforma•‹oÓ e Òintelig•nciaÓ. Segundo Joanisval Brito Gon•alves,
informa•‹o Ž algo que Ž conhecido, independentemente da maneira
como se chegou a esse conhecimento; intelig•ncia, por sua vez, Ž uma
informa•‹o voltada para as necessidades dos tomadores de decis‹o.
Portanto, toda intelig•ncia Ž informa•‹o, mas nem toda informa•‹o
Ž intelig•ncia.2 Informa•‹o Ž o dado n‹o-processado; ap—s o
processamento da informa•‹o, esta torna-se conhecimento de
intelig•ncia.

Nesse sentido, dados estat’sticos sobre as importa•›es oriundas da China


s‹o informa•‹o. Por outro lado, se trabalhados, esses dados podem
tornar-se intelig•ncia, revelando, por exemplo, que est‹o ocorrendo
irregularidades nas importa•›es oriundas da China, tais como o
subfaturamento ou falsa declara•‹o de origem. A intelig•ncia, portanto, Ž
um conhecimento elaborado a partir de metodologia pr—pria de an‡lise
de dados brutos. Cabe ressaltar que, para que seja produzido um
conhecimento de intelig•ncia, Ž necess‡rio que uma parte dos dados
utilizados em sua produ•‹o seja sigilosa.

Mas o que vem a ser contraintelig•ncia?

Segundo o Decreto n¼ 4.376/2002, contraintelig•ncia Ž Òa atividade que


objetiva prevenir, detectar, obstruir e neutralizar a intelig•ncia
adversa e a•›es de qualquer natureza que constituam amea•a ˆ
salvaguarda de dados, informa•›es e conhecimentos de interesse
da seguran•a da sociedade e do Estado, bem como das ‡reas e dos
meios que os retenham ou em que transitem.Ó Dito de forma mais
simples, contraintelig•ncia Ž a atividade que busca neutralizar a
intelig•ncia adversa, Ž dizer, neutralizar as opera•›es conduzidas por
servi•os de intelig•ncia estrangeiros.


2
GON‚ALVES, Joanisval Brito. Atividade de Intelig•ncia e Legisla•‹o
Correlata, 2» edi•‹o. Niter—i: Impetus, 2011.

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1.2- Hist—rico da Atividade de Intelig•ncia no Brasil:

Em 1927, no governo do Presidente Washington Lu’s, foi criado o


Conselho de Defesa Nacional, primeiro —rg‹o Òn‹o-militarÓ que exerceu
as atividades de intelig•ncia no Brasil. O Conselho de Defesa Nacional
consistia em —rg‹o de assessoramento imediato do Presidente da
Repœblica, provendo-lhe de informa•›es estratŽgicas necess‡rias ao
cumprimento de suas tarefas.

Em 1946, logo ap—s a Segunda Guerra Mundial, foi criado o SFICI


(Servi•o Federal de Informa•›es e Contra-Informa•›es) pelo Presidente
Eurico Gaspar Dutra. No papel, ele foi criado em 1946; no entanto, sua
estrutura•‹o ocorreu mesmo no governo de Juscelino Kubitschek, que
enviou alguns brasileiros ao exterior para realizar cursos de intelig•ncia
com a CIA e FBI. Sobre o SFICI, vale ainda destacar que ele foi criado
antes mesmo da CIA.

Na dŽcada de 60, em meio a toda turbul•ncia pol’tica vivenciada pelo


Brasil, foi criado o Servi•o Nacional de Informa•›es (SNI), este o
mais conhecido e criticado —rg‹o de intelig•ncia na hist—ria brasileira. O
SNI foi, durante os governos militares, o —rg‹o respons‡vel pela
supervis‹o e coordena•‹o das atividades de informa•‹o e
contrainforma•‹o no Brasil. Ao mesmo tempo, era o —rg‹o central do
Sistema Nacional de Informa•›es, o qual era composto por todos os
—rg‹os de intelig•ncia dos ministŽrios civis e militares.

Em 1990, durante o governo de Fernando Collor de Mello, o SNI foi


extinto, ficando a atividade de intelig•ncia no Brasil nas m‹os da
Secretaria de Assuntos EstratŽgicos. Finalmente, em dezembro de 1999,
no governo Fernando Henrique Cardoso, foi criada a Ag•ncia Brasileira
de Intelig•ncia (ABIN).

1. (ABIN - Agente de Intelig•ncia Ð 2008) Considera-se


intelig•ncia a atividade de obten•‹o e an‡lise de dados e
informa•›es e de produ•‹o e difus‹o de conhecimentos, dentro e
fora do territ—rio nacional, relativos a fatos e situa•›es de
imediata ou potencial influ•ncia sobre o processo decis—rio, a a•‹o
governamental, a salvaguarda e a seguran•a da sociedade e do
Estado.

Coment‡rios:

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Essa quest‹o Ž a quase literalidade do art. 1¼, ¤ 2o da Lei n¼ 9.883/99 e,
portanto, est‡ correta. Vejamos o que diz esse dispositivo:

ÒPara os efeitos de aplica•‹o desta Lei, entende-se como


intelig•ncia a atividade que objetiva a obten•‹o, an‡lise e
dissemina•‹o de conhecimentos dentro e fora do territ—rio
nacional sobre fatos e situa•›es de imediata ou
potencial influ•ncia sobre o processo decis—rio e a a•‹o
governamental e sobre a salvaguarda e a seguran•a da
sociedade e do Estado.Ó

AlguŽm poderia perguntar: ÒRicardo, a quest‹o falou em obten•‹o/


an‡lise de dados e informa•›es, mas a lei fala apenas em
conhecimentos... N‹o seria esse um erro?Ó

Minha resposta Ž n‹o. Os dados e informa•›es s‹o obtidos e


analisados e, ap—s processados, transformam-se em conhecimento
de intelig•ncia, o qual dever‡ ser disseminado. ƒ esse o entendimento
que se deve ter. Quest‹o correta.

2. (ABIN-Oficial de Intelig•ncia Ð 2008) Entende-se por


contraintelig•ncia a atividade do DISBI destinada a inutilizar
informa•›es sigilosas que foram obtidas com a finalidade de
subsidiar o presidente da Repœblica em seu processo decis—rio e
que n‹o s‹o mais necess‡rias.

Coment‡rios:

A contraintelig•ncia Ž a atividade que visa neutralizar a intelig•ncia


adversa. Quest‹o errada.

3. (Quest‹o InŽdita) No Brasil, a institucionaliza•‹o da


atividade de intelig•ncia ocorreu somente a partir de 1999, com a
cria•‹o da Ag•ncia Brasileira de Intelig•ncia (ABIN).

Coment‡rios:

A atividade de intelig•ncia no Brasil tem suas origens em 1927, durante o


governo do Presidente Washington Lu’s. Quest‹o errada.

4. (Quest‹o InŽdita) O objetivo central da intelig•ncia Ž


assessorar o processo decis—rio e salvaguardar os interesses da
sociedade e do Estado.

Coment‡rios:

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De fato, esses s‹o os objetivos principais da intelig•ncia: assessorar o
processo decis—rio e salvaguardar os interesses da sociedade e do Estado.
Quest‹o correta.

5. (Quest‹o InŽdita) Durante os governos militares, o SNI foi o


—rg‹o respons‡vel pela supervis‹o e coordena•‹o das atividades
de informa•‹o e contrainforma•‹o no Brasil.

Coment‡rios:

O SNI foi o —rg‹o central do Sistema Nacional de Informa•›es durante os


governos militares, tendo sido extinto em 1990, durante o Governo Collor.
Quest‹o correta.

2- O Sistema Brasileiro de Intelig•ncia (Lei n¼ 9.883/99):

2.1 Ð Considera•›es Iniciais sobre as mais recentes altera•›es


legislativas:

Em 2015, no contexto de reforma ministerial promovida pela ex-


Presidente Dilma Roussef, o Gabinete de Seguran•a Institucional
(GSI), que era o —rg‹o de coordena•‹o das atividades de intelig•ncia
federal, foi extinto. Com a extin•‹o do GSI, suas atribui•›es passaram
a ser desempenhadas pela Secretaria de Governo da Presid•ncia
da Repœblica.

Ap—s o impeachmet de Dilma, Michel Temer assume o cargo de Presidente


e edita a Medida Provis—ria n¼ 726/20163, recriando o Gabinete de
Seguran•a Institucional (GSI), que volta a ser o —rg‹o respons‡vel
pela coordena•‹o das atividades de intelig•ncia federal e das
atividades de seguran•a da informa•‹o e das comunica•›es.

As compet•ncias do GSI (Gabinete de Seguran•a Institucional) est‹o


elencadas no art. 10, da Lei n¼ 13.502/2017:

Art. 10. Ao Gabinete de Seguran•a Institucional da Presid•ncia da


Repœblica compete:
I - assistir direta e imediatamente o Presidente da Repœblica no
desempenho de suas atribui•›es, especialmente quanto a assuntos
militares e de seguran•a;
II - analisar e acompanhar quest›es com potencial de risco,
prevenir a ocorr•ncia de crises e articular seu gerenciamento, em
caso de grave e iminente amea•a ˆ estabilidade institucional;
III - coordenar as atividades de intelig•ncia federal;

3
A MP 726/2016 foi aprovada pelo Congresso Nacional, sendo convertida na Lei
n¼ 13.341/2016.
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IV - coordenar as atividades de seguran•a da informa•‹o e
das comunica•›es;
V - zelar, assegurado o exerc’cio do poder de pol’cia, pela seguran•a
pessoal do Presidente da Repœblica, do Vice-Presidente da
Repœblica, e de seus familiares, e dos titulares dos —rg‹os essenciais
da Presid•ncia da Repœblica, pela seguran•a dos pal‡cios
presidenciais e das resid•ncias do Presidente da Repœblica e do Vice-
Presidente da Repœblica e, quando determinado pelo Presidente da
Repœblica, pela de outras autoridades federais;
VI - coordenar as atividades do Sistema de Prote•‹o ao Programa
Nuclear Brasileiro como seu —rg‹o central;
VII - planejar e coordenar viagens presidenciais no Pa’s e no
exterior, estas em articula•‹o com o MinistŽrio das Rela•›es
Exteriores;
VIII - realizar o acompanhamento de assuntos pertinentes ao
terrorismo e ˆs a•›es destinadas ˆ sua preven•‹o e ˆ sua
neutraliza•‹o e intercambiar subs’dios para a avalia•‹o de
risco de amea•a terrorista; e
IX - realizar o acompanhamento de assuntos pertinentes ˆs
infraestruturas cr’ticas, com prioridade aos que se referem ˆ
avalia•‹o de riscos.
Par‡grafo œnico. Os locais onde o Presidente da Repœblica e o
Vice-Presidente da Repœblica trabalham, residem, estejam ou haja a
imin•ncia de virem a estar, e adjac•ncias, s‹o ‡reas consideradas
de seguran•a das referidas autoridades, e cabe ao Gabinete de
Seguran•a Institucional da Presid•ncia da Repœblica, para os fins do
disposto neste artigo, adotar as medidas necess‡rias para a sua
prote•‹o e coordenar a participa•‹o de outros —rg‹os de seguran•a.

