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modelo organizacional que tem por base a racionali- Regionais as competências das diversas direcções e ser-
zação de estruturas, o reforço e a homogeneização das viços regionais dos organismos do ministério, incluindo
funções estratégicas de suporte à governação, a apro- a criação da Direcção Regional de Cultura de Lisboa
ximação da Administração Central dos cidadãos e a e Vale do Tejo;
devolução de poderes para o nível local ou regional. O reforço das competências da Inspecção-Geral das
Nessa esteira, as orientações especiais definidas Actividades Culturais na componente de auditoria nor-
reflectem não só a prossecução dos objectivos em que mativa, financeira, de desempenho e técnica;
assenta o PRACE, como concretizam os objectivos esta- Uma maior articulação com o Ministério dos Negó-
belecidos no Programa de Governo para o movimento cios Estrangeiros na prossecução da internacionalização
da cultura, passando o Instituto Camões a ter tutela
de modernização administrativa, preconizando a melho- conjunta com o Ministério da Cultura no respeitante
ria da qualidade dos serviços públicos, nos termos acima à acção cultural externa;
referidos. A concentração num novo organismo das atribuições
A criação do Ministério da Cultura, através do Decre- de gestão e salvaguarda do património arquitectónico
to-Lei n.o 42/96, de 7 de Maio, concretizou uma opção e arqueológico;
estratégica que colocava a política cultural no centro A concentração num novo organismo das atribuições
das políticas de qualificação. de gestão, valorização e conservação do património
Passados dez anos sobre a sua criação, o balanço a móvel, assumindo igualmente competências relativa-
realizar é globalmente positivo, sobressaindo a linha de mente ao património imaterial;
continuidade quanto ao papel do Ministério da Cultura. A redefinição da política de gestão do sistema arqui-
O XVII Governo reafirma-o como opção estratégica, vístico, com a criação da Direcção-Geral de Arquivos
indispensável à definição e execução de uma política e autonomização do Arquivo Nacional da Torre do
integrada do património material e imaterial, à con- Tombo, embora na dependência daquela entidade, e
solidação e dinamização das redes de equipamentos cul- integração do Centro Português de Fotografia, na sua
turais, ao apoio às artes e aos artistas em todos os domí- componente patrimonial.
Um regime jurídico mais adequado a uma maior
nios, à valorização da transversalidade da cultura na maleabilidade da gestão e ao planeamento plurianual
articulação com outras políticas sectoriais e à interna- da produção dos organismos nacionais de produção
cionalização da cultura portuguesa, quer pelo reforço artística, já que todos passam a entidades públicas
da cooperação no espaço lusófono, quer pela intensi- empresariais. Dois deles — o Teatro Nacional de S. Car-
ficação do intercâmbio com outros países, nomeada- los e a Companhia Nacional de Bailado — são trans-
mente através da participação em grandes eventos formados, embora sem perda das identidades respectivas
internacionais. enquanto pólos de produção, numa única entidade
Importa sublinhar, de resto, o largo consenso inter- pública empresarial, a OPART — Organismos de Pro-
nacional quanto à necessidade e importância estratégica dução Artística, EPE, tendo em vista uma melhor coor-
das políticas públicas na área da cultura, consagrado denação dos meios e dos recursos respectivos, ao serviço
na Convenção sobre a Protecção e Promoção da Diver- do desenvolvimento da cultura músico-teatral.
sidade das Expressões Culturais da UNESCO, subscrita Deste modo, competências ou funções anteriormente
por Portugal, a qual reconhece expressamente o papel sobrepostas ou partilhadas entre diferentes organismos,
do Estado, como garante da identidade e do desen- por vezes sob tutela de outros ministérios, passam a
volvimento culturais. ficar subordinadas a uma única entidade de coordena-
É igualmente reconhecido o papel cada vez mais rele- ção. Serviços e recursos outrora dispersos, designada-
vante que as actividades culturais assumem no desen- mente ao nível das delegações regionais, são concen-
volvimento social e económico, constituindo importan- trados, reforçando-se assim o papel destas e permitindo
tes factores de coesão e inclusão sociais e de geração simultaneamente a desconcentração de algumas com-
de riqueza. petências actualmente exercidas a nível central. Orga-
Importa sublinhar ainda o papel que a cultura desem- nismos que operavam em áreas de intersecção ou con-
penha na sedimentação das identidades colectivas, vergência mútuas são fundidos, com óbvias vantagens
comunitárias e nacionais, ao mesmo tempo que oferece operacionais e uma maior racionalização de recursos.
