JORNAL DO BRASIL Rio de Janeiro — Segunda-feira, 10 de novembro de 1980
Cynthia Brito
TEMPO
RIO — Nublodo podendo ini-
tabiliiof-se no decorrer do pe-
ríodo. Temperatura estável.
Ventoi: Noroeite o Sudoeste
frocos a moderados, com pos-
tíveii raiadas. Máxima: 35.B,
em Jacarepoguá; mínima:
21.4, em Somo Teresa.
O Salvamar informa qu»
o mar está meio agitado,
com águas correndo de
Uit. para Sul. A ttmpe-
raturo da água é de 20
dentro da baía e
ora da borra.
Íiraus
Temperaturas referentes às úl-
timos 24 horoí
(Mapas no pág. 14)
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Brasinha cruzou e Gaúcho rebateu mal. Guina, de puxada, mandou a bola para o gol e Paulo Sérgio tocou: Roberto de cabeça marcou aos três minutos
Polícia não deixa
"Dom Pele" rezar
missa em fazenda
A polícia impediu o Arcebispo da Pa-
raíba, D José Maria Pires — Dom Pele —
de rezar missa na Fazenda Camucim, onde
impera clima de tensão, devido a choques
entre proprietários e posseiros. A missa
acabou sendo improvisada na estrada, fo-
ra da propriedade, e D José telegrafou ao
Presidente da República, ao Ministro da
Justiça e ao Governador do Estado, pro-
testando.
O Arcebispo declarou-se vítima de
"desconsideração", e comentou: "O que
nos interessa, realmente, é um bom rela-
cionamento com o povo e"Onão com o
Governo." Depois, ironizou: Padre Vito
foi expulso do país porque se recusou a
celebrar uma missa. Eu andei léguas para
rezar uma missa para os agricultores e fui
impedido pela polícia. Que fazer?" (Pág. 2)
Rio vai consumir
gás. de Campos
a partir de 1981
A Companhia Estadual do Gás
receberá, a partir de julho do próximo
ano, parte da produção de gás da
Bacia de Campos para consumo domi-
ciliar e industrial do Rio. A outra
parte será destinada à Refinaria Du-
que de Caxias, que aproveitará o gás
na substituição do óleo combustível
utilizado em suas caldeiras geradoras
de vapor e nas da Petrofértil e das
fábricas de borracha da Petroflex.
Ao antecipar a construção do
gasoduto que conduzirá todo o gás
produzido em Campos, a Petrobrás
visa, fundamentalmente, evitar a
queima do gás extraído daquela re-
gião. Antes do acidente na torre de
processameto, que paralisou a produ-
ção, estavam sendo queimados o equi-
valente a 880 barris/dia, corresponden-
te a 26 mil 400 dólares diários. (Pág. 12)
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Na prova de diversas categorias, os pilotos de 125cc protestaram alegando que só teriam de correr 12 voltas, e, por isso, os resultados ficaram sub judice
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Vasco vence Botafogo e Marchezan admite
debate de direta
continua líder isolado para presidente
Num jogo de péssima qualidade Em Volta Redonda, o Fluminense
— a torcida vaiou os dois times e riu encontrou muita dificuldade para O líder do Governo na Câmara, Nél-
das jogadas medíocres — o Vasco da vencer o time local, que teve um son Marchezan, admitiu que, depois de
aprovadas as eleições diretas para gover-
Gama venceu o Botafogo por 2 a 0 e zagueiro expulso. Venceu por 3 a 2
depois de estar perdendo por 1 a 0 e 2 nadores, o PDS poderá discutir a conve-
manteve a liderança do returno do
campeonato carioca. A partida teve a 1. Os gols foram assinalados por niència de elas serem adotadas também
cinco cartões amarelos (Gaúcho, Coca, Cláudio Adão (que continua nas eleições presidenciais. Mas afirmou
Mendonça, Wecsley, Marco Antônio e liderando os artilheiros do campeo- que "não há ainda nenhum compromisso
tão consistente, táo uniforme e táo aceito
Guina) e um vermelho. nato), Amauri, Jorge Luís (contra) e
Gilberto. como o da eleição direta para gover-
Os gols foram marcados por Ro- nador".
Em Petrópolis, o Bangu foi der- Em Belo Horizonte, o Ministro da
berto, aos 3, de cabeça, e aos 36 minu- rotado pelo Serrano por 1 a 0, e o Justiça, Ibrahim Abi-Ackel, garantiu que,
tos do primeiro tempo, de pênalti Americano perdeu para o Campo além da proposta de emenda das eleições
(mão de Perivaldo). A renda foi de
Grande pelo mesmo placar. Em Moça diretas, o Governo não tem nenhuma ou-
Cr$ 3 milhões 926 mil 950, com públi- Bonita, o Niterói foi vencido pela tra providência prevista para este ano,
co pagante de 26 mil 56 pessoas. O Portuguesa por 2 a 0. A partida preli- no programa de abertura política. Segun-
zagueiro Perivaldo foi expulso aos 37 minar do Maracanã, entre Olaria e do o Ministro, a emenda "vai alterar
minutos do segundo tempo por ofen- Madureira, foi suspensa pela Suderj, o metabolismo político do país". Ele
sa a um bandeirinha. para náo prejudicar o gramado. acredita em mudanças futuras. (Página 3)
Empate quarta-feira F-l contrata quatro Governadores
leva S. Paulo à final GPs seguidos no Rio
Depois de estar perdendo por 1 a 0,
o São Paulo virou o jogo e ganhou da
Ponte Preta por 2 a 1. Agora só precisa de
Bernie Ecclestone, presidente da Associa-
ção de Construtores de Fórmula-1, esteve,
ontem, no Autódromo de Jacarepaguâ e anun-
prometem vitória
um empate quarta-feira, no Morumbi, pa-
ra se classificar e disputar o título com o
ciou haver firmado contrato com a Riotur
para a realização dos próximos quatro Gran-
do PDS em 1982
Santos, vencedor do primeiro turno. Os des Prêmios do Brasil no Rio de Janeiro.
gols foram marcados por Barrinha, Sergi- No Campeonato Brasileiro de Stock-Cars, o Os Governadores Paulo Maluf e An-
nho e Renato. A renda foi recorde do tônio Carlos Magalhães, encerrando as
goiano Alencar Júnior venceu as duas bate-
campeonato: Cr$ 9 milhões 621 mil 330. rias e assumiu a liderança, com 162 pontos, convenções do PDS em São Paulo e na
Em Minas, o Atlético Mineiro manteve um à frente de Ingo Hoffman. Em Interlagos, Bahia, prometeram ao Presidente da
a liderança, ao golear o Democrata por 5 Artur Bragantini ganhou a última prova do
a 0, com Eder marcando um gol olimpico. Campeonato de Fórmula Ford-Corcel, invicto. República ganhar as eleições para as
suas sucessões, em 1982. Em Pernambu-
co, um delegado desavisado soltou fogos
Rio vai representar
Quintans ganha e já no recinto da convenção e provocou
tumultos. No Pará, o observador do
Brasil em ginástica lidera motociclismo TRE, que nào lè jornais, foi assistir à
O carioca Renato Quintans Muniz assu- convenção que náo houve.
Na final do Campeonato Brasileiro de
Ginástica — vencido pelo Rio na catego- miu a liderança do Campeonato Brasileiro de
ria feminina e por São Paulo na masculi- Fórmula Honda, ao vencer, ontem, no Auto- O secretário nacional do PDS,
na — o Brasil definiu sua equipe que irá a dromo de Jacarepaguâ, a prova especial da Deputado Prisco Viana, ao participar
Buenos Aires disputar o Sul-Americano. 1* etapa. A segunda colocação fleou com o da convenção regional da Bahia, con-
gaúcho Renato Maruri, classificando-se em
A delegação feminina é toda carioca e terceiro o paulista Santo Feltrim Neto. Nas siderou normais as crises que marca-
o destaque é a ginasta Altair Prado, provas dè 125 cc, 350 cc a 400 cc esporte e 350 cc ram a constituição dos primeiros dire-
de 15 anos, da Gama Filho, que derro- houve muita confusão e os resultados estão
tou até Cláudia Magalhães, representan- sub judice. Os pilotos da categoria 125 cc pro- tórios regionais do Partido, em 20 dos
te do Brasil nas Olimpíadas de Moscou testaram, alegando que foram prejudicados. 22 Estados: "São turbulências acei-
táveis nessa fase de organização das
O noticiário de esportes vai da página 15 até a 22 novas agremiações políticas." (Página 4)
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Ronaldo Th*obold
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*4

