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NOÇÕES INICIAIS

Diz-se sucessão (ou sequência) numérica ao conjunto ordenado de números.


Em sucessões numéricas, uma função, através de sua fórmula (ou expressão) utiliza os índices
de um conjunto (domínio) para gerar os elementos de um outro conjunto, chamados elementos
da sucessão. O domínio de uma sucessão é o conjunto de números naturais (IN).
As sequências numéricas podem ser finitas ou infinitas.
Definição 1
Chama-se sequência finita ou n-upla toda aplicação f do conjunto
𝑁 ∗ = {1, 2, 3, … , 𝑛} em 𝐼𝑅.
Assim, em toda sequência finita, a cada número natural 𝑖 (1 ≤ 𝑖 ≤ 𝑛) está associado um
número real 𝑎𝑖
𝑓 = {(1, 𝑎1 ); (2, 𝑎2 ); (3, 𝑎3 ); … ; (𝑛, 𝑎𝑛 )}

Definição 2
Chama-se sequência infinita toda aplicação f de N* em IR, em toda sequência infinita, a cada
𝑖 ∈ 𝑁 ∗ está associado um 𝑎𝑖 ∈ IR.
𝑓 = {(1, 𝑎1 ); (2, 𝑎2 ); (3, 𝑎3 ); … ; (𝑖, 𝑎𝑖 ); … }

Exemplos

i. (1, 2, 3, 4, 6, 12) é a sequência (finita) dos divisores inteiros positivos de 12


dispostos em ordem crescente.
ii. (2, 4, 6, 8, …, 2i,…) é a sequência (infinita) dos múltiplos inteiros positivos de 2.
iii. (2, 3, 5, 7, 11,…) é a sequência (infinita) dos números primos positivos.

LEI DE FORMAÇÃO

Por fórmula de recorrência

São dadas duas regras:

 Identificar o primeiro termo (𝑎1 )


 Calcular cada termo (𝑎𝑛 ) a partir do antecedente (𝑎𝑛−1 ).
Exemplos:

 Escrever a sequência finita 𝑓 cujos termos obedecem a seguinte fórmula de recorrência:

𝑎1 = 2
{ , ∀𝑛 ∈ {2, 3, 4, 5, 6}
𝑎𝑛 = 𝑎𝑛−1 + 3

Temos:

𝑛 = 2 ⟹ 𝑎2 = 𝑎1 + 3 = 2 + 3 = 5

𝑛 = 3 ⟹ 𝑎3 = 𝑎2 + 3 = 5 + 3 = 8

𝑛 = 4 ⟹ 𝑎4 = 𝑎3 + 3 = 8 + 3 = 11

𝑛 = 5 ⟹ 𝑎5 = 𝑎4 + 3 = 11 + 3 = 14

𝑛 = 6 ⟹ 𝑎6 = 𝑎5 + 3 = 14 + 3 = 17

Então 𝑓 = (3, 5, 8, 11, 14, 17)

 Escrever os cinco termos iniciais da sequência infinita 𝑔 dada pela seguinte dada pela
seguinte fórmula de recorrência:
𝑏1 = 1
{ , ∀𝑛 ∈ 𝑁 𝑒 𝑛 ≥ 2
𝑎𝑛 = 3 ∙ 𝑏𝑛−1
Temos:

𝑛 = 2 ⟹ 𝑏2 = 3 ∙ 𝑏1 = 3 ∙ 1 = 3

𝑛 = 3 ⟹ 𝑏3 = 3 ∙ 𝑏2 = 3 ∙ 3 = 9

𝑛 = 4 ⟹ 𝑏4 = 3 ∙ 𝑏3 = 3 ∙ 9 = 27

𝑛 = 5 ⟹ 𝑏5 = 3 ∙ 𝑏4 = 3 ∙ 27 = 81

Então 𝑔 = (1, 3, 9, 27, 81, … )

Por propriedade dos termos

É dada uma propriedade que os termos da sequência devem apresentar.

