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DELINEAMENTO DE

PESQUISA CIENT
CIENTÍÍFICA
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE
PIRACICABA – FOP/UNICAMP

PROFº
PROFº. Felippe Bevilacqua Prado,
Maneira resumida de esquematizar o
desenho do experimento, ou seja, o que será
será
estudado, qual será
será a amostragem,
quantidade de voluntá
voluntários, quais as variá
variáveis
envolvidas e o tipo de instrumento de
mediçã
medição/avalia
ção/avaliaçã
o/avaliação
ção a ser utilizado.
Deve ser redigido de uma forma que oriente

a aná
análise estatí
estatística a ser realizada apó
após a

coleta e tabulaçã
tabulação
ção dos dados.
Qual a pergunta a
ser respondida?
• A pesquisa parte sempre de uma pergunta
formulada à partir de uma revisã
revisão da
Literatura.
Literatura.

• A busca sistematizada - obtenção bons


artigos sobre o assunto.

• Testar os descritores - busca mais precisa.


O QUE É INTRODUÇÃ
INTRODUÇÃO?
ÇÃO?
– Justificativa da sua pergunta e dos
métodos de análise utilizados.

– Quando ela deve ser escrita?


– Após a definição dos Objetivos e do
Método.
Consideraçõ
Considerações
ções
Iniciais

• O que é o Objetivo?
Para a
– É a pergunta a ser respondida comunidade
no final do estudo.
estudo científica;
Para uma
• Como ele deve ser definido? população de
– À partir de questões relevantes Pacientes
– Revisão Literatura. Para o
pesquisador
COMO ESCREVER A
INTRODUÇÃ
INTRODUÇÃO
ÇÃO
Como Escrever a
Introduçã
Introdução
ção

• O objetivo da introdução é o
de fornecer a informação
básica que o leitor necessita
para entender o artigo
Como Escrever a
Introduçã
Introdução
ção
• Assume-se sempre implicitamente
que o leitor tem uma certa
familiaridade com o assunto
• Portanto, evita-se fatos
elementares, que já constam
normalmente de livros texto.
Como Escrever a
Introduçã
Introdução
ção

• Revisões extensas também


são desaconselháveis, já que
se espera que os
pesquisadores se mantenham
atualizados
Uma introdução abrange
três partes:
•  Os fundamentos gerais da
questão
• Expor com toda a clareza
possível a natureza e a
abrangência do problema a
ser investigado
•  RESULTADOS PRÉVIOS
NA LITERATURA
• Uma pequena revisão para
orientar o leitor; evite
excesso de auto-citações
• 3 - AS SUAS PROPOSTAS PARA
EXAMINAR A QUESTÃO
• Deve-se expor os métodos utilizados
para resolver a questão; se
necessário, pode-se inclusive
justificar os métodos escolhidos
• Tempo do verbo
• Na Introdução o tempo deve ser o
presente para os resultados dos
outros e para aquilo que se pretende
fazer e o passado para os resultados
de outros autores
MÉTODO
• O que é o Mé
Método?

– O conjunto de Procedimentos :
RESPONDE A PERGUNTA.

– DESCREVER TUDO A SER


executado: responde a
pergunta da pesquisa...

TUDO!!
TUDO!!
ESTUDO PILOTO

• Estudo Piloto.
Piloto
– Testar seus procedimentos e “Viés”.
– Determinar o erro β (Tamanho da Amostra).
– Estimar o tempo do Estudo.
– Prever “Problemas”
Problemas”.
• Coleta e Armazenamento dos dados.
COLETA DE DADOS

• Aná
Análise dos Dados
– Escolha do teste.
– Nível de significância (α≤ 0,05).

– Não “torturar”
torturar” os dados!!!
RESULTADOS

• São afirmações gerais que interpretam os dados


obtidos.

• A parte mais importante do artigo; as outras


seções tem papel subordinado.
subordinado

• Consistem - texto, ilustrações e tabelas;

