Professional Documents
Culture Documents
Gilneia Mello
CÓDIGO: 30721911 ENGENHARIA CIVIL
CÓDIGO: 90000066 ENGENHARIA DE TRANSPORTES
Universidade Federal de Mato Grosso
Faculdade de Arquitetura Engenharia e Tecnologia
• Infiltração:
passagem de água da superfície para o interior do solo
depende:
da água disponível para infiltrar
da natureza do solo
do estado da sua superfície
da quantidade de água e ar inicial do solo
• Fases:
aporte de água superficial
deslocamento de água pela camada não-saturada
Importante para:
crescimento da vegetação
Física não muito complicada, mas fortemente dependente da variabilidade espacial das
propriedades do solo;
Estimativa por equações empíricas ajustada para reproduzir dados medidos no campo
Na hidrologia é usual dividir a água sob a
superfície em duas partes: a água do solo e a
água subterrânea;
O solo é uma mistura de materiais sólidos,
líquidos e gasosos;
Na mistura também encontram-se muitos
organismos vivos (bactérias, fungos, raízes,
insetos, vermes) e matéria orgânica.
Conjunto de partículas sólidas de diversas formas e tamanhos, intercaladas por poros, que também
apresentam diversas formas e tamanhos.
~ 50% do volume do solo é composto de material sólido, o restante pode ser ocupado por ar ou água.
Parte sólida é formada principalmente por minerais, que correspondem a mais de 85% da massa na
maior parte dos tipos de solos.
Entretanto no solo encontram-se muitos organismos vivos (bactérias, fungos, raízes, insetos, vermes)
e matéria orgânica.
30%
50% x
A parte sólida mineral do solo Geralmente, os solos são formados por misturas desses materiais
normalmente é analisada do ponto de Cinco tipos de textura de solo são definidas com base na proporção
vista do diâmetro das partículas. deles.
Volume total ocupado pelo solo (VT)
É a soma do volume das partículas sólidas e do volume dos poros. VT Vs VP
• Solos permeáveis permitem o fluxo da água de pontos de maior energia (ou carga hidráulica) para
pontos de menor energia, sendo que a água é transmitida através dos poros.
• Trata-se de uma grandeza tensorial que, por conseguinte, define o padrão do fluxo.
Fonte: http://www.feis.unesp.br/Home/Instituicao/administracao/congregacao/anexo_04.pdf
Permeabilidade
• A estabilidade dos taludes e estruturas de retenção podem ser severamente afetadas pela
permeabilidade de solos envolvidos.
Forças capilares Ocorrem como consequência da tensão superficial da água interagindo com
as paredes dos poros.
• Atuam no sentido de reter a água no solo e é praticamente impossível avaliar separadamente cada
uma delas.
• Assim, força de retenção de água no solo como força mátrica, ou potencial mátrico de um solo.
Solos arenosos A principal força de retenção de água nos poros está relacionada a
capilaridade
Fonte: http://www.cpamn.embrapa.br/publicacoes/folders/2007/curva_retencao.pdf
• Método gravimétrico
Coleta amostra e pesa
Seca a amostra e pesa (± 105°C/24h)
• Sensores que geram no solo um campo elétrico de alta frequência de modo a detectar
alterações nas propriedades dielétricas, que estão relacionadas com a umidade do solo
h h
qK Q K A
x x
Em que:
• Q é o fluxo de água (m3 s-1),
• A é a área (m2),
• q é o fluxo de água por unidade de área (m3 s-1),
• K é a condutividade hidráulica (m s-1),
• h é a carga hidráulica (m),
• x é a distância (m).
Fonte: Collischonn e Dornelles (2013)
A condutividade hidráulica K é fortemente dependente do tipo de material poroso.
Solos arenosos na ordem de dezenas de cm hora-1; solos siltosos na ordem de alguns cm hora-1 e argilosos
inferiores a 0,1 cm hora-1.
Solos arenosos conduzem mais facilmente a água que solos argilosos, com infiltração e percolação mais rápidos.
A condutividade hidráulica
• É um parâmetro que mede a facilidade com a qual o solo transmite água (mm/h);
• Quanto maior a condutividade hidráulica, maior é a facilidade com que a água se move no solo;
Quando as partículas de água se deslocam segundo qualquer direção, o fluxo é tridimensional. A migração de
água para um poço é um exemplo de fluxo tridimensional de interesse para a engenharia.
Quando as partículas de água seguem caminhos curvos, mas contidos em planos paralelos, o fluxo é
bidimensional (caso da percolação pelas fundações de uma barragem).
O estudo do fluxo bidimensional é facilitado pela representação gráfica dos caminhos percorridos pela água
e da correspondente dissipação da carga. Esta representação é conhecida como Rede de Fluxo.
