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Ciências Humanas
A estrutura urbana e a estrutura fundiária
Professor: Danuzio Neto
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Apresentação do professor e do curso

Olá, caro aluno, meu nome é Danuzio Neto, sou Auditor Fiscal
da Secretaria Estadual de São Paulo, e serei o seu professor de História
daqui pra frente.
Como concurseiro de longa data – além de exercer minhas
atividades na área fiscal, eu já tive também cargos no Tribunal Regional do
Trabalho da 16ª Região e, anteriormente, no Banco do Brasil – pretendo
passar um pouco da minha experiência em dez anos como concursado, para
facilitar a sua aprovação.
Ainda pra apoiá-lo sua vida, estarei à disposição em todos os
canais de comunicação disponíveis: o fórum, o whatsapp e o e-mail.
Então é isso, meu amigo(a). Sem mais delongas, vamos à nossa primeira
aula!

a. Teoria

A estrutura urbana brasileira e as grandes metrópoles

1. Os primeiros passos de uma estrutura urbana brasileira (Período


Colonial) – Principalmente no Nordeste e no Sudeste brasileiro, várias vilas
foram fundadas nas primeiras décadas do nosso período colonial. Dentre as
mais importantes, podemos citar: Igaraçu e Olinda em Pernambuco; Vila do
Pereira, Ilhéus, Santa Cruz e Porto Seguro na Bahia; São Vicente, Cananéia
e Santos em São Paulo. Salvador, que foi a capital do Brasil até 1763, quando
essa função foi transferida para o Rio de Janeiro, foi fundada em 1549. Em

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Vila do Pereira, na cidade soteropolitana, chegou toda sorte de colonos e


burocratas, por determinação do rei de Portugal, a fim de construir a
primeira capital brasileira. Só com muito “esforço” as vilas da colônia
conseguiam atingir o status de cidade, o que demandava reconhecimento
formal por parte da Coroa.

2. Histórico da estrutura urbana brasileira – Foi só a partir da proclamação


da República (1889) que as vilas passaram a ser chamadas de cidades e
seus territórios (independentemente se urbano ou rural) passou a ser
chamado de município. Por conta do tipo de acesso dos europeus ao território
brasileiro, e também pela facilidade de escoamento de mercadorias
nacionais, a ocupação do nosso território, ao longo da história, concentrou-
se em cidades localizadas na faixa litorânea. Isto aconteceu por conta do
processo de colonização do tipo agrário-exportador adotado no período, que
fez concentrar na região litorânea as atividades econômicas que deram
origem às primeiras cidades. Durante o ciclo do ouro da economia brasileira,
houve um intenso processo de urbanização, e também de efervescência
política e cultural em Minas Gerais, além da ocupação de Goiás e Mato
Grosso. Sobre a efervescência político-cultural de Minas, basta lembrarmos
que foi em suas cidades que houve, claro, a inconfidência mineira, além do
surgimento de grandes poetas do Arcadismo, como Cláudio Manoel da Costa
e Tomás Antônio Gonzaga. Com a decadência da mineração, as regiões mais
distantes do litoral, como Goiás e Mato Grosso, acabaram presenciando um
esvaziamento de suas terras. A partir de então houve uma grande migração
para a então província de São Paulo, onde se iniciava a cafeicultura. Essa
migração (e a cafeicultura) possibilitou o desenvolvimento de várias cidades
até hoje importantes, como Taubaté, Bragança e Campinas. O grande
desenvolvimento urbano e econômico da capital São Paulo só se deu com o
advento do café.

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3. As cidades têm custo – Em 1953, havia 2273 municípios no Brasil. Em


1980, esse número passou para 3991, e apenas duas décadas depois, em
2000, quando foi realizado o último Censo, o Brasil já tinha 5561 municípios,
representando um aumento de quase 40%. Atualmente, segundo números
do IBGE, são 5570 municípios brasileiros, mais que o dobro do registrado
em 1953. Apesar de numerosos, o certo é que muitos desses municípios não
têm, sequer, arrecadação suficiente para manter as suas próprias despesas
– como gastos necessários para manter a câmara municipal ou o
secretariado do prefeito. Considerando-se a viabilidade financeira desses
novos municípios, ou seja, a relação entre receitas (entrada de recursos por
meio de tributos e repasses de verbas de outras esferas, estaduais e
federais) e despesas (manutenção de escolas, ruas, estradas e
abastecimento de água, além dos custos para manter a máquina
administrativa), chega-se à conclusão que nem sempre há condições para a
devida “sobrevivência” autônoma desses municípios. Assim, muitos deles se
tornam deficitários e altamente dependentes de auxílio estadual e federal –
piorando ainda mais o déficit público.

4. A criação de um novo município aos olhos da população – A criação


de um novo município, no entanto, continua acontecendo mesmo que não
haja viabilidade financeira. Dentre outros motivos, este evento ainda ocorre
porque, aos olhos da população local, uma municipalidade mais próxima
parece dar maior dignidade à comunidade. Em geral, a população dos
distritos mais afastados da sede municipal sente-se marginalizada e
reivindica mais atenção e investimentos, o que faz com que ela apoie
iniciativas “autonomistas”. A possibilidade de serem criados novos cargos de
prefeito, vereadores, secretários, cargos comissionados, ainda faz com que
muita gente veja o inchaço da máquina pública como uma “oportunidade
profissional”. A fim de tentar frear um pouco este ímpeto de criação
desenfreada de municípios, a Lei de Responsabilidades Fiscal, a partir de

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2001, estabeleceu certa autonomia econômica aos distritos e regulamentou


as condições de repasse de verbas entre as esferas de governo (municipal,
estadual e federal).

ETAPAS DO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO DA


REDE URBANA BRASILEIRA

5. O processo de urbanização e estruturação da rede urbana brasileira em


quatro etapas.

6. Até a década de 1930 (etapa 1) – Com menor integração entre as


diferentes regiões do país, até a década de 1930 as migrações e o processo
de urbanização orbitavam principalmente em escala regional, com as
respectivas metrópoles funcionando como polos de atividades fabris e
comerciais. Assim, observa-se que as atividades econômicas que
impulsionaram a urbanização desenvolviam-se de forma independente e
esparsa pelo território nacional. Havia um início de integração econômica
entre São Paulo (região cafeeira), a Zona da Mata nordestina (cana-de-
açúcar, cacau e tabaco), o Meio-Norte (algodão, pecuária e extrativismo
vegetal) e a região Sul (Pecuária e policultura), mas esta ainda se mostrava
muito incipiente. Com a modernização da economia, no entanto, as regiões
Sul e Sudeste formaram um mercado mais integrado que, posteriormente,
incorporou o Nordeste e, em fase posterior, também o Norte e o Centro-
Oeste.

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7. A partir da década de 1930 (etapa 2) – A partir da década de 1930,


assistiu-se à uma expansão da infraestrutura de transportes e de
telecomunicações do país, o que contribuiu para a maior unificação do
mercado nacional. Neste período, no entanto, ainda havia uma tendência à
concentração das atividades urbano-industriais na região Sudeste, o que
contribuiu para uma atração populacional para esta região. Foi assim que,
principalmente para as metrópoles de São Paulo e do Rio de Janeiro, os
grandes polos industriais do Sudeste, começou a afluir um contingente de
mão de obra gigantesco vindo de regiões que não apresentavam o mesmo
ritmo de crescimento econômico. Foi bastante intenso, especialmente, o
fluxo de mineiros e nordestinos para as duas metrópoles. Como resultado,
estas cidades, que não possuíam infraestrutura para receber tal demanda,
começaram a se tornar centros urbanos caóticos.

