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Cultura Religiosa
Prezado leitor,
Capítulo 1
Fenômeno e a
Experiência Religiosa 123
Introdução
Recapitulando
Referências
Atividades
Capítulo 2
?
Religião e Ciência,
Saúde e Espiritualidade:
um Encontro Possível? 1
Introdução
num só objeto (p. ex., Nova Era); pode gerar uma pseudociên-
cia e uma heterodoxia pseudoteológica; d) compartimenta-
lismo: ciência e religião são vistas como dois campos total-
mente distintos, que não possuem nada em comum, por isso o
conflito entre eles é desnecessário e até impossível, sendo um
erro de análise interpretativo; e) complementarismo: mode-
lo que entende que as diferentes percepções da ciência e da
religião aplicam-se ao mesmo mundo e aos mesmos eventos,
mas cada uma em um nível de compreensão distinto, que são
complementares e não excludentes.
Recapitulando
Referências
Atividades
f
( ) Ciência e religião, medicina e espiritualidade sempre
estiveram em lados opostos, vivendo como inimigas
íntimas ou completas desconhecidas, desde a antigui-
dade.
46 Cultura Religiosa
v
( )
Ian Barbour, físico e Augustus Nicodemus, teólogo,
propuseram diferentes tipologias relacionais entre ci-
ência e religião, as quais variam do conflito aberto a
modelos complementares ou integracionistas.
v
( ) A criação dos hospitais no Ocidente teve forte influên-
cia do Cristianismo.
c
a) Conflito ( ) Ambas se tornam parceiras
na interpretação do mundo.
d
b) Independência ( ) Pode gerar uma pseudociên-
cia e uma pseudoteologia.
b
c) Integração ( ) Associado a visão dos magis-
térios não interferentes.
a
d) Nova síntese ( ) Ligado ao cientificismo e ao
anti-intelectualismo.
Templo de Esculáp
de, era o ________________________.
Capítulo 3
?
As Religiões Orientais 1
Introdução
3.1 Hinduísmo
3.1.1 História
Voltamos no tempo para o ano de 1500 a.C. e seguimos até
o ano 200 a.C.1 Os Arianos (“nobres”) começaram a subjugar
Hoje
3.1.2 Ensinamentos
Deuses
As deusas
O sistema de castas
ÂÂsacerdotes (brâmanes);
ÂÂguerreiros;
ÂÂservos.
Vida e morte
3.2 Budismo
3.2.1 História
Nascimento e vida de Siddartha
3.2.2 Ensinamentos
Uma vez que o budismo surge dentro do contexto hinduísta,
como um caminho individual para a libertação dos renasci-
mentos, é natural que muito de seus ensinamentos estejam
marcados por esse pensamento. Destacam-se, de modo espe-
cial, os pensamentos referentes às doutrinas do renascimento,
do carma e da libertação (ou salvação).
Deuses
Ser humano
Vida e morte
A lei do carma
3.2.3 Ética
Com a decisão de Buda, depois de alcançar a iluminação, de
tornar-se guia do ser humano, passa a ser fundamental para
o budismo o amor e a compaixão. Não só as ações, mas
também os sentimentos e afetos são importantes. A caridade
realizada não apenas afeta os outros, mas contribui para eno-
brecer o próprio caráter de quem a realiza.
ÂÂnão tomar aquilo que não lhe foi dado (não roubar);
3.3 Confucionismo
O que havia por trás de tudo isso era uma ideologia con-
fucionista. O conjunto de pensamentos, regras e rituais sociais
foi desenvolvido pelo filósofo K’ung-Fu-Tzu. No Brasil, nós o
conhecemos como Confúcio. Além disso, Confúcio formulou
normas para a vida religiosa, para os sacrifícios e os rituais.
3.4 Xintoísmo
ÂÂlealdade ao imperador;
ÂÂgratidão;
ÂÂverdade;
Principais ideias
ÂÂpurificação;
ÂÂsacrifício;
ÂÂoração;
ÂÂrefeição sagrada.