O Gabinete de Seguran•a Institucional (GSI) Ž —rg‹o integrante da


estrutura da Presid•ncia da Repœblica. A ele est‡ vinculada a
Ag•ncia Brasileira de Intelig•ncia (ABIN), que Ž o —rg‹o central do
Sistema Brasileiro de Intelig•ncia.

2.2- Introdu•‹o ao SISBIN:

S‹o v‡rios os —rg‹os que se utilizam das atividades de intelig•ncia com o


objetivo de cumprir suas miss›es institucionais: a Pol’cia Federal, Pol’cias
Militares, For•as Armadas, ExŽrcito Brasileiro, Ag•ncia Brasileira de
Intelig•ncia, dentre outros. Sozinhos, cada um desses —rg‹os t•m um
poder limitado de produzir informa•›es; integrados, todavia, a capacidade
de gerar informa•›es Ž bem maior.

Com base nessa l—gica Ž que foi institu’do, pela Lei n¼ 9.883/99, o
Sistema Brasileiro de Intelig•ncia (SISBIN), com a miss‹o de integrar as
a•›es de planejamento e execu•‹o das atividades de intelig•ncia.
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A finalidade maior dessa integra•‹o Ž fornecer subs’dios ao Presidente
da Repœblica nos assuntos de interesse nacional.

Nesse sentido, o art 1¼, da Lei n¼ 9.883/99, disp›e o seguinte:

Art. 1¼ - Fica institu’do o Sistema Brasileiro de Intelig•ncia, que


integra as a•›es de planejamento e execu•‹o das atividades de
intelig•ncia do Pa’s, com a finalidade de fornecer subs’dios ao
Presidente da Repœblica nos assuntos de interesse nacional.

Mas quais s‹o os fundamentos sobre os quais se apoia o Sistema


Brasileiro de Intelig•ncia?

Os fundamentos do SISBIN s‹o os bens jur’dicos primordialmente


tutelados pelo sistema; s‹o as raz›es maiores pelas quais existe um
sistema destinado a integrar as a•›es de planejamento e execu•‹o das
atividades de Intelig•ncias. S‹o fundamentos do SISBIN:

a) Preserva•‹o da soberania nacional.

b) Defesa do Estado Democr‡tico de Direito.

c) Dignidade da pessoa humana.

O Sistema Brasileiro de Intelig•ncia Ž respons‡vel pelo processo de


obten•‹o, an‡lise e dissemina•‹o da informa•‹o necess‡ria ao
processo decis—rio do Poder Executivo, bem como pela salvaguarda da
informa•‹o contra o acesso de pessoas ou —rg‹os n‹o autorizados.

O Sistema Brasileiro de Intelig•ncia precisa, naturalmente, respeitar o


ordenamento jur’dico p‡trio, assim como as normas internacionais
das quais o Brasil seja Parte. Nessa esteira, as atividades do SISBIN
devem cumprir e preservar: i) os direitos e garantias individuais; ii) a
Constitui•‹o Federal; iii) os tratados, conven•›es, acordos e ajustes
internacionais em que o Brasil seja Parte ou signat‡rio e; iv) a legisla•‹o
ordin‡ria.

Assim, ao contr‡rio do que muitos pensam, a atividade de intelig•ncia


n‹o pode ser realizada ˆ margem das leis, da Constitui•‹o ou dos
direitos e garantias individuais. Enfatizando essa regra, o art. 3¼,
par‡grafo œnico, da Lei n¼ 9.883/99, disp›e o seguinte:

ÒAs atividades de intelig•ncia ser‹o desenvolvidas, no que


se refere aos limites de sua extens‹o e ao uso de tŽcnicas e
meios sigilosos, com irrestrita observ‰ncia dos direitos e
garantias individuais, fidelidade ˆs institui•›es e aos
princ’pios Žticos que regem os interesses e a seguran•a do
Estado.Ó

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O funcionamento do Sistema Brasileiro de Intelig•ncia efetivar-se-‡
mediante articula•‹o coordenada dos —rg‹os que o constituem,
respeitada a autonomia funcional de cada um e observadas as
normas legais pertinentes ˆ seguran•a, sigilo profissional e
salvaguarda de assuntos sigilosos.

Vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova!

6. (ABIN-Agente de Intelig•ncia Ð 2008) As atividades de


intelig•ncia devem ser desenvolvidas, no que se refere aos limites
de sua extens‹o e ao uso de tŽcnicas e meios sigilosos,
independentemente da observ‰ncia dos direitos e das garantias
individuais e para fins de assessoramento ao presidente da
Repœblica.

Coment‡rios:

As atividades de intelig•ncia devem cumprir e preservar os direitos e


garantias individuais e demais dispositivos da Constitui•‹o Federal, os
tratados, conven•›es, acordos e ajustes internacionais em que a
Repœblica Federativa do Brasil seja parte ou signat‡rio, e a legisla•‹o
ordin‡ria. Quest‹o errada.

7. (Quest‹o InŽdita) Os fundamentos do Sistema Brasileiro de


Intelig•ncia (SISBIN) s‹o a defesa do Estado democr‡tico de
direito, a dignidade da pessoa humana e a supremacia do Estado
brasileiro no cen‡rio internacional.

Coment‡rios:

De fato, a dignidade da pessoa humana e a defesa do Estado democr‡tico


de direito s‹o fundamentos do SISBIN. No entanto, n‹o se pode dizer que
o SISBIN tenha como fundamento a supremacia do Brasil no cen‡rio
internacional. O outro fundamento do SISBIN Ž a preserva•‹o da
soberania nacional. O conceito de soberania est‹o diretamente ligado ˆ
no•‹o de igualdade entre os Estados (e n‹o supremacia de um sobre o
outro!). Quest‹o errada.

8. (Quest‹o InŽdita) O Sistema Brasileiro de Intelig•ncia Ž


respons‡vel pelo processo de obten•‹o, an‡lise e dissemina•‹o da
informa•‹o necess‡ria ao processo decis—rio do Poder Executivo,

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bem como pela salvaguarda da informa•‹o contra o acesso de
pessoas ou —rg‹os n‹o autorizados.

Coment‡rios:

O SISBIN tem duas grandes responsabilidades: i) processo de obten•‹o,


an‡lise e dissemina•‹o da informa•‹o necess‡ria ao processo decis—rio do
Poder Executivo e; ii) salvaguarda da informa•‹o contra o acesso n‹o-
autorizado. Quest‹o correta.

9. (Quest‹o InŽdita) As atividades de intelig•ncia ser‹o


desenvolvidas, no que se refere aos limites de sua extens‹o e ao
uso de tŽcnicas e meios sigilosos, com irrestrita observ‰ncia dos
direitos e garantias individuais, fidelidade ˆs institui•›es e aos
princ’pios Žticos que regem os interesses e a seguran•a do Estado.

Coment‡rios:

Na execu•‹o da atividade de intelig•ncia, deve-se observar os direitos e


garantias individuais, assim como os princ’pios Žticos que regem os
interesses e a seguran•a do Estado. Quest‹o correta.

10. (Quest‹o InŽdita) N‹o h‡ incompatibilidade entre Estado


democr‡tico de direito e a exist•ncia de servi•os de intelig•ncia.

Coment‡rios:

Os servi•os de intelig•ncia s‹o plenamente compat’veis com o Estado


democr‡tico de direito. Destaque-se, inclusive, que o Estado democr‡tico
de direito Ž um dos fundamentos do SISBIN. Quest‹o correta.

11. (Quest‹o InŽdita) O funcionamento do Sistema Brasileiro de


Intelig•ncia efetivar-se-‡ mediante articula•‹o coordenada dos
—rg‹os que o constituem, os quais estar‹o subordinados ˆ ABIN.

Coment‡rios:

No SISBIN, prevalecem rela•›es de coordena•‹o entre os —rg‹os que


atuam na atividade de intelig•ncia. N‹o h‡ subordina•‹o dos —rg‹os ˆ
ABIN, uma vez que fica assegurada a autonomia funcional de cada um
deles. Quest‹o errada.

2.2- Composi•‹o do Sistema Brasileiro de Intelig•ncia:

O Sistema Brasileiro de Intelig•ncia (SISBIN) Ž constitu’do pelos —rg‹os


e entidades da Administra•‹o Pœblica Federal que, direta ou

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indiretamente, possam produzir conhecimentos de interesse das
atividades de intelig•ncia, em especial aquelas respons‡veis pela
defesa externa, seguran•a interna e rela•›es exteriores. Isso Ž
exatamente o que disp›e o art. 2¼ da Lei n¼ 9.883/99:

Art. 2o Os —rg‹os e entidades da Administra•‹o Pœblica Federal


que, direta ou indiretamente, possam produzir conhecimentos de
interesse das atividades de intelig•ncia, em especial aqueles
respons‡veis pela defesa externa, seguran•a interna e rela•›es
exteriores, constituir‹o o Sistema Brasileiro de Intelig•ncia, na
forma de ato do Presidente da Repœblica.

Vale a pena destacar que a Lei n¼ 9.883/99 n‹o definiu quais s‹o os
—rg‹os da Administra•‹o Pœblica Federal que integram o SISBIN, deixando
a tarefa para ato do Presidente da Repœblica. Assim, os —rg‹os que
comp›em o SISBIN s‹o relacionados em decreto executivo, mais
especificamente no Decreto n¼ 4.376/2002.

E as Unidades da Federa•‹o? Ser‡ que elas podem integrar o SISBIN?

