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Custos Rodoviários e Orçamento

UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL - ULBRA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PAVIMENTAÇÃO

Professor: Fernando Albuquerque

Palmas, 31 de Março de 2006.


PROGRAMA DO CURSO

- Pesquisa de Mercado;

- Custo Horário de Utilização de Equipamentos;

- Produção das Equipes Mecânicas;

- Custos Unitários dos Serviços;

- Demonstrativo do Orçamento;

- Resumo do Orçamento.
PROGRAMA DO CURSO

Exemplo Prático: Acompanhamento do procedimento utilizado para


o orçamento da BR-101/SC (km 329,9 – km 358,5), Lote 26/SC.
PROGRAMA DO CURSO

Avaliação: Orçamento de pavimento (em TSD) com 1 km de


extensão e 12 m de largura, com as seguintes características:

- Terraplanagem (corte = 21.750 m³; aterro = 12.000 m³, com


X1 = 250m; bota-fora para X2 = 5 km);
- Regularização (20 cm finais da terraplanagem; V = 2.400 m³);
- Sub-Base de Solo Laterítico (20 cm; V = 2.400 m³);
- Base de Brita Graduada (20 cm; V = 2.400 m³);
- Imprimação (A = 12.000 m²);
- Revestimento em TSD (V = 12.000 m²).

Os preços de mão-de-obra, materiais e equipamentos devem ser


retirados do SICRO2 – Região Norte (www.dnit.org.br).
HISTÓRICO

A teoria sem a prática é


estéril, mas a prática
sem a teoria é cega.
HISTÓRICO

Já na época do DNER preocupava-se no estabelecimento de


parâmetros para custos em pavimentação.

Na década de 1970 o DNER implantou o sistema de Composições


de Serviços - novidade na época - para estimar custos unitários.

A maior dificuldade em se estabelecer parâmetros para a estimativa


de custos se devia a inflação, que logo transformava as composições
obsoletas.

Por isso o sistema de custos utilizado hoje pelo DNIT só avançou até
a etapa de cálculo de custos unitários de serviços com base na
emissão de Tabelas de Referenciais de Preços (SICRO).
METODOLOGIA UTILIZADA PELO DNIT

..."A vida mede-se pela


intensidade não pelo
movimento do relógio."
(G.MacDonald)
METODOLOGIA UTILIZADA PELO DNIT

1.2.1 SISTEMA DE PESQUISA DE PREÇOS

Mínimo de 03
preços de cada
item
a) Tamanho da Amostra
de Preços de Materiais
e Equipamentos
Colhido em entidades
especializadas e
reconhecidamente idôneas
METODOLOGIA UTILIZADA PELO DNIT

1.2.1 SISTEMA DE PESQUISA DE PREÇOS cont.

b) Pesquisas de Custos de Mão-de-Obra por Categoria Profissional

Pisos salariais acordados nas Convenções Coletivas de Trabalho,


celebradas entre os Sindicatos de Trabalhadores e os Sindicatos
Patronais para as categorias servente, ajudante e oficial e
multiplicadores, aferidos periodicamente por pesquisa direta, para as
demais categorias.
METODOLOGIA UTILIZADA PELO DNIT

1.2.1 SISTEMA DE PESQUISA DE PREÇOS cont.

Preço de insumos de um
determinado Estado

c) Preço do Estado e
Preço da Região
Preço regionais (onde a
mão-de-obra é o maior
valor colhido na região e
materiais/equipamentos
é o menor)
METODOLOGIA UTILIZADA PELO DNIT

1.2.1 SISTEMA DE PESQUISA DE PREÇOS cont.

d) Pesquisa e Cadastramento de Materiais e Equipamentos

Essas informações foram recolhidas junto a fabricantes e usuários


dos materiais e equipamentos.

Foi feito o levantamento e registro de suas características


construtivas, mecânicas, operacionais e de produtividade.
METODOLOGIA UTILIZADA PELO DNIT

1.2.2 CÁLCULO DOS CUSTOS DE MÃO-DE-OBRA

a) Custo da Mão-de-obra em Horas Normais, Horas Extraordinárias


e em Trabalho Noturno

É calculado considerando todo o trabalho desenvolvido em horas


normais.

b) Encargos Sociais

Leva-se em consideração as normas legais, os custos com refeições e


transportes, e a incidência relativa ao fornecimento de material de
segurança do trabalho.
METODOLOGIA UTILIZADA PELO DNIT

1.2.2 CÁLCULO DOS CUSTOS DE MÃO-DE-OBRA cont.

c) Diferenciação de Encargos Sociais para Serviços de Conservação


Delegada

Não se faz diferenciação dos encargos sociais para os serviços de


conservação contratados e delegados, admitindo que os órgãos que
assumem a delegação, também trabalham contratando mão-de-obra
não pertencente aos seus quadros.
METODOLOGIA UTILIZADA PELO DNIT

1.2.3 CUSTOS HORÁRIOS DE EQUIPAMENTOS

a) Custos Horários para Condições Leves, Médias e Pesadas

Pode-se fazer a consideração das condições de trabalho dos


equipamentos (regime leve, médio ou pesado). No entanto,
normalmente as composições são para regime médio.

b) Vida Útil dos Equipamentos

Faz-se uma pesquisa junto a fabricantes, usuários e publicações


especializadas da vida útil dos equipamentos, para calcular-se custos
de manutenção e depreciação durante este intervalo.
METODOLOGIA UTILIZADA PELO DNIT

1.2.3 CUSTOS HORÁRIOS DE EQUIPAMENTOS cont.

c) Custos de Manutenção de Equipamentos

Os valores de Coeficientes de Manutenção – K, devem ser


determinados para equipamentos considerados como pertencentes à
mesma classe.

d) Critério para Estabelecimento do Valor Residual dos


Equipamentos

Para isso, faz-se pesquisa de mercado de máquinas usadas.


METODOLOGIA UTILIZADA PELO DNIT

1.2.3 CUSTOS HORÁRIOS DE EQUIPAMENTOS cont.

e) Depreciação

Usa-se o critério da Linha Reta.


