You are on page 1of 71

Colégio Ari de Sá

Biologia II

MORFOLOGIA E ANATOMIA – FLOR,


SEMENTE E FRUTO

Felipe Ribeiro do Amaral

FORTALEZA – CE
ABRIL– 2013
FASES DO CICLO VEGETATIVO DE UMA PLANTA:

- Germinação da semente e início do desenvolvimento da


planta nova;

- Desenvolvimento da planta nova com o crescimento da


raiz, caule e folhas;

- Período de floração: formação, abertura das flores e


ântese;

- Produção e maturação dos frutos contendo as sementes.


A FLOR
FLOR

Origem

Originam-se de gemas florais que brotam do caule

Função

Atrair o agente polinizador


ANATOMIA DA FLOR

Órgãos de suporte

Servem de suporte à flor e são o pedúnculo e o


receptáculo.

O pedúnculo é o órgão de suporte da flor e possui na sua


parte superior, geralmente o receptáculo.
Pétala

Antera
Estigma
Filete
Estilete
Estame
Ovário
Sépala

Receptáculo Carpelo

Pedúnculo
ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO
Sépalas
Pequenas peças florais geralmente de cor verde, têm a
função de proteger a flor. O seu conjunto forma o cálice.

Pétalas
peças florais de cores variadas, têm a função de
proteger os órgãos reprodutores. O seu conjunto forma
a corola.
ÓRGÃOS DE REPRODUÇÃO

O androceu
é a parte masculina
da flor e é formado
por estames. Os
estames são órgãos
reprodutores
masculinos, cada um
é constituído pelo
filete e pela antera.
O gineceu
é a parte feminina da flor e é
formada pelos carpelos. Os
carpelos são órgãos
reprodutores femininos, cada
um é formado por um estilete,
um estigma e um ovário.
CLASSIFICAÇÃO DO CÁLICE

Quanto ao número de sépalas

Bissépalos, trissépalos, quadrissepálos, multissépalo

Quanto a fusão ou não dor bordos das sépalas

* Gamossépalo – sépalas unidas, formando uma peça única


* Dialissépalo – sépalas encontram-se separadas uma da outra

Quanto a à duração do cálice

* Cálice caduco – cai logo após a fecundação


* Cálice persistente – persiste verde junto ao fruto
* Cálice Marcescente – persiste seco junto ao fruto
Gamossépalo Dialissépalo
CLASSIFICAÇÃO DA COROLA

Quanto ao número de pétalas

Dipétala, tripétala, quadripétala, multipétala

Quanto a fusão ou não dor bordos das pétalas

* Gamopétala – pétalas fundidas


* Dialipétalas – pétalas são isoladas

Obs: as pétlas caem após a fecundação


Obs 2: Perianto = cálice + corola
Gamopétala

Dialipétala
CLASSIFICAÇÃO DOS OVÁRIOS

Quanto ao número de Lojas

* Unilocular – Quando tiver uma só loja


* Plurilucular – Quando tiver duas ou mais lojas

Quanto à posição do ovário em relação ao gineceu

* Hipógina – quando o perianto e os estames situam-se no receptáculo


abaixo do ovário
*Perígina – ovário está inserido no fundo do receptáculo e as pétalas e
os estames inseridos na borda do receptáculo
* Epígina – perianto e estame inserem-se no receptáculo a partir do
topo do ovário


Esquema das possíveis posições do ovário
(I) ovário súpero (hipógina) = quando o perianto e os estames situam-se no
receptáculo abaixo do ovário

(II) ovário semi-ínfero (Perígena) = ovário está inserido no fundo do receptáculo e as


pétalas e os estames inseridos na borda do receptáculo

(III) ovário ínfero (epígena) = perianto e estame inserem-se no receptáculo a partir do


topo do ovário

a: androceu, g: gineceu, p: pétalas, s: sépalas, r: receptáculo.


Não possui cálice Possui cálice ou
nem corola. corola. Possui cálice e
corola.
CLASSIFICAÇÃO DAS FLORES
POLINIZAÇÃO

A polinização é a passagem do pólen da antera para o estigma

Na mesma flor Entre flores da Entre flores de plantas


mesma planta diferentes.