– os dados contidos numa forma nã


não deveriam ser
repetidos em outra forma.
Como descrever os
resultados
• 1. Enfatize somente
observaçõ
observa ções
ções importantes
que respondem à quest
questãão ou
resolvem o problema
introduçã
levantado na introdu ção.
ção.
• 2. Seja seletivo com os
resultados
• Detalhes excessivos podem
atrapalhar e confundir o leitor,
que pode perder o interesse. Se
ele leu a introduçã
introdução
ção e captou a
mensagem, ele vai continuar a
leitura porque tem interesse na
proposta.
• 3. Estruture o texto de
modo a enfatizar os
resultados
• 4. Não inclua informa
informaçõ
ções
ções
que pertencem às outras
seçõ
seções
ções
• 5. Não repita as legendas
das figuras ou tabelas no
texto
• 6. Assegure
Assegure--se que o
ilustraçõ
texto, ilustra ções
ções e tabelas
são consistentes entre si
• 9. Use o verbo no passado
passado,,
exceto quando fizer
referê
refer ência a figuras e
tabelas
• 10. Não abrevie termos
que iniciam uma frase
DISCUSSÃ
DISCUSSÃO
– Com a literatura
DISCUSSÃ
DISCUSSÃO
• Na discussão voce interpreta os resultados,
avalia seu significado e examina as
implicações.

• É a parte mais difícil de escrever, mas não


necessariamente a mais longa.
DISCUSSÃ
DISCUSSÃO
• 1. Comece com um tópico que remeta à questão
levantada na Introdução.

• 2. Mencione novas descobertas, conhecimentos


e conceitos do seu estudo

• 3. Compare seus resultados e interpretações


com trabalhos já publicados mesmo quando não
há concordância; tente explicar as causas das
diferenças
•4. Diga se você atingiu ou
não seus objetivos, se encontrou exceções
e resultados não explicáveis.
CONCLUSÕ
CONCLUSÕES

• Resposta a sua pergunta (objetivos)

• Estão adequadas e corretas? (Estão de


acordo com os objetivos? Estão de acordo
com os métodos? Estão de acordo com os
resultados?)
DEVEM ESTAR COLIGADOS
Metodologia da
Pesquisa Cientí
Científica
Tipos de estudos
(Study designs)
TIPOS DE ESTUDOS
• Estudos Observacionais:
– Série de casos
– Caso- controle
– Transversal
– Coortes
– Controle Histórico

• Estudos Experimentais
– Ensaio controlado randomizado

• Quase- Experimentais
– Ensaios controlados não randomizados
Estudos mais comuns
OBSERVACIONAL:
OBSERVACIONAL: o investigador
observa os fatores que ocorrem na vida
dos indiví
indivíduos sem interferir na ocorrê
ocorrência
dos mesmos
EXPERIMENTAL:
EXPERIMENTAL: o investigador
determina quem receberá
receberá o fator em
estudo
Classificaçã
Classificação
ção dos estudos
• Estudos observacionais
– Relatos de casos (case-series)
– Transversais (cross-sectional)
– Caso-controle (case-control ou longitudinal
retrospectivo)
– Coorte ‘Cohort’ ( longitudinal prospectivo e
retrospectivo)
– Caso Controle
– Caso-coorte
Estudos Observacionais
• Os resultados entre os grupos são apenas
observados e analisados,
analisados não criados
experimentalmente.

• Vantagem: realizados em condições


naturais.

• Desvantagem: Grupos observados diferem


em alguma característica
Estudos Observacionais
• Quando sã
são feitos?
– Forma de estabelecer fatores de risco
para determinadas patologias
Ex: Fumar causa câncer? Chupar o dedo na
infância causa maloclusão? Presença de
terceiro molar causa apinhamento?
– Estudar efeitos de políticas de saúde
Relatos de casos
(case-
(case-series study)
• Descrição de um fenômeno ou de
características encontradas em um grupo
de pacientes
• Não utiliza grupo controle
• Pode gerar hipóteses a serem
subseqüentemente investigadas através de
estudos longitudinais ou transversais
Estudos transversais
(cross-
(cross-sectional study)
• Também chamados de estudo de
prevalência
• Os dados são coletados de uma amostra de
indivíduos em um curto e determinado
período de tempo, e não ao longo do tempo
• “ O que está acontecendo ? ”
Estudos transversais
(cross-
(cross-sectional study)
• Neste tipo de estudo o estado de um
indivíduo em relação á presença ou
ausência da exposição (causa) e da doença
é avaliado num mesmo momento.