METODOLOGIA UTILIZADA PELO DNIT

1.2.3 CUSTOS HORÁRIOS DE EQUIPAMENTOS cont.

f) Seguro e Impostos

Os custos horários dos veículos devem contemplar parcela para


cobertura do IPVA e do Seguro Obrigatório.

g) Custo de Equipamento Operativo e Improdutivo

Deve-se definir as parcelas que integram o cálculo dos custos


horários dos equipamentos em situação operativa e improdutiva.
METODOLOGIA UTILIZADA PELO DNIT

1.2.4 COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS DIRETOS

a) Produção das Equipes Mecânicas

Deve ser realizada pesquisa, junto a fabricantes e usuários, a fim de


aferir as produtividades dos equipamentos para usar nos cálculos dos
custos rodoviários.

b) Metodologia para Pesquisa de Campo com vistas à Determinação


de Produtividade de Equipamentos

Utiliza-se o processo estatístico de observação.


METODOLOGIA UTILIZADA PELO DNIT

1.2.4 COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS DIRETOS


cont.

c) Atividades Auxiliares e Custos de Referência

As composições de custos unitários foram classificadas como segue:

• Custos Unitários Diretos para Atividades Auxiliares:

Referem-se à serviços que compõem parte de outro serviço


de maior relevância: fabricação na obra de materiais e
componentes, transportes comerciais, fornecimentos de
materiais etc.
METODOLOGIA UTILIZADA PELO DNIT

1.2.4 COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS DIRETOS


cont.

• Custos Unitários Diretos de Referência de Obras e de Serviços:

Custos unitários nos níveis de agregação com que figuram


usualmente nas Normas de Medição e Pagamento nas
contratações do DNIT. Tais custos são obtidos pela
utilização dos componentes diretos dos serviços (materiais,
equipamentos e mão-de-obra) e serviços auxiliares (caso
existam).
METODOLOGIA UTILIZADA PELO DNIT

1.2.4 COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS DIRETOS


cont.

d) Carga, Descarga, Manobra e Transportes na Obra

Os custos de transporte são dados por: Y = ax + b,

onde:

• Y- Custo total da tonelada transportada;


• a – Custo unitário por tonelada-quilômetro transportada;
• x – Distância de transporte; e
• b – Custo fixo relativo às operações de carga, descarga e manobra.
METODOLOGIA UTILIZADA PELO DNIT

1.2.4 COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS DIRETOS


cont.

e) Tabela de Custos Unitários de Referência

Apresentam-se Custos Unitários de Referência através de tabelas,


incluindo os custos diretos e o LDI (lucro e despesas indiretas).

Os custos Unitários de Referência devem ser discriminados de


acordo com as diferentes categorias de obras, ou seja: Construção,
Conservação, Sinalização e Restauração, muito embora possam ter
origem em Composições de Serviços Auxiliares, agregados segundo
critérios convenientes a cada caso.
METODOLOGIA UTILIZADA PELO DNIT

1.2.5 PLANILHA DE ORÇAMENTO

a) Percentual de LDI

O lucro e despesas indiretas (LDI) nos custos, são computados de


acordo com determinação do TCU, para atendimento do Art.40 da
Lei n° 8.666/93.
METODOLOGIA UTILIZADA PELO DNIT

1.2.5 PLANILHA DE ORÇAMENTO cont.

b) Orçamentos de Referência de Obras Específicas

O primeiro nível de adequação dos custos unitários é através do


cálculo dos custos horários dos equipamentos considerando sua
utilização em condições leves, médias e pesadas.
O projetista deve definir se serão utilizados brita e areia produzidos
ou extraídos na obra, ou se estes materiais serão adquiridos
comercialmente.
O projetista deverá apresentar a pesquisa de preços realizada na
região da obra, quando adotadas brita e areia comerciais.
METODOLOGIA UTILIZADA PELO DNIT

ONDE ENCONTRAR COMPOSIÇÕES

• SICRO2 – DNIT website → www.dnit.gov.br ;

• SBC – Informativo SBC do Boletim de Custos →


www.informativosbc.com.br ;

• ORSE – CEHOP → http://www.cehop.se.gov.br/orse/default.asp ;

• TCPO 2003 – Tabelas de Composições de Preços para


Orçamentos.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

A coisa mais dura de


entender no mundo é o
Imposto de Renda!
Albert Einstein
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.1 ESTRUTURA DE CUSTOS

Estrutura de Custos:
Custo Direto dos Serviços
Custo de Administração Local
Mobilização e Desmobilização
Canteiro e Acampamento
Eventuais
Despesas Financeiras
Administração Central
Margem
Impostos sobre o Faturamento
__________________________
PREÇO DE VENDA
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.1 ESTRUTURA DE CUSTOS cont.

• Custo Direto dos Serviços – representa a soma dos custos dos


insumos (equipamentos, materiais e mão-de-obra) necessários à
realização dos serviços de todos os itens da planilha.

• Custo de Administração Local – representa todos os custos locais


que não são diretamente relacionados com os itens da planilha e,
portanto, não são considerados na composição dos custos diretos.
Inclui itens como: Custo da Estrutura Organizacional (pessoal),
Seguros e Garantias de Obrigações Contratuais e Despesas Diversas.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.1 ESTRUTURA DE CUSTOS cont.

• Mobilização e Desmobilização – a parcela de mobilização


compreende as despesas para transportar o canteiro da obra, os
recursos humanos, os equipamentos e instalações (usinas de asfalto,
centrais de britagem, centrais de concreto, etc.). Incluem-se as
despesas para execução das bases e fundações para instalação de
cada unidade. Como a desmobilização de equipamentos e instalações
se faz a fim de transportá-los para uma nova obra, não será prevista
parcela especifica para este fim, evitando-se dupla remuneração.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.1 ESTRUTURA DE CUSTOS cont.

• Canteiro e Acampamento – esta parcela serve para cobrir os custos


de construção das edificações e de suas instalações (hidráulicas,
elétricas, esgotamento) destinadas a abrigar o pessoal (casas,
alojamentos, refeitórios, sanitários, etc.) e as dependências
necessárias à obra, (escritórios, laboratórios, oficinas, almoxarifados,
balança, guarita, etc.), bem como dos arruamentos e caminhos de
serviço.

• Eventuais – é percentual aplicado ao custo para cobertura de


despesas não previstas.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.1 ESTRUTURA DE CUSTOS cont.

