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23/01/2018 Licenciamento ambiental, passo a passo ilustrado - Roteiros jurídicos - DireitoNet

ROTEIROS

Licenciamento ambiental
Procedimento administrativo que visa evitar ou mitigar os
danos provocados por obras ou atividades efetiva ou
potencialmente degradadoras do meio ambiente.

 Revisão geral. Este material não sofreu alterações até esta data.
(23/mar/2014)

PROCESSO CIVIL | 02/MAI/2006

1. Conceito

A Resolução Conama n° 237/97 de ne licença ambiental como sendo: "ato


administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as
condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser
obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar,
instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos
recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou
aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental".

Ressalta-se que a licença ambiental é ato discricionário, diferenciando-se da


licença administrativa que constitui ato vinculado. 

2. Obras sujeitas a licenciamento ambiental

Estão sujeitas a licenciamento os empreendimentos e as atividades


utilizadoras de recursos ambientais que sejam consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras, ou capazes de causar degradação ambiental (art.
2º da Resolução Conama n° 237/97).

O anexo 1 da referida Resolução contém atividades sujeitas a licenciamento.


Ex.: Extração e tratamento de minerais, indústria metalúrgica, transmissão
de energia elétrica etc.

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3. RAIAS – Relatório de Ausência de Impacto Ambiental

Ao analisar a Constituição Federal, no que tange à matéria ambiental (art.


225 da CF), conclui-se que há uma presunção relativa de que toda atividade é
causadora de impacto ao meio ambiente, razão pela qual é necessário que o
proponente do projeto, no início do licenciamento, apresente ao órgão
público licenciador, o Relatório de Ausência de Impacto Ambiental, que será
analisado e servirá de base para que se determine se a atividade é causadora
de signi cativo impacto ambiental. Se for, será necessária a execução do
EIA/RIMA. Se não for, o empreendedor poderá requerer a licença prévia.

O art. 3° da Resolução Conama n° 237/97 traz o rol das atividades que estão
sujeitas ao licenciamento ambiental, porém não vincula o licenciamento à
realização do EIA/RIMA. Portanto, veri ca-se que uma atividade que passará
pelo procedimento de licenciamento ambiental poderá ou não ter o respaldo
do EIA/RIMA, tendo em vista que o referido dispositivo não estabelece para
as atividades elencadas (Anexo I) qualquer presunção de potencialidade de
causarem signi cativa degradação ambiental.

4. EIA/RIMA – Estudo de Impacto Ambiental/ Relatório de Impacto


Ambiental

É um estudo mais elaborado e complexo, exigido para aquelas atividades


consideradas capazes de causar signi cativo impacto ambiental, ou seja,
dentre as atividades sujeita a licenciamento ambiental existem aquelas que
causam degradação ambiental e aquelas que causam signi cativa
degradação ambiental, sendo que nestas será necessária a elaboração do
EIA/RIMA para saber se a obra poderá ou não ser realizada (art. 3º da
Resolução Conama n° 237/97).

O EIA é um estudo cientí co, com linguagem técnica, elaborado por uma
equipe multidisciplinar (pro ssionais legalmente habilitados – art. 11 da
Resolução Conama n° 237/97), que deve conter uma análise dos impactos
ambientais que o empreendimento irá causar, bem como as medidas
mitigadoras desses impactos.

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RIMA é um relatório de impacto ambiental que tem por nalidade tornar


compreensível o conteúdo do EIA, por meio de uma linguagem clara, simples
e objetiva, para que o público tenha acesso.

5. Audiência Pública

É uma forma de participação popular que tem por nalidade recolher críticas
e sugestões da população com relação à instalação da atividade local e que irá
ajudar o órgão licenciador a formar seu convencimento da aprovação ou não
do projeto submetido ao licenciamento.

A audiência pública não é obrigatória. No entanto, caso seja requerida e não


seja realizada, a licença concedida será inválida.

Haverá audiência pública nos seguintes casos: 

a) quando o órgão competente para concessão da licença julgar necessário;

b) requerimento por 50 ou mais cidadãos;

c) solicitação pelo Ministério Público.

6. Julgamento do EIA/RIMA

Não havendo audiência pública, o órgão ambiental competente irá julgar


direto o EIA/RIMA após sua entrega. Havendo audiência pública, o EIA/RIMA
será julgado após sua realização.

7. Aprovação do projeto

Uma vez aprovado o RAIS ou o EIA/RIMA, o órgão licenciador competente, a


requerimento do empreendedor, estará autorizado a outorgar as demais
licenças (prévia, de instalação e de operação – art. 8° da Resolução Conama
n° 237/97).

Contudo, é facultado ao órgão licenciador solicitar, em qualquer fase do


licenciamento, a realização de estudos ambientais complementares quando
julgar necessários.

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8. Etapas do licenciamento

8.1 Licença prévia (LP)

É concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou


atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade
ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem
atendidos nas próximas fases de sua implementação.

Seu prazo de validade não pode ser superior a 5 (cinco) anos (art. 18, I, da
Resolução Conama n° 237/97).

8.2 Licença de instalação (LI)

Autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as


especi cações constantes dos planos, programas e projetos aprovados,
incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual
constituem motivo determinante.

Seu prazo de validade não pode ser superior a 6 (seis) anos (art. 18, II, da
Resolução Conama n. 237/97).

8.3 Licença de operação (LO)

Autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a veri cação do


efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas
de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação.

Seu prazo de validade será de, no mínimo, 4 (quatro) anos e, no máximo, 10


(dez) anos (art. 18, III, da Resolução Conama n. 237/97).

Por m, frise-se que para que haja a concessão das licenças é necessário o
efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, ou seja, para se
conceder a LI é necessário que se tenha cumprido tudo o que determina a LP
e assim sucessivamente. 

Obs.: Este roteiro traz uma visão geral do procedimento de licenciamento


ambiental, pois dependendo da obra a ser realizada, poderá ocorrer certas

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peculiaridades não abrangidas por este. Pode ocorrer também dos Estados
aumentarem as modalidades e etapas do licenciamento, adicionando
maiores exigências do que aquelas previstas na regra geral (na qual foi
baseada este roteiro).

Referência bibliográ ca

FIORILLO. Celso Antonio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. 7ª


Edição. Editora Saraiva, 2006.

Passo a passo ilustrado

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