• Medem a prevalência (porcentagem da


população) da doença ou outra condição.
Estudos transversais
(cross-
(cross-sectional study)
• Um corte no tempo (Transversal).
C/ Desfecho

População :..:
:.:.:.::

Tempo FOTO

S/ Desfecho
Estudos transversais
(cross-
(cross-sectional study)
• Vantagens:
– Rápidos e baratos;
– Planejamento em saúde pública
(Prevalência);
– Usados para novos testes diagnósticos
e doenças comuns e de longa duração
• Desvantagens:
– Bastante limitado (Viés de seleção,
aferição);
– Foto única no tempo (não medem
Incidência).
– Não servem para doenças raras e de
curta duração.
Estudos transversais
(cross-
(cross-sectional study)
90
80
70 Foto
60
50
40 No. GRIPES
30
20
10
0
1° Trim. 2° Trim. 3° Trim. 4° Trim.
Estudos transversais
(cross-
(cross-sectional study)
• Ex. Estudo da distribuição de cárie
(CPO-D) em países industrializados,
ou Brasil.
• Prevalência de câncer bucal na
população brasileira no ano de 2004.
(Santos, 1999: Pinto, 2000.)
Estudos transversais
(cross-
(cross-sectional study)
• Ideais para avaliar prevalê
prevalência de doenças e avaliar
métodos de diagnóstico
• São relativamente fáceis de executar,
executar envolvendo
menores custos
• Fornece apenas uma visão daquele momento, e não ao
longo do tempo
• Necessita-se a obtenção de uma amostra realmente
representativa da população em estudo
Estudos caso-
caso-controle
(case-
(case-control study)
• Um grupo ou série de pacientes que tem
determinada doença (caso) e um grupo sem a
doença (controle) são selecionados para
investigação

• Os dois grupos são comparados - determinar quais


fatores estão associados com a doença

• Olhamos para o passado,


passado à partir da doenç
doença, para a
causa, ou para o futuro,
futuro da causa para a doença
Estudos caso-
caso-controle
(case-
(case-control study)
• Estudo longitudinal retrospectivo
-Analisa-se a história prévia de indivíduos com
a doença (casos) ou sem a doença (controles),
buscando-se possíveis fatores de risco
- “ O que aconteceu ? ”
-Ideais para estudar doenças raras e levantar
hipóteses a serem investigadas por outros
tipos de estudos
Estudos caso-
caso-controle
(case-
(case-control study)
• Ex: Estudo com o objetivo de observar se
pacientes com doenç
doença cardiovascular apresentam
maior probabilidade de ter cá cárie dentá
dentária ou
doenç
doença periodontal. Para isso, 100 pacientes com
enfarte agudo do miocárdio (casos) foram
comparados com 102 pacientes selecionados
aleatoriamente (controles).
(controles) Os resultados
mostraram que os pacientes tiveram uma condição
de saúde bucal mais precária do que o grupo
controle.
Burt et al, 1999
Estudos caso-
caso-controle
(case-
(case-control study)
exposto

Casos
Tempo
Não
exposto

exposto

Controles
Não
exposto

início
tempo
Estudos caso-
caso-controle
(case-
(case-control study)
1) Selecionar amostra de casos;
• Passos:
2) Selecionar amostra sob risco sem doença;
3) Medir as variáveis preditoras.

• Vantagens:
– Eficiente para doenças raras;

– Útil para gerar hipóteses sobre novas doenças ou surtos


não usuais;

– Relativamente barato
Estudos caso-
caso-controle
(case-
(case-control study)
• Desvantagens:
– Não há como se estimar risco ou
incidência diretamente;
– Somente um desfecho pode ser
analisado;
– Susceptível a Viéses:
• Seleção (amostras diferentes entre casos e
controles);
• Informação (memória)
Estudos De Coorte
(longitudinal)
• Geralmente chamado de longitudinal, pois
os dados são coletados em diferentes
pontos de tempo.

• Indivíduos classificados com base na


presença ou ausência de exposição a um
determinado fator.

• Seleção de controles apropriados crucial.


Estudos de coorte
‘longitudinal’
longitudinal’
• Estudo longitudinal prospectivo
• Identificação dos indivíduos expostos e não
expostos a um possível fator de risco
• Acompanhamento dos indivíduos ao longo do
tempo, determinando os indivíduos que
desenvolveram ou não a doença
• “ O que irá acontecer ? ”
Estudos de coorte
(longitudinal)
• Objetivos:

• Descrever a incidência de determinada


doença ou condição num intervalo de
tempo.