• Despesas Financeiras – resultam da necessidade de financiamento


da obra por parte do Executor. Esta necessidade ocorre sempre que
os desembolsos mensais acumulados forem superiores às receitas
acumuladas. As despesas financeiras decorrentes de inadimplência
do Contratante, por serem eventuais, não podem ser consideradas na
estimativa de custos.

• Administração Central – é a parcela do Preço Total que


corresponde à quota que faz parte do custo da Administração Central
do Executor.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.1 ESTRUTURA DE CUSTOS cont.

• Margem – é uma parcela destinada a remunerar os fatores da


produção do Executor que intervêm na obra, tais como: capital
aplicado em equipamento, capacidade administrativa, conhecimento
tecnológico e risco do negócio, bem como de prover recursos para o
pagamento de impostos sobre o resultado.

• Impostos Incidentes sobre o Faturamento – são, no ano de 2003: o


ISS (quando devido, e de acordo com as alíquotas estabelecidas
pelas Prefeituras Municipais), o PIS, a COFINS e a CPMF.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.2 CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS

A classificação do custo de um serviço como direto ou indireto se


relaciona à sua inclusão ou não na respectiva planilha de preços a
serem cotados por ocasião da licitação da obra.

Todos os itens da planilha de preços, que requerem cotações


específicas e cujo pagamento se fará por medição, são considerados
como custos diretos. Os itens de serviços que não constarem da
planilha serão classificados como indiretos e, conseqüentemente,
vão integrar o LDI (Lucro e Despesas Indiretas), sendo, portanto,
rateados sobre os custos diretos.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.2 CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS cont.

“Os custos indiretos, na medida do possível, também devem ser


orçados através de planilhas como uma forma de segurança do
construtor”.

Isto se deve a necessidade de incidir os custos indiretos


(mobilização, desmobilização, etc.) sobre a composição de preço do
serviço. A incidência de um percentual usual no setor pode acarretar
em subestimação de preço, bem como a sua contabilização em
termos de LDI faz com que esta parcela se dilua por toda o período
de execução da obra, ocasionando necessidade de empréstimos para
cobertura dos investimentos.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS CUSTOS DE OBRAS

Os Custos Indiretos podem ser classificados da seguinte maneira:

• Alguns deles que têm valor percentual fixo e obrigatório e que são
parte integrante da carga tributária que incide sobre o preço da obra.

• Um segundo grupo apresenta variações percentuais que usualmente


se limitam a uma faixa restrita; e

• O terceiro pode apresentar variações bastante significativas com o


tipo de obra e as circunstâncias em que são realizadas.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS CUSTOS DE OBRAS cont.

Primeiro Grupo:
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS CUSTOS DE OBRAS cont.

Segundo Grupo:

• ISS (Imposto sobre Serviços) – varia, conforme o Município na


faixa de 2,0% a 5,0%.

• Administração Central – parcela para cobrir custos como:


honorários de Diretoria, despesas comerciais e de representação,
administração central de pessoal, administração do patrimônio,
aluguéis da sede, comunicações, materiais de expediente,
treinamento e desenvolvimento tecnológico, viagens do pessoal
lotado na sede, etc. Adota-se um percentual de 1,50% do Custo
Direto de cada obra para atender estas despesas.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS CUSTOS DE OBRAS cont.

Segundo Grupo: cont.

• Eventuais – Trata-se de reserva para cobrir eventuais acréscimos de


custos da obra não recuperáveis contratualmente. Mais usual para
empreitada por preço global ou num contrato “turn-key”, onde os
riscos são elevados.

• Custos Financeiros – Resultam da necessidade de financiamento da


obra por parte do Executor, que ocorre quando os desembolsos
mensais acumulados forem superiores às receitas acumuladas. Tais
custos são regidos como percentual da taxa SELIC aplicado sobre o
Preço de Venda menos a Margem, durante um mês.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS CUSTOS DE OBRAS cont.

Segundo Grupo: cont.

• Margem – A margem é um excedente sobre o custo orçado (lucro),


bem como prover recursos para pagamento de impostos sobre o
resultado. Deve-se partir com uma taxa de lucro definida no valor de
5,00% do PV, e acrescentar os valores referentes ao IRPJ e CSLL
para chegar ao valor da Margem.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS CUSTOS DE OBRAS cont.

Terceiro Grupo:

Itens cujo Valor Percentual Varia com o Tipo de Obra ou Serviço

Itens de Custo

• I – Administração Local
• J – Canteiro e Acampamento
• K – Mobilização e Desmobilização.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS CUSTOS DE OBRAS cont.

Terceiro Grupo: cont.

• Administração Local – Conjunto de atividades realizadas no local


do empreendimento pelo Executor, necessárias à condução da obra e
à administração do contrato (≈ 2,50% do custo da obra). A adminis-
tração local realiza certo número de atividades básicas, que são:

- Chefia da Obra; - Manutenção de Equipamento;


- Administração do Contrato; - Gestão de Materiais;
- Engenharia e Planejamento; - Gestão de Recursos Humanos;
- Segurança do Trabalho; - Administração da Obra.
- Produção;
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS CUSTOS DE OBRAS cont.

Terceiro Grupo: cont.

Deve-se levar ainda em consideração na Administração Local as


Despesas Diversas, tais como:

- veículos leves para transporte; - fax;


- energia elétrica para iluminação - material de escritório;
pública e domiciliar; - medicamentos;
- cópias xerográficas e heliográficas; - consultoria externa;
- telefonemas; - aluguéis;
- telex; - segurança: polícia e vigilância;
- fotografias; - seguro saúde.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS CUSTOS DE OBRAS cont.

Terceiro Grupo: cont.

• Canteiro e Acampamento – Denomina-se de Canteiro e


Acampamento ao conjunto de instalações destinadas a apoiar as
atividades de construção.

◊ Instalações de Acampamento – Compreende as unidades


residenciais e instalações comunitárias, que serão necessárias
ao longo da obra, para abrigar e fornecer condições
adequadas de conforto e segurança ao pessoal. Pode ser
obtido o custo por m² de cada tipo de construção.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS CUSTOS DE OBRAS cont.

Terceiro Grupo: cont.

