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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
TOCANTINS CAMPUS PALMAS

Curso: Licenciatura em Educação Física


Disciplina: Metodologia do Ensino do Handebol
Professor: Sergio R. dos Santos

O ENSINO DO HANDEBOL UTILIZANDO-SE DO MÉTODO PARCIAL

Profa. Livre-docente da Faculdade de Educação Física - Unicamp (Brasil) Heloisa


Helena Baldy dos Reis

Resumo
Este texto é resultado de pesquisa bibliográfica que teve como objetivo o estudo da
literatura específica do ensino dos esportes coletivos em todos os ambientes, para
apreendermos qual era o principal método sugerido para o ensino do handebol.
Hegemonicamente até a década de 1990 o método parcial era o referencial de ensino
veiculado na literatura de Educação Física e Esporte. A pesquisa foi realizada nas
bibliotecas das Universidades Públicas Paulistas. E a proposta de exercícios foi
elaborada a partir dos princípios deste método de ensino.
Unitermos: Iniciação esportiva. Handebol. Pedagogia do esporte

INTRODUÇÃO

Os conteúdos de quaisquer áreas do conhecimento podem ser transmitidos de


diversas maneiras que são denominadas em educação como métodos de ensino.

Este texto trata o handebol como um conteúdo clássico da cultura corporal, portanto
um conteúdo tradicional principalmente da Educação Física escolar. Entendemos
também que o ensino dos esportes coletivos não se restringe ao âmbito escolar, pois há
várias instituições de educação não formal ou mesmo instituições de outra natureza que
se dedicam ao ensino de esportes. O texto tratará especificamente do ensino do
handebol utilizando-se do método parcial e em qualquer ambiente, pois no que tange ao
método de ensino este pode ser aplicado em qualquer instituição que se proponha a
ensinar o handebol.

Os professores e os autores que optam pelo ensino através do método parcial


acreditam que os conteúdos esportivos da Educação Física devem ser ensinados por
etapas a partir do ensino fragmentado dos fundamentos dos esportes - através da
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seriação de exercícios, para após o domínio dos gestos técnicos específicos de cada
fundamento o jogo propriamente dito ser vivenciado (praticado).

A literatura específica da área 1 até meados da década de 1990 não fazia menção a
uma continuidade no processo de ensino-aprendizagem do método parcial em direção a
aquisição de conhecimentos sobre as táticas individual, grupal e coletiva. Normalmente
a produção da área apresentava o ensino do esporte específico mencionando os seus
fundamentos e exemplificando com exercícios de como ensiná-lo, além de apresentarem
justificativas limitadas e questionáveis para os dias atuais, referente às restrições
orgânicas da pratica de determinadas atividades físicas para crianças e adolescentes do
sexo feminino, servindo apenas para a criação de mitos e preconceitos2.

O objetivo desse trabalho é apresentar o método parcial situar, alguns conceitos


e diferenciar a nossa opção metodológica no ensino do handebol, porque ainda hoje, a
opção pelo método parcial no ensino do handebol é predominante na maioria dos cursos
de licenciatura em Educação Física, o que nos permite deduzir que possivelmente
muitos profissionais continuam tendo apenas este modelo de ensino para os esportes
coletivos e especificamente para o handebol. Todos os métodos de ensino têm
vantagens e desvantagens em adotá-los, o importante é ter consciência dos objetivos a
atingir e conhecermos as necessidades e características de cada faixa etária, e optarmos
por um método de ensino que leve nossos alunos a atingir os objetivos almejados de
forma eficiente e respeitando as características bio-psico-social de cada grupo social. O
fundamental para a boa docência é a consciência através do conhecimento de qual
método adotarmos em função dos objetivos que temos. Porém, a opção de ensino de
qualquer conteúdo através de um determinado método está imbuída de uma determinada
visão de educação e de sociedade a qual nos dará elementos para a construção do
projeto de ensino que será sempre um projeto político-pedagógico.