3.5 Taoísmo
Lao-Tsé
Yin/yang
Recapitulando
Referências
Atividades
Capítulo 4
Judaísmo e Islamismo 1
1 Paulo Gerhard Pietzsch é Doutor em Teologia pela Faculdade EST (2008) e atua
no Curso de Teologia da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) desde 1996.
Capítulo 4 Judaísmo e Islamismo 75
Introdução
4.1 Judaísmo
1 www.sbb.org.br.
78 Cultura Religiosa
O exílio na Babilônia
Advertidos pelos profetas do juízo e sofrendo punição em ra-
zão do descumprimento das leis divinas os israelitas, sem re-
troceder, viram o seu reino dividido em dois: o reino do Norte
(Israel) e o do Sul (Judá). Em 722 AEC, os assírios invadiram
e devastaram o reino do Norte, que deixa de ter importância
política e religiosa.
4.1.3 Ensinamentos
Deus
Messias
A expectativa pela vinda de um messias (“o Ungido”) inclui a
crença de que esse virá criar um reino de paz na Terra. Histo-
ricamente, a expectativa remonta à época do rei Davi, quando
os reis eram ungidos ao subir ao trono. A partir do exílio babi-
lônico, os judeus alimentam a expectativa da chegada de um
messias que fosse descendente do Rei Davi. Muitos passaram
a acreditar que esse Messias traria de volta o período de glória
e poder dos tempos do reinado de Davi. Até aos tempos atu-
ais, muitos ainda aguardam esse tempo messiânico glorioso,
de poder e paz. Nem todos os judeus, porém, identificam o
Messias como uma pessoa; há também a crença numa “era
messiânica” de paz na Terra, com destaque especial para Is-
rael. Muitos judeus, porém, identificam a criação do Estado
de Israel, em 1948, como o cumprimento dessa expectativa
messiânica.
Capítulo 4 Judaísmo e Islamismo 81
Mundo
Registra o texto sagrado em Gênesis, capítulo 1, que Elohim
criou o “céu e a Terra” (o Universo), sendo o ápice da criação
o ser humano. Tendo concluído sua obra criadora, emanada
exclusivamente de sua inexplicável vontade, constata que o
Universo é bom. A força da qual flui o ato criador é sua ordem,
a partir do nada e concretizada por suas palavras. A soberania
divina está realçada. Ele é o Criador.
Ser humano
O ser humano é considerado o parceiro de Elohim (Deus) na
própria obra da criação, seja na missão de completar essa
obra criada, seja no seu cuidado e administração da mesma.
Tem como uma das grandes finalidades a procriação e foi o
único ser criado à imagem e semelhança de Deus. (BÍBLIA SA-
GRADA, Gênesis 1 e 2)
A ética
O religioso e o ético fundem-se na vida de um judeu. Tudo
pertence à Lei de Elohim. Além das 248 ordens afirmativas
e das 365 proibições, a vida do judeu ainda deve respeitar
os costumes e práticas que se consolidaram ao longo de sua
história. Entre as qualidades éticas recomendadas estão a ge-
nerosidade, a hospitalidade, a boa vontade para ajudar, a ho-
nestidade e o respeito pelos pais.
2 http://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/1081542/jewish/Significado.htm
3 Colaboração do Prof. Dr. Acir Raymann (Doutor em Teologia do Antigo Testa-
mento)
86 Cultura Religiosa
4.2 Islamismo
4.2.1 História
Quando falamos a respeito do Islamismo, enfatizamos ser
essa uma das três grandes religiões monoteístas, ou seja, que
crê somente na existência de um Deus. Mohammed ou, sim-
plesmente, Maomé é, por seus adeptos, reconhecido como
fundador e grande profeta. Maomé nasceu no ano de 570
d.C., na cidade de Meca, em território que hoje pertence à
Arábia Saudita. Quando completou 40 anos, Maomé iniciou
Capítulo 4 Judaísmo e Islamismo 89
4 http://brasilescola.uol.com.br/religiao/islamismo.htm
5 Você pode conferir a História de Agar e de Ismael em Gênesis, capítulos 16 e
21, Bíblia Sagrada.