• Analisar associação entre fatores de risco


e doença ou outras condições.
Estudos de coorte
‘longitudinal’
com doença
periodontal
Amostra
fumantes sem doença
350 indivíduos
com idade entre
25 e 30 anos,
ambos os sexos
com doença
periodontal

não fumantes sem doença


início
tempo
(ex:5 anos)
Estudos de coorte
(longitudinal)
• Causas, incidê
incidência, Histó
História Natural e Prognó
Prognóstico

DOENTE
experimento
população
NÃO
Tempo DOENTE

Pessoas sem a doença

DOENTE

Coorte Não experimento

Selecionado NÃO
DOENTE
Estudos de coorte
‘longitudinal’
longitudinal’
• Ideais para estudar o curso da doença,
estimar possíveis causas e identificar
fatores de risco
• Melhor controle no registro dos dados em
relação aos estudos de caso controle
• Desvantagens: requer maior tempo para
execução, maior custo, bem como perda de
pacientes
Estudos De Coorte
(longitudinal)

• Coorte Prospectiva:
Prospectiva
– Observação de pessoas expostas se
inicia hoje;

• Coorte Retrospectiva:
Retrospectiva
– A observação das pessoas expostas
começou em algum momento no passado.
ESTUDO DE COORTE
(longitudinal) PROSPECTIVA
• A doença ou condição não ocorreu no
início do estudo, e o investigador
deve conduzir um seguimento durante
um intervalo de tempo apropriado
para determinar o efeito de
interesse.
STUDO DE COORTE (longitudinal)
PROSPECTIVA
• Ex. Estudo realizado durante 10 anos em
Estocolmo, com o objetivo de avaliar a associação
entre hábito de fumar e a doença periodontal. A
perda óssea alveolar marginal foi avaliada
radiograficamente em 349 pessoas em 1970 e
1980 e os resultados mostraram que a maior perda
óssea ocorreu entre pessoas que eram fumante em
1980, enquanto, a menor taxa ocorreu entre
aqueles que eram não fumantes em ambos os
exames.
(Bolin et al, Swet D. J. 1993)
ESTUDO DE COORTE
(longitudinal) RETROSPECTIVO
• Ao contrário do prospectivo, a
investigação iniciada depois que a
exposição e a doença já ocorreram.

• Os dados colhidos à partir de


arquivos ou anamnese, e os pacientes
são comparados
ESTUDO DE COORTE
(longitudinal) RETROSPECTIVA
• Ex: Estudo da relação entre a presença e a posição
do terceiro dos terceiros molares inferiores
(exposição) e fraturas de ângulo (efeito), por meio
de fontes de prontuá
prontuários e radiografias dos
pacientes atendidos entre 1993 e 1998. Pacientes
com presença de terceiros molares apresentaram
uma probabilidade 1,9 x maior de ter fratura
mandibular, comparados com pacientes com
ausência de terceiro molar.
ESTUDO DE COORTE
(longitudinal) RETROSPECTIVA
• Vantagens:
– Única maneira de estudar incidência (e risco)
diretamente;

– Segue a lógica da pergunta clínica: Se exposto,


ficarã
ficarão doentes??

– Evita o Viés decorrente do desfecho conhecido;

– Pode avaliar a relação: Exposição X Várias


Doenças.
Estudos De Coorte
(Longitudinal)
• Desvantagens:
– Pouco eficiente para doenças raras

– Caro

– Resultados não disponíveis por longo prazo

– Avalia poucos fatores associados a doença (só


os registrados no início do estudo).
Estudos De Coorte
(Longitudinal)
• Fontes de Informaçã
Informação:
ção:
– Dados registrados (Rxs, ficha clínicas,
etc...);
– Questionários ou entrevistas;
– Exames Físicos;
– Testes laboratoriais.
Estudos De Coorte
(Longitudinal)

• Vié
Viés:
– Viés de seleção;
– Coorte de Sobreviventes;
– Viés de Migração;
– Viés de Aferição (longo tempo).
Estudos Experimentais ou
Intervencionais
(clinical trial)
• O cientista manipula as condições
para investigar seu efeito nas
observações.

• Mesmo controlando todos os fatores


ainda estão sujeitos aos erros
humanos do acaso.
Estudos Experimentais ou
Intervencionais
(clinical trial)
• Quando são feitos?

– Quando se quer estudar os efeitos colaterais de

novos tratamentos

– Testar novas tecnologias


Estudos Experimentais ou
Intervencionais
(clinical trial)
• Especialmente utilizado para determinar a eficácia de
tratamentos, drogas e procedimentos
• Tem como desvantagem o maior custo e maior tempo
para execução ( até anos!)
• Estudo controlado - com grupo controle, podendo ser
placebo ou um tratamento já conhecido e consagrado
• Estudo não controlado – sem grupo controle
Estudos Experimentais ou
Intervencionais
(clinical trial)
• Vantagem: Se bem planejado, mais forte e
direta evidência para julgamento da
relação causa-efeito.

