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03/03/2018 Execução Orçamentária

Execução Orçamentária

MÓDULO V - EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA


Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB
Curso: Introdução ao Orçamento Público - Turma 1
Livro: Execução Orçamentária
Impresso por: Victor Eduardo de Araújo França
Data: Sábado, 3 Mar 2018, 19:06

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Sumário
Módulo V - Execução Orçamentária

Unidade 1 - A programação orçamentária e financeira e o contingenciamento

Introdução
Pág. 2
Pág. 3

Unidade 2 - Alteração orçamentária e apreciação pelo Poder Legislativo

Introdução
Pág. 2
Pág. 3
Pág. 4

Exercício de Fixação - Módulo V

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Módulo V - Execução Orçamentária


Passaremos, agora, à etapa da execução, ou seja, da alocação dos
recursos, esperando que, ao final do módulo, você identifique a
operacionalização do orçamento e as normas que disciplinam o
processo.

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Unidade 1 - A programação orçamentária e financeira e o


contingenciamento
No módulo anterior, conhecemos aspectos importantes da execução do
orçamento. Agora, vamos verificar que o orçamento é flexível e que
pode sofrer alterações durante a execução; e ao final, você será capaz
de identificar com facilidade os tipos de mudanças que podem ser
feitas. Vamos lá!

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Introdução
A execução do orçamento é tema de maior relevância dentro da administração pública, posto que é a etapa
em que são efetivamente aplicados os recursos programados.

Nas unidades anteriores, estudamos os aspectos relacionados à elaboração e apreciação do orçamento.

Após a aprovação pelo Congresso Nacional, a sanção do Presidente da República e publicação noDiário
Oficial da União, o orçamento está apto a ser executado. O processo é semelhante nos Estados e municípios.

A execução orçamentária é regida por normas constitucionais, por dispositivos da Lei de Responsabilidade
Fiscal - LRF e pela LDO do exercício a que se refere.

Como você já sabe, não é permitido iniciar a execução de programas e ações que não constem doPPA e que
não estejam autorizadas no orçamento.

A partir da publicação do orçamento, o governo dispõe do prazo de trinta dias para editar odecreto de
programação orçamentária e financeira, visando ajustar a realização da despesa ao fluxo da entrada dos
recursos.

É uma medida necessária para manter o equilíbrio entre a receita arrecadada e a


despesa realizada. Por outro lado, permite às unidades orçamentárias saber, de
antemão, o volume de recursos que poderão comprometer mensalmente.

E por que isso?

Porque os recursos não entram de uma só vez e ao mesmo tempo nos cofres do governo.

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A partir da edição do decreto, as unidades orçamentárias estão aptas a executar a programação, ou seja,
dar cumprimento ao que está estabelecido na lei orçamentária. A execução pode ser feita diretamente pela
unidade orçamentária ou através de convênios com outras entidades, Estados e municípios.

Invariavelmente, todos os anos, ouvem-se críticas e reclamações dos parlamentares a respeito da execução
do orçamento. Ou melhor, acusam o governo de não executar, ou seja, de não liberar os recursos para as
emendas que foram incluídas no orçamento.

Isso é verdadeiro? Se for, por que acontece?

Para responder, sugerimos que você leia, novamente, a Unidade III, que trata do caráter autorizativo do
orçamento.

Saiba que a LRF autoriza o governo a editar decreto contingenciando as despesas se, ao
final de um bimestre, for verificado que a receita arrecadada está menor que o valor
estimado e que pode comprometer o atingimento das metas fiscais estabelecidas.

Atente que não se trata de “corte” na programação e sim do estabelecimento de um limite temporário para
a efetivação da despesa. Esse limite será modificado, e até revogado, quando a receita apresentar o
desempenho esperado.

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E quais as despesas que podem ser contingenciadas?

Exatamente aquelas que não têm caráter obrigatório, ou seja, as discricionárias, nas quais se incluem as
emendas de parlamentares. Daí a revolta e os pronunciamentos inflamados de deputados e senadores com
afirmativas do tipo “o orçamento no Brasil é uma peça de mera ficção”, “de que adianta apresentar e
aprovar as emendas se elas não são executadas?”.

Observe um detalhe: mesmo que a programação, objeto da emenda


aprovada, não esteja condicionada e que exista vontade política para
implementá-la, os recursos não irão automaticamente para o
beneficiário - Estado ou município -, pois dependem da elaboração de
convênio, que obedece a regras definidas na lei de diretrizes
orçamentárias. Algumas vezes, o município a ser beneficado com a
ação programada não está apto a elaborar convênio com a União, por
não atender a alguma das regras estabelecidas na LDO.

Nem sempre o que consta no orçamento é executado; depende do


comportamento da receita, do tipo de despesa programada, da
situação do beneficiário dos recursos no caso dos convênios e da
vontade política do chefe do Poder Executivo.

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Unidade 2 - Alteração orçamentária e apreciação pelo Poder


Legislativo
Na unidade anterior, conhecemos aspectos importantes da execução
do orçamento. Agora, vamos verificar que o orçamento é flexível e que
pode sofrer alterações durante a execução; ao final, você será capaz
de identificar com facilidade os tipos de mudanças que podem ser
feitas.

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Introdução
Conforme já estudamos, a lei orçamentária fixa o limite máximo para o gasto da administração pública.
Podem ocorrer, entretanto, omissões de ações necessárias, falhas na previsão de gastos ou
na arrecadação da receita que requeiram do governo medidas visando adequar cada situação.