Sim, podem. Em uma leitura apressada do art. 2¼, da Lei n¼ 9.883/99,


poder’amos ser levados a crer que somente comp›em o SISBIN —rg‹os e
entidades da Administra•‹o Pœblica Federal. No entanto, mediante
ajustes espec’ficos e conv•nios, ouvido o competente —rg‹o de
controle externo da atividade de intelig•ncia, as Unidades da
Federa•‹o poder‹o compor o Sistema Brasileiro de Intelig•ncia.

A prop—sito: qual Ž mesmo o —rg‹o de controle externo da atividade de


intelig•ncia? Falaremos mais sobre isso em momento oportuno, mas
desde j‡, saiba que o controle externo da atividade de intelig•ncia Ž
exercido pelo Poder Legislativo, na forma a ser estabelecida em ato do
Congresso Nacional.

Voltando, ent‹o, ao que diz’amos...

As Unidades da Federa•‹o poder‹o compor o SISBIN, mediante ajustes


espec’ficos e conv•nios, ouvido previamente o Poder Legislativo. Perceba
que, nesse caso, a manifesta•‹o do Poder Legislativo n‹o Ž
vinculante; o —rg‹o de controle externo ser‡ apenas ouvido. Assim, ele
n‹o poder‡ impedir ou obrigar que o Poder Executivo celebre
ajuste/conv•nio tendente a fazer com que Unidade da Federa•‹o
componha o SISBIN.

Vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova!

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12. (ABIN-Agente de Intelig•ncia-2008) O Sistema Brasileiro de


Intelig•ncia funciona mediante articula•‹o coordenada dos —rg‹os
que o constituem, os quais n‹o s‹o dotados de autonomia
funcional.

Coment‡rios:

Os —rg‹os do SISBIN s‹o dotados de autonomia funcional. Quest‹o


errada.

13. (ABIN-Oficial de Intelig•ncia-2008) O Sistema Brasileiro de


Intelig•ncia, em suas a•›es, deve cumprir e preservar os direitos e
garantias individuais e demais dispositivos da CF e das leis
ordin‡rias, mas n‹o os derivados de tratados, conven•›es, acordos
e ajustes internacionais, tendo em vista que o SBI tem como
fundamento a preserva•‹o da soberania nacional.

Coment‡rios:

O SISBIN tambŽm precisa obedecer aos dispositivos previstos em


tratados, conven•›es e acordos internacionais. Para voc• que j‡ estudou
Direito Constitucional, nunca Ž demais recordar que, uma vez
internalizados em nosso ordenamento jur’dico interno, os tratados passam
a ter status de lei ordin‡ria e, portanto, s‹o obrigat—rios. Quest‹o errada.

14. (ABIN-Oficial de Intelig•ncia-2008) As unidades da


Federa•‹o podem compor o SBI, mediante ajustes espec’ficos e
conv•nios, ouvido o competente —rg‹o de controle externo da
atividade de intelig•ncia.

Coment‡rios:

Segundo o art. 2¼, ¤ 2¼, da Lei n¼ 9.883/99, mediante ajustes espec’ficos


e conv•nios, ouvido o competente —rg‹o de controle externo da atividade
de intelig•ncia, as Unidades da Federa•‹o poder‹o compor o Sistema
Brasileiro de Intelig•ncia. Quest‹o correta.

15. (Quest‹o InŽdita) Os —rg‹os e entidades da Administra•‹o


Pœblica Federal que, direta ou indiretamente, possam produzir
conhecimentos de interesse das atividades de intelig•ncia, em
especial aqueles respons‡veis pela defesa externa, seguran•a

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interna e rela•›es exteriores, constituir‹o o Sistema Brasileiro de
Intelig•ncia, na forma de ato do Presidente da Repœblica.

Coment‡rios:

Exatamente o que disp›e o art. 2¼, caput, da Lei n¼ 9.883/99, acerca da


composi•‹o do SISBIN. Quest‹o correta.

16. (Quest‹o InŽdita) O —rg‹o de controle externo da atividade


de intelig•ncia poder‡ impedir que o Poder Executivo celebre
ajuste/conv•nio tendente a fazer com que Unidade da Federa•‹o
componha o SISBIN.

Coment‡rios:

Para que seja celebrado um conv•nio/ajuste que leve uma unidade da


federa•‹o a integrar o SISBIN, Ž necess‡rio que seja ouvido o —rg‹o de
controle externo da atividade de intelig•ncia. Assim, a manifesta•‹o
desse —rg‹o n‹o Ž vinculante, Ž dizer, n‹o tem o cond‹o de obrigar ou
desobrigar o Poder Executivo a seguir sua recomenda•‹o. Quest‹o errada.

17. (Quest‹o InŽdita) O controle externo da atividade de


intelig•ncia Ž exercido pelo Poder Legislativo, na forma a ser
estabelecida em ato do Congresso Nacional.

Coment‡rios:

De fato, Ž o Poder Legislativo quem exerce o controle externo da atividade


de intelig•ncia. Quest‹o correta.

2.3- A Ag•ncia Brasileira de Intelig•ncia (ABIN):

A Ag•ncia Brasileira de Intelig•ncia (ABIN) tambŽm foi criada pela Lei n¼


9.883/99. A ABIN Ž —rg‹o da Presid•ncia da Repœblica, constituindo-
se em —rg‹o central do Sistema Brasileiro de Intelig•ncia. Por
situar-se nessa posi•‹o Ž que os —rg‹os componentes do Sistema
Brasileiro de Intelig•ncia fornecer‹o ˆ ABIN, nos termos e condi•›es a
serem aprovados mediante ato presidencial, para fins de integra•‹o,
dados e conhecimentos espec’ficos relacionados com a defesa das
institui•›es e dos interesses nacionais.

A ABIN tem a miss‹o de planejar, executar, coordenar, supervisionar


e controlar as atividades de intelig•ncia do Pa’s, obedecidas ˆ
pol’tica e ˆs diretrizes superiormente tra•adas nos termos da Lei n¼
9.883/99.

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As compet•ncias da ABIN est‹o relacionadas no art. 4¼, da Lei n¼
9.883/99:

Art. 4¼ Ë ABIN, alŽm do que lhe prescreve o artigo anterior,


compete:

I-planejar e executar a•›es, inclusive sigilosas, relativas ˆ


obten•‹o e an‡lise de dados para a produ•‹o de conhecimentos
destinados a assessorar o Presidente da Repœblica;

II-planejar e executar a prote•‹o de conhecimentos sens’veis,


relativos aos interesses e ˆ seguran•a do Estado e da sociedade;

III-avaliar as amea•as, internas e externas, ˆ ordem


constitucional;

IV-promover o desenvolvimento de recursos humanos e da


doutrina de intelig•ncia, e realizar estudos e pesquisas para o
exerc’cio e aprimoramento da atividade de intelig•ncia.

Alguns coment‡rios se fazem necess‡rios acerca desse dispositivo:

O inciso I faz men•‹o ao fato de que a ABIN Ž respons‡vel pela produ•‹o


de conhecimentos destinados a assessorar o Presidente da Repœblica
em seu processo decis—rio. Para tal, a ABIN poder‡ conduzir, inclusive,
a•›es sigilosas.

O inciso II, por sua vez, determina que a ABIN tem a miss‹o de
proteger conhecimentos sens’veis, que ameacem os interesses e a
seguran•a do Estado e da sociedade.

O inciso III diz respeito ˆ tarefa da ABIN de avaliar as amea•as ˆ


ordem constitucional. O conceito de Òamea•asÓ Ž bastante amplo,
englobando, por exemplo, o tr‡fico de drogas, o tr‡fico de armas, o
terrorismo e o crime organizado.

Por fim, o inciso IV reflete a necessidade de que a ABIN seja, ao mesmo


tempo, um —rg‹o respons‡vel pelo desenvolvimento e difus‹o da
doutrina de intelig•ncia.

A ABIN tambŽm Ž competente para executar a Pol’tica Nacional de


Intelig•ncia, sob a supervis‹o da C‰mara de Rela•›es Exteriores e
Defesa Nacional do Conselho de Governo.

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O Conselho de Governo Ž um —rg‹o de assessoramento
imediato do Presidente da Repœblica. Junto ao Conselho de
Governo, atuam diversas C‰maras, que s‹o —rg‹os que
elaboram pol’ticas pœblicas setoriais cujo escopo extrapola
a ‡rea de atua•‹o de um œnico MinistŽrio.

Uma dessas C‰maras Ž a CREDEN (C‰mara de Rela•›es


Exteriores e Defesa Nacional), que Ž presidida pelo
Ministro-Chefe do GSI e conta com diversos outros
Ministros de Estado. Trata-se, portanto, de um —rg‹o
colegiado interministerial.

A CREDEN Ž respons‡vel por supervisionar a execu•‹o


da Pol’tica Nacional de Intelig•ncia (PNI). Segundo o art.
1¼, VIII, do Decreto n¼ 4.801/2003, a CREDEN Ž
respons‡vel por formular pol’ticas pœblicas e diretrizes
de matŽrias relacionadas com a ‡rea das rela•›es
exteriores e defesa nacional do Governo federal, inclusive a
respeito da atividade de intelig•ncia.

A fixa•‹o da Pol’tica Nacional de Intelig•ncia compete ao Presidente


da Repœblica. Antes de ser fixada pelo Presidente da Repœblica, a Pol’tica
Nacional de Intelig•ncia ser‡ remetida ao exame e sugest›es do —rg‹o de
controle externo da atividade de intelig•ncia.

Assim temos a seguinte ordem dos acontecimentos:

a) 1¼ momento: Pol’tica Nacional de Intelig•ncia Ž encaminhada ao


—rg‹o de controle externo da atividade de intelig•ncia para exame e
sugest›es.

b) 2¼ momento: Ap—s o exame e sugest›es do —rg‹o de controle


externo da atividade de intelig•ncia, o Presidente da Repœblica
FIXA a Pol’tica Nacional de Intelig•ncia.

c) 3¼ momento: A Ag•ncia Brasileira de Intelig•ncia EXECUTA


a Pol’tica Nacional de Intelig•ncia, sob a supervis‹o da C‰mara de
Rela•›es Exteriores e Defesa Nacional (CREDEN) do Conselho de
Governo.

A ABIN Ž dirigida por um Diretor-Geral, cuja escolha e nomea•‹o s‹o


atos privativos do Presidente da Repœblica, ap—s aprova•‹o de seu nome
pelo Senado Federal. Perceba-se que, devido ao alto grau de relev‰ncia do
cargo, a nomea•‹o do Diretor-Geral Ž ato complexo, dependente da
vontade convergente do Presidente da Repœblica e do Senado Federal.