8. Entre as décadas de 1950 e 1980 (etapa 3) – Entre as décadas de 1950


e 1980, o êxodo rural e a migração inter-regional se intensificaram, com
aumento ainda mais veloz da população metropolitana nas regiões Sudeste,
Nordeste e Sul. Nesse período, o aspecto mais marcante da estruturação da
rede urbana brasileira foi a concentração acentuada da população em
grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, dentre outras que tiveram
grande crescimento.

9. Da década de 1980 aos dias atuais (etapa 4) – Diferente dos dois


períodos anteriores, em que o fluxo migratório dava-se principalmente para
as grandes metrópoles, observa-se, da década de 1980 até os dias atuais,
que o maior crescimento tende a ocorrer nas metrópoles regionais e nas
cidades médias, com predomínio da migração urbana-urbana – e não mais
rural-urbana, como antes. Atualmente, observa-se um grande deslocamento
de população das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, por exemplo,

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para as cidades médias, tanto dentro da região metropolitana quanto para


outras mais distantes – ou até mesmo para cidades de outros estados. Essa
mudança na direção dos fluxos migratórios e na estrutura da rede urbana é
reflexo de uma crescente reestruturação e integração dos espações urbano
e rural, o que muito contribui para a dispersão e desconcentração das
atividades econômicas. Desta forma, surgem novos centros regionais e
forças econômicas emergentes. Esclareça-se, no entanto, que as metrópoles
não perderam a sua primazia, o que aconteceu é que alguns papeis que até
então eram desenvolvidos apenas pelos maiores centros passaram a ser
desempenhados também por centros urbanos regionais.

10. O papel dos grandes centros – Apesar da descentralização das atividades


econômicas, como dito no item anterior, a globalização reforçou o papel de
comando de algumas cidades globais na rede urbana mundial, como é o caso
de São Paulo. Apesar de ter presenciado algumas de suas atividades terem
fluído para cidades do seu entorno, ou até mesmo para outros estados, a
metrópole paulistana é um importante centro de serviços especializados de
apoio a atividades produtivas, que, muitas vezes, saem dela em direção a
cidades menores e vice-versa. Ou seja, a metrópole deixa de ser um espaço
em si mesmo e ganha maior relevância ao se integrar com outras regiões.
O papel de comando de São Paulo, dessa forma, passou a ser potencializado
e atinge não apenas o território brasileiro, mas também a América do Sul.
Contribui ainda para este papel de controle dos grandes centros a mão de
obra de alta qualificação com que contam.

11. A fase da concentração – Já sabemos que foi a partir da década de 1930,


com a industrialização e a instalação de ferrovias, rodovias e novos portos
que se estruturou uma rede urbana em escala nacional. Isto aconteceu

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porque, até então, o Brasil era formado por “arquipélagos regionais” que se
comunicavam quase que exclusivamente com suas metrópoles e capitais
regionais. Em outras palavras, nesta fase as redes urbanas estavam
estruturadas apenas em escala regional, sendo ainda incipientes os fluxos
inter-regionais, o que muito contribuiu para a concentração urbana em
escala regional. Esta fase foi responsável por dar origem a importantes polos
de crescimento urbano econômico, o que fortaleceu o poder político em
grandes frações do território. É o caso de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador,
Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre, capitais
de estados que, posteriormente, constituíram regiões metropolitanas que
abrigavam aproximadamente 18% da população do país em 1950 e mais de
30% em 2008.

12. A atração que o Sudeste exerceu – Da revolução de 1930, responsável


por levar Getúlio Vargas ao poder, até meados da década de 1970, durante
o regime militar, o governo federal concentrou investimentos de
infraestrutura industrial – principalmente de produção de energia e sistema
de transportes – na região Sudeste, que, consequentemente, tornou-se
grande centro de atração populacional. Esta migração, principalmente em
virtude da modernização e diversificação das atividades desenvolvidas no
campo e da atração exercida pela cidade, acentuou-se a partir da década de
1950, período que assistiu a uma crescente migração da população do
campo para as grandes cidades. Como já é sabido, os migrantes que a região
Sudeste recebeu à época eram, em sua maioria, trabalhadores sem
qualificação e que aceitariam trabalhos mal remunerados. Por conta de estas
metrópoles não estarem preparadas para o fluxo migratório, estes
trabalhadores iriam se concentrar na periferia das grandes cidades, em
locais sem infraestrutura urbana adequada, como cortiços e favelas.

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13. Panorama sobre as regiões metropolitanas brasileiras – Para


prosseguirmos neste item, é necessário, antes de tudo, sabermos o que é
uma região metropolitana. A resposta para esta pergunta iremos encontrar
na Lei Complementar 14/1973, que criou as regiões metropolitanas no
Brasil, definindo-as como um conjunto de municípios contíguos que estão
integrados socioeconomicamente, com serviços públicos e infraestrutura
comuns. Atualmente (2017), há 37 regiões metropolitanas oficialmente
instituídas e três regiões integradas de desenvolvimento (Ride). Apesar de
inicialmente instituídas pela Lei Complementar, a Constituição de 1988
permitiu a estadualização do reconhecimento das metrópoles, conforme
artigo 35, parágrafo 3°: “Os Estados poderão, mediante lei complementar,
instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões,
constituídas por agrupamento de municípios limítrofes, para integrar a
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse
comum”.

14. As Rides – As regiões integradas de desenvolvimento também são regiões


metropolitanas, mas com a diferença de que os municípios que as compõem
se situam em mais de um estado e, por causa disso, são criadas por Lei
Federal. A primeira delas, por exemplo, engloba o Distrito Federal, alguns
municípios goianos do seu entorno e dois municípios mineiros.

15. O fenômeno da conurbação – À medida que as cidades vão se expandindo


horizontalmente, ocorre o fenômeno da conurbação, que é quando estas
cidades se tornam contínuas e integradas. Embora com administrações
diferentes, os seus problemas de infraestrutura passam a ser comuns ao
grupo de municípios que formam a região metropolitana.

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16. As cidades globais – Das metrópoles nacionais, São Paulo e Rio de Janeiro
são ambas consideradas cidades globais, por estarem mais fortemente
integradas, dentre outros, aos fluxos mundiais de comércio, informação e
transportes. É nessas cidades, principalmente em São Paulo, que estão as
sedes dos grandes bancos e das indústrias do país, os centros de pesquisa
mais avançados, as melhores universidades, os grandes grupos de
comunicação, os melhores hospitais.

Hierarquia e influência dos centros urbanos no Brasil

17. As cidades – As cidades, de acordo com a influência que exercem e a


complexidade de suas operações, organizam-se segundo níveis hierárquicos.
Estes níveis, como é intuitivo saber, possuem assimetrias pelo território
brasileiro. Por exemplo, o Centro-Sul do país possui uma rede urbana mais
estruturada com grande número de metrópoles, com capitais regionais e
centros sub-regionais bem articulados entre si. Já na Amazônia, as cidades
são esparsas e bem menos articuladas, o que leva centros menores a
exercerem o mesmo nível de importância na hierarquia urbana regional que
outros maiores localizados no Centro-Sul. Para analisar os fluxos no interior
de uma rede urbana, outro fator que deve ser levado em consideração é a
condição de acesso proporcionada pelos diferentes níveis de renda da sua
população. Um morador rico de uma cidade pequena, se comparado com um
morador pobre de uma grande metrópole, por exemplo, consegue
estabelecer muito mais conexões econômicas e socioculturais. Assim, e de
acordo com parâmetros do IBGE, as regiões de influência das cidades

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brasileiras são delimitadas principalmente pelo fluxo de consumidores que


utilizam o comércio e os serviços, tanto públicos quanto privados, no interior
da rede urbana. Com o advento das novas tecnologias de informação
(telefonia, internet, sistemas de rádio), a modernização e capilaridade do
sistema de transportes, além da ocupação de novas fronteiras econômicas,
podemos verificar a mudança substancial que ocorreu na dinâmica dos fluxos
de pessoas, mercadorias, serviços e informações pelo território nacional nos
últimos anos.