90 Cultura Religiosa
6 http://brasilescola.uol.com.br/religiao/islamismo.htm
Capítulo 4 Judaísmo e Islamismo 91
De Meca a Medina
Após a revelação, Maomé começa sua pregação em Meca. Pro-
clama-se profeta e mensageiro de Deus. As famílias abastadas
entenderam essa pregação como manobra para usurpar o po-
der político da cidade. As famílias assentadas no tradicionalismo
religioso também se lhe opuseram por entender que se abando-
nassem suas antigas crenças, estariam reconhecendo que seus
antepassados foram pagãos. A crise estava instalada. A situação
de Maomé piora após a morte de seu tio e sua esposa. Alguns
de seus seguidores, residentes em Medina, mostraram-se dispos-
tos a aceitá-lo na cidade. Assim, em 622, Maomé sai de Meca
e vai para Medina. Esse episódio é conhecido como hégira, que
significa rompimento ou partida. (LUCCHESI, 2002)
92 Cultura Religiosa
4.2.4 Ensinamentos
Não há Deus senão Alá, e Maomé é seu profeta. Esse é o
resumo da fé islâmica: o monoteísmo e a revelação dada a
Maomé.
Monoteísmo
Alá não se trata de um nome pessoal, mas é a palavra árabe
que significa Deus. Etimologicamente, a palavra alah relacio-
na-se com a palavra hebraica el, que é utilizada na Bíblia para
nomear o Deus dos hebreus.
Revelação
Deus falou ao ser humano por intermédio de seu profeta Ma-
omé. Ele é o último dos profetas enviado por Deus à humani-
dade. Embora de início Maomé estivesse próximo às tradições
judaico-cristãs, delas se distancia em razão de controvérsias
tidas com os judeus sobre narrativas do Antigo Testamento.
Ser humano
O ser humano possui um estatuto especial e uma posição pri-
vilegiada no Universo. A vida é dádiva divina. O ser humano é
criatura divina perfeita e possuidora de uma alma que perdura
após a morte.
As mulheres no islã
Há profundos contrastes no tratamento de homens e mulheres
na vida social e nas leis relativas ao casamento. Deve-se, no
entanto, afirmar que o Corão, em relação às mulheres, tanto
determina obrigações (“os homens têm autoridade sobre as
mulheres”) quanto direitos (o dote pago pelo marido por oca-
sião do casamento é propriedade da mulher e não pode ser
usado sem o consentimento dela).
A morte
Após a morte, a alma do fiel muçulmano vai a um paraíso des-
frutar dos seus deleites e contemplar o rosto de Alá. A alma do
infiel, por seu turno, vai ao inferno. Aguardar-se-á o dia do ju-
ízo, quando as ações dos seres humanos serão definitivamente
julgadas e receberão a devida paga. As almas dos mártires
e dos profetas não passarão pelo juízo final, pois já estão no
paraíso. O ato final será a proclamação do Islã como religião
mundial, liderada por Jesus. (SMITH, s.d)
Mundo
O mundo foi criado por um ato deliberativo de Alá. Dois as-
pectos emergem em decorrência: o mundo da matéria é real e
Capítulo 4 Judaísmo e Islamismo 97
7 http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/24157/
populacao+muculmana
98 Cultura Religiosa
8 http://historiadomundo.uol.com.br/arabe/o-fundamentalismo-islamico.htm
Capítulo 4 Judaísmo e Islamismo 99
4.3 Conclusão
Recapitulando
9 http://professorlfg.jusbrasil.com.br/artigos/258092677/estado-islamico-de-on-
de-veio-e-aonde-quer-chegar
100 Cultura Religiosa
Referências
Atividades
I–
A observância do sábado, chamado de __________
é, ainda hoje, uma das principais características ou
ritos do Judaísmo, sendo um dia sagrado de des-
canso. ___________ é considerado o seu Patriarca e
__________ é o seu grande Profeta.
Capítulo 5
Introdução
1 Nota: o mito é contado aqui de forma muito resumida. Para uma melhor com-
preensão, devido à complexidade do tema, sugere-se a leitura do texto de Freud
na sua íntegra.
