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1. “Equívocos” - apresenta uma seleção de crônicas que põe a imaginação do leitor para funcionar.

Situações
quase surreais, como a do menino que vira super-herói em “A espada”, são diversão garantida para os que gostam
de aventura.

Crônicas de "Equívocos":

A espada – Um garoto de 7 anos ganha uma espada misteriosa no dia de seu aniversário. Ele fala ao pai que agora
era um “Thunder boy”. O pai não o leva a sério, mas se surpreende quando escuta um forte estrondo e vê seu filho
cumprindo sua missão de “Thunder boy”.

O marajá – Um marido, cansado das crises de histeria da mulher, D. Morgadinha, em relação à limpeza da casa,
pede a um amigo que se finja de Marajá, a fim de que a mulher se esquecesse um pouco da mania de limpeza. Não
dá certo, a mulher se apaixona pelo falso Marajá.

O homem trocado – As desventuras de um homem que teve toda a vida trocada, desde seu nascimento. Agora,
estava em um hospital para operar a apendicite e enganaram-se na cirurgia: trocaram-lhe o sexo.

Suflê de chuchu – Duda, uma garota de classe média vai tentar a vida na Europa, porém não sabe fazer nada. Fica
ligando para a mãe a fim de pedir-lhe explicações sobre assuntos domésticos.

Sozinhos – Dois velhinhos roncadores que descobrem, sem querer, que os ladrões (ou a morte) invadiram sua
casa.

A foto – Família se reúne para tirar foto com o bisa e a bisa que já estão muito velhinhos. Como ninguém queria
deixar de aparecer na foto, o velhinho se irrita, tira a foto da família e vai dormir.

2. “Outros tempos” - faz uma incursão à juventude e mostra o quanto ela pode ser engraçada quando nos
lembramos dela mais tarde.

Crônicas de "Outros tempos":

A bola – O garoto ganha uma bola e, obcecado por videogame não sabe o que fazer com ela. O pai se decepciona.

História estranha – Um homem de quarenta anos se reconhece em uma criança que está brincando no parque. A
criança também o identifica, eles se abraçam e o garoto pensa em como seria sentimental quando crescesse.

Vivendo e... – O narrador começa a lembrar do que fazia na infância e percebe que já não é mais capaz nem de
cuspir com a língua entre os dentes como fazia antigamente.

Adolescência – Um garoto perturba a todos com o violino que acabara de ganhar. Cansados, os vizinhos e o pai
contratam Vandeca Furacão para que o garoto se esquecesse do instrumento musical.

3. “De olho na linguagem” - prova que é possível ser engraçado sem abrir mão do bom português. A crônica
“Sexa”, que aborda a ingenuidade de um garoto diante da mente maliciosa do pai, já vale o livro.

Crônicas de "De olho na linguagem":

Sexa – Um garoto interroga o pai sobre o feminino de sexo.

Pá, pá, pá – Um brasileiro tenta explicar a uma americana o que significam certas expressões da língua como:
“pois é”, pois sim, pois não e pá, pá, pá”.

Defenestração – O narrador brinca com o significado de certas palavras e se interroga com o sentido de
“defenestrar” – ato de atirar algo ou alguém da janela.

Tintim – Brincadeira com as expressões brasileiras: tintim – barulho das moedas.

Papos – O narrador brinca com as palavras e critica a gramática da língua portuguesa através da colocação
pronominal.

O jargão – O narrador se imagina um marinheiro, embora não entenda nada de barcos e começa a usar vários
jargões (provavelmente inventados), fazendo uma crítica aos economistas que usam palavras as quais ninguém
entende, mas que as pessoas jamais ousariam questionar.
Pudor – O narrador brinca com o significado de algumas palavras, dentre elas “trilhão”, que antigamente
significava um número muito alto, impossível de se imaginar e que hoje, devido à inflação e às mudanças de
planos econômicos torna-se quase íntimo nosso.

Palavreado – O narrador brinca com as palavras e imagina novos significados para elas (falácia, lascívia, fornida,
lipídio, otorrino, pseudônimo etc.).

4. “Fábulas” - mostra o lado cômico das situações mais embaraçosas do cotidiano

Crônicas de "Fábulas":

A novata – Conta o primeiro dia de trabalho na vida de uma jornalista. No início o chefe não acredita muito na
moça, mas ela se revela uma ousada profissional.

Bobagem – Dois amigos que não se viam há muitos anos porque estavam brigados e nem se lembravam do
porquê. Pensaram que deveria ser bobagem. Conversaram, beberam, marcaram um outro encontro, mas um deles
não compareceu porque havia se lembrado da bobagem que os fez brigar.

Hábito Nacional – Vários políticos famosos brasileiros morrem em um desastre de avião. São Pedro quer levá-los
direto para o inferno, mas Deus lhes perdoa. “Sabe como é, Brasileiro...”

Pode acontecer – Dois amigos tramam atacar o Congresso Nacional e pegar políticos como reféns. O fracasso foi
total, pois no dia combinado os políticos faltaram ao serviço.

Direitos humanos - É a história do motorista Algemiro, que ao levar uns americanos para conhecer o Rio de
Janeiro, encontra Budum Filho, um homem que estava lhe vendendo o dinheiro do jogo de bicho. Algemiro briga
com o rapaz, mas este se faz de vítima para os americanos que o defendem.

