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ETEC PROF. MATHEUS LEITE DE ABREU


EXTENSÃO E. E. ANÍSIO JOSÉ MOREIRA
Técnico em Recursos Humanos

Berenice Joquebedi de Andrade Azevedo


Daiani Casimiro Bernardes Watanabe
Pamela Costa Medeiros

INCLUSÃO DE DEFICIENTE FÍSICO NO MERCADO DE TRABALHO

Mirassol
2016
2

Berenice Joquebedi de Andrade Azevedo


Daiani Casimiro Bernardes Watanabe
Pamela Costa Medeiros

1
1

INCLUSÃO DE DEFICIENTE FÍSICO NO MERCADO DE TRABALHO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso Técnico em Recursos Humanos da
Etec Prof. Matheus Leite de Abreu – Extensão
E. E. Anísio José Moreira, como requisito
parcial para obtenção do título de Técnico em
Recursos Humanos.

Orientador: Prof. Osmar do Nascimento


Junior

Mirassol
2016
3

Berenice Joquebedi de Andrade Azevedo


Daiani Casimiro Bernardes Watanabe
Pamela Costa Medeiros

1
1

INCLUSÃO DE DEFICIENTE FÍSICO NO MERCADO DE TRABALHO

BANCA EXAMINADORA

______________________________
Examinador (a):

______________________________
Examinador (a):

______________________________
Examinador (a):

Mirassol/SP, ___ de ___________ de 2016.


4

Dedicamos esta monografia, aos nossos


familiares e amigos pelo apoio e
incentivos, por nossos professores pela
orientação, pelos ensinamentos e por nos
auxiliarem no desenvolvimento deste
trabalho, e nos acompanharem em mais
essa conquista.
5

AGRADECIMENTOS

Eu Berenice, quero agradecer a esta escola, a direção e os professores e colegas


de classe pelo convívio, pela orientação, pelo aprendizado, e pelo apoio para
conclusão do curso. Agradeço a minha família pelo amor, incentivo e apoio
constantes, e por estarem sempre ao meu lado. E acima de tudo, quero agradecer a
Deus por ter me dado saúde e força e sabedoria para alcançar mais essa conquista.

Eu Pâmela, agradeço primeiramente a Deus por me ter concedido a honra de


concluir o presente curso. Agradeço também a minha mãe que sempre me apoiou
em tudo que serve para o meu crescimento, ela simplesmente foi minha base para
que eu conseguisse fazer o curso. Por fim, agradeço aos meus professores que
foram essenciais para minha chegada até aqui, eles não só seguiram o cronograma
das aulas como também me ensinaram a nunca desistir de nossos sonhos. “
Ebenézer, até aqui nos ajudou o Senhor”.

Eu Daiani, quero agradecer em primeiro lugar a Deus, por sempre ter iluminado meu
caminho e me dado a direção. Ao meu esposo pela paciência e amor.
6

“O tempo muito me ensinou: ensinou a


amar a vida, não desistir de lutar,
renascer na derrota, renunciar as palavras
e pensamentos negativos, acreditar nos
valores humanos, e a ser otimista.
Aprendi que vale mais tentar do que
recuar. Antes acreditar do que duvidar,
que o que vale na vida, não é o ponto de
partida e sim a nossa caminhada.”
Cora Coralina
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RESUMO

Este trabalho tem o objetivo de tratar sobre a inclusão de deficientes físicos no


mercado de trabalho. A vida dos portadores de deficiência física não é muito
diferente das outras pessoas, mas se torna desigual quando o deficiente físicos
sofre descriminações e preconceitos, um mal que esta presente no mundo todo.
Vivemos em um mundo competitivo, que esta em constante transformação,
buscando sempre inovar, devemos então, estar atentos a essas mudanças.Nesta
pesquisa comentaremos sobre a lei de cotas para a inclusão, as dificuldades que as
empresas sofrem para achar profissionais qualificados para ocupar as vagas, a falta
de acessibilidade que os deficientes físicos encontram para serem aceitos de forma
igualitária no meio social e profissional e quais são os caminhos a serem seguidos
para que realmente haja a inclusão dos deficientes físicos.

Palavras-chave: Inclusão. Deficientes físicos. Mercado de trabalho, Discriminação.