Capítulo 5 Culpa e Perdão: Uma Questão Existencial 117
Recapitulando
Referências
Atividades
v
b) ( ) Uma das características da culpa é sua subjeti-
vidade: o que para um indivíduo pode ser motivo de
culpa não será necessariamente para o outro.
f
c) ( ) A culpa possui uma origem incerta, difusa, vaga.
Não há como determinar origens concretas da culpa
humana.
f
b) ( ) A culpa jamais possuirá um elemento positivo, so-
cialmente falando.
v
c) ( ) A culpa pode se tornar fonte de angústia e de neu-
rose individual.
Capítulo 6
?
Cristianismo – História e
Expansão 12
Introdução
6.2.1 Em Jerusalém
O advento do Espírito Santo sobre os apóstolos no dia de Pen-
tecostes judaico, isto é, 50 dias depois da Páscoa, marcou o
início histórico do cristianismo.
132 Cultura Religiosa
6.4.1 As perseguições
Ainda que mal compreendido, o cristianismo era tolerado,
como o eram todas as religiões no império romano. As perse-
guições eram esporádicas, em especial na Ásia.
Capítulo 6 Cristianismo – História e Expansão 135
6.4.4 A língua
Até o século III, o espaço geográfico formado pela bacia do
Mediterrâneo conhecia o grego. O avanço do latim no Oci-
dente teve como consequência inevitável o recuo do grego. Ao
fundar sua nova capital, Bizâncio (depois Nova Roma e depois,
ainda, Constantinopla), o imperador Constantino queria fazer
dela uma nova Roma, com uma administração que utilizasse
o latim. Não deu certo: o oriente não se latinizou. Sem língua
comum, os problemas emergiram e os acertos esbarravam nas
questões linguísticas, em especial os acertos teológicos.
6.4.5 Os concílios
A partir do concílio de Nicéia (325), as discussões tornaram-se
constantes. Os concílios de Éfeso (431), Calcedônia (451) e
Constantinopla (553) foram ocasiões de confronto em detri-
mento da conciliação. As discussões religiosas eram agrava-
das em razão da primazia da sede de Roma, que Constantino-
pla queria compartilhar. Podem ser acrescentadas as questões
das imagens, normais no Ocidente, mas rejeitadas por parte
dos cristãos orientais, e do celibato, obrigatório no ocidente,
porém exigido no oriente apenas para os bispos.
6.4.7 O cisma
Finalmente, em 1054, ocorre o episódio final da separação
em decorrência de uma recusa de reconhecimento mútuo en-
tre os legados do papa e o patriarca Miguel Cerulário. Essa
recusa provocou uma excomunhão mútua, e cada uma das
partes do cristianismo passou a construir sua própria tradição.
6.6 Ensinamentos
6.6.1 Deus
O cristianismo herdou do judaísmo a crença na existência de
um único Deus (monoteísmo), criador do Universo e que pode
intervir sobre ele, conforme a Sua vontade. Por essa razão, os
principais atributos de Deus são: onipotência, onipresença e
onisciência. Mas, sem dúvida alguma, há outro atributo, mui-
tas vezes mencionado nos escritos, e que se refere ao amor de
Deus que se estende sobre todas as pessoas, estabelecendo
uma relação pessoal entre o Criador e a Criatura.
