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Internacionais- Aula 11
Martin White- Pai da escola inglesa: perspectiva histórica
A escola inglesa compreende uma série de teóricos ingleses e perdura até os dias de
hoje como uma importante tendência de análise das Relações Internacionais
Credita ao direito internacional e suas normas formadas podendo e positivada ou não
como um dos elementos fundamentais para descrição das relações internacionais
vindo das influencias tradicionalista.
Bull vai fazer algumas concessões de elementos liberais dando importância : justiça
internacional, direito internacional e instituições internacionais/ sem abrir mão dos núcleos
duros dos realistas: os Estados
“Não é só anarquia, não é só cosmopolitismo” -> são chamados de realistas softs ou 3ª via
Carr- polariza liberais e realistas e a escola inglesa se encaminha como meio termo:
Sociedade anárquica: Por mais que haja elementos de sociabilização, esses elementos não
são chegam ao ponto de conformar um estado supranacional capaz de exercer governo. Existe
a ordem, mas não o governo. O elemento da anarquia se da pela ausência dessa autoridade
central acima dos estados capaz de criar e impor as regras de convivência entre os estados, é a
ausência de “um estado acima dos estados” capaz de delimitar o estado de natureza e eliminar
a anarquia.
Sem anarquia não há soberania (autonomia) ou sistema internacional, pois é a
soberania que é definidora das unidades de analisa de um sistema, que é os Estados
É a preservação da soberania é interna e externa são mantidas quase que inteiramente
pelos Estados nacionais. A soberania interna é máxima autoridade que os estados têm
para regular domesticamente as relações e dos regimentos entre os cidadãos. O grande
elemento da soberania doméstica é a possibilidade de formular as leis e a legitimidade
para proteger e garantir a soberania interna através do monopólio do uso da força.
Não há sociedade sem Sistema Internacional: A partir da perspectiva da escola inglesa Bull
faz é uma análise das sociedades primitivas, uma recuperação histórica para dizer que há
sistemas que conformam sociedades, mas não ha sociedades sem sistema internacional. Ele
usa os exemplos nas comunidades primitivas para mostrar que havia elementos de
sociabilização antes do experimento do Estado moderno, inclusive elementos de punição
através de direito consuetudinário.
O Estados não são tão vulneráveis em relação a violência física quanto os indivíduos
Hobbesianos.
A vulnerabilidade do Estado é diferente da vulnerabilidade do indivíduo. A ausência
de um governo supranacional não significa ausência de todas as atividades
Sob a ideologia do estado de natureza Hobbesiano o que leva os indivíduos assumirem
o contrato social é o medo, o interesse pela sobrevivência. No plano internacional essa
motivação é diferente por mais que não haja o contrato social, todas as formas de
convergência de atitudes relacionadas ao comportamento dos Estados acontecem
menos pelo medo e mais justamente pelos ganhos de interesses em comum (se
aproxima mais do estado de natureza lockeniano) - >crítica indireta à teoria realista.
“Não há uma guerra de todos contra todos e não há também em uma paz kantiana”
Bull nega o raciocínio que coloca a ideia Hobbesiana dessa analogia interna-os indivíduos
estão para o contrato social e o leviatã, assim como os estados estão pela ausência desse
leviatã, a anarquia internacional.
A partir disso se encontra a perceptiva dessa relação internacional para além de uma guerra de
todos contra todos- e a ideia da sociedade internacional que vai existir sem que a soberania
seja integralmente sacrificada. A soberania interna e soberania externa é o reconhecimento
coletivo da autonomia e independência dos Estados no plano internacional e não interferência.
Na medida em que a S. I incrementa a teia de relacionamento fica cada vez mais densa a
partir disso Bull afirma que para além desse sistema internacional temos a sociedade
internacional, não existem apenas estados que se coexistem e possuem alguma importância
uns para os outros, mais do que isso há configuração de algo para além das somas das partes:
Bull vai perguntar: como podemos dizer que há uma sociedade anárquica de guerras de todos
contra todos quando na verdade temos um refinamento nas relações internacionais a ponto de
termos a evoluções do direito e organizações internacionais?
Bull vai trazer da análise dos exemplos históricos mostrando que os Estados conformam a
sociedade internacional porque tem interesse na manutenção da ordem, analogia entre ordem
social e internacional.
Ordem social:
1-vida
2-verdade
3-propridade
Sociedade mundial: relações acontecem no espaço mundial a partir não da mediação dos
Estados mas diretamente entre os indivíduos e autoridade mundial (perpectiva kantiana ao
extremo: direitos universais que coloca a ação de direitos e deveres uns aos outros)
Os Estados só estabelecem as regras porque tem interesses em comuns porque tem valores
comuns, e são a partir disso que vão construir instituições que irão ser aceitas coletivamente
entre os Estados.
Evolução do S.I.