2 — POLÍTICA E GOVERNO
Coisas da política
^ Polícia impede bispo de rezar missa na PB
Planalto decide
apoiar Marchezan
Tarcísio Hollanda
Brasília — O Deputado Nelson Marchezan
aceitou, formalmente, a sua candidatura a presi-
dente da Câmara, depois de uma conversa de
mais de uma hora, sexta-feira última, com o
Chefe da Casa Civil da Presidência, General
Golbery do Coutou Silva, quando foi examinado
o panorama de luta por aquele posto dentro da
bancada.
O Governo entende que nenhum dos nomes
lançados — Deputados Djalma Marinho, Rafael
Baldacci, Cantídio Sampaio e Homero Santos —
conseguiu empolgar o Partido. Ao contrário,
estabeleceu-se uma confusão em torno da legali-
dade da candidatura do Io vice-presidente da
Casa, atualmente, Sr Homero Santos, até mesmo
ameaçada de impugnação.
Antes da conversa decisiva com o Ministro-
Chefe do Gabinete Civil, o Sr Nelson Marchezan
observara, nos últimos dias, que havia interesse
pelo seu nome — na bancada como no Palácio.
Semana passada, esse interesse tornou-se claro
através de um telefonema que recebeu do secre-
tário particular do Presidente da República,
Heitor de Aquino.
Até agora, todavia, o Sr Nelson Marchezan
procurara comportar-se como um magistrado,
não se envolvendo na disputa. Com todos os
aspirantes ao cargo havia conversado, assumiu-
do o compromisso de náo tomar partido e não se
envolver com nenhum dos três.
O líder da Maioria vinha contendo alguns
dos seus amigos no PDS que manifestavam a
disposição de articular seu nome, mas, agora,
vai liberá-los para esse trabalho. Já conversou
com os Deputados Homero Santos e Djalma
Marinho e espera ter uma conversa com o Sr
Rafael Baldacci hoje ou amanhã.
O Palácio do Planalto sabe que existe uma
possibilidade, ainda que remota, de o Deputado
Djalma Marinho vir a ser candidato dissidente,
em plenário, liderando um protesto da Oposição
e dos liberais do PDS contra a forma com que se
processa a renovação na presidência da Casa.
E, nesse caso, náo se despreza a influência do
atual Presidente da Câmara, Deputado Flávio
Marcüio, que poderá transformar-se em um elei-
tor respeitável.
O lançamento da candidatura do Sr Nelson
Marchezan irritou o Sr Flávio Marcüio, que nela
identifica uma intervenção direta do Governo
em assuntos internos da instituição. Os Deputa-
dos Djalma Marinho, Rafael Baldacci e Homero
Santos já afirmaram que nào concorrerão com o
líder da Maioria na votação secreta da bancada.
O Sr Flávio Marcüio pretende articular uma
reação a partir de encontro-almoço que marcou
para terça-feira com os três candidatos, mas
desde logo sabe que não poderá contar com os
Srs Homero Saiüos e Rafael Baldacci para uma
candidatura dissidente que implique contesta-
çâo ao poder de mando do Palácio do Planalto.
O Sr Djalma Marinho ficou chocado quando
o nome do líder da Maioria foi jogado sobre o
tapete da Câmara. Ele entende que havia uma
disputa dentro da bancada, da qual o Governo
tinha conhecimento. O lançamento inesperado
do Sr Nelson Marchezan constitui, para ele, uma
intervenção que diminui a instituição.
"Não estou
perseguindo recompensas e nem
temendo castigos. O meu morgado é a institui-
ção", afirma o Deputado potiguar, enquanto
admite, abertamente, a possibilidade de se lan-
çar candidato em plenário, depois de oferecer a
seus colegas de bancada — quando se reunirem
para examinar o problema — as razões que o
levam a retirar seu nome do âmbito do PDS.
O Deputado Djalma Marinho tem conscièn-
cia da dificuldade de conseguir a união das
oposições em torno de seu nome. As cúpulas
partidárias encaram com reserva e desconfian-
ça o movimento dentro da Oposição para rom-
per o acordo em torno da recomposição da Mesa
da Câmara e lançar a candidatura dissidente de
alguém que simbolize a luta da instituição por
suas prerrogativas, como o veterano político
liberal da antiga UDN.
O PMDB, por exeniplo, já tem candidatos
lançados à la-vice-presidência e 4a-secretaria
na composição com o candidato que o PDS
indicar à presidência: são o atual líder Freitas
Nobre e o Deputado Paes de Andrade. Até
agora, iienhum integrante da cúpula do Parti-
do admitiu examinar a hipótese da candidatu-
ra Djalma Marinho.
O Sr Rafael de Almeida Magalhães, o Se-
nador Teotônio Vilela e os Deputados Marcelo
Cerqueira e Roberto Freire estáo lutando den-
tro do Partido em favor da candidatura do Sr
Djalma Marinho, o que importaria o rompimen-
to do acordo com o PDS e a perda de posições a
que o PMDB tem direito.
Forte candidato a novo lider do Partido, o
Deputado gaúcho Odacir Klein acha que,
quando a bancada se reunir, provavelmente no
dia 3 de dezembro para eleger os seus represen-
tantes na Mesa, a preliminar da candidatura
dissidente deve ser votada para que a maioria
decida pela sua conveniência ou inconve-
niência.
Enquanto o assunto é discutido dentro das
oposições, diante de uma atitude reservada
das cúpulas partidárias, o Deputado Djalma
Marinho adverte que sua luta nada tem de
pessoal contra o Sr Nelson Marchezan: "Quero
ganhar, mas pouco me importa perder."
Novo líder
O Deputado paulista Cantídio Sampaio é
saudado no Palácio do Planalto como o novo
lider da Maioria na Càmaru, em substituição
ao Sr Nelson Marchezan. Um prêmio para
quem ocupa a primeira vice-liderança há 12
anos.
Deputado
defende
prorrogação
Belo — Horizonte Sob o argu-
mento de que "nào estamos nu-
ma época de eleição, mas de
prorrogação", o Deputado do
PDS José Laviola, o mais vota-
do da Assembléia mineira, com
62 mil 828 votos em 1978, defen-
deu a prorrogação dos manda-
tos parlamentares, embora con-
siderando-se em condições de
fácil reeleição.
Em conversa com o Depu-
tado Tarcísio Delagado (PMDB
— MG), a quem perguntou co-
mo andava o ambiente para a
prorrogação em Brasüia, o par-
lamentar mineiro disse que- há
seis meses nào vem fazendo ou-
tra coisa senão fedender o adia-
mento das eleições. Segundo
ele, além de não ser época pro-
picia, as eleições acarretam
uma série de despensas e gas-
tos que o Governo poderia
evitar.
O Sr José Laviola, que nas
. últimas eleições fez dobradinha
com o Ministro Ibrahim Abi-
Ackel no seu reduto eleitoral, é
candidato à presidência da As-
sembléia mineira para o biênio
1981/82, pela corrente do ex-
PSD. Considera-se com autori-
dade para defender a prorroga-
ção por ser o debutado mais
votado dos 71 eleitos para a
Assembléia estadual, ressaltan-
do que, mesmo com as eleições
diretas em 1982, pretende conti-
nuar na bancada estadual.
^ res voltaram a plantar quase 50 quilos dê feijão.
u
I
I
diariamente âs
12:00 hs.
16:00 hs.
DEMAIS
HORÁRIOS
DO RIO:
07:00 hs
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para Itajai
VARIG
CRUZEERO
TURISMO
gj®|p QUARTA-FEIRA
CADERNO B
JORNAL DO BRASIL
Joáo Pessoa — As relações entre o Estado e a
Igreja, na Paraiba, ficaram mais tensas no fim
de semana, quando o Arcebispo da Paraiba,
D José Maria Pires, foi impedido, pela policia,
de celebrar uma missa na Fazenda Camucim,
onde há tensão social devido a"Estedivergências
entre proprietários e posseiros. fato" —
protestou D José, que enviou telegrama ao
Presidente da República, relatando o ocorrido
"é um obstáculo gritante ao exercício da
missão pastoral."
No sábado, os agricultores da Fazenda Ca-
mucim convidaram o Arcebispo para celebrar a
missa noturna. Ele compareceu, mas na entra-
da da fazenda foi impedido por um contingente
policial. Náo houve violência, porém devido à
resistência dos agricultores, a missa acabou
sendo rezada na estrada, num altar improvisa-
do. "Nisto tudo" — aflrmou D José Maria Pires
"acho estranho que se crie na Paraiba um
quase estado de sitio, lmpedindo-se as pessoas
de circularem livremente."
Autorização
Como a área de Camucim tem registrado
constantes conflitos entre posseiros e proprie-
tários, a Secretaria de Segurança Pública deci-
diu que para entrar lá era necessária uma
autorização. No fim da semana, o vigário de
Taquara, que tem Jurisdição na área, foi impe-
dido de entrar na fazenda e comunicou o fato ao
Arcebispo, que havia sido convidado para rezar
uma missa para os agricultores.
D José Maria Pires garante que no sábado
cedo procurou entrar em contato com o Gover-
nador Tarcísio Burity e com o Secretário de
Segurança, mas recebeu a informação de que
ambos estavam viajando. Resolveu, entáo, ir
para a Fazenda Camucim, juntamente com
Frei Hermano José, com Padre Marcelo Barros,
membro da Comissáo Pastoral da Terra, e mais
30 religiosas. No entanto, foi impedido de entrar
na fazenda, pela polícia, que alegou "estar
cumprindo ordens superiores"
Na cancela principal, houve um pequeno
incidente, logo contornado porque os religiosos
preferiram nào forçar a entrada. Aos poucos,
porém, os agricultores foram saindo da área de
tensão e improvisaram um altar na beira da
o Arcebispo pôde, finalmente,
estrada, onde "Isto
rezar a missa. tudo — disse D José Maria
Pires — é um indício bastante forte de que as
relações entre o Governo e o povo estáo cada
vez piores. O povo está defendendo seus direi-
tos e o Governo tem tomado sempre o partido
dos dominadores".
D José relembrou que no caso específico de
Camucim o que está ocorrendo é o seguinte:
"Os agricultores
plantaram, foram presos. No
dia seguinte, a Usina Tabu arrancou o que eles
plantaram. Nào aconteceu nada. Os agriculto-
No dia seguinte, a Usina Tabu arrancou o feijão
plantado,
"O pondo na área cana-de-açúcar".
que fez o Governo, então? Colocou a
polícia para determinar que dai em diante nem
posseiros nem proprietários poderiam plantar
até que fossem demarcadas as áreas de posse,
mas na última plantação o que ficou foi a
vontade dos usineiros e nào a dos posseiros.
Mas é isso mesmo: no confronto, é sempre o
povo que sal perdendo".
"Senhor Presidente Joào Figueiredo: la-
mento dever levar conhecimento Vossência fui
impedido ontem dia 8 prestar assistência reli-
D Ivo deseja mais paz social
Porto Alegre—Sob uma chuva fina, que nâo
Impediu que 60 mil pessoas acompanhassem a
Romaria do Cinqüentenário da Devoção à Nos-
sa Senhora da Medlaneira, em Santa Maria, o
Bispo local e presidente da CNBB, D Ivo Lors-
cheiter, disse que "o Brasil precisa de mais paz
social, de mais justa distribuição dos direitos e
deveres, que náo fiquem só os direitos para uns,
e para outros somente os deveres".
—O Brasil precisa de mais coragem, de mais
sinceridade para identificar e enfrentar seus
reais problemas e suas verdadeiras raízes. O
Brasil precisa de maior compreensão e apoio
àqueles que trabalham em favor dos verdadei-
ros interesses nacionais, acrescentou o prelado
gaúcho, na Homilia da Missa. Para ele, o senti-
do da romaria é "hão só de agradecer a Deus
por todos os benefícios recebidos, mas também
de continuar a história da salvação, que, por
isso mesmo.é também de melhorar as condi-
ções de todos aqui na terra".
O que falta na Igreja
A procissão, iniciada às 9h, na Catedral
Diocesana, na Avenida Rio Branco, seguiu, por
dois quilômetros, até o Santuário da Medianei-
ra, onde foi oficiada missa, perante as 60 mil
pessoas que se comprimiam no local, entre as
quais o Governador Amaral de Souza e o líder
do Governo na Câmara Federal, Deputado Nei-
son Marchezan. D Ivo, na Homilia da Missa, ao
se referir ao Evangelho de ontem sobre as
bodas de Canaá, em que a Virgem Maria notou
a falta de vinho e ajudou a resolver o problema,
perguntou sobre o que falta ao Brasil.
E respondeu: "F.alando com respeito, since-
ridade e espírito construtivo, faltam multas
coisas na atual sociedade brasileira, na nossa
pátria". Ao pedir * Nossa Senhora Medlaneira
que ajude a resolver esses"osproblemas, o presi-
dente da CNBB lembrou problemas sociais
da nossa terra, mas que, por exemplo, a Revolu-
çáo de 30 teve, em Santa Maria, um decorrer
sem derramamento de sangue, sem um tiro
sequer, porque foi Invocada a Virgem Maria".
Lembrou, ainda, trecho do pronunciamento
de ontem do Governador Amaral de Souza, que
Assembléia apoia estrangeiros
Sào Paulo — A gratidão e o apoio ao traba-
lho dos missionários estrangeiros e "o repúdio a
qualquer tentativa de expulsão que possa ferir
a integridade da missão evangelizadora" sáo
manifestados em documento divulgado onte.pi,
no encerramento da 3* Assembléia de Igreja da
Regional Sul-L da CNBB, em Itaiei.
Aprovado por 35 bispos e 197 agentes de
Pastoral de todo o Estado — entre padres,
leigos — o documento diz que a
religiosos e "viveu,
assembléia nesses dias, o clima de in-
contida insatisfação, face à Injustiça, não repa-
rada, da expulsão de um sacerdote missionário
e a outras ameaças que pairam no ar".
Cinco pontos
O documento da assembléia da CNBB des-
taça cinco pontos: "1 — A gratidão por tudo
quanto bispos, padres, religiosos' e leigos es-
trangeiros vém realizando no campo da evange-
lizaçáo e catequese em nossa pátria; 2 — o
incentivo à permanência em seu trabalho pas-
toral, que o próprio Cristo determinou não
tivesse fronteiras: 'ide por todo o mundo, pregai
o Evangelho a toda a criatura' — missão especí-
fica na Igreja; 3—o apoio à continuidade de seu
trabalho evangélico, voltado para a causa dos
mais pobres e oprimidos".
E ainda: "4 — O repúdio a qualquer tentatl-
va de expulsão que possa ferir a integridade da
missáo evangelizadora e os princípios da justi-
Entidades denunciam religioso
Maceió — Três entidades denominadas As-
sociaçào Paraense da Igreja de Cristo. Comis-
sào Denúncia dos Padres Agitadores e Movi-
mento Cristão da Salvação assumiram a auto-
ria pela distribuição aos jornais, rádios e televi-
sâo da Capital, de cartas em que chamam o
Bispo de São Félix do Araguaia. Dom Pedro
Casaldáliga. de comunista e pedem sua expul-
são do pais.
Somente o jomal Gazeta de Alagoas publi-
cou a carta. O cónego Fernando Iório. porta-voz
"Ética
Leia editorial
JORNAL DO BRASIL
Arquivo — 2/80
D José Maria Pires
giosa agricultores Camucim que lutam posse
de terra de onde tiram sustento há dezenas de
anos. Destilaria Tabu, que já possui mais de 7
mil hectares, comprou recentemente Fazenda
Camucim e procura expulsar posseiros. Poli-
cia impediu minha entrada celebrar missa
alegando cumprir ordens expressas Secretário
de Segurança Pública."
Além deste, o Arcebispo da Paraíba enviou
mais três telegramas: ao Ministro da Justiça,
comunicando "ocorrência grave cerceamento
da liberdade de culto" e pedindo "enérgicas
providências para resguardar os direitos do
povo e da Igreja", ao Governador Tarcísio
Burity, protestando contra o que ocorreu e
pedindo a imediata remoçào da porteira e res-
tauraçáo do transito livre na estrada que dá
acesso à fazenda, e ao Secretário de Segurança
lamentando que isto aconteça na Paraíba e Campo-Erè.
manifestando seu descontentamento "pela des-
consideração de que fui vítima".
Indagado sobre o agravamento das relações
entre o Estado e Igreja, na Paraíba, Dom José
Maria Pires declarou: "O que nos interessa,
realmente, é um bom relacionamento com o
povo e não com o Governo." "O E completou, com
um tom bastante irônico: Padre Vito foi
expulso do país porque se negou a celebrar uma
missa. Eu andei léguas para rezar uma missa
para os agricultores e fui Impedido pela polícia.
Que fazer?"
augura a todos que busquem no culto à Virgem
Maria uma inspiração de fé e de"Aluta corajosa
pela justiça e pela fraternidade. cada um de
nós faltam, certamente, muitas coisas, saúde,
estabilidade material, a paz no coração, a ciare-
za e a coragem na nossa vocação, a fé profunda
e coerente, a concórdia e a fidelidade na familia,
o espirito da verdadeira fraternidade, a decisão
para resistir ao pecado".
Numa rápida análise do que falta na própria
Igreja, D Ivo Lorscheiter disse: "Muitas coisas
faltam à nossa Igreja e também aqui a Media-
neira nâo deixará de intervir, para ajudar. Falta
em nossa Igreja mais unidade, mais espírito de
comunhão, falta mais santidade. Muitas vezes
falta uma pastoral que saiba, ao mesmo tempo,
ser conservadora e inovadora. Falta mais espl-
rito missionário, falta maior número de voca-
ções sacerdotais e religiosas".
Religiosidade
Na sua Homilia, de quase 20 minutos, D. Ivo
relembrou a visita do Papa ao Brasil, especial-
mente na inauguração da Basílica de Apareci-
da do Norte, quando disse que Nossa Senhora
cooperou na salvação dos homens, sem nada
tirar, diminuir ou acrescentar à açáo daquele
que foi Jesus Cristo. "Maria nos aponta as vias
da salvação e a devoção a ela é um dos traços
característicos da religiosidade brasileira".
Ao historiar o cinqüentenário da Romaria
de Nossa Senhora Aparecida, o presidente da
CNBB fez questão de citar três pessoas, ainda
vivas, e presentes à procissão: Ida Stefani (ago-
ra irmã franclscana Angelita Stefani) que dese-
nhou o quadro de Nossa Senhora Aparecida; o
padre palotlno Jorge Zanchl, autor da música
que é o hino da romaria, e o padre jesuíta Inácio
Vale, 78 anos, principal incentivador e inicia-
dor, em Santa Maria, da devoção à Medlaneira.
No flnal da cerimônia, foi assinada portaria,
pelo prefeito, denominando como Nossa Senho-
ra Aparecida uma das principais avenidas da
cidade. E também foi inaugurada a placa come-
morativa ao cinqüentenário da romaria.
ça e convivência solidária entre irmãos de na-
çóes diferentes; 5 — a adesão integral à Confe-
rência Nacional dos Bispos do Brasil pela fidell-
dade à sua missáo, demonstrada tanto no dolo-
roso episódio da expulsão do Padre Vito Mira-
capillo, como em seu posicionamento sobre a
inaceitável atual Lei dos Estrangeiros".
Durante a assembléia os bispos receberam
um estudo da Comissão Justiça e Paz com a
afirma que
Lei dos Estrangeiros. A entidade
análise da "considerando-se
o trabalho desen-
volvido nos últimos anos pelas Igrejas, notada-
mente a Católica, no plano social,"sistema"
seja no
campo como nas metrópoles, viu-se o
na necessidade de usar de instrumentos repres-
sivos com que conter todo o trabalho pastoral
que julga ameaçar o próprio modelo econô-
mico".
— A opçáo preferencial pelos pobres se atri-
ta frontalmente com a opçáo desenvolvlmentis-
ta com segurança que constitui a tônica central
do regime brasileiro. Constituindo-se o Clero,
principalmente no Norte e Nordeste, de grande
número de religiosos de origem estrangeira, o
remédio da expulsão passou a ser a grande
arma para o combate ao trabalho pastoral.
Frise-se que tal ameaça que se transforma em
dano, como recentemente sucedeu com a ex-
pulsáo do Padre Vito, atinge a força da Igreja e
o povo, além de constituir-se abominável inge-
rência na conceituaçáo de preceitos evangéli-
cos sob o filtro da ideologia dominante —
acrescenta o estudo.
da Arquidiocese de Maceió, voltou a identificar
os autores como membros da entidade Tradi-
Propriedade — TFP — e disse
çáo, Familia e"sáo
que as cartas obras daqueles que desejam
aproveitar o clima da expulsão do Padre Vito
Miracapillo para atacar o Bispo".
A carta distribuída pelos Correios e Telegra-
fos traz como endereço do remetente a Rua
João Pessoa. 56. Paraíba, mas o carimbo da
ECT sobre o selo é de Maceió".
e Sociedade"
segunda-feira,
D D
Missa de apoio a padre
transcorre em paz
Florianópolis — Mais de 2 mil
pessoas participaram de um
ato público, seguido de missa,
em solidariedade ao vigário de
Campo-Erè, Padre Afonso Te-
baldini, ameaçado de morte e
de expulsão por fazendeiros da
regiáo, acusado de incitar agri-
cultores sem terra a invadirem
a Fazenda Burro Branco. O Pa-
dre é italiano.
A missa, concelebrada por 40
padres sob o comando do Bispo
de Chapeco, D José Gomes, co-
meçou às 15h30m de sábado, na
Igreja Matriz de Campo-Erè.
prolongando-se até depois das
18 horas. Ao contrario dos ru-
mores que corriam pela cidade,
de que os fazendeiros iriam fe-
char a praça da matriz com
tratores — reforçados por dois
panfletos anônimos distribuí-
dos na cidade exigindo a expul-
sáo do Padre — tudo transcor-
reu tranqüilamente.
FALTA DE ALIMENTOS
Inicialmente, alguns agricul-
tores representando a "Familia
Burro Branco" •— assim são
chamadas as mais de 200 fami-
lias ameaçadas de expulsão das
terras da Fazenda Burro Bran-
co - relataram a situação em
que se encontram. Embora já
tenham sido plantados
18 mil kg de milho e 10 mil kg
de feijáo, até a colheita eles
estào praticamente sem ali-
mentos. Por isso, voltaram a
pedir auxilio da paróquia para
fornecimento de comida e assis-
tència médica.
D José Gomes acentuou que
a açáo do Padre Afonso Tebal-
dini é simplesmente de apoio e
proteção aos agricultores sem
terra e não objetiva, "como acu-
sam levianamente os fazendei-
incitá-los à invasão de ter-
ras alheias. Lembrou, ainda,
que os primeiros posseiros che-
garam na fazenda há cerca de
20 anos, enquanto o Padre Te-
baldini só' está há cinco em
JAGUNÇOS ARMADOS
Ao final, foi lido um documen-
to elaborado em conjunto pela
Comissáo Justiça e Paz e Co-
missáo Pastoral da Terra, que
será enviado ao Governador
Jorge Bomhausen e várias ou-
trás autoridades catarinenses,
. solicitando providências no
sentido de evitar violências na
região, devido às manobras e
acusações movidas pelo Sr
Eros Taborda, proprietário da
fazenda.
Reafirmando que o Padre
Afonso Tebaldlni nada mais fez
do que apoiar as famílias de
agricultores, dentro dos princi-
pios de justiça social e caridade
previstos no Evangelho, e nâo
por prática comunista, o docu-
mento alerta para ameaças ve-
D Avelar destaca o
—
problema da terra
Salvador Após comentar
"a Igreja, como o Estado,
que
vive momentos de tensão inter-
namente, e no seu relaciona-
mento "ad extra", o Arcebispo
de Salvador e Primaz do Brasil,
D Avelar Brandão Vilela, afir-
mou ontem, em sua oraçáo do-
minical,"o que, no momento
atual, problema que está
sendo a fonte maior dos confli-
tos e atritos no Brasil é o da
terra."
Na opinião do Cardeal, "vive-
mos hoje, mais do que nunca,
dentro de um clima de tensões
que se alimentam de idéias e
sentimentos discordantes". Pa-
ra ele, "os modos diversos de
pensar determinam critérios di-
ferentes no agir e quando os
critérios nâo se combinam ou
náo se toleram surge, necessa-
riamente, um estado de satura-
çào, que se traduz em atitudes
de intolerância e desconforto.
Dai nascem as tensões que, po-
larizadas, conduzem à radicali-
zaçáo e até à violência fisica ou
moral".
PROBLEMA DA TERRA
D Avelar Brandào acha que o
problema da terra vem trazen-
do conseqüências desagrada-
veis ao bem-estar das pessoas a
tal ponto que a Igreja resolveu
dar ênfase á Pastoral da Terra.
Isto quer dizer, segundo ele,
que este problema está preci-
sando de um acompanhamento
nào só jurídico, mas também
"A moral evista,
social,
primeira
religioso.
pode pare-
cer que a Igreja nâo tem nada a
ver diretamente com a quês-
táo", admitiu o Cardeal, citan-
do algumas
prováveis pergun-
tas: "Não é do céu que trata a
Igreja? Por que imiscuir-se com
D Cláudio explica
Sínodo da Família
Sào Paulo — A família não
pode ser transformada "ela
no gran-
de objetivo da Igreja, tem
grande importância, mas é algo
de intermediário que deve cola-
borar para o Reino de Deus,
abrindo-se para a sociedade e
seus grandes problemas de
transformação".
Esse foi um dos pontos do
Sínodo Mundial sobre a Fami-
lia, destacados, ontem, pelo
Bispo de Santo André, D Clau-
dio Hummes, um dos quatro
delegados brasileiros eleitos
para participar da reunião que
se realizou no Vaticano. D Claú-
dio fez um relato do Sínodo, no
encerramento da 3* Assembléia
de Igrejas da Regional Sul-L da
CNBB, em Itaiei.
MODELO
D Cláudio advertiu que as
conclusões divulgadas sobre o
Sínodo, como o controle da Na-
talidade e o problema dos di-
vorciados, nào sáo questões
fundamentais para os países da
América Latina. África e Ásia.
onde "a pobreza impede muitos
de serem família".
Destacou que uma das teses
defendidas pelo Cardeal Aloisio
Lorscheider, de Fortaleza, dian-
10'11 '80 1° Caderno
ladas de morte contra o Padre,
a existência de jagunços arma-
dos em várias fazendas, e reaflr-
ma que. se existe clima de inse-
gurança, ele ê provocado pelas
acusações emanadas do Sr
Eros Taborda.
HISTORIA
A Fazenda Burro Branco,
pertencente à familia Taborda,
cie Curitiba, começou a abrigar
as primeiras famílias de possei-
ros a cerca de 20 anos. Conside-
rada área improdutiva pelo
próprio Incra. que está tratan-
do de sua- desapropriação, que
deverá ocorrer em breve, a fa-
zenda foi invadida, em maio
deste ano, por mais de 100 fami-
lias de agricultores, tjue peram-
bulavam pelo Oeste catari-
nense.
Foi entáo que a familia Ta-
borda iniciou uma série de ges-
toes para expulsar os posseiros.
Apôs alertar fazendeiros da re-
giào que o Padre Afonso Tebal-
dini e o Bispo D José Gomes
pretendiam fazer uma reforma
agrária por conta própria, e
acusar o Padre de comunista.
• através da imprensa, o Sr Eros
Taborda, representante da fa-
mília no caso. tentou uma açáo
de despejo sumário com a aju-
da de policiais armados, em se-
tembro, sustada no último Ins-
tante pelo Juiz da Comarca de
Sào Lourenço DOeste, Sr Re-
nato Mellllo Filho.
Este mesmo Juiz está apre-
ciando açào Judicial de seques-
tro que. quando proferida a li-
minar, poderá ocasionar a ex-
pulsâo dos agricultores. O Juiz,
no entanto, garantiu que náo
será dada a liminar — o prazo
expira amanha — antes dele
conhecer a situação da área e
adiantou que náo foi considera-
da a acusação de superinvasão
apresentada pelo Sr Eros Ta-
borda.
PADRE TIRA FÉRIAS
Enquanto a situação dos agri-
cultores parece estar, se nào
resolvida, ao menos acalmada,
continua pesando sobre o Pa-
dre Afonso Tebaldlni as amea-
ças de morte e de expulsão do
pais, pois trata-se de um padre
italiano. No dia 6, a cidade ama-
nheceu tomada por dois panfie-
tos Um afirmava que
"as anônimos.
lideranças e o povo de ¦
Campo-Erê exigem: fora padre
Afonso". E o outro apregoava ;
"catolicismo
que sim, comunis-
mo, nào. Chega de confusão,
fora padre Afonso".
Por isso, o provincial da Or-
dem dos Combonianos, à qual
pertence Padre Afonso Tebaldi- •
ni, veio especialmente de Sào
Paulo participar do ato de soli-
dariedade e, em seguida, levá-lo
a passar 15 dias de férias em
Sâo Paulo. ¦ -. o
a poeira da terra? Por que nào
deixar esta questão com o Go-'.
verno e seus técnicos?"
O Arcebispo reconhece que p
problema, por natureza, é de
ordem temporal e cabe ao Po-
der Público conduzi-lo a solu--
çóes concretas e cabíveis. Mas.
entende que, de outra parte,
quando o problema desinquie-
ta as famílias, provoca injusti-
ça, traz fortes tensões sociais e
cria conflitos, "tirando a paz
dos espíritos, a Igreja jâ náo
pode ficar indiferente ao fenõ-
meno".
Dai ter assinalado, em sua
dominical, a urgência da"terra-
reso-
luçâo do problema "Não
homem" no pais. é possi-
vel continuar por muito tempo,
sobretudo em determinadas
áreas do pais, com o sistema
jurídico vigorante para casos
de emergência, com a lentidão
de nossa burocracia quando
existem ameaças de morte,
com a prática de processos e
recursos espoliativos contra o
direito dos mais fracos ou de
quem quer que os tenha".
— Acredito que os próprios
governantes e juizes de boa
vontade sentem-se pouco am-
parados pelas leis em"Urge vigor —
comentou D Avelar. és-
tancar as fontes de poluiçào
social que correm à solta para
engrossar o mare-magnum das
confusões e dos conflitos."
Segundo o Arcebispo de Sal-
vador, a Igreja sempre defen-
deu o direito de propriedade e
continua a fazè-lo, mas também.
sempre ensinou que a proprie-
dade possui uma função social
indeclinável. "A verdade é què
o problema da terra precisa ser
disciplinado e regulamentado",
enfatizou.
te do Papa, foi a de que "náo se
pode fazer da família o grande
objetivo da Igreja. Náo se pode
apresentar a Sagrada Familia
como modelo da família cristã.
A uniáo da família não é o obp-
jetivo final. O reino de Deus-ê-
mais importante".
Com base nessa tese, D'Clá&
dio lembrou que os brasileiros.
recomendaram a abertura dá-
familia para"a a sociedade, adver""
família não é sim-"
tindo que
plesmente a célula que plasma -
a sociedade. Sob muitos aspec-
tos a sociedade tem mais influ- '.
xo sobre a família e, sob muitos
aspectos, a família é vítima.;
Não basta melhorar a família '
para melhorar a sociedade. Isso
è muito cômodo, mas é ilusáo".
O Bispo de Santo André elo-
giou todos os questionamentos
surgidos durante o Sincdo, con-
siderando que isso foi um de
seus principais resultados. Ob-
servou ainda que "nào se pode
exigir que a família cumpra to-
do o ideal cristáo. ou, entáo,
nào seja considerada uma fami-
lia cristã Existe uma caminha-
da a fazer e a família cristã tem
o direito de caminhar. Nós te-
mos de animá-la e compreende-
Ia com misericórdia".
 JORNAL DO BRASIL D segunda-feira, 10/11/80 D Io Caderno
POLÍTICA e GOVERNO — 3

Marchezan admite debater Industrial diz que PDS banca jogo no CE

diretas para Presidente Fortaleza — Em uma carta remetida ao
jomal O Estado, publicada em sua edição de
ontem, o Industrial Leandro Bezerra de Mene-
zes denuncia os seus próprios irmãos, Adauto
milhares de turistas e romeiros que a visitam
permanentemente. Existem outros fatores que
chamam a atenção de todos os que conhecem a
as»»^,^ Arquivo — Iff9

tradição da terra do Padre Cícero. Um desses

Porto Alegre — Embora ressalvando
que no momento ainda nào está sendo
considerada a possibilidade de eleição
direta também para a Presidência da Re-
pública, o líder do Governo na Câmara,
Deputado Nelson Marchezan, aflrmou
que, após a introdução do pleito direto
para Governador, "não
o assunto será exami-
nado. Frisou que há ainda nenhum
compromisso tão consistente. Tão unifor-
me e tão aceito como o da eleição direta
para Governador".
— Dentro do Partido — salientou o
líder governista — há gente que é frontal-
mente contrária às eleições diretas para
Presidente e há outras que são a favor.
Nossa grande etapa, nosso grande mo-
mento é com a eleição direta para Gover-
nador com que se possibilita a participa-
ção mais efetivadasoposiçôes no Gover-
no e se dá uma caminhada na concretiza-
çào do projeto do Presidente Figueiredo
de construir a democracia brasileira.
Demonstração de fé
A eleição direta para Governador, na
opinião do Deputado Nelson Marchezan,
credita ao projeto um sentido eminente-
mente democrático porque a Oposição,
o debate sucessório nos Estados, o Depu-
tado Nelson Marchezan enfatizou que ele
traz uma vantagem: "é o melhor argu-
mento contra os negativistas das eleições
diretas". Para ele, os movimentos em tor-
no de nomes para os Executivos Esta-
duais "sáo uma demonstração de fé, de
confiança na realização do pleito direto".
Ressaltou, também, que ho calendário do
Governo não existe a hipótese de adia-
mento das elições de 1982,
Já ao se manifestar sobre a escolha do
novo presidente da Câmara dos Deputa-
dos, ele afirmou que "é saudável" que o
PDS defina seu candidato em reunião da
bancada. Segundo ele, a presidência, a
vice-presidência, a'1'ea 3" secretarias
pertencem ao PDS e já estaria definido
que a 2» vice-presidência será do PMDB, a
2» secretaria do PP e a 4' secretaria do
PDT.
Como o preenchimento dos cargos são
resultado de um acordo, o Deputado Nél-
son Marchezan salientou que se o enten-
dimento for rompido surgirão outras com-
posições, inclusive com o PDS fazendo
todos os cargos, "numa situaçáo de con-
frontos e retaliações que despretigiaria o
Bezerra, ex-Govemador e atualmente Deputa-
do federal, Humberto Bezerra, industrial e ex-
Deputado federal e Vice-Govemador, e Orlan-
do Bezerra, Deputado estadual e primeiro-
secretário da "total
Assembléia Legislativa, todos do
PD8, de dar cobertura" ao jogo do bicho
na cidade de Juazeiro do Norte, no Sul do
Ceará, com mais de 150 mil habitantes.
Em grande titulo de primeira página, diz o
jornal: "PDS banca o jogo do bicho." Uma foto
remetida pelo Sr Leandro Bezerra em sua carta
mostra o Vereador José Bezerra Sobrinho parti-
cipando, como fiscal, da apuração do jogo no
melo. O Vereador aparece como apanhador do
dinheiro do jogo para a sua área. Diz mais a
carta que um dia de jogo é bancado pelo PDS 1
e no cQa seguinte pelo PDS 2 em sistema de
revezamento.
A carta
"Juazeiro do Norte, modelo de desenvolvi-
mento não só para o Ceará, mas para todo o
Nordeste, cuja invejável posição vem sendo
confirmada pelo Censo 80, não aparece apenas
como a cidade de maior índice desenvolvimen-
tista do nosso Estado, famosa pelas centenas e
Acusados não comentam
Fortaleza — O ex-Governador Adauto Be-
zerra, atualmente Deputado federal, disse:
"Não tomei
e nem tomarei conhecimento do
fatores é a predominância total do jogo do HBf ;"~ . Jn H^B Bi
E
bicho que, apesar de proibido pela legislação
brasileira, campeia livre e impunemente na W ¦ lüsl K UW m
"Meca do Cariri".
Mas parece nâo adiantar comentários a res- Hm^^^ -¦ <*i_iiiilJJJJM
peito, nem mesmo denúncia às autoridades, _H__^v***'"'% MB
pois o jogo do bicho em Juazeiro do Norte se faz
com total cobertura do Partido dos Bezerras, e
tem sua renda parcialmente distribuída entre ^f'ii f^aB WÊ $s|P nu
alguns vereadores daquela facção, ficando o
restante dessa malfadada receita envolto em
profundo mistério, pois ninguém sabe a que se
destina.
Ilustrando este trabalho, apresentamos
(também ao lado) uma foto do banco do jogo do
bicho, onde aparecem alguns bicheiros e fun- . . vi -jmI aW\nii
cionários, Inclusive o vereador encarregado da ,SU >®mmmkia\A
fiscalização das chamadas "corridas", e que Os irmãos Adauto e Humberto Bezerra
está na segunda posição à esquerda da referida
foto.
ALUGAMOS compactadores
É o caso de perguntarmos: "O jogo só é ilegal
para os pobres? Por que os ricos bicheiros que
vivem explorando a parca economia da grande
massa não são privados do comando e da
prática da jogatina ilegal? Com a palavra as
autoridades".
gislatlva, disse: "Eu não tenho nada com isso. O
problema é com a polícia. Sei que alguns corre-
ligionários meus bancam o jogo de bicho. Não

2BM
Legislativo", como reconheceu. foto. £ um assunto que eu náo quero tratar e pedi para eles explorarem o jogo nem também NEW MAC
através dá conquista de Governos esta- não tenho qualquer declaração a fazer sobre o vou pedir para que eles deixem de explorar. O MAQUINAS E EQUIPAMENTOS RODOVIÁRIOS
duais, terá condições de confiabilidade Sobre a sua candidatura à presidência mesmo". jogo do bicho está sendo bancado no Brasil Rui 24 da Milo, 572 ¦ Sampaio • Rio dt Jintiro

perante o eleitorado para postos maiores.
O líder do Governo na Câmara acredita,
contudo, que a Oposição nâo conseguirá a
maioria no colégio eleitoral.
Mesmo considerando muito cedo para
da Câmara, ele respondeu que aceita ape- Já o seu irmáo, Deputado estadual Orlando Inteiro e nào seria Juazeiro do Norte que iria ser Tei:(021)20!-6499
nas ser motivo de conciliação. Na opinião Bezerra, primeiro secretário da Assembléia Le- a exceçáo. Nada a ver com o Jogo nós temos".
do lider do Governo, o presidente da
Câmara deve ter larga maioria dentro da
bancada e trânsito junto ao Executivo.