Particularmente, apoiada nos estudos da pedagogia do esporte referenciados no novo


conceito de treinamento esportivo sugerimos o ensino de handebol através de outro
método de ensino – aprendizagem - treinamento diferente do método parcial, porém este
trabalho irá abordar apenas o método parcial, porque o nosso objetivo é contextualizá-lo
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na produção da área e apresentar alguns meios didáticos para a utilização do mesmo,


além de abordar os limites e as vantagens deste método ainda hegemônico na área de
Educação Física.

Alertamos os nossos leitores para a necessidade de se ensinar os esportes coletivos


em geral e especificamente o handebol visando a aprendizagem do jogo propriamente
dito para que os indivíduos caso não optem por uma carreira de atleta possam ter os
conhecimentos necessários para a vivência dos jogos coletivos esportivizados como
possibilidades de suas atividades de lazer, tanto no âmbito da vivência como da fruição
(assistência), porém que nesta última forma eles tenham conhecimentos específicos para
que os alunos tornem-se espectadores ativos3.

1. CONTEÚDOS DO HANDEBOL

Os conteúdos específicos do handebol podem ser classificados em: progressões,


fundamentos, táticas individuais ofensivas, táticas individuais defensivas, táticas
coletivas ofensivas, táticas coletivas defensivas, os postos específicos ofensivos e os
postos específicos defensivos. Porém as propostas didáticas do método parcial
apresentam apenas os fundamentos e as progressões, como conteúdos do handebol.

Progressões - são quase todos os deslocamentos feitos com ou sem a posse da bola.
Com a posse da bola ele pode ser realizado através de um, dois ou no máximo três
passos em qualquer direção ou mesmo sem deslocamento. Lembramos que um passo no
handebol é dado toda vez que se levanta um dos pés do chão e se torna a colocá-lo
(apoiá-lo).

2. OS FUNDAMENTOS DO HANDEBOL

São movimentos fundamentais do handebol que são executados segundo um


determinado gesto técnico que é a forma "correta" de execução de um movimento
específico, descrito biomecanicamente. Por exemplo: O gesto técnico do passe de
ombro no handebol - é a execução desse tipo de passe com o menor desperdício de
energia, com a maior rapidez e velocidade, portanto com maior eficácia.

A seguir descreveremos os diversos fundamentos do handebol.


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Empunhadura - é a forma de segurar a bola de handebol com uma das mãos. A mesma
deve ser segurada com as falanges distais dos cinco dedos abertos e com a palma da
mão em uma posição ligeiramente côncava.

Observações: os dedos devem abarcar a maior superfície possível da bola, os dedos


devem exercer uma certa força (pressão) na bola para que ela esteja bem segura. Sendo
que a pressão exercida pelos dedos polegar e mínimo é muito importante para o êxito da
empunhadura.

Recepção - Deve ser feita sempre com as duas mãos paralelas e ligeiramente côncavas
voltadas para frente. Recentemente os atletas utilizam-se comumente também da
recepção com uma das mãos. Então, apesar da literatura específica sobre o método
parcial haver considerado esse uso habitual recente como um erro, a prática atual e sua
eficiência em diversas situações têm nos dado os elementos necessários para indicarmos
o ensino e treinamento da recepção com uma das mãos como um elemento necessário
para o jogo de handebol. A recepção pode ser classificada em: alta, média e baixa
dependendo da altura que a bola seja recepcionada.

Passes - São movimentos que permitem a bola ir de um jogador a outro, desta forma ele
necessita sempre da interdependência de no mínimo duas pessoas. Os tipos de passes
podem ser classificados da seguinte maneira:
 Passes acima do ombro: podem ser realizados em função da trajetória da
bola para frente ou oblíquo, sendo que ambos podem ser: retificado ou
bombeado.
 Passes em pronação: lateral e para trás.
 Passes por de trás da cabeça: lateral e diagonal.
 Passes por de trás do corpo: lateral e diagonal.
 Passe para trás: na altura da cabeça com extensão do pulso.
 Passe quicado: quando a bola toca o solo uma vez antes de ser
recepcionado pelo companheiro, nesse tipo de passe a bola é atirada ao
solo em trajetória diagonal.
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Greco & Ribas (1998) apresentam o passe em trajetória parabólica.