Exemplos (Reservado para o estudante)

 Escrever a sequência finita f de seis termos em que cada termo é igual ao número de
divisores inteiros do respectivo índice.
 Escrever os cinco termos iniciais da sequência infinita g formada pelos números primos
positivos colocados em ordem crescente.

PROGRESSÃO
ARITMÉTICA

Chama-se progressão aritmética (P.A.) uma sequência dada pela seguinte fórmula de
recorrência:

𝑎1 = 𝑎
{𝑎 = 𝑎 , ∀𝑛 ∈ 𝑁, 𝑛 ≥ 2
𝑛 𝑛−1 + 𝑟

Onde a e r são números reais dados.


Assim, uma P.A. é uma sequência em que cada termo, a partir do segundo, é a soma do
anterior com uma constante r dada.

Exemplos:
𝑓1 = (1, 3, 5, 7, 9, … ) 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎1 = 1 𝑒 𝑟 = 2
𝑓2 = (0, −2, −4, −6, −8, … ) 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎1 = 0 𝑒 𝑟 = −2
𝑓3 = (4, 4, 4, 4, 4, … ) 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎1 = 4 𝑒 𝑟 = 0
1 3 5 7 9 1
𝑓4 = ( , , , , , … ) 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎1 = 𝑒 𝑟 = 1
2 2 2 2 2 2

CLASSIFICAÇÃO
As progressões aritméticas podem ser classificadas em três categorias:
1ª) Crescentes são as P.A. em que cada termo é maior que o anterior. É imediato que isto
ocorre somente se 𝑟 > 0, pois:
𝑎𝑛 > 𝑎𝑛−1 ⟺ 𝑎𝑛 − 𝑎𝑛−1 > 0 ⟺ 𝑟 > 0
Exemplos: 𝑓1 𝑒 𝑓4

2ª) Constantes são as P.A. em que cada termo é igual ao anterior. isto só ocorre quando 𝒓 =
0, pois:
𝑎𝑛 = 𝑎𝑛−1 ⟺ 𝑎𝑛 − 𝑎𝑛−1 = 0 ⟺ 𝑟 = 0
Exemplos: 𝑓3
3ª) Decrescentes são as P.A. em que cada termo é menor que o anterior. Isto ocorre somente
se 𝑟 < 0, pois:
𝑎𝑛 < 𝑎𝑛−1 ⟺ 𝑎𝑛 − 𝑎𝑛−1 < 0 ⟺ 𝑟 < 0
FÓRMULA DO TERMO GERAL

Na P.A. em que o primeiro termo é ai e a razão é r, o n-ézimo termo é


𝒂𝒏 = 𝒂𝟏 + (𝒏 − 𝟏) ∙ 𝒓

Exemplo
1. Calcular o 17º termo da P.A. cujo primeiro termo é 3 e cuja razão é 5.
𝑎17 = 𝑎1 + 16𝑟 = 3 + 16 ∙ 5 = 83
2. Obter o 12º termo da P.A. (2,5,8, 11,... ).
 𝑎12 = 𝑎1 + 12𝑟 = 2 + 12 ∙ 3 = 38

3. Obter a razão da P.A. em que 𝑎1 = 9 𝑒 𝑎13 = 45.

36
𝑎13 = 𝑎1 + 12𝑟 ⟺ 12𝑟 = 45 − 9 ⟺ 𝑟 = =3
12

SOMA
A fórmula para calcular a soma Sn dos n termos iniciais de uma P.A. é dada como
(𝑎1 + 𝑎𝑛 ) ∙ 𝑛
𝑆𝑛 =
2

Exemplo:

1. Calcular a soma dos 25 termos iniciais da P.A. (1,7, 13, . . . ).


𝑎25 = 1 + 24𝑟 = 1 + 24 ∙ 6 = 125
(1 + 125) ∙ 25
𝑆𝑛 = = 1575
2
2. Determinar o termo geral da P.A, em que o vigésimo termo é 2 e a soma dos 50
termos iniciais é 650.
(2𝑎1 +49𝑟)∙50
 = 650 ⟺ 2𝑎1 + 49𝑟 = 26 (1)
2