um espaço privilegiado de diálogo, conhecimento e com- Finalmente, as funções de governo e de suporte e as
preensão mútuos entre diferentes tradições e matizes funções de gestão e valorização patrimoniais bem como
civilizacionais. de dinamização da criação e difusão das artes, são come-
tidas respectivamente a organismos distintos, favore-
A nova orgânica operada pelo presente decreto-lei, cendo a transparência, a eficiência e uma melhor coor-
no âmbito PRACE e em harmonia com as normas que denação e complementaridade das diferentes funções
regem a organização da administração directa e com e competências.
a Lei-Quadro dos Institutos Públicos, visa reforçar a Assim:
operacionalidade dos meios e dos recursos do Ministério Nos termos do n.o 2 do artigo 198.o da Constituição,
da Cultura. o Governo decreta o seguinte:
As principais alterações decorrentes desta reestrutu-
ração prendem-se com: LEI ORGÂNICA DO MINISTÉRIO DA CULTURA
A concentração dos órgãos de natureza consultiva
no Conselho Nacional de Cultura; CAPÍTULO I
A criação de um organismo que concentra as com- Missão e atribuições
petências nas áreas do planeamento, estratégica, ava-
liação e relações internacionais, dispersas entre a actual Artigo 1.o
Secretaria-Geral e o Gabinete de Relações Culturais
Missão
Internacionais;
A reorganização dos serviços desconcentrados do O Ministério da Cultura, abreviadamente designado
Ministério da Cultura, concentrando nas Direcções por MC, é o departamento governamental que tem por
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CAPÍTULO II
Artigo 8.o
Estrutura orgânica
Sector empresarial do Estado
Artigo 3.o Sem prejuízo dos poderes conferidos por lei ao Con-
Estrutura geral
selho de Ministros e ao membro do Governo responsável
pela área das Finanças, a competência relativa à definição
O MC prossegue as suas atribuições através de ser- das orientações das entidades do sector empresarial do
viços integrados na administração directa do Estado, Estado com atribuições nos domínios da cultura, bem
de organismos integrados na administração indirecta do como ao acompanhamento da respectiva execução, é exer-
Estado, de órgãos consultivos, de entidades integradas cida pelo membro do Governo responsável pela área da
no sector empresarial do Estado e de outras estruturas. Cultura.
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b) Apoiar iniciativas culturais locais ou regionais que, d) Promover a componente museográfica do patri-
pela sua natureza, correspondam a necessidades ou apti- mónio fílmico e audiovisual;
dões específicas da região e não integrem programas e) Estabelecer protocolos de colaboração e apoio e
de âmbito nacional; contratos de prestação de serviços com outras institui-
c) Apoiar agentes, estruturas, projectos e acções de ções públicas e privadas, nacionais e internacionais, no
carácter não profissional nos domínios artísticos e da âmbito da museologia cinematográfica;
cultura tradicional; f) Promover a sua filiação em entidades internacionais
d) Propor ao IGESPAR, I. P., o plano regional de que se proponham a defesa dos arquivos e museus
intervenções prioritárias em matéria de estudo e sal- cinematográficos;
vaguarda do património arquitectónico e arqueológico g) Promover a exposição e o acesso público à sua
bem como os programas e projectos anuais e plurianuais colecção para fins de divulgação, estudo e investigação,
da sua conservação, restauro e valorização, assegurando sem prejuízo dos objectivos de preservação do patri-
a respectiva promoção e execução; mónio, dos direitos dos depositantes e da legislação rela-
e) Gerir os monumentos e sítios que lhe forem afectos tiva aos direitos de autor e direitos conexos em vigor;
e assegurar as condições para a sua fruição pelo público; h) Promover a investigação, a formação, a edição e
f) Submeter à aprovação do IGESPAR, I. P., os pro- a publicação de obras relacionadas com a história, esté-
cessos de licenciamento em imóveis e sítios classificados, tica e técnica cinematográficas;
ou em vias de classificação, bem como nas respectivas i) Incentivar a difusão e promoção não comercial do
zonas de protecção; cinema e do audiovisual, nomeadamente através do
g) Dar apoio técnico, em articulação com o IMC, I. P., apoio às actividades dos cineclubes e aos festivais de
a museus integrados na Rede Portuguesa de Museus cinema e vídeo.
e a outros localizados na área de actuação geográfica
da direcção regional; 3 — A CP-MC, I. P., é dirigida por um director, coad-
h) Apoiar a inventariação de manifestações culturais juvado por um subdirector, cargos de direcção superior
tradicionais imateriais, individuais e colectivas, nomea-
de primeiro e segundo grau, respectivamente.
damente através do seu registo videográfico, fonográfico
e fotográfico.