Nem todos os passes acima descritos foram apresentados pela literatura específica do
método parcial do ensino do handebol. A literatura apresentava até meados de 1990
apenas os seguintes tipos de passes no handebol: acima do ombro, por trás da cabeça -
sem as classificações em função de trajetórias, por trás do corpo - também sem as
classificações em função de trajetórias e o passes quicado. A respeito do passe de
ombro, a literatura não incluía os passes retificado e bombeado como uma variação do
passe de ombro.

Arremesso - É um fundamento realizado sempre em direção ao gol. A maioria dos


arremessos pode ser denominada "de ombro" e seguem basicamente a mesma descrição
de movimento a seguir - a bola deve ser empunhada, palma da mão voltada para frente,
cotovelo ligeiramente acima da linha do ombro, a bola deve ser levada na linha
posterior a da cabeça e no momento do arremesso ser empurrada para frente com um
movimento de rotação do úmero.

Os arremessos podem ser classificados em função da forma de execução:



Com apoio - significa que um dos pés do arremessador ou ambos
esteja(m) em contato com o solo.

Em suspensão - significa que no momento do arremesso não há apoio de
nenhum tipo do arremessador com o solo.


Com queda - significa que após a bola ter deixado a mão do
arremessador, o mesmo realiza uma queda, normalmente a mesma se dá
dentro da área adversária e de frente - arremesso bastante comum entre
os pivôs e eventualmente entre os pontas.


Com rolamento - significa que após a bola ter deixado a mão do
arremessador, o mesmo realiza um rolamento, na maioria das vezes um
rolamento de ombro. Este tipo de arremesso é mais comum entre os
pontas4 e eventualmente por pivôs. 5
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Drible - É o movimento de bater na bola contra o solo com uma das mãos estando o
jogador parado ou em movimento.

Ritmo Trifásico - (conhecido entre os atletas como "3 passadas") é considerado pela
literatura específica do método parcial como um fundamento onde o jogador dá três
passos à frente e em direção a meta adversária com a posse da bola.

Duplo Ritmo Trifásico - (conhecido entre os atletas como "dupla passada") é


considerado pela literatura específica do método parcial como um fundamento onde o
jogador dá "sete" passos com a posse da bola, sendo obrigatoriamente realizados à
frente, da seguinte forma: os três primeiros passos são dados com a posse da bola
imediatamente após ter recebido a mesma, e simultaneamente na execução do quarto
passo o jogador terá que quicar a bola no solo uma vez, tornar a empunhá-la e dar mais
três passos com a bola dominada. Ao final do sétimo passo ele terá obrigatoriamente
que passar ou arremessar a bola. A literatura indica que o primeiro passo deverá ser
executado com a perna contrária ao braço que realizará o arremesso.

3. O MÉTODO PARCIAL NA FASE INICIAL DO PROCEDO DE ENSINO –


APRENDIZAGEM - TREINAMENTO DO HANDEBOL

Até meados da década de 1990 a literatura sobre os jogos coletivos esportivizados


(esportes coletivos) era baseada no princípio analítico-sintético que apresentava como
seu principal método de ensino dos esportes coletivos o método parcial. Este surgiu das
experiências positivas dos treinamentos de esportes individuais como o atletismo e a
natação.

Na época foi a principal proposta de ensino dos jogos coletivos esportivizados,


baseando-se no princípio analítico-sintético os autores e estudiosos da área passaram a
descrever como deveria ser o ensino dos esportes coletivos. A lógica da proposta partiu
da fragmentação dos gestos técnicos do jogo, dividindo-os em partes (fundamentos) e
cada uma deles subdividos em movimentos mais simples, desta forma um passe no
handebol (por exemplo) deve ser ensinado após o domínio da empunhadura e
observando o posicionamento correto de ombro, braço, antebraço e mãos, assim como o
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posicionamento das pernas no momento de execução do mesmo. Para que o aluno


atingisse a performance sugeriu-se um aprendizado por partes e etapas

... com exercícios que apresentam uma divisão dos gestos técnicos, das técnicas, da ação
motora em seus mínimos componentes. O aluno conhece, em primeiro lugar, os
componentes técnicos do jogo através da repetição de exercícios de cada fundamento
técnico, os quais são logo acoplados a séries de exercícios, cada vez mais complexos e
mais difíceis; à medida que a ajuda e a facilitação diminuem, gradativamente aumenta a
complexidade e a dificuldade das ações. À medida que o aluno passa a dominar melhor
cada exercício, passa-se a praticar uma nova seqüência. Estes movimentos já dominados
passam a ser integrados em um contexto maior, que logo permitirão o domínio dos
componentes básicos da técnica inerente ao jogo esportivo, na sua situação do modelo
ideal, orientado ao gesto do campeão, realizando-se, desta forma, o processo de ensino –
aprendizagem - treinamento do esporte (Greco, 1998, p. 41).