• Desvantagem: ética (antiético), a


randomização favorece determinados
grupos de indivíduos.
• Dificilmente realizados em humanos.
Estudos Experimentais ou
Intervencionais
(clinical trial)
• Estudos Experimentais
– Ensaio controlado randomizado

• Quase- Experimentais
– Ensaios controlados não randomizados
Estudos Experimentais ou
Intervencionais
(clinical trial)
• Randomizados – os indivíduos são
distribuídos nos grupos controle e
teste de maneira aleatória
• Não randomizados – designados para
um grupo experimental por
conveniência
Estudos Experimentais ou
Intervencionais
(clinical trial)
• Paralelo – os grupos controle e teste
seguem independentes no
experimento
• Cruzado – os mesmos indivíduos
tomam parte de cada grupo (controle
e teste) em diferentes momentos
ENSAIO CLÍ
CLÍNICO RANDOMIZADO
• estudo experimental,

• um grupo submetido ao tratamento (experimental) e outro


grupo (controle) não.

• determinar eficácia de um ou mais tratamentos, métodos de


diagnóstico

• alocação aleatória dos tratamentos

• Mais poderosa e sensível ferramenta para a comparação de


terapias, métodos de diagnóstico e regimes de atenção.
ENSAIO CLÍ
CLÍNICO
RANDOMIZADOS
• Randomizaçã
Randomização:
ção:
– Sorteio para a formação dos grupos, de forma aleatória ,
ou seja, ao acaso.
– Estratificaçã
Estratificação
ção ⇒ grupos homogêneos

• Mascaramento:
– Preferencialmente Duplo-
Duplo-cego,onde
cego, paciente e
observadores não sabem que tipo de intervenção é dada
ao paciente.
– Simples-cego;
– Aberto.
ENSAIOS CLÍNICOS
RANDOMIZADOS
População definida

RANDOMIZAÇÃO

Novo tratamento Tratamento usual

Melhorou Não melhorou Melhorou Não melhorou


ENSAIO CLÍ
CLÍNICO
RANDOMIZADO
• Vantagem:
– Permite estudar variáveis dependentes a partir
de uma variável independente, ou seja evidência
mais forte para estudar a relação causa-efeito.

• Desvantagens:
– Muito caros;
– Podem não ser generalizáveis;
– Esbarra em limites Éticos;
– Desistência de pacientes.
ESTUDO
EXPERIMENTAL
• Determinação de quem recebe o fator em
estudo:
– Arbítrio do investigador: QUASE
EXPERIMENTO
– Aleatoriamente: VERDADEIRO
EXPERIMENTO = ENSAIO CLÍNICO
RANDOMIZADO
ÉTICA...FACTIBILIDADE...
• Revisã
Revisão Sistemá
Sistemática da Literatura.
– Levantar todas as Bases de Dados;
– Análise Crítica da Literatura (Uso de Guideline);
– Busca das melhores Evidê
Evidências Clí
Clínicas.
nicas
– Vantagens:
Vantagens
– Investigação terapêutica para doenças raras;
– Agrega amostras para minimizar o erro β.
O que é Revisã
Revisão Bibliográ
Bibliográfica?

Resumo da literatura especializada sobre


determinado tema, permitindo uma visã
visão
mais abrangente, mostrando uma evoluçã
evolução
ção
dos conhecimentos sobre o tema,
apontando falhas e acertos, fazendo
crí
críticas e elogios.
Na Revisã
Revisão Bibliográ
Bibliográfica tradicional os

pesquisadores selecionam os trabalhos

que lhes parecem mais importantes, sem

explicitar os crité
critérios de seleçã
seleção.
ção.
Problemas com as Revisõ
Revisões Bibliográ
Bibliográficas
Tradicionais
• Inclusã
Inclusão seletiva de trabalhos, baseado
na visã
visão de qualidade do revisor
•Pondera
Ponderaçã
Ponderação
ção subjetiva dos trabalhos
•Falta
Falta de exame das caracterí
características dos
estudos, sem explicar o porquê
porquê de
resultados consistentes ou
discrepantes
A meta-
meta-aná
análise é uma té
técnica de revisã
revisão

sistemá
sistemática da literatura, passando todos

os trabalhos selecionados inicialmente por

uma avaliaçã
avaliação
ção rigorosa de qualidade e

submetidos à aná
análise estatí
estatística.
 META-
META-ANÁ
ANÁLISE
• Desvantagens:
– Relativamente Caro;
– Bastante trabalhoso;
– Passível de Viés de seleção dos Artigos;

• Cuidados:
Cuidados
– Definir claramente a questão da investigação;
– Traçar a estratégia da localização dos
artigos.
– Preparar as conclusões, respondendo a
pergunta do estudo.
DELINEAMENTOS