Artigo 20.o
3 — São delegadas nas direcções regionais de Cultura
as competências instrutórias que visem garantir a pros- Instituto do Cinema e do Audiovisual, I. P.
secução das atribuições do IGESPAR, I. P., previstas 1 — O Instituto do Cinema e do Audiovisual, I. P.,
na alínea e) do n.o 2 do artigo 21.o abreviadamente designado por ICA, I. P., tem por mis-
4 — As direcções regionais de Cultura são dirigidas são fomentar e desenvolver as actividades cinematográ-
por um director regional, cargo de direcção superior ficas e audiovisuais, contribuindo para a diversidade cul-
de primeiro grau. tural e a qualidade nestes domínios, para uma circulação
SECÇÃO II nacional e internacional alargada das obras e para a
vitalidade das referidas actividades enquanto indústrias
Organismos da administração indirecta do Estado culturais.
2 — São atribuições do ICA, I .P.:
Artigo 19.o
Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema, I. P.
a) Assessorar o MC na definição de políticas públicas
para os sectores cinematográfico e audiovisual em con-
1 — A Cinemateca Portuguesa-Museu do formidade com a sua missão;
Cinema, I. P., abreviadamente designado por b) Propor programas, medidas e acções com vista a
CP-MC, I. P., tem por missão recolher, proteger, pre- melhorar a eficácia e a eficiência das políticas referidas
servar e divulgar o património relacionado com as ima- na alínea anterior e a assegurar a adequação destas às
gens em movimento, promovendo o conhecimento da evoluções dos sectores abrangidos;
história do cinema e o desenvolvimento da cultura cine- c) Assegurar, directamente, em colaboração ou atra-
matográfica e audiovisual. vés de outras entidades, a execução das políticas cine-
2 — São atribuições da CP-MC, I. P.: matográficas e audiovisuais;
a) Coleccionar, preservar, restaurar e catalogar as d) Contribuir para um melhor conhecimento do sector
obras cinematográficas e quaisquer outras imagens em do cinema e audiovisual, recolhendo, tratando e divul-
movimento de produção portuguesa ou equiparada, gando informação estatística ou outra relevante, por si
independentemente da forma de aquisição, bem como próprio ou em colaboração com outras entidades voca-
a documentação e quaisquer outros materiais, seja qual cionadas para o efeito;
for a sua natureza, a elas associados, no interesse da e) Assegurar a representação nacional nas instituições
salvaguarda do património artístico e histórico por- e órgãos internacionais nos domínios cinematográfico
tuguês; e audiovisual, nomeadamente a nível da União Euro-
b) Coleccionar, preservar, restaurar e catalogar as peia, do Conselho da Europa, da Cooperação Ibero-
obras cinematográficas e outras imagens em movimento -Americana e da Comunidade dos Países de Língua Por-
de produção internacional, bem como a documentação tuguesa, bem como de outras plataformas de cooperação
e quaisquer outros materiais, seja qual for a sua natu- ou integração, sem prejuízo das atribuições própria do
reza, a elas associados, seleccionadas segundo a sua Ministério dos Negócios Estrangeiros;
importância como obras de arte, documentos históricos f) Colaborar com as entidades competentes na ela-
ou de interesse científico, técnico ou didáctico; boração de acordos internacionais nos domínios cine-
c) Promover a exibição regular de obras da sua colec- matográfico e audiovisual e assegurar as tarefas relativas
ção ou de outras com as mesmas características que à aplicação dos acordos existentes, bem como estabe-
lhe sejam temporariamente cedidas por terceiros; lecer e aplicar parcerias e colaborações com instituições
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congéneres de outros países, sem prejuízo das atribui- lógicas tuteladas pelo MC, do reforço da Rede Por-
ções própria do Ministério dos Negócios Estrangeiros. tuguesa de Museus, bem como desenvolver e executar
a política de defesa, estudo e valorização do património
3 — O ICA, I. P., é dirigido por um director e um imaterial e realizar a política de salvaguarda, investi-
subdirector, cargos de direcção superior de primeiro e gação e conservação dos bens culturais móveis integra-
segundo grau, respectivamente. dos na propriedade do Estado, de outras entidades e
de particulares.