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ABSTRACT

This study aims to address the inclusion of disabled people in the labor market. The
lives of people with physical disabilities are not very different from other people, but
become unequal when the physically handicapped suffer from discrimination and
prejudice, an evil that is present all over the world. We live in a competitive world,
which is in constant transformation, always seeking to innovate, we must then be
attentive to these changes. In this research we will comment on the law of quotas for
inclusion, the difficulties that companies suffer to find professionals qualified to
occupy the Vacancies, the lack of accessibility that the physical handicapped find to
be accepted equally in the social and professional environment and what are the
ways to be followed in order to really include the physically disabled.

Keywords: Inclusion. Physically handicapped. Labor market, Discrimination.


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LISTAS DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ONU Organização das Nações Unidas

PPD Pessoas Portadoras de Deficiência


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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................10

1 A DEFEICIÊNCIA.....................................................................................................11
1.1 Os Termos para Deficiência...................................................................................11
1.2 A Deficiência Física...............................................................................................12

2 A TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA DEFIÊNCIA FÍSICA...........................................00

3 INCLUSÃO DOS DEFICIENTES FÍSICOS NO MERCADO DE TRABALHO........14


3.1 Direito dos Deficientes Físicos..............................................................................00
3.2 Lei de cotas e as Empresas..................................................................................00
3.3 Qualificação Profissional.......................................................................................00
3.4 A Contratação de Deficientes Físicos...................................................................00

4 A IGUALDADE DE OPORTUNIDADES..................................................................16

CONCLUSÃO.............................................................................................................00

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................21
11

INTRODUÇÃO

O processo de inclusão de pessoas portadoras de deficiência física nos dias


atuais, nos faz deparar com preconceito tanto social como individual, sendo assim
os deficientes físicos, encontram dificuldades para serem aceitos no mercado de
trabalho formal. Eles são capazes de executar funções que as demais pessoas
exercem e obterem sucesso no que fazem.

Recentemente os deficientes físicos começaram a ocupar seu espaço no


mercado de trabalho. A lei 8.213/91(lei de cotas), que obriga as empresas a
reservarem uma cota de vagas destinadas aos deficientes físicos, tem contribuído
para a inserção dos deficientes físicos no mercado de trabalho, porém a quantidade
de contratação desses profissionais portadores de deficiência física não é referente
a população de PPDs, sem mencionar que algumas empresas não cumprem e não
concordam com a lei de cotas, pois para cumprir a cota exigida por lei, acabam
contratando deficientes físicos despreparados. Há também deficientes físicos que
acham essa lei discriminatória, visto que eles detém capacidade de concorrer por
uma vaga de trabalho com pessoas que não possuem deficiência. Os deficientes
físicos tem de estar preparados para o mercado de trabalho, para quando
ingressarem não terem dificuldades para se adequar.

É importante analisar a evolução histórica do processo da inclusão dos


deficientes físicos, e conhecer como ela foi tratada desde a antiguidade até a
contemporaneidade, e conhecer as diferentes maneiras de como a deficiência física
era vista na sociedade em cada época.

Promover a aplicação da cidadania para as pessoas com deficiência física é


um dever integral da sociedade e do governo. Como todas as pessoas, eles
possuem direitos e benefícios, tais como a educação, o trabalho, a cultura, a vida
familiar, o lazer, a seguridade social, além de garantir a igualdade de oportunidade.
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1 A DEFICIÊNCIA

1.1 OS TERMOS PARA DEFICIÊNCIA

Qual é o termo correto: portador de deficiências, pessoas portadora de


deficiência ou portador de necessidades especiais?. Jamais haverá um único termo
correto que seja válido para todos os temos e espaços. Em cada época são
utilizados termos onde seus significados condizem com os valores da sociedade de
cada fase ao longo da história.

No começo da história, durante séculos, os deficientes eram chamados de


“inválidos” que significa “ indivíduos sem valor”. A pessoa com deficiência era tido
como inútil socialmente, um fardo para família, alguém que não tinha valor para a
sociedade. Esse termo era muito usado no século 20, mas já não tinha nenhum
sentido grosseiro.

Durante o século XX até mais ou menos 1960, o termo usado era


“incapacitados”, que significava “ indivíduos sem capacidade” por causa da
deficiência que tinham, e mais tarde evoluiu para “indivíduos com capacidade
residual”. Foi um avanço da sociedade ao reconhecer que as pessoas com
deficiências poderiam ter , mesmo que reduzida, a capacidade residual. Mas
considerava-se que a deficiência reduzia a capacidade da pessoas, em todos os
aspectos, independe do tipo de deficiência.