 𝑎1 + 19𝑟 = 2 ⟺ 𝑎1 = 2 − 19𝑟 (2)

Substituir a expressão de 𝑎1 em (1)

2(2 − 19𝑟) + 49𝑟 = 26 ⟺ 4 − 38𝑟 + 49𝑟 = 26 ⟺ 11𝑟 = 22 ⟺ 𝑟 = 2

 𝑎1 = 2 − 19 ∙ 2 = −36

𝑎𝑛 = −36 + (𝑛 − 1) ∙ 2 = 2𝑛 − 38
PROGRESSÃO
GEOMÉTRICA
Chama-se progressão geométrica (P.G.) uma seqüência dada pela seguinte fórmula de
recorrência:

𝑎1 = 𝑎
{𝑎 =𝑎 , ∀𝑛 ∈ 𝑁, 𝑛 ≥ 2
𝑛 𝑛−1 ∙ 𝑞

onde a e q são números reais dados.

uma P.G. é uma seqüência em que cada termo, a partir do segundo, é o produto do anterior
por uma constante q dada.

Exemplos:

𝑓1 = (1, 2, 4, 8, 16, … ) 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎1 = 1 𝑒 𝑞 = 2

𝑓2 = (−1, − 2, −4, −8, −16, … ) 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎1 = 1 𝑒 𝑞 = 2

1 1 1 1 1
𝑓3 = (1, , , , , … ) 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎1 = 1 𝑒 𝑞 =
3 9 27 81 3

𝑓4 = (5, −5, 5, −5, −5, … ) 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎1 = 5 𝑒 𝑞 = −1

𝑓5 = (3, 0, 0, 0, 0, … ) 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎1 = 1 𝑒 𝑞 = 2

CLASSIFICAÇÃO

As progressões geométricas podem ser classificadas em cinco categorias:

1ª) crescentes são as P.G. em que cada termo é maior que o anterior. Notemos que isto pode
ocorrer de duas maneiras:

a) P:G. com termos positivos


𝑎𝑛
𝑎𝑛 > 𝑎𝑛−1 ⟺ >1⟺𝑞>0
𝑎𝑛−1
b) P.G. com termos negativos
𝑎𝑛
𝑎𝑛 > 𝑎𝑛−1 ⟺ 0 < <1⟺0<𝑞<1
𝑎𝑛−1
Exemplos:

𝑓1 𝑒 𝑓4

2ª) constantes são as P.G. em que cada termo é igual ao anterior. isto ocorre em duas
situações:

a) P. G. com termos todos nulos


𝑎1 = 0 e 𝑞 𝑞𝑢𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒𝑟
b) P.G. com termos iguais e não nulos
𝑎𝑛
𝑎𝑛 = 𝑎𝑛−1 ⟺ =1⟺𝑞=1
𝑎𝑛−1

Exemplo: 𝑓5

3ª) Decrescentes são as P.G. em que cada termo é menor que o anterior. Notemos que isto
pode ocorrer de duas maneiras:

a) P. G. com termos positivos


𝑎𝑛
𝑎𝑛 < 𝑎𝑛−1 ⟺ 0 < <1⟺0<𝑞<1
𝑎𝑛−1
b) P.G. com termos negativos
𝑎𝑛
𝑎𝑛 < 𝑎𝑛−1 ⟺ >1⟺𝑞>1
𝑎𝑛−1
Exemplos: 𝑓2 e 𝑓3

4ª) alternantes são as P.G. em que cada termo tem sinal contrário ao do termo anterior. Isto
ocorre quando 𝒒 < 0

Exemplo: 𝑓4

5ª) estacionárias são as P.G. em que 𝑎1 ≠ 0 e 𝒂𝟐 = 𝒂𝟑 = 𝒂𝟒 = ⋯ = 𝒂𝒏 = 𝟎 Isto ocorre


quando 𝒒 = 𝟎.