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Cabe destacar que o substituto do Diretor-Geral ocupa o cargo
denominado Diretor-Adjunto.

A banca examinadora pode tentar te enganar, dizendo o


seguinte:
ÒS‹o privativas do Presidente da Repœblica a escolha e a
nomea•‹o do Diretor-Geral da ABIN, ap—s aprova•‹o de
seu nome pelo Congresso Nacional.Ó
Essa quest‹o estaria ERRADA, uma vez que a aprova•‹o
do nome do Diretor-Geral compete ao Senado Federal (e
n‹o ao Congresso Nacional!)

A elabora•‹o e edi•‹o do regimento interno da ABIN s‹o de


responsabilidade do Diretor-Geral,0 que o submeter‡ ˆ aprova•‹o do
Presidente da Repœblica. Cabe destacar que a compet•ncia para
aprova•‹o do regimento interno da ABIN foi delegada pelo Presidente da
Repœblica ao Ministro Chefe do GSI.

Esquematizando, temos o seguinte:

a) O Diretor-Geral elabora o regimento interno da ABIN.

b) O Presidente da Repœblica tem compet•ncia origin‡ria para


aprovar o regimento interno da ABIN. Essa compet•ncia foi
delegada ao Ministro Chefe do GSI.

O regimento interno da ABIN disp›e sobre a compet•ncia e o


funcionamento das unidades desse —rg‹o, assim como as atribui•›es
dos titulares e demais integrantes destas. Em aula futura, estudaremos
sobre a estrutura regimental da ABIN.

A ABIN, observada a legisla•‹o e normas pertinentes, e objetivando o


desempenho de suas atribui•›es, poder‡ firmar conv•nios, acordos,
contratos e quaisquer outros ajustes.

Vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova!

18. (ABIN-Agente de Intelig•ncia-2008) A execu•‹o da Pol’tica


Nacional de Intelig•ncia compete ˆ ABIN, sob a supervis‹o da
C‰mara de Rela•›es Exteriores e Defesa Nacional do Conselho de
Governo.

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Coment‡rios:

A ABIN Ž respons‡vel pela execu•‹o da Pol’tica Nacional de


Intelig•ncia, sujeitando-se ˆ supervis‹o da C‰mara de Rela•›es
Exteriores e Defesa Nacional do Conselho de Governo. Quest‹o correta.

19. (ABIN-Oficial de Intelig•ncia Ð 2008) Ë ABIN compete


planejar e executar a•›es, inclusive sigilosas, relativas ˆ obten•‹o
e an‡lise de dados para a produ•‹o de conhecimentos destinados
a assessorar o presidente da Repœblica e, em face da natureza
sigilosa das a•›es, a ABIN pode decretar a intercepta•‹o das
comunica•›es telef™nicas de suspeitos.

Coment‡rios:

A ABIN n‹o pode decretar a intercepta•‹o das comunica•›es telef™nicas


de suspeitos, eis que, na execu•‹o das atividades de intelig•ncia, dever‡
respeitos os direitos e garantias individuais. Quest‹o errada.

20. (Quest‹o InŽdita) Compete ˆ ABIN planejar e executar a


prote•‹o de conhecimentos sens’veis, relativos aos interesses e ˆ
seguran•a do Estado e da sociedade.

Coment‡rios:

A prote•‹o de conhecimentos sens’veis est‡ no campo de atua•‹o da


ABIN. Pode-se considerar como sens’veis os conhecimentos relativos aos
interesses e ˆ seguran•a do Estado e da sociedade. Quest‹o correta.

21. (Quest‹o InŽdita) Compete ˆ ABIN a avalia•‹o das amea•as,


internas e externas, ˆ ordem constitucional.

Coment‡rios:

A avalia•‹o das amea•as ˆ ordem constitucional, sejam elas internas ou


externas, Ž compet•ncia da ABIN. Quest‹o correta.

22. (Quest‹o InŽdita) Em raz‹o do car‡ter sigiloso da atividade


de intelig•ncia, a ABIN deve restringir o desenvolvimento da
doutrina de intelig•ncia.

Coment‡rios:

A ABIN tem a miss‹o de promover o desenvolvimento da doutrina de


intelig•ncia. Quest‹o errada.

23. (Quest‹o InŽdita) A fixa•‹o da Pol’tica Nacional de


Intelig•ncia compete ˆ ABIN. Antes de sua fixa•‹o, dever‡ ser

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remetida para exame e sugest›es do —rg‹o de controle externo da
atividade de intelig•ncia.

Coment‡rios:

A fixa•‹o da Pol’tica Nacional de Intelig•ncia compete ao Presidente da


Repœblica. Ë ABIN compete executar a Pol’tica Nacional de Intelig•ncia.
Quest‹o errada.

Cabe destacar que, antes da fixa•‹o da Pol’tica Nacional de Intelig•ncia,


esta deve ser remetida para exame e sugest›es do —rg‹o de controle
externo da atividade de intelig•ncia.

24. (Quest‹o InŽdita) A ABIN pode executar a•›es sigilosas com


vistas ˆ obten•‹o de dados para a produ•‹o de conhecimentos
destinados ˆ assessorar o Presidente da Repœblica em seu
processo decis—rio. Tendo em vista a relev‰ncia dessa tarefa, Ž
poss’vel a flexibiliza•‹o de certos direitos e garantias individuais.

Coment‡rios:

De fato, a ABIN pode planejar e executar a•›es sigilosas. No entanto,


estas n‹o poder‹o desrespeitar direitos e garantias individuais. Ao
contr‡rio do que a quest‹o afirma, n‹o existe flexibiliza•‹o alguma.
Quest‹o errada.

25. (Quest‹o InŽdita) O Gabinete de Seguran•a Institucional Ž o


—rg‹o central do Sistema Brasileiro de Intelig•ncia (SISBIN).

Coment‡rios:

A ABIN Ž o —rg‹o central do Sistema Brasileiro de Intelig•ncia. Quest‹o


errada.

2.3.1- ABIN e Sigilo:

A atividade de intelig•ncia e o sigilo andam juntos, havendo uma


grande preocupa•‹o dos operadores de intelig•ncia com isso,
notadamente com o objetivo de evitar que o •xito de suas atividades
seja comprometido.

Quer ver um exemplo bem simples?

Quando voc• for aprovado no concurso da ABIN, n‹o vai ver seu nome no
Di‡rio Oficial da Uni‹o! J Voc• vai ver apenas o seu nœmero de inscri•‹o

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no concurso... Afinal, n‹o Ž interessante que todos saibam quem s‹o os
Oficiais e Agentes de Intelig•ncia do Brasil! J

Seguindo essa linha, o art. 9¼, da Lei n¼ 9.883/99 disp›e que os atos da
ABIN, cuja publicidade possa comprometer o •xito de suas
atividades sigilosas, dever‹o ser publicados em extrato. Entre esses
atos, incluem-se os referentes ao peculiar funcionamento da ABIN
(atribui•›es, atua•‹o e especifica•›es dos cargos e movimenta•‹o dos
titulares). A obrigatoriedade de publica•‹o dos atos em extrato
independe de serem de car‡ter ostensivo ou sigiloso os recursos
utilizados, em cada caso.

Sobre o gasto de recursos pœblicos, Ž relevante destacar que o Or•amento


Geral da Uni‹o contemplar‡, anualmente, em rubrica espec’fica, os
recursos necess‡rios ao desenvolvimento das a•›es de car‡ter
==0==

sigiloso a cargo da ABIN. ƒ o que a imprensa j‡ chamou de Ògastos


secretosÓ da ABIN.

Vejamos, agora, o que nos diz o art. 9¼ A:

Art. 9¼ A - Quaisquer informa•›es ou documentos sobre as


atividades e assuntos de intelig•ncia produzidos, em curso ou sob
a cust—dia da ABIN somente poder‹o ser fornecidos, ˆs
autoridades que tenham compet•ncia legal para solicit‡-los, pelo
Chefe do Gabinete de Seguran•a Institucional da Presid•ncia da
Repœblica, observado o respectivo grau de sigilo conferido com
base na legisla•‹o em vigor, exclu’dos aqueles cujo sigilo seja
imprescind’vel ˆ seguran•a da sociedade e do Estado.

¤ 1o O fornecimento de documentos ou informa•›es, n‹o


abrangidos pelas hip—teses previstas no caput deste artigo, ser‡
regulado em ato pr—prio do Chefe do Gabinete de Seguran•a
Institucional da Presid•ncia da Repœblica.

¤ 2o A autoridade ou qualquer outra pessoa que tiver


conhecimento ou acesso aos documentos ou informa•›es
referidos no caput deste artigo obriga-se a manter o respectivo
sigilo, sob pena de responsabilidade administrativa, civil e penal,
e, em se tratando de procedimento judicial, fica configurado o
interesse pœblico de que trata o art. 155, inciso I, do C—digo de
Processo Civil, devendo qualquer investiga•‹o correr, igualmente,
sob sigilo.

Nas suas atividades, a ABIN produz uma grande diversidade de


informa•›es e documentos, os quais ficam sob sua cust—dia. Tais
documentos e informa•›es somente poder‹o ser fornecidos, ˆs
autoridades que tenham compet•ncia legal para solicit‡-los, pelo
Ministro-Chefe do GSI. A autoridade ou pessoa que tiver acesso a esses

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documentos e informa•›es ter‡ a obriga•‹o de manter o sigilo, sob
pena de responsabilidade administrativa, civil e penal.

A ABIN somente poder‡ comunicar-se com os demais —rg‹os da


administra•‹o pœblica direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos
Poderes da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios, com
o conhecimento prŽvio da autoridade competente de maior
hierarquia do respectivo —rg‹o, ou um seu delegado. Assim, para que
a ABIN possa comunicar-se, por exemplo, com o MinistŽrio da Fazenda, o
pr—prio Ministro de Estado precisar‡ ter ci•ncia disso.

2.4- Controle Interno/Controle Externo da Atividade de


Intelig•ncia:

2.4.1- Controle Interno:

Quando se fala em controle interno, a refer•ncia que se faz Ž ao controle


exercido por um —rg‹o dentro do mesmo Poder. No caso da ABIN, as
atividades de controle interno, inclusive as de contabilidade anal’tica,
ser‹o exercidas pela Secretaria de Controle Interno da Presid•ncia
da Repœblica (CISET/PR). Os relat—rios produzidos pela CISET/PR s‹o
enviados ao TCU, a fim de viabilizar a realiza•‹o do controle externo.