18. A hierarquia das regiões urbanas – É importante destacar que esta


classificação leva em conta, principalmente, as regiões de influência
econômica das cidades sem se preocupar com a classificação das regiões
metropolitanas legalmente reconhecidas. Apesar de não ter amparo legal,
esta classificação, além de ser importante para a iniciativa privada, tem
grande importância também para os governos de todas as esferas, que se
fazem valer dela para planejarem a distribuição espacial dos serviços
públicos oferecidos à população.

18.1. Metrópoles – São os principais centros urbanos do país e estão


divididas em três subníveis, segundo o tamanho e o alcance de sua
influência:

18.1.1. Grande metrópole nacional - São Paulo, a maior metrópole do


País, com aproximadamente 21 milhões de habitantes, ou 10% da
população nacional;

18.1.2. Metrópole nacional – Rio de Janeiro e Brasília, regiões que


também estendem seu poder de polarização em escala nacional, mas
num nível de influência menor que o de São Paulo;

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18.1.3. Metrópole – Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo


Horizonte, Curitiba, Goiânia e Porto Alegre, todas regiões com mais de
1,5 milhões de habitantes.

18.2. Capital Regional – Estão neste nível municípios com influência


regional. Apresenta três subdivisões:

18.2.1. Capital regional A – Cidades com média de 955 mil habitantes;

18.2.2. Capital regional B – Cidades com média de 435 mil habitantes;

18.2.3. Capital regional C – Cidades com média de 250mil habitantes.

18.3. Centro sub-regional – Estão neste nível municípios com


serviços menos complexos e área de influência mais reduzida.
Apresenta a seguinte subdivisão:

18.3.1. Centro sub-regional A: Cidades com média de 95mil habitantes;

18.3.2. Centro sub-regional B: Cidades com média de 71 mil


habitantes.

18.4. Centro de zona – Cidades de menor porte que dispõem apenas


de serviços elementares e estendem seu poder de polarização somente
às cidades vizinhas. Subdivide-se em:

18.4.1. Centro zona A – Cidades com média de 45mil habitantes;

18.4.2. Centro zona B – Cidades com média de 23mil habitantes.

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18.5. Centro local – Estão nestes níveis as demais cidades


brasileiras que não se encaixam nos demais níveis. Elas têm média de
8133 habitantes e seus serviços atendem apenas a população local e
não influenciam os municípios vizinhos de maneira relevante, apenas
são influenciados.

A Evolução da estrutura fundiária e os problemas demográficos no


campo

19. A agricultura familiar e a patronal – Apesar de ocuparem um segundo


plano no cenário nacional, por conta do domínio da grande propriedade, as
unidades familiares são elementos fundamentais no espaço geoeconômico
rural e estão à frente na produção de milho, batata, feijão, mandioca, carnes
suínas e de aves, ovos, leite, verduras, legumes e frutas. As grandes
propriedades produzem mais carne bovina, soja, cana-de-açúcar, laranja e
arroz.

20. A questão do censo agropecuário – Turma, especialmente neste tópico,


é importante termos em mente que os dados mais confiáveis foram
publicados há pouco mais de uma década, em 2006, quando o IBGE realizou
o último censo agropecuário. Novos dados, no entanto, devem ser
publicados em breve, já que a entidade está se organizando, neste segundo
semestre de 2017, para a realização de um novo censo nestes mesmos
termos. Segundo este último levantamento, existiam, em 2006, 4,4 milhões
de estabelecimentos de agricultura familiar, o que representava 84% do
total, apesar de ocuparem apenas 24% da área destinada à agropecuária.
Já as unidades não-familiares, ou patronais (cerca de 800 mil propriedades)

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representavam 16% do número de estabelecimentos e ocupavam 76% da


área total. Esses números indicam uma estrutura agrária ainda muito
concentrada no país, já que a área média dos estabelecimentos familiares
era de 18 hectares, e a dos patronais, de 309 hectares. Apesar disso, a
agricultura familiar, em 2006, foi responsável por 1/3 do Valor Bruto da
Produção (VBP). Segundo estes números, portanto, as propriedades
familiares são, no geral, mais eficientes que as propriedades patronais –
sendo que esta maior eficiência da agricultura familiar foi verificada em todas
as regiões brasileiras. Apesar desses números, sabe-se que nem todas as
unidades familiares possuem as mesmas condições de produtividade. É mais
provável, por exemplo, que uma família que tenha uma propriedade rural no
entorno de um grande centro urbano, e produza alimentos de forma
intensiva, tenha uma rentabilidade maior do que outra que pratique
agricultura extensiva em outra área mais distante.

21. As relações de trabalho na zona rural – Em 2006, aproximadamente


20% da PEA (cerca de 16,4 milhões de pessoas) trabalhava em atividades
agrícolas. Segundo os censos agropecuários do IBGE, entre 1996 e 2006,
cerca de 1,5 milhão de trabalhadores abandonaram as atividades
agropecuárias, o que significa uma redução de 8,5%. Com o aumento da
produtividade das terras brasileiras observada nos últimos anos, conjugado
com o alto número de desempregados do cenário atual, é possível que seja
observado no próximo censo um número ainda menor de trabalhadores
voltados para atividades agropecuárias.

22. O emprego e a agricultura familiar – Segundo o último censo


agropecuário, a agricultura familiar continua sendo a principal geradora de
empregos no campo – gerando mais empregos, no espaço rural, que o
turismo e toda cadeia de serviços a ele associadas (como restaurantes,

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hospedagens, guias). Apesar de toda essa importância, uma grande parcela


das pessoas ocupadas na agricultura familiar não consegue obter uma renda
mínima que lhes assegure condições dignas de vida. Para criar seus filhos e
sobreviver, muitos agricultores realizam trabalho em outros
estabelecimentos (familiares ou patronais), ou atuam em atividades não
agrícolas. Além disso, para muitas famílias a aposentadoria rural (de apenas
um salário mínimo) é a principal fonte de renda.

23. Trabalho familiar – É caracterizado pelo predomínio da mão de obra


familiar em pequenas e médias propriedades (representa cerca de 80% da
mão de obra nos estabelecimentos agrícolas). Quando a família obtém bons
índices de produtividade e de rentabilidade, raramente os seus membros
sentem necessidade de completar a renda com outras atividades. Esse tipo
de trabalho é encontrado no entorno das grandes cidades e em algumas
regiões agroindustriais, como na da laranja no estado de São Paulo e dos
frigoríficos no oeste catarinense. Há casos também em que as famílias
fornecem matéria-prima para as grandes empresas processadoras. Quando
a agricultura praticada pela família, no entanto, é extensiva e de
subsistência, os seus membros, geralmente, se veem obrigados a
complementar a renda como trabalhadores temporários em épocas de corte,
colheita ou plantio nas grandes propriedades agroindustriais – além de
buscarem também subempregos nas cidades.

24. Trabalho temporário – Os boias-frias (Centro-Sul), os corumbás (Nordeste


e Centro-Oeste) ou os peões (Norte) são trabalhadores diaristas e
temporários. Geralmente, recebem por dia, dispõem de trabalho somente
em determinadas épocas do ano e não possuem registro em carteira de
trabalho. É uma mão de obra que atende principalmente à agroindústria de
cana-de-açúcar, laranja, algodão e café, trabalhando apenas no período do

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plantio e da colheita. Há famílias que, embora possuam uma pequena


propriedade, fazem trabalhos avulsos em latifúndio, retornando depois para
casa. Aqueles que não têm propriedade trabalham como “volantes”, ou seja,
ao terminar a temporada de serviços em uma região, são deslocam-se para
outra para encontrar trabalho. Embora ilegal, essa relação de trabalho
continua existindo: os trabalhadores são contratados para intermediários,
conhecidos como “gatos”, que fornecem a mão de obra ao fazendeiro

25. Trabalho assalariado – Empregados em fazendas e agroindústrias,


segundo o IBGE, representam apenas 10% de mão de obra agrícola. Estes
trabalhadores possuem registro em carteira.