142 Cultura Religiosa
6.6.2 A Trindade
Algumas das tradições cristãs professam a crença na Trindade:
Deus é um só ser eterno que existe em três pessoas distintas e
indivisíveis: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Esse pensamen-
to cristão, que difere de várias tradições religiosas, como o
judaísmo e o islamismo, foi consagrado no Concílio de Ni-
céia (325 a.D.). Internamente, também há divergências, pois
há grupos que defendem a existência de duas pessoas: o Pai,
que deve ser adorado e o Filho, que não tem nenhum direito
à adoração.
6.6.6 As festas
Há no cristianismo, como em outras tradições, festivais que
promovem a relembrança dos feitos divinos em favor dos seres
humanos. Muito embora haja divergência sobre esse tema em
algumas tradições cristãs, o que se percebe é que o cristia-
nismo é festivo. De uma forma geral e ressalvadas as inter-
pretações divergentes, as principais festas cristãs podem ser
apontadas como as que abaixo se seguem:
6.6.7 Os símbolos
A simbologia cristã é muito rica. Procura remeter o fiel à lem-
brança das promessas divinas e que o conduzem à fé nessas
promessas de salvação e cuidado. Nesse espaço restrito, no
entanto, há apenas algumas menções.
Recapitulando
Referências
Atividades
Capítulo 7
?
A Mensagem Cristã – A
Bíblia e Atualidade 1
1 Paulo Gerhard Pietzsch é Doutor em Teologia pela Faculdade EST (2008) e atua
no Curso de Teologia da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) desde 1996.
152 Cultura Religiosa
Introdução
1) Ensina o que Deus exige em sua 1) Mostra o que Deus fez e ainda
lei e o que nós devemos fazer ou faz pela nossa salvação.
deixar de fazer.
7.2.1 As parábolas
A divindade de Jesus é percebida pelos cristãos, não somente
por meio de suas curas e milagres, mas também por meio de
suas mensagens, consagradas nos quatro evangelhos. Entre
as mensagens de Jesus, o Cristo, sempre se dá um especial
destaque às parábolas. Essas foram usadas por Jesus para dar
um sentido às perguntas dos discípulos e demais seguidores,
utilizando-se de uma contextualização concreta capaz de ser
compreendida pelos seus interlocutores.
7.2.3 S
ermão: A questão das Riquezas e da
Ansiedade
As riquezas materiais, o dinheiro e os bens devem estar a ser-
viço das pessoas, e não o contrário. Fazer das riquezas o obje-
tivo da sua vida pode resultar em frustrações, pois se a nossa
confiança for depositada em valores finitos e passageiros, só
poderemos viver em ansiedade diante do amanhã.
É por isso que Jesus insiste que não se pode servir a dois
senhores. Somente quando Deus estiver em primeiro plano na
vida das pessoas, tudo o que essas alcançarem sob a bênção
do Senhor será para a sua felicidade e bem-estar.
7 http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p4s2_2759-2865_po.html
162 Cultura Religiosa
7.4 Conclusão
Recapitulando
REFERÊNCIAS
Atividades
Capítulo 8
Lutero e as Reformas
Religiosas do Sec. XVI 1
Introdução
8.2.1.1 Zwínglio
Zwínglio desenvolveu seus estudos acadêmicos na Basileia,
onde obteve o grau de Mestre em Artes. Fortemente influen-
ciado por um de seus professores que se voltara contra as
indulgências, ensinava que a única autoridade nos assuntos
da Igreja é a Sagrada Escritura e que o perdão dos pecados
se encontra em Cristo. Foi ele quem deu início ao movimento
da Reforma na Suíça.
8.2.1.2 Calvino
Calvino, que já fora integrante do clero romano sem ser orde-
nado sacerdote, depois do seu afastamento passou a adotar
as ideias da Reforma e começou a ser visto como importante
líder do movimento reformista na França e na Suíça. A pu-
blicação da obra “Institutas da Religião Cristã” tornou-se um
clássico e referência do sistema de doutrinas adotado pelas
Igrejas Reformadas.