As aulas ou treinamentos baseados neste tipo de método sempre começam com um


aquecimento e na seqüência é apresentado normalmente pelo professor o exercício que
deve ser feito e repetido até o seu domínio, ao comando também do professor outras
propostas de exercícios vão sendo apresentadas por ele. A vivência do jogo
propriamente dito fica restrita a alguns minutos finais da aula ou treino, onde são
avaliados os gestos técnicos ensinados até o momento. O jogo pode aparecer também
em muitos casos como um momento de descontração, pois as séries de exercícios
muitas vezes são monótonas e desmotivantes, e nesse caso o jogo livre seria uma forma
de "premiação" aos alunos.

Na fase inicial do processo de ensino – aprendizagem - treinamento do handebol não


apontamos vantagens (de um modo geral) do uso deste método porque ele não contribui
para a formação do "jogador inteligente" e restringe-se apenas a aquisição de gestos
técnicos específicos por meio da repetição de movimentos até alcançar-se sua
automatização, isso em uma idade em que as crianças deveriam vivenciar o jogo tanto
pelas características da infância como pela possibilidade na aquisição de conhecimentos
táticos do jogo coletivo (ainda não específicos de um único esporte) que serão
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importantíssimos nas fases subseqüentes do processo de ensino – aprendizagem-


treinamento.

O novo conceito de treinamento esportivo prevê o aprimoramento da técnica


específica apenas entre as fases de direção e especialização (Greco, 1998, p. 77). Então,
nesta fase, os exercícios sugeridos no método parcial poderiam ser bons exemplos no
aperfeiçoamento da técnica específica do esporte ensinado.

Porém, é indiscutível que o método parcial: 1. aperfeiçoa a técnica; 2. facilita a


aprendizagem das técnicas por meio da fragmentação dos movimentos e pelos níveis de
dificuldade; 3. facilita o domínio dos fundamentos pela repetição e automatização dos
gestos. No entanto, ele também cria limites como: 1. inibe a criatividade; 2. favorece a
imitação; 3. determina as ações; 4. não permite o aprendizado tático do jogo; 6.
desmotiva a criança, que é especialista em brincar e fica submetida desde muito cedo a
exercícios mecânicos.

4. Propostas de atividades para o ensino do handebol baseada no método parcial

A seguir apresentaremos algumas sugestões de exercícios para o ensino dos


fundamentos do handebol seguindo o princípio analítico-sintético do método parcial.

Para iniciar o desenvolvimento de qualquer fundamento com os alunos, é necessário


que o professor ou técnico inicialmente explique o que é cada um deles e qual é a forma
correta para realizá-lo.

Empunhadura
Exercício 1: Empunhadura Individual
Descrição:
Posição Inicial: Todos os jogadores, livres pela quadra, com bola na mão.
Tarefa: Segurar a bola de forma correta, onde a superfície de contato é realizada pela
superfície dos dedos e pela face palmar média da mão.

Variações:
 Para elevar o nível de complexidade, o aluno deve passar a bola de uma
mão para a outra, sem que esta bola escape.
 Utilizar duas bolas, uma em cada mão.
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Exercício 2: Empunhadura em Duplas


Descrição:
Posição Inicial: Em duplas, os jogadores posicionados um frente para o outro, com os
braços estendidos a frente do ombro, a uma distância de no máximo 1 metro. Os dois
jogadores segurando a mesma bola, utilizando o exercício da empunhadura.
Tarefa: Cada jogador deve utilizar a força na realização da empunhadura para conseguir
puxar a bola. Caso algum jogador consiga puxar, retornar ao início do exercício para
realizá-lo novamente.