26. Parceria e arrendamento – Parceiros e arrendatários alugam a terra de


um proprietário para cultivar alimentos ou criar gado. A diferença entre
parceria e arrendamento se dá no tipo de contrapartida dada por aquele que
ocupa a terra. Se o aluguel for pago em dinheiro, dizemos que há
arrendamento; se o aluguel for pago com parte da produção, combinada
entre as partes, temos uma parceria. Caso a divisão seja feita meio a meio,
o parceiro será chamado de meeiro; caso seja de 1/3, ele será conhecido
como terceiro; caso seja de 1/4, como quarteiro.

27. Escravidão por dívida – Trata-se de aliciamento de mão de obra com falsas
promessas. Ao empregar-se na fazenda, o trabalhador é informado de que
está endividado e, como seu salário nunca é suficiente para quitar a dívida,
fica aprisionado sob vigilância de capangas armados a serviço do fazendeiro.

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28. Posseiros – São trabalhadores rurais que ocupam a terra sem ter o
correspondente título de propriedade. Muitos desses posseiros estão
engajados em movimentos sociais, como o MST (Movimento dos
Trabalhadores sem Terra). As primeiras ocupações do movimento se davam,
em geral, em fazendas improdutivas que se encaixavam nos pré-requisitos
constitucionais para a realização da reforma agrária. Nos últimos anos,
entretanto, tem se observado, com mais frequência, invasões de
propriedades produtivas, centros de pesquisas e órgãos públicos, o que
configura uma ação ilegal. Em muitos casos, os enfrentamentos decorrentes
dessas ações causam sérios conflitos de mortes entre lavradores, polícia e
jagunços. Algumas áreas de assentamento, com destaque às que se
organizaram em cooperativas, foram bem-sucedidas e prosperaram
bastante, mas os assentamentos desorganizados, realizados em áreas
desprovidas até mesmo de infraestrutura que permita o escoamento da
produção, fracassaram.

29. Grileiros – São os invasores de terras que conseguem, mediante corrupção,


escritura falsa da propriedade da terra. Costumam agir em áreas de
expansão das fronteiras agrícolas ocupadas inicialmente por posseiros, o que
causa grandes conflitos e inúmeros assassinatos.

30. O estatuto da terra e a reforma agrária – O Estatuto da Terra (Lei 4504,


de 30 de novembro de 1964), promulgado para embasar um programa de
reforma agrária que não foi realizado, buscava, segundo o discurso oficial,
democratizar o acesso à propriedade rural, modernizar as relações de
trabalho e de produção e, consequentemente, colaborar para o crescimento
econômico do país. Foi este estatuto que possibilitou a realização de um
censo agropecuário que fornecesse os dados estatísticos necessários à
elaboração de uma política de reforma agrária. Para a realização do censo,

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tornou-se necessário classificar os imóveis rurais em categorias, da mesma


forma que, para realizar um censo demográfico, o IBGE classifica as pessoas
por idade, sexo, cor e renda. Por conta da grande diversidade das
características físicas e das condições geográficas do imenso território
brasileiro, porém, logo surgiu uma dificuldade: a adoção de uma unidade
fixa de medida não bastaria para classificar de maneira realista os imóveis
rurais. Um hectare fértil e úmido do Oeste Paulista, por exemplo,
corresponde a uma realidade agrícola totalmente diferente da de um hectare
de solo no semiárido nordestino. Para resolver essa dificuldade, foi criada
uma unidade especial de medida de imóveis rurais – o módulo rural, derivado
do conceito de propriedade familiar.

31. A dimensão territorial da propriedade familiar – A propriedade familiar


possui área de dimensão variável. Para dimensioná-la, leva-se em
consideração, basicamente, três fatores que ao aumentar o rendimento da
produção e facilitar a comercialização diminuem a área do módulo. Esses
fatores são:

31.1. Localização da propriedade: se o imóvel rural se localiza


próximo ao um grande centro urbano, em região bem atendida pelo
sistema de transportes, ele proporciona rendimentos maiores do que
um imóvel mal localizado, por isso terá uma área menor.

31.2. Fertilidade do solo e clima: quanto mais propícios às


condições naturais – relevo, solo, clima e hidrografia –, menor a área
do módulo.

31.3. Tipo de produto cultivado e tecnologia empregada: em


uma região do país onde se cultiva mandioca ou batata, por exemplo,
e se utilizam técnicas tradicionais, o módulo rural deve ser maior do

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que em uma região que produz soja ou uva com emprego de tecnologia
moderna.

32. Os tamanhos das propriedades rurais – Baseado nesses critérios,


passou-se a utilizar, a partir de 1990, uma classificação que foi
regulamentada em lei. São consideradas pequenas as propriedades com até
4 módulos rurais, médias as de 4 a 15 módulos e grandes as que superam
15. De acordo com o artigo 185 da nossa Constituição, é proibida a
desapropriação, para fins de assentamento rural, de pequenas e médias
propriedades produtivas.

33. O ritmo da reforma agrária – Apesar de a Constituição ter fornecido


instrumentos legais para a realização da reforma agrária, os assentamentos,
na prática, têm ocorrido em ritmo lento. A lentidão crescia ainda mais porque
a maioria dos proprietários contestava na justiça a desapropriação de suas
terras, argumentando que essas não eram improdutivas ou que o preço da
indenização não correspondia ao valor de mercado. Isso fazia com que os
processos se arrastassem por anos, impedindo o assentamento das famílias
selecionadas pelo Incra. Em dezembro de 1996, no entanto, foi aprovada a
Lei do Rito Sumário de Desapropriação, que iria alterar este cenário. Com
essa lei, o pagamento da indenização passou a ser acompanhado da posse
imediata da propriedade em litígio, ou no prazo estipulado pelo juiz, sem
que o recurso judicial do proprietário para questionar o valor pago ou o laudo
que declarou a área como improdutiva impeça sua retirada. Em
contrapartida, foi aprovada outra lei que proibiu a desapropriação de terras
invadidas. Essas medidas possibilitaram ao governo imprimir maior
velocidade aos projetos de assentamento.

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34. Reforma agrária fiscal – Em 1996, também, foi estabelecida a


possibilidade da realização da reforma agrária por via fiscal, que consiste em
utilizar a cobrança de impostos como mecanismo de alteração da estrutura
fundiária. Assim, foram criadas 30 alíquotas para o Imposto Territorial Rural
(ITR). Sendo que, quanto maior a propriedade e menor o seu grau de
utilização, maior o imposto a ser cobrado. Quem possui imóvel rural de até
50 hectares e utiliza mais de 80% da área, por exemplo, paga a menor
alíquota – de 0,08% do valor venal da propriedade – ao ano. No outro
extremo, quem possui imóvel rural de mais de 5 mil hectares e utiliza até
30% da área paga 20% ao ano de ITR. Assim, a cada cinco anos, o
proprietário desembolsará o valor de sua propriedade aos cofres do governo.
O que se busca com essas alíquotas, na prática, é obrigar os latifundiários a
produzir em suas terras, vendê-las, subdividi-las ou arrenda-las, para torna-
las produtivas.

A estrutura etária da população brasileira e a evolução de seu


crescimento.