Capítulo 8 Lutero e as Reformas Religiosas do Sec. XVI 183
ideal era uma igreja uniforme num reino unido, porém, com
liberdade de opinião, nem católica, nem protestante de linha
extremada. Segundo Isabel, a Igreja na Inglaterra não deveria
ser nem luterana, nem reformada, nem católica, mas sim An-
glicana.
8.4.1 O passado
Em 1517, acontecimentos já vistos no Capítulo anterior, os
fatos foram sendo desencadeados à medida que as discussões
ocorriam. Em escrito de 1520, Sobre as boas obras, Lutero
define o novo rumo do agir humano. O presente divino aco-
lhido pela fé provoca uma reação de agradecimento a quem
presenteou e aos outros presenteados.
8.4.3 O futuro
Teologicamente, educação não é uma opção, mas um impe-
rativo. Como imperativo, é impensável deixar de fazê-la, não
apenas no âmbito religioso apontando diretamente para o rei-
no de Deus, mas, também, no âmbito secular apontando para
o reino de mundo.
Capítulo 8 Lutero e as Reformas Religiosas do Sec. XVI 191
Recapitulando
Referências
Atividades
b) (
x ) Eram necessárias outras transformações. Entre
elas, uma fundamental: na área da educação. Por isso
o esforço de Lutero por uma escola que estivesse ao
alcance do povo.
Capítulo 9
?
A Diversidade Religiosa
do Brasil 1
Introdução
9.1 Catolicismo
9.2 Protestantismo
9.3.1 Anglicana
A Igreja Anglicana (seu surgimento com Henrique VIII e sua
estabilização) já foi referida no Capítulo anterior, no relato de
outros Movimentos Reformistas.
9.3.2 Presbiteriana
O ano de 1560 marca a introdução do calvinismo na Escócia,
por meio de John Knox, discípulo de Calvino. Nessa data, o
Parlamento escocês aboliu a jurisdição papal e proibiu a ce-
lebração da missa na Escócia. É preciso enfatizar, no entanto,
que os fatos não se sucederam de forma pacífica.
9.3.3 Batista
Há duas teorias que explicam o surgimento dos batistas. Uma
reporta-se ao batismo de Jesus no rio Jordão; outra identifica
nos anabatistas, século XVI, sua origem. Os anabatistas rejei-
tavam a validade do batismo de crianças e exigiam um novo
batismo. Daí o termo anabatistas, “os que batizam de novo”.
Capítulo 9 A Diversidade Religiosa do Brasil 205
9.3.4 Metodista
O movimento surgiu na Universidade de Oxford, na Inglaterra,
por volta de 1739. Não tinha a pretensão de criar uma nova
tradição religiosa, mas tão somente reavivar a espiritualidade,
marcada pela frieza e lassidão dos costumes da época, vigen-
tes na Igreja Anglicana.
9.4.2 Mórmons
Em 1830, nos Estados Unidos, Joseph Smith inicia o movi-
mento conhecido como Igreja dos Mórmons, embora o nome
oficial seja Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Segundo os relatos de Joseph Smith, ele foi atendido em sua
busca pela verdadeira Igreja de Cristo em 1820, por meio de
uma revelação que lhe recomendara não entrar em nenhuma
das igrejas existentes. Em 1823, o anjo Moroni lhe apareceu
e falou de certas placas douradas enterradas no chão. Quatro
anos depois, Smith desenterrou essas placas, encontrando ain-
da duas pedras especiais em recipientes de prata. Com a aju-
da das pedras, após algum tempo, Smith conseguiu decifrar as
placas, que foram então levadas de volta pelo anjo Moroni. A
tradução das placas foi publicada em livro, em 1830, com o
título O Livro de Mórmon.