Artigo 21.o 2 — São atribuições do IMC, I. P.:
Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, I. P. a) Executar a política museológica nacional, promover
a qualificação e credenciação dos museus portugueses,
1 — O Instituto de Gestão do Património Arquitec- reforçar e consolidar a Rede Portuguesa de Museus,
tónico e Arqueológico, I. P., abreviadamente designado assegurar a gestão das instituições museológicas depen-
por IGESPAR, I. P., tem por missão a gestão, a sal- dentes do MC e coordenar a execução da política de
vaguarda, a conservação e a valorização dos bens que, conservação e restauro de bens culturais móveis e
pelo seu interesse histórico, artístico, paisagístico, cien- integrados;
tífico, social e técnico, integrem o património cultural b) Assegurar o cumprimento das obrigações do
arquitectónico e arqueológico classificado do País. Estado no domínio do inventário, estudo, conservação,
2 — São atribuições do IGESPAR, I. P.: restauro, protecção, valorização e divulgação do patri-
a) Propor a classificação e inventariação de bens imó- mónio cultural móvel e no domínio do estudo, valo-
veis de interesse nacional e de interesse público de rele- rização e divulgação do património imaterial;
vância arquitectónica e arqueológica e, quando for o c) Propor a classificação e inventariação de bens
caso, estabelecer zonas especiais de protecção; móveis de interesse nacional e de interesse público, pro-
b) Elaborar, em articulação com as Direcções Regio- mover a inventariação sistemática e actualizada dos bens
nais do MC, planos, programas e projectos para a exe- que integram o património cultural na respectiva área
cução de obras e intervenções de valorização, recupe- de actuação, bem como assegurar o registo patrimonial
ração, conservação e restauro em imóveis classificados de classificação e o registo patrimonial de inventário
dos bens culturais móveis objecto de protecção legal;
ou em vias de classificação ou situados nas respectivas
d) Definir e difundir normas, metodologias e pro-
zonas de protecção, bem como proceder à respectiva
cedimentos nas diversas componentes da prática
fiscalização ou acompanhamento técnico;
museológica, da salvaguarda do património imaterial
c) Assegurar, em articulação com as Direcções Regio-
e da conservação e restauro, bem como supervisionar
nais do MC, a gestão e valorização do património cul-
tecnicamente os projectos de conservação e restauro
tural arquitectónico e arqueológico que lhe esteja afecto
de património móvel e integrado a realizar no âmbito
e promover, executar e fiscalizar as obras necessárias
do MC, ou em património móvel classificado;
com esse fim;
e) Assegurar, nos termos da lei, o acompanhamento
d) Promover a inventariação sistemática e actualizada
do comércio de bens culturais, bem como os procedi-
dos bens que integram o património cultural na res-
mentos relativos à exportação, importação e circulação
pectiva área de actuação, bem como assegurar o registo
de bens culturais móveis e exercer o direito de opção
patrimonial de classificação e o registo patrimonial de
na aquisição de bens culturais móveis;
inventário dos bens culturais objecto de protecção legal; f) Gerir os sistemas de informação sobre museus,
e) Pronunciar-se, nos termos da lei, sobre planos, pro- sobre bens culturais móveis e integrados e sobre inter-
jectos, trabalhos e intervenções de iniciativa pública ou venções de conservação e restauro, tendo em vista a
privada, a realizar em imóveis classificados ou em vias constituição de um sistema nacional de informação sobre
de classificação, respectivas zonas de protecção e, desig- património cultural móvel;
nadamente, em monumentos, conjuntos e sítios; g) Dar cumprimento às normas da Lei de Bases da
f) Dar cumprimento às normas da Lei de Bases da Política e do Regime de Protecção e Valorização do
Política e do Regime de Protecção e Valorização do Património Cultural e demais legislação complementar,
Património Cultural e demais legislação complementar, no âmbito do património cultural móvel e imaterial.
no âmbito do património cultural arquitectónico e
arqueológico. 3 — O IMC, I. P., é dotado apenas de autonomia
administrativa.