35. As mudanças da estrutura etária da população brasileira – Como


quase todos os países de economia emergente, o Brasil vem passando por
uma grande mudança na sua taxa de fecundidade (número médio de filhos
que uma mulher tem durante o seu período fértil), o que gera reflexos
diretos no crescimento populacional. Segundo dados divulgados pelo IBGE
em 2015, a taxa de fecundidade da mulher brasileira era de 1,7 filhos
nascidos vivos. Em 2004, este número era de 2,14. Como resultado, a
proporção de crianças e adolescentes até 14 anos caiu e ficou em 21,6% em

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2014. A fim de ressaltar ainda mais as mudanças ocorridas na pirâmide


etária brasileira nos últimos anos, coloquei a seguir a pirâmide etária
baseada nos dados divulgados em 2015, em que as segmentações que
indicam as idades mais avançadas estão mais robustas, e a pirâmide de
1980, que mostra uma população bastante jovem e uma população idosa
consideravelmente pequena. A redução do número de filhos por mulher se
deu por alguns fatores, sendo que os principais são: a urbanização, a
melhoria nos índices de educação, maior acesso ao planejamento familiar,
maior ingresso das mulheres no mercado de trabalho e mudanças nos
valores culturais. Para a ONU, a taxa de fecundidade necessária para
reposição da população é 2,1.

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Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/piramide-etaria-populacao-brasileira.htm

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36. A pirâmide etária brasileira em retrospecto – Bem diferente do cenário


que temos atualmente, a população brasileira, entre 1950 e 1980, cresceu
em média 2,8% ao ano. Se este índice fosse mantido, a expectativa é que a
cada 25 anos a população dobrasse de tamanho. Em 2010, no entanto, o
crescimento populacional já tinha caído para apenas 0,8% ao ano, com
população tendendo a dobrar a cada 87 anos. Paralelamente a essa redução
acentuada da natalidade, vem aumentando a expectativa de vida. Em
resumo, podemos observar que a participação da população jovem está
reduzindo e a de adultos e idosos aumentando, sendo ambos reflexos diretos
da redução na fecundidade e do aumento da expectativa de vida.

37. O que dizem as alterações na pirâmide etária brasileira – As mudanças


na composição etária brasileira mostram que o país ingressou no período de
passagem da chamada “janela demográfica”. A janela demográfica ocorre
quando há redução do peso das crianças (0 a 14 anos) e dos idosos (65 anos
ou mais) sobre a população de 15 a 64 anos de idade, que é o intervalo de
idades considerado para determinar a PEA (População Economicamente
Ativa – que é a parcela da população que trabalha ou está procurando
emprego). Segundo projeções, o percentual da população em idade ativa
deve aumentar até 2025 e, a partir de então, começar a diminuir. Abaixo,
apresento projeção da pirâmide etária brasileira para o ano de 2050. Note
que o contingente de idosos é bem maior que a nossa situação atual, o que
irá causar uma pressão sobre a PEA. Diante dos três gráficos apresentados,
notamos que em 1980 o Brasil ainda era classificado como um país jovem.
Atualmente, somos um país adulto, mas já em fase de transição para nos
tornarmos um país idoso no ano de 2050.

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Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/piramide-etaria-populacao-brasileira.htm

38. Crescimento vegetativo – O crescimento vegetativo, também conhecido


como crescimento natural, corresponde à diferença entre as taxas de
natalidade e de mortalidade. No Brasil, como vimos, o aumento populacional
está sendo baixo.

39. Análise da pirâmide etária brasileira – A taxa de mortalidade brasileira


(próxima a 6%), já atingiu um patamar, em termos percentuais, equivalente
ao encontrado em países desenvolvidos. Segundo as projeções, a partir de
2038 a população brasileira deverá parar de crescer e, então, sofrer redução,
quando o número de óbitos tenderá a ser maior que o de nascimentos. A
partir deste momento, a taxa de mortalidade deverá crescer, chegando a 8
ou 9%. Essas mudanças no comportamento demográfico permitem que os
governos – federal, estadual e municipal – estabeleçam planos de
investimento em educação e saúde mais favoráveis do que na década de
1970, quando o ritmo de crescimento da população beirava os 3% ao ano.

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O investimento hoje pode priorizar a melhoria da qualidade do serviço


prestado e não mais a expansão da rede, como antes, quando era necessário
construir cada vez mais novas escolas e hospitais.

40. A pirâmide etária e os serviços públicos para os mais jovens –


Podemos dizer que, por conta da pressão demográfica, a necessidade de
aumento do número de vagas nas escolas e de leitos hospitalares foi
acompanhada de grande deterioração dos serviços dessas áreas. Na década
de 1980, 52% da população tinha menos de 20 anos e o discurso oficial
sobre o controle da natalidade chamava a atenção para as consequências
negativas de uma explosão demográfica, que poderia comprometer a
possibilidade de melhoria das condições de vida da população. A redução do
número de jovens na população total, dessa forma, tende a favorecer a
criação de oportunidades no sistema público de educação e no mercado de
trabalho, para quem está iniciando a vida profissional, já que o governo tem
um contingente menor da população com que se preocupar. Na política
educacional, mantendo-se os atuais níveis de investimento, a redução
relativa da população em idade escolar irá permitir aumento nos recursos
destinados à melhoria da qualidade do ensino.

41. A pirâmide etária e os serviços públicos para os mais velhos – O


crescimento da população com idade acima dos 60 anos exige maiores
investimentos nos sistemas de saúde, pois os idosos requerem mais
cuidados médicos, tanto na medicina preventiva como na curativa. Além
disso, o aumento percentual de idosos em relação à PEA tem provocado
desequilíbrios no sistema público de previdência social, o número de
trabalhadores na ativa que deve garantir a arrecadação previdenciária
repassada para as aposentadorias.

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42. Como está a pirâmide etária atualmente – Em resumo, o aumento da


expectativa de vida da população brasileira, conjugado com a queda das
taxas de natalidade e mortalidade, vem provocando mudanças na pirâmide
etária do país. Do meio para o topo, há um notável alargamento, por conta
do aumento da participação percentual de adultos e idosos, e um acentuado
estreitamento em sua base, que representa a população mais jovem. Quanto
à distribuição da população por gênero, o Brasil se enquadra nos padrões
mundiais: nascem cerca de 106 homens para cada 100 mulheres. Apesar de
nascerem mais homens, a taxa de mortalidade infantil e juvenil masculina é
maior, enquanto a expectativa de vida é menor. Dessa forma, embora
nasçam mais homens que mulheres, é comum as pirâmides apresentarem
uma parcela ligeiramente maior da população feminina, que tem maior
expectativa de vida. Segundo o último censo do IBGE, de 2010, o Brasil tinha
93,4 milhões de homens (49%) e 97,3 milhões de mulheres (51%).

43. A mortalidade de jovens e adultos – Apesar de termos uma taxa de


mortalidade considerada “normal”, um aspecto demográfico da população
brasileira que tem se tornando preocupante é o grande número das mortes
de adolescentes e adultos jovens do sexo masculino por causas externas,
como assassinatos e acidentes automobilísticos causados por excesso de
velocidade, imprudências ou uso de álcool. Como consequência, há impactos
na distribuição etária da população e na proporção entre os sexos, além de
trazer implicações socioeconômicas. Segundo o IBGE, se não ocorresse
morte prematura da população masculina a esperança de vida média dos
brasileiros seria dois ou três anos maior. Como resultado, vem aumentando
o predomínio de mulheres na população total. Em 1980 havia 98,7 homens
em cada grupo de 100 mulheres. Em 2010, a tendência era a diminuição
para 96,3 homens para cada mulher.

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b. Revisão 1

QUESTÃO 1 (Cespe – Agente de Inteligência – Abin – 2008)

Com auxílio dos dados apresentados no gráfico, que mostra a pirâmide etária
brasileira no ano de 2000 e a sua projeção para 2020, julgue o seguinte item.