Percentual do custo por m² devido a sofisticação da instalações:


Instalação Percentagem do Custo do m²
Habilitações unifamiliares 40 – 60
Alojamentos 20 – 50
Escolas 20 – 50
Centros Recreativos e Esportivos 20 – 50
Centro Comunitário 20 – 50
Ambulatório / Centro de Saúde 60 – 100
Guarita Principal l05 – 10
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS CUSTOS DE OBRAS cont.

Terceiro Grupo: cont.

◊ Instalações de Canteiro:

a) Unidades de Armazenamento – Almoxarifado; Posto de


combustíveis e lubrificantes; Paiol de explosivos.

b) Unidades Administrativas e Técnicas – Escritório do Executor;


Laboratórios.

c) Unidades de Apoio – Refeitório central e cozinha; Sanitários de


campo; Ambulatório.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS CUSTOS DE OBRAS cont.

Terceiro Grupo: cont.

d) Sistemas – Abastecimento de água; Drenagem; Distribuição de


energia, iluminação e subestação; Viário.
e) Instalações Industriais – Central de Britagem; Usina de Asfalto;
Usina de Solos; Central de Concreto; Central de Carpintaria;
Central de Armação; Pátio de Pré-Moldados; Pátio de Estruturas
Tubulares; Central de Ar Comprimido; Oficina de Manutenção;
Instalação de Beneficiamento de Areia Natural e/ou Cascalho.
Estas instalações estarão nos Quadros de Quantidades de
Serviços e no cronograma da obra.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS CUSTOS DE OBRAS cont.

Terceiro Grupo: cont.

• Mobilização e Desmobilização – Constituídas pelo conjunto de


providências e operações por parte do Executor para levar seus
recursos, em pessoal e equipamento, até o local da obra e para fazê-
los retornar ao seu ponto de origem ao término dos trabalhos.

◊ Estimativa da Força de Trabalho a Ser Deslocada – existem


em duas categorias: “empregados qualificados” e
“empregados não-qualificados”. Teoricamente a única
parcela que sofre deslocamento é a dos “qualificados”. Os
“não-qualificados” são da própria região.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS CUSTOS DE OBRAS cont.

Terceiro Grupo: cont.

Assim:
p = po + ps e po = po1 + po2
onde,
p = número máximo de empregados, na obra;
po = número máximo de “empregados qualificados”, na obra;
po1 = parcela de po a ser deslocada para a obra;
po2 = parcela de po a ser admitida no local da obra;
ps = número máximo de “empregados não-qualificados”, na obra.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS CUSTOS DE OBRAS cont.

Terceiro Grupo: cont.

Para o caso dos mensalistas:


pm = pm1 + pm2,
onde:
pm = número máximo de mensalistas;
pm1 = parcela de pm a ser deslocada para a obra;
pm2 = parcela de pm a ser admitida no local da obra.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS CUSTOS DE OBRAS cont.

Terceiro Grupo: cont.

◊ Custo de Mobilização de Equipamentos – Os estudos do


planejamento da obra, contidos em seu Projeto Final,
indicam os principais equipamentos a serem utilizados. Os
equipamentos são habitualmente agrupados em três tipos:

- veículos leves – deslocam-se por motorista;


- equipamentos de pequeno porte (10t) – custos de carga,
descarga e seguro;
- equipamentos de grande porte.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS CUSTOS DE OBRAS cont.

Terceiro Grupo: cont.


- equipamentos de grande porte:
a) Preço Básico: fornecido em R$/t.km pela empresa especializada
na prestação desse serviço.
b) TUV – Taxa de Utilização Viária (DNIT): quando o peso bruto
total (PBT) do conjunto carga/cavalo/carreta ultrapasse 45 t.
c) Preço de Escolta: quando alguma das partes do conjunto
carga/cavalo/carreta exceder as dimensões 3,20 m de largura, 25
m de comprimento e 5 m de altura ou o PBT exceder a 60 t.
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.4 PREÇO TOTAL OU PREÇO DE VENDA

Custo Direto: CD = Cd + (H + I)
Preço de Venda: PV = CD + ( A+B+C+D+E+F+G)

onde os símbolos têm o seguinte significado:

PV: Preço de Venda F: Custos Financeiros


A: PIS G: Margem
B: COFINS CD: Custo Direto Total
C: CPMF Cd: Custo Direto dos Serviços
D: ISS H: Canteiro e Acampamento
E: Administração Central e Local I: Mobilização e Desmobilização
PREÇO DE OBRA RODOVIÁRIA

2.5 CONCEITO DE LDI

A relação entre o Preço Total ou Preço de Venda (PV) e o Custo


Direto (CD) constitui o fator de LDI (Lucro e Despesas Indiretas),
que é expresso por:

Fator de LDI = PV
CD

O LDI em percentagem, é dado pela expressão:

LDI (%) = ( PV – 1) x 100


CD
% sobre PV
CD

G = IRPJ + CSLL + Lucro Líquido

E = 4% x [100-(A+B+C+D+E+F+G)]
100%

SELIC . (100 – G)
12
SISTEMA DE LEVANTAMENTO DE PREÇOS

Nunca diga às pessoas como


fazer as coisas. Diga-lhes o
que deve ser feito e elas
surpreenderão você com sua
engenhosidade!
George Patton (1885-1945)
SISTEMA DE LEVANTAMENTO DE PREÇOS

3.1 O SISTEMA SICRO2 DE COLETA DE PREÇOS

PEP – Sistema de Pesquisa de Preços de Equipamentos, Materiais e


Mão-de-obra. No caso de equipamentos e materiais mantém-se
cadastro dos fornecedores e para mão-de-obra são pesquisados
diretamente em sindicatos.

3.1.1 CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA

Os preços adotados são os menores para a capital de cada estado. No


estado onde não é realizada a pesquisa, adotam-se melhores preços
por região. Os preços são ainda verificados para as três últimas
pesquisas, conferindo-se distorções ocorridas em cada
estabelecimento e em nível interestadual.
SISTEMA DE LEVANTAMENTO DE PREÇOS

3.1.2 COBERTURA DA PESQUISA

Para cada material são coletados preços em três estabelecimentos


comerciais credenciados (atacadista).
Para os equipamentos são pesquisados preços três estabelecimentos
de representantes autorizados.
As bonificações para fornecimento devem ser computadas.
Caso não exista representação local utilizam-se preços de fabricantes
e distribuidores nacionais para entrega na capital do estado.
Para os estados onde não se realiza a pesquisa de um item será
considerado o preço unitário estimado para a região.
SISTEMA DE LEVANTAMENTO DE PREÇOS

3.1.3 CICLO DE ATUALIZAÇÃO

Os ciclos de pesquisa de preços são mensais.

