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Escola de Engenharia
Engenharia Elétrica
Goiânia – GO
2016
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Engenharia
Engenharia Elétrica
Goiânia – GO
2016
AGRADECIMENTOS
Aos nossos familiares, que sempre estiveram ao nosso lado, nos apoiando,
incentivando e nos encorajando a seguir em frente.
Aos amigos, que nos apoiaram ao longo desses anos, nos encorajando a
prosseguir.
(Salmo 23)
RESUMO
P: Ponta
1. Introdução ........................................................................................................... 13
1.1. Considerações ............................................................................................. 13
1.2. Objetivos ...................................................................................................... 14
2. Modelos de Tarifas ............................................................................................. 14
2.1. Introdução Histórica ..................................................................................... 14
2.2. Tarifação Pelo Custo do Serviço .................................................................. 17
2.3. Tarifação Pelo Preço .................................................................................... 17
3. Revisões Tarifárias ............................................................................................. 17
3.1. Reajuste Tarifário Anual ............................................................................... 17
3.2. Revisão Tarifária Periófica – Rtp .................................................................. 18
3.3. Revisão Tarifária Extraoridnária ................................................................... 19
4. Composição Das Tarifas..................................................................................... 19
4.1. Composição Da Parcela A ........................................................................... 20
4.1.1. Compra De Energia Elétrica .................................................................. 20
4.1.2. Custo Com Transmissão E/Ou Distribuição .......................................... 22
4.1.3. Encargos Setoriais................................................................................. 24
4.2. Parcela B...................................................................................................... 26
4.3. Tarifa De Uso Do Sistema De Distribuição (Tusd) E Tarifa De Energia (Te)27
4.3.1. Composição Da Tarifa De Uso Do Sistema De Distribuição ................. 28
4.3.2. Composição Da Tarifa De Energia (Te) ................................................. 29
5. Minigeração E Microgeração Distribuída ............................................................ 31
6. Consumidores De Energia Elétrica ..................................................................... 32
6.1. Consumidores Do Grupo A .......................................................................... 32
6.2. Consumidores Do Grupo B .......................................................................... 33
7. Ambientes De Contratação ................................................................................. 33
8. Estrutura Do Ambiente De Contratação Regulada (Acr)..................................... 34
8.1. Estrutura De Tarifação Para Distribuição ..................................................... 35
8.1.1. Tarifa Monômia ...................................................................................... 35
8.1.2. Tarifa Binômia........................................................................................ 35
8.1.2.1. Tarifa Convencional Binômia .............................................................. 35
8.1.2.2. Modalidade Tarifária Horária Verde ................................................... 37
8.1.2.3. Modalidade Tarifária Horária Azul ...................................................... 37
8.1.2.4. Modalidade Tarifária Horária Branca .................................................. 37
8.2. Bandeiras Tarifárias ..................................................................................... 38
8.2.1. Bandeira Tarifária Verde ........................................................................ 38
8.2.2. Bandeira Tarifária Amarela .................................................................... 38
8.2.3. Bandeira Tarifária Vermelha .................................................................. 39
9. Ambiente De Contratação Livre (Acl).................................................................. 39
9.1 Consumidor Livre ......................................................................................... 41
9.1.1 Consumidor Potencialmente Livre ......................................................... 43
9.1.2 Consumidor Parcialmente Livre ............................................................. 43
9.2 Consumidor Especial ................................................................................... 44
10. Estudo De Caso .................................................................................................. 45
10.1. Análise De Enquadramento Tarifário ........................................................ 47