Exemplo: 𝑓5
Termo Geral

Na P.G. em que o primeiro termo é 𝑎1 e a razão é 𝑞, o n-ézimo termo é

𝒂𝒏 = 𝒂𝟏 ∙ 𝒒𝒏−𝟏

Exemplos

i) Obter 10º termo da PG (1, 2, 4,…)


𝑎10 = 𝑎1 ∙ 𝑞 9 = 1 ∙ 29 = 512
1
ii) Calcular o número de termos da P.G. que tem razão 𝑞 = , 1º termo 6 144 e último termo 3
2

𝑛−1
1 𝑛−1 1 𝑛
𝑎𝑛 = 𝑎1 ∙ 𝑞 ⟺ 3 = 6144 ∙ ( ) ⟺ 3 = 6144 ∙ ( ) ∙ 2
2 2

3 1 𝑛 1 12 1 𝑛
= ( ) ⟺ ( ) = ( ) ⟺ 𝑛 = 12
2 ∙ 6144 2 2 2

Soma

A soma dos 𝑛 termos iniciais de uma 𝑃𝐺 é

𝒂𝟏 (𝒒𝒏 − 𝟏)
𝑺𝒏 =
𝒒−𝟏

Exemplo:

Calcular a soma dos 10 termos iniciais da P.G. (1,3,9,27, ... )


310 − 1
𝑆𝑛 = = 29524
3−1
Exercícios de Consolidação

1. Uma gravadora observou que, em um ano, a venda de compact disc aumentava


mensalmente segundo uma PA de razão 400. Se em Março foram vendidos 1600 CD’s,
quantos foram vendidos em todo ano?
2. Um agricultor estava perdendo a sua plantação em virtude da acção de uma praga. Ao
consultar um especialista, foi orientado para que pulverizasse, uma vez ao dia, uma
determinada quantidade de um certo produto, todos os dias da seguinte maneira:
Primeiro dia: 1 litro; segundo dia: 1,2 litros; terceiro dia: 1,4 litros e assim por diante.
Sabendo que o total de produto pulverizado foi de 63 litros, determine o número de dias
de duração desse tratamento.
3. Numa cerimónia de formatura de uma faculdade, os formandos foram dispostos em 20
filas de modo a formar um triângulo, com 1 formando na primeira fila, 3 na segunda, 5
na terceira e assim sucessivamente constituindo um PA. Determine o número de
formandos presentes na cerimónia.
4. Sabendo que a sequência (4𝑦, 2𝑦 – 1, 𝑦 + 1) é uma 𝑃𝐺, determine:
a) O valor de 𝑦.
b) A razão da 𝑃𝐺
5. Quantos termos 𝑑𝑎 𝑃. 𝐺. (1, 3, 9, 27. . . . ) devem ser somados para que a soma dê 3 280.
Aplicações das Progressões nas Ciências Sociais

Juros e Empréstimos

Critérios de Capitalização de Juros

O regime de capitalização simples comporta-se como se fosse uma progressão aritmética


(PA), crescendo os juros de forma linear ao longo do tempo. Neste Critério, os juros incidem
apenas sobre o capital inicial da operação (aplicação ou empréstimo), não se registando juros
sobre o saldo dos juros acumulados.

Exemplo:

Admita um empréstimo de $1000 pelo prazo de 5 anos, pagando-se juros simples a razão de
10% ao ano. O quadro abaixo ilustra a evolução desta operação ao período.

Ano Saldo no inicio Juros apurados para cada Saldo ao final Crescimento
de cada ano ($) ano ($) de cada ano ($) anual do saldo
($)
Inicio do 1º ano 1000
Fim do 1º ano 1000 0.10 × 1.000,00 = 100,00 1100 100
Fim do 2º ano 1100 0.10 × 1.000,00 = 100,00 1200 100
Fim do 3º ano 1200 0.10 × 1.000,00 = 100,00 1300 100
Fim do 4º ano 1300 0.10 × 1.000,00 = 100,00 1400 100
Fim do 5º ano 1400 0.10 × 1.000,00 = 100,00 1500 100

Deste modo os montantes a serem pagos no final de cada período aumentam em forma de uma
progressão aritmética (Coluna de saldo ao final de cada ano).