De 1981 a 1987, o termo usado era “pessoas deficientes”, não utilizando mais
a palavra individual para se referir as pessoas com deficiência, e o termo
“deficientes” passou a ser usado com adjetivo. Essa mudança ocorreu por causa da
pressão sobre a ONU das organizações de pessoas com deficiência, que contribuiu
para que essas pessoas fossem mais bem vistas pela sociedade.

De 1990 até os dias atuais, o termo evoluiu para “pessoas com necessidades
especiais”, o a palavra deficiência foi substituída por necessidades especiais, que
levou ao surgimento da expressão “portadores de necessidades especiais”. Depois
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da vigência da Resolução n.º 2, o novo termo passou de simples representação do


deficiente, e passou a adicionar um valor tanto à pessoa com deficiência quanto as
demais pessoas.

O objetivo é fazer com que as pessoas parem de usar a palavra “ portadora”.


A pessoas que possui algum tipo de deficiência, não porta a sua deficiência, mas
esta faz parte dela. Quando você porta algo ou alguma coisa, você tem a
capacidade de se livrar, deixando em algum lugar, mas não é possível que uma
pessoa descarte ou despreze sua deficiência, já que a deficiência é parte da vida
dessa pessoa.

1.2 A DEFICIÊNCIA FÍSICA

O indivíduo que possui algum tipo de deficiência manifesta características que


mostram em sua aparência física ou no funcionamento de um órgão, suas
limitações.

Com base no dicionário Aurélio, compreende-se por pessoas com deficiência


a “Falta, falha, imperfeição, defeito”.

A Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes, em 1975, alegou que o


termo “pessoas deficientes” atribui-se a pessoa que é incapaz de assegurar por si
mesma, total ou parcialmente, devido a uma deficiência, congênita ou não, as
necessidades de uma vida social ou individual, em suas capacidades mentais ou
físicas.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações


Curriculares (1998,p.25), a deficiência física é caracterizada como perda ou redução
da capacidade motora de qualquer parte do corpo, o que pode acarretar uma
diversidade nas condições não sensoriais que afetam o indivíduo em questões de
mobilidade, coordenação motora ou da fala, como consequência de lesões
neurológicas, neuromusculares, ortopédicas, ou de má formação congênita ou
adquirida.
14

Segundo Pires, Blanco e Oliveira (apud GLAT, 2007, p.137), “ a redução da


função motora também pode acometer o indivíduo tardiamente, como consequência
de acidentes e de doenças crônicas ou degenerativas”.

Existem cinco categorias de deficiência física:

 Monoplegia: a paralisia de apenas um membro do corpo;

 Hemiplegia: a paralisia total das funções de um dos lados do corpo;

 Paraplegia: a paralisia da cintura para baixo, afetando as funções das


pernas;

 Tetraplegia: a paralisia do pescoço para baixo, prejudicando as funções


dos braços e pernas;

 Amputações: a falta total ou parcial de membros do corpo.


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2 A TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA DEFICIÊNCIA FÍSICA

Para analisar a evolução do processo de inclusão de pessoas com


deficiência, é importante conhecer os diferentes tratamentos que a sociedade, em
cada época, tem dado aos deficientes. Em cada momento histórico, a deficiência foi
vista de certa maneira, influenciada pelas crenças, cultura, entendimento e
informações que se tinham na época.

Na Pré-História existiam duas maneiras dominantes de tratar as pessoas com


deficiência. Em alguns casos, os deficientes eram assassinados, porque, pela visão
deles, eles prejudicavam a sobrevivência da comunidade. Em outros casos, os
deficientes eram aceitos e respeitados pelo grupo, mas mesmos nestes, a
sobrevivência era difícil. Para se sustentar era preciso trabalhar, que na época
baseava-se na caça, na coleta e na pesca, mas que dependendo do tipo de
deficiência, o deficiente era impossibilitado de realizar. Além disso, o nomadismo e a
fuga de animais selvagens faziam com que o grupo deixasse o deficiente para trás.

Na antiguidade, as pessoas com deficiência eram excluídas da sociedade, ou


ate mesmo mortas, por não serem consideradas seres humanos, sendo rejeitadas.
Bem como diz Aranha (2008, p.12), “a deficiência nessa época, inexistia enquanto
problema, sendo que as crianças que apresentavam deficiências imediatamente
detectáveis, a atitude adotada era a da ‘exposição’, ou seja, o abandono ao relento,
até a morte”.