10.1.1. Entrada De Dados .............................................................................. 48
10.1.2. Resultados Obtidos ............................................................................ 50
10.1.3. Gráficos Obtidos ................................................................................. 53
10.1.3.1. Perfil De Consumo ............................................................................. 53
10.1.3.2. Perfil De Demanda Atual .................................................................... 54
10.1.3.3. Nova Demanda Simulada................................................................... 55
10.1.3.4. Comparativo Entre A Tarifa Atual E Simulada .................................... 56
10.1.4. Considerações Da Analise ................................................................. 57
10.2. Análise Do Fator De Potência – Fp ........................................................... 57
10.2.1. Entrada De Dados .............................................................................. 59
10.2.2. Resultados Obtidos ............................................................................ 63
10.2.3. Gráficos Gerados ............................................................................... 64
10.2.4. Considerações Da Analise ................................................................. 66
10.3. Estudo De Viabilidade De Geração Diesel Em Horário De Ponta
10.3.1. Entrada De Dados .............................................................................. 67
10.3.2. Resultados Obtidos ............................................................................ 69
10.3.3. Análise Econômica – Tempo De Retorno Do Investimento ................ 70
10.4. Estudo De Viabilidade De Migração Para O Ambiente De Contratação
Livre (Acl) ............................................................................................................... 71
10.4.1. Entrada De Dados .............................................................................. 71
10.4.2. Resultados Obtidos ............................................................................ 72
11. Conclusões ......................................................................................................... 78
12. Referencias Bibliográficas .................................................................................. 79
13
1. INTRODUÇÃO
1.1. CONSIDERAÇÕES
O Setor Elétrico Brasileiro, iniciado no século XX, teve sua primeira usina
construída em 1901. A crise econômica enfrentada pelo país no final da década de
1970 até o final dos anos 1980 acarretou: no grande endividamento externo do setor
elétrico e o esgotamento do financiamento estatal para expansão e desenvolvimento
da matriz energética. Nesse momento deu-se início ao processo de privatizações
das empresas distribuidoras de energia elétrica e a segregação dos setores de
Geração, Transmissão, Distribuição e Comercialização da energia elétrica, iniciada
com o novo marco regulatório instituído basicamente pelas Leis 8.987/95 e 9.074/95.
Na década 1990, atrelados ao processo de mudança surgem órgãos com
objetivo de normatizar e regular o setor, tendo como exemplo a Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL), com a função de regular os aspectos técnicos e
econômicos propiciando regras transparentes e tarifas de uso justas; o Operador
Nacional do Sistema (ONS) com a função de coordenar e controlar a operação das
instalações de geração e transmissão de energia do Sistema Interligado Nacional
(SIN).
Com o processo de separação do seguimento produtivo de energia elétrica, o
aumento de demanda energética e a queda da oferta de eletricidade, surgiu à
necessidade do governo intervir na metodologia de preços da eletricidade,
propiciando a criação de tarifas diversificadas para cada setor produtivo. Este
modelo de tarifas diferenciadas, que hoje é aplicado através de tarifa de uso do
sistema e tarifa de energia, vem sendo reavaliado a fim de ser aprimorado através
dos “Ciclos de Revisão Tarifária”.
A energia elétrica, sendo um dos principais insumos do processo produtivo
nacional, os grandes consumidores de energia devem se atentar em relação ao seu
perfil de consumo, pois as concessionárias passaram a possuir tarifas diferenciadas
para cada tipo de perfil de consumidor, possibilitando aos clientes um melhor
enquadramento ao regime tarifário cobrado.
14
1.2. OBJETIVOS
2. MODELOS DE TARIFAS
A tarifa pelo custo de serviço está definida tendo como base o custo do
serviço prestado, o qual é definido por lei e composto basicamente por custos de
exploração, custos de conservação dos ativos e custo da rentabilidade do capital.
Geralmente é obtida por custos contábeis, outra maneira de ser encontrada é
através dos custos marginais. Esse modelo de tarifação, tem como principal
componente, os custos de capital, sendo diretamente em função do capital
imobilizado e da taxa de rentabilidade.
3. REVISÕES TARIFÁRIAS
e o segundo entre 2007 e 2010, e o terceiro teve início em 2011 e está em vigor para
algumas concessionárias até meados de 2016. O quarto ciclo de revisão tarifária foi
aprovado em 2015, mas ainda não aplicado para todas as concessionárias, como
será visto mais adiante.