𝑃𝐴. : (1100; 1200; 13; 00; 1400; 1500; … )

Com base neste exemplo, pode-se constatar o seguinte:

 A razão é exactamente o valor do juro efectivo (𝑟 = 𝑗 = 𝑖 × 𝐶);


 O primeiro termo é 𝑎1 = 𝐶(1 + 𝑖)
O regime de capitalização composta

O regime de capitalização composta incorpora ao capital não somente os juros referentes a cada
período, mas também os juros sobre os juros acumulados até o momento anterior. É o
comportamento equivalente a uma Progressão Geométrica (PG) no qual os juros incidem
sobre sempre sobre o saldo no inicio do período correspondente.

Exemplo:

Adimitindo-se no exemplo anterior, que a divida de 1000 $ deve ser paga em juros compostos
à taxa de 10% ao ano, têm-se os resultados ilustrados no quadro a seguir.

Ano Saldo no inicio Uros apurados para cada Saldo ao final


de cada ano ($) ano ($) de cada ano ($)
Inicio do 1º ano 1.000
Fim do 1º ano 1000,00 0.10 × 1.000,00 = 100,00 1100
Fim do 2º ano 1100,00 0.10 × 1.100,00 = 110,00 1210
Fim do 3º ano 1210,00 0.10 × 1.210,00 = 121,00 1331
Fim do 4º ano 1331,00 0.10 × 1.331,00 = 133,10 1464
Fim do 5º ano 1464,10 0.10 × 1.464,10 = 100,00 1610

Fórmula de juros simples

O valor dos é calculado a partir da seguinte expressão:

𝑱= 𝑪×𝒊×𝒏

Onde:

𝐽 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜𝑠 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑥𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑚𝑜𝑛𝑒𝑡á𝑟𝑖𝑎𝑠;

𝐶 = 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙, é 𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜;

𝑖 = 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠, 𝑒𝑥𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑚 𝑠𝑢𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎;

𝑛 = 𝑝𝑟𝑎𝑧𝑜.
Exercícios

1. Um capital de 80000 é aplicado à taxa de 2,5% ao mês durante um trimestre. Pede-se


determinar o valor dos juros acumulados neste período.
2. Um negociante tomou um empréstimo pagando uma taxa de juros simples 6% ao mês
durante nove meses. Ao final deste período, calculou em $270000 o total dos juros
incorridos na operação. Determinar o valor do empréstimo.
3. Um capital de 40000 foi aplicado num fundo de poupança por 11 meses, produzindo um
rendimento financeiro de 9680. Pede-se apurar a taxa de juros oferecida por esta operação.
4. Uma aplicação de 250000, rendando uma taxa de juros de 1,8% ao mês produz, ao final de
determinado período, juros no de 27000. Calcular o prazo da aplicação.

Montante e Capital

O montante é constituído do capital mais o valor acumulados dos juros, isto é:

𝑴 = 𝑪 + 𝑱 𝑜𝑢 𝑴 = 𝑪(𝟏 + 𝒊 × 𝒏)

Assim, o valor do capital dá-se pela fórmula:

𝑴
𝑪=
𝟏+𝒊×𝒏

Exercícios

1. Uma pessoa aplica 18000 à taxa de 1,5% ao mês durante 8 meses. Determinar o valor
acumulado ao final deste período.
2. Uma divida de 900000 irá vencer em 4 meses. O credor esta oferecendo um desconto
de 7% ao mês caso o devedor deseje antecipar o pagamento para hoje. Calcular o valor
que o devedor pagaria caso antecipasse a liquidação da divida.