Observa-se uma previsão de diminuição da população brasileira até 2020.

QUESTÃO 2 (Cespe – Agente de Inteligência – Abin – 2008)

Com auxílio dos dados apresentados no gráfico, que mostra a pirâmide etária
brasileira no ano de 2000 e a sua projeção para 2020, julgue o seguinte item.

A participação relativa dos jovens no conjunto da população brasileira deverá


diminuir, enquanto a das pessoas com mais de 70 anos de idade deverá
aumentar.

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QUESTÃO 3 (Cespe – Agente de Inteligência – Abin – 2008)

Com auxílio dos dados apresentados no gráfico, que mostra a pirâmide etária
brasileira no ano de 2000 e a sua projeção para 2020, julgue o seguinte item.

O perfil da pirâmide etária brasileira apresenta uma tendência de se assemelhar


ao da pirâmide dos países que já realizaram a transição demográfica.

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QUESTÃO 4 (Cespe – Agente de Inteligência – Abin – 2008)

Com auxílio dos dados apresentados no gráfico, que mostra a pirâmide etária
brasileira no ano de 2000 e a sua projeção para 2020, julgue o seguinte item.

As alterações previstas para o quadro populacional brasileiro estão relacionadas


com o decréscimo da fecundidade.

QUESTÃO 5 (Cespe – Agente de Inteligência – Abin – 2008)

Com auxílio dos dados apresentados no gráfico, que mostra a pirâmide etária
brasileira no ano de 2000 e a sua projeção para 2020, julgue o seguinte item.

As mudanças apresentadas no perfil da pirâmide etária brasileira estão


relacionadas ao crescimento do emprego formal e à eliminação da subnutrição
no país.

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QUESTÃO 6 (Cespe – Agente de Inteligência – Abin – 2008)

O século XX assistiu a um rápido crescimento da população mundial, que partiu


de 1,6 bilhões e alcançou 6,1 bilhões. Não se prevê uma estabilização para o
atual século, porém, para 2050, a expectativa é de 9 bilhões de habitantes no
planeta. Abaixo, o gráfico mostra os dez países que deverão apresentar o maior
incremento populacional no mundo.

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Julgue o item que se segue, acerca das informações do texto e do gráfico acima
apresentados, bem como dos assuntos a eles relacionados.

O Brasil, cujo aumento populacional é registrado no gráfico, evidencia uma


mudança no perfil de crescimento a partir da queda observada na taxa de
crescimento populacional do país, do aumento da expectativa de vida e da
diminuição da participação relativa de jovens no total da população.

QUESTÃO 7 (Cespe – Mpog – Área I – 2012)

Sabe-se que, atualmente, mais da metade da população mundial vive nas


cidades, o que é fator decisivo para a ampliação dos desafios sociais e ambientais,
como a pobreza, a fome e as mudanças climáticas. No Brasil, o processo de
urbanização da sociedade, impulsionado pela Segunda Guerra e pela
industrialização que avança celeremente desde a Era Vargas, fez-se de forma
rápida e não planejada. A despeito dos enormes problemas daí decorrentes, o
certo é que o país chegou ao século XXI profundamente alterado, sobretudo
quando confrontado com a realidade histórica que o caracterizou desde o período
colonial. A respeito dessa situação, julgue o item que se segue.

Uma das razões para que a industrialização brasileira acontecesse tardiamente


encontra-se na modesta taxa de crescimento da população até os anos 90 do
século passado, fato que se reverteu apenas nas duas últimas décadas.

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c. Revisão 2

QUESTÃO 8 (Vunesp – Auxiliar de Promotoria – MPE/SP – 2014)

Em 2013, o Brasil atingiu os 200 milhões de habitantes. Além de apresentar essa


estimativa, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também
divulgou tendências atuais da população brasileira, dentre as quais o
esvaziamento das pequenas e médias cidades do interior.

QUESTÃO 9 (Vunesp – Auxiliar de Promotoria – MPE/SP – 2014)

Em 2013, o Brasil atingiu os 200 milhões de habitantes. Além de apresentar essa


estimativa, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também
divulgou tendências atuais da população brasileira, dentre as quais a progressiva
diminuição da esperança de vida da população.

QUESTÃO 10 (Vunesp – Auxiliar de Promotoria – MPE/SP – 2014)

Em 2013, o Brasil atingiu os 200 milhões de habitantes. Além de apresentar essa


estimativa, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também
divulgou tendências atuais da população brasileira, dentre as quais a contínua
redução das taxas de fecundidade e natalidade.

QUESTÃO 11 (Cespe – Agente de Inteligência – Abin – 2008)

O Brasil é um importante produtor agrícola que tem ampliado suas exportações,


principalmente as do agronegócio. Ganhos em produtividade são reconhecidos
em todos os fatores da produção: terra, trabalho e capital.

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Tendo em vista o panorama da agricultura brasileira na atualidade, sua evolução


e características principais, julgue o item que se segue.

A expansão agrícola, ao inaugurar novos pólos de crescimento econômico e ao


disseminar os programas de assentamento rural, ajudou a atenuar o problema
da concentração da propriedade de terras no país.

QUESTÃO 12 (Cespe – Agente de Inteligência – Abin – 2008)

O Brasil é um importante produtor agrícola que tem ampliado suas exportações,


principalmente as do agronegócio. Ganhos em produtividade são reconhecidos
em todos os fatores da produção: terra, trabalho e capital.

Tendo em vista o panorama da agricultura brasileira na atualidade, sua


evolução e características principais, julgue o item que se segue.

A persistência de conflitos agrários no país se deve à exclusão do pequeno


produtor que cultiva para a sua subsistência, já que o agronegócio apresenta
maior rentabilidade.

QUESTÃO 13 (CESPE – Agente de Inteligência – ABIN – 2008)

Com relação ao processo de modernização agrícola brasileira e suas implicações,


julgue o item subseqüente.

Os conflitos pela posse de terra no Brasil ocorrem tanto nas áreas tradicionais de
produção agropecuária como nas novas áreas de expansão agrícola, a exemplo
da região Centro-Oeste.

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QUESTÃO 14 (Consulplan – Agente Censitário – IBGE – 2008)

A eficiência da agricultura familiar é maior que da agricultura patronal em todas


as regiões do Brasil, pois na primeira ocorre melhor aproveitamento econômico
da área.

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d. Revisão 3

QUESTÃO 15 (Consulplan – Agente Censitário – IBGE – 2008)

As políticas agrícolas de incentivo à agricultura familiar no Brasil têm promovido


a diminuição da área média dos estabelecimentos rurais patronais e aumentado
a área média dos estabelecimentos familiares.

QUESTÃO 16 (Consulplan – Agente Censitário – IBGE – 2008)

Historicamente, o campo brasileiro foi ocupado, principalmente nos estados do


Nordeste e Sudeste, por estabelecimentos de agricultura familiar.

QUESTÃO 17 (Consulplan – Agente Censitário – IBGE – 2008)

Na agricultura familiar brasileira, o gerenciamento da propriedade é realizado por


um dos membros da família que reside na própria propriedade e, os demais
trabalhos são normalmente realizados por arrendatários.

QUESTÃO 18 (Cesgranrio – Agente de Mapeamento – IBGE – 2014)

Segundo dados do IBGE, cerca de 28% da PEA (população economicamente


ativa) brasileira trabalha no setor primário, sendo a agropecuária responsável por
apenas 9,1% do nosso produto interno bruto (PIB). Levando em conta que ainda
grande parte dos trabalhadores agrícolas mora na periferia das cidades e que eles
se deslocam diariamente ao campo para trabalhar como boias-frias em modernas
agroindústrias, percebemos que, apesar da modernização verificada nas técnicas
agrícolas, ainda persistem o subemprego, a baixa produtividade e a pobreza no
campo. Essa modernização técnica do campo provoca o êxodo rural.