Em países como Grécia, Atenas e Esparta, o culto ao belo, ao corpo, ao vigor


físico, levavam os deficientes a serem exterminados, pois pessoas com anomalias
nunca poderiam alcançar o belo, além disso, eram tratadas como seres
sobrenaturais, incrustados de males, e a existência dos deficientes junto à Polis
poderia contaminá-la, por serem consideradas como prova do castigo dos deuses.
Os recém-nascidos e crianças com deficiência, consideradas subumanas, eram
eliminadas, abandonadas ou lançadas de precipícios. Na capital, nas famílias mais
privilegiadas, quando uma criança ao nascer, apresenta-se alguma deficiência, cabia
ao próprio pai matá-la.

No entanto, em países como Itália, ao invés das crianças com deficiência


serem mortas, elas eram colocadas em cestas de flores à margem do rio Tibre, e
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eram pegas por escravos e pessoas pobres que as criavam e com uma certa idade,
eram usadas como meio de exploração para pedir esmolas.

O início do cristianismo pouco mudou o tratamento com relação aos


deficientes, que neste momento tinham ligação com a bestialidade. Os romanos,
determinaram, através de leis, práticas de afogamento e asfixia de recém-nascidos
com deficiência. Segundo Kanner (1964), deficientes mentais faziam tarefas
humilhantes, como bobos da corte ou palhaços, que divertiam os senhores ou
trabalham em circos.

Na Idade Media, com a ascensão das ideias cristãs, as pessoas com


deficiência não podiam mas ser mortas, visto que somente Deus tinha esse direito.
Passaram a ser reconhecidas como pessoas possuidoras de uma alma e criaturas
de Deus. Porém, a tratamento dado a elas não se baseava na inclusão social, mas
na caridade, assim sendo, elas continuavam sendo ignoradas pela sociedade,
dependendo da boa vontade dos cidadão para sua sobrevivência.

Com o crescimento da parcela de deficientes, surgiram os abrigos, que


distante dos centros urbanos, tinham como proposito o assistencialismo. Para esses
locais eram levados todos os indivíduos que não condiziam com o padrão social da
época e, entre eles os deficientes, em especial os deficientes intelectuais. Dado às
circunstancias, as famílias escondiam seus parentes deficientes, visto que a Igreja
Católica tinha instaurado um dos períodos mais negros da historia, a Inquisição
Católica, que perseguia, caçava e exterminava pessoas que segundo eles, eram
consideradas hereges ou possuidoras de um espirito mal.

A partir do século XVIII, com o surgimento das ideias renascentistas e com o


aparecimento da ciência moderna, a deficiência passou a ser tratada como uma
doença causada por fatores naturais e não espirituais. Entendia-se a deficiência
como resultado de uma difusão, um defeito natural. Desse modo, o corpo humano
passou a ser estudado e, mais uma vez, o deficiente foi explorado pela sociedade,
se tornando um simples objeto de estudo da ciência.

Com a Revolução Industrial, houve um crescimento de pessoas que se


acidentavam no trabalho, e como consequência, essas pessoas passaram a receber
mais atenção, sendo criados processos de reabilitação. Outro ponto importante veio
com a Revolução Francesa, que com suas ideias humanistas, fez com que a
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sociedade percebesse a necessidade de oferecer uma atenção especializada as


pessoas com deficiência. Começaram a ser promovidos movimentos, que
propunham medidas para melhoria do atendimento aos deficientes, ocorrendo
primeiro na Europa, seguindo para os Estados Unidos da América, Canadá e outros
países. No Brasil, o interesse pelo atendimento ao deficiente teve início no século
XIX, inspirado nas experiências de outros países da Europa.

A inserção de pessoas com deficiência fez-se algo mais consistente a partir


da década de 90, onde se enquadram a luta pela mudança de paradigmas, a efetiva
inclusão social, a adaptação do meio para que o deficiente não encontre muitos
obstáculos, e o surgimento de diversas politicas publicas inclusivas. Percebemos,
então, que a sociedade vem se reorganizando para garantir o acesso a todos os
cidadãos.
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3 INCLUSÃO DOS DEFICIENTES FÍSICOS NO MERCADO DE


TRABALHO

Desde muito tempo, os portadores de deficiência física são vistos pela


sociedade como pessoas incapazes de terem uma vida social normal, como todas
as pessoas tem. No que diz respeito a educação, lazer, e principalmente o trabalho,
essas pessoas sofreram muito preconceito até mesmo nos dias de hoje sofrem.

Antigamente, os deficientes não tinham a oportunidade de trabalhar, eles


eram postos a margem da sociedade e vistos como pessoas sem utilidade alguma.
Mas com o passar do tempo, eles foram conquistando seu espaço nas empresas, o
governo começou a ter um olhar especial para com essas pessoas.