Ministro não ptograma mais nada

Todo mundo tem
vergonha de falar errado
numa sala de aula, na
Sem medo de errar, E além de escolher o
horário e a duração do

— "Depois
Belo Horizonte de aprovada a
proposta de emenda que restabelece as eleições
diretas para governadores e senadores, o Go-
Observou o Ministro que a proposta de
emenda das eleições diretas vai alterar "o me-
tabollsmo político do pais" e que poderão ocor-
frente da turma inteira.
É por isso que muita
gente desiste de aprender
sem constrangimento, curso, você tem um
privilégio que ninguém
tem: aulas com 12
verno não tem, para este ano, mais nenhuma
iniciativa no campo da redemocratização do
pais", garantiu ontem o Ministro da Justiça, Sr
Ibrahim Abi-Ackel, ao embarcar para Brasília.
rer mudanças em ftinçào das avaliações das
eleições diretas. Na sua opiniáo, "o processo de
abertura tem compromisso com a realidade e
desta realidade contingente nascem as medi-
inglês.
E por isso também que
na VOFF todas as aulas
sem platéia. professores diferentes em
sistema de rodízio.
Decida-se hoje mesmo.
Disse ser necessário este esclarecimento pa- das para implementação da abertura". sâo individuais ou semi- Marque uma entrevista
ra não dar margem a explorações. Explicou que
os parlamentares do PDS vão comparecer em O Ministro salientou que as divisões dentro
individuais, com grupos
de no máximo 4 alunos.
Na escola por telefone.
massa ao Congresso para votar a emenda. Para do PDB nas convenções estaduais "É são naturais Na VOFF você Dentro de poucas
ele, as mudanças políticas para os três próxi- e significam a expressão da força. um sinto- aproveita cada minuto da semanas você já estará
mos anos de Governo dependerão da marcha ma de que o Partido vive uma democracia aula vendo, ouvindo,
do processo democrático. interna", acrescentou. falando inglês.
fazendo e falando.

Emenda será aprovada quarta-feira é assim que você aprende inglês

—
Brasijia O projeto de emenda constitucio-
nal do Presidente da República, que restabele-
ce as eleições diretas para Governador e para
Senador, será aprovado pelo Congresso Nacio-
nal, depois de amanhã, em votação unânime.
Durante a sua discussão, que se inicia amanhã,
no entanto, as oposições e o PDS tentarão tirar
dividendos políticos, todos se atribuindo a ini-
ciativa.
Com a apreciação do projeto de lei que
altera a política salarial, programada para o
flnal deste mês, o Legislativo praticamente
encerra suas atividades de 1980. O recesso
constitucional começa no dia 5 de dezembro e
vai até Io de março. Nesse periodo, o único
tema a atrair a atenção dos parlamentares será
a renovação das mesas diretoras da Câmara e
do Senado.
Convenção
Conforme a cúpula do PDS, o Governo nâo
pretende enviar ao Congresso qualquer matéria
polêmica até dezembro, para poupar o Partido,
que se empenhará na realização de sua conven-
çào nacional, no dia 30 de novembro.
Lembra o Deputado Prisco Viana que mes-
mo que o Governo decidisse enviar ao Congres-
so' mensagens com prazo determinado, náo
seria este ano que elas poderiam ser examina-
das em plenário. O prazo menor de tramitação
nô Congresso de matéria oriunda do Executivo
é 40 dias. Se o Governo enviar hoje qualquer
proposição, ela só estará decidida no ano que
vem.
.-*• Legislação eleitoral
Pela manifestação das lideranças e dirigen-
tes pedessistas, o Govemo estaria inclinado a
debater, no segundo semestre de 1981, a refor-
mulação da legislação eleitoral, podendo pro-
por a adoção do voto distrital. O Sr Prisco
Viana reconhece que o assunto divide as opi-
niões. O debate vai desenvolver-se em torno do
projeto de autoria do Senador José Sarney, que
está nas maõs do Senador Murilo Badaró (PDS-
MG), dependente de parecer. Mas este já anun-
ciou que só se manifestará oficialmente no ano
que vem.
A derrubada da Lei Falcão, reguladora da
propaganda politico-eleitoral, é tema a ser dis-
cutído e decidido o quanto antes. Os dois CREDENCIADO NO C F M O 937 Rua Nascimento Silva, 478 - Ipanema - Tel.: 239-8895
líderes governistas, Sr Jarbas Passarinho e
Nelson Marchezan, admitem que o projeto do
Senador Orestes Quércia (PMDB-SP), relativo
â matéria, Já aprovado no Senado por um
descuido da bancada governista, possa servir
de base para as mudanças que o Govemo
pretende realizar neste campo. O Sr Nelson
Marchezan dispõe também, para trazer ao de-
bate, de iun outro projeto, de autoria do Depu-
tado João Cunha (PT-SP), pronto para ser
apreciado pelo plenário, com parecer favorável
das comissões técnicas da Câmara.
Segurança Nacional
Os dois líderes e o secretário-geral do PDS,
Deputado Prisco Viana, confirmam que está
pronto no Conselho de Segurança Nacional o
projeto de decreto que restaura a autonomia
política de alguns municipios declarados áreas mm via S BSB5BB3B SEBggjB
de interesse da segurança nacional. Chegou-se BaSJfiB»—i
a anunciar, extra-oflclalmente, que o Ministro
da Justiça, Sr Ibrahim Abi-Ackel, Já teria fixa-
do o critério básico que constaria apenas de
uma restrição: seriam mantidos como áreas de
segurança somente os municípios de fronteira. mm ""¦
^^¦i a\7 —5B5BBES» BBEBBBEI SSSSSSSSSS S
Ele encontrou alguma resistência no lider Jar-
bas Passarinho, para quem os municípios situa-
dos em "fronteiras mortas", como alguns do
Pará, em plena floresta amazônica, náo teriam
razão alguma para continuarem nessa con-
dição.
Estrangeiros
Por fim, outra matéria polêmica que ficou
para 1981 foi a reforma do Estatuto dos Estran-
geiros. A expulsão do Padre Vito Miracapillo '^SSSSSSP*'
acabou com as esperanças dos que contavam 35B^B3B5 ¦^¦¦¦BP
com o envio pelo Governo, ao Congresso, do
projeto, em elaboração no Ministério da Justi-
ça. Antes do episódio envolvendo o Padre ita-
liano, o Ministro Abi-Ackel deixou vazar para a
Imprensa o esboço do projeto, mas foram tào
negativas e rudes as reações ao texto que ele, jâ
naquela época, decidiu manter o assunto em
estudos, até que sobreviessem condições mais
favoráveis. *mm
Sm X^rnW ^55 mm SmW \^m mm ¦¦¦«¦¦¦¦¦SS^^^^SBEBmiBwBw»

Senador prevê reforma ampla

Belo Horizonte — Ao votar, ontem, na con-
vençáo regional do PDS, o Senador Murilo
Badaró disse acreditar que no segundo semes-
tre do próximo ano o Governador vai iniciar
uma ampla e profunda reforma na Constitui-
çáo, que deve se concretizar no Início de 1982.
Segundo ele, o primeiro semestre.será destina-
do à reorganização definitiva dos Partidos.
Manifestou-se satisfeito pelo clima de
cação da convenção estadual do Partido,pacifl-
res-
saltando que a emenda das eleições diretas será
aprovada por unanimidade pelo Congresso.
Conslderou-a uma grande conquista do projeto
político do Presidente Figueiredo. "O projeto é
o condão que elevará o país à sua normalidade
política", acrescentou.
Leito natural
Para o Senador, as eleições diretas represen-
tam o "retorno ao leito natural, sem soluções
pré-fabricadas ou desvinculadas das realidades
estaduais". Observou que a abertura política
ainda náo chegou ao seu fim com a emenda
Abi-Ackel, já que o projeto democrático do
Wm\ BB "-."'
' estáAtoinjWaKdwn_tótod»frfo
muitas uoê-lu i traiu te
qwlquarottra.
latomptar,
VeeèüNUpdt coou eta*
'torasTrema» «Ma útil¦ .«25 mil [tnutiá *» l mm. Ma** jan
Presidente, embora gradualista, não se limita a
aspectos formais.
— Ele tem um conteúdo político e social
mais profundo e outras reformas econômicas e
sociais devem ser feitas para completar o proje-
to. Os últimos pronunciamentos do Presidente
sáo à prova disso — salientou, acrescentando
que os próximos meses serão dedicados à mon-
tagem flnal dos Partidos e aos registros defini-
tivos.
O Sr Murilo Badaró reafirmou que não há a
menor hipótese "pois
de prorrogação dos itandatos
parlamentares, isso seria jogar por terra o
sofrido esforço de construçáo democrática".
Para ele, o projeto político do Govemo é funda-
mental para correção dos rumos econômicos,
possibilitando a crítica aberta e a fiscalização lmm mm mw*i^———————m ———¦——w——jw— —
dos programas estabelecidos.
Considerou, ainda, que não existe crise entre
a Igreja e o Estado, mas apenas posições diver-
gentes entre membros da Igreja e pessoas colo-
cadas no Govemo. "A Igreja no Brasil tem um
século de tradição na defesa do povo e das
aspirações do progresso social. Deve-se tirar o
clima de que hâ uma questão religiosa no pais,
já que tudo está superdimensionado", concluiu. UM RECORDE BATIDO
A FERRO E FOGO.
Daqui a um ano, a VIBASA, a mais nova fábrica da Villares, estará colocando no mercado
360.0001 de aços especiais e 40.0001 de ferro fundido, batendo assim um novo
record no hemisfénco sul.
Há quatro anos, a Combustol vem preparando o terreno para mais esta conquista.
^| E para isso, precisou bater um outro recorde, construindo o maior Forno Elétrico
Contínuo de Rolos para Recozimento e Esferoidização de Bobinas com capacidade
de 61 métricos por hora. Mas isso não é tudo. Estufas. Aquecedores, Estações de
Aquecimento e outro enorme Forno para
ladMutm».
Recozimento de Barras, completam a presença da
Combustol neste complexo de Pindamonhangaba.
&í»ntáM

M
COMBUSTOL INDUSTRIA E COMÉRCIO LTDA.
Jwnaé 6 mk no). Assim, as 400.0001 da VIBASA estarão saindo Esiracly du juragiiá 453 • ( Kl' 1)515!)
y Hfio usa st&rtcr, nio pises, nia K0ialafeB>ea(«eccproJauát [•uno: IHI •261-7622
¦píCS en a qwda ds nritagea. Uamin*çàa ètüitüá. quentinhas dos Fomos Combustol. Afinal, é no Tolox: »ll -. 245a COMB BK
aâaofastia»iiifl.nenitB Lumüsáslt lei Se we* pedia setor siderúrgico que se aquece a economia. CíiLmi Posuil l intui
iúooüMáft eta « anode-apaga 4> í8lia,lWésn2lSaria4a. End. ToloÊiáliou: TO.UBISTOL"
Rm Pséro Asaàrtco 314 TeL 220 7268,205-8945.

** **
 4 — POLÍTICA E GOVERNO JORNAL DO BRASIL D segunda-feira, 10/11/80 Io Caderno
D

Prisco considera PDS consolidado e iuka crises normais

Salvador—O Deputado Pite Pris- • co da direçáo
direção partidária foi o da
da */ V_y
co Viana, secretário-geral do criação da unidade das diver-
PDS, deflniu, ontem, as crises sas correntes regionais que
internas que marcaram o Parti- compõem o PDS, como prova
do em alguns dos 20 Estados de confiança "na capacidade
realizaram convenções, dos homens de se entenderem".
onde se"turbulências
Fluminenses já pensam no Governo Maluf garante vitória A. Carlos fala
como normais da O Deputado Prisco Viana afir- O Senador Amaral Peixoto e o ex-Senador de isenção do líder tradicional do pessedismo nas eleições de 1982 com otimismo
fase de organização partida- mou, ainda, que a realização Gilberto Marinho, que chegou a presidir o Con- no Estado do Rio". Salvador — Ao votar, ontem,
ria". Afirmou que o adiamento das convenções estaduais e a gresso Nacional, revesaram-se, ontem, na con- Sào Paulo — Ao término da convenção regional do PDS, na convenção do PDS que reu-
duçáo dos trabalhos da convenção regional do A eleição da Executiva Regional do PDS foi o Governador Paulo Maluf garantiu que o seu Partido niu 1 mil 500 filiados do Partido
no Pará e Mato Grosso do Sul preparação da convenção na- marcada para as 18h da próxima sexta-feira, no
obedeceu, respectivamente, a cional, prevista para 30 de no- PDS fluminense, que formou o seu primeiro vencerá as eleições de 1982 no Estado, mas antes em em Salvador, o Governador An-
Diretório no Estado através de chapa única, salão nobre da Assembléia. O Sr Amaral Peixo- entrevista, defendeu a idéia, segundo a qual, o PDS só tónio Carlos Magalhães disse
critérios de aguardar/"a livre vembro, encerra a fase de orga- to, que preside a Comissão Provisória Regional,
construção da unidade" e a nização partidária. que procurou harmonizar as diferentes tendên- apresentará candidatos à sua sucessão em fins de 81 que a expressão "mostrar
politica do
permanecerá no comando do Partido. A
consolidação de "uma. nova cias do Partido. da Executiva será uma hora depois, no
posse Votaram na convençáo paulista do PDS 601 delegados, com acontecimento foi aos
realidade politica". Sobre a convenção nacional, plenário 598 homologando a chapa única, um voto nulo e dois em incrédulos a pujança pedessis-
adiantou o secretário-geral do A convenção, embora sem o atrativo que só do Palácio Tiradentes, com as presenças conflr- branco. ta para que eles saibam com
Disse o parlamentar que o PDS que as convenções esta- as disputas provocadas por mais de umá chapa madas do Senador José Sarney e do Deputado Apesar da tese do Governador de que não quer cândida- mais de dois anos de antecipa-
desempenho do PDS nas con- duais criam condições para a possibilitam, chegou a arrancar manifestações federal Prisco Viana, presidente e secretário- turas agora, o presidente regional do PDS, Deputado Ar- çáo, que serào derrotados em 15
venções foi "muito bom", expli- escolha-do diretório nacional. E de entusiasmo do ex-Vice-Governador do anti- geral da agremiação, em nível nacional. mando Pinheiro, afirmou que, em janeiro, o Partido iniciará de novembro de 82". E previu a
cando o adiamento da conven- mais: "Preparam um grande go Estado do Rio, João Batista da Costa, Os membros eleitos para o Diretório Regio- trabalho para divulgar os nomes dos mais prováveis candi- vitória com 1 milhào de votos
ção no Pará como uma necessi- acontecimento politico no cen- quando notou que muitos prefeitos e vereado- nal do PDS foram convidados para um coque- datos à sucessão estadual, citando dois Ministros: Delfim de vantagem.
dade de tempo para que o Se- tro de convenções em Brasília." res faziam questáo de acompanhar seus delega- tel, hoje à noite, na residência do médico Gui- Neto e Murilo Macedo. Lembrou, também, que o ex- Os 179 delegados do interior,
nador Jarbas Passarinho e o Nesta convençáo, acrescentou dos. Ele disse que "esse clima de unidade prova lherme Romano, coordenador-geral do Partido. Governador Laudo Natel, o Prefeito Reynaldo de Barros e os deputados federais, esta-
Governador Alacid Nunes pos- o parlamentar, "vamos de- a viabilidade do Partido e agora só falta lançar A convençáo de ontem, que contou com o os Deputados federais Adhemar de Barros Filho e Rafael duais, os Senadores Luiz Vian-
sam se compor. "Este ceiso re- monstrar que temos uma esta- candidatos a Governador na rua". comparecimento de 100 de seus 105 delegados, Baldacci. na Filho, Jutahy Magalhães e
flete o PDS como um Partido bilidade, que assegura uma faltaram três dos 12 Deputados federais: Célio Na opiniào do Sr Armando Pinheiro, esses são os nomes Lomanto Júnior, além do secre-
forte e de grandes lideranças, maioria na Câmara, irrever- Boija, Hidequel de Freitas Lima e Álvaro Valle, que o PDS tem, no momento, com maiores possibilidades de tário-geral, Prisco Viana, e do
que precisam de espaço. No sível". Divisão equitativa que participam, em Sáo Paulo, de um simpósio se apresentarem como candidatos ao Governo estadual. Vice-Govemador Luiz Viana
Mato Grosso do Sul há uma politico. Neto, elegeram a Executiva Re-
nova realidade politica, e os fa- PRÓXIMOS PASSOS
tos novos estão sendo avalia-
O PDS fluminense, na chapa única encabe- O ex-Senador Gilberto Marinho e o ex-Vice- No Paraná gional do Partido, presidida pe-
cada pelo Senador Amaral Peixoto, promoveu Governador Joáo Batista da Costa assinala- lo Deputado Menandro Me-
dos", acentuou. Segundo o secretário-geral do uma divisão equitativa dos 44 lugares do Dire- vam, em clima de euforia, uma importante Em Curitiba, o Governador Ney Braga justificou, depois nahlm, e os delegados junto à
PDS, o Partido pretende encer- tório Regional, mas, examlnando-se com aten- adesão ao PD8: a do ex-Prefeito de Rio Bonito, da convenção do PDS, que mantém o Deputado Norton convençáo nacional, com a con-
CONVENÇÃO NACIONAL rar a fase de organização com a ção os nomes escolhidos, nota-se uma ligeira Morais Filho, que deixou o PP e hoje, às 16h, Macedo no comando do Partido, que "eu não me criei vicção do Sr Antônio Carlos
convenção nacional e, em 1981, predominância de ex-udenistas. O Sr Joào Ba- assume, com a presença de todo o Diretório do politicamente dentro de um sistema de decisões de cima Magalhães de que"o Partido
"o ano da ação tista da Costa, que foi da UDN, disse que isso para baixo. Apenas convivi com esse periodo da vida aqui jamais será rachado e au-
O secretário-geral do PDS deflagrar parti- "como Partido, o cargo de coordenador-geral da Funa-
nacional, porque julguei necessário para o bem do Brasil".
discordou da constatação de daria", visando a preparação pode ser interpretado prova do espirito bem no Estado do Rio. menta as suas adesões".
Com essa afirmação, o Sr Ney Braga disse que aceitará
crise do PDS nos Estados, argu- para a eleição direta de 1982. Já como candidato à sua sucessão qualquer nome que venha a
mentando que a realização de em março de 1982, salientou, o Catarinenses
20 convenções com chapas úni- PDS vai lançar o primeiro pia-
cas concorrendo, "refletem um no de açáo partidária, que vai PSD e UDN são forças em Minas ser indicado pela convençáo, na sua época própria, "sem
externar quaisquer preferências por este ou aquele nome".
Admitiu, também, que poderá ser candidato a senador e mantêm nomes
esforço de composição. Por ou- mobilizar o Partido com vistas Belo Horizonte — Cinco membros do ex- eleiçáo, a Executiva foi recebida pelo Governa- explicou: "No Paraná, só a convençáo dirá quem disputará Florianópolis — O PDS cata-
tro lado, a salda de parlamenta- às eleições. PSD, cinco da ex-UDN e um do ex-PR. Assim dor Francelino Pereira. este ou aquele cargo". rinense reconduziu para a Exe-
. res às vésperas das convenções, "Vamos trabalhar
A convençáo paranaense foi uma das mais rápidas.
como ocorreu com oi Senador nhar as eleições de 82, para ga-
o
foi composta ontem a Executiva Estadual do
Euforia Aberta às 9h, no auditório da Faculdade de Direito de
cutlva do Diretório Regional òs
Luiz Fernando Freire, não sig- resultado das urnas vaiporque depen- PDS, escolhida pelo Diretório Regional, eleito
Curitiba, ao meio-dia já estava encerrada.
mesmos componentes da Exe-
cutiva da Comissão Provisória,
nifica também a existência de der do trabalho que realizar- por 186 votos a favor e um em branco, com a "O comparecimento maciço dos delegados
uma crise". ausência de 31 dos 218 delegados. com excessáo do Deputado fe-
mos", observou o secretário- na convençáo estadual mostra que o PDS está deral Nelson Morro, que abdi-
Salientou que o critério bási- geral do PDS. O presidente da Executiva é o Deputado consagrado em Minas, embora tenha consegui-
Crispim Jacques Bias Fortes, ficando na vice- do até agora um número pequeno de diretórios Gaúchos registram cou em favor do líder da banca-
da, Adhemar Ghizzi.
municipais", declarou ontem, o Deputado Cris- O consenso em tomo desses
Cearenses dividem presidência os Deputados Aécio Cunha
mingos Lana; na secretaria-geral os Deputados
e Do- pim Jacques Bias Fortes, eleito presidente re- recorde de presença nomes já havia sido assegurado
gional do Partido. Porto Alegre — Sem surpresas, sem animação ou debate ao Governador Jorge Borhau-
Emílio Galo e Euclides Cintra e na tesouraria o Segundo ele, o processo de redemocratiza-
cargos entre três Sr Pio Canedo. Sem mandato político, os ex- çáo do pais tem uma evolução dinâmica e as
e com 214 dos 215 votos válidos (um foi anulado) foi eleito,
ontem, o diretório Regional do PDS, em convençáo na
sen durante a semana. Compa-
receram à convenção regional
Fortaleza — Sem problemas, res. O quadragésimo quinto lu- Governadores Rondon Pacheco e Ozanan Coe- primeiras medidas já foram tomadas. Conside- Assembléia Legislativa, que frustrou parte dos convencio- cerca de 400 pessoas, tendo
lho foram eleitos vogais, em cuja supléncia rou que torna-se necessário aguardar os resul- apenas 89 dos 238 convencio-
porque os grandes lideres do gar foi ocupado pelo lider do tados para o prosseguimento do processo poli- nais pela inexistência de chapas à Executiva Regional, que
Partido organizaram uma cha- Partido na Assembléia Legisla- estão os Deputados Fernando Junqueira, Ro- deverá ser escolhida somente na sexta-feira. nais inscritos.
única, o PDS cearense fez tiva, Deputado Antônio dos tico do Govemo que é fazer do pais uma demo- Uma moçáo do Setor Jovem pedindo que durante a O Senador Lenoir Vargas Fer-
pa berto Junqueira e Antônio Milton Sales. Após a cracia.
ontem a sua convenção regio- Santos, que integra o esquema convenção — das 9h às 17h — fossem debatidas as questões reira continua na presidência,
nal, sem qualquer espírito festi- do Governador Virgílio Távora. e a estratégia do Partido, inclusive a escolha dos membros assim como o ex-Deputado Cçl-
so Ivan da Cosia, na secretaria-
vo como se esperava. O Gover-
nador Virgílio Távora, que de- O PDS cearense também já
tém a maioria do PDS rio Esta- resolveu o problema da Comis-
Braga tem comando na Paraíba da Executiva, sequer foi apresentada pela Mesa dos traba-
lhos, levando o presidente do Setor Jovem do PDS, José
Deni Coutinho, a prostestar: "Agora, a escolha ficará, obri-
geral, cargos que ocupam hà
oito anos, desde a antiga Arena.
do, preferiu, na condução dos são Executiva, cuja presidência João Pessoa—Ao ser escolhido, ontem, para meçaram a chegar cedo e muitos deles aprovei- gatoriamente, na base do conchavo, quando deveria ser
entendimentos, dividir os 45 lu- coube ao Deputado Flávio Mar- presidir o diretório regional do PDS, o Deputa- taram a manha para tomar banho de mar em
gares, equltativamente, entre cilio, concunhado do Governa- do federal Wilson Braga deu mais um importan- Tambau.
debatida por todo o Partido". E. Santo une
as diferentes tendências. dor Távora, e a secretaria-geral
ao Deputado Aquiles Peres Mo-
te passo para conseguir seu grande-objetivo: a
indicação oficial como candidato à sucessão do
Havia 131 delegados em condições de votar, Impasse ex-governadores
mas no flnal só 102 compareceram, número Vitória — O diretório eleito
O grupo virgüista tem 17 in- ta, presidente da Assembléia Governador Tarcísio Burity. "Minha luta daqui considerado bastante expressivo pelos líderes Sào Luís O Impasse criado com a saída do Senador Luís
tegrantes no diretório, o bloco Legislativa, que tanto é amigo em diante será para fortalecer o Partido", disse, do Partido. Agora, a constituição da Fernando Freire, do PDS, sob a alegação de que estava ontem do PDS capixaba tem
do ex-Govemador Adauto Be- do Sr Távora como do ex- Comissão cinco ex-Govemadores (Carlos
o Sr Braga, que tem agora o controle político da Executiva Regional do PDS é a seguinte: presi- sendo marginalizado da política maranhense, não impediu a
zerra ficou com 11, o do Minis- Governador Adauto Bezerra. Paraíba. dente — Wilson Braga; l°-vice — Francisco eleiçáo da chapa única composta de 44 membros do Direto- Lindenberg, Francisco Lacerda
tro César Cais ganhou sete e o Na Executiva, o Governador fl- A convenção do PDS transcorreu sem anor- Pereira Vieira; 2°-vice — Sócrates Pedro de rio Regional, mas provocou o adiamento da escolha da de Aguiar, Cristiano Dias Lopes
do Deputado Flávio Marcilio, cou com quatro posições, o De malidades, num clima de muita cordialidade e Comissão Executiva Regional para daqui há três dias. Filho, Artur Gerhardt e Élcto
Adauto Bezzera com Melo; secretário-geral — Jos£ Soares Madruga; Alvares), além do Governador
dois. Foram indicadas ainda putado um pouco esvaziada, porque ontem também foi — Segundo o presidente da Comissão Regiohal Provisória,
duas, o Ministro Cezar Cais dia de eleiçáo no mais importante clube social secretário Egídlo Silva Madruga; tesoureiro Deputado Josélio Carvalho Branco, a convenção não teve Eurico Rezende, do Vice-
seis pessoas, apolítlcas, mas su- com duas e o Deputado Flávio — —
da Capital paraibana. Os convencionais, vindos Inácio Bento de Morais; vogais Giselda clima festivo, porque "ontem foi o aniversário da morte do Governador José Carlos da
geridas por cada um dos lide- Marcilio com uma. dos mais distantes municípios do Estado, co- Navarro Dutra e Robpon Duarte Splnola. filho do Governador João Castelo e ele estava muito triste e Fonseca, do Prefeito da Capi-
também pela ausência do Senador José Sarney". Sem tal, Carlos Vonschllgen, dois se-
festas, a principal atração foi o Senador Luís Fernando nadores, três deputados fede-
Freire. Os poucos convencionais que circulavam rais e 16 estaduais.
cor-
redores quase vazios da Assembléia Legislativa peloscomenta- A Comissào Executiva, que
vam a sua saida. também foi eleita ontem, da
mesma forma do diretório —
em chapa única — tem como
do TRE bate__ presidente o Deputado esta-
^JEnviado dual Lúcio Merçon; como vice-
em porta fechada presidentes, os Deputados fede-
rais Antônio Miguel Feu Rosa e
— Belém As 9 horas de ontem um homem de temo Teodorico Ferraço; e como se-
marrom, óculos blfocal, de pequena estatura, com crctário-geral o Deputado esta-
uma pasta debaixo do braço, despertou a atenção das dual Edson Machado.
pessoas que, de bermudas e apetrechos de praia, se
dirigiam para o estacionamento dos ônibus que fazem Fogos provocam
linha especial para os balneários, na Avenida 16 de
Novembro. Ele percorria a avenida olhando atenta-
mente para a numeração das casas, até que se deteve pânico em Recife
na de número 435. Recife — Apenas um inciden-
Era o observador da Justiça Eleitoral, Moaeir te marcou ontem a convenção