9.5.1 Seicho-no-ie
A Seicho-no-ie foi fundada por Masaharu Taniguchi, em 1930,
no Japão e está presente no Brasil desde o final de 1950. Este
grupo religioso considera-se ao mesmo tempo uma filosofia
de vida e uma religião. Como religião ensina a concepção
de que o ser humano é filho de Deus e cada pessoa precisa
conhecer sua verdadeira natureza. Filosoficamente, apresenta-
-se acima de sectarismos religiosos e propõe um caminho de
progressão infinita às pessoas que buscam os centros de me-
ditação Seicho-no-ie.
Recapitulando e projetando
O quadro que acabamos de apresentar mostra bem o tama-
nho da diversidade religiosa brasileira e a variedade de religi-
ões protestantes ou evangélicas. Os protestantes “tradicionais”
sofreram forte impacto: seja pelo surgimento de novos grupos
identificados com a evangelização que objetivava a conversão
do povo brasileiro, quer pela expansão dos pentecostais, nos-
so próximo passo.
Recapitulando e projetando
Com a ciência de que o catolicismo representa historicamente
a religião majoritária do Brasil, como já foi exposto no presen-
te Capítulo, há, porém, um pluralismo enorme e variado de
religiões menores que compõem o cenário religioso brasileiro.
Junto com o catolicismo, o protestantismo com suas variadas
facetas, falta examinar o Espiritismo, as Religiões Afro-Brasilei-
ras (representada pelo Candomblé) e a Umbanda.
9.7 Espiritismo
Ser humano
A visão que o espiritismo possui de ser humano é denominada
de tridimensional. São três dimensões do mesmo elemento: o
corpo, o perispírito e o espírito.
Mundo
O mundo é concebido em dois grandes planos: a) O material:
não se restringe à Terra, pois nesse plano há diversos níveis de
materialidade, determinados pela pureza ou grau de desen-
volvimento moral a que se consegue chegar; b) O espiritual:
também marcado por graus de moralidade e perfeição, onde
habitam os espíritos desencarnados - aqueles cujo perispírito,
já gasto e não realizando mais suas funções de unir o corpo
ao espírito, deixa o espírito separar-se do corpo, provocando
o que se chama de morte ou desencarne.
Passe
É uma espécie de exorcismo leve, dado individualmente por
um dirigente ou pelo médium em transe durante a sessão espí-
rita, com o objetivo de afastar as influências negativas, as más
vibrações, os “encostos”, as “demandas” e transmitir energia
espiritual positiva.
Deus
É exaltado como Ser e Fim Supremo e meta de perfeição de
todo o processo evolutivo dos espíritos. É inacessível ao ser
humano. O mais perto que o ser humano chega é dos espíri-
tos desencarnados, para os quais o espiritismo disponibiliza o
principal meio de expiar suas obrigações cármicas - a carida-
de, meio eficaz de expiar as faltas passadas e, assim, progredir
rumo à perfeição.
9.8.1 Candomblé
O candomblé é visto como um processo sincrético intertribal
africano, formado basicamente por quatro grandes nações
africanas, nomeadamente Kêtu, Fan, Jejê e Angola, provindas
do Sudão, Nigéria e Daomé.
9.8.2 Umbanda
A Umbanda é um comportamento religioso próprio do Brasil.
Entre as muitas histórias sobre a sua origem conta-se a de
Zélio Fernandinho de Moraes, um espírita que recebeu orien-
tação mediúnica para criar a nova religião no Rio de Janeiro,
em 1908.
Capítulo 9 A Diversidade Religiosa do Brasil 223
Recapitulando
Referências
Atividades
c) No __________________
candomblé não há uma ênfase muito
grande em questões de ordem moral e ética, porque
Capítulo 9 A Diversidade Religiosa do Brasil 227
2) Mórmons
3) Testemunhas de Jeová
4) Batistas
5) Seicho-no-ie
Capítulo
Capítulo 10
?