O conceito de rede de fluxo baseia-se na Equação da Continuidade, que rege as condições de fluxo uniforme
para um dado ponto do maciço terroso.
Uma rede de fluxo ou de percolação representa duas famílias de curvas ortogonais entre si, as linhas de fluxo e as linhas
equipotenciais, que, respeitando as condições de fronteira, constitui a solução gráfica para um problema de percolação
bidimensional.
As linhas de fluxo : quando estas se deslocam de montante (nível de energia mais alto) para jusante (nível de energia
mais baixo).
As linhas equipotenciais são linhas ao longo das quais a carga hidráulica é constante.
Se for colocado um piezômetro em qualquer ponto de uma dada linha equipotencial, a coluna de água no piezômetro
sobe sempre até ao mesmo nível.
As redes de fluxo permitem determinar facilmente a vazão percolada.
Permitem calcular a pressão da água dos poros (pressão neutra) e, logo, a tensão efetiva em cada ponto
do maciço.
Permitem adotar medidas de prevenção contra o piping (erosão interna) e o “levantamento hidráulico”.
No caso de solos não saturados, a condutividade hidráulica é uma função do conteúdo de água no solo.
A k é uma combinação do potencial gravitacional e potencial mátrico.
A equação de Darcy com suas adaptações é denominada equação de Darcy-Buckingham.
( z)
q K ( )
z
Em que:
• q é o fluxo de água por unidade de área (m3 s-1),
k ( ) 1
t z z
Em que:
• θ é o conteúdo de água no solo (adimensional),
• K (θ) é a condutividade hidráulica em solo não saturado (m s-1),
• Ψ é o potencial mátrico (m),
• z é o potencial gravitacional (ou a distância vertical na direção do fluxo de água) (m).
Fonte: Tucci (2003).
A taxa de infiltração é a quantidade de água que penetra no solo ao longo do tempo.
Expressa em mm hora-1.
A máxima taxa de infiltração que um solo pode ter é definida como sua capacidade de infiltração.
A capacidade de infiltração de água no solo varia de acordo com a umidade do solo. Em solos secos a
capacidade de infiltração é normalmente bastante alta.
Exemplo de kit infiltrômetro de anéis
concêntricos.
Capacidade de Infiltração
60,00
Fonte: 50,00
Infiltrômetro de inundação. http://www.solotest.com/catalogos 40,00
I (mm/h)
/SOLOTEST_Agricultura_Inteiro.pdf 30,00
20,00
10,00
0,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
t (h)
f(mm h-1)
β1 (arenoso)
β
β2(argiloso)
f fc f0 fc e t
t(h)
Em que:
• f é a capacidade de infiltração num instante qualquer (mm hora-1),
• fc é a capacidade de infiltração em condição de saturação (mm hora-1),
• f0 é a capacidade de infiltração quando o solo está seco (mm hora-1), ou seja, t=0
• t é o tempo (horas),
• β é um parâmetro que deve ser determinado a partir de medições no campo (hora-1), depende do tipo do solo,
• e é a base dos log. neperianos
O fenômeno da infiltração em um determinado
tempo (t) pode ser representado
matematicamente (eq. 1) e representado pela
Figura 1.
f0 fc f0 fc kt
F(t) fc t e
k k
Em que,
fo é a taxa de infiltração no instante inicial (mm h-1),
fc é a taxa mínima de infiltração (mm h-1),
F é a taxa de infiltração no tempo t (mm h-1),
k é a constante que depende do tipo de solo,
t é o intervalo de tempo (h).
Tabela 1. Aplicação da fórmula de Horton para diferentes tipos de solos.
Classificação hidrológica do solo (SCS)
Parâmetros da fórmula de Horton
Tipo A Tipo B Tipo C Tipo D
Taxa de infiltração inicial do tipo solo
250 200 130 80
seco, fo (mm h-1)
Taxa de infiltração final do solo
25 13 7 3
úmido, fc (mm h-1)
Fator de forma expoente, K (h-1) 2 2 2 2
Grupo A – Solos arenosos profundos; tem alta capacidade de infiltração e geram pequenos escoamentos;
Grupo B – Solos franco arenosos pouco profundos; tem menor capacidade de infiltração e geram maiores
escoamentos do que o solo A;
Grupo C – Solos franco argilosos; tem menor capacidade de infiltração e geram maiores escoamento do que A e B.
Grupo D – Solos argilosos expansivos; tem baixa capacidade de infiltração e geram grandes escoamentos.
É a velocidade média do escoamento da água
através de um solo saturado, determinada pela
relação entre a quantidade de água que atravessa a
unidade de área do material do solo e o tempo .