Os preços estimados para um mês têm origem nas coletas feitas no


mês imediatamente anterior.

O ciclo de atualização de valores pode ser alongado para maiores


períodos, sendo esta decisão tomada em nível estadual, não
obrigando igual tratamento aos demais estados onde a pesquisa seja
praticada.
SISTEMA DE LEVANTAMENTO DE PREÇOS

3.2 PROCESSAMENTO DA PESQUISA

O processamento do PEP será executado em quatro fases distintas:

a) preparação dos questionários: onde são identificados os itens


comercializados pelos estabelecimentos cadastrados no PEP e
emitidos os questionários para a coleta de informações;

b) pesquisa de preços: realizada através das UNITs que apóiam o


SICRO2, no período de 05 a 15 de cada mês;
SISTEMA DE LEVANTAMENTO DE PREÇOS

3.2 PROCESSAMENTO DA PESQUISA cont.

c) transcrição e crítica da informação: realizada pela Equipe


técnica do Sistema de Custos Rodoviários, com a colaboração
das UNITs, visando transcrever para meio legível por
processamento eletrônico de dados e submeter a informação a
testes que assegurem sua qualidade;

d) seleção do preço de referência: seleção do menor preço unitário


informado, entre os preços pesquisados para cada estado, ou
imputação de seu valor, quando necessário.
SISTEMA DE LEVANTAMENTO DE PREÇOS

3.3 INFORMATIZAÇÃO DO SISTEMA

3.3.1 AMBIENTE DE PROCESSAMENTO (SICRO2)


SISTEMA DE LEVANTAMENTO DE PREÇOS

Exemplo BR-101/SC:
SISTEMA DE LEVANTAMENTO DE PREÇOS

Exemplo BR-101/SC: cont.


SISTEMA DE LEVANTAMENTO DE PREÇOS

Exemplo BR-101/SC: cont.


CUSTOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS

"A mais alta das torres


começa no solo."
Ditado chinês
CUSTOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS

4.1 CUSTO DA MÃO-DE-OBRA

Obtenção:

• pisos salariais acordados nas Convenções Coletivas de Trabalho,


celebradas entre os Sindicatos dos Trabalhadores e Patronais, da
Construção Pesada e, na ausência deste, no da Construção Civil.

• pesquisa dos valores médios praticados, obtidos junto aos


Sindicatos regionais ou em outras fontes.
CUSTOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS

4.1.1 SALÁRIO

• Para as categorias de servente e operário qualificados, que têm o


piso básico determinado nas convenções coletivas de trabalho,
serão adotados, para a região, o maior valor encontrado nos
diversos estados que a compõem.

• Para as demais categorias serão calculados pela fórmula:


CUSTOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS

4.1.2 ENCARGOS SOCIAIS


a) Cálculo dos Encargos Sociais Referentes ao Grupo A
b) Cálculo dos Encargos Sociais Referentes ao Grupo B

Cálculo das horas correspondentes aos dias não trabalhados:


Percentuais de incidência para o Grupo B:
Percentuais de incidência para o Grupo B: cont.
c) Cálculo dos Encargos Sociais Referentes ao Grupo C
d) Cálculo dos Encargos Sociais Referentes ao Grupo D
CUSTOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS

Exemplo BR-101/SC:

Salário Mínimo = R$ 136,00

Ajudante:

Padrão Salarial = 2,0


Encargos = 126,3%

Item Valor Mensal (R$) Valores Encargos (R$) Custo Horário (R$)

Salário Mínimo 136,00 = 136,00 x 1,263 = 171,768 = (136,00 + 171,768) / 220 = 1,3989

Ajudante = 2,0 x 136,00 = 272,00 = 2,0 x 171,768 = 343,536 = (272,00 + 343,536) / 220 = 2,7979
CUSTOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS

4.1.3 ADICIONAL À MÃO-DE-OBRA


CUSTOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS

4.1.3 ADICIONAL À MÃO-DE-OBRA cont.


CUSTOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS

4.2 EQUIPAMENTOS

4.2.1 CUSTO HORÁRIO


CUSTOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS

4.2.2 EQUIPAMENTOS CUJO CUSTO HORÁRIO VARIA


COM AS CONDIÇÕES DE TRABALHO

A grande maioria dos equipamentos trabalha em condições


razoavelmente uniformes, como é o caso dos equipamentos de
compactação, britagem, usinas de solos e asfalto, etc.

Alguns equipamentos podem sofrer expressiva variação de desgaste


em função do “Tipo de Solo” e da “Superfície de Operação”:

• tratores de esteiras; • escavadeiras hidráulicas;


• “motoscrapers”; • retro-escavadeiras;
• pás carregadeiras de rodas; • motoniveladoras;
• pás carregadeiras de esteiras; • caminhões (em geral).
CUSTOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS

4.2.3 CRITÉRIOS DE CÁLCULO DO CUSTO HORÁRIO

4.2.3.1 Custos de Propriedade

a) Depreciação → É considerada como a parcela do custo


operacional correspondente ao desgaste e à obsolescência do
equipamento que ocorrem ao longo de sua vida útil. Seu cálculo
depende: do período de vida útil, do valor de aquisição de
equipamento novo e do valor residual e, ainda, da definição da
forma como imputar este ônus ao custo operacional horário.
CUSTOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS

4.2.3.1 Custos de Propriedade cont.

b) Parâmetros de Depreciação

• Valor de Aquisição → Custos cotados por estado ou região

• Valor Residual → Depende do interesse pela procura de


equipamentos usados, inclusive do tipo e marca.
CUSTOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS

b) Parâmetros de Depreciação cont.


CUSTOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS

b) Parâmetros de Depreciação cont.