Imagine que você trabalha no departamento financeiro da prefeitura do seu município e


que o prefeito deseja saber se há possibilidade de realizar uma importante obra no valor
de R$ 10.000,00. Você examina e verifica que existe autorização para obra, mas que o
valor disponível é de R$ 7.000,00.

O que fazer então? Existe solução para atender ao pedido do prefeito? Como?

Sim, a solução para o caso é alterar a lei orçamentária aprovada.

A alteração da lei orçamentária é feita por meio da abertura de crédito adicional, cujas normas são iguais
para a União, Estados, Distrito Federal e municípios.

A Lei n° 4.320 de 1964, define créditos adicionais como as despesas não computadas
ou insuficientemente dotadas na lei de orçamento, sendo que as modalidades são:
suplementares, especiais e extraordinárias.

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Os créditos suplementares são destinados ao reforço de dotação orçamentária existente, enquanto os
créditos especiais são destinados a despesas para as quais não haja previsão orçamentária específica.

A Constituição Federal proíbe a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização
legislativa e sem a indicação dos recursos correspondentes. Portanto, a abertura do crédito depende da
existência de recursos disponíveis para atender à despesa.

O mais comum é obter os recursos por meio do cancelamento do valor de outra programação. Contudo,
podem ser utilizados, também, o excesso de arrecadação, se houver, os recursos oriundos de operação de
crédito, ou o superávit financeiro apurado em exercício anterior (ou seja, saldos livres de caixa deixados
pela execução do ano anterior).

A Constituição prevê ainda em seu art. 166, parágrafo oitavo, que se uma parcela das receitas da lei
orçamentária anual ficar sem despesas correspondentes (por estas terem sido vetadas ou canceladas por
emendas), esse valor pode ser oferecido também como fonte para créditos suplementares e especiais.

Tanto a Lei nº 4.320, de 1964, quanto a Constituição Federal permitem que a própria lei orçamentária anual
possa ser utilizada para autorizar o Poder Executivo a abrir, durante o exercício, créditos suplementares até
determinada importância.

O que isso quer dizer?

Significa que o governante não necessita pedir ao Poder Legislativo a alteração, ou seja, ele mesmo pode
alterar o orçamento por decreto.

Contudo, atenção: a autorização é dada somente para


suplementar a programação existente até determinado valor,
que, em geral, corresponde a vinte e cinco por cento do total
aprovado para a ação.

A cada exercício, esta matéria, é disciplinada, também, pela LDO


correspondente.

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Os créditos extraordinários destinam-se a atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as


decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública. A Constituição Federal determina que os
créditos dessa natureza sejam abertos por meio de medidas provisórias.

Voltando ao estudo de caso apresentado no início desta unidade: a solução é recorrer ao


crédito suplementar, ou seja, elaborar um projeto de lei solicitando o valor de R$
3.000,00, propondo o cancelamento deste valor em outra programação, encaminhá-lo à
câmara de vereadores com a justificativa pertinente e aguardar a aprovação. E sendo
aprovado, é incorporado ao orçamento, e a obra pode ser realizada.

E se, ao examinar o orçamento, você verificar que não existe a autorização para a obra em questão?

O procedimento, nesse caso, é recorrer ao crédito especial, já que a obra não está prevista, trata-se de
programação nova. O encaminhamento é o mesmo.

No caso da União, compete à CMO a apreciação dos pedidos de crédito adicional encaminhados pelo Poder
Executivo. O processo é semelhante ao da apreciação da LOA, porém, em versão simplificada. É definido um
relator, os parlamentares podem apresentar emendas, e o projeto, depois de aprovado pela Comissão, é
encaminhado ao Plenário do Congresso Nacional para apreciação.

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Nos últimos anos, o próprio Congresso Nacional vem editando normas na LDO, de forma a coibir excessos
na apresentação de emendas e impedir que os créditos encaminhados pelo Poder Executivo sejam
desvirtuados em seu objetivo original.

Finalmente, se for aprovado, o projeto de lei é enviado ao Poder Executivo para sanção, publicação e
incorporação ao orçamento vigente.

A participação do Poder Legislativo no orçamento é indispensável em


todas as fases do processo, para dar legitimidade a qualquer
alteração na peça orçamentária, pois uma lei só pode ser alterada por
outra lei.
A Constituição Federal, no art. 167, § 3º, estabelece que a abertura de crédito extraordinário somente será
admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção
interna ou calamidade pública, utilizando o instrumento da medida provisória.

Observa-se, entretanto, que o Poder Executivo, há bastante tempo, vem utilizando esse instrumento de
maneira excessiva e sem observar os pressupostos constitucionais a respeito.

Essa situação foi objeto de manifestação do Supremo Tribunal Federal, conforme leitura
indicada: "STF suspende medida provisória sobre crédito extraordinário de R$ 1,65 bi".

Estudo de Caso - Veja, na prática, como se processam as alterações orçamentárias por


meio dos créditos adicionais. Clique aqui para acessar o material para estudo. Sucesso!

Para compreender melhor a participação do Judiciário, direta e indiretamente, na elaboração,


execução e fiscalização das políticas públicas, sugerimos o texto 'Orçamento Público e Relações entre
os Poderes', do Professor Pederiva (2010), disponível na Biblioteca deste curso, em 'Textos
complementares'.

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Exercício de Fixação - Módulo V


Parabéns! Você chegou ao final do Módulo V.

Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você faça uma releitura do mesmo e
resolva os Exercícios de Fixação, cujo resultado não influenciará na sua nota final, mas servirá como
oportunidade de avaliar o seu domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de ensino
faz a correção imediata das suas respostas!

Para ter acesso aos Exercícios de Fixação, clique aqui.

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