Segurança – Cansados de serem assaltados, os moradores de um condomínio fechado tentam de todas as


maneiras buscar estratégias para espantar os ladrões e ficam cada vez mais trancados em suas próprias casas. Ao
final, fazem uma rebelião, querendo fugir do Condomínio.

5. “Falando sério” - é uma coletânea de crônicas sobre problemas comuns do cidadão brasileiro.

Crônicas de "Falando sério":

Fobias – O autor expõe diversos tipos de medos e aversões a alguma coisa (claustrofobia, acrofobia, collorfobia
etc.) e brinca com o leitor querendo saber como se chamaria o medo de não ter o que ler.

Anedotas – O narrador faz reflexões sobre as anedotas e diz que nem todos os humoristas conseguem fazê-la,
pois é um processo único.

Da timidez – O narrador faz uma exposição sobre pessoas tímidas que, mesmo querendo se esconder de todos,
sempre acaba chamando a atenção de alguma forma.

ABC – Comentários irônicos sobre o tamanho das letras de acordo com as idades. Quanto mais velhos ficamos,
mais as letras diminuem. Segundo o narrador, esse processo está errado.

6. “Exercícios de estilo”- finaliza a obra, com o autor brincando com estilos de texto sem perder a pose nem a
graça.

Crônicas de "Exercícios de estilo":

Amor – “Poema mais ou menos de amor” – alguém que queria ser o guarda-roupa da amada para guardar seus
segredos.

Um, dois, três – O narrador diz querer, um dia, fazer uma crônica que enchesse o mundo de magia.

O ator - Um ator leva seu trabalho tão a sério que confunde sua vida com a de seu personagem e acaba perdendo
sua própria identidade.

O recital - Um invasor tenta tocar seu instrumento musical (uma tuba) junto com um quarteto de cordas e a
confusão se generaliza.

Siglas - Os personagens, preocupados em arrumar uma sigla para seu novo partido, esquecem-se de seus
princípios e de suas lutas e, em nome de uma boa sigla para o partido, mudam seus ideais políticos.

Rápido - Em poucas palavras e em forma de diálogos, o autor conta a história de vida um casal que se encontra,
casa-se, tem filhos, viram avós e já estão na idade “perigosa”, a de morrer de velhice.

O classificado através da história - O autor faz brincadeiras com a própria língua e com os objetos a serem
vendidos, como se fossem classificados de jornais.
Introdução

Podemos dizer que o trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Surgiu no século
XII, em plena Idade Média, período em que Portugal estava no processo de formação nacional.

Marco inicial

O marco inicial do Trovadorismo é a “Cantiga da Ribeirinha” (conhecida também como “Cantiga da Garvaia”),
escrita por Paio Soares de Taveirós no ano de 1189. Esta fase da literatura portuguesa vai até o ano de 1418,
quando começa o Quinhentismo.

Trovadores

Na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o
acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas). Estas cantigas eram manuscritas e
reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros. Temos conhecimento de apenas três Cancioneiros. São eles:
“Cancioneiro da Biblioteca”, “Cancioneiro da Ajuda” e “Cancioneiro da Vaticana”.

Os trovadores de maior destaque na lírica galego-portuguesa são: Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares de
Taveirós, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes e Meendinho.

No trovadorismo galego-português, as cantigas são divididas em: Satíricas (Cantigas de Maldizer e Cantigas de
Escárnio) e Líricas (Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo).

Cantigas de Maldizer: através delas, os trovadores faziam sátiras diretas, chegando muitas vezes a agressões
verbais. Em algumas situações eram utilizados palavrões. O nome da pessoa satirizada podia aparecer
explicitamente na cantiga ou não.

Cantigas de Escárnio: nestas cantigas o nome da pessoa satirizada não aparecia. As sátiras eram feitas de forma
indireta, utilizando-se de duplos sentidos.

Cantigas de Amor: neste tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada, colocando-se
numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais comum é o amor não correspondido. As cantigas de amor
reproduzem o sistema hierárquico na época do feudalismo, pois o trovador passa a ser o vassalo da amada
(suserana) e espera receber um benefício em troca de seus “serviços” (as trovas, o amor dispensado, sofrimento
pelo amor não correspondido).

Cantigas de Amigo: enquanto nas Cantigas de Amor o eu-lírico é um homem, nas de Amigo é uma mulher
(embora os escritores fossem homens). A palavra amigo nestas cantigas tem o significado de namorado. O tema
principal é a lamentação da mulher pela falta do amado.

Trovadorismo - Cantigas

1189/1198 - Publicação da cantiga "A Ribeirinha", de Paio Soares de Taveirós


1418 - Fernão Lopes é nomeado Guarda-Mor da Torre do Tombo

Contexto Histórico

Influência marcante da cultura provençal


Período mais fértil: século XIII ai início do século XVI
Características

Íntima ligação com a música

Cantigas Líricas

1. Cantigas de Amor
Eu-Lírico masculino
Amor cortês
Sofrimento amoroso masculino (coita)
Origem nobre

2. Cantiga de Amigo
Eu-Lírico feminino
Tom confidencial
Conotação erótica
Origem popular

Cantigas Satíricas

1. Cantiga de Escárnio
Sátira Indireta
Linguagem não vulgar

2. Cantiga de Maldizer
Sátira direta
Vocabulário chulo

Cancioneiros

Cancioneiro da Ajuda
Cancioneiro da Biblioteca vaticana
Cancioneiro da Biblioteca Nacional (Colocci-Brancutti)

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