Regime de juros Compostos

A juros compostos o dinheiro cresce exponencialmente em progressão geométrica ao longo do


tempo, dado que os rendimentos de cada período são incorporados ao saldo anterior e passam,
por sua vez, a render juros.
Montante e Capital

Para n períodos pode ser calculado o montante (𝑀) resultante da aplicação do principal capital
(𝐶) a uma taxa de juros 𝑖:

𝑴 = 𝑪(𝟏 + 𝒊)𝒏

Exemplo:

Se o capital for 1000, a taxa composta, de 20% ao mês, e o prazo, de 3 meses, o montante ao
término do terceiro mês poderia ser calculado directamente da seguinte forma:

𝑀 = 1000 × (1 + 0,2)3 = 1728

A luz do exposto é importante observar que o montante que devem ser pagos findo cada período
no regime de juros compostos gera uma progressão geométrica com seguintes características:

 A razão é 𝑞 = (1 + 𝑖)
 Primeiro termo é 𝑎1 = 𝐶(1 + 𝑖)

Exercícios

1. Calcular o montante de uma aplicação de 3500, pelas seguintes efectivas e prazos:


a) 4% ao mês, período de 6 meses;
b) 8% ao trimestre, período de 18 meses;
c) 12% ao ano; período de 18 meses;
2. Em que prazo um capital de 18000 acumula um montante de 83743 à taxa efectiva de
15%
3. Um investimento resultou em um montante de 43000 no prazo de três meses. Se a taxa
de juros efectiva ganha for de 10% ao mês. Calcule o valor do investimento.
Introdução

Alguns problemas de matemática são resolvidos a partir de soluções comuns a duas


equações do 1º a duas variáveis.
Nesse caso, diz-se que as equações formam um sistema de equações do 1º grau a
duas variáveis, que indicamos escrevendo as equações abrigadas por uma chave.
Exemplos:

x  y  5 3 x  y  10
a)  b) 
2 x  y  9  x  y  18
O par ordenado que verifica ao mesmo tempo as duas equações é chamado solução do
sistema. Indicamos pela letra S, de solução.

 x  y  10
Por exemplo, o par (7,3) é solução do sistema 
 x  3 y  2

7  3  10
Pois verifica as duas equações. Ou melhor: 
7  3.(3)  2

Resolução de sistemas de equações do 1° grau ( 2 x 2)

Os processos ou métodos mais comuns são: o método da substituição, método da


adição, além do método gráfico.
Método da substituição

Para aprender a trabalhar com esse método, você deve acompanhar os passos indicados nos
exemplos a seguir:

x  y  7
1º exemplo: Resolver o sistema 
x  y  1
1º passo: Isola-se uma das variáveis em uma das equações. Vamos isolar x na 1ª equação:

x y 7 x  7 y

2º passo: Substitui-se a expressão encontrada no passo 1 na outra equação. Obtemos então


uma equação do 1º com apenas uma incógnita
x  y 1
(7  y )  y  1
7  y  y 1
7  2y 1

3º passo: Resolvemos a equação obtida no 2º passo:


7  2y 1
2 y  1  7
2 y  6
6
y
2
y3

obtendo, assim, o valor de y.

4º passo: (Para encontrarmos o valor de x) Substitui-se o valor encontrado no 3º passo em


qualquer uma das equação iniciais.

x y 7
x  (3)  7
x  73
x4
5º passo: Por último, escrevemos a solução do sistema: S = {(4,3)}.

x  2 y
2º exemplo: Resolva o sistema 
2 x  5 y  3

Passo1: x  2 y
Passo 2 :
2 x  5 y  3  2(2 y )  5 y  3  4 y  5 y  3  1 y  3
Passo 3 :  y  3  y  3
Passo 4 : x  2 y
x  2.(3)
x  6

A solução do sistema é: S  {(6, 3)}

Exercícios

Aplicando o método da substituição, resolva os seguintes sistemas 2x2:

x  y  5 3x  2 y  6 x  y  4
a)  b)  c) 
x  3y  9 x  3y  2 2 x  y  7
Método da Adição

Adicionando ou subtraindo membro a membro duas igualdades, obtemos uma nova


igualdade.

