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UMA INTRODUÇÃO
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G E O G R A F I A DA S M E T R Ó P O L E S : U M A I N T RO D U Ç Ã O
Sobre o livro
Por isso não é fácil agüentar tanta pressão da sociedade que nos envolve.
Ainda assim, nosso povo continua firme, resistindo. É claro que há gente que
olha para nós e pensa que somos pobres, miseráveis, porque insistimos em viver
de modo tradicional. Mas essa é nossa forma de mostrar que a vida que a gente
tem é uma opção que fazemos para manter o céu suspenso, como dizem
nossos avós. Isso, só por vontade de Nhanderu.
Paulo. Dessa forma, políticas e resultados são abordados pelo uso cotidiano
que os moradores fazem dos conjuntos habitacionais.
Completando esse quinto capítulo está o texto de COSTA, anali-
sando a presença de uma unidade da Universidade de São Paulo na Zona
Leste da capital. A região, a sociedade e o meio ambiente são apresentados
como estratégia geopolítica da instalação da unidade. Esse texto tem indica-
dores que certamente deverão tornar-se documentos comprobatórios da
possibilidade histórica dessa unidade de ensino superior caminhar na dire-
ção de ser a USP da Zona Leste e a USP na Zona Leste.
Completando o volume no sexto capítulo estão os textos relativos às
metrópoles mundiais. Ilustres professores estrangeiros foram convidados para
a reflexão internacional sobre as metrópoles mundiais. TELLO analisa o
discurso anacrônico e as práticas globalizadas sobre planejamento urbano.
Pesquisadora da Universidade de Barcelona, traz o olhar europeu sobre o dis-
curso técnico e a realidade paulistana e brasileira. BENACH apresenta em
seu texto as transformações que a metrópole de Barcelona viveu entre 1979 e
2004, quando se metamorfoseou de cidade olímpica em metrópole multicultural.
Os outros três textos desse último capítulo procuram dar conta da
realidade metropolitana de Buenos Aires. O planejamento urbano e a cons-
trução do risco por inundações na cidade de Buenos Aires é apresentado
por GONZÁLEZ. Por outro lado, YANES, BLANCO, DAFFUNCIO
RUFRANO, MACAGNO e QUEIROLO apresentam uma proposta
metodológica para o planejamento do transporte, estudando as novas linhas
de subterrâneos em Buenos Aires. E, por fim, CICCOLELLA e MIGNAQUI
escrevem um estudo crítico sobre a Buenos Aires do século XXI, como
uma metrópole em transição, ou seja, uma cidade sem projeto, que vive
entre a expansão econômica e a crise.
Assim, continuamos esperando que esta obra sobre São Paulo seja
tão estimulante à leitura quanto foi o desafio que enfrentamos para fazê-la.
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