Prática Clínica X Delineamento

• Fatores de Risco Caso- controle,


Coortes
• Teste diagnóstico Transversal
• Tratamento Ensaio clínico
• Prognóstico Coorte
• Hipóteses Série de casos/
Pesquisa Qualitativa
Hierarquia dos Desenhos de
Pesquisa

– 1o Meta-análise;
– 2o Ensaio Clínico Controlado e Randomizado;
– 3o Ensaio Clínico Controlado;
– 4o Estudos Coorte/ Caso-controle;
– 5o Transversal;
– 6o Relato de Caso
BIAS OU VIÉ
VIÉSES
• O que sã
são Vié
Viéses??
– Desvio sistemático da Verdade que
distorce os resultados da Pesquisa;
BIAS OU VIÉ
VIÉSES
• Vié
Viés de Seleçã
Seleção
ção:
– Casos e controles obtidos de populações
diferentes;
– Recusas em participar;
– Sintomas interferindo na seleção.

• Vié
Viés de Mensuraçã
Mensuração:
ção:
– Casos são avaliados semanalmente e controles
mensalmente;
– Classificação incorreta da doença;
– Questionários não validados;
– Falta de Acurá
Acurácia do Instrumento.
BIAS OU VIÉ
VIÉSES
• Vié
Viés de Aderê
Aderência:
– Casos faltam e perdem sessões;

• Vié
Viés de Mascaramento:
– Paciente sabe que intervenção esta recebendo;
– Avaliador sabe quem é Caso e quem é Controle e
avalia tendenciosamente.

• Vié
Viés de Seguimento:
– Perda de mais de 5%;
– Tempo muito curto ou muito longo.
BIAS OU VIÉ
VIÉSES
• Vié
Viés na Aná
Análise:
– Análise tendenciosa;
– “Torturar os Dados”;
– Manejo dos casos/ Perda de Dados;
– Eventos competidores (confundidores)
confundidores)

• Vié
Viés na Publicaçã
Publicação:
ção:
– Estudos com resultados negativos ou não
Significantes não são publicados.
SIGNIFICÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA E
APLICABILIDADE
Os achados de um estudo, mesmo tendo
validade interna e externa,
externa, podem nã
não ser
úteis nem aplicá
aplicáveis para o leitor
(professor, bailarino, pesquisador).

Disponibilidade do teste, alto custo, riscos,


infra-
infra-estrutura té
técnica...
AUSTIN E ATTANASIO (1991)

OS LEITORES DEVEM ANALISAR CRITICAMENTE


OS ARTIGOS PUBLICADOS QUANTO AO DELINEAMENTO
EXPERIMENTAL E O TRATAMENTO ESTATÍSTICO DOS DADOS POR
MEIO DAS SEGUINTES QUESTÕES:
O EXPERIMENTO FOI DELINEADO DE FORMA
APROPRIADA?

HÁ INFORMAÇÕ
INFORMAÇÕES
ÇÕES SUFICIENTES PARA QUE A
PESQUISA POSSA SER REPETIDA?

OS TRATAMENTOS FORAM DISTRIBUIDOS DE


FORMA ALEATÓ
ALEATÓRIA?

A ANÁ
ANÁLISE ESTATÍ
ESTATÍSTICA FOI DESCRITA
CLARAMENTE E FOI REALIZADA APROPRIADAMENTE?
OS DADOS EXPERIMENTAIS E OS RESULTADOS
SUSTENTAM A CONCLUSÃ
CONCLUSÃO?

FORAM ENCONTRADAS DIFERENÇ


DIFERENÇAS
SIGNIFICATIVAS?

ESSAS DIFERENÇ
DIFERENÇAS FORAM DISCUTIDAS QUANTO
AO VALOR CLÍ
CLÍNICO?
Fi m …
BASE DE DADOS
• BASES DE DADOS – O QUE É?

• Conjunto de informações computadorizadas organizadas que


permiti sua recuperação.

• Muitas delas correspondem a obras de referência impressa:


– Biological Abstracts,
– Sociological Abstracts,
– Engineering Index,
– Art Index

– Pode ser também o catálogo automatizado de uma Biblioteca


BASE DE DADOS
• Tipos de Bases de Dados

• 1. Bases de Dados Referenciais


• 2. Bases de Dados Textuais
• 3. Bases de Dados Factuais
BASE DE DADOS
• 1. Base de dados referenciais

• Bibliográ
Bibliográficas - conté
contém registros bibliográ
bibliográficos que
permitem ao usuá
usuário localizar determinada publicaçã
publicação:
ção:
– artigo de perió
periódico,
– jornal,
– livro,
– dissertaçã
dissertação,
ção,
– relató
relatório de pesquisa,
– trabalho publicado em anais de congresso.