W á Bemardino Dias, Promotor da Capital, designado regional do PDS, realizada na

m, 1 para acompanhar a convenção regional do PDS pa-
raense. A casa 435, de estilo antigo, com uma porta e
Assembléia Legislativa: sem
que estivesse no programa, um
m^V àwm Mm a%\ - ãyiMgWfl^.'-». m três janelas altas, estava fechada. Parecia mais uma dos delegados do Partido —
^^k .^Aw AA\
flfl Bfl
AmaâaâaaaaA AwaW^^a^^^^^^^^^^^W^^^-{pí^^^^^m: ' ^H ^H residência comum, mas na verdade, era a sede do Manoel Ramos — preparou
PD8, onde náo existe nenhuma placa indicativa. O uma glrándola, com 200 fogos,
observador ainda empurrou a porta, na suposição de de 18 tiros cada, e com o espo
que estava encostada. Estava fechada mesmo. car dos foguetes convencionai!'
¦ O fechamento da sede do PDS paraense foi a que se encontravam no pátio
^^^H *Ia.w I fl I II fl*v. ^a\
'fl soluçáo encontrada pela direção nacional do Partido do Palácio Joaquim Nabuco
¦¦ W Am 1 fljfe- H flr" •' para promover o adiamento da convenção decidido corriam em todas as direções,
¦^^^^B ^. .^LaWaa^. -^LaXW lll m\vjÉÈÊ$$£:- ^Aw wwmrttÊsÊwçÊA pelo Conselho Político do Governo e acatado pelo assustados, sem entender o que
aaaaam^àaaaaaaa^^^^aaaaaaaãâaaa^aaaaaaaaaaaaaaaaaaaam ^""lM KéB&S®^ fl HfHm-OÍmH H Governador Alacid Nunes. Só que o observador da estava acontecendo.
Justiça Eleitoral náo sabia disso. A votação estava se proces-
Eu raramente leio jornal — Justificou. sando tranqüilamente e o pie-
mA ? i " mw a * fl * Elè ainda chegou a confundir o repórter do JOR- nário da Assembléia e o pátio
IA IL wâã+-m TL ^ ^H I w fl mÊA-' IP *> ¦
^AW ^Am%^ 1
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p|^ NAL DO BRASIL, que se aproximou, com alguém do repletos de pedessistas, qüe
W JL â L m. l JHfc. 1P^ i^ I PDS e lhe entregou sua credencial. No papel, com o
timbre do Tribunal Regional Eleitoral e assinado pelo
seu presidente, Desembargador Antônio Koury, esta-
conversavam sobre a conven-
çâo. De repente, 3 mil e 600 tiros
espocaram no ar por período de
va a sua designação paia funcionar como observador 13 segundos. Nesse momento,'
na convenção do Partido. Desfeito o equívoco, resol- estabeleceu-se a maior confli-
Am® I ¦ J i m mÊk _JtA veu esperar um pouco. sáo. O corre-corre era nào só no
Pode ser que ainda apareça alguém — disse. interior do prédio, como tam-
Depois de 20 minutos de espera, o Sr Moaeir bém no lado de fora.
Bemardino Dias resolveu sentar no batente da porta. .' y
Uma senhora de cabelos grisalhos, que ele depois Senador ganha
m^KSÊ AWa^^^aAmémmaíí^^^^^^à^a^LdaaaaaAaaaA explicou tratar-se de um tipo popular que sempre
aparece no Tribunal de Justiça, aproximou-se e, com
certo estardalhaço, revelou seu espanto:
comando em AM
Dr Bemardino, o que o Sr está fazendo ai? O Sr Manaus — O Senador Ral-.
nâo sabe que náo vai ter convençáo? Saia dal e vamos mundo Parente (PDS-AM) será
lá em casa para o Sr tomar um cafezinho. Eu moro escolhido, até o fim da semana,
aqui perto. presidente da Comissào Execu-
Muito obrigado, mas o que eu queria mesmo era tiva Regional do PDS, que on-
saber o número do telefone do Dr Koury... tem elegeu seu diretório em'
Nâo há problema — respondeu a prestativa convenção de chapa única,
senhora. composta por 45 membros, en-
Menos de cinco minutos depois ela estava de volta tre os quais figuram o superin-
com dois catálogos telefônicos, pedindo ao observa- tendente da Suframa, Rui Lins,
Este anúncio fala de Samsonite. As malas mais procuradas e vendidas no mundo todo. dor que procurasse o número do telefone, porque náo e o presidente da Slderama, Co-
Agora fabricadas também no Brasil. Em cada detalhe, Samsonite é diferente de tudo o que você ouviu enxergava direito. Ele, porém, além do número do' ronel Igrejas Lopes.
telefone anotou, também, o endereço do presidente A escolha da Comissão Exe- .
falar ou conhece sobre malas. Este anúncio mostra apenas um detalhe: os rodízios que ficam embaixo do TRE. Os repórteres quiseram saber o nome da cutiva do PDS deverá ser efetí- ¦
senhora. vada no próximo dia 14 e a .
das malas Samsonite; um verdadeiro trem de pouso. É para jomal? Deus me livre. A dona Lia aqui indicação do Senador Raimun-
do Parente para presidi-la Já
náo dá o nome para sair em jornal...
No trem de pouso de um avião, você confia porque ele fica embaixo do avião em que você fica em cima, E foi embora levando os catálogos, depois de está praticamente assegurada.
deixar escapar chamar-se Lia. O Promotor Moaeir O senador, que é biônico, foi
certo? Os rodízios das malas Samsonite ficam embaixo do preço e da qualidade que você precisa ter Bemardino Dias continuou sentado no batente, con- presidente do diretório regional
versando com os repórteres. Tem 58 anos e uma fllha da extinta Arena, exercendo,
ao comprar sua mala. Os rodízios são fabricados com nylon extrudado. fazendo mestrado no Canadá. Contou algumas passa- no momento, cargo equivalente
São maciços. Os suportes são de aço. gens de sua vida como Promotor no interior. E uma na Comissão Regional Provisó-
hora depois, dando como cumprida sua missáo, resol- ria do PDS.
De aço, para agüentar os violentos pousos de emergência, feitos com veu ir à residência do presidente do TRE fazer a
comunicação. O Desembargador Antônio Koury, de Palmeira mantém
suas malas em qualquer aeroporto. Em máquinas de bermudas, o atendeu na porta.
testes com piso-obstáculo, esses rodízios percorrem
O Sr faz amanha a comunicação por escrito,
relatando o que aconteceu, que a sede do Partido
sua liderança
16 mil metros. tiÈBBmmmmm • gflaflflftB^ ESI A estava fechada e esperou tantos minutos etc. —
instruiu o presidente do TRE.
Macéio — A eleiçáo do direto-
rio regional e dos delegados dt>
Ao comprar malas, conheça outros detalhes em O diálogo foi curto e, em seguida, o observador PDS alagoano à convençáo na-
Moaeir Bemardino Dias se dirigiu para sua resi- cional garantiu, ontem, o domi- .
uma Samsonite. dência.
Estava com receio de que a convençáo me
nio do grupo liderado pelo do-
vemador Guilherme Palmeira,
No Brasil, elas sào fabricadas com a mesma prendesse o dia todo. Tenho um compromisso às 15 composto ainda pelo Deputado
horas: uma reunião de casais na paróquia de Nazaré. Federal Divaldo Suruagy e pêlo
qualidade da Samsonite alemã, francesa, presidente do Partido, José Ta-
vares. Até os suplentes de dele-
inglesa ou italiana. gados formam no grupo que
lidera a politica do Estado des-
Apenas com uma diferença: você paga
em cruzeiros.
JORNAL DO BRASIL de o último processo de escolha
de Governadores. -
A convenção do PDS cobrou
ENMIAMLÍ de cada um dos convencionais
CrS 500.

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 JORNAL DO BRASIL D segundo-feiro, 10/11/80 D 1° Caderno

Baz.No Calazans
Rogério Rií>

iVas ruas ae Friburgo o movimento de carros era reduzido, e reduzido o número de visitantes Nas areias de Ipanema era diflcil encontrar um espaço disponível, sob o sol e o calor intenso

Friburgo, postos Rio teve dia com ares

Professor cita 14 milhões Professor Caciques
ainda fechados, não de verão, bares cheios
de menores carentes como terá Cr$ 13
e "topless" nas praias dão apoio
prova de uma crise social pensa em protesto mil no Sul Passados o vento e a chuva de sábado, o Rio foi
brindado ontem com um dia típico de verão: termômetros
a Juruna
"O nosso país atualmente atravessa fase de séria Porto Alegre — O Governa- marcando 40 graus, banho de mar liberado, bares cheios, Maceió — Quatro caciques de
Em mais um domingo sem postos de gasolina, Nova dor Amaral de Souza anunciou, . cerveja quente. Do Leme ao Leblon, o trânsito esteve lento à
crise social e econômica. De seus 112 milhões de habi- Friburgo teve ontem um dia tranqüilo. E embora alguns ontem à noite, que a partir de beira das praias, reflexo dos estacionamentos irregulares e
tribos alagoanas, reunidos no
tantes 70 milhões são menores de 10 anos e desses, 14 comerciantes se queixassem de que o movimento caiu em março de 1981 nenhum profes- Io Encontro Indígena de Ala-
mais de 50% devido ao fechamento dos postos, o restauran- das paqueras. goas, instalado sábado na Capi-
milhões são carentes abandonados"—disse o presiden- te Majórica estava cheio como acontece todo flm de sema- sor da rede pública estadual, Na areia, afora o topless — que de resto só continua tal, inciaram movimento em fa-
te da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, Sr na. Fechar as portas em sinal de protesto, dia 15, é algo em em regência de classe, receberá sendo atração para o turista dos Estados — o indio Orestes vor da viagem do cacique Mário
Waldemar Diniz Pereira de Carvalho, na abertura do 7o menos de Cr$ 13 mil para o Juruna, primo do cacique xavante Mário Juruna, era o Juruna à Holanda, para depor
que os comerciantes ainda não pensam. regime de 22 horas semanais e centro das atenções para um grupo numeroso, do meio do
Congresso Brasileiro de Reprodução Humana. Se a gente fecha — argumentou José Elias de Souza perante o Tribunal Bertrand
Ismério, gerente da Churrascaria Rosa Amarela—fica mal que o funcionalismo público es- qual ouviam-se exclamações como: Russell.
O congresso, no Centro de Convenções do Copaca- com a freguesia de Nova Friburgo.
tadual, em geral, perceberá em Nunca falei com um índio! Manoel Celestino, cacique
bana Palace, será encerrado quinta-feira, com a partici- Já o sócio-gerente do Majórica, Sebastian Carrio, disse janeiro e fevereiro do próximo Orestes; que se parece com o primo famoso (até mesmo dos xucurus-karlris, que desde
ano um acréscimo de 20%. A
pação de 500 especialistas. A primeira conferência foi que não tinha sido informado de que haveria protesto, mas, proposta do Governo gaúcho para o beautiftill people de Ipanema), pontificava na praia setembro de 1978 ocupam uma
do professor Arthur Campos da Paz Filho, fundador da se o movimento dos comerciantes fosse bem organizado, será encaminhada à Assem- sentenciando para os que se acercavam, em paráfrases dos fazenda, em Palmeira dos ín-
Sociedade Brasileira de Reprodução Humana e presi- talvez aderisse. bléia Legislativa. pronunciamentos de Mário: s dios, a 150 quilômetros de Ma-
índio náo pode acabar, senão acaba Funai e empregos ceio, para impedir sua venda
dente da Academia Internacional de Medicina de Re- Prós e contras O presidente em exercício do
pela Prefeitura, defendeu a via-
produção Humana. Os Secretários de Saúde, Raimun- Centro de Professores, Lealclno para militares. gem de Juruna e comentou que
Antes dos aumentos freqüentes do preço da gasolina e
do Moreira de Oliveira (estadual) e Sílvio Rubens do fechamento dos postos aos domingos nas cidades turísti-
Rosa dos Santos, animou on-
tem, que a proposta governa-
Para os vendedores foi sem dúvida um dia de festa: viu "o que fizeram com ele, pela
multo sol e calor. As barracas coloriam a areia, e muitos televisão", achando tudo "um
Barbosa da Cruz (municipal) e o Senador Benjamim cas, quase todo o comércio de Nova Friburgo aproveitava o mental nâo é suficiente para recorriam à sombra das árvores para achar alívio. Jovens absurdo e uma desumanldade".
Farah participaram da sessão de abertura. movimento de fim de semana para abrir suas portas. suspender a greve do magisté- semidesnudas eram vistas aqui e ali.
Restaurantes, hotéis, bares, boutiques, confecções e até rio público, paralisado há oito O lider do cocais, Cícero Li-
lojas de utilidades domésticas ficavam abertas aos domin- Nos calçadões, o estacionamento que o Detran habitual- ma, denunciou ter rugtdo da
PROGRAMA os 49% de mortalidade infan- dias porque qualquer decisáo mente reprime com tanta severidade estava—como sempre tribo para nâo ter o mesmo flm
gos para as compras dos turistas. Mas com a diminuição do depende de assembléia-geral nesses dias — liberado. Carros subiam pelos canteiros, de sua gente, "que sem terra e
til e as espantosas cifras de número de pessoas que sobem a serra nos fins de semana as da classe.
-tO 7o Congresso Brasileiro mortalidade materna." lojas de utilidades dométicas, roupas e miudezas passaram difleuldavam a passagem dos pedestres e bloqueavam as sem trabalho, morre à mingua
de Reprodução Humana é a fechar, deixando aos restaurantes, bares e lanchonetes e a Em greve há oito dias, os cer- manobras de outros automóveis. por nào ter o que comer". Além
alguma loja de artesanato e venda de comestíveis e bebidas ca de 100 mü professores públi- Nos bares superconcorridos as pessoas reclamavam da desses, participaram os cho-
presidido pelo professor José — os licores Caledònia — a tarefa de atrair a reduzida cos estaduais estáo reivindi- cerveja quente, mas ninguém a recusava, ainda assim. Seja cols, de Porto Real do Colégio,
Carlos Lima Pinheiro, e prós- cando 45,27% de equiparação
freguesia. pelo excesso de calor, seja pela possibilidade de a Meteoro- e os wassus, descobertos no ano
seguirá hoje, às 7h45m, com Rádio JB debate Jorge Estebanez Neves, que tem uma loja de peças para salarial do nível cinco com os logia acertar sua previsão de chuvas fortes para o fim da passado, em Joaquim Gomes, a
debate sobre "Terapêutica da técnicos científicos do Estado. tarde, muitos abandonaram a praia mais cedo. 100 quilômetros da CapltaL
Esterilidade Conjugai", se- a pílula do homem automóveis, Auto Reformadora Ltda., na Praça Getúlio
Vargas, a principal da cidade, passou a fechá-la nos fins de
guindo-se uma conferência A pilula do homem estará em semana.
do professor Hélio Aguinaga, debate hoje às 9h na RÁDIO Antes do aumento do preço da gasolina — explica —
e um simpósio sobre "Insemi- JORNAL DO BRASIL com a o sábado era meu melhor dia. Agora tenho apenas uma GTE 900.
nação Artificial". Às 15hl5m
haverá uma palestra da Sena-
dora Eunice Michiles (PDS),
do Amazonas.
- Em sua saudação aos
presença do médico e pesquisa-
dor Elsimar Coutinho. O pro-
gresso na pesquisa de um mé-
todo de prevenção da nataiidá-
de para os homens, seus efeitos
compensação: melhorou minha despesa com alimentação
porque estão vindo menos parentes meus para minha casa
nos fins de semana. Antes a casa vivia cheia de gente.
Já o gerente da Taberna Fribourg, Gilson Rodrigues,
não vè qualquer vantagem no fechamento dos postos aos
Esta é a última geração
dos sistemas de
comunicaçãa
GTE 900.
parti- colaterais, tabus e preconcei- domingos em Nova Friburgo. Um equipamento tão
clpantes, ontem, o professor tos estarão entre os pontos que O movimento hoje (ontem) está horrível e o de
Waldemar Diniz Pereira de serão analisados pelo médico sábado foi péssimo — afirmou, lembrando que, aos domin- eficiente e sofisticado,
baiano. Para fazer perguntas
Carvalho, disse ainda que "a
carência e o abandono sáo
ao Dr Elsimar Coutinho basta
gos, entrar na Taberna para tomar um simples cafezinho
"era uma dificuldade". que chegou para ser
telefonar para 284-7038. Gilson Rodrigues, que é friburguense e trabalha há 22 o primeiro e único desta
inegavelmente as sementres A apresentação do debate é anos no ramo de restaurantes e hotéis disse nunca ter visto década -.^mmmfA^^y^mk.
^^AmmmmmW**^ Smmmm\.
do crime" e acrescentou: de Eliakim Araújo, participa- "nada assim, _-__^______É_Í BB"^^\ ^ \- '^ZJm^m%W^m^m^
principalmente nessa época", e contou que foi
çào de André Luiz Azevedo e obrigado a dispensar um cozinheiro e um confeiteiro, por '¦J^^m^m\^^mmW0f^^^\y^lmm.
."Assim, milhòes de meno- apoio do Departamento de Ra-
res sáo potencialmente crimi- diojornalismo.
causa do reduzido movimento. Ele relata que nos 35 banga-
lôs, do Hotel Olifas, a trés quilômetros do centro da cidade
Primeiro em estilo
nosos. Alie-se a isso os 3 mi- e no meio da montanha, hospedaram-se apenas 12 pessoas, e tecnologia.
lhões de abortos criminosos, no flm da semana passada, "quando o normal era haver no
minimo 60 hóspedes".
Vidol do Trindad» Na Churrascaria Rosa Amarela, uma das mais tradicto- A GTE uniu a %!^^^ÊêÊÊÊ mWWm.
nais da cidade—hindada há 17 anos—o gerente, José Elias
de Souza Ismério, aflrmou que "a única coisa que salva os
sensibilidade de grandes
fins de semana sem turistas é a freguesia friburguense, estilistas à mais moderna
porque de fora náo vem ninguém mesmo".
José Elias dispensou os três funcionários extraordiná-
tecnologia
mmt '^W \Wr~m*-
rios que eram contratados para trabalhar só nos fins de Resultado: GTE 900.
semana porque o movimento diminuiu "mais ou menos Um avançado sistema que
50% com o fechamento dos postos de gasolina".
m' _. I mm míàm marca uma nova era na
Carros parados comunicação telefônica
No restaurante Majórica, fundado há 19 anos, o movi- ¦'??&¦¦'¦¦¦-¦ í%;,..™ Wm /***\i^M
mento era de "razoável para bom; até que nâo está dos
mf * *%^\ ^U B piores", segundo o sócio Sebastian Carrio, que tomava Primeiro em experiência
conta da caixa, embrulhava frangos assados e preparava
,',. ...,.." ^*i. PARA TODOS
embalagens de quentinhas para viagens. Mesmo assim foi '4- M,' OS MODELOS
notada uma queda, no movimento de fregueses, em torno
de 40%, segundo Sebastian Carrio.
Com toda sua experiência Í®
Normalmente nào há a queda em novembro, mas, a a GTE desenvolveu para
partir do momento em que foram abertos os postos de
gasolina aos domingos em outras cidades e aqui não, caiu o
esta série um projeto
movimento. cem por cento nacional.
O melhor dia do Majórica é o domingo, e Sebastian Inclusive com central
Carrio espera que Nova Friburgo tenha novamente os
B/1 %£ . M-W, «si postos de gasolina abertos para que a situação volte ao modular e cartões de
normal. circuito impresso.
Também o advogado Fernando Sauerbronn, descen-
dente de um dos suíços fundadores da cidade, espera que os Afinal, quem já instalou
postos voltem a abrir aos domingos para ele poder subir a mais de 623.000
serra com seu Mercedes.
Estou usando um carro de menor consumo, o Brasi- aparelhos tení o
lia, para poder vir aqui. Acho a medida uma desconsidera- compromisso de oferecer
P_
f >:>
vc- JÜ _¦
HhMKí^l ¦ çào em relaçào a Friburgo, porque é uma das opções que o
carioca tem de lazer. Cabo Frio, que tem os postos abertos, o melhor.
é uma cidade com praia. Quem mora no Rio e quer fugir de
praia vem para Friburgo.
Primeiro em sofisticação.
Hotéis das estâncias
mineiras ficam vazios
Com um sistema Quem nasceu
para ser o número um,
GTE 900 sua empresa,
Hr
Com mitra e báculo, D Eugênio chega ao altar
Belo Horizonte — A reabertura dos postos de gasolina consultório, escritório
este fim de semana nas estâncias hidrominerais do Circui- ou residência ganha
to das Águas mineiro aumentou pouco o fluxo de turistas