3 — O IGESPAR, I. P., é dotado apenas de auto- 4 — O IMC, I. P., é dirigido por um director, coad-
nomia administrativa. juvado por dois subdirectores cargos de direcção supe-
4 — O IGESPAR, I. P., é dirigido por um director, rior de primeiro e segundo grau, respectivamente.
coadjuvado por dois subdirectores, cargos de direcção
superior de primeiro e segundo grau, respectivamente.
SECÇÃO III
Artigo 22.o Órgãos consultivos
Instituto dos Museus e da Conservação, I. P.
Artigo 23.o
1 — O Instituto dos Museus e da Conservação, I. P., Conselho Nacional de Cultura
abreviadamente designado por IMC, I. P., tem por mis-
são desenvolver e executar a política museológica nacio- 1 — O Conselho Nacional de Cultura é um órgão
nal, designadamente através do estudo, salvaguarda e de consulta do MC que tem por missão emitir pareceres
divulgação de colecções, da valorização e protecção do e recomendações sobre questões relativas à realização
património móvel e imaterial, da qualificação dos dos objectivos de política cultural e propor medidas que
museus portugueses, da gestão das instituições museo- julgue necessárias ao seu desenvolvimento, por solici-
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tação do ministro respectivo ou dos serviços e orga- «Rede Portuguesa de Museus», sendo as suas atribui-
nismos do MC. ções integradas no Instituto dos Museus e da Con-
2 — A composição e o funcionamento do Conselho servação, I. P.;
Nacional de Cultura são definidos em diploma próprio. e) O Conselho Superior de Bibliotecas, o Conselho
Superior de Arquivos, o Conselho Nacional do Direito
de Autor e o Conselho de Museus, sendo as suas com-
SECÇÃO IV
petências integradas no Conselho Nacional de Cultura.
Outras estruturas
4 — São objecto de reestruturação os seguintes ser-
Artigo 24.o viços e organismos:
Academias a) As Delegações Regionais de Cultura do Norte,
do Centro, do Alentejo e do Algarve, que passam a
As competências do membro do Governo responsável designar-se, respectivamente, Direcções Regionais de
pela área da Cultura relativas à Academia Internacional Cultura do Norte, do Centro, do Alentejo e do Algarve;
de Cultura Portuguesa, à Academia Nacional de Belas b) O Instituto das Artes, que passa a integrar a admi-
Artes e à Academia Portuguesa de História, instituições nistração directa do Estado com a designação de Direc-
científicas de utilidade pública, exercem-se nos termos ção-Geral das Artes;
dos respectivos estatutos. c) O Instituto Português do Livro e das Bibliotecas
que passa a integrar a administração directa do Estado
CAPÍTULO IV com a designação de Direcção-Geral do Livro e das
Bibliotecas;
Disposições transitórias e finais d) O Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia,
que passa a denominar-se Instituto do Cinema e Audio-
Artigo 25.o visual, I. P., sendo as suas atribuições na área do mul-
Quadro de pessoal dirigente timédia transferidas para a Direcção-Geral das Artes;
São aprovados os mapas de dirigentes superiores da 5 — São ainda objecto de reestruturação os restantes
administração directa e indirecta do MC, constantes dos serviços e organismos referidos nos artigos 4.o e 5.o
anexos I e II ao presente decreto-lei, respectivamente, 6 — São objecto de transformação:
do qual fazem parte integrante.
a) O Teatro Nacional D. Maria II, S. A., que se trans-
forma em entidade pública empresarial e passa a deno-
Artigo 26.o minar-se Teatro Nacional D. Maria II, E. P. E;
Criação, Extinção, Fusão e Reestruturação de Serviços e Organismos b) O Teatro Nacional de S. João, que se transforma
em entidade pública empresarial e passa a denominar-se
1 — São criados os seguintes serviços e organismos: Teatro Nacional S. João, E. P. E;
a) A Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale c) O Teatro Nacional de S. Carlos e a Companhia
do Tejo; Nacional de Bailado, que passam a integrar a entidade
b) O Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação pública empresarial denominada OPART — Organismo
e Relações Internacionais; de Produção Artística, E. P. E., conservando as res-
c) A Direcção-Geral de Arquivos; pectivas identidades.