Variações:
 Utilizar o braço estendidos a frente do abdômen
 Criar novas posições para o braço que irá realizar a empunhadura.

Passes/recepção

Exercício 1: Passe acima do ombro na parede


Descrição:
Posição Inicial: O exercício será realizado individualmente, ficando o jogador de frente
para a parede, a qual realizará o passe.
Tarefa: Lançar a bola contra a parede e recebê-la novamente. Neste momento o
professor deve individualmente realizar correções, principalmente sobre a posição do
cotovelo, que deve estar ligeiramente acima da linha do ombro.

Variações:
 Realizar o passe com ambas as mãos, notando a diferença entre as duas.
 Realizar neste mesmo exercício o passe picado, onde a bola deve bater
no solo, depois na parede e retornando à mão do jogador logo em
seguida.
 Determinar alvos na parede (círculos desenhados) para treinar a precisão
do passe.
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Exercício 2: Passe acima do ombro em duplas


Descrição:
Posição Inicial: O exercício será realizado em duplas. Os jogadores devem se posicionar
de frente, um para o outro, à uma distância de aproximadamente quatro metros.
Tarefa: Realizar o passe para o outro jogador e recebê-la novamente. Neste momento o
professor deve individualmente realizar correções, principalmente sobre a posição do
cotovelo, que deve estar ligeiramente acima da linha do ombro. Como o passe ainda não
estará sendo realizado com perfeição, é interessante abordar as formas de recepção, para
que o aluno a realize, independente da posição em que ela for recebida(alta, média e
baixa).

Variações:
 Realizar uma série de passes com a mão direita e outra série com a mão
esquerda, notando a diferença entre as duas.
 Realizar neste mesmo exercício o passe quicado, onde a bola deve bater
no solo.
 Aumentar a distância entre a dupla.
 Determinar o local onde a bola deve ser recepcionada.

Arremesso
Exercício 1: Arremesso com apoio parado
Descrição:
Posição Inicial: Todos os jogadores parados e espalhados atrás da linha de seis metros,
de frente para o gol, sem goleiro.
Tarefa: Um aluno de cada vez deve arremessar a bola para o gol.

Variações:
 Determinar o local para a realização do arremesso (exemplo: ângulo
superior esquerdo).
 Cinco alunos com uma bola distribuídos atrás da linha de seis metros
(nos postos específicos ofensivos de pontas e armadores), ao sinal do
professor ou técnico, todos devem arremessar a bola ao mesmo tempo.
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 Utilizar uma seqüência, onde cada jogador arremessa por vez, utilizando
assim o goleiro.

Exercício 2: Arremesso com apoio com deslocamento


Descrição:
Posição Inicial: Uma coluna de jogadores nas posições do armador central, cada jogador
com uma bola.
Tarefa: Realizar o arremesso, de forma livre, sem cobrar o ritmo trifásico. O arremesso
pode ser realizado entre os nove e seis metros. Neste momento o professor pode corrigir
a posição do cotovelo, bem como do pé de apoio no chão, que deve ser contrário ao
braço de arremesso.

Variações:
 Realizar arremessos alternando os braços.
 Determinar o local que a bola deve atingir o gol (determinado pela
divisão do gol em partes)
 Aumentar a distância do arremesso, em relação ao gol.
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Exercício 3: Arremesso em suspensão


Descrição:
Posição Inicial: Três filas nas posições de armador central, armador esquerdo e armador
direito.
Tarefa: Cada jogador deve realizar o arremesso em suspensão. Neste momento o
professor não deve interferir na forma de deslocamento do jogador (drible, ritmo
trifásico). Ele apenas deve realizar as correções no apoio do pé que irá impulsionar o
jogador para o arremesso em suspensão.

Variações:
 Utilizar um cone (deitado) para o jogador pular durante a fase aérea do
arremesso em suspensão.
 Aumentar a distância do arremesso para o gol.
 Variar as posições de arremesso, de acordo com a posição inicial.
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Drible

Exercício 1: Drible Individual


Descrição:
Posição Inicial: Cada jogador com uma bola, espalhados pela quadra.
Tarefa: Realizar o drible numa seqüência que será descrita pelo professor, ao mesmo
tempo em que ele realiza as correções necessárias sobre a posição da mão e do braço em
relação a bola.