A Lei nº 8.213, de julho de 1991, denominada Lei de


Contratação de Deficientes nas Empresas prevê cotas para deficientes com Planos
de Benefícios da Previdência e outras previdências a contratação de portadores de
necessidades especiais.

Sabemos que mesmo com a Lei, ainda há muitas empresas que não apoiam
esta inclusão, pois algumas tem uma visão de que um deficiente não conseguirá
fazer suas tarefas e com isso a empresa terá que arcar com treinamentos especiais,
ou seja, só irá gerar mais gastos. Vale ressaltar que as empresas são fiscalizadas
para que elas estejam dentro da lei.

Muitos destes que buscam seu espaço na sociedade são chefes de família e
precisam do trabalho para o sustento da família ou para contribuição da renda
mensal.

O desafio da inclusão no mercado de trabalho tem sido superado graças ás


empresas que aprendem a localizar, contratar e treinar pessoas com deficiência,
preparando o ambiente de trabalho, juntamente com funcionários para que atuem
em equipe.

Tendo a inclusão, as chances e oportunidades de trabalho de uma pessoa


que é vista como diferente se tornem iguais na sociedade, fazendo com que possam
desenvolver suas habilidades e talentos como todos os outros.
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Mais importante do que um sistema de cotas punitivo é a educação para a


cidadania e garantia de direitos. O melhor caminho para que as pessoas com
deficiência venham a conquistar seu lugar no mercado de trabalho é através de sua
capacidade, de seu potencial e competência e não somente por uma imposição de
leis.

Muitas vezes o mais difícil não é a pessoa encontrar emprego mas sim a falta
de qualificação, como cursos para que aumente sua permanência no mercado, afinal
vivemos em um mundo onde são procuradas pessoas com um bom currículo e que
sabem exercer suas atividades na prática co êxito.

Independente de qualquer tipo de deficiência, o profissional deve se destacar,


pois os que são melhores, os que mais se esforçam são os que fazem a diferença
no mercado de trabalho.

3.1 DIREITO DOS DEFICIENTES FÍSICOS

Pessoas com deficiência física devem ter acesso aos serviços sociais e de
saúde, educacionais e profissionais existentes e demais serviços que são oferecidos
as pessoas não deficientes. Muitas dessas pessoas precisam receber serviços de
apoio diariamente, e esses serviços precisam ser de qualidade, baseado em suas
necessidades. Os diferentes grupos de pessoas com deficiência física e suas
necessidades de acessibilidade precisam ser incluídas no planejamento de qualquer
atividade, e não meramente improvisados. Conhecer e exigir direitos são exercícios
de cidadania, que contribuem para a melhoria da condição da vida de todos.

O dia do Deficiente Físico é comemorado no dia 10 de Outubro, dia de


comemorar a cidadania de nossos colegas que sofrem limitações físicas. Hoje tem
mais benefícios na sociedade graças a Convenção sobre os Direitos das Pessoas
com Deficiência aprovado em 09 de dezembro de 1975.

A discriminação enfrentada por pessoas com deficiência física, é causada


pelo fato de esses indivíduos serem, em sua grande parte, esquecidos e ignorados.
Por constituírem um grupo diverso, somente politicas que respeitam esta diversidade
são eficazes.
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A Carta dos Direitos Fundamentais, recentemente eleita pela União Europeia,


diz que, para que seja possível a igualdade para pessoas com deficiência, o direito
de não serem discriminadas deve ser integrado ao direito de usufruírem de medidas
que garantam sua autonomia, inserção e participação na vida da comunidade.

As empresas privadas estão tendo a iniciativa de abrir vagas exclusivas para


portadores de deficiência de todos os tipos, em troca o governo cede as empresas
descontos em tributo.

É importante também as cotas nas universidades para deficientes físicos e


auditivos, que já é um grande passo.

A cidade está cada vez mais acessível para eles como rampas em calçadas
e banheiros públicos com barras para apoio e ônibus para cadeirantes, temos que
valorizar os deficientes para eles não ver e não terem tanto obstáculos e se sentirem
mais socializados.

 Direito de Deficiente: “o que é justo, reto e conforme a lei.” Os principais


direitos das pessoas com deficiência foram reconhecidos pela Constituição
Federal de 1988, que fala da Seguridade Social.

 Deveres do Deficientes: É a obrigação e dever da família e fazer algo. Quase


sempre é o ponto de partida do direitos dos deficientes; Exemplos: O governo
e a família tem o dever de fazer valer os direitos dos deficientes.