• Período de Vida Útil do Equipamento
CUSTOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS

d) Custo de Oportunidade do Capital

É computado para o caso de obtenção de financiamento externo para


a compra de equipamentos.

com

i → taxa média de rendimento de capital no mercado (i = 6% a.a.);


Im → taxa de juros do empréstimo, durante sua vida útil;
n → vida útil.
CUSTOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS

e) Seguros e Impostos

Refere-se a custos com IPVA e Seguro Obrigatório, com incidência


total de 2,5% sobre o investimento médio em veículos.
CUSTOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS

4.2.3.2 Custos de Manutenção

A vida útil deve ser considerada em torno de 10.000 horas.

Observações:

• Instalações industriais → conjuntos de britagem, usinas de asfalto a


quente, usinas de solos e usinas de prémisturado a frio. Sua vida útil
é estimada, geralmente, em 15 000 h.
CUSTOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS
CUSTOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS

4.2.3.3 Custos de Operação

a) Combustível
CUSTOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS

4.2.3.3 Custos de Operação cont.

b) Filtros e Lubrificantes

Para os motores a óleo diesel, acréscimo de 20% sobre o custo de


combustível e para motores a gasolina, acréscimo de 10%.

c) Mão-de-obra de Operação

São incluídos o salário horário dos motoristas e operadores, os


encargos sociais e o adicional à mão-de-obra.
CUSTOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS

4.3 MATERIAIS

Os preços dos materiais são aqueles coletados em fornecedores,


devendo-se observar os seguintes detalhes:

• Computar custos de impostos de fornecimento;

• Computar os custos de frete no orçamento, por composição de


transporte de materiais até o local da obra.
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

Agrada-me mais a
dúvida do que o saber!
Dante
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.1 INTRODUÇÃO

O Estatuto das Licitações - Lei No. 8.666, de 21 de junho de 1993 -


define, como se segue, os conceitos de “obra” e “serviço”:

I - Obra - toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou


ampliação, realizada por execução direta ou indireta;

II - Serviço - toda atividade destinada a obter determinada utilidade


de interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto,
instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação,
manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou
trabalhos técnico-profissionais; ...”
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.1 INTRODUÇÃO cont.

São consideradas obras as:

• Obras de Construção Rodoviária;


• Obras de Restauração Rodoviária; e
• Obras de Sinalização Rodoviária.

Como serviço os:

• Serviços de Conservação Rodoviária.


TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.2 COMPOSIÇÕES DE CUSTOS UNITÁRIOS


TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.2 COMPOSIÇÕES DE CUSTOS UNITÁRIOS cont.

Condicionantes para eleger a melhor técnica de execução com


maior economicidade:

• especificações e as quantidades dos serviços (Projeto Final);


• características dos materiais a serem trabalhados;
• distâncias de transporte previstas;
• cronograma da obra;
• elenco qualitativo e quantitativo de mão-de-obra e de equipamen-
tos de que se poderá dispor;
• condições climáticas da região; e
• logística do empreendimento.
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.2.1 PRINCÍPIOS PARA MONTAGEM DE COMPOSIÇÕES


DE CUSTOS UNITÁRIOS

• Primeiro ponto → adequação tecnológica da composição;

• Segundo ponto → dimensionar a quantidade dos diferentes tipos de


equipamentos de forma a maximizar a produção da patrulha;

• Terceiro ponto → determinação da incidência dos insumos na


composição, que é a quantidade de determinado insumo necessária à
realização de uma unidade de produção.
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.2.1 PRINCÍPIOS PARA MONTAGEM DE COMPOSIÇÕES


DE CUSTOS UNITÁRIOS cont.

A "produção efetiva" traduz a quantidade de serviço produzido pelo


equipamento por hora de operação efetiva, e seu inverso – horas
efetivas de operação por unidade de serviço – representa a incidência
desse equipamento na composição.

Da mesma maneira, a incidência da mão-de-obra e dos materiais é


determinada a partir da quantidade desses insumos necessária para a
produção de uma unidade de serviço.
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.2.2 CICLO DOS EQUIPAMENTOS

O intervalo durante o qual um equipamento em questão realiza certa


quantidade de serviço é chamado de “duração do ciclo” ou “tempo
total do ciclo”, o qual serve para determinar a produção horária de
um equipamento.
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.2.3 EQUILÍBRIO DAS EQUIPES MECÂNICAS OU


PATRULHAS

O equilíbrio se dá sempre em torno do equipamento eleito como


principal ou que comandará o ritmo da patrulha. Em vista disso, se
obterá sempre maior economicidade no trabalho da patrulha quando
o equipamento escolhido para comandar seu ritmo for aquele de
maior custo horário.

Fazendo-se as relações entre a produção horária do equipamento


principal e a dos demais, a quantidade destes será estabelecida como
resultado destes quocientes, arredondados sempre a maior, para
valores inteiros.
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.2.4 TEMPO OPERATIVO E TEMPO IMPRODUTIVO

O custo horário operativo é calculado somando-se os custos horários


de depreciação, operação, manutenção e mão-de-obra. O custo
horário improdutivo é igual ao custo horário da mão-de-obra.

O coeficiente de utilização produtivo é a divisão da produção da


equipe pela produção de cada tipo de equipamento e é sempre menor
ou igual a 1. O coeficiente de utilização improdutiva é obtido por
diferença.
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.3 PRODUÇÃO DAS EQUIPES MECÂNICAS

5.3.1 MÉTODO TEÓRICO

Conhecendo-se a produção horária do equipamento principal, estará


determinada a produção da patrulha.

A produção é calculada por fórmulas relativas a cada equipamento,


acrescendo-se os seguintes fatores de correção:

• Fator de Eficiência
• Fator de Conversão
• Fator de Carga
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.3.1 MÉTODO TEÓRICO cont.

• Fator de Eficiência – É a relação entre o tempo de produção efetiva


e o tempo de produção nominal.
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.3.1 MÉTODO TEÓRICO cont.

• Fator de Conversão – É a relação entre o volume do material para o


qual está sendo calculado o custo unitário e o volume do mesmo
material que está sendo manuseado. Na terraplenagem, representa a
relação entre o volume do corte e o volume do material solto.
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.3.1 MÉTODO TEÓRICO cont.