Dom Eugênio investe 225

novos ministros leigos
àquelas cidades, praticamente desertas nos últimos quatro
fins de semana, quando os postos estavam fechados. Os
hoteleiros acreditam que a ausência de visitantes se deveu
à data de divulgação da medida do Conselho Nacional de
mais requinte e bom
gosto por um preço que
você nem imagina. vai ser sempre
o primeira
Petróleo (CNP), sexta-feira, muito em cima da hora.
O diretor administrativo do Hotel Glória, de Caxambu, Quem nasceu para ser
Domingos Melo, disse que, embora a medida tenha sido o número um, vai ser
em missa à luz de velas boa, ela náo resolverá o problema para a cidade. Ele
reclamou do prazo estipulado pelo Governo, de seis meses,
quando serão fechados novamente os postos. O hotel, com
sempre o primeiro.
Consulte um dos nossos
O Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Eugê- 230 apartamentos e capacidade para 500 pessoas, tinha 30
nio Salles, celebrou ontem a missa de investidura dos hóspedes este fim de semana. pontos de venda e
225 novos ministros da eucaristia da diocese, na igreja
conheça de perto
Prazo o grande lançamento
de SanfAna. A cerimônia foi iluminada por velas, pois Na época de férias — disse o Sr Domingos Melo — o
faltou luz logo no início da missa, e os cânticos não movimento é sempre bom. Nós precisamos dos postos da década __^_____________B_t ^mWmSS^^^^mmmí^W, H \^m^y*S^SSS^^L\ JTJBlQjSF __8WM MMWfc

puderam ser acompanhados pelo órgão elétrico da abertos é nos fins de semana, para equilibrar o orçamento.
sgreja. Acabando a temporada de dezembro, janeiro e fevereiro e
Ao entregar os diplomas de ministros extraordiná- os postos fechando no final de abril, a situaçáo vai voltar
ao mesmo ponto. Além disso, a maioria dos turistas que
rios a nove representantes dos 225 investidos, o Cardeal chega aqui vem de carro e nào o trocaria por nenhum tipo
observou que a cerimônia demonstrava a vitalidade do
movimento eucaristico no Rio e acrescentou esperar
um trabalho mais intenso e profundo na diocese, "pois
de transporte coletivo.
Já a proprietária do Grande Hotel de Sâo Lourenço,
Nilce Flores Medeiros, disse que este fim de semana estava
GTE ¦Ê\ v£u WwÈk THmWttfci i' YjfttHMSflift WBL tmk ^WWmW&imWWWpfsç &f sas Xltjx
uf'~f*™$wmwwtf

o ministro é portador da palavra de Deus e transmite a
vida".
APÓSTOLOS
Os 225 leigos — homens e
'mulheres
— investidos ontem
SOBio ministros extraordinários
para a comunhão eucaristica
têrti mandato de dois anos; na
falta de um padre eles poderáo
ministrar a comunhão. Foram
escolhidos pelos padres de suas
paróquias e passaram por um
curso preparatório. O Cardeal
ressaltou ir a função do minis-
tro extraordinário além da co-
munhão:
— Sáo apóstolos que ajudam
a crescer o movimento eucaris-
tico; eles levam a seu próximo
as palavras que váo restituir e
aumentar a vida.
Sua atuaçáo ocorre ligada a
cada paróquia, e uma de suas
funções é a de visitar doentes
em hospitais.
com 11 hóspedes, contra seis na semana passada, quando o
normal nesta época é de 40 a 60 hóspedes. Afirmou acredi-
EmAISTECnOLOGIA
tar que o baixo índice foi causado pelas chuvas no Rio de
Janeiro, de onde sai a maioria dos turistas que vão a Sào
Lourenço. Ela manifestou esperanças de que a Embratur GTE 980 GTE 949 GTE 929
ache uma forma eficaz de incentivar o transporte coletivo a 8 troncos - 40 ramais 4 troncos - 15 ramais 2 troncos - W ramais
preços mais acessíveis, para atrair os turistas, que mesmo
com os postos abertos enfrentam um problema bem maior:
o preço da gasolina. VENDAS RIO DE JANEIRO: Tels.: 286-1544 e 286-1719 - REPRESENTANTES: Rio - Tels.: 221-2341, 221-6800, 224-9854, 253-6822,
O diretor-superintendente do Hotel Primus, também de
Sào Lourenço, Antônio Candal Garcia, que na semana 262-7489 e 240-2644 - Niterói - Tel.: 719-8448 - Campos - Tel.: 224826 - Petrópolis - Tel.: 43-2820 - Vitória - Tel.: 223-0262 - Brasília --
passada tinha 15 hóspedes no domingo, ontem estava com Tel.: 226-1130 - J. Fora - Tel.: 211-7158 - CONCESSIONÁRIAS: Tels.: 284-1445 e 284-5699 - VENDAS OUTRAS PRAÇAS: SP Capital
100. Foi quem se mostrou mais satisfeito com o resultado Tel.: 210-0044 - SP Interior - Tel.: 2124688 - Belo Horizonte - Tel.: 335-3344 - Recife - Tel.: 222-2837 - Porto Alegre - Tel.: 31-1257 ¦
imediato da abertura dos postos. Mas ele também nâo Salvador - Tel.: 245-8108 - REPRESENTANTES AUTORIZADOS NAS PRINCIPAIS CIDADES DO BRASIL.
acredita na possibilidade de o turismo via ônibus resolver
definitivamente o problema.
6 — JORNAL DO BRASIL D segunda-feira, 10/11/80 D Io Caderno

