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“Geografia: uma gênesis grega, outra alemã”. O CACD trabalha com a Geografia alemã,
institucionalizada criada a partir do século XIX. A Geografia nasceu na Alemanha por uma preocupação
do povo alemão em afirmar seu território e seu Estado Nacional recém-formado, diferente de outras
potências europeias como França e Inglaterra que já estavam consolidadas enquanto Estados Nacionais.
Dentro desse contexto, quatro personagens prussianos foram decisivos: Immanuel Kant (cujo saber
geográfico influenciou as teses dos considerados pais da Geografia), Alexandre von Humboldt
(juntamente como Karl, é considerado pai da Geografia; grande viajante, naturalista, autor do livro
Kosmos), Karl Ritter (professor da primeira cátedra de Geografia na Universidade de Berlim). A formação
de Humboldt mais ligada aos campos da História e da Filosofia e a formação de Ritter mais ligada aos
campos de Geologia e Botânica ajuda a explicar a interdisciplinaridade da Geografia enquanto ciência
trabalha com uma interface sociedade X natureza.

Determinismo Geográfico: primeira escola de pensamento geográfico

 Espaço Vital

“Os grupos humanos são organismos que crescem e se multiplicam, tendendo a expandir-se; por isto,
tendem a alargar o seu território, ocupando áreas maiores e fazendo-o à custa dos territórios vizinhos.”

Percursor: Friederich Ratzel

 Teoria foi utilizada para justificar o expansionismo territorial alemão.


 A natureza vai determinar as condições sociais, pois o espaço vital é pré-requisito para a
sobrevivência de uma sociedade
 O determinismo não foi extinto, até hoje ainda existem alguns defensores dessa escola

Possibilismo Geográfico: resposta francesa ao determinismo alemão

 Percursor: Paul Vida de La Blache


 Gêneros de vida: na verdade a natureza não determina as condições sociais, mas oferece
condições que vão ser aproveitadas pela população que ali reside que vai desenvolvendo
técnicas para aproveitar as condições oferecidas pela natureza. Ou seja, a natureza é
importante, mas ela não é determinante, ela oferece possibilidades. A ideia parece criticar o
colonialismo francês, mas na verdade afirmava-se que a população que residia nas áreas que
foram colonizadas pela França não estava aproveitando as condições oferecidas por aquele
território por falta de desenvolvimento tecnológico.

Método Regional

 Percursor: Richard Hartshorne


 A relação sociedade/natureza é importante, mas cabe à geografia estudar as diferentes partes
do planeta, pois, dependendo da região, a relação sociedade/natureza pode ser deslocada para
uma dos fatores. Cabe à Geografia criar um método de estudo para as diferentes áreas.
Geografia Pragmática ou Quantitativa ou ainda Nova Geografia

 No pós 2ª Guerra nasceu uma quantidade expressiva de estudos que defendiam padrões mais
científicos para a geografia, propondo uma renovação (Nova Geografia)
 Estudo de Geografia utilizando-se de dados matemáticos e quantitativos pra levantamento de
dados de certos lugares
 Vantagens: mais científica, permite um diálogo maior com outras ciências

Geografia Crítica

 Surge nos anos 60/70


 As correntes tradicionais não conseguem mais explicar o mundo atual
 Mais politizada
 Não basta descrever as regiões, as paisagens, é essencial compreender porque os lugares
estão/são dessa maneira
 Grande expoente: Milton Santos (Por uma Geografia Nova)
 O espaço geográfico reflete o sistema de produção capitalista que gera uma série de
desigualdades
 “É necessário saber pensar o espaço, para saber nele se organizar, para saber nele combater”
(Yves Lacoste)

Geografia Humanista

 Recupera o pensamento geográfico mais antigo da geografia cultural e se identifica bastante


com a geografia crítica (também considera importante investigar as causas para os padrões
geográficos terem uma determinada característica)
 Considera que o sistema de produção econômico é decisivo para a organização geográfica
 Fenomenologia: o espaço geográfico analisado não é interpretado da mesma maneira por
grupos sociais diferentes
 A Geografia Humanista procura um entendimento do mundo humano através do estudo das
relações das pessoas com a natureza, do seu comportamento geográfico, bem como dos seus
sentimentos e ideias a respeito do espaço e do lugar. (TUAN, 1982)
 Dentre os conceitos fundamentais da Geografia, lugar é mais importante para a geografia
humanista já que ela valoriza a relação de grupos sociais com determinadas áreas
Correntes Tradicionais da Geografia: Determinismo Geográfico, Possibilismo Geográfico e Método
Regional
História do Pensamento Geográfico

A Séc XIX B 1945 (2ª Guerra) C

A) Saber Geográfico até o séc. XIX (ou final do séc. XVIII)


i. Não sistemetizado
ii. Misturado à outras áreas de conhecimento

B) Século XIX e primeira metade do XX


i. Institucionalização (Ritter e Humboldt)
ii. A sistematização ocorre com o preenchimento de diversos pressupostos ou condições
históricas para que fosse possível pensar em Geografia como uma ciência independente.
Como por exemplo, O primeiro destes pressupostos dizia respeito ao conhecimento
efetivo da extensão real do planeta. Isto é, era necessário que a Terra toda fosse
conhecida para que fosse pensado de forma unitária o seu estudo. Esta condição
começa a se realizar com as “grandes navegações” e as consequentes descobertas
efetuadas pelos europeus. A partir das grandes navegações foi possível a constituição de
um espaço mundializado, que tinha por centro difusor a Europa, marco importante no
processo de transição do feudalismo para capitalismo. O que não quer dizer que, nesta
época, todos os pontos da Terra já haviam sido visitados, mas que sua existência era
conhecida. Havia consciência dos contornos gerais da superfície terrestre, das terras
existentes. Outro pressuposto da sistematização da Geografia era a existência de um
repositório de informações, sobre variados lugares da Terra. Outro pressuposto para o
aparecimento de uma Geografia unitária, residia no aprimoramento das técnicas
cartográficas, o instrumento por excelência do geógrafo. Todas estas condições
materiais, para a sistematização da Geografia, são forjadas no processo de avanço e
domínio das relações capitalistas. Dizem respeito ao desenvolvimento das forças
produtivas, subjacente à emergência do novo modo de produção.
iii. Primeiras Correntes de Pensamento Geográfico (Determinismo, Possibilismo e Método
Regional)
C) Aula 2

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