• Fator de Carga – É a relação entre a capacidade efetiva do


equipamento e sua capacidade nominal. Os valores adotados
encontram-se nas faixas recomendadas pelos fabricantes e são os
seguintes:
Produção
da Equipe 120/5
10.800

120
1 – 0,01 1 x 10.800
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.3.2 MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE


EQUIPAMENTOS NA OBRA

Para a avaliação empírica da produtividade dos equipamentos é


necessário que se conheçam duas grandezas: produção realizada
durante um período determinado e os tempos de cada uma das fases
por que o equipamento passou, ao longo do mesmo período.

Resumidamente, seria conhecer o seu tempo operativo (produtivo e


em esperas) e seus tempos improdutivos devidos às diversas causas
inerentes ao serviços realizados, sejam elas normais ou ocasionais.
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.3.2 MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE


EQUIPAMENTOS NA OBRA cont.

Para se conhecer esses tempos, deve-se fazer um levantamento de


dados utilizando-se de procedimentos estatísticos. Além disso, os
intervalos de análise devem ser escolhidos aleatoriamente.

De acordo com as observações, deve-se realizar uma distribuição de


freqüência para cada tipo de estágio (operativo ou improdutivo), e aí
se tem a relação de produtividade sobre o tempo total.
Exemplo:

Aplicação do método para o serviço de Fresagem a Frio:

Intervalos de tempo que se deseja levantar:

• Tempo Operativo Produtivo


• Tempo Operativo em esperas
• Tempo Operativo em manobras
• Tempo Improdutivo

Admita-se que o processo aleatório de escolha dos tempos de


levantamentos durante o período de 1 dia de trabalho conduziu a 100
observações feitas, com os seguintes resultados:
Exemplo: cont.

O tempo de trabalho foi de 11 h, das 7:00 h às 18:00 h.

A produção da fresadora, medida no final do dia, foi de P m2,


correspondente ao comprimento x largura fresados. A produção
horária, portanto, foi de P m2 / 11h, e as observações feitas
conduzem às seguintes conclusões:

- Produção horária no Tempo Operativo Produtivo: P / 6,60 h


- Produção horária real no Tempo observado : P / 11 h
Nos casos práticos pode-se subdividir o ciclo de operação em
intervalos menores, observando o tempo consumido para:

• Equipe em operação, com as esperas normais no ciclo de trabalho;


• Equipe em deslocamento entre frentes de serviço;
• Equipe parada para reparo mecânico rotineiro e rápido;
• Equipamento parado por circunstâncias inevitáveis e naturais;
• Equipe parada para reabastecimento;
• Equipe parada para execução de serviço manual complementar;
• Ritmo da equipe no início e fim da jornada;
• Equipe parada por falha mecânica importante;
• Equipe parada por deficiência da frota de transporte;
• Equipe realizando retrabalho;
• Equipe parada por acidente;
• Equipe parada devido a chuvas e suas conseqüências;
• Equipe parada por falta de material;
• Equipe parada para refeição dos operadores.
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.4 OPERAÇÕES DE TRANSPORTE

5.4.1 TRANSPORTE LOCAL

A produção horária (PH em t/h) de um caminhão é dada por:

C = capacidade útil do caminhão em t


E = fator de eficiência
X = distância de transporte em km
V = velocidade média em km/h
T = tempo total de manobras, carga e descarga, em h
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.4.1 TRANSPORTE LOCAL cont.

O custo unitário da tonelada transportada é obtido por:

CHO = Custo Horário Operativo em R$/h


PH = Produção em t/h
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.4.1 TRANSPORTE LOCAL cont.

Fazendo:

Tem-se:

equação de uma reta onde a parcela aX representa o custo unitário


correspondente ao transporte propriamente dito e a parcela b
representa o custo unitário correspondente aos tempos gastos em
manobras, carga e descarga.
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.4.1 TRANSPORTE LOCAL cont.

50 min de serviço x 0,90


60 min
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.4.1 TRANSPORTE LOCAL cont.


TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.4.1 TRANSPORTE LOCAL cont.

Voltando aos termos a e b:

Seus custos devem ser contabilizados separadamente, sendo o aX o


momento de transporte e b.consumo – (Custo por tonelada) x
(quantidade em t existente na unidade de serviço)
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.4.2 TRANSPORTE COMERCIAL

Se refere ao transporte de areia e brita, por exemplo.

Rodovia não pavimentada (V = 40 km/h) → Y = 0,0040 x CHO x X


Rodovia pavimentada (V = 60 km/h) → Y = 0,0027 x CHO x X
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.4.3 TRANSPORTE DE MATERIAIS BETUMINOSOS

Na determinação dos custos de transporte comercial dos produtos


betuminosos, as equações tarifárias que vinham sendo adotadas de
uma forma geral, são as fornecidas pelo DNIT, que utiliza
sistemática própria para a sua obtenção (ver Ofício Circular n°
032/2000/DEPC de 28/06/2000 do extinto DNER e Portaria n° 250
de 04/05/2003 do DNIT).

Sempre devem ser pesquisadas no DNIT.


TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.4.3 TRANSPORTE DE MATERIAIS BETUMINOSOS cont.


TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.5 CATEGORIAS DE SERVIÇOS

• Construção – implantação;

• Conservação – serviços rotineiros de manutenção;

• Sinalização – atividades que servem para construção, conserva e


restauração, visando colocar sinais por meio de marcas;

• Restauração – melhoramentos ou recuperações em rodovias


existentes.
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO

5.6 ESTRUTURA DO BANCO DE DADOS DE CUSTOS


UNITÁRIOS DE REFERÊNCIA

• Atividades Auxiliares → Custos unitários diretos para atividades


de apoio tais como: fabricação na obra de materiais e componentes,
transportes comerciais e outros assemelhados necessários ao
suprimento da obra, fornecimentos de materiais compreendendo,
além do custo do material, seu transporte e descarga na obra.

• Custos de Referência → Custos unitários de serviços nos níveis de


agregação com que figuram usualmente nas Normas de Medição e
Pagamento nas contratações do DNIT.
5.6.1 APRESENTAÇÃO DAS COMPOSIÇÕES DE CUSTOS
UNITÁRIOS DE REFERÊNCIA
Exemplo BR-101/SC:
ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS

"o único animal


verdadeiramente
racional é o caranguejo,
porque não avança
rumo ao desconhecido"
(Provérbio chinês)
ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS

6.1 ESTUDOS E CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

O custo da obra depende das técnicas de execução escolhidas para a


sua realização. Portanto, o planejamento de execução deve andar
junto ao orçamento.