Prefeito e padre impedem Cidades catarinenses temem

Informe JB
Borracha
Hâ mais de um século o seringueiro da
Amazônia vive condenado à aposentado-
ria por cequeira, depois de 15 anos de
trabalho e às vezes até de menos que isso.
A cegueira é conseqüência de um aciden-
te de trabalho: ele colhe o látex e flca
rodando a gelatina num espeto, como se
o assasse; há fogo por baixo. E onde há
fogo, há fumaça. A fumaça do látex termi-
na por cegar o seringueiro.
O problema não termina aí: ele vende
a borracha a preço vil ao marreteiro, que
além de comprar a produção, vende vive-
res a preços extorsivos.
¦ ¦ ¦
Aporá o Ministério da Indústria e do
Comércio estabeleceu um sistema de fl-
nanciamentos para minissuinas de bor-
racha, que poderá mudar totalmente o
perfil da produção. O látex é prensado e
colocado como se fosse um tapete, no
fumador. Elimina-se afogueira e a fuma-
ça nos olhos; elimina-se também o inter-
mediano, e o seringueiro receberá mais
pela borracha que produzir.
Até o flm do ano serão instaladas 14
usinas-piloto.
E no próximo ano, 500 unidades esta-
ráo funcionando no amazonas, no Acre e
na Amazônia.
História
O ex-Senador Pedro Pedrossian pas-
sou 22 meses no Senado e durante todo
este período fez apenas um pronuncia-
mento, elogiando medidas do Governo
relativas à política da terra.
Ao assumir o Governo de Mato Grosso
do Sul, trocou seis anos de mandato de
senador por dois de governador nomeado
e demissível a qualquer momento.
Alguém ainda precisa contar esta his-
tória com todos os detalhes.
Primeiro grau
Em toda sua história de colônia de
Portugal, o Brasil não conseguiu autori-
zação para estabelecer aqui uma escola
de ensino superior. Os que então aspira-
vam pela formação universitária e ti-
nham meios para tanto, deveriam trans-
ferir-se para a metrópole.
O atraso secular do ensino universltô-
rio no Brasil colocou-nos numa situação
dificil: não se conseguiu formar ainda um
número suficiente de cabeças capazes de
entender que o principal problema do
ensino no Brasil hoje é a incapacidade de
matricular num bom curso primário to-
das as crianças brasileiras.
Se todos os brasileiros cursassem um
bom primário — ou os primeiros anos do
primeiro grau - um grande passo Já teria
sido dado.
Pois a esmagadora maioria — tal e
qual nos tempos da colônia — nâo cursa-
rá outra universidade que não seja a da
própria vida.
Desaparecido
O Comitê de Familiares dos Presos
Políticos do Uruguai informa que Mario
Tetti Izqulerdo, preso há oito anos no
presídio Libertad, em Montevidéu, desa-
pareceu há 16 dias. Mario Tetti é estudan-
te de Medicina; sua mulher já é médica; o
casal tem duas filhas, Natália e Valenti-
na, de 11 e 9 anos.
As autoridades do presídio comunica-
ram à familia de Mario Tetti que o ha-
viam retirado de lá para ser interrogado
pelo juiz Bianco Vila, do 4o Turno da Ia
Instância. Consultado, o juiz disse que
nada sabia sobre o assunto. E enviou os
familiares do prisioneiro de volta a Liber-
tad. Ali responderam que esperassem até
o plebiscito do próximo dia 30, quando
então teriam notícias do desaparecido.
* *.*
Teme-se que Mario Tetti tenha sido a
primeira vitima de uma lista de 64 presos
perseguidos e ameaçados de morte pelos
serviços carcerários de Libertad.
Para melhor
Já estáo nas máos dos responsáveis
pelo sistema alguns resultados da co-
gestão de administração de hospitais, en-
tre o Ministério da Previdência Social e o
Ministério da Saúde. O Hospital do Can-
cer, que já funciona nessa base, apresenta
os seguintes números:
Até setembro, o hospital fa2da 10 cirur-
gias por dia; em outubro, fez 32.
Os 61 consultórios que estavam fechados
na parte da tarde, a partir de outubro
passaram a trabalhar em tempo integral.
A média mensal das consultas, que era
Lance-livre
Esta semana será aprovado o projeto
de criaçáo da Fundação Petrónio
Portella, de estudos políticos. O novo
órgão, vinculado ao Ministério da Justi-
ça, já tem presidente escolhido: Walter
Costa Porto.
A Fundrem, órgão da Secretaria de
Planejamento do Estado, verificou, atra-
vés de pesquisa, que sâo realizadas 10,5
milhões de viagem-dia na Região Metro-
politana do Rio, sendo que deste total,
65% de ônibus. Os automóveis têm 22%
da preferência e os trens apenas 6,7%. As
barcas e os aerobarcos sào utilizados por
1,9% da populaçào e somente 0,2% via-
jam de metrô.
de 3 mil 984, passou para 4 mil 678 e deve
chegar a 8 mil.
Pelas primeiras noticias, o sistema
funciona.
Dissidente
A determinação do PMDB paulista de
formar chapa única ao diretório regional
do Partido começa a produzir conseqüên-
cias.
O Deputado Samir Achoa, o mais vo-
tado do Estado, que pretendia participar
da executiva do Partido, viu-se margina-
lizado.
Profundamente magoado, Já arrumou
as bagagens e está pensando em respirar
outros ares.
Poupança
Os brasileiros tém fama de perdulá-
rios.
Fama injusta; quanto aos mineiros,
por exemplo, sabe-se que costumavam
guardar dinheiro nos colchões. Os paulis-
tas preferem empregá-lo construindo
chaminés.
De qualquer forma, poupar para rece-
ber como recompensa a metade do que a
inflação levou, não é negócio nem aqui,
nem na China.
Agora, volta-se a estimular a poupan-
ça, o que é um bom sintoma.
O importante, no entanto, é saber para
onde vai o dinheiro poupado.
Pois não é preciso ser mineiro, nem
paulista, para saber que só se constrói
riqueza através da poupança. Isto, até os
brasileiros que não poupam sabem.
Bienal
O Secretário de Assuntos Culturais do
MEC, Márcio Tavares d'Amaral, recebeu
visita do Presidente da Fundação Bienal
de São Paulo, Sr Luis Villares. Discuti-
ram o possível apoio do MEC à realização
da bienal do ano que vem.
Villares saiu do encontro otimista: a
SEAC liberou recursos para os trabalhos
preliminares do evento, inclusive verba
para viagem de grupo da Fundação à
Europa para os primeiros contatos.
O Sr Márcio Tavares d'Amaral prome-
teu empenhar-se pessoalmente na busca
de fórmula para obter o resto dos re-
cursos.
Tarefa dificil, nesta época de orçamen-
tos magros.
Nos calos
O Senador Luis Cavalcanti, do PDS de
Alagoas, conhecido por suas atitudes de
independência — votou contra a aprova-
çáo no nome de Pedro Pedrossian para o
Governo de Mato Grosso do Sul—encon-
trou o Senador Vicente Vuolo, que anda
agastado com a possibilidade do lança-
mento da candidatura do Sr Roberto
Campos, em sua vaga, daqui a dois anos.
Então, Vuolo, andam pisando nos
teus calos? perguntou Cavalcanti.
É, Luís, pisaram e feio — respondeu
o Senador por Mato Grosso.
Do jeito que as coisas vão, os Sena-
dores do PDS vão ter que andar de chine-
los — finalizou Cavalcanti, que se afastou
balançando a cabeça.
Disputa
Já surgiram reações à notícia de que o
Senador Paulo Brossard poderia ser re-
conduzido à liderança do PMDB. O Sena-
dor Jaison Barreto, por exemplo, náo
aceitaria o continuísmo. Ele defende o
rodizio e acha que os Senadores Roberto
Saturnino, Marcos Freire e Itamar Fran-
co sáo candidatos em potencial à lideran-
ça do Partido.
* * *
Os que defendem a candidatura de
Odacir Klein a lider do PMDB na Câmara
asseguram que nôo há equilíbrio de for-
ças. A Deputada Cristina Tavares, por
exemplo, constatou que Klein teria mais
de 50 votos e Marcondes Gadelha menos
de 30. Até o momento, a bancada é de 110
Deputados.
Aberturas
Basta chover para que os motoristas
percebam como as ruas da cidade estào
cheias de buracos.
Em dias claros de sol, é possível des-
viar deles; mas com a água alagando
tudo, torna-se dificil escapar das crateras.
E enquanto as molas arrebentam, a
água suja dá banhos em quem passa por
perto. Seria até divertido — não fosse
triste o espetáculo da paisagem lunar em
todas as ruas da cidade.
Festival de Spoleto, internacionalmente
conhecido como Festival dos Dois Mun-
dos. A coletânea fotográfica abrange 15
anos de atividades do festival e estará
aberta ao público do dia 19 de novembro
a 28 de dezembro.
A equipe precursora da viagem do
Presidente Figueiredo à Serra Pelada vol-
tou impressionada com o prestígio do já
lendário Major Curió, responsável pela
organização do local onde vivem 25 mil
homens em busca do ouro. Curió é respei-
tado, admirado e chamado de "pai" pelos
homens que lá vivem.
Um detalhe de Serra Pelada: no mês
de outubro, a agência da Caixa Econômi-
que flagelados famintos
saqueiem cidade do Ceará
Fortaleza — Quatrocentos flagelados invadiram
ontem a cidade de Mauriti, no Sul do Estado, com 50
mil habitantes. Os retirantes já marchavam rumo ao
mercado central, dispostos a saquear o comércio e a
feira da cidade, quando foram impedidos pelo Prefeito
José Acílio Dantas de Moraes e o vigário da paróquia,
Padre Vicente Rolim. Eles levaram os flagelados para a
igreja matriz e lá distribuíram rapadura, farinha e
bolachas. Todos reclamavam da falta de água, trabalho
e comida. Estavam esfarrapados e alguns com mulhe-
res e crianças.
A informação foi transmitida pelo Prefeito de Mau-
riti ao Deputado estadual Erivano Cruz (PDS), o qual
informou que os flagelados deixaram o centro de Mauri-
ti mas ficaram acampados sob árvores e pontes na
periferia da cidade,"até
prometendo que, quando a comida
acabar, voltarão
que nos arranjem emprego".
Mauriti pertence a uma da regiões mais ricas e férteis
do Estado, o Vale do Cariri, que está sofrendo as graves
conseqüências da seca que começou em 1979.
SOCORRO
O Prefeito de Irauçuba (Norte
do Estado), Antônio Negreiros
Bastos, chegou a Fortaleza pa-
ra "pedir socorro"a às autorida-
des". Disse que minha Pre-
feitura arrecada Cr$ 700 mil de
impostos. Estou gastando Cr$
400 mil abastecendo de com-
bustível seis carros-plpa da Su-
dene que, desde 1978, distri-
buem água para as populações
flageladas. Os outros Cr$ 300
mil sáo para pagar pessoal e
outras pequenas despesas. Ou
o Governo do Estado, Sudene
ou Govemo federal socorre mi-
nha população ou nâo sei o que
vai acontecer", disse Negreiros.
De Sobral chegou o Deputa-
José Parente Prado (PDS).
do
"Alarmado
com o que vi" —
disse — "botei 110 homens que
passavam fome total em cima
de um caminhão e mandei para
uma fazenda no Municipio de
Jaguaribe, outros 100 mandei
para Tiangu e mais 100 para
Granja. Distribuí ainda um
grande número de passagens
para pais de familia que que-
Igreja
denuncia
desemprego
Salvador — Em conseqüên-
cia da mudança de suas ativi-
dades para outras áreas, prinei-
palmente dentro do Proálcool,
as empresas de reflorestamento
que atuam no extremo-Sul da
Bahia já dispensaram cerca de
dois terços dos trabalhadores
rurais nos últimos meses. Se-
gundo o secretário da Comissão
Pastoral da Terra da Regional
Nordeste m, Padre Freddy Ser-
vais, somente a empresa Flonl-
bra já demitiu quase 3 mil em-
pregados.
A denúncia foi feita ontem no
Centro de Treinamento de Li-
deres, durante o Encontro Re-
gional ds Comissões Pastorais
da Terra da Bahia e Sergipe,
onde a questão da posse da
terra está sendo discutida por
40 bispos, padres, outros reli-
giosos e leigos. Amanhã, no fl-
nal do encontro, os participan-
tes vào elaborar um documento
sobre as denúncias apresenta-
das desde sábado.
O Bispo de Própria (SE) e
presidente da Comissào Pasto-
ral da Terra da Regional Nor-
deste m, D José Brandão, de-
nunciou também que projetos
do Proálcool, que estáo sendo
implantados principalmente no
Vale do Sâo Francisco, vèm
prejudicando a agricultura de
subsistência das áreas onde se
localizam. O benefício, segundo
ele, termina sendo basicamente
para a indústria automobílísti-
ca —já que vai ter combustível
para continuar aumentando
sua produçáo, em detrimento
do alimento para a população,
sobretudo para o lavrador.
Atualmente, a grande preocu-
paçáo da CPT, segundo seu
"é valorizar
presidente, ao má-
ximo a organização do homem
do campo, incentivando e con-
tributado para que ele tome em
suas máos o sindicato, como
um instrumento oficial de suas
lutas. Nào é possível que um
pais com vasta extensão, consi-
derado o segundo exportador
de alimentos para o mundo,
nâo tenha nem feijão para seus
habitantes", enfatizou.
mmm colégio ¦¦¦<
VEIGA DE ALMEIDA
| |
f BARRA: Av. das Américas, 3.301 1
| TIJUCA: São Francisco
Xavier. 242 j
riam deixar Sobral Eles foram
para o Maranhão, Brasilia e
Fortaleza."
— O pior de tudo é a falta de
piedade do INCRA — prosse-
guiu. Eles prometeram cobrar
apenas 10% a mais do que co-
braram em 1979, do Imposto
Territorial. Quando a cobrança
chegou agora, houve casos de
aumento em até 400%. É querer
mesmo exterminar o Nordeste.
E acrescentou: "Sessenta por
cento do gado da Zona Norte
foram retirados para o Mara-
nháo. Sobral, um municipio de
180 mil habitantes, pelo novo
Censo, e grandes distritos com
habitantes entre 6 e 10 mil pes-
soas só tém água nos distritos
de Aracatiaçu, Forquilha e Jai-
baras. Os outros oito distritos
estáo totalmente secos e a Su-
dene mantém apenas dois car-
ros-plpa para dar água a tanta
gente. Náo estou fazendo alar-
ma, apenas alerto as autorida-
des para o gravíssimo proble-
ma. Sou um deputado do Go-
verno, porém náo posso escon-
der nem negar o que meu povo
passa: fome e sede."
Deputado
quer anistia
no Maranhão
Brasilia — O Deputado Ed-
son Vidigal (PP-MA) reclamou
ontem do Ministro dos Trans-
portes, Eliseu Rezende, o cum-
primento da Lei da Anistia,
pois nenhum dos servidores
afastados pelo atos discricioná-
rios voltaram ao trabalho no
Maranhão, apesar de terem si-
do relacionados entre os anis-
tlados.
Dos cinco servidores da Rede
Ferroviária Federal anistiados
no Maranháo um morreu sem
ter sido informado de que fora
beneficiado pela lei e os demais
continuam caminhando para a
direçáo regional da empresa em
Sâo Luís, onde sáo Informados
de que "lá náo consta nada"
sobre isso.
Para avaliar o alcance da Lei
da Anistia no Maranháo, o
Deputado Vidigal dirigiu-se a
todos os ministérios civis e mili-
tares indagando sobre os bene-
flclados e a situação de cada
um. Pelo'tom das respostas que
recebeu concluiu que apenas
no Ministério dos Transportes
havia anistláveis. Depois o mi-
nistro, atendendo a reclamação
sua, informou por telegrama a
relação (cinco apenas) dos be-
nefleiados.
No Maranhão, o parlamentar
se informou junto aos anistia-
dos se eles já haviam retornado
ao serviço. Nem sabiam se ha-
viam sido beneficiados. Vidigal
deu então a cada um deles uma
cópia xerox do telegrama do
ministro, documento com o
qual eles passaram a procurar a
direçáo regional da Refesa sem,
contudo, conseguir qualquer
informação positiva. Sempre
dizem que "nâo há nada" ou
"de cima ainda nào chegou
que
nada".
O Deputado Vidigal estra-
nhou tal atitude porque a Lei
da Anistia já tem mais de um
ano e sào transcorridos alguns
meses do despacho ministerial
defe-
aprovando o parecer que "Mas
riu os pedidos de anistia.
estou sabendo que também es-
tá acontecendo nos outros mi-
nistérios, em relação a outros
Estados, isso também está
acontecendo. É preciso que o
Presidente saiba que a sua
anistia, tida como o grande
ponto do seu projeto de abertu-
ra política, para muitos dos
seus ministros ainda não esiá
valendo".
poluição de usina de carvão
Florianópolis—As cidades de Blumenau
e Gaspar poderào ter a sua qualidade am-
biental profundamente comprometida den-
tro de 27 meses, quando entrar em funciona-
mento a mini-uslna de gaseificação de car-
vâo Usival, que tem sua localização prevista
para um ponto distante menos de três quilo-
metros dos centros das duas cidades.
O autor da denúncia — que motivou os
moradores do bairro Bela Vista, no limite
dos dois municípios, a iniciarem campanha
para impedir a construção da usina — foi o
Secretário do Meio-Ambiente da Prefeitura
de Blumenau, Alceu Longo, que estã agora
exigindo esclarecimentos mais detalhados
do Secretário do Planejamento, Ingo Za-
drosni, sobre os perigos de poluição. O Sr
Longo classificou as explicações até agora
apresentadas pelo Sr Zadrosni de "infantis e
evasivas".
Anunciada de maneira pouco formal pelo
cantor Caetano Veloso, durante show em
Blumenau, dia 30, a campanha contra a
Usival, liderada pelo médico Benjamim de
Faria e apoiada pelas prefeituras dos dois
municípios — ambas do PMDB —, empresa-
rios, parlamentares, professores, estudantes
e profissionais liberais, teve como aconteci-
mento principal um ato público que reuniu
300 pessoas, sexta-feira.
Os manifestantes contestaram as afirma-
ções governamentais de que a usina nào
causará poluição ambiental e distribuíram
documentos denunciando que se trata de
uma usina-piloto, que usará a população do
Vale do Itajai como cobaia, insinuando a
possível utilização do gás com fins políticos
e ainda alertando para o perigo de a região
tomar-se outra Imbituba, onde a poluiçáo
provocada pela Indústria Carboquimica Ca-
tarinense—ICC — foi considerada incontro-
lavei.
Destilarias são multadas em Maceió
Maceió — Duas destilarias de álcool —
São Gonçalo e Roteiro — foram multadas
pelo Conselho Estadual do Meio-Ambiente
— CEMA—devido à poluição das águas dos
rios em Maragogy e Sâo Miguel dos Campos.
A multa foi de Cr$ 470 mil e as indústrias
tém 30 dias para Instalar dispositivos de
tratamento da vinhaça, sob pena de inter-
diçào.
O coordenador do Meio-Ambiente no Es-
Doenças surgem com derrubada
das matas no Norte capixaba
Sâo Mateus, ES — Médicos da região
Norte do Espirito Santo — onde houve a
maior devastação florestal do Estado, a pon-
to de náo restarem sequer 100 km* de mata
numa área total de 23 mil Km* — voltaram a
suspeitar da influência ambiental para ex-
pllcar o inusitado aumento de doenças que
mal eram percebidas há dois anos, como o
glaucoma, que já atingiu grande parte da
população: seis cegueiras em cada 100 aten-
dimentos do INAMPS.
Essas observações foram feitas pelo coor-
denador do INAMPS da regiáo, Dr Leonildo
Poltronlèri de Souza, com curso de pós-
graduação de planejamento de saúde na
Bélgica. Ele pediu à sua repartição meios
para aprofundar os estudos da transforma-
"pois as
ção do quadro do Norte do Estado,
bruscas mudanças surpreendentemente
ocorreram em doenças que nem sequer sáo
epidêmicas".
Devastação
A situação é realmente dramática —
confirma a oftalmologlsta Rosa Maria Ribei-
ro, que, com três anos de consultório parti-
cular na cidade de Sáo Mateus, já atendeu
550 casos de glaucoma, em pouco mais de
duas mil constultas. Ela assinala que a doen-
ça é encontrada em famílias inteiras, embo-
ra normalmente só attaja pessoas com mais
de 40 anos.
A incidência dessa doença nào ocorre
somente no Município de Sáo Mateus, mas
também nos demais que compõem a Região
Norte — observa o Dr Leonildo. — Estamos
numa área que o cientista Augusto Ruschi
achou por bem denominar Polígono da De-
vastaçào.
Assinalou que os estudos desse cientista
sobre a região servem como subsídios para
identificar a causa do seu novo quadro sanl-
tário, já que atualmente, no plano científico,
nada' pode ser examinado lá sem levar em
consideração a mudança ambiental.
O que aconteceu na região foi uma
fantástica devastação. Quando cheguei, há
sete anos, ainda encontrei muita mata. Mas
agora não existe mais nada. O que náo é
pasto foi substituído pelos eucaliptos, que
atualmente já ocupam um terço do Munici-
pio de São Mateus e outro tanto do de
Conceição da Barra. Foi uma mudança vio-
lenta, certamente, que alterou também o
estilo de vida da populaçào do interior, já
que as florestas nâo só compunham a paisa-
gem da região mas influenciavam na exis-
tência de animais e pessoas, como acabamos
de constatar.
Transformações
Dentro das transformações ocorridas em
toda a extensão da Regiáo Norte, ele não
exclui a que foi criada com os métodos de
substituição da floresta nativa pela artificial
de eucaliptos, mantida com o emprego de
pesticidas que são, normalmente, carreados
No dia da manifestação o Sr Benjamim
Farias recebeu telefonema anônimo de uma
pessoa com sotaque estrangeiro que amea-
cava sua integridade física e a de sua família,
caso não interrompesse a campanha contra
a usina. Segundo a voz, havia grandes inte-
resses em jogo que poderiam ser prejudi-
cados.
A Usina de Gás do Vale S/A — Usival —
permitirá, segundo fontes do Govemo, uma
economia de 650 mil barris'ano de derivados
de petróleo; consumirá 268 mil e 800 tonela-
das/ano de carvão mineral e terá uma capa-
cidade de produção de 544,20 milhões de
metros cúbicos por ano de gás combustível.
A ela será acoplado um gasoduto com 40
quilômetros de extensão, para beneficiar
inicialmente a indústria da região.
Mesmo assim, segundo o Sr Alceu Longo,
a medida nâo merece apoio, por dois moti-
vos: primeiro porque os idealizadores do
projeto nào estáo preocupados com a polui-
çáo ambiental e, segundo, porque a Petro-
brás já garantiu até 1985 a construção de
duas usinas de gaseificação ligadas ao gaso-
duto que virá da Argentina. Assim sendo,
disse o Sr Alceu Longo, sabendo-se da faclli-
dade de se encaixar ramificações nos gaso-
dutos, a melhor solução é esperar mais um
pouco, evitando a poluição em toda a área
urbana.
O secretário de Meio Ambiente está tam-
bém preocupado com o destino das cinzas
que acabarão se depositando sobre Blume-
nau e com a alta toxicidade dos gases S02 e
H2S liberados com a queima do enxofre.
Explicou que o gás a ser produzido pela
usina tem alto teor de nitrogênio — em tomo
de 40%. Sâo mentirosas, segundo ele, as
afirmações do Governo de que a usina iria
diminuir a poluiçáo da área eliminando a
queima de óleo nas indústrias.
tado, Sr José Roberto da Fonseca e Silva,
explicou que fora dado prazo de instalação
desses dispositivos, que nâo só evitam a
vinhaça — resíduo da cana — ser lançada
nos rios e lagoas, como pode transformá-la
em adubo químico para utilização nos cana-
vials. O prazo dado foi até Io de setembro
passado, mas somente metade das destila-
rias e usinas de açúcar atendeu.
Mesmo assim, para o Dr Leonildo, a açáo
do pesticida nâo é uma hipótese isolada
para substituir as influências constatadas
através do desequilíbrio ecológico sobre o
aparecimento de doenças de baixa presença
na população. Trata-se, para ele, de um dos
componentes do quadro que se transformou
e permitiu a ascensão do glaucoma e de
outras doenças: "O rompimento do equilí-
brio ecológico provoca o aparecimento de
doenças que são latentes em nossos organis-
mos, geralmente acomodados à espera de
clima próprio para surgirem. Essa é, natural-
mente, para mim, a melhor explicação para
a atual posição do glaucoma, da hipertensão
e ainda da epllepsia, duas doenças que tam-
bém aumentaram, subitamente, sua inci-
dência na população, a ponto de a mórbida-
de em Conceição da Barra já andar assina-
lando a presença de ambas na ordem de
18%."
Ele também fez referência ao caso do
câncer cutâneo no distrito de Paváo, munici-
pio de Nova Venécia, vizinho de Sâo Mateus:
"Lã surgiu, há dois anos, a
primeira doença
ecológica do pais, o câncer provocado pelo
excesso de raios solares, contraído por uma
população de oriundos europeus que nâo
suportaram a intensidade do sol, depois que
a região perdeu rapidamente suas florestas.
E isso ocorreu de maneira intensa, pois
atingiu 85% dos habitantes. O professor
Douglas Puppin, que estudou a situaçáo
com a sua equipe da Universidade Federal
do Espírito Santo, disse que, em cada 100
pessoas ali examinadas, 90 eram portadores
de fotodermatose ou câncer cutâneo, consi-
derando também que a fotodermatose é um
pré-câncer."
O deserto
Segundo os diagnósticos ecológicos feitos
sobre a região pelos naturalistas Augusto
Ruschi e Paulo Fraga, o violento desmata-
mento criou um novo elenco de fenômenos.
Sâo comuns os desastres e acidentes ecoló-
gicos, estando, em conseqüência, previstos
tambiém o recrudescimento de doença e sur-
gimento de outras como o caso do câncer
cutâneo de Nova Venécia, objeto de exame
de ambos. Para Augusto Ruschi, a região
está desertifleada. Há lugares nela em que o
terreno passou direto da floresta para a
pastagem e logo virou caatinga. O Rio Doce
(o principal do Estado) está morrendo. Era
fundo, ficou raso. A vida animal extinguiu-se
em seu leito, hoje assoreado. Sua maior
tristeza, manifestada recentemente, foi
quanto à erradicação da parte mais rica da
floresta atlântica, que nem com suas habi-
tuais denúncias foi poupada. Permitiram
que cortassem uma das mais importantes
florestas do país, que tinha 400 espécies de
árvores que^só existiam lá.
Para Paulo Fraga, a desertificação da
região é uma realidade catastrófica. Aponta
o desmatamento indiscriminado como o
causador do trágico quadro agricul tável e de

B
A Assembléia Legislativa de Minas para os seus cursos de água, contaminando

promove, dia 26, sessáo em honra do Vice-
Presidente Aureliano Chaves. Já foram
distinguidos com a mesma homenagem
os Ministros Ibrahim Abi-Ackel e Camilo
Penna.
O presidente da Riotur, João Roberto
Kelly, recebeu a visita de representantes
de um dos maiores grupos de agentes de
viagem do mundo The Woodslde Group
of Travei Agencies — que atua nos Esta-
dos Unidos, Europa e América Latina. Os
visitantes assistiram ao filme Viva o Rio,
um documentário sobre o Rio e recebe-
ram muito material de propaganda, in-
clusive do carnaval.
O Presidente João Figueiredo inaugu-
ra hoje, em Brasília, o depósito de distri-
buição da Sociedade de Abastecimento
de Brasilia, um armazém com capacidade
de estocagem para 4 mil metros cúbicos
de grãos e alimentos industrializados,
O Instituto Italiano de Cultura está
organizando, em colaboração com o Mu-
seu Nacional de Belas Artes, uma expo-
siçào do fotógrafo e artista italiano Lio-
nello Fabbri, dedicada à cidade e ao
ca ali Instalada pagou Cr$ 4 milhões 572
mil aos garimpeiros. E o armazém da
Cobal vendeu, no mesmo mês,
Cr$ 700 mil.
A Fundação Joaquim Nabuco inaugü-
rou ontem a exposição de 50 anos de
trabalhos de Lourenco Barbosa, o Capi-
ba. A exposição, na Galeria Massagana,
do Museu do Homem do Nordeste, tem o
título Capiba, 50 anos fazendo artes.
Uma indústria de Três Rios, Santa
Matilde, vai entrar em fase de expansão
para exportar vagões para a Tunísia e
Estados Unidos.
O Ministro Delfim Neto vai falar ama-
nhã na reunião da Comissão Mista que
trata da mensagem alterando a política
salarial.
Os juristas Evaristo de Moraes Filho
e Ulysses Riedel, que integram a Comis-
sáo do Ministério do Trabalho encarre-
gada de estudar a reforma da CLT, e o
sociólogo Luís Werneck Viana vâo deba-
ter a estrutura sindical brasileira hoje,
às 7 da noite, na antiga sede do Sindicato
dos Ferroviários, na Rua Camerino, 66.
JAPONÊS
r .igua usada pela população.
Eles usa.-n heptaclorados, um pesticida
que, além de muito perigoso, tem açáo lenta,
PARA EXECUTIVOS progressiva e duradoura no ser humano. É
também lipossolúvel e se agrega à gordura
da pele e da mucosa. Penetra no organismo,
Iniciantes, intensivo e con- fixando-se principalmente nas gorduras ce-
versação rebrais e causando problemas neurológicos
e visuais porque o organismo náo consegue
Aulas em grupos peque- metabolizar seus elementos.
nos ou individuais
Professora Mayumi Shi- Devastação é grande em toda Bahia
kanai Salvador — O diretor cientifico da
Comissão Executiva do Plano da Lavoura
Entrevistas na sede do Cur- Cacaueira (Ceplac), engenheiro-agrõnomo
sodas 12:30 as 13:30 hs Paulo de Tarso Alvim, denunciou ontem que
Informações pelos tels.: o índice de devastação de matas na Bahia é
relativamente superior ao de qualquer outra
221-1863 e 222-4305 região brasileira, inclusive a Amazônica. Pa-
ra ele. o Brasil merece o título de campeão
loDl feedback
Rua da Quitanda. 74 - 2. Centro
mundial do desmatamento.
PhD em Ecologia, com títulos dos Esta-
dos Unidos, o Sr Paulo Alvim constatou que
a maior agressão contra as reservas flores-
tais baianas está concentrada principalmen-
saúde que ele atualmente possui. Os terre-
nos estão entregues ao domínio das pragas
privilegiadas que perderam os seus predado-
res naturais no momento em que foi rompi-
do o equilíbrio ecológico. Hoje, ele chega a
duvidar que ainda existam remanescentes
dos catálogos dos animais que Ruschi pre-
parou no Norte do Estado, prognosticando
que pouca coisa deve restar das 709 espécies
de aves e 570 famílias animais encontradas
pelo cientista.
te na região litorânea do extremo-sul do
Estado, devido a sua relativa proximidade
dos grandes centros consumidores de ma-
deira do pais. Além disso, segundo o ecolo-
"é alarmante a expansão da
gista, pecuária
por extensão naquela área".
Ao lamentar a falta de uma eficiente açáo
fiscalizadora do Govemo contra os desmata-
mentos, o diretor da Ceplac disse que isto
provoca
"os inevitáveis desatinos ecológicos
que ocorrem por toda parte do país. fruto
não apenas da falta de preparação rural mas
também da insaciável sede por lucros fáceis
da indústria madeireira".