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QUESTÃO 19 (CESPE – Analista de infraestrutura – Mpog – 2012)

Sabe-se que, atualmente, mais da metade da população mundial vive nas


cidades, o que é fator decisivo para a ampliação dos desafios sociais e ambientais,
como a pobreza, a fome e as mudanças climáticas. No Brasil, o processo de
urbanização da sociedade, impulsionado pela Segunda Guerra e pela
industrialização que avança celeremente desde a Era Vargas, fez-se de forma
rápida e não planejada. A despeito dos enormes problemas daí decorrentes, o
certo é que o país chegou ao século XXI profundamente alterado, sobretudo
quando confrontado com a realidade histórica que o caracterizou desde o período
colonial. A respeito dessa situação, julgue o item que se segue.

Passa de três dezenas o número de regiões metropolitanas brasileiras, nas quais


se concentram mais de um terço dos domicílios urbanos e cerca de 30% da
população. Estudos mostram que nas grandes cidades o número de habitantes
tende a reduzir-se ou estagnar, ao tempo em que o inchaço populacional se
transfere para as cidades conurbadas ao redor.

QUESTÃO 20 (Consulplan – Agente Censitário – IBGE – 2008)

As regiões metropolitanas do Brasil, criadas em 1973, por lei aprovada no


Congresso Nacional, são definidas como um conjunto de municípios contíguos e
integrados sócio-economicamente a uma cidade central, com serviços públicos e
infra-estrutura comum.

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QUESTÃO 21 (Consulplan – Agente Censitário – IBGE – 2008)

A metrópole paulista localizada em uma região metropolitana nacional é também


considerada uma cidade global, pois está integrada aos fluxos mundiais.

Gabarito

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1 2 3 4 5

E C C C E

6 7 8 9 10

C E E E C

11 12 13 14 15

E E C C E

16 17 18 19 20

E E C C C

21 22 23 24 25

C - - - -

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e. Breves comentários às questões

QUESTÃO 1 (Cespe – Agente de Inteligência – Abin – 2008)

Com auxílio dos dados apresentados no gráfico, que mostra a pirâmide etária
brasileira no ano de 2000 e a sua projeção para 2020, julgue o seguinte item.

Observa-se uma previsão de diminuição da população brasileira até 2020.

Incorreto. Observa-se uma diminuição do crescimento da população até 2020, e


não a sua diminuição.

QUESTÃO 2 (Cespe – Agente de Inteligência – Abin – 2008)

Com auxílio dos dados apresentados no gráfico, que mostra a pirâmide etária
brasileira no ano de 2000 e a sua projeção para 2020, julgue o seguinte item.

A participação relativa dos jovens no conjunto da população brasileira deverá


diminuir, enquanto a das pessoas com mais de 70 anos de idade deverá
aumentar.

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Correto. Observando atentamente o gráfico fornecido, você irá notar um


alargamento nas faixas de maior idade e um estreitamento das faixas
representativas das crianças e adolescentes.

QUESTÃO 3 (Cespe – Agente de Inteligência – Abin – 2008)

Com auxílio dos dados apresentados no gráfico, que mostra a pirâmide etária
brasileira no ano de 2000 e a sua projeção para 2020, julgue o seguinte item.

O perfil da pirâmide etária brasileira apresenta uma tendência de se assemelhar


ao da pirâmide dos países que já realizaram a transição demográfica.

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Correto. De fato, o Brasil está passando por um processo de transição


demográfica e deixando de ser um país jovem para se tornar um país
adulto/velho. Esta estrutura mais madura, assemelha-se a de países do primeiro
mundo.

QUESTÃO 4 (Cespe – Agente de Inteligência – Abin – 2008)

Com auxílio dos dados apresentados no gráfico, que mostra a pirâmide etária
brasileira no ano de 2000 e a sua projeção para 2020, julgue o seguinte item.

As alterações previstas para o quadro populacional brasileiro estão relacionadas


com o decréscimo da fecundidade.

Correto. Exato! O estreitamento da pirâmide indica uma menor fecundidade da


mulher brasileira, o que influenciará, consequentemente, em todas as faixas de
idade da pirâmide etária.

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QUESTÃO 5 (Cespe – Agente de Inteligência – Abin – 2008)

Com auxílio dos dados apresentados no gráfico, que mostra a pirâmide etária
brasileira no ano de 2000 e a sua projeção para 2020, julgue o seguinte item.

As mudanças apresentadas no perfil da pirâmide etária brasileira estão


relacionadas ao crescimento do emprego formal e à eliminação da subnutrição
no país.

Incorreto. As alterações na pirâmide etária brasileira estão relacionadas com a


queda da taxa de natalidade e o aumento da expectativa de vida.

QUESTÃO 6 (Cespe – Agente de Inteligência – Abin – 2008)

O século XX assistiu a um rápido crescimento da população mundial, que partiu


de 1,6 bilhões e alcançou 6,1 bilhões. Não se prevê uma estabilização para o
atual século, porém, para 2050, a expectativa é de 9 bilhões de habitantes no

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planeta. Abaixo, o gráfico mostra os dez países que deverão apresentar o maior
incremento populacional no mundo.

Julgue o item que se segue, acerca das informações do texto e do gráfico acima
apresentados, bem como dos assuntos a eles relacionados.

O Brasil, cujo aumento populacional é registrado no gráfico, evidencia uma


mudança no perfil de crescimento a partir da queda observada na taxa de
crescimento populacional do país, do aumento da expectativa de vida e da
diminuição da participação relativa de jovens no total da população.

Correto. Apesar de um “longo” texto introdutório, bom para contextualização, a


questão é bem direta no seu último parágrafo, quando evidencia as principais
alterações na pirâmide etária brasileira: queda na taxa de crescimento
populacional do país, aumento da expectativa de vida e diminuição da
participação relativa de jovens no total da população.

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QUESTÃO 7 (Cespe – Mpog – Área I – 2012)

Sabe-se que, atualmente, mais da metade da população mundial vive nas


cidades, o que é fator decisivo para a ampliação dos desafios sociais e ambientais,
como a pobreza, a fome e as mudanças climáticas. No Brasil, o processo de
urbanização da sociedade, impulsionado pela Segunda Guerra e pela
industrialização que avança celeremente desde a Era Vargas, fez-se de forma
rápida e não planejada. A despeito dos enormes problemas daí decorrentes, o
certo é que o país chegou ao século XXI profundamente alterado, sobretudo
quando confrontado com a realidade histórica que o caracterizou desde o período
colonial. A respeito dessa situação, julgue o item que se segue.

Uma das razões para que a industrialização brasileira acontecesse tardiamente


encontra-se na modesta taxa de crescimento da população até os anos 90 do
século passado, fato que se reverteu apenas nas duas últimas décadas.

Incorreto. Nesta questão o avaliador inverteu o ritmo do crescimento da


população brasileira de acordo com as décadas. Até os anos 90, a população
brasileira tinha um crescimento mais acentuada. A partir da década de 90, o que
houve foi um arrefecimento nesse ritmo de crescimento.

QUESTÃO 8 (Vunesp – Auxiliar de Promotoria – MPE/SP – 2014)

Em 2013, o Brasil atingiu os 200 milhões de habitantes. Além de apresentar essa


estimativa, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também
divulgou tendências atuais da população brasileira, dentre as quais o
esvaziamento das pequenas e médias cidades do interior.

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Incorreto. Sobre a formação demográfica das pequenas e médias cidades, o que


se observou nos últimos anos foi uma migração da população das cidades maiores
para estas de porte menor.