Escoamento
Infiltração
Infiltração
tempo
Escoamento em área com solo saturado
Excesso que se converte em
Precipitação/Infiltração
lâmina do escoamento ou
chuva efetiva (Pe)
tempo
Ia = Abstração iniciais + Infiltração na Taxa = Volume
(infiltra na taxa da chuva) Potencial Infiltrado
Um dos métodos mais simples e mais utilizados para estimar a chuva efetiva ou o volume de escoamento
superficial resultante de um evento de chuva é o método desenvolvido pelo National Resources
Conservation Center dos EUA (antigo Soil Conservation Service – SCS).
O método é conhecido como SCS-CN.
CN é um parâmetro relacionado às características do solo e da ocupação da bacia, denominado Curver
Number.
O método é baseado na equação de balanço hídrico aplicada na superfície do solo, e duas hipóteses.
tempo
Ia = Abstração iniciais (infiltra na + Infiltração na Taxa Potencial = Volume
taxa da chuva) Infiltrado
Equação de balanço hídrico aplicada na superfície do solo
tempo
Ia = Abstração iniciais (infiltra na + Infiltração na Taxa Potencial = Volume
taxa da chuva) Infiltrado
1° Hipótese 2° Hipótese
A razão entre o escoamento superficial (Q) e As perdas iniciais (Ia) correspondem da
o escoamento superficial máximo potencial máxima infiltração acumulada potencial (S).
(P-Ia) é igual a razão entre a infiltração
acumulada no solo (F) e a máxima infiltração
Ia 0,20 S
acumulada potencial (S).
Q F
P Ia S
(P 0,2 S)2
Q quando P > Ia e Q = 0 quando P ≤ Ia
P 0,8 S
Para a estimativa do valor parâmetro CN são considerados quatro tipos de solos, em ordem
crescente de potencial de geração de escoamento superficial: A, B, C e D.
Grupo A – Solos arenosos profundos; tem alta capacidade de infiltração e geram pequenos
escoamentos;
Grupo B – Solos franco arenosos pouco profundos; tem menor capacidade de infiltração e geram
maiores escoamentos do que o solo A;
Grupo C – Solos franco argilosos; tem menor capacidade de infiltração e geram maiores
escoamento do que A e B.
Grupo D – Solos argilosos expansivos; tem baixa capacidade de infiltração e geram grandes
escoamentos.
Situação
c.2 - Condições de uso e ocupação do solo Cobertura vegetal ou Defesa contra
hidrológica da A B C D E
tipo de uso do solo a erosão
Situação infiltração
Cobertura vegetal ou Defesa contra
hidrológica da A B C D E Más 56 64 72 80 86
tipo de uso do solo a erosão Semeação densa ou a
infiltração Boas 50 58 66 76 82
lanço, cobertura curta,
Arado, quase sem SR Boas 65 80 88 92 95 Más 54 60 69 6 83
mas densa, como a
cobertura vegetal C Boas 65 78 88 90 92 C Boas 48 56 64 72 80
das leguminosas e dos
SR Más 80 72 81 87 90 C Más 50 58 65 75 80
postos em rodízio
SR Boas 52 66 75 82 85 C Boas 40 52 60 70 70
Cultivos de ciclo curto C Más 56 65 8 84 87 Más 65 70 78 85 90
e arações frequentes C Boas 48 6 72 78 82 Boas 60 66 75 82 87
CT Más 52 62 74 80 84 Pastagem velha com Más 56 62 72 79 84
CT Boas 45 55 67 75 80 arbustos Boas 55 62 70 78 86
SR Más 58 65 73 82 88 Más 42 59 67 75 82
SR Boas 54 62 70 79 85 Boas 50 56 64 72 79
Cultivos de ciclo C Más 55 64 72 78 84 Más 32 40 55 67 76
Mata, capoeira velha
médio, arações anuais C Boas 50 60 67 75 83 Boas 18 25 42 58 70
T Más 52 62 70 77 82 Más 65 72 78 84 88
Gramados tratados
T Boas 48 55 65 73 80 Boas 59 67 74 81 86
Legenda: SR é sulcos retos, C é cultivo acompanhando as curvas de nível SR Más 80 85 90 93 95
e T é terraceamento Estradas de terra
C Boas 74 80 86 90 92
c.3 - Condições de umidade antecedente do solo
Braga, R. N. de S. Precipitação e Curva IDF segundo dados da estação climatológica mestre Bombled. Trabalho de Conclusão
de Curso, Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia, Universidade Federal de Mato Grosso, 2011, 64p.
Lima, S.D. Detalhamento da metodologia para leituras de pluviogramas. Trabalho de Conclusão de Curso, Faculdade de
Arquitetura, Engenharia e Tecnologia, Universidade Federal de Mato Grosso, 2011, 42 p.