Introdução
10.2 Valores
10.3 Consciência
10.4 Responsabilidade
Amar a Deus
1) “Eu sou o Senhor, teu Deus. Não terás outros deuses dian-
te de mim.” Significa que devemos confiar em Deus acima
de todas as coisas.
Capítulo 10 O Mundo dos Valores e a ética Cristã 239
Amar o próximo
4) “Honrarás a teu pai e a tua mãe, para que te vás bem e
vivas muito tempo sobre a terra.” Significa não despre-
zar nem irritar pais e superiores, mas honrá-los, servi-los,
obedecer-lhes, amá-los e querer-lhes bem.
10.7.2 Bioética
A Bioética é uma área específica da ética que promove uma
“reflexão interdisciplinar, complexa e compartilhada sobre a
adequação de ações que envolvem a vida e o viver” (Goldim,
José Roberto [org.]. Bioética e espiritualidade. 2007: p. 11).
Portanto, todas as áreas que se ocupam e se preocupam com
a vida e o viver terão alguma participação na discussão bio-
ética.
que uma pergunta ainda mais importante seja feita: “de quem
nós somos?”.
10.7.4 Aborto
O mandamento “não matarás” proíbe o homicídio, mas tam-
bém alerta para a preservação da vida humana, protegendo-a
de qualquer perigo ou dano, e evitando a possibilidade de
que ela seja tirada ou interrompida. Por isso, a utilização e o
Capítulo 10 O Mundo dos Valores e a ética Cristã 247
10.7.5 D
escarte e destruição de embriões
humanos
A vida humana deve ser preservada, pois é obra de Deus. Essa
valorização e dignidade se estendem a qualquer estágio de
desenvolvimento da vida humana, inclusive o estágio embrio-
nário, logo após a concepção.
10.7.6 Eutanásia
O termo eutanásia significa literalmente “boa morte”, isto é,
abreviar serenamente a vida de quem sofre doença incurável,
interrompendo o sofrimento. Há diferentes tipos de eutanásia:
ativa, passiva, voluntária, involuntária etc. Não há como apro-
fundarmos o tema nesta breve exposição, mas cabe o desafio
da pesquisa adicional.
10.7.8 Sustentabilidade
A ética cristã entende que toda vida na terra é criação divi-
na e compete aos seres humanos conservá-la. Buscar a pre-
servação e utilização adequada dos recursos naturais é uma
manifestação do amor a Deus, às outras criaturas e à própria
criação. No reconhecimento do Criador, a ética cristã desper-
ta para a responsabilidade e o compromisso com a criação
como preciosa dádiva de Deus, pois a Bíblia diz que tudo que
Deus criou é bom. Sendo assim, passa-se a buscar o uso con-
veniente da criação para sustento de toda a vida, o equilíbrio
entre o uso e o abuso, um ser humano consciente de sua rela-
ção com o Criador e assim administrador das dádivas divinas,
esforçando-se no controle da maldade e cobiça humana que
é a grande ameaça ao mundo abençoado por Deus.
Recapitulando
Referências
Atividades
Gabarito
Capítulo 1
1) c
2) a; d
3) a
Capítulo 2
1) F; V; V.
2) c; d; b; a.
Capítulo 3
1) d
2) b, d
3) c
Capítulo 4
1) c
2) d
3) a
258 Gabaritos
Capítulo 5
1) V; V; F
2) c
Capítulo 6
1) b
2) a; c
3) c
4)
Para responder a essa questão você pode pesquisar
nos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. Você
pode usar outras fontes, além do capítulo 6 deste livro.
Capítulo 7
1) a
2) c
3) e
Capítulo 8
1) a) fé, b) indulgências, c) 95 teses, d) Escritura, e) Igreja
Católica.
2) c
3) b
Capítulo 9
1) escravos, sincretismo, candomblé, reencarnação, Jesus.
2) a
3) 5; 1; 3; 2; 4
Gabaritos 261
Capítulo 10
1) c
2) b
3) d
4) a
5) b