Além das revisões tarifárias periódicas e dos reajustes tarifários anuais, pode
ser realizado a Revisão Tarifária Extraordinária (RTE).
Tem por objetivo atender casos de extrema necessidade de desequilíbrio
econômico-financeiro da concessão. Pode ser realizado a qualquer tempo, a pedido
da distribuidora com a ocorrência de desequilíbrio econômico-financeiro da mesma.
Também pode ser solicitada em casos de criação, alteração ou extinção de tributos
ou encargos legais, após a assinatura dos contratos de concessão, e desde que seja
comprovado um grande impacto sobre as atividades das distribuidoras de energia.
Um exemplo de revisão tarifária extraordinária foi o que ocorreu após a edição
da Lei n° 12.783/2013, que promoveu a renovação das concessões de transmissão
e de geração de energia que venciam até 2017, além da extinção de encargos (Por
dentro da conta de luz: informação de utilidade pública / ANEEL, 2013).
4.2. PARCELA B
PROINFA
CDE
ENCARGOS P&D_EE
ONS
TFSEE
PERDAS RB/D
NÃO
TUSD PERDAS
TÉCNICAS
TÉCNICAS
FIO B CONEXÃO T
CONEXÃO D
TRANSPORTE CUSD
FIO A
FRONTEIRA
REDE BÁSICA
Fonte: Modificado de ANEEL, Submódulo 7.1 do PRORET.
CONTA - ACR
CDE DECRETO
7.945
ENCARGOS P&D_EE
ESS/EER
CFURH
TE
RB SOBRE
PERDAS
CATIVO
REDE BÁSICA
ITAIUPU
TRANSPORTE
TRANSPOTE
ITAIPU
ENERGIA
7. AMBIENTES DE CONTRATAÇÃO
O Setor Elétrico Brasileiro sofreu uma evolução com a Lei nº 9.074 de 1995,
onde estabeleceu a criação do Produtor Independente de Energia e do Consumidor
Livre de Energia, iniciando assim uma nova formatação para a comercialização de
energia elétrica no país.
34
ACR ACL
Onde:
𝑫𝒖𝒍𝒕𝒓𝒂𝒑𝒂𝒔𝒔𝒂𝒈𝒆𝒎 (𝒑) − valor correspondente à demanda de potência ativa
ou MUSD excedente, por posto horário “p”, quando cabível, em Reais (R$);
𝑷𝑨𝑴(𝒑) − demanda de potência ativa ou MUSD medidos, em cada posto horário “p”
no período de faturamento, quando cabível, em quilowatt (kW);
𝑷𝑨𝑪(𝒑) − demanda de potência ativa ou MUSD contratados, por posto horário “p”
no período de faturamento, quando cabível, em quilowatt (kW);
𝑽𝑹𝑫𝑼𝑳𝑻 (𝒑) − valor de referência equivalente às tarifas de demanda de potência
aplicáveis aos subgrupos do grupo A ou as TUSD-Consumidores-Livres; e
37
"p" − indica posto tarifário ponta ou fora de ponta para as modalidades tarifárias
horárias ou período de faturamento para a modalidade tarifária convencional
binômia.”
Na modalidade de Tarifação Convencional, a Tarifa de Ultrapassagem é
corresponde a duas vezes a Tarifa da Demanda.
Fonte: http://www.mercadolivredeenergia.com.br/
TRIBUTOS
IMPOSTO ALÍQUOTA
ICMS 29,0000%
PIS/PASEP 0,8316%
CONFINS 3,8302%
Os valores dos tributos inseridos acima serão fixos para todos os meses
analisados, neste caso levou-se em consideração o tributo cobrado na última fatura
de energia elétrica.
Vale salientar que a modalidade tarifária Convencional, se aplica somente
para consumidores com demanda contratada inferior a 300 kW, que não é o caso do
consumidor analisado como mostrado na tabela 10 a demanda contratada é superior
a demanda máxima estabelecida pela modalidade.