Um detalhe importante, nesse momento, Ž perceber que o controle


interno da ABIN, na condi•‹o de —rg‹o da Presid•ncia da Repœblica, n‹o Ž
realizado pela CGU (como muitos poderiam pensar!).

Pode-se dizer, ainda, que a CREDEN (C‰mara de Rela•›es Exteriores e


Defesa Nacional), do Conselho de Governo, exerce um controle interno
da atividade-fim da ABIN. ƒ esse —rg‹o, afinal, que define as diretrizes
para a atividade de intelig•ncia e que supervisiona a execu•‹o da Pol’tica
Nacional de Intelig•ncia (PNI).

2.4.2- Controle Externo:

Segundo o art. 6¼, da Lei n¼ 9.883/99, o controle e fiscaliza•‹o


externos da atividade de intelig•ncia ser‹o exercidos pelo Poder
Legislativo na forma a ser estabelecida em ato do Congresso Nacional.
Cabe, portanto, a um —rg‹o do Poder Legislativo, exercer tal tarefa.

Ser‡ que h‡ diretrizes para a composi•‹o desse —rg‹o de controle


externo?

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Sim, com certeza. Segundo a Lei n¼ 9.883/99, o —rg‹o de controle
externo da atividade de intelig•ncia ser‡ integrado por:

a) l’deres da maioria na C‰mara dos Deputados e no Senado


Federal;

b) l’deres da minoria na C‰mara dos Deputados e no Senado


Federal;

c) Presidente da Comiss‹o de Rela•›es Exteriores e Defesa Nacional


da C‰mara dos Deputados.

d) Presidente da Comiss‹o de Rela•›es Exteriores e Defesa Nacional


no Senado Federal.

A Lei n¼ 9.883/99 retrata a composi•‹o m’nima da CCAI,


sendo poss’vel que resolu•‹o do Congresso Nacional amplie
o nœmero de integrantes dessa Comiss‹o.

O funcionamento desse —rg‹o de controle externo e a forma de


desenvolvimento dos seus trabalhos ser‡ definida por ato do
Congresso Nacional. O objetivo Ž o controle e a fiscaliza•‹o dos atos
decorrentes da execu•‹o da Pol’tica Nacional de Intelig•ncia.

O —rg‹o de controle externo da atividade de intelig•ncia Ž a Comiss‹o


Mista de Controle das Atividades de Intelig•ncia (CCAI),
estabelecida em 2000. Destaque-se que a CCAI n‹o Ž respons‡vel pelo
controle externo apenas das atividades da ABIN, mas de todos os
—rg‹os que atuam na ‡rea de intelig•ncia.

O Tribunal de Contas da Uni‹o (TCU) tambŽm realiza o controle


externo da ABIN, mas voltado para a an‡lise da gest‹o dos recursos
or•ament‡rios disponibilizados para a ABIN.

26. (ABIN-Agente de Intelig•ncia-2008) Os atos da ABIN cuja


publicidade possa comprometer o •xito de suas atividades
sigilosas devem ser publicados em extrato.

Coment‡rios:

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Isso Ž exatamente o que disp›e o art. 9¼, do caput, da Lei n¼ 9.883/99.
Quest‹o correta.

27. (ABIN-Agente de Intelig•ncia-2008) O controle e a


fiscaliza•‹o externos da atividade de intelig•ncia s‹o exercidos
pelo presidente da Repœblica.

Coment‡rios:

O controle externo da atividade de intelig•ncia compete ao Poder


Legislativo. Quest‹o errada.

28. (ABIN-Oficial TŽcnico de Intelig•ncia-2010) Os atos


administrativos, no ‰mbito da ABIN, que viabilizem aquisi•›es de
bens e servi•os cuja publicidade possa comprometer o •xito das
atividades sigilosas da ag•ncia devem ser publicados em extrato,
cabendo ao gestor utilizar, nesses casos, recursos or•ament‡rios
sigilosos.

Coment‡rios:

Quest‹o muito inteligente! Sempre que a publicidade de um ato


administrativo comprometer o •xito das atividades da ABIN, este dever‡
ser publicado em extrato. No entanto, isso n‹o quer dizer que o gestor
deva utilizar, nesses casos, recursos or•ament‡rios sigilosos. A
obrigatoriedade de publica•‹o dos atos em extrato independe de serem de
car‡ter ostensivo ou sigiloso os recursos utilizados, em cada caso.
Portanto, a quest‹o est‡ errada.

29. (ABIN-Oficial TŽcnico de Intelig•ncia-2010) O controle e a


fiscaliza•‹o externos da atividade de intelig•ncia s‹o exercidos
pela Comiss‹o Mista de Controle de îrg‹os de Intelig•ncia do
Congresso Nacional, criada junto com a ABIN. Integram-na os
presidentes das Comiss›es de Rela•›es Exteriores e Defesa
Nacional da C‰mara dos Deputados e do Senado Federal, os l’deres
da maioria e minoria na C‰mara dos Deputados e no Senado
Federal e o presidente do Tribunal de Contas da Uni‹o.

Coment‡rios:

H‡ tr•s erros na quest‹o:

1) A ABIN foi criada em 1999, ao passo que a CCAI foi criada em


2000. Assim, elas n‹o foram criadas juntas.

2) O nome correto da CCAI Ž Comiss‹o Mista de Controle das


Atividades de Intelig•ncia.

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3) O presidente do TCU n‹o participa da CCAI.

30. (Quest‹o InŽdita) As atividades de controle interno da ABIN,


inclusive as de contabilidade anal’tica, ser‹o exercidas pela
Controladoria-Geral da Uni‹o.

Coment‡rios:

A Secretaria de Controle Interno da Presid•ncia da Repœblica Ž quem


exerce as atividades de controle interno da ABIN, inclusive as de
contabilidade anal’tica. Quest‹o errada.

31. (Quest‹o InŽdita) O Or•amento Geral da Uni‹o contemplar‡,


anualmente, em rubrica espec’fica, os recursos necess‡rios ao
desenvolvimento das a•›es de car‡ter sigiloso a cargo da ABIN.

Coment‡rios:

A quest‹o est‡ fazendo men•‹o aos chamados Ògastos secretosÓ da ABIN.


De fato, os recursos or•ament‡rios necess‡rios ao desenvolvimento de
a•›es de car‡ter sigiloso a cargo da ABIN ser‹o contemplados em rubrica
espec’fica do Or•amento Geral da Uni‹o. Quest‹o correta.

32. (Quest‹o InŽdita) Quaisquer informa•›es ou documentos


sobre as atividades e assuntos de intelig•ncia produzidos, em
curso ou sob a cust—dia da ABIN somente poder‹o ser fornecidos,
ˆs autoridades que tenham compet•ncia legal para solicit‡-los,
observado o respectivo grau de sigilo conferido com base na
legisla•‹o em vigor, exclu’dos aqueles cujo sigilo seja
imprescind’vel ˆ seguran•a da sociedade e do Estado

Coment‡rios:

Exatamente o que nos informa o art. 9-A, caput, da Lei n¼ 9.883/99.


Quest‹o correta.

3- A Organiza•‹o e o Funcionamento do Sistema Brasileiro de


Intelig•ncia (Decreto n¼ 4.376/2002):

O Decreto n¼ 4.376/2002 tem por objeto regulamentar a organiza•‹o e o


funcionamento do Sistema Brasileiro de Intelig•ncia. Nada mais natural,
portanto, que seus dispositivos reproduzam, em v‡rios pontos, a Lei n¼
9.883/99, que instituiu o SISBIN. N‹o serei repetitivo, comentando
apenas aquilo que o Decreto traz como novidade.

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A primeira pergunta que devemos nos fazer, ent‹o, Ž a seguinte: quais
s‹o os —rg‹os que integram o Sistema Brasileiro de Intelig•ncia (SISBIN)?

A resposta est‡ no art. 4¼, do Decreto n¼ 4.376/2002.

Art. 4o O Sistema Brasileiro de Intelig•ncia Ž composto pelos


seguintes —rg‹os:
I - Casa Civil da Presid•ncia da Repœblica, por meio de sua
Secretaria-Executiva;
II Ð Gabinete de Seguran•a Institucional da Presid•ncia da
Repœblica, —rg‹o de coordena•‹o das atividades de intelig•ncia
federal;
III - Ag•ncia Brasileira de Intelig•ncia - ABIN, do Gabinete de
Seguran•a Institucional da Presid•ncia da Repœblica, como —rg‹o
central do Sistema;
IV - MinistŽrio da Justi•a e Seguran•a Pœblica, por meio da
Secretaria Nacional de Seguran•a Pœblica, da Diretoria de
Intelig•ncia Policial do Departamento de Pol’cia Federal, do
Departamento de Pol’cia Rodovi‡ria Federal, do Departamento
Penitenci‡rio Nacional e do Departamento de Recupera•‹o de
Ativos e Coopera•‹o Jur’dica Internacional, da Secretaria Nacional
de Justi•a e Cidadania.
V - MinistŽrio da Defesa, por meio da Subchefia de Intelig•ncia de
Defesa, da Divis‹o de Intelig•ncia EstratŽgico-Militar da Subchefia
de EstratŽgia do Estado-Maior da Armada, do Centro de
Intelig•ncia da Marinha, do Centro de Intelig•ncia do ExŽrcito, do
Centro de Intelig•ncia da Aeron‡utica, e do Centro Gestor e
Operacional do Sistema de Prote•‹o da Amaz™nia;
VI - MinistŽrio das Rela•›es Exteriores, por meio da Secretaria-
Geral de Rela•›es Exteriores e da Divis‹o de Combate aos Il’citos
Transnacionais da Subsecretaria-Geral de Assuntos Pol’ticos
Multilaterais, Europa e AmŽrica do Norte;
VII - MinistŽrio da Fazenda, por meio da Secretaria-Executiva do
Conselho de Controle de Atividades Financeiras, da Secretaria da
Receita Federal do Brasil e do Banco Central do Brasil;
VIII - MinistŽrio do Trabalho, por meio da Secretaria-Executiva;
IX - MinistŽrio da Saœde, por meio do Gabinete do Ministro de
Estado e da Ag•ncia Nacional de Vigil‰ncia Sanit‡ria - ANVISA;
X Ð (Revogado);
XI - MinistŽrio da Ci•ncia, Tecnologia, Inova•›es e Comunica•›es,
por meio da Secretaria-Executiva;
XII - MinistŽrio do Meio Ambiente, por meio da Secretaria-
Executiva e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renov‡veis - IBAMA;
XIII - MinistŽrio da Integra•‹o Nacional, por meio da Secretaria
Nacional de Prote•‹o e Defesa Civil.
XIV - MinistŽrio da Transpar•ncia, Fiscaliza•‹o e Controladoria-
Geral da Uni‹o - CGU, por meio da Secretaria-Executiva.
XV - MinistŽrio da Agricultura, Pecu‡ria e Abastecimento, por
meio de sua Secretaria-Executiva;
XVI Ð (Revogado).