JORNAL DO BRASiL D segunda-feira,
"Pravda"
adverte
Polônia
Moscou — Cada greve e infra-
ção ao trabalho normal contri-
buirá para aumentar a tensáo
. na Polônia, e atrasará, na mes-
ma medida, a realização de
seus objetivos econômicos, afir-
mou ontem o jomal Pravda, ao
reproduzir os termos de um co-
municado divulgado sábado
em Varsovia pelas autoridades
polonesas.
Em Varsovia, a liderança da
confederação de sindicatos ln-
dependentes, Solidariedade,
reuniu-se ontem para estabele-
cer a estratégia a seguir, na
véspera de uma decisão crucial
do Supremo Tribunal que pode
precipitar uma nova crise tra-
balhlsta. Em Gdansk, mais de
100 empregados dos serviços de
saúde pública continuavam
ocupando a prefeitura da cl-
dade.
UNIÃO
"Apenas um trabalho
pleno
de abnegação pode permitir
que se superem as dificuldades
hoje existentes na Polônia",
disse o Pravda, reproduzindo o
documento polonês. O povo da
Polônia deve se unir para asse-
gurar um trabalho normal em
cada empresa, ajudar aos cam-
poneses na colheita e
"discutir
numa atmosfera calma e con-
descendente".
As autoridades polonesas exi-
giram dos representantes dos
poderes locais a adoção de me-
didas urgentes para se chegar à
normalização da vida sócio-
econômica, para liquidar os
desvios burocráticos e pôr fim
às "violações da lei", segundo o
jornal.
O Govemo polonês aumen-
tou sua campanha contra o mo-
vimento trabalhista, e ameaçou
de expurgo todo membro do
Partido Comunista que partici-
pe da greve. A divergência en-
tre Govemo e líderes sindicais
está na insistência das autori-
dades polonesas em reafirmar a
supremacia do Partido Comu-
nista nos assuntos internos e
políticos do país, o que os diri-
gentes da Solidariedade re-
jeitam.
Sete são
candidatos
em Lisboa
Juarez Bahia
Corres pondo nto
Lisboa — Terminado o prazo
legal para registro dos cândida-
tos nas eleições presidenciais
portuguesas, sete confirmaram
e três desistiram, entre estes
Menezes Alves, cujo pai deu
preferência à candidatura de
Soares Carneiro, da Aliança
Democrática. O auto-suspenso
secretário-geral do Partido So-
cialista, Mário Soares, nâo se
apresentou, apesar de ter as
7 mil e 500 assinaturas necessá-
rias.
Ramalho Eanes, independen-
te com apoio da Frente Repu-
blicana e Socialista; Soares
Carneiro, da Aliança Democra-
tica; Otelo Saraiva de Carva-
lho, da Força de Unidade Popu-
lar; Pires Velosos, independen-
te sem apoio partidário; Carlos
Brito, do Partido Comunista
.'Português; Galvão de Melo, in-
dependente sem apoio partida-
" Wo; e Ayres de Brito, do Partido
de Unidade Socialista, trotz-
quista. Cinco militares e dois
civis são os sete que entrega-
ram seus pedidos de registro ao
.Tribunal de Justiça.
DOIS TURNOS
As eleições presidenciais por-
tuguesas serão no dia 7 de de-
zembro. De acordo com a legis-
lação eleitoral, poderá haver
dois turnos, desde que na pri-
meiro o candidato mais votado
não alcance 50% e mais um dos
votos. Segundo as últimas pes-
quisas, Ramalho Eanes leva
vantagem sobre Soares Carnei-
ro — estes sào os dois mais
fortes — mas certamente nâo
alcançará no primeiro tumo o
número de sufrágios necessá-
rios.
No segundo turno só concor-
rem os dois mais votados. As-
sim, prevê-se que Carlos Brito,
comunista, e Galvão de Melo,
centrista independente, desisti-
rão em favor do General Eanes.
Pires Veloso, cujo maior contin-
gente eleitoral está no Norte,
não apoiará qualquer dos dois,
o mesmo ocorrendo com o radi-
cal Otelo Saraiva de Carvalho e
o trotzqulsta Ayres Rodrigues.
A partir desta semana, a cam-
panha eleitoral para as presi-
dencials mobiliza grandes mas-
sas em comícios e reuniões de
esclarecimento. Os candidatos
que mais se movimentam e
mais presença tém sáo o Presi-
dente Eanes e o General Soares
Carneiro. O Partido Comunista
português, que faz uma campa-
nha sui generis, alertando seus
simpatizantes de que seu can-
didato deverá desistir em favor
do Presidente, limita-se a comi-
cios em recinto fechado, nos
quais debate a linha partidária
em face da divisão da esquerda.
Ontem Ramalho Eanes reali-
zou uma concentração no Alen-
tejo, na qual defendeu a impor-
tància da participação popular
nos atos eleitorais próximos,
segundo ele, "de decisivo senti-
do para a consolidação da de-
mocracia portuguesa gerada
pela Revolução de 25 de Abril".
Soares Carneiro, que continua
em propaganda no Norte, disse
no Porto que defende uma de-
mocracia pluralista numa so-
ciedade aberta,"em cujo seio o
principio do referendo haverá
de se realizar, inclusive como
fórmula de revisão constitu-
cional".
J&MIS COLÉGIO ¦wiiiin
VEIGA DE ALMEIDA
g |j
BARRA Av. das Américas. 3.301
IJUCA: São Francisco Xavier. 242
10/11/80 Io Caderno
D INTERNACIONAL — 7
Cidade do México será Colomb«y-l««.Daux.fgliie!, Frarço/AP
Charles de Gaulle URSS acusa
sede da próxima reunião tem homenagem de Ocidente
entre pobres e ricos em Madri
—
Viena O chamado diálogo Norte-Sul, entre Governos
de países desenvolvidos e em desenvolvimento, que está
todos os franceses Moscou — O comentarista
Gennady Gerasimov, falando
interrompido há anos, será reiniciado em junho próximo, na Paris — O décimo aniversário da morte do ontem pela televisão, acusou as
cidade do México, envolvendo Chefes de Govemo de cerca General Charles de Gaulle foi recordado on- potências ocidentais de usarem
de 25 nações, disseram ontem em Viena diplomatas que tem em todo o país e em CoIombey-les-Deux táticas dilatórias na Conferên-
preparam esse encontro. cia sobre Segurança e Coopera-
A idéia desse diálogo foi lançada pela primeira vez em Eglises, onde está seu túmulo, milhares de
pessoas se reuniram para homenagear o já çáo na Europa, que está sendo
1974, pelo Presidente francês Valéry Giscard d'Estaing, preparada em Madri, e afirmou
como um meio de reunir paises ricos e pobres para discutir legendário dirigente da França. que a"atmosfera
Uniào Soviética deseja
questões como energia, comércio, recursos de matérias- uma de confiança"
Na pequena cidade, a 125km de Paris, onde
primas e transferência de tecnologia.
Impasse
WÉyM'yr ÚU II Charles de Gaulle possuía uma residência de
campo, grande multidáo assistiu ao ofício reli-
nesse encontro, que se inicia
amanhã.
gioso na Igreja de Saint-Louis-les-Invalides, ao Após dois meses de negocia-
Uma reunião de 27 países, realizada em Paris em 1976, qual compareceu o Presidente Valéry Giscard ções sobre a agenda e a cronolo-
terminou em impasse. A sessáo preparatória de Viena, onde d'Estaing e o Primeiro-Ministro Raymond Bar- gia da segunda continuação da
se encontram Chanceleres ou representantes de 11 países, Conferência, só ficou certo até
re, além de outras destacadas figuras do Go- agora o dia de sua abertura.
foi convocada para estimular uma melhor cooperação inter- verno e do mundo politico francês. Tudo mais é inteiramente ta-
nacional. Um dos problemas principais tem sido a disputa
sobre quem deve participar dessas reuniões. No Palácio Presidencial do Eliseu, na Ca- certo, pois até agora as delega-
A França exigiu, apesar das objeçóes de países do bloco ções dos 33 paises europeus,
ocidental, que o bloco oriental fosse convidado. Contudo, a pitai, a bandeira tricolor foi içada em posição além dos Estados Unidos e do
União Soviética frustrou os esforços franceses não compare- de luto. Nào se programou, contudo, nenhuma Canadá, nào conseguiram che-
cendo às conversações de Paris. cerimônia oficial no pais, "para que o aniver- gar a um acordo sobre um pro-
Na conferência do México, 25 países serào convidados. sário mantenha sua tradicional e digna simpli- grama definitivo.
Caso os Estados Unidos compareçam, a reunião incluirá o cidade", assinalou o Instituto Charles de Gaul- Gerasimov disse: "O Oclden-
recém-eleito Presidente Ronald Reagan. A sessáo prepara- le. No entanto, em toda a França foram presta- te, e principalmente a delega-
tória em Viena, presidida pelo Primeiro-Ministro austríaco das homenagens àquele que gostava de ser çáo americana, gostaria de
Bruno Kreisky, contou com a presença de representantes da chamado apenas de O General. transformar a reunião de Madri
Nigéria, Argélia, México, Alemanha Ocidental, Canadá, numa disputa, e substituir o
Tanzânia, Índia, França, Suécia, Iugoslávia e Áustria. Os jornais franceses dedicaram páginas debate por discussões. E, a pre-
inteiras à história de seu 30 anos de carreira texto de realizar um resumo
mais completo, frear o processo
politica. Novos monumentos em honra a De de Helstaqui".
Brasil não entra no Gaulle foram inaugurados. Este ano, novas
dezenas de livros sobre sua vida apareceram, Os delegados ocidentais enfa-
Diálogo Norte-Sul & m* - '¦'^f^^^ümmm. ¦¦ • '¦.-j.* mümtãimm. ^i^B Bk* A^A\ tendo por motivo o décimo aniversário de sua
morte.
tizaram a importância de anall-
sar em Madri o resultado dos
Brasilia—Não agrada ao Brasil o critério excludente da acordos de Helstaqui, assina-
reunião de cúpula patrocinada por México e Alemanha para A residência do General em Colombey-les- dos em 1975, particularmente
discutir o diálogo Norte-Sul. A idéia de reunir um pequeno no que se refere aos direitos
Deux Eglises foi franqueada ao público a par- humanos. O Kremlin, por sua
grupo de representantes dos países desenvolvidos e outro tir do ano passado e desde entáo já atraiu vez, quer estabelecer, no encon-
dos países em desenvolvimento excluirá necessariamente cerca de 250 mil visitantes, convertendo-a em
vozes importantes. tro, planos destinados ao futuro
Esta é a visão que o Govemo brasileiro tem da reunião, um dos pontos turísticos mais importantes da desenvolvimento do processo
afirmou ontem uma categorizada fonte diplomática em França. de distensáo, particularmente
Brasília. O Brasil tem recebido Insistentes sondagens do na área militar.
México para integrar-se ao grupo de países em desenvolvi- Ontem, programas especiais de televisão e "Quando se fazem discursos
mento, mas náo manifestou interesse em participar justa- rádio foram transmitidos com debates sobre intermináveis para manter o
mente porque acredita que a reunião será bombardeada sua personalidade. Foi anunciado que está uso da palavra e evitar a ado-
pelos paises que foram excluídos dela. omenogem, ex-combatente conversa com o sendo editada uma história em quadrinhos çâo de resoluções, nas sessões
Por isso, o Brasil excluiu-se discretamente da reunião sobre a vida e as realizações do General de preparatórias da reunião de
preparatória de Chanceleres que começou ontem em Viena. rante Philippe De Gaulle (D), filho do herói de guerra, Gaulle, cuja projeção na vida política da Fran- Madri, o que se faz é usar meto-
Não chegou a haver um convite formal ao Chanceler Saraiva ao pé da Cruz de Lorena, símbolo da Resistência ça está em pleno crescimento. dos de sabotagem importados
Guerreiro, pois as gestões esgotaram-se nas sondagens do Congresso americano", disse
preliminares. Gerasimov." ,
Dificilmente a posição brasileira mudará para o ano que
vem, na reunião de Chefes de Estado. O Itamarati julga que
um grupo pequeno e seleto de países criará áreas de atrito
com os países excluídos, exatamente porque não há critério
que justifique a convocação de alguns e o afastamento de
outros.
Além das sondagens feitas pelo México, o Brasil tem
recebido Insistentes apelos da Alemanha, no sentido de
participar mais intensamente dos negócios internacionais.
Essa foi a tônica das conversas que o Chanceler Saraiva
APrimeira
Guerreiro ouviu em Bonn, em maio passado, quando lá
esteve. Os alemães querem que o Brasil—hoje um parceiro
maduro — esteja presente nos fatos internacionais, cada vez Rede de Supermercados do Rio
com mais freqüência.
Arquivo/1976
nasceu com poesia,
cresceu com inspiração
e virou prosa de sucesso.
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Michael Foot
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lüiP^'" aaaaaaaaaa™a^^aa^^^m^^^^W^^AsÊm
Trabalhistas britânicos
fazem segunda votação
e esquerda pode ganhar
Robert Dervel Evans
Correspondente
Londres — O segundo escrutínio das eleições para a
liderança do Partido Trabalhista, que se realiza hoje, pode
trazer surpresas, dependendo da reação dos deputados que,
na primeira etapa, apoiaram Peter Shore e John Silkin, jâ
eliminados nesta fase final.
Embora desde o princípio o favorito tenha sido Denis
Healey, que obteve na primeira etapa 112 dos 265 votos dos
deputados trabalhistas, espera-se que muitos dos que for-
maram com Shore e Silkin prefiram o candidato da ala
esquerda do Partido, Michael Foot. Conseguir a eleição de
Foot como substituto de James Callaghan estava aquém
dos cálculos da esquerda trabalhista, desde o início, mas o
objetivo da maior parte era impedir a todo custo a vitória de
Healey.
Será eleito quem conseguir 50% dos votos mais um. Na
primeira etapa Foot obteve apenas 83. Portanto, desta vez
Obrigado,
estará em jogo a preferência dos 153 deputados que na
primeira etapa nào ficaram com Healey nem com o cândida-
to da ala esquerda.
O novo presidente do Partido ficará no cargo por apenas
seis ou oito meses, até que se eleja uma nova liderança
partidária, com base nas regulamentações estabelecidas na
última convenção anual do Partido, realizada em setembro
último. A partir de agora, o presidente do PT será escolhido
por um colégio eleitoral que reunirá representantes dos
AUGUSTO FREDERICO SCHMIDT.
sindicatos e dos diretórios regionais do Partido, além dos
deputados trabalhistas. O imortal poeta Augusto Frederico Schmidt
Só em janeiro próximo serào fixadas as proporções de
cada um desses três grupos na composição do colégio deixou uma bela obra.
eleitoral, mas sabe-se que quanto maior a participação dos Vários livros, belos poemas e, com prosa
elementos dos sindicatos e dos diretórios regionais, maior
será a vantagem da esquerda trabalhista. Ao contrário, se os de muita inspiração, uma Rede Pioneira de Supermercados.
deputados conseguirem assegurar seu direito à metade dos Em verdade, foi ele quem criou o Disco,
votos, como é sua intenção, a vantagem será para os
direitistas. a Primeira Rede de Supermercados do Rio.
Após a renúncia de Callaghan, no mês passado, era Augusto Frederico Schmidt escreveu versos assim:
impossível deixar vaga a liderança do Partido até janeiro. A "Nas casas dos homens vão se acender as lu:es /
Oposiçào parlamentar constitui um "Govemo alternativo"
e, por isso, precisa estar pronta para, a qualquer momento, E será chegada a hora da ceia /
assumir as responsabilidades do cargo de Primeiro-
Ministro. Assim, será eleito um lider interino, atada com E entre os familiares o páo será dividido".
base nos velhos regulamentos. Um dia o poeta se foi, deixando saudade.
O vitorioso de amanhã poderá ter alguma influência no
estabelecimento do jogo de forças do colégio eleitoral e é Mas o Disco ficou em boas mãos.
com base neste contexto que as personalidades contrastan- Mãos que trabalharam a obra do poeta.
tes dos dois candidatos têm importância especial neste
segundo escrutínio. Mãos que levaram o Disco a completar 25 anos de vida.
Denis Healey, considerado um "realista brutal" é um Sempre no caminho certo. Sempre inspirado
lutador e, politicamente, um moderado. Uma vez na lideran-
ça do PT, tentará por todos os meios manter o cargo nas na obra e graça do poeta.
eleições do próximo ano.
Michael Foot é bastante diferente. Trata-se de um
visionário
"càozinho ede ideólogo, que já foi injustamente chamado de
estimação" de James Callaghan. Acredita-se
que possa sofrer ainda maior influência da esquerda parti-
daria no futuro. Se for ele o escolhido amanhã, poderá, no
ano que vem, desistir da reeleição em favor de Anthony
Benn, candidato alternativo considerado atada mais perigo-
so pela ala direitista. *^_ J
Benn é favorito das minorias marxistas que controlam
_¦—*wmK _
muitos dos comitês regionais e alguns dos grandes sindica-
tos. A esquerda radical trabalhista vem, há vários anos,
lutando pela liderança do Partido, o que lhe garantiria o
controle da política partidária. E alterar as regulamenta-
ções para a escolha do dirigente máximo do PT fazia parte
de sua estratégia.
A opção por um caminho extremo, para a esquerda ou
para a direita poderá ocasionar a cisão do Partido Traba- Prata de Lei.
lhista. Muitos parlamentares temem seriamente que a elei- 25 Estrelas de Sucesso.
çáo de Healey possa levar a ala esquerdista e romper com o
Partido ou que a escolha de Foot, como trampolim para a
escalada de um candidato atada mais radical, leve a direita
e atitude semelhante. pass
 8 - INTERNACIONAL
Ceausescu
pressiona
soviéticos
Estocolmo — O Presidente da
Romênia, Nicolae Ceausescu,
voltou a exigir ontem a retirada
das tropas soviéticas do Afegã-
nistão e sugeriu o estabeleci-
mento de negociações diretas
entre os Governos afegão e pa-
quistanês para obter a suspen-
são da ajuda de Islamabad aos
grupos guerrilheiros que atuam
no pais.
Após reunir-se com o Primei-
ro-Mlnistro da Suécia, Thorb-
_joern FaeUdin, o líder romeno,
declarou que o Pacto de Varsó-
via e a Aliança do Tratado do
Atlântico Norte (OTAN) de na-
da serviram até agora para a
promoção da paz e da disten-
são. Ceausescu e Faelldin con-
cordaram em propor às Nações
Unidas a realização de gestões
especiais para reduzir os gastos
militares.
Em sua opinião, o panorama
político-militar da Europa
agravou-se consideravelmente,
o que toma necessário um es-
forço conjunto para a redução
dos gastos militares globais em
10% num período de cinco
anos.
Quanto à situação na Polo-
nia, Ceausescu não acredita na
possibilidade de uma interven-
ção das tropas do Pacto de Var-
sóvia no pais e considera a
questão um problema básica-
mente econômico que pode ser
resolvido exclusivamente pelos
poloneses.
O Governo do Paquistão Já
pediu formalmente o apoio do
Brasil ao projeto que apresen-
tara à Conferência-Geral das
Nações Unidas, exigindo a sal-
da das tropas soviéticas do Afe-
ganistào. Segundo o Embaixa-
dor S. Ahsanl, há mais de 1
milhão de refugiados afegãos
em território paquistanês, o
que representa uma carga con-
slderável para seu Govemo.
i convocar uma reunião urgente dos Ministros de Relações
A história do homem que jogou
tudo para fazer de seu filho
Presidente dos Estados Unidos.
HaKjt''' ISSflK^
Tudo por dinheiro
Se você quer saber como nasce um Presidente dos Estados Unidos, acompanhe a
empolgante história desse irlandês que conheceu a glória, a fortuna, a tragédia.
E que jurou,a si mesmo,fazer de seu filho o Presidente dos Estados Unidos.
Sucesso absoluto na América,
exclusividade da TVS, apresentada em 5 capítulos de duas horas.
E é o mais importante acontecimento da televisão neste momento.
O maior elenco já reunido num só filme. Com dez horas de superprodução.
JORNAL DO BRASIL
Prisão de Ghotbzadeh divide Irã Bogdó/UPI
Teerã — A prisão do ex-
Chanceler Sadegh Ghotbzadeh
provocou ontem áspera discus-
são no Parlamento iraniano, en-
tre os moderados que seguem a
orientação do Presidente Bani
'
?:Jfi; _j_______fl _______E'T*' '¦' fl^B^' ________________ - ^ÈSSài \ . • ^^ BBJt ^^Vlk.' Sadr e os radicais fundamenta-
listas chefiados pelo ayatollah
Mohammed Beheshti. Para os
* 'MmM ~L\ **"
'.- 'tf/w'ílj F.^jB
^*^F> jÃmmm\\^ J^< ¦mmmWmmmmm1t í. i
H. WmÁ\- >&WK MTiêL -^W
'AmWSmmmWaVma\\\\
^^
\Wm\làaWk\ W^t ¦'•-'/¦^^mmrnrnW -•
^aãammmmm* "''''-% yJRtd* ^BC ^.
^* observadores a crise aguçou a
_____d____________L Jmmm\ WWma^. _______^^_________P*^ WBr mai I *^K^
rivalidade entre as duas corren-
tes e está ameaçando a frágil
unidade obtida no Irã quando
estourou a guerra contra o
Iraque.
Bani Sadr saiu ontem nova-
mente em defesa de seu amigo e
aliado, que foi preso por ter criti-
cado os novos diretores da TV
estatal, o que os radicais consi-
deraram uma tentativa de "se-
mear a discórdia em tempo de
BL» \^Ê ^W^MwmmmWwfmWir+ ¦ —m^^^^^^H Wk ¦ .^M ^H^h ^t"* ** ^"* guerra". Entrevistado pelo jor-
"
nal Enkelan Ismami, Bani Sadr
^K'f^Bui^l
MT ^ÊÊÊ \WWWSWm,
mm\
¦'4'^ mmWW i-i-
mm*-~~~w ^9^^^
«mmmmmm^^ atacou: "Há outras pessoas no
^Wm JMmm^m
Govemo e na TV estatal que
" transmitem comentários críti-
¦ft. ^^í W^^'m^ÊÊÊ^Í JfejÊttàâ|
cos contra mim, que sou o Presi-
dente de uma nação em guerra.
Por que nào são presas
também?".
Crise
No Parlamento, a discussão
ontem era sobre o critério da
nomeação do novo diretor da
televisão. Os moderados querem
que sua Indicação caiba ao Con-
selho Supremo de Defesa, presi-
dido por Bani Sadr. Os radicais
defendem a continuação do dire-
tor provisório escolhido pelo
Tanques americanos e soviéticos capturados ao Irã estão sendo exibidos na Capital iraquiana como promotor que mandou prender
troféus de guerra. Nas últimas 72 horas, os iranianos afirmam que mataram 185 soldados Ghobzadeh, hojatolislã Meussa-
árabes e derrubaram um helicóptero perto de Ahwaz, Província do Cuzistão vi Ardiblli.
A crise teve inicio com a de-
missáo sumária do diretor da
emissora, Mohammed Islaml,
homem de confiança de Bani
Sadr. Antes de sair, Islâmi con-
vocou uma mesa-redonda com
todos os ex-diretores da estação,
mas só compareceu, além dele,
Sadegh Ghotbzadeh, que tam-
bém exerceu o cargo, no inicio
da Revolução Islâmica, após a
queda do Xá.
Nessa mesa-redonda, Ghotb-
zadeh e Islaml teceram fortes
criticas à nova orientação funda-
mentalista. Após o programa, fo-
ram expedidas ordens de prisão
contra ambos.
Beheshti ontem procurou se
fortalecer—e à sua corrente — e,
após uma reuniáo com o ayatol-
lah Khomeiny, disse que seus
partidários têm o direito de se
expressarem. "Creio que se fa-
larmos claramente ao povo so-
bre todas as questões, contribui-
remos para aumentar o seu mo-
¦'¦• ral", comentou Beheshti.
' UM 3P3Í BctEJÍ
Anteontem, Bani Sadr rom-
peu definitivamente com a nova
direçào da emissora, ao afirmar
que a partir de agora nâo vai
mais se manifestar através dela,
-**sm*fidi^$$mm1mmmm ^BkJttiS&MttMHlRI ^H : .: 1^^B^^*ll?)fel-v*S^hfc«*''\::Ai:: *$y&rç?jMUft^^ ^X^REmP^H ^H
"enquanto nâo se corrigir".
Reféns
Teme-se que a crise interna
atrapalhe as negociações para a
libertação dos reféns. Em Wa-
shington, os assessores do Presi-
dente Jimmy Carter disseram
que está em preparação a res-
posta dos Estados Unidos às
quatro condições impostas pelo
Irã para a libertação do grupo.
Mas, segundo o jornal The
Washington Post, os norte-
americanos pensam que as con-
tra-propostas de Carter só seráo
aceitas se o Parlamento não se-
guir o pensamento dos funda-
mentalistas, que se aferram a
uma interpretação estrita das
condições anunciadas há uma
semana.
Em Teerã, o Gabinete do Pri-
melro-Ministro Ali Radjai infor-
mou que, por enquanto, os re-
féns ainda estão em poder dos
estudantes. Foi noticiado que
eles passariam à alçada do Con-
selho de Ministros, mas isto nâo
aconteceu ainda.
Iraque chama
Estréia hoje,
velhos à guerra
Bagdá — Em discurso pela en-
trada no ano 1401 da era muçulma-
na — Iniciada a partir da fuga de
às 9 da noite.
Maomé de Meca para Medina — o
Presidente do Iraque Saddam
Hussein convocou ontem cidadãos
com mais de 65 anos para partici-
parem do esforço de guerra contra
o Irã e declarou que a luta contra
os persas era a "continuação da
guerra santa travada pelo Profeta
em defesa do islamismo".
Em Londres, foi captada a trans-
missão da Rádio Bagdá, chaman-
do os voluntários anciães para
"ajudar na guerra santa contra os
"TUDO POR DINHEIRO" é mais uma inimigos do Iraque e da nação ára-
be". Os veteranos tém prazo até 20
de novembro, mas nào foi dito
como serão aproveitados.
Resposta
Quanto à definição de guerra
santa feita por Hussein, os obser-
vadores a interpretaram como o
desejo do Presidente árabe em pri-
TVS var o Irã de um de seus principais
trunfos propagandlsticos, que con-
sistem na denúncia do regime ira-
quiano como "ateu" e "antiislà-
® mico".
Na abertura do novo ano árabe,
Saddam Hussein (que freqüente-
mente é comparado ao demônio "jus-
TV STUDIOS-CANAL11 pelos iranianos), defendeu a
teza" do conflito e chamou os
atuais dirigentes iranianos de
"herdeiros dos
pensamentos e
ações do Império Persa".
D segundo-feiro, 10/11 /8C D le Caderno
Síria reagirá se Israel
anexar colinas de Golan
e diz que não estará só
Beirute — O Ministro da Informação da Síria. Ahmed
Iskandar Ahmed. declarou em entrevista publicada ontem
pela revista Manha de Segunda-Feira que, se seu pais for
vítima de uma agressão externa, "não terá que enfrentá-la
sozinha". A afirmativa foi uma referencia ao tratado de
cooperação militar assinado recentemente por Damasco s
Moscou.
"nosSegundo
Ahmed. se Israel anexar as colinas de Golan
reservaremos o direito de tomar qualquer medida para
garantir nosso direito às nossas terras". O Govemo de Tel
Aviv reagiu severamente à assinatura do acordo entre a
Siria e a Uniào Soviética, a 8 de outubro passado, afirmando
que este anulou o equilíbrio das forças sírias e israelenses.
Segunda Invasão
O ministro ressaltou que o tratado "tem por objetivo
enfrentar a contínua agressão sionista-imperialista contra
os paises árabes e nào provocar esta agressão". E acrescen-
tou que o acordo "nâo é uma provocação para as pessoas
que acreditam na justiça, na liberdade e na paz mas, sem
dúvida, constitui um aumento das forças de resistência à
agressão, conspiração e violação das resoluções das Nações
Unidas e ao desrespeito dos direitos humanos no mundo
árabe".
Ahmed afirmou que. ao fazer a guerra contra o Irà, o
Iraque deu aos Estados Unidos um pretexto para aumenta-
rem sua presença militar no Golfo Pérsico e desviou a
atenção da luta básica dos árabes contra as forças de
ocupação "segunda
sionista. O ministro considerou a atitude iraquia-
na uma invasão" americana no Irá, lembrando,
ainda, os resultados devastadores do confronto sobre a
economia dos dois países.
Quanto à Jordânia, disse apenas que as relações da Siria
com o Govemo do pais vizinho nào estáo "no seu melhor
momento". Os sírios tém acusado a Jordânia de financiar a
organização clandestina "Fraternidade Muçulmana", acu-
sada de uma s'érie de atentados cometidos na Síria.
Kadhafi é acusado de
ingerência na África
Mário Chimanovitch
Comipondanti
Jerusalém — A Libia do Coronel Muammar Kadhafi foi
acusada nas últimas 48 horas por duas nações africanas — o
Senegal e o Egito — de estar se envolvendo ativamente nos
assuntos Internos dos países do continente, ao fomentar ou
apoiar rebeliões que objetivam a desestabllizaçào de seus
Governos.
Segundo o Presidente do Senegal, Leopold Senghor, a
Líbia está promovendo a "subversão" noTchad, na Nigéria,
no Mall é em seu próprio pais, ao mesmo tempo em que
planeja criar uma República Popular do Sahara que deverá
permanecer sob seu controle. O Presidente senegalês quer
Exteriores dos países africanos para que o assunto, devido a
sua gravidade, seja imediatamente debatido. A segunda
acusação partiu ontem do Egito. Afirma o Cairo que as
tropas do Coronel Kadhafi já estáo ocupando militarmente
grande parte do Tchad.
Mudando de ombros
Já há algum tempo vem circulando rumores perslsten-
tes no sentido de que a Líbia está suprindo ajuda militar ao
Governo do Tchad, um pais que se encontra engajado numa
guerra civil contra elementos que apoiam o ex-mlnlstro da
Defesa Hlssein Habre.
Independentemente ou nâo da confirmação das acusa-
ções que acabam de ser levantadas pelo Senegal e Egito, a
verdade é que a Líbia tem repetidamente se envolvido no
conflito do Tchad, apoiando em momentos diferentes gru-
pos diversos em sua luta pelo poder.
Durante anos, por exemplo, a Líbia forneceu uma impor-
tante ajuda militar ao Frolinat, grupo guerrilheiro liderado
por Hlssein Habre, que operava ao norte do Tchad. Mas
quando os principais lideres desse movimento — incluindo-
se o próprio Habre — aceitaram Juntar-se ao Oovemo de
Goukounl Queddel, há dois anos, o Coronel Kadhafi fez o
"mudar o fuzil de
que se descreve no Oriente Médio como
ombro". Em outras palavras, passou a apoiar outras facçôei
dissidentes.
Ultimamente tém-se incrementado os rumores de que
tropas líbias Já se encontram operando no interior do
território tchadlano. Agora, entretanto, ê o Ministro d»
Oeneral Kamal Hassan Ali,
Relações Exteriores do Egito,"absolutamente
quem afirma que o fato é verdadeiro",
Segundo o Ministro egípcio, os soldados do Coronel Kadhafi
já estào ocupando militarmente largas partes do pais.
Os líbios estào apoiando agora as forças presidenciais de
Djamena contra os grupos rebeldes do norte, liderados por
Hlssen Habre. Os dois homens haviam-se reconciliado até
que a guerra civil voltasse a eclodlr há alguns meses com
violência redobrada.
Através de comunicados que estáo sendo publicados
pela Imprensa do Cairo, as forças de Hlssein Habre clamam
estar controlando a maior parte da Capital, Djemena. Ê
através desses mesmos comunicados que as forças rebeldes
têm aludido nos últimos dias à invasão líbia. Eles revelam
que 3 mil soldados líbios cruzaram a fronteira, apoiados por
grande número de veículos blindados e cobertura aérea.
Segundo ainda as forças de Habre, cerca de 100 soldados
libios já foram mortos durante os combates travados contra
os rebeldes.
A Líbia até o momento mantém-se silenciosa quanto a
essas alegações, mas, sintomaticamente, em suas transmis-
soes de ontem a rádio oficial de Tripoli aflrmou que o
Presidente do Tchad agradeceu a colaboração e ajuda do
Coronel Kadhafi na luta de seu Govemo contra os rebeldes.
No atual estágio de relações entre o Egito e a Líbia, que
sào as piores possíveis, os egípcios estáo a se opor a
quaisquer atividades militares dos líbios no continente
africano. Todavia, nào está claro ainda aos observadores se
a Cairo estará de fato em condições de oferecer qualquer
apoio material aos grupos que lutam contra o Govemo do
Tchad.
França sofre pressão
para não ajudar— Bagdá
Jerusalém (do Correspondente) Quatro países do
Oriente Médio, e Israel náo se Inclui entre eles, estão
pressionando a França, através de canais diplomáticos,
para que cesse ou reduza drasticamente sua ajuda ao
programa de desenvolvimento nuclear do Iraque. A Síria,
Arábia Saudita, Irá e Egito mostram-se apreensivos com a
aparente decisáo tomada pelo Govemo de Bagdá, após o
misterioso ataque aéreo ao reator localizado próximo à
regiáo de Basra, de nào permitir supervisão Internacional,
inclulhdo-se a francesa, de seu programa nuclear.
Segundo noticias que tèm chegado ultimamente em
Jerusalém, o contrato firmado entre a França e o Iraque
para o fornecimento de um reator do tipo Osiris ao segundo
inclui o treinamento de 600 especialistas iraquianos, que
constituirão a equipe de operação e manutenção do sistema.
Trabalhando só com o seu próprio pessoal, o Iraque teria
condições de produzir artefatos atômicos rudimentares, do
tipo Hlroshima, até 1985. Essas bombas poderiam ser lança-
das por aviões Mirage franceses ou Míg soviéticos, assim
como pelos foguetes de longo alcance Scud supridos pela
Uniáo Soviética.
Armamentos
Se os técnicos franceses sào mantidos fora do programa,
é possível que o Govemo Iraquiano se concentre na elabora-
çào de armamentos, e nào na pesquisa pura, pois dispõe de
elementos para isso — pessoal especializado, um reator
sofisticado e quase 100 quilos de urânio enriquecido de alto
teor — afirmam fontes diplomáticas em Jerusalém acres-
centando que a eventual capacidade nuclear lraqulapa não
é temida só por Israel, mas sobretudo por seus vizinhos
árabes.
O programa iraquiano teve inicio em 1968, com a aquisl-
çáo de um pequeno reator soviético, capaz de produzir
apenas entre dois a cinco megawatts. Foi na década passa-
da, entretanto, que o Iraque, já determinado a desempenhar
um papel de liderança na região do Golfo, resolveu contra-
balançar suas estratégias geopollticas aproximando-se do
Ocidente em busca de ajuda tecnológica, sobretudo no
domínio da energia atômica.
Da França, adquiriu o reator Osiris e urânio enriquecido
de alto teor. Quanto aos italianos, eles forneceram ao Iraque
quatro laboratórios avançados para reprocessamento de
combustível Irradiado. Ao mesmo tempo, os iraquianos
obtém Junto ao Brasil urânio e assessoria tecnológica deri-
vada do relativamente novo programa nuclear brasileiro.
O Iraque é signatário, desde 1969, do Tratado de Náo
Proliferação de Armamentos Atômicos e aderiu também ao
acordo que prevê uma supervisão de suas atividades no
dominio nuclear pela Agência Internacional de Energia
Atômica.
Isso, no entender de inúmeros especialistas Israelenses e
ocidentais, não significa muito, tanto que o Iraque já
rejeitou enfaticamente requisições francesas e italianas pa-
ra a execução de controle e supervisão especiais sobre o
reator e os quatro laboratórios de reprocessamento.
 JORNAL DO BRASIL D segundo-feiro, 10/11/80 D 1° Caderno INTERNACIONAL