O planejamento de execução da obra desenvolve-se como segue:

I. Plano de ataque ou plano de execução da obra;


II. Cronograma de utilização de equipamento;
III.Dimensionamento e lay-out do canteiro e instalações industriais;
IV.Cronograma físico e financeiro.
ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS

6.1.1 PLANO DE ATAQUE OU DE EXECUÇÃO DA OBRA

Denomina-se Plano de Execução à seqüência racional do conjunto


de atividades que constituem a obra. Nele, procura-se estabelecer
cinco importantes definições:

a) Época do início dos trabalhos;


b) Período de execução;
c) Conseqüências da localização e do tipo de obra;
d) Plano de execução propriamente dito;
e) Dimensionamento dos Equipamentos.
ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS

6.1.1 PLANO DE ATAQUE OU DE EXECUÇÃO DA OBRA


cont.

a) Época do início dos trabalhos

A melhor época para início das obras seria a que oferecesse o melhor
rendimento em termos de: clima, abundância de equipamento ocioso
na região, disponibilidade de mão-de-obra etc.

Além dos fatores técnicos ter-se-á que acrescentar outros, de ordem


política, administrativa, financeira, legal etc., que via de regra,
condicionam a época do início efetivo do serviço.
ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS

6.1.1 PLANO DE ATAQUE OU DE EXECUÇÃO DA OBRA


cont.

b) Período de Execução

Fatores de ordem política, administrativa, financeira e legal


condicionam o prazo de execução dos serviços.

Cabe ao engenheiro encarregado do orçamento analisar a


possibilidade de execução da obra dentro do período fixado
mostrando, quando for o caso, a necessidade de sua reformulação.
ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS

6.1.1 PLANO DE ATAQUE OU DE EXECUÇÃO DA OBRA


cont.

c) Conseqüências da Localização e do Tipo da Obra

• Aspectos Geográficos

◊ Facilidades de obtenção de produtos industrializados necessários à


obra, tais como asfalto, cimento, madeira etc.;
◊ Apoio logístico tal como vias de acesso, infra-estrutura de serviços
etc.
ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS

6.1.1 PLANO DE ATAQUE OU DE EXECUÇÃO DA OBRA


cont.

c) Conseqüências da Localização e do Tipo da Obra cont.

• Aspectos Geológicos e Geotécnicos

◊ Existência de materiais para pavimentação e/ou revestimento


primário;
◊ Dificuldades de ordem geológica na execução da terraplenagem;
◊ Seleção de Equipamento em decorrência dos dois aspectos an-
teriores.
ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS

6.1.1 PLANO DE ATAQUE OU DE EXECUÇÃO DA OBRA


cont.

c) Conseqüências da Localização e do Tipo da Obra cont.

• Aspectos Climáticos

◊ Regime Pluviométrico;
◊ Índice Pluviométrico.
ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS

6.1.1 PLANO DE ATAQUE OU DE EXECUÇÃO DA OBRA


cont.

d) Plano de Execução Propriamente Dito

Este consiste na ordenação e qualificação das atividades que


constituem as diversas etapas da obra, tendo em vista suas
características.
ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS

6.1.1 PLANO DE ATAQUE OU DE EXECUÇÃO DA OBRA


cont.

e) Dimensionamento dos Equipamentos

Deve-se determinar a necessidade global de equipamento,


permitindo calcular as horas ociosas de cada unidade no conjunto da
obra e a variação da produção ao longo do período de execução.

Na seleção dos equipamentos a serem utilizados na obra, deve ser


levada em consideração, além do item de serviço, a quantidade a ser
executada, uma vez que esta pode ser decisiva para o emprego ou
não de um dado equipamento.
ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS

6.2 SELEÇÃO DE COMPOSIÇÕES DE SERVIÇOS

Uma vez conhecidos os serviços que comporão o orçamento da obra,


deverão ser selecionadas as composições mais adequadas para
realizá-los, tendo em vista as circunstâncias particulares a cada caso.
ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS

6.3 PREÇOS UNITÁRIOS DOS SERVIÇOS

As composições de serviços conduzem ao cálculo de seu custo


unitário direto, que acrescido do percentual de LDI adotado para a
obra, fornecerá seu preço por unidade produzida. Estes valores são
calculados com base nas coletas de preços de insumos.
ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS

6.4 QUANTITATIVOS DE SERVIÇOS

O valor de determinado serviço rodoviário é obtido pelo produto de


seu preço unitário pela quantidade efetivamente executada. Para
efeito de elaboração de orçamento de obras, estes quantitativos de
serviços devem ser levantados nos respectivos Projetos Finais de
Engenharia.
ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS

6.5 PREÇO TOTAL DA OBRA

Vencidas todas as etapas precedentes, o Preço Total da Obra será


obtido pelo simples somatório do valor de todos os serviços
necessários à sua execução integral. Este Preço pode ser apresentado
em diferentes níveis de agregação, explicitando subtotais referentes a
itemização do orçamento, em grau de detalhamento conveniente ao
fim a que este se destina.
ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS

Exemplo BR-101/SC:

QUADRO G.05 – Planilha para orçamento no modelo do DNER.


Nome da empresa
Obra: Pág. ___/___
Cliente: Data: __/__/__
Local da obra:
Preço unitário Preço total
Item Descrição Unid. Quantidade SEM COM SEM COM
BONIF. BONIF. BONIF. BONIF.
Escavação, Carga e Transporte de
01 Mat. de 1ª Categoria DMT 15000 a m³ 31.000 9,41 12,78 291.710,00 396.180,00
20000 m com Caminhão
Custo total da obra 83.532.469,40
ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS

Exemplo BR-101/SC: cont.

QUADRO G.06 – Cronograma físico-financeiro no modelo do DNER.


Nome da empresa
Pág. ___/___
Obra:
Data:
Cliente:
__/__/__
Local da obra:
Períodos
Item Serviço UNID.
01 02 03 04 05 ... N
...
Valores simples do período
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Percentual simples
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Valores acumulado do ...
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
período
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Percentual acumulado
FIM

CONTATO

Fone: (51) 9109-3350

E-mail: albuquerque.f.s@uol.com.br

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