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XVII - MinistŽrio dos Transportes, Portos e Avia•‹o Civil, por meio
da sua Secretaria-Executiva, da Secretaria de Avia•‹o Civil, da
Ag•ncia Nacional de Avia•‹o Civil, da Ag•ncia Nacional de
Transportes Terrestres, da Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportu‡ria e do Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes;
XVIII - MinistŽrio de Minas e Energia, por meio de sua Secretaria-
Executiva; e
XIX Ð Advocacia-Geral da Uni‹o, por meio de sua Secretaria-
Executiva
Par‡grafo œnico. Mediante ajustes espec’ficos e conv•nios,
ouvido o competente —rg‹o de controle externo da atividade de
intelig•ncia, as unidades da Federa•‹o poder‹o compor o Sistema
Brasileiro de Intelig•ncia.

N‹o precisa decorar essa lista imensa de —rg‹os! O custo-benef’cio disso Ž


baix’ssimo! O objetivo Ž que voc• tenha apenas uma no•‹o de quais s‹o
os —rg‹os do SISBIN. Dando uma lida, voc• j‡ ter‡ uma boa no•‹o da
quantidade de —rg‹os que dele fazem parte.

Quero chamar sua aten•‹o, entretanto, para um detalhe. A lista acima


n‹o Ž exaustiva, j‡ que, mediante ajustes espec’ficos e conv•nios,
ouvido o competente —rg‹o de controle externo da atividade de
intelig•ncia, as unidades da Federa•‹o poder‹o compor o Sistema
Brasileiro de Intelig•ncia.

Todos os —rg‹os que comp›em o SISBIN executam atividades de


intelig•ncia, cada um em sua esfera de compet•ncia. Tais —rg‹os t•m a
tarefa, portanto, de produzir conhecimentos, em atendimento ˆs
prescri•›es dos planos e programas de intelig•ncia, decorrentes da
Pol’tica Nacional de Intelig•ncia. Para isso, dever‹o planejar e executar
a•›es relativas ˆ obten•‹o e integra•‹o de dados e informa•›es,
intercambiando entre si aquelas informa•›es que sejam necess‡rias
ˆ produ•‹o de conhecimentos relacionados ˆs atividades de intelig•ncia e
contraintelig•ncia.

Os —rg‹os do SISBIN dever‹o, para fins de integra•‹o, fornecer ˆ ABIN


(—rg‹o central do Sistema), as informa•›es e conhecimentos espec’ficos
relacionados com a defesa das institui•›es e dos interesses
nacionais.

Art. 6o Cabe aos —rg‹os que comp›em o Sistema Brasileiro de


Intelig•ncia, no ‰mbito de suas compet•ncias:
I - produzir conhecimentos, em atendimento ˆs prescri•›es dos
planos e programas de intelig•ncia, decorrentes da Pol’tica
Nacional de Intelig•ncia;
II - planejar e executar a•›es relativas ˆ obten•‹o e integra•‹o
de dados e informa•›es;

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III - intercambiar informa•›es necess‡rias ˆ produ•‹o de
conhecimentos relacionados com as atividades de intelig•ncia e
contraintelig•ncia;
IV - fornecer ao —rg‹o central do Sistema, para fins de
integra•‹o, informa•›es e conhecimentos espec’ficos relacionados
com a defesa das institui•›es e dos interesses nacionais; e
V - estabelecer os respectivos mecanismos e procedimentos
particulares necess‡rios ˆs comunica•›es e ao interc‰mbio de
informa•›es e conhecimentos no ‰mbito do Sistema, observando
medidas e procedimentos de seguran•a e sigilo, sob coordena•‹o
da ABIN, com base na legisla•‹o pertinente em vigor.

A integra•‹o de todos esses —rg‹os no ‰mbito do SISBIN n‹o Ž miss‹o


simples; ao contr‡rio, possui elevado grau de complexidade. Justamente
em raz‹o disso Ž que foi criado, no ‰mbito da ABIN, a Assessoria
Executiva do SISBIN.4
5
Mas qual seria a miss‹o da Assessoria Executiva do SISBIN?

A Assessoria Executiva do SISBIN tem por atribui•‹o coordenar a


articula•‹o do fluxo de dados e informa•›es oportunas e de interesse
da atividade de Intelig•ncia de Estado, com a finalidade de subsidiar o
Presidente da Repœblica em seu processo decis—rio.

A ABIN pode manter, em car‡ter permanente, representantes dos


—rg‹os componentes do Sistema Brasileiro de Intelig•ncia (SISBIN) na
Assessoria-Executiva. Para isso, a ABIN tem a prerrogativa de
requerer aos —rg‹os do SISBIN a designa•‹o de representantes
para atuarem nesse —rg‹o.

Esses representantes cumprir‹o expediente na ABIN, mais


especificamente na Assessoria Executiva do SISBIN. Estar‹o, portanto,
dispensados do exerc’cio das atribui•›es habituais no —rg‹o de
origem, trabalhando em regime de disponibilidade permanente, na forma
do disposto no regimento interno da ABIN. Para possibilitar a integra•‹o
das informa•›es, os mencionados representantes poder‹o acessar, por
meio eletr™nico, as bases de dados de seus —rg‹os de origem.

Outro —rg‹o institu’do pelo Decreto n¼ 4.376/2002 Ž o Conselho


Consultivo do SISBIN. Esse —rg‹o est‡ vinculado ao Gabinete de
Seguran•a Institucional (GSI) e tem suas compet•ncias relacionadas
no art. 7¼:


4
A Assessoria Executiva do SISBIN substitui o Departamento de Integra•‹o do SISBIN, o
que foi formalizado pelo Decreto n¼ 9.209/2017.
5
O Departamento de Integra•‹o do SISBIN foi substitu’do em suas atribui•›es pela
Assessoria Executiva do SISBIN.

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Art. 7o Fica institu’do, vinculado ao Gabinete de Seguran•a
Institucional da Presid•ncia da Repœblica, o Conselho Consultivo
do Sistema Brasileiro de Intelig•ncia, ao qual compete:
I - emitir pareceres sobre a execu•‹o da Pol’tica Nacional de
Intelig•ncia;
II - propor normas e procedimentos gerais para o interc‰mbio de
conhecimentos e as comunica•›es entre os —rg‹os que
constituem o Sistema Brasileiro de Intelig•ncia, inclusive no que
respeita ˆ seguran•a da informa•‹o;
III - contribuir para o aperfei•oamento da doutrina de
intelig•ncia;
IV - opinar sobre propostas de integra•‹o de novos —rg‹os e
entidades ao Sistema Brasileiro de Intelig•ncia;
V - propor a cria•‹o e a extin•‹o de grupos de trabalho para
estudar problemas espec’ficos, com atribui•›es, composi•‹o e
funcionamento regulados no ato que os instituir; e
VI - propor ao seu Presidente o regimento interno.

Analisando-se as atribui•›es do Conselho Consultivo do SISBIN, Ž poss’vel


verificar que este —rg‹o tem fun•‹o propositiva, opinativa e, como o
pr—prio nome diz, consultiva.

Os membros do Conselho Consultivo do SISBIN est‹o relacionados


no art. 8¼ do Decreto n¼ 4.376/2002:

Art. 8o S‹o membros do Conselho os titulares dos seguintes


—rg‹os:
I Ð Gabinete de Seguran•a Institucional da Presid•ncia da
Repœblica;
II - ABIN, do Gabinete de Seguran•a Institucional da Presid•ncia
da Repœblica;
III - Secretaria Nacional de Seguran•a Pœblica, Diretoria de
Intelig•ncia Policial do Departamento de Pol’cia Federal e
Departamento de Pol’cia Rodovi‡ria Federal, do MinistŽrio da
Justi•a e Seguran•a Pœblica;
IV - Subchefia de Intelig•ncia de Defesa, Divis‹o de Intelig•ncia
EstratŽgico-Militar da Subchefia de EstratŽgia do Estado-Maior da
Armada, Centro de Intelig•ncia da Marinha, Centro de
Intelig•ncia do ExŽrcito, Centro de Intelig•ncia da Aeron‡utica, e
Centro Gestor e Operacional do Sistema de Prote•‹o da
Amaz™nia, do MinistŽrio da Defesa;
V - Divis‹o de Combate a Il’citos Transnacionais, da
Subsecretaria-Geral de Assuntos Pol’ticos Multilaterais, Europa e
AmŽrica do Norte, do MinistŽrio das Rela•›es Exteriores; e
VI - Conselho de Controle de Atividades Financeiras e Secretaria
da Receita Federal do Brasil, do MinistŽrio da Fazenda; e

O Conselho Consultivo do SISBIN Ž um —rg‹o colegiado, cujo presidente


Ž o Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Seguran•a
Institucional da Presid•ncia da Repœblica, que Ž respons‡vel por
indicar seu substituto eventual. Da mesma forma, cada um dos membros

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do Conselho indicar‡ seu suplente. A participa•‹o no Conselho n‹o enseja
nenhum tipo de remunera•‹o e ser‡ considerada servi•o de natureza
relevante. Todos os membros do Conselho receber‹o credenciais de
seguran•a no grau ÒsecretoÓ.

As reuni›es do Conselho poder‹o ser: i) ordin‡rias (3 vezes ao ano, na


sede da ABIN) ou; ii) extraordin‡rias (sempre que convocado pelo seu
Presidente ou a requerimento de um de seus membros. A critŽrio do
Presidente do Conselho, as reuni›es extraordin‡rias poder‹o ser
realizadas fora da sede da ABIN.

O Conselho Consultivo do SISBIN ir‡ reunir-se com a presen•a de, no


m’nimo, a maioria de seus membros. Mediante convite de qualquer
membro do Conselho, representantes de outros —rg‹os ou entidades
poder‹o participar das suas reuni›es, como assessores ou
observadores. O presidente do Conselho poder‡ convidar para participar
das reuni›es cidad‹os de not—rio saber ou especializa•‹o sobre assuntos
constantes da pauta.