As planilhas geradas com os dados das tabelas 8 a 11 levam em
consideração a situação atual da unidade consumidora analisada e realizará os
cálculos das novas simulações buscando o melhor enquadramento tarifário.
Legenda:
Meses Estimados
Custo de Demanda Total
Melhor economia de Demanda
53
163122
143122
123122
103122
83122
63122
43122
23122
3122
Consumo P Consumo FP
1000
900
800
700
600
500
400
300
200
1000
900
800
700
600
500
400
300
200
R$180,00 R$175,36
Milhares
R$170,00 R$165,81
R$160,00 R$154,40
R$150,00 R$147,57
R$137,88
R$140,00 R$135,12
R$130,00
R$120,00
R$110,00
R$100,00
Ano/2015 Ano/2016 Ano/2017
640 kW 730 kW
R$1,50
Milhões
R$1,48
R$1,48
R$1,46
R$1,44
R$1,42
R$1,40
R$1,40
R$1,38
R$1,36
Mai/15 - Abr/16
(aparente e reativa) que é absorvida por uma instalação, sendo esse valor alternado
entre 0 (zero) e 1(um) indutivo ou capacitivo (SILVA, 2009).
De acordo com SUCKOW (2000), o fator de potência também pode ser
definido como a razão entre a potência ativa e a potência aparente. É o indicador de
porcentagem de potência total fornecida (kVA), que transforma-se efetivamente em
potência ativa (kW), demonstrando o grau de eficiência da instalação elétrica.
Valores de fator de potência próximos de 1(um) indicam uso eficiente de energia
elétrica e valores baixos perto de 0(zero) evidenciam baixo aproveitamento de
potência.
Abaixo se tem o triângulo de potências Figura 8, gráfico que é utilizado para
demonstrar a relação entre as potências ativa, reativa e aparente, ilustrando a
apresentação do fator de potência.
𝑷𝟐
𝑭𝒑 =
√𝑷𝟐 + 𝑸𝟐
(Equação 4)
59
Onde:
demanda máxima lida (kW) e da demanda máxima de reativo lido (kVAr) no mês de
faturado. Na tabela 17, apresentam-se os valores mensais de fator de potência
calculados para o consumidor em análise.
Fator de
Demanda
MÊS/ANO Demanda (kW) Potência
Reativo (kVAr)
Atual
mai/15 540,00 533,16 0,7116
jun/15 587,52 573,12 0,7158
jul/15 704,16 699,84 0,7093
ago/15 563,04 562,68 0,7073
set/15 734,40 735,12 0,7068
out/15 792,00 786,60 0,7095
nov/15 763,20 758,88 0,7091
dez/15 701,28 698,76 0,7084
jan/16 263,52 247,68 0,7287
fev/16 666,72 650,52 0,7157
mar/16 704,16 688,68 0,7149
abr/16 727,20 710,64 0,7152
𝑫𝒆𝒎𝒂𝒏𝒅𝒂 (𝒌𝑾)
𝑭𝒑𝒍𝒊𝒅𝒐 =
√(𝑫𝒆𝒎𝒂𝒏𝒅𝒂 (𝒌𝑾))𝟐 + (𝑫𝒆𝒎𝒂𝒏𝒅𝒂 𝑹𝒆𝒂𝒕𝒊𝒗𝒐(𝒌𝑽𝑨𝒓))𝒃𝟐
(Equação 5)
Onde :
𝑭𝒑𝒍𝒊𝒅𝒐 - Fator de Potência calculado através do faturamento lido de demanda
mensal;
𝑫𝒆𝒎𝒂𝒏𝒅𝒂 (𝒌𝑾) – Demanda máxima de energia ativa consumida durante o mês;
𝑫𝒆𝒎𝒂𝒏𝒅𝒂 𝑹𝒆𝒂𝒕𝒊𝒗𝒐(𝒌𝑽𝑨𝒓) - Demanda máxima de energia reativa consumida
durante o mês;
Para que se possa corrigir esta distorção de baixo fator de potência, foi
realizado na tabela 3, o cálculo da potência do Banco de Capacitor necessário para
62
elevar o Fp do consumidor para 0,94, valor este que estará dentro dos limites
mínimos estabelecidos na Resolução Normativa nº 414, de 2010, da ANEEL.