Variações:
 A seqüência das variações fará o nível de complexidade crescer da
seguinte forma: driblar parado em pé, driblar abaixando-se até sentar,
driblar deitado até erguer-se novamente, deslocar-se andando, deslocar-
se correndo, realizar paradas bruscas, realizar mudanças de direção e
realizar tudo isso com ambas as mãos.

Exercício 2: Drible utilizando cones


Descrição:
Posição Inicial: Uma coluna no final da quadra de frente para uma coluna de cones
colocados a diferentes distâncias um do outro.
Tarefa: O jogador deve driblar inicialmente andando e depois correndo, assim como
com uma mão e depois com a outra, realizando o deslocamento em zigue-zague entre os
cones.

Variações:
 Diminuir o espaço entre os cones.
 Fazer o retorno nestes mesmos cones, de costas.
 Utilizar o contorno (giro em volta do cone) para alguns cones.
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Progressão
Exercício: Progressão com 3 passos
Descrição:
Posição Inicial: Vários tipos de materiais posicionados entre a linha de seis metros e a
linha de nove metros, entre eles: 3 cordas esticadas, 3 arcos, 3 pés (formato) desenhado
no chão, etc.
Tarefa: Os atletas devem realizar uma progressão com três passos para frente utilizando
a posição correta dos pés de acordo com os materiais e/ou as sinalizações feitas no chão.

Variações:
 Realizar três passos andando.
 Realizar três passos correndo.
 Estimular um aumento progressivo da velocidade de execução;
 Aumentar a amplitude das passadas
 Incluir um salto no final da realização do ritmo trifásico

Ritmo trifásico
Exercício 1: Ritmo trifásico
Descrição:
Posição Inicial: Idem ao exercício anterior, só que com a bola empunhada.
Tarefa: Idem ao anterior, utilizando a bola e uma das mãos.

Variações:
 Idênticas às do exercício anterior.
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Exercício 2: Ritmo trifásico com finalização


Descrição:
Posição Inicial: Idem ao exercício anterior, porém cada jogador com a bola empunhada
de frente para o gol, próximo da linha de 9 metros, para realizar o arremesso.
Tarefa: Idem ao anterior e arremessar para o gol.

Variações:
 Aumentar a velocidade de execução.
 Aumentar a distância do gol.

Notas
1. Sobre o tema consultar Reis (1994).
2. Sobre o tema dos mitos e preconceitos em relação a pratica esportiva
feminina ver Reis (1996) e Lessa (2003).
3. Conceito de Dumazedier.
4. Por alguns profissionais denominados de alas.
5. Observamos no Campeonado Mundial Juniores Masculino de 2003,
realizado em Foz do Iguaçu, o desuso deste tipo de arremesso. Em
âmbito de campeonatos internacionais houve nas últimas décadas um
incremento nos arremessos com apoio.

Referências bibliográficas
 Greco, Pablo Juan. In: Greco, P.J. & Benda, (orgs.) Iniciação Esportiva
Universal: v.1, 1998, pp.
 Greco, Pablo Juan. Revisão da metodologia aplicada ao ensino-
aprendizagem dos jogos esportivos coletivos. In: Greco, Pablo Juan.
Iniciação Esportiva Universal: v.2, 1998, pp. 39-56.
 Lessa, Eriberto de Moura. As relações entre futebol, lazer e gênero.
Campinas: 2003 (Mestrado em Educação Física) - Faculdade de
Educação Física, Unicamp.
 Reis, Heloisa Helena Baldy dos. O ensino dos jogos coletivos
esportivizados. Santa Maria: 1994 (Mestrado em Ciência do Movimento
Humano) - Centro de Educação Física e Desportos, UFSM.
 ________. Fútbol feminino en el país del fútbol: mitos, preconceptos y
desafíos: un abordaje cultural. Nexosport, n. 164, nov. 1996.

Referência Bibliográfica:
http://www.efdeportes.com/efd93/handebol.htm, acessado: 29-06-
2016, as 14:45h

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