J‡ hav’amos falado sobre as atribui•›es da ABIN ao estudarmos a Lei n¼


9.883/99. No entanto, o Decreto n¼ 4.376/2002 entrou em mais detalhes.
Por isso, vale a pena transcrevermos o seu art. 10:

Art. 10. Na condi•‹o de —rg‹o central do Sistema Brasileiro de


Intelig•ncia, a ABIN tem a seu cargo:
I - estabelecer as necessidades de conhecimentos espec’ficos, a
serem produzidos pelos —rg‹os que constituem o Sistema
Brasileiro de Intelig•ncia, e consolid‡-las no Plano Nacional de
Intelig•ncia;
II - coordenar a obten•‹o de dados e informa•›es e a produ•‹o
de conhecimentos sobre temas de compet•ncia de mais de um
membro do Sistema Brasileiro de Intelig•ncia, promovendo a
necess‡ria intera•‹o entre os envolvidos;
III - acompanhar a produ•‹o de conhecimentos, por meio de
solicita•‹o aos membros do Sistema Brasileiro de Intelig•ncia,
para assegurar o atendimento da finalidade legal do Sistema;
IV - analisar os dados, informa•›es e conhecimentos recebidos,
com vistas a verificar o atendimento das necessidades de
conhecimentos estabelecidas no Plano Nacional de Intelig•ncia;
V - integrar as informa•›es e os conhecimentos fornecidos pelos
membros do Sistema Brasileiro de Intelig•ncia;
VI - solicitar dos —rg‹os e entidades da Administra•‹o Pœblica
Federal os dados, conhecimentos, informa•›es ou documentos
necess‡rios ao atendimento da finalidade legal do Sistema;
VII - promover o desenvolvimento de recursos humanos e
tecnol—gicos e da doutrina de intelig•ncia, realizar estudos e
pesquisas para o exerc’cio e aprimoramento da atividade de
intelig•ncia, em coordena•‹o com os demais —rg‹os do Sistema
Brasileiro de Intelig•ncia;

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VIII - prover suporte tŽcnico e administrativo ˆs reuni›es do
Conselho e ao funcionamento dos grupos de trabalho, solicitando,
se preciso, aos —rg‹os que constituem o Sistema colabora•‹o de
servidores por tempo determinado, observadas as normas
pertinentes; e
IX - representar o Sistema Brasileiro de Intelig•ncia perante o
—rg‹o de controle externo da atividade de intelig•ncia.
Par‡grafo œnico. Excetua-se das atribui•›es previstas neste
artigo a atividade de intelig•ncia operacional necess‡ria ao
planejamento e ˆ condu•‹o de campanhas e opera•›es militares
das For•as Armadas, no interesse da defesa nacional.

33. (ABIN-Oficial de Intelig•ncia-2008-adaptada) A Assessoria


Executiva do Sistema Brasileiro de Intelig•ncia ter‡ por atribui•‹o
coordenar a articula•‹o do fluxo de dados e informa•›es
oportunas e de interesse da atividade de intelig•ncia do Estado,
com a finalidade de subsidiar o presidente da Repœblica em seu
processo decis—rio.

Coment‡rios:

A Assessoria Executiva do SISBIN tem a miss‹o de promover a integra•‹o


da comunidade de intelig•ncia, isto Ž, articular todos os —rg‹os que
executam a atividade de intelig•ncia em torno de um objetivo central:
subsidiar o presidente da Repœblica em seu processo decis—rio. Quest‹o
correta.

34. (ABIN-Oficial TŽcnico de Intelig•ncia Ð 2010) Exige-se, nas


reuni›es do Conselho Consultivo do SISBIN presen•a de, no
m’nimo, dois ter•os de seus membros.

Coment‡rios:

O Conselho Consultivo do SISBIN ir‡ reunir-se com a presen•a de, no


m’nimo, a maioria de seus membros. Quest‹o errada.

35. (ABIN-Oficial TŽcnico de Intelig•ncia Ð 2010) As unidades da


Federa•‹o podem compor o SISBIN, mediante ajustes espec’ficos
e conv•nios e aprova•‹o necess‡ria do conselho consultivo
institu’do pelo referido decreto.

Coment‡rios:

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Para que as unidades da Federa•‹o passem a integrar o SISBIN n‹o Ž
necess‡ria aprova•‹o do Conselho Consultivo. Mediante ajustes
espec’ficos e conv•nios, ouvido o competente —rg‹o de controle externo
da atividade de intelig•ncia, as unidades da Federa•‹o poder‹o compor o
Sistema Brasileiro de Intelig•ncia. Quest‹o errada.

36. (Quest‹o InŽdita) Aos —rg‹os que comp›em o SISBIN cabe


produzir conhecimentos, em atendimento ˆs prescri•›es dos
planos e programas de intelig•ncia, decorrentes da Pol’tica
Nacional de Intelig•ncia, bem como intercambiar informa•›es
necess‡rias ˆ produ•‹o de conhecimentos relacionados com as
atividades de intelig•ncia e contraintelig•ncia.

Coment‡rios:

Essas tarefas dos —rg‹os integrantes do SISBIN est‹o previstas no art. 6¼,
incisos I e III. Quest‹o correta.

37. (Quest‹o InŽdita) Aos —rg‹os que comp›em o SISBIN cabe


fornecer ˆ ABIN, para fins de integra•‹o, informa•›es e
conhecimentos espec’ficos relacionados com a defesa das
institui•›es e dos interesses nacionais.

Coment‡rios:

Segundo o art. 6¼, inciso IV, do Decreto n¼ 4.376/2002, os —rg‹os


integrantes do SISBIN devem fornecer ˆ ABIN, para fins de integra•‹o,
informa•›es e conhecimentos espec’ficos relacionados com a defesa das
institui•›es e dos interesses nacionais. Quest‹o correta.

38. (Quest‹o InŽdita) O Gabinete de Seguran•a Institucional da


Presid•ncia da Repœblica Ž o —rg‹o de coordena•‹o das atividades
de intelig•ncia federal.

Coment‡rios:

Exatamente o que est‡ previsto no art. 4¼, inciso II, do Decreto n¼


4.376/2002. Quest‹o correta.

39. (Quest‹o InŽdita) O Conselho Consultivo do SISBIN est‡


vinculado ao Gabinete de Seguran•a Institucional da Presid•ncia
da Repœblica.

Coment‡rios:

De fato, o Conselho Consultivo est‡ vinculado ao Gabinete de Seguran•a


Institucional da Presid•ncia da Repœblica. Quest‹o correta.

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40. (Quest‹o InŽdita) A ABIN poder‡ manter, em car‡ter
permanente, representantes dos —rg‹os componentes do Sistema
Brasileiro de Intelig•ncia na Assessoria Executiva do Sistema
Brasileiro de Intelig•ncia.

Coment‡rios:

ƒ isso mesmo! Os representantes dos —rg‹os do SISBIN podem cumprir


expediente na ABIN, isto Ž, exercer suas fun•›es a t’tulo permanente na
Assessoria Executiva do SISBIN. Quest‹o correta.

41. (Quest‹o InŽdita) Compete ao Conselho Consultivo aprovar a


Pol’tica Nacional de Intelig•ncia, a qual Ž fixada pelo Presidente
da Repœblica.

Coment‡rios:

O Presidente da Repœblica Ž quem fixa a Pol’tica Nacional de Intelig•ncia.


No entanto, esta n‹o precisa ser aprovada pelo Conselho Consultivo do
SISBIN. Compete ao Conselho Consultivo do SISBIN emitir pareceres
sobre a execu•‹o da Pol’tica Nacional de Intelig•ncia. Quest‹o errada.

42. (Quest‹o InŽdita) Compete ao Gabinete de Seguran•a


Institucional representar o Sistema Brasileiro de Intelig•ncia
perante o —rg‹o de controle externo da atividade de intelig•ncia.

Coment‡rios:

ƒ a ABIN quem representa o Sistema Brasileiro de Intelig•ncia perante o


—rg‹o de controle externo da atividade de intelig•ncia. Quest‹o errada.

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LISTA DE QUESTÍES

1. (ABIN - Agente de Intelig•ncia Ð 2008) Considera-se


intelig•ncia a atividade de obten•‹o e an‡lise de dados e
informa•›es e de produ•‹o e difus‹o de conhecimentos, dentro e
fora do territ—rio nacional, relativos a fatos e situa•›es de
imediata ou potencial influ•ncia sobre o processo decis—rio, a a•‹o
governamental, a salvaguarda e a seguran•a da sociedade e do
Estado.

2. (ABIN-Oficial de Intelig•ncia Ð 2008) Entende-se por


contraintelig•ncia a atividade do DISBI destinada a inutilizar
informa•›es sigilosas que foram obtidas com a finalidade de
subsidiar o presidente da Repœblica em seu processo decis—rio e
que n‹o s‹o mais necess‡rias.

3. (Quest‹o InŽdita) No Brasil, a institucionaliza•‹o da


atividade de intelig•ncia ocorreu somente a partir de 1999, com a
cria•‹o da Ag•ncia Brasileira de Intelig•ncia (ABIN).

4. (Quest‹o InŽdita) O objetivo central da intelig•ncia Ž


assessorar o processo decis—rio e salvaguardar os interesses da
sociedade e do Estado.

5. (Quest‹o InŽdita) Durante os governos militares, o SNI o


—rg‹o respons‡vel pela supervis‹o e coordena•‹o das atividades
de informa•‹o e contra-informa•‹o no Brasil.

6. (ABIN-Agente de Intelig•ncia Ð 2008) As atividades de


intelig•ncia devem ser desenvolvidas, no que se refere aos limites
de sua extens‹o e ao uso de tŽcnicas e meios sigilosos,
independentemente da observ‰ncia dos direitos e das garantias
individuais e para fins de assessoramento ao presidente da
Repœblica.

7. (Quest‹o InŽdita) Os fundamentos do Sistema Brasileiro de


Intelig•ncia (SISBIN) s‹o a defesa do Estado democr‡tico de
direito, a dignidade da pessoa humana e a supremacia do Estado
brasileiro no cen‡rio internacional.