26
FECUNDAÇÃO
Estilete
Grão de pólen
Tubo polínico
Estigma
Ovário
Os grãos de pólen germinam

O tubo polínico vai crescendo


Óvulo ao longo do estilete até chegar ao
ovário
Célula sexual feminina Fecundação

Célula sexual masculina

Fecundação é a união da célula sexual masculina,


contida na extremidade do tubo polínico, com a célula
sexual feminina contida no óvulo.
27
Origina

Ovário Fruto
Originam
Óvulos fecundados Sementes
O FRUTO
O termo fruto é utilizado para designar as estruturas que
contém as sementes provenientes de um ovário.
Função: Proteger a semente.
DESENVOVIMENTO DO FRUTO
Fruto, botanicamente
falando, portanto, é:

O conjunto formado pelo


pericarpo, originado
pelas paredes do ovário
e a semente, formada a
partir do óvulo
fecundado.
PARTES DO FRUTO
As paredes do ovário formam o pericarpo do fruto. O pericarpo tem
três camadas distintas:

endocarpo – a camada mais interna, resulta das células epiteliais


que rodeiam a cavidade do ovário (lóculo).

mesocarpo –A camada intermédia, resulta do parênquima das


paredes (tecido fundamental) do ovário. Geralmente, é rico em
substâncias nutritivas e saborosas.

Exocarpo (Epicarpo) – camada mais externa, resulta das células


epidérmicas que envolvem o ovário e o carpelo. Formam a casca
dos frutos, como a maçã.
Fruto
Simples Múltiplos Agregados

Carnoso Seco

Pomos Deiscentes

Bagos Indeiscentes

Drupas
Os tipos de frutos
Frutos simples
Originam-se de um só ovário.
 Frutos carnosos  Apresentam material
suculento. Podem ser:
 Bagas – têm uma ou mais sementes livres.
Exs.: tomate, laranja.
 Drupas – têm um endocarpo duro (caroço)
envolvendo a semente. Exs.: Manga, abacate.
Drupas

Bagas
 Frutos secos
 Indeiscentes – não se abrem quando maduros. Ex.: Noz, milho.

A) Aquênio – Fruto dotado de uma única semente, a qual fica


solta na cavidade interna do fruto. Ex: erva-doce e figo
B) Cariopse ou grão – Dotado de uma única semente, cujo
revestimento está firmemente unido à parede do fruto por
toda a sua extensão. Ex: trigo, arroz e milho
C) Sâmara – possui apenas uma semente, a parede do ovário
forma expansões aliformes ou aladas. Ex: Sâmara
Aquênio Cariopse ou grão

Sâmara
 Frutos secos  Apresentam material seco e duro. Podem ser:

 Deiscentes – abrem-se quando maduros. Exs.: Feijão, soja.


A) Folículo – Dotado de um único carpelo, abrindo-se por uma
única fenda longitudinal. Ex: Magnólia
B) Legume ou vagem – dotado de um único carpelo, abrindo-se
por duas fendas longitudinais. Ex: Feijão, ervilha
C) Cápsula – Dotado de vários carpelos. Ex: Algodão
D) Silíqua – Provém de dois carpelos fundidos. Ex: Mostarda
Folículo Legume ou vagem

Cápsula Silíqua
PSEUDOFRUTO

"falso fruto" é um
desenvolvimento de um
tecido vegetal adjacente
à flor que sustenta o
fruto, de forma que este
se assemelhe em cor e
consistência a um fruto
verdadeiro (que, por
definição, é proveniente
do desenvolvimento do
ovário.
PSEUDOFRUTO SIMPLES

 Formados a partir de um receptáculo floral


com apenas um ovário.
Pseudofruto composto -
provenientes do
desenvolvimento do
receptáculo de uma única
flor, com muitos ovários.
Exemplo: morango, pois
vários aquênios ficam
associados a uma parte
carnosa correspondente
ao receptáculo da flor.
Pseudofrutos múltiplos
provenientes do
desenvolvimento de
ovários de muitas flores
de uma inflorescência,
que crescem juntos
numa estrutura única,
temos como exemplo a
amora, o abacaxi e o
figo.
Partenocárpicos:

São frutos sem sementes,


pois é um fruto obtido sem
que o óvulo seja
fecundado, podem
desenvolver-se sem a
sementes.
As bananas são exemplos
familiares desse caso
excepcional.
OBS: os pontos escuros na
banana são óvulos não
desenvolvidos
Geocárpicos:

São frutos que


amadurecem sob o solo. Ex:
Amendoim.
A SEMENTE
As sementes correspondem ao óvulo já fecundado.
FORMAÇÃO

Após a fecundação, dentro


do óvulo, o zigoto sofre
divisões sucessivas, dando
origem ao embrião e
cotilédone, ou cotilédones.
CONSTITUIÇÃO DA SEMENTE DO FEIJOEIRO
Radícula vai originar a raiz

Embrião Caulículo vai originar o caule

Gémula vai originar as folhas

Cotilédones contém as reservas alimentares que o embrião necessita

Tegumento protege a semente

53
Camadas da semente
São duas: Tegumento e Amêndoa

Tegumento – é o mesmo que casca, protege a semente

•.
Amêndoa – é formada pelo albúmen e o embrião.
Elementos Básicos da Estrutura
da Semente

Semente de Milho
(Monocotiledônea)
Elementos Básicos da Estrutura
da Semente

Semente de Feijão
(Dicotiledônea)
CLASSIFICAÇÃO DA SEMENTE QUANTO AO TIPO DE
RESERVA

Amiláceas: Amido - Aveia; milho.