• Diretó
Diretórios - referê
referências de organizaçõ
organizações,
ções, projetos de
pesquisa, especialistas.
BASE DE DADOS
• 1. Base de dados referenciais

• Recuperam informações:

• referências bibliográficas
• abstracts
• endereços dos autores
• editores, etc.
BASE DE DADOS
• 2. Bases de Dados Textuais
• Bases que recuperam referê
referências
bibliográ
bibliográficas, abstracts, endereç
endereços dos
autores, editores e textos completos
BASE DE DADOS
• 3. Bases de Dados Factuais
• Bases que conté
contém informaçõ
informações
ções sobre
• dados numéricos,
• estatísticos e
• cadastrais
BASE DE DADOS
• Recursos disponí
disponíveis para a elaboraçã
elaboração
ção da
pesquisa
• Variam de uma Base de Dados para outra
• Dependem do objetivo a que se destinam
BASE DE DADOS
• Pesquisa por campos:
• Autor
• Título da revista, livro, etc
• Título do artigo, capítulo, etc
• Abstract
• Keywords
• Endereço dos autores
• Dados sobre o editor
BUSCADORES ESPECÍ
ESPECÍFICOS
BIREME
É uma biblioteca na internet (Biblioteca Virtual em Saúde)

http://www.bireme.br
- Site em português.
- Contém diversas bases de dados.
- As bases de dados contém referências e resumos de
artigos de revistas indexadas.
BUSCADORES ESPECÍ
ESPECÍFICOS
BIREME

Clicar em literatura científica para acessar as


diferentes bases de dados.
BUSCADORES ESPECÍ
ESPECÍFICOS
BIREME
As bases mais utilizadas em Odontologia são:
-BBO - Bibliografia Brasileira Odontológica –
(literatura brasileira – artigos em revistas nacionais,
teses, livros, etc.);
-LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe);
-MEDLINE (literatura nacional e internacional);
SERVIÇ
SERVIÇOS BIBLIOGRÁ
BIBLIOGRÁFICOS
– VIA INTERNET

Entretanto, nem todos os artigos de


revistas publicadas estã
estão
catalogadas (somente as mais
importantes – reconhecidas – ou que
possuem o ISSN).
Como realizar a busca?

1) Selecionar uma base de dados (ex: BBO,


LILACS, etc.);
Como realizar a busca?

2) Inserir uma ou mais palavras;

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Tipo de
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BUSCADORES ESPECÍ
ESPECÍFICOS
PUBMED

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/PubMed/
- Site em inglês.
- Contém referências e resumos de artigos de
revistas indexadas.
PUBMED

Ao acessar o site, pode-se procurar por:

- Nome do autor (sobrenome e inicias.


Ex: smith jc);

-Assunto ou palavra do título do artigo;

-Palavra do título do periódico.


MÉTODOS INFORMATIZADOS:
Serviç
Serviços Bibliográ
Bibliográficos

-Servi
Serviç
Serviços de busca via bases de dados:
-Buscadores
Buscadores gerais: permitem acessar textos,
imagens e outras informaçõ
informações
ções sobre determinado
assunto ou autor na internet
-www.google.com.br
www.google.com.br
-www.altavista.com
www.altavista.com
Métodos Informatizados:
Serviç
Serviços Bibliográ
Bibliográficos

-Servi
Serviç
Serviços de acesso a documentos cientí
científicos com
texto completo:
-www.scielo.br
www.scielo.br
-www.webofscience.fapesp.br
www.webofscience.fapesp.br Possibilita acesso
a títulos de
-www.probe.br
www.probe.br revistas nacionais
e internacionais
-www.periodicos.capes.gov.br
www.periodicos.capes.gov.br
Para acessar os textos completos das revistas
por meio eletrô
eletrônico, é necessá
necessário que a
instituiçã
instituição
ção assine um convê
convênio

-www.webofscience.fapesp.br
www.webofscience.fapesp.br
-www.probe.br
www.probe.br
-www.periodicos.capes.gov.br
www.periodicos.capes.gov.br
SITES ODONTOLÓ
ODONTOLÓGICOS E
SITES DE FACULDADES