QUESTÃO 9 (Vunesp – Auxiliar de Promotoria – MPE/SP – 2014)

Em 2013, o Brasil atingiu os 200 milhões de habitantes. Além de apresentar essa


estimativa, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também
divulgou tendências atuais da população brasileira, dentre as quais a progressiva
diminuição da esperança de vida da população.

Incorreto. É o contrário, caro aluno. Observa-se, atualmente, um aumento na


esperança de vida – expressão equivalente à expectativa de vida.

QUESTÃO 10 (Vunesp – Auxiliar de Promotoria – MPE/SP – 2014)

Em 2013, o Brasil atingiu os 200 milhões de habitantes. Além de apresentar essa


estimativa, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também
divulgou tendências atuais da população brasileira, dentre as quais a contínua
redução das taxas de fecundidade e natalidade.

Correto. Só para ficar claro, taxa de fecundidade se refere ao número de filhos


que uma mulher tem até o fim de sua vida, ou do seu período reprodutivo, para
ser mais exato. A taxa de natalidade, por outro lado, refere-se a taxa de
nascimentos ocorridos durante um período em relação à população absoluta.

QUESTÃO 11 (Cespe – Agente de Inteligência – Abin – 2008)

O Brasil é um importante produtor agrícola que tem ampliado suas exportações,


principalmente as do agronegócio. Ganhos em produtividade são reconhecidos

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em todos os fatores da produção: terra, trabalho e capital.

Tendo em vista o panorama da agricultura brasileira na atualidade, sua evolução


e características principais, julgue o item que se segue.

A expansão agrícola, ao inaugurar novos polos de crescimento econômico e ao


disseminar os programas de assentamento rural, ajudou a atenuar o problema
da concentração da propriedade de terras no país.

Incorreto. Pessoal, estamos aqui falando de Brasil e, como todos nós sabemos,
os novos polos de crescimento econômico, bem como os programas de
assentamento rural, não ajudaram a atenuar o problema da terra no país. A
estrutura fundiária brasileira ainda é caracterizada pela grande concentração da
terra, o que tem resultado em recorrentes conflitos de terra entre diversos grupos
(grileiros, fazendeiros, posseiros, madeireiros, movimentos sociais).

QUESTÃO 12 (Cespe – Agente de Inteligência – Abin – 2008)

O Brasil é um importante produtor agrícola que tem ampliado suas exportações,


principalmente as do agronegócio. Ganhos em produtividade são reconhecidos
em todos os fatores da produção: terra, trabalho e capital.

Tendo em vista o panorama da agricultura brasileira na atualidade, sua evolução


e características principais, julgue o item que se segue.

A persistência de conflitos agrários no país se deve à exclusão do pequeno


produtor que cultiva para a sua subsistência, já que o agronegócio apresenta
maior rentabilidade.

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Incorreto. Os conflitos se devem à concentração da terra. Não se pode dizer


também que o pequeno produtor cultiva apenas para a sua subsistência, já que
é dali, geralmente, que ele tira a sua renda.

QUESTÃO 13 (CESPE – Agente de Inteligência – ABIN – 2008)

Com relação ao processo de modernização agrícola brasileira e suas implicações,


julgue o item subsequente.

Os conflitos pela posse de terra no Brasil ocorrem tanto nas áreas tradicionais de
produção agropecuária como nas novas áreas de expansão agrícola, a exemplo
da região Centro-Oeste.

Correto. Ainda falaremos das novas fronteiras agrícolas na próxima aula, mas é
fato que os problemas fundiários, infelizmente, ocorrem em todo o país.

QUESTÃO 14 (Consulplan – Agente Censitário – IBGE – 2008)

A eficiência da agricultura familiar é maior que da agricultura patronal em todas


as regiões do Brasil, pois na primeira ocorre melhor aproveitamento econômico
da área.

Correto. A resposta está de acordo com os números divulgados pelo IBGE.

QUESTÃO 15 (Consulplan – Agente Censitário – IBGE – 2008)

As políticas agrícolas de incentivo à agricultura familiar no Brasil têm promovido


a diminuição da área média dos estabelecimentos rurais patronais e aumentado
a área média dos estabelecimentos familiares.

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Incorreto. Vê-se ainda no país uma grande concentração de terras nas mãos dos
grandes produtores.

QUESTÃO 16 (Consulplan – Agente Censitário – IBGE – 2008)

Historicamente, o campo brasileiro foi ocupado, principalmente nos estados do


Nordeste e Sudeste, por estabelecimentos de agricultura familiar.

Incorreto. Estas regiões ficaram fortemente caracterizadas pela existência de


grandes latifundiários, como os responsáveis por grandes produções de café e
cana.

QUESTÃO 17 (Consulplan – Agente Censitário – IBGE – 2008)

Na agricultura familiar brasileira, o gerenciamento da propriedade é realizado por


um dos membros da família que reside na própria propriedade e, os demais
trabalhos são normalmente realizados por arrendatários.

Incorreto. A mão de obra é essencialmente familiar neste caso. Quem tem muitos
arrendatários é o produtor patronal.

QUESTÃO 18 (Cesgranrio – Agente de Mapeamento – IBGE – 2014)

Segundo dados do IBGE, cerca de 28% da PEA (população economicamente


ativa) brasileira trabalha no setor primário, sendo a agropecuária responsável por
apenas 9,1% do nosso produto interno bruto (PIB). Levando em conta que ainda
grande parte dos trabalhadores agrícolas mora na periferia das cidades e que eles

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se deslocam diariamente ao campo para trabalhar como boias-frias em modernas


agroindústrias, percebemos que, apesar da modernização verificada nas técnicas
agrícolas, ainda persistem o subemprego, a baixa produtividade e a pobreza no
campo. Essa modernização técnica do campo provoca o êxodo rural.

Correto. A maior produtividade no campo faz com que seja necessária uma menor
quantidade de mão de obra. Esta, para não ficar ociosa, procura trabalho nas
regiões urbanas.

QUESTÃO 19 (CESPE – Analista de infraestrutura – Mpog – 2012)

Sabe-se que, atualmente, mais da metade da população mundial vive nas


cidades, o que é fator decisivo para a ampliação dos desafios sociais e ambientais,
como a pobreza, a fome e as mudanças climáticas. No Brasil, o processo de
urbanização da sociedade, impulsionado pela Segunda Guerra e pela
industrialização que avança celeremente desde a Era Vargas, fez-se de forma
rápida e não planejada. A despeito dos enormes problemas daí decorrentes, o
certo é que o país chegou ao século XXI profundamente alterado, sobretudo
quando confrontado com a realidade histórica que o caracterizou desde o período
colonial. A respeito dessa situação, julgue o item que se segue.

Passa de três dezenas o número de regiões metropolitanas brasileiras, nas quais


se concentram mais de um terço dos domicílios urbanos e cerca de 30% da
população. Estudos mostram que nas grandes cidades o número de habitantes
tende a reduzir-se ou estagnar, ao tempo em que o inchaço populacional se
transfere para as cidades conurbadas ao redor.

Correto. Como já vimos inclusive em aulas anteriores, está havendo migração


para as cidades pequenas e médias, principalmente para as localizadas no
entorno de grandes cidades.

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QUESTÃO 20 (Consulplan – Agente Censitário – IBGE – 2008)

As regiões metropolitanas do Brasil, criadas em 1973, por lei aprovada no


Congresso Nacional, são definidas como um conjunto de municípios contíguos e
integrados sócio-economicamente a uma cidade central, com serviços públicos e
infra-estrutura comum.

Correto. O enunciado, em si, já apresenta a definição solicitada.

QUESTÃO 21 (Consulplan – Agente Censitário – IBGE – 2008)

A metrópole paulista localizada em uma região metropolitana nacional é também


considerada uma cidade global, pois está integrada aos fluxos mundiais.

Correto.

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