8. (Quest‹o InŽdita) O Sistema Brasileiro de Intelig•ncia Ž


respons‡vel pelo processo de obten•‹o, an‡lise e dissemina•‹o da
informa•‹o necess‡ria ao processo decis—rio do Poder Executivo,
bem como pela salvaguarda da informa•‹o contra o acesso de
pessoas ou —rg‹os n‹o autorizados.

9. (Quest‹o InŽdita) As atividades de intelig•ncia ser‹o


desenvolvidas, no que se refere aos limites de sua extens‹o e ao
uso de tŽcnicas e meios sigilosos, com irrestrita observ‰ncia dos

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direitos e garantias individuais, fidelidade ˆs institui•›es e aos
princ’pios Žticos que regem os interesses e a seguran•a do Estado.

10. (Quest‹o InŽdita) N‹o h‡ incompatibilidade entre Estado


democr‡tico de direito e a exist•ncia de servi•os de intelig•ncia.

11. (Quest‹o InŽdita) O funcionamento do Sistema Brasileiro de


Intelig•ncia efetivar-se-‡ mediante articula•‹o coordenada dos
—rg‹os que o constituem, os quais estar‹o subordinados ˆ ABIN.

12. (ABIN-Agente de Intelig•ncia-2008) O Sistema Brasileiro de


Intelig•ncia funciona mediante articula•‹o coordenada dos —rg‹os
que o constituem, os quais n‹o s‹o dotados de autonomia
funcional.

13. (ABIN-Oficial de Intelig•ncia-2008) O Sistema Brasileiro de


Intelig•ncia, em suas a•›es, deve cumprir e preservar os direitos e
garantias individuais e demais dispositivos da CF e das leis
ordin‡rias, mas n‹o os derivados de tratados, conven•›es, acordos
e ajustes internacionais, tendo em vista que o SBI tem como
fundamento a preserva•‹o da soberania nacional.

14. (ABIN-Oficial de Intelig•ncia-2008) As unidades da


Federa•‹o podem compor o SBI, mediante ajustes espec’ficos e
conv•nios, ouvido o competente —rg‹o de controle externo da
atividade de intelig•ncia.

15. (Quest‹o InŽdita) Os —rg‹os e entidades da Administra•‹o


Pœblica Federal que, direta ou indiretamente, possam produzir
conhecimentos de interesse das atividades de intelig•ncia, em
especial aqueles respons‡veis pela defesa externa, seguran•a
interna e rela•›es exteriores, constituir‹o o Sistema Brasileiro de
Intelig•ncia, na forma de ato do Presidente da Repœblica.

16. (Quest‹o InŽdita) O —rg‹o de controle externo da atividade


de intelig•ncia poder‡ impedir que o Poder Executivo celebre
ajuste/conv•nio tendente a fazer com que Unidade da Federa•‹o
componha o SISBIN.

17. (Quest‹o InŽdita) O controle externo da atividade de


intelig•ncia Ž exercido pelo Poder Legislativo, na forma a ser
estabelecida em ato do Congresso Nacional.

18. (ABIN-Agente de Intelig•ncia-2008) A execu•‹o da Pol’tica


Nacional de Intelig•ncia compete ˆ ABIN, sob a supervis‹o da
C‰mara de Rela•›es Exteriores e Defesa Nacional do Conselho de
Governo.

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19. (ABIN-Oficial de Intelig•ncia Ð 2008) Ë ABIN compete
planejar e executar a•›es, inclusive sigilosas, relativas ˆ obten•‹o
e an‡lise de dados para a produ•‹o de conhecimentos destinados
a assessorar o presidente da Repœblica e, em face da natureza
sigilosa das a•›es, a ABIN pode decretar a intercepta•‹o das
comunica•›es telef™nicas de suspeitos.

20. (Quest‹o InŽdita) Compete ˆ ABIN planejar e executar a


prote•‹o de conhecimentos sens’veis, relativos aos interesses e ˆ
seguran•a do Estado e da sociedade.

21. (Quest‹o InŽdita) Compete ˆ ABIN a avalia•‹o das amea•as,


internas e externas, ˆ ordem constitucional.

22. (Quest‹o InŽdita) Em raz‹o do car‡ter sigiloso da atividade


de intelig•ncia, a ABIN deve restringir o desenvolvimento da
doutrina de intelig•ncia.

23. (Quest‹o InŽdita) A fixa•‹o da Pol’tica Nacional de


Intelig•ncia compete ˆ ABIN. Antes de sua fixa•‹o, dever‡ ser
remetida para exame e sugest›es do —rg‹o de controle externo da
atividade de intelig•ncia.

24. (Quest‹o InŽdita) A ABIN pode executar a•›es sigilosas com


vistas ˆ obten•‹o de dados para a produ•‹o de conhecimentos
destinados ˆ assessorar o Presidente da Repœblica em seu
processo decis—rio. Tendo em vista a relev‰ncia dessa tarefa, Ž
poss’vel a flexibiliza•‹o de certos direitos e garantias individuais.

25. (Quest‹o InŽdita) O Gabinete de Seguran•a Institucional Ž o


—rg‹o central do Sistema Brasileiro de Intelig•ncia (SISBIN).

26. (ABIN-Agente de Intelig•ncia-2008) Os atos da ABIN cuja


publicidade possa comprometer o •xito de suas atividades
sigilosas devem ser publicados em extrato.

27. (ABIN-Agente de Intelig•ncia-2008) O controle e a


fiscaliza•‹o externos da atividade de intelig•ncia s‹o exercidos
pelo presidente da Repœblica.

28. (ABIN-Oficial TŽcnico de Intelig•ncia-2010) Os atos


administrativos, no ‰mbito da ABIN, que viabilizem aquisi•›es de
bens e servi•os cuja publicidade possa comprometer o •xito das
atividades sigilosas da ag•ncia devem ser publicados em extrato,
cabendo ao gestor utilizar, nesses casos, recursos or•ament‡rios
sigilosos.

29. (ABIN-Oficial TŽcnico de Intelig•ncia-2010) O controle e a


fiscaliza•‹o externos da atividade de intelig•ncia s‹o exercidos

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pela Comiss‹o Mista de Controle de îrg‹os de Intelig•ncia do
Congresso Nacional, criada junto com a ABIN. Integram-na os
presidentes das Comiss›es de Rela•›es Exteriores e Defesa
Nacional da C‰mara dos Deputados e do Senado Federal, os l’deres
da maioria e minoria na C‰mara dos Deputados e no Senado
Federal e o presidente do Tribunal de Contas da Uni‹o.

30. (Quest‹o InŽdita) As atividades de controle interno da ABIN,


inclusive as de contabilidade anal’tica, ser‹o exercidas pela
Controladoria-Geral da Uni‹o.

31. (Quest‹o InŽdita) O Or•amento Geral da Uni‹o contemplar‡,


anualmente, em rubrica espec’fica, os recursos necess‡rios ao
desenvolvimento das a•›es de car‡ter sigiloso a cargo da ABIN.

32. (Quest‹o InŽdita) Quaisquer informa•›es ou documentos


sobre as atividades e assuntos de intelig•ncia produzidos, em
curso ou sob a cust—dia da ABIN somente poder‹o ser fornecidos,
ˆs autoridades que tenham compet•ncia legal para solicit‡-los,
observado o respectivo grau de sigilo conferido com base na
legisla•‹o em vigor, exclu’dos aqueles cujo sigilo seja
imprescind’vel ˆ seguran•a da sociedade e do Estado

33. (ABIN-Oficial de Intelig•ncia-2008) A Assessoria Executiva


do Sistema Brasileiro de Intelig•ncia ter‡ por atribui•‹o coordenar
a articula•‹o do fluxo de dados e informa•›es oportunas e de
interesse da atividade de intelig•ncia do Estado, com a finalidade
de subsidiar o presidente da Repœblica em seu processo decis—rio.

34. (ABIN-Oficial TŽcnico de Intelig•ncia Ð 2010) Exige-se, nas


reuni›es do Conselho Consultivo do SISBIN presen•a de, no
m’nimo, dois ter•os de seus membros.

35. (ABIN-Oficial TŽcnico de Intelig•ncia Ð 2010) As unidades


da Federa•‹o podem compor o SISBIN, mediante ajustes
espec’ficos e conv•nios e aprova•‹o necess‡ria do conselho
consultivo institu’do pelo referido decreto.

36. (Quest‹o InŽdita) Aos —rg‹os que comp›em o SISBIN cabe


produzir conhecimentos, em atendimento ˆs prescri•›es dos
planos e programas de intelig•ncia, decorrentes da Pol’tica
Nacional de Intelig•ncia, bem como intercambiar informa•›es
necess‡rias ˆ produ•‹o de conhecimentos relacionados com as
atividades de intelig•ncia e contraintelig•ncia.

37. (Quest‹o InŽdita) Aos —rg‹os que comp›em o SISBIN cabe


fornecer ˆ ABIN, para fins de integra•‹o, informa•›es e
conhecimentos espec’ficos relacionados com a defesa das
institui•›es e dos interesses nacionais.

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38. (Quest‹o InŽdita) O Gabinete de Seguran•a Institucional da
Presid•ncia da Repœblica Ž o —rg‹o de coordena•‹o das atividades
de intelig•ncia federal.

39. (Quest‹o InŽdita) O Conselho Consultivo do SISBIN est‡


vinculado ao Gabinete de Seguran•a Institucional da Presid•ncia
da Repœblica.

40. (Quest‹o InŽdita) A ABIN poder‡ manter, em car‡ter


permanente, representantes dos —rg‹os componentes do Sistema
Brasileiro de Intelig•ncia na Assessoria Executiva do Sistema
Brasileiro de Intelig•ncia.

41. (Quest‹o InŽdita) Compete ao Conselho Consultivo aprovar


a Pol’tica Nacional de Intelig•ncia, a qual Ž fixada pelo Presidente
da Repœblica.

42. (Quest‹o InŽdita) Compete ao Gabinete de Seguran•a


Institucional representar o Sistema Brasileiro de Intelig•ncia
perante o —rg‹o de controle externo da atividade de intelig•ncia.

GABARITO

1. C 9. C 17. C 25. E 33. C 41. E


2. E 10. C 18. C 26. C 34. E 42. E
3. E 11. E 19. E 27. E 35. E
4. C 12. E 20. C 28. E 36. C
5. C 13. E 21. C 29. E 37. C
6. E 14. C 22. E 30. E 38. C
7. E 15. C 23. E 31. C 39. C
8. C 16. E 24. E 32. C 40. C

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