Consumo
Fator de Potência Banco
Demanda Reativo
MÊS/ANO Demanda (kW) Potência de Capacitor
Reativo (kVAr) Correção
Atual (kVAr)
(kVAr)
mai/15 540,00 533,16 0,7116 337,17
Máximo
jun/15 587,52 573,12 0,7158 359,88
jul/15 704,16 699,84 0,7093 444,26
ago/15 563,04 562,68 0,7073 358,32
499,14
set/15 734,40 735,12 0,7068 468,57
out/15 792,00 786,60 0,7095 499,14
nov/15 763,20 758,88 0,7091 481,88
Mínimo
dez/15 701,28 698,76 0,7084 444,23
jan/16 263,52 247,68 0,7287 152,04
fev/16 666,72 650,52 0,7157 408,53
152,04
mar/16 704,16 688,68 0,7149 433,10
abr/16 727,20 710,64 0,7152 446,70
Na tabela 15, pode-se extrair que o custo médio mensal pago pelo
consumidor por ultrapassagem de valor mínimo de Fp, está em torno de R$2.647,00
mês, apresentando um custo anual de R$ 31.762,66. Gasto que representa dinheiro
desperdiçado, pois o baixo fator de potência traduz um elevado desperdício de
potência que não é transformada em trabalho. A tabela 16 complementa o
comparativo iniciado na tabela 15, demonstrando que através da eliminação dos
gastos com UFER, o consumidor terá uma economia anual de R$ 31.762,66.
Da tabela 17, tem-se que o fator de potência mensal calculado demonstra que
o consumidor está sempre ultrapassando o limite mínimo de fator de potência
estabelecido pela legislação (0,92), com o valor obtido sempre em torno de 0,71,
fato este que ocasiona o pagamento de tarifas adicionais de UFER PONTA e UFER
FORA PONTA. Existem diversos fatores que influenciam para apuração de um baixo
fator de potência, dentre eles podemos destacar: elevada quantidade de reatores de
iluminação, muitos motores de indução e de aparelhos de are condicionado
instalados.
Determina-se da tabela 17, a sugestão de implementação de um Banco de
Capacitor Automático de 500 kVAr, pretendendo com sua instalação a elevação do
Fp do consumidor de 0,71 para 0,94, encerrando assim a tarifação por excedente
mínimo de fator de potência medido. Lembrando que de acordo com a Resolução
Normativa nº 414, de 2010, da ANEEL art.135, após a instalação do banco para
corrigir o fator de potência, o consumidor possui até 03(três) ciclos de faturamento
completos e consecutivos para realizar o ajuste do fator de potência.
A melhoria do fator de potência propicia a instalação um melhor
aproveitamento da potência solicitada, melhora os níveis de tensão nas cargas da
instalação, reduz a quantidade de potência aparente solicitada ao sistema de
energia, além disso, traz o benefício financeiro de economia com a interrupção do
pagamento de tarifas de UFER.
Para a planilha apresentada na tabela 4, utilizou-se uma taxa de atratividade
de 14,25% a.a. de retorno ao investimento, melhor que a de mercado, tendo visto
que a Taxa SELIC (Taxa básica de Juros da Economia Brasileira) acumulada em
64
2016, está em torno de 14,25% a.a.. Possibilitando ao investidor melhor visão para
se decidir investir ou não na implementação do Banco de Capacitor Automático de
500 KVAr. O cálculo de “payback descontado (Indicador que fornece o prazo de
retorno ao investimento)” remete a ideia de que em 1,61 anos, tem-se o retorno ao
investimento realizado, propiciando a partir deste tempo a obtenção sucessiva de
lucro sobre o capital investido.