Protéicas: Proteínas - Soja

Oleaginosas: Lipídios - amendoim.


GERMINAÇÃO
Há diversos mecanismos que controlam a germinação das
sementes, são eles:

Condições intrínsecas:
são condições internas, da própria semente. Maturidade - a
semente deve estar completamente desenvolvida e madura.

Condições extrínsecas:
são as condições do ambiente necessária à germinação,tais
como água, ar, calor e luz.
FATORES QUE AFETAM NA GERMINAÇÃO DA SEMENTE

Luz
Sementes Fotoblásticas Positivas:
Necessitam da presença de luz

Sementes Fotoblásticas Negativas:


Não necessitam da presença de luz

Sementes Neutras:
Indiferentes a presença ou ausência de luz
FATORES QUE AFETAM NA GERMINAÇÃO DA SEMENTE

Temperatura:
Fator relacionado com a velocidade das reações
metabólicas
Temperaturas de Germinação:
Temperatura Mínima:
Abaixo da qual não há germinação
Temperatura Máxima:
Acima da qual não há germinação

Temperatura Ótima:
Aquela na qual há a máxima germinação
FATORES QUE AFETAM NA GERMINAÇÃO DA SEMENTE

Vigor da Semente:

É a soma de todos atributos da


semente, que favorecem o
estabelecimento rápido e uniforme de
uma população inicial no campo
Causas do Baixo Vigor da Semente:
Genética: Susceptibilidade a condições climáticas,
menor capacidade de desenvolvimento.
Fisiológica: Imaturidade na colheita; deterioração
durante o armazenamento.
Morfológica: Pequeno desenvolvimento (semente
pequena).
Mecânica: Danos mecânicos causados durante o
processo de colheita ou armazenamento.
Microbiológica: Presença de microrganismos
fitopatogênicos.
TIPOS DE GERMINAÇÃO

Hipógea
ocorre quando o
cotilédone continuam
sob o solo após a
germinação.
TIPOS DE GERMINAÇÃO

Epígea
ocorre quando o
hipocótilo se alonga
e se curva
emergindo do solo,
formando o gancho
de germinação.
FASES DO PROCESSO GERMINATIVO
a) Hidratação ou Embebição
b) Elevação da Taxa Respiratória

c) Ativação e Síntese Enzimática

d) Digestão de Reservas

e) Mobilização e Transp. de Reservas


f) Assimilação Metabólica
g) Crescimento e Diferenciação de Tecidos
Dormência:
é a incapacidade que algumas sementes têm de germinar,
causada por fatores internos, como a demora na maturação
ou pela presença de produtos inibidores que desaparecem
com o passar do tempo.

Quiescência :
é a capacidade que todas as sementes têm de germinar
quando os fatores externos sejam desfavoráveis.
DISPERSÃO

A dispersão ocorre por agentes dispersores que fazem com que


a semente se transfira para um local diferente, longe de seus
progenitores, encontrando meio apropriado para germinação.

Agentes dispersores: Zoocoria(animais), Hidrocoria(água),


Barocoria(gravidade) Autocoria(auto-dispersão) e
Anemocoria(vento).
DISSEMINAÇÃO

 Os agentes que dispersam as sementes são:


Flutuando como o coco
Água

Vento Voando como as penugens do


dente-de-leão

Agarradas ao pêlo dos animais

Animais
Nas fezes dos animais

69
GERMINAÇÃO DA SEMENTE

1. Aparecimento da raiz
2. Aparecimento do caule curvado para não
danificar os cotilédones
3. Finalmente aparecem as primeiras folhas
70
FASES DA FUNÇÃO REPRODUTORA NAS PLANTAS COM FLOR

Polinização A polinização é a passagem do pólen da antera para o estigma

Fecundação Fecundação é a união da célula sexual masculina, contida na


extremidade do tubo polínico, com a célula sexual feminina
contida no óvulo.

Frutificação Processo de formação do fruto, o ovo desenvolve–se e origina o


embrião, que, juntamente com as substâncias de reserva
originam a semente. As paredes do ovário engrossam e origina o
pericarpo.

Disseminação Dispersão das sementes pela água, pelo vento e pelos animais.

Germinação Transformação do embrião da semente numa nova planta à custa


das substância de reserva

71

You might also like