d) O Instituto de Gestão do Património Arquitec- Artigo 27.o
tónico e Arqueológico, I. P.; Referências legais
e) O Instituto dos Museus e da Conservação, I. P.;
f) O Conselho Nacional de Cultura. As referências legais feitas aos serviços e organismos
objecto de extinção, fusão e reestruturação referidos
2 — É extinta, sem qualquer transferência de atri- no artigo anterior, consideram-se feitos aos serviços ou
buições, a Orquestra Nacional do Porto. organismos que passam a integrar as respectivas atri-
3 — São extintos, sendo objecto de fusão, os seguintes buições.
serviços e organismos: Artigo 28.o
a) O Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Gestão de projectos financiados pela União Europeia
Tombo e o Centro Português de Fotografia, sem pre-
juízo da preservação das respectivas identidades, sendo Ao IGESPAR, I. P., e ao IMC, I. P., é atribuído,
as suas atribuições integradas na Direcção-Geral de nos termos do n.o 4 do artigo 6.o da Lei n.o 8/90, de
Arquivos, excepto as atribuições relativas ao apoio e 20 de Fevereiro, o regime de autonomia administrativa
à difusão da fotografia, que são integradas na Direc- e financeira enquanto gerirem projectos do PIDDAC
ção-Geral das Artes; co-financiados pelo orçamento da União Europeia.
b) O Gabinete do Direito de Autor e o Gabinete
de Relações Culturais Internacionais, sendo as suas atri- Artigo 29.o
buições integradas no Gabinete de Planeamento, Estra- Produção de efeitos
tégia, Avaliação e Relações Internacionais;
c) O Instituto Português de Arqueologia e o Instituto 1 — As criações, fusões e reestruturações de serviços
Português do Património Arquitectónico, sendo as suas e organismos previstas no presente decreto-lei apenas
atribuições integradas no Instituto de Gestão do Patri- produzem efeitos com a entrada em vigor dos respectivos
mónio Arquitectónico e Arqueológico, I. P.; diplomas orgânicos.
d) O Instituto Português de Conservação e Restauro, 2 — Exceptua-se do disposto no número anterior, a
o Instituto Português de Museus e a Estrutura de Missão nomeação dos titulares dos cargos de direcção superior
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e dos órgãos de direcção dos organismos previstos nos ques Amado — Fernando Teixeira dos Santos — Manuel
mapas anexos ao presente decreto-lei, a qual pode ter Pedro Cunha da Silva Pereira — Henrique Nuno Pires
lugar após a sua entrada em vigor. Severiano Teixeira — Alberto Bernardes Costa — Fran-
3 — Nos casos de fusões, a nomeação prevista no cisco Carlos da Graça Nunes Correia — Manuel António
número anterior depende da prévia cessação de funções, Gomes de Almeida de Pinho — Jaime de Jesus Lopes
designadamente nos termos do número seguinte, de um Silva — Mário Lino Soares Correia — José António Fon-
número pelo menos igual de dirigentes, assegurando seca Vieira da Silva — António Fernando Correia de Cam-
os dirigentes nomeados a direcção dos serviços e orga- pos — Maria de Lurdes Reis Rodrigues — José Mariano
nismos objecto de fusão até à entrada em vigor dos Rebelo Pires Gago — Maria Isabel da Silva Pires de
novos diplomas orgânicos. Lima — Augusto Ernesto Santos Silva.
4 — As comissões de serviço dos titulares de cargos
Promulgado em 19 de Outubro de 2006.
de direcção superior de serviços cuja reestruturação ou
fusão tenha sido determinada pelo presente decreto-lei Publique-se.
podem cessar, independentemente do disposto no n.o 1,
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
por despacho fundamentado, quando, por efeito da rees-
truturação ou fusão, exista necessidade de imprimir nova Referendado em 23 de Outubro de 2006.
orientação à gestão dos serviços.
O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de
Sousa.
Artigo 30.o ANEXO I
Diplomas orgânicos complementares Cargos de direcção superior
da administração directa
1 — Os diplomas orgânicos pelos quais se procede
à criação, fusão e reestruturação dos serviços e orga-
nismos do MC devem ser aprovados no prazo de 90 dias Número de lugares
após a entrada em vigor do presente decreto-lei.
2 — Até à entrada em vigor dos diplomas orgânicos Cargos de direcção superior de 1.o grau . . . . . . . . . . 12
a que se refere o número anterior, os serviços e orga- Cargos de direcção superior de 2.o grau . . . . . . . . . . 9
nismos do MC, continuam a reger-se pelas disposições
normativas que lhes são aplicáveis.
ANEXO II
DIÁRIO
G 7,68
DA REPÚBLICA
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