R$ 3.500
R$ 3.089,90
R$ 3.000
R$ 2.500
R$ 2.000
R$ 1.500
R$ 1.000
R$ 476,19
R$ 500
R$ 0
R$ 4.000 R$ 3.575,18
R$ 3.500
R$ 3.000
R$ 2.500
R$ 2.000
R$ 1.546,11
R$ 1.500
R$ 1.000
R$ 500
R$ 0
ECONOMIA - R$
Figura 10 - Economia/Mês
1,05
1,01 1
0,97
0,94
0,93
0,92
0,89
0,85
0,81
0,77
0,7287
0,73
0,69 0,7116
0,65
mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16
Fp Fp Fp MÁXIMO Fp corrigido
Atual MÍNIMO
em estudo já possui um grupo moto-gerador (GMG) de 500 kVA, foi orçado outro
GMG de 513 kVA, da marca CUMMINS, no qual é capaz de gerar,
aproximadamente, 410 kWh de energia ativa, considerando o regime de operação
prime, ou seja, operação constante com número de horas trabalhadas limitadas em
aproximadamente 750h por ano. Levando-se em conta que o consumidor esteja
adquirindo o óleo diesel em grande escala, é possível reduzir o preço pago no litro
do mesmo, sendo assim, foi adotada a quantia de R$ 2,70/litro.
Em contato com empresas prestadoras de serviços de manutenções
corretivas e preventivas em geradores, chegou-se ao custo de manutenção
estimado de R$ 10.000,00 a cada 1000 horas trabalhadas, resultando em R$
10,00/hora.
Utilizando os valores de consumo e capacidade de geração ativa do gerador
citado acima, para o gerador existente, obteve-se o valor do kWh gerado, conforme
tabela a seguir:
Descrição Valor
Grupo MotoGerador 513 kVA R$ 190.000,00
Quadros e Cabos R$ 10.000,00
Adequações civís R$ 20.000,00
Eventuais R$ 10.000,00
Total R$ 230.000,00
R$ 60.000
R$ 50.000
R$ 40.000
R$ 30.000
R$ 20.000
Custo CELG
R$ 0
R$ 470.000
R$ 420.000
R$ 370.000
R$ 320.000
R$ 270.000
R$ 220.000 R$425.548,27
R$365.038,71
R$ 170.000
R$ 120.000
R$ 70.000
R$ 20.000
Valor Total
Para melhor ilustrar tais economias, segue gráficos relacionando mês a mês,
tomando como referência os dados das tabelas 27 e 28.
170000
150000
130000
110000
90000
70000
50000
30000
170000
150000
130000
110000
90000
70000
50000
30000
170000
150000
130000
110000
90000
70000
50000
30000
10000
R$400.000,00
R$350.000,00
Economia (Demanda 640 kW)
R$300.000,00
R$150.000,00
R$100.000,00
R$50.000,00
R$-
R$700.000,00
R$600.000,00
Economia (Demanda 640
kW)
R$500.000,00
Economia (Demanda 730
R$400.000,00 kW)
Limite de Viabialidade
R$300.000,00
R$200.000,00
R$100.000,00
R$-
R$0,23
R$0,36
R$0,22
R$0,24
R$0,25
R$0,26
R$0,27
R$0,28
R$0,29
R$0,30
R$0,31
R$0,32
R$0,33
R$0,34
R$0,35
R$0,37
R$0,38
R$0,39
R$0,40
R$0,41
R$0,42
R$0,43
R$0,44
R$900.000,00
R$800.000,00
Economia (Demanda 640
R$700.000,00
kW)
R$600.000,00
Economia (Demanda 730
kW)
R$500.000,00
Limite de Viabialidade
R$400.000,00
R$300.000,00
R$200.000,00
R$100.000,00
R$-
11. CONCLUSÕES