O método consiste em somar as duas equações, mas isso deve ser feito sempre de modo a
eliminar uma das variáveis na nova equação obtida. Ou seja, é preciso chegar a uma só equação,
com uma só incógnita. Para que isso ocorra, é necessário existam termos opostos nas duas
equações (em relação a uma mesma letra...).

5 x  3 y  15
Exemplo 1: Considere o sistema 
2 x  3 y  6

Observe que a equação 1 tem o termo -3y, e a equação 2 tem o termo +3y (oposto de -3y).

Esse fato nos permite obter uma só equação sem a incógnita y, somando as duas equações
membro a membro.

5 x  3 y  15 Como  3 y  3 y  0, o y desaparece.
  
2 x  3 y  6 Aí , fica tudo mais fácil !
7 x  0  21
7 x  21
x3

Agora, é só substituir o valor de x em uma das equações do sistema:

5 x  3 y  15
5.(3)  3 y  15
15  3 y  15
3 y  15  15
3 y  0
y0

A única solução do sistema é o par (3,0)


2 x  5 y  16
Exemplo 2: Vamos resolver o sistema 
3x  2 y  2

Aqui, seria inútil somar imediatamente as equações. Como não observamos termos opostos
(que somados resulta 0), nenhuma letra desaparece. Mas, podemos obter termos opostos.

Veja que o MMC entre 5 e 2 (coeficientes de x nas duas equações) é 10. Daí, multiplicamos a
1ª equação por 2 e a 2ª equação por -5:

2 x  5 y  16  (2)  4 x  10 y  32
 
3x  2 y  2  (5) 15 x  10 y  10

Você viu bem?!!! Com isso, conseguimos termos opostos neste último sistema.

E como +10y –10y = 0, vem:

 4 x  10 y  32
 
15 x  10 y  10
 11x  0  22
 11x  22
22
x
11
x  2

Agora, levamos x = -2 na 2ª equação para encontrar o valor de y:


3x  2 y  2
3( 2)  2 y  2
6  2 y  2
2y  2  6
2y  8
y4

A solução é o par (-2,4).


3x  y  3
Exemplo 3: Resolva pelo método da adição o sistema 
3x  4 y  30

Vamos tornar opostos (ou simétricos) os coeficientes em x. Para isso, basta multiplicar a
primeira equação por -1 (não mexer na 2ª):

3x  y  3 .(1) 3 x  y  3


  
3x  4 y  30 .(1) 3 x  4 y  30
3 y  27

De 3y = 27, tiramos y = 9.

Calculando x:

Substituímos y = 9 na 1ª equação:
3x  y  3
3 x  (9)  3
3x  3  9
3 x  6
6
x
3
x  2

Nota importante: Podemos aplicar o método da adição de outra forma, neste caso procurando
zerar a incógnita y. Veja:
Multiplicamos a 1ª equação por 4 e a 2ª por 1... e então

3x  y  3 .(4) 12 x  4 y  12


  
3x  4 y  30 .(1)  3 x  4 y  30
 9 x  0  18
18
De 9 x  18 , encontramos x   2 (Viu?!! Dá o mesmo resultado!). Portanto, pode-se
9
usar o processo da dição duas vezes seguidas

 6a  5b  15
Exemplo 4: Resolver o sistema pelo processo da adição 
7a  16b  13

Temos que o MMC(6,7) = 42. Então, multiplicamos a 1ª equação por 7 e a 2ª por 6, temos:

 6a  5b  15 .(7)  42a  35b  105


 
7a  16b  13 .(6) 42a  96b  78

 42a  35b  105


 
42a  96b  78
61b  183
183
b 3
61

Substituindo b = 3 na 2ª equação, vem:

7 a  16b  13
7 a  16.(3)  13
7 a  48  13
7 a  13  48
7 a  35
35
a
7
a5

Exercícios

x  y  9
a) 
x  y  5
4 x  y  8
b) 
x y 7

 x  3y  5
c) 
2 x  4 y  0

x  6 y
d) 
2 x  7 y  10

 2x  3y  2
e) 
4 x  9 y  1

3 x  2 y  5
f) 
 4x  y  5

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