Pode-
Pode-se pesquisar textos, imagens, artigos de
revistas, etc.
-www.fop.unicamp.br
www.fop.unicamp.br
-www.usp.br/fo
www.usp.br/fo
-www.apcd.org.br
www.apcd.org.br
SERVIÇ
SERVIÇOS BIBLIOTECÁ
BIBLIOTECÁRIOS

No caso de nã
não existir determinado
artigo na biblioteca, requisitar pelo
COMUT (serviç
(serviço de comutaçã
comutação)
ção) ou
cadastro pela BIREME.
SERVIÇ
SERVIÇOS BIBLIOTECÁ
BIBLIOTECÁRIOS

COMUT: a cada 5 páginas = R$2,20


BIREME: a cada 25 páginas = R$5,50
Pedido para a FOP/UNICAMP: R$1,00 + R$0,10 por
página
Internacional: R$42,00 a cada 20 páginas
Levantamento bibliográfico: R$10,00
SERVIÇOS BIBLIOGRÁFICOS
– VIA INTERNET

A BIREME pode enviar o artigo desejado


na íntegra (có
(cópia) mediante o pagamento.
BASE DE DADOS
• Acesse o endereç
endereço
http://www.portaldapesquisa.com.br
BASE DE DADOS
BASE DE DADOS
LEITURA CRÍ
CRÍTICA DO
ARTIGO CIENTÍ
CIENTÍFICO
ATIVIDADE INDIVIDUAL
LEITURA CRÍ
CRÍTICA DO
ARTIGO CIENTÍ
CIENTÍFICO
• RESPONDA:
RESPONDA:
• NOME DO PERIÓDICO
• VOLUME
• FASCICULO
• ANO DE PUBLICAÇÃO
• PÁGINAS
• RESPONDA:
RESPONDA:

• TIPO DO ARTIGO
• TITULO DO ARTIGO
• AUTORES
• É ESTRUTURADO OU EM UM
PARÁGRAFO?
• APRESENTA OS ELEMENTOS QUE SE
ESPERA DE UM RESUMO?
• RESPONDA:
RESPONDA:

• PALAVRAS-
PALAVRAS-CHAVES
• SÃO ESCLARECEDORAS?
• DUPLICAM O TÍTULO
• VOCÊ SUPRIMIRIA ALGUMA
• VOCÊ ACRESCENTARIA ALGUMA?
• RESPONDA:
RESPONDA:

• INTRODU
INTRODUÇÃ
ÇÃO
ÇÃO
• APRESENTA OS ELEMENTOS
NECESSÁRIOS
• TEMA?
• PROBLEMA?
• OBJETIVOS?
• REVISA A LITERATURA?
• RESPONDA:
RESPONDA:

• MATERIAL E MÉ
MÉTODOS
• É CLARO?
• É COMPLETO?
• POSSIBILITA A REPRODUÇÃO?
• RESPONDA:
RESPONDA:
• RESULTADOS
• ESTA DE ACORDO COM A
METODOLOGIA?
• ATINGE O OBJETIVO?
• É REPETITIVO?
• TEM GRÁFICOS, FIGURAS OU
TABELAS?
• CITA TRATAMENTO
ESTATÍSTICO?
• RESPONDA
RESPONDA::
• DISCUSSÃ
DISCUSSÃO
• INTERPRETA OS
RESULTADOS?
• COMPARA COM OUTROS
AUTORES?
• TIRA CONCLUSÕES DOS
RESULTADOS?
• Discussã
Discussão:
• Ótimo; Bom; Regular; Ruim; Péssimo.

• 1. Foram enfatizado os principais resultados?


• 2. Foram discutidas as limitações do estudo?
• 3. Foram discutidos as forças e fraquezas em relação a outros
estudos, discutindo as diferenças entre os estudos?
• 4. Qual o significado do estudo? Possíveis mecanismos e
implicações para os clínicos e os administradores?
• 5. Quais são as perguntas não respondidas e as pesquisas futuras?
• Conclusõ
Conclusões:
• Ótimo; Bom; Regular; Ruim;
Péssimo.
• Estão adequadas e corretas? (Estão
de acordo com os objetivos? Estão de
acordo com os métodos? Estão de
acordo com os resultados?)
Fontes de Consulta
• Livros de Epidemiologia:
Epidemiologia
Saúde – 5a
– Rouquayrol, M.Z. Epidemiologia & Saú
Ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 1999.
– Altman, D.G. Practical Statistics for
Research 7th ed. London: Chapman
Medical Research.
& Hall, 1997.
• Sites:
Sites
– www.evidencias.com
– www.metodologia.com
– www.cochranedobrasil.com.br

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