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Execução Orçamentária
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03/03/2018 Execução Orçamentária
Sumário
Módulo V - Execução Orçamentária
Introdução
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Introdução
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Introdução
A execução do orçamento é tema de maior relevância dentro da administração pública, posto que é a etapa
em que são efetivamente aplicados os recursos programados.
Após a aprovação pelo Congresso Nacional, a sanção do Presidente da República e publicação noDiário
Oficial da União, o orçamento está apto a ser executado. O processo é semelhante nos Estados e municípios.
A execução orçamentária é regida por normas constitucionais, por dispositivos da Lei de Responsabilidade
Fiscal - LRF e pela LDO do exercício a que se refere.
Como você já sabe, não é permitido iniciar a execução de programas e ações que não constem doPPA e que
não estejam autorizadas no orçamento.
A partir da publicação do orçamento, o governo dispõe do prazo de trinta dias para editar odecreto de
programação orçamentária e financeira, visando ajustar a realização da despesa ao fluxo da entrada dos
recursos.
Porque os recursos não entram de uma só vez e ao mesmo tempo nos cofres do governo.
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A partir da edição do decreto, as unidades orçamentárias estão aptas a executar a programação, ou seja,
dar cumprimento ao que está estabelecido na lei orçamentária. A execução pode ser feita diretamente pela
unidade orçamentária ou através de convênios com outras entidades, Estados e municípios.
Invariavelmente, todos os anos, ouvem-se críticas e reclamações dos parlamentares a respeito da execução
do orçamento. Ou melhor, acusam o governo de não executar, ou seja, de não liberar os recursos para as
emendas que foram incluídas no orçamento.
Para responder, sugerimos que você leia, novamente, a Unidade III, que trata do caráter autorizativo do
orçamento.
Saiba que a LRF autoriza o governo a editar decreto contingenciando as despesas se, ao
final de um bimestre, for verificado que a receita arrecadada está menor que o valor
estimado e que pode comprometer o atingimento das metas fiscais estabelecidas.
Atente que não se trata de “corte” na programação e sim do estabelecimento de um limite temporário para
a efetivação da despesa. Esse limite será modificado, e até revogado, quando a receita apresentar o
desempenho esperado.
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E quais as despesas que podem ser contingenciadas?
Exatamente aquelas que não têm caráter obrigatório, ou seja, as discricionárias, nas quais se incluem as
emendas de parlamentares. Daí a revolta e os pronunciamentos inflamados de deputados e senadores com
afirmativas do tipo “o orçamento no Brasil é uma peça de mera ficção”, “de que adianta apresentar e
aprovar as emendas se elas não são executadas?”.
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Introdução
Conforme já estudamos, a lei orçamentária fixa o limite máximo para o gasto da administração pública.
Podem ocorrer, entretanto, omissões de ações necessárias, falhas na previsão de gastos ou
na arrecadação da receita que requeiram do governo medidas visando adequar cada situação.
O que fazer então? Existe solução para atender ao pedido do prefeito? Como?
A alteração da lei orçamentária é feita por meio da abertura de crédito adicional, cujas normas são iguais
para a União, Estados, Distrito Federal e municípios.
A Lei n° 4.320 de 1964, define créditos adicionais como as despesas não computadas
ou insuficientemente dotadas na lei de orçamento, sendo que as modalidades são:
suplementares, especiais e extraordinárias.
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Os créditos suplementares são destinados ao reforço de dotação orçamentária existente, enquanto os
créditos especiais são destinados a despesas para as quais não haja previsão orçamentária específica.
A Constituição Federal proíbe a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização
legislativa e sem a indicação dos recursos correspondentes. Portanto, a abertura do crédito depende da
existência de recursos disponíveis para atender à despesa.
O mais comum é obter os recursos por meio do cancelamento do valor de outra programação. Contudo,
podem ser utilizados, também, o excesso de arrecadação, se houver, os recursos oriundos de operação de
crédito, ou o superávit financeiro apurado em exercício anterior (ou seja, saldos livres de caixa deixados
pela execução do ano anterior).
A Constituição prevê ainda em seu art. 166, parágrafo oitavo, que se uma parcela das receitas da lei
orçamentária anual ficar sem despesas correspondentes (por estas terem sido vetadas ou canceladas por
emendas), esse valor pode ser oferecido também como fonte para créditos suplementares e especiais.
Tanto a Lei nº 4.320, de 1964, quanto a Constituição Federal permitem que a própria lei orçamentária anual
possa ser utilizada para autorizar o Poder Executivo a abrir, durante o exercício, créditos suplementares até
determinada importância.
Significa que o governante não necessita pedir ao Poder Legislativo a alteração, ou seja, ele mesmo pode
alterar o orçamento por decreto.
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E se, ao examinar o orçamento, você verificar que não existe a autorização para a obra em questão?
O procedimento, nesse caso, é recorrer ao crédito especial, já que a obra não está prevista, trata-se de
programação nova. O encaminhamento é o mesmo.
No caso da União, compete à CMO a apreciação dos pedidos de crédito adicional encaminhados pelo Poder
Executivo. O processo é semelhante ao da apreciação da LOA, porém, em versão simplificada. É definido um
relator, os parlamentares podem apresentar emendas, e o projeto, depois de aprovado pela Comissão, é
encaminhado ao Plenário do Congresso Nacional para apreciação.
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Nos últimos anos, o próprio Congresso Nacional vem editando normas na LDO, de forma a coibir excessos
na apresentação de emendas e impedir que os créditos encaminhados pelo Poder Executivo sejam
desvirtuados em seu objetivo original.
Finalmente, se for aprovado, o projeto de lei é enviado ao Poder Executivo para sanção, publicação e
incorporação ao orçamento vigente.
Observa-se, entretanto, que o Poder Executivo, há bastante tempo, vem utilizando esse instrumento de
maneira excessiva e sem observar os pressupostos constitucionais a respeito.
Essa situação foi objeto de manifestação do Supremo Tribunal Federal, conforme leitura
indicada: "STF suspende medida provisória sobre crédito extraordinário de R$ 1,65 bi".
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Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você faça uma releitura do mesmo e
resolva os Exercícios de Fixação, cujo resultado não influenciará na sua nota final, mas servirá como
oportunidade de avaliar o seu domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de ensino
faz a correção imediata das suas respostas!
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