A Constituição Federal de 1988 abriu vários caminhos para a legislação que


afirma cidadania do povo brasileiro.

É a primeira vez que é criada uma lei no país onde se fala sobre a
seguridade social, que é a proteção social para quem contribui e também para quem
não contribui a Previdência Social. Por isso se tornou universal o direito à Saúde e a
Assistência Social.

No trabalho, a Lei Federal n. 8112, de 11 de dezembro de 1990, art. 5º,


reserva um percentual de cargos e empregos públicos para as pessoas com
deficiência, e define os critérios para sua admissão.

Em concursos públicos federais (no âmbito da Administração Pública


Federal, ou seja, empresas públicas federais, sociedades de economia mista
pública, autarquias federais, fundações públicas federais e também a própria União)
21

até 20% das vagas são reservadas às pessoas com deficiência. Desta forma, este
percentual não é o mesmo para cada estado, município ou para o Distrito Federal,
porque é a lei de cada uma dessas entidades que irá estabelecer o percentual de
cotas de admissão para as pessoas com deficiência. Por exemplo, no Estado de
Minas Gerais, Constituição Estadual, art. 28 e a Lei Estadual n. 11867 de 28 de julho
de 1995, tal percentual é de 10%.

A existência de leis antidiscriminatórias provam que podem haver mudanças,


contudo, a lei por si só não é suficiente para combater preconceitos. É importante
que a sociedade se comprometa, incentivando a inclusão das pessoas com
deficiência, a sociedade deve ser o suporte das medidas legislativas.

3.2 A LEI DE COTAS E AS EMPRESAS

Desde Julho de 1.991 sob a LEI Nº 8.213 Lei de Contratação de deficientes


nas empresas foi criado pelo Ministério do Trabalho existem, atualmente, cerca de
306 mil pessoas com deficiência empregadas formalmente no país ,
De acordo com o artigo 93 as empresas com tem 100 ou mais colaboradores terá
que preencher de 2 a 5% cinco por de seu quadro de funcionários com pessoas
portadoras de deficiência.

- até 200 funcionários.......................2%


- de 201 a 500 funcionários..............3%
- de 501 a 1000 funcionários........... 4%
- de 1001 em diante funcionários.... 5%

O desafio da empregabilidade para quem possui alguma deficiência, segundo


o secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, é fazer
com que os empresários acreditem em sua capacidade produtiva e o interesse de
crescer e se destacar.

De acordo com a secretaria de todas as empresas do Brasil estivessem


cumprindo rigorosamente a lei de cotas, hoje em nosso país estariam empregados
mais de 900 mil pessoas com deficiência. Existem campanhas de conscientização
22

de empresários, não para contratar pensando somente em não receber a multa, mas
também na oportunidade que será dada a todos.

A baixa escolaridade e a falta de qualificação profissional são apontadas


como as principais causas da não contratação de pessoas com deficiência, além da
adaptação necessária na estrutura física nas empresas, para que os espaços
possam ser adequados ao trabalho e ao deslocamento dos profissionais.

Os colaboradores com deficiência não podem ficar em um setor isolado o que


não permitiria a integração com os outros e eliminaria o progresso no trabalho. Por
isso deverá, na medida do possível, um ficar em cada em setores diferentes.

Existe muito ainda a ser feito para garantir o direito desse público. Contratar
portadores de alguma deficiência não pode apenas haver em cumprir com as cotas
para se enquadrar com artigo 93. Ou seja, é preciso o preparo de todos para a
convivência, assim como a garantia de igualdade de condições, cobrança,
reconhecimento e tratamento. As empresas contratam, porém não prepara os
demais colaboradores para os receberem e fica a preocupação se este
colaboradores estão sendo bem recebidos dentro das empresas e como esta o
tratamento e a convivência com os demais.

A lei de cota de inclusão abrange o direito a todos os tipos de deficiência seja


ela física, visual, auditiva ou intelectual, porém a maior procura acaba sendo por
deficientes físicos e os intelectuais acabam sendo menos procurados.

Não há nenhuma oposição em contratar jovens aprendiz, pelo contrário a


aprendizagem pode ser um importante instrumento, pois não há nenhum limite de
idade.

A equipe que da empresa faz a contratação deve estar preparadas para


viabilizar pessoas com este seguimento. Principalmente precisam estar bem claras
as e as exigências a serem feitas devem ser peculiares a características de pessoas
com deficiência, para não ser exigido um perfil de candidato sem nenhum perfil de
limitações.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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