Anistia Novo Governo americano Eleição de Reagan surpreende árabes Cubanos e

denuncia terá do Congresso mais Noênio Spínola haitianos
Corres pondon te

Uruguai verbas para armamento Moscou — Uma semana atrás,

Caracas — A organização
Anistia Internacional denun-
ciou ontem que o projeto de
Constituição do Uruguai, que
será submetido a plebiscito no
próximo dia 30, constitui
"uma
total falta de respeito aos direi-
tos humanos".
A Anistia criticou, em primei-
ro lugar, os amplos poderes que
o projeto outorga às Forças Ar-
madas e ao Presidente para
"suspender ou restringir
as ga-
rantias individuais", mediante
o estado de emergência, e assi-
nalou a "falta de salvaguardas
correspondentes" que atuas-
sem sobre tais poderes, no sen-
tido de limitar suas atribuições
no que se refere à prisáo de
opositores e à preservação des-
tes contra torturas e outras for-
mas cruéis de tratamento.
TRIBUNAIS CIVIS
De acordo com a organização,
o projeto carece atada de uma
autoridade independente para
examinar e restringir as "ações
arbitrárias e ilegais" que reali-
zem o Executivo ou as Forças
de segurança.
Criticou ainda o uso de tribu-
nais militares para julgar civis e
a legalização constitucional de
decretos-lei Introduzidos a par-
tir de 1973 e que dão "força de
lei" à conduta da Justiça mili-
tar uruguaia. A Anistia propôs
uma reformulação das bases
constitucionais que prevejam
os direitos garantidos dos cida-
dâos. Pediu também que a Jus-
tiça civil ordinária trate dos ca-
sos de presos políticos, relvindi-
cando atada que sejam levados
a um "juiz independente" com
o prazo de no máximo 24 horas
após a detenção.
Comissão acusa
regime uruguaio
Arlette Chabrol
l;.'-. ... Correipondtrrtt
Paris — Ao retomar de uma
missão de investigação no Um-
guai, realizada entre 31 de outu-
bro e 4 de novembro, promovi-
da pela Federação Internacio-
Washington — O Deputado do Partido Democrata,
Joseph Addabo, que preside a Subcomissão da Câmara
para Gastos Militares, admitiu a possibilidade de Ro-
nald Reagan, após a posse, conseguir 20 bilhões adicio-
nais para a defesa, embora, pessoalmente, Addabbo,
seja contrário à idéia. "Espero que não aconteça, mas é
provável que vá ocorrer", disse o Deputado de Nova
Iorque.
Assessores do Presidente eleito deram a entender
que Reagan solicitará essa verba adicional. Segundo a
agência AP, náo será dificil, pois o Congresso já se
encontrava táo predisposto a aumentar o orçamento
militar que aprovou rapidamente o pedido do Presiden-
te Carter, de cinco bilhões de dólares a mais.
Soldos maiores
Depois das eleições, com a saida de muitos liberais e
à entrada de muitos conservadores, o Congresso se
tornará mais maleável a pedidos desta natureza, segun-
do a AP. William Van Clave, assessor do Presidente
eleito, explicou na quinta-feira passada que os 20 bilhões
seriam aplicados para "corrigir deficiências, sobretudo
relativas ao pessoal militar".
A ser aprovada a dotaçáo extra, a cifra de 175
bilhóes de dólares estabelecida por Carter em julho
passado para o ano fiscal de 1981 será aumentada para
195 bilhões.
A previsão, contudo, é de que, embora para Reagan
vá ser fácil conseguir mais verbas, ele fatalmente irá
brigar com o Congresso na hora de decidir para que fins
elas seráo destinadas. Em campanha, Reagan defendeu
o aumento dos soldos e benefícios para os militares.
Os presidentes das comissões envolvidas na questão
Já deram o sinal verde a este respeito, mas sobre outras
propostas de Reagan na área dos gastos militares sua
atitude nào é unifortne.
Programa econômico
será primeira tarefa
Washington — Ronald Reagan deverá dar grande
atençáo ao seu programa econômico, agindo com rapi-
dez para fazer cortes nos gastos federais e também
propor grandes reduções nos impostos, informaram
quarta-feira assessores econômicos do Presidente eleito.
Esperam que sua primeira prioridade seja a elabora-
çào do plano pára grandes reduções dos gastos federais
no orçamento para o ano flscal de 1982, que começa a Io
de outubro.de 1981. Esse orçamento já está sendo
preparado pelo Governo Carter.
Atento às promessas
Alérii disso, a equipe de Reagan pretende pressionar
quando eram atada vagos no horizon-
te os resultados das eleições america-
nas, porta-vozes do Govemo Jordânia-
no disseram que tudo estava sendo
adequadamente articulado para a
realização de uma conferência de
cúpula dos Estados árabes em Amã,
no próximo dia 25. Na média, talvez se
esperasse e até mesmo preferisse mais
quatro anos de Jimmy Carter na Casa
Branca.
Passadas as eleições, os primeiros
pronunciamentos de Ronald Reagan
começaram a repercutir e certamente
já influíram no tom e na substância
da agenda preliminar da conferência,
que deveria ser discutida em nível de
ministros dentro de 10 dias.
Palestinos
Em Moscou, onde o Oriente Médio
é considerado com tanto cuidado
quanto em Washington, cada peça
movida ou cada pronunciamento
substancial instantaneamente provo-
ca reações. Os soviéticos, que além de
um acordo com o Iraque, amortecido
pelas guinadas do Presidente Sad-
dam Hussein, entraram em um enten-
dlmento estreito com a Síria, Já mata-
festaram sua "surpresa" com os pri-
meiros gestos do futuro Presidente
americano para a regiáo.
Segundo um comentário semi-
oficial divulgado aqui, Ronald Rea-
gan considerou a Organização para a
Libertação da Palestina (OLP) como
"terrorista" e sem existência
legal
"nunca foi eleita
porque por nin-
guém". Em uma nota obviamente en-
dereçada aos ouvidos dos palestinos,
aos quais a URSS tem apoiado direta
ou indiretamente, foi dito que "uma
coisa são os pronunciamentos moti-
vados pela luta eleitoral, e outra o que
passa a dizer o futuro Presidente em
um tópico da maior importância para
a política internacional". Assim, o
pronunciamento seria
"francamente
um motivo de temor e desaponta-
mento".
Há quatro anos, quando Jimmy
Carter chegou à Casa Branca, os pa-
lestinos foram também o primeiro
motivo de indagações, criticas e até
de suspeitas sobre a "competência"
do novo Chefe do Governo americano.
Até que ponto — questionou a im-
prensa de Washington na época —
sabia ele o que estava dizendo ao se
referir à necessidade de constituição
de uma "entidade" para os palesti-
nos? Estaria o Governo defendendo
um "Estado" palestino na Cisjordà-
nia, nos territórios ocupados por Is-
rael e considerados pelos judeus como
historicamente parte de sua própria
nação?
Jimmy Carter conviveu da manei-
ra mais errática com a delicada ques-
tão palestina durante os primeiros
anos de Govemo. No inicio do Gover-
no uma tentativa de abordagem dos
problemas do Oriente Médio em co-
mum acordo com a Uniào Soviética
chegou a ser feita, propondo-se a re-
convocação da Conferência de Gene-
bra. As criticas se acumularam, desta
vez não apenas porque o Governo
passou a reconhecer um status aos
palestinos—ao admitir a necessidade
de criação de uma "entidade" para
acomodá-los — como atada porque
Washington, segundo seus críticos,
"introduziu" com suas
próprias mãos
os soviéticos em um Jogo que poderia
supostamente levar sozinho.
As negociações de Camp David
afastaram definitivamente o sistema
de consultas com os soviéticos e limi-
taram os acordos obtidos ao Egito e
Israel. Mais que isso, provocaram
uma profunda reação entre os outros
Estados árabes e um isolamento do
Governo do Presidente Sadat que
continua até hoje, e se refletirá na
margtaalizaçào a que ele será relega-
do se a conferência de cúpula árabe
for mesmo realizada em Amá como se
previa.
A mudança de comando na Casa
Branca nâo mudará os problemas. Ao
contrário, a situaçáo tornou-se mais
complexa que há quatro anos, e po-
tencialmente multo mais explosiva, a
despeito da limitação do conflito en-
tre o Iraque e o Irà dentro das frontei-
ras desses dois países. Terá Ronald
Reagan a possibilidade de "esfriar" a
área, insistindo na estratégia de mar-
gtaalizar os palestinos e tratar dos
problemas por partes, como tentou
Camp David?
Uma passagem pelos paises do
Oriente Médio, rápida que seja, deixa
instantaneamente claro que será mui-
to dificil encontrar soluções globais,
capazes de enquadrar todos os inte-
resses dos países e Governos envolvi-
dos. Os próprios árabes tentaram e
falharam em sucessivos movimentos
de fusão de interesses políticos e eco-
nòmlcos. A unidade árabe para o Ku-
walt, a Arábia Saudita, o próprio Ira-
que, a Jordânia ou a Síria e a Libla
parece muito mais viável em funçào
de ameaças diretas (como no caso das
guerras com Israel ou da busca de um
fortalecimento coletivo para barga-
nhar com os preços do petróleo) que
em tomo de propósitos políticos e
econômicos de longo prazo.
Por sua posição geográfica o Ira-
que e o Egito teriam as melhores
condições de desenvolver pólos de
atração industrial e agricola em redor
dos quais os outros países árabes se
aglutinariam. No entanto, as distân-
cias e os desertos que separam a Me-
sopotâmla do Nilo, ou a nascente eco-
nomia petroquímica da Arábia Saudi-
ta, da Síria e da Libia sugerem que
esses paises continuarão afastados
durante muito tempo, até que encon-
trem caminhos para uma cooperação
semelhante à que se desenvolve na
Comunidade Econômica Européia —
se este pudesse ser tomado como mo-
deio.
As dificuldades com o clima e a
terra pobre — a maior parte desses
países é deserta — contribuem tam-
bém para uma espécie de ceticismo
sobre as possibilidades de sustenta-
çào das economias regionais depois
do ciclo do petróleo, em três ou qua-
tro décadas. Isto é sensível na pressa
com que os projetos sáo implantados
e na sensaçào de corrida contra o
relógio, que muitas vezes nào pode ser
vencida pois os fatores fundamentais
—- educaçáo, ciência e tecnologia —
são atada escassos na área e nào se
colhem de um dia para o outro.
Um pouco, sob esses aspectos, o
petróleo é como o ouro, e as lideran-
ças sào às vezes tentadas a agir sem
grandes compromissos com os desti-
nos de seus próprios países. Assim, a
instabilidade é uma das principais
características da região, marcada
por golpes de estado e regimes que se
sucedem ao sabor de pressões inter-
nas e externas.
dão prejuízo
Tallahassee, EUA. e Fort Allen, Porto
Rico — Além de estarem contribuindo
"intranqüilidade dos
para a cidadãos" da
Flórida, os refugiados cubanos e haitia-
hos chegados nos últimos meses já custa-
ram aos cofres do Estado 6 milhòes 500
mil dólares, "mais do que o Governo
federal prognosticou", e ainda consumi-
ráo até o flm do ano flscal, em setembro
de 81,90 milhões de dólares, segundo
uma comissão especial do Senado esta-
dual, presidida pelo Senador Jack
Gordon.
Paul Lane, funcionário da Casa Bran-
ca que coordena a transferência de refu-
giados haitianos da Flórida para Fort
Allen, em Porto Rico, informou que ela
será suspensa "até novas instruções de
Washington". Na quarta-feira ele havia
anunciado que a transferência de 700
haitianos seria feita amanhã, mas agora
ela foi transferida para data ainda náo
fixada,
Reembolso
No Senado da Flórida, Jack Gordon
afirmou que "a contribuição federal é
claramente Inadequada para fazer frente
às necessidades do grande afluxo de refu-
giados".
Em relatório ao Governador do Esta-
do, Bob Graham, o presidente da comis-
sáo especial que investiga o impacto dos
refugiados cubanos e haitianos no orça-
mento disse que o "pequeno desejo do
Governo federal de identificar e aceitar
plena responsabilidade pela onda recen-
te de refugiados" criou problemas fiscais
para os serviços sociais públicos e provo-
cou "problemas de atitudes" entre as
populações.
O Gabinete do Governador disse que
o relatório será estudado. Fontes esta-
duais informaram que a Flórida já gas-
tou 6 milhões 500 mü dólares com os
refugiados e que gastará mais 90 milhòes
antes do flm do ano fiscal em setembro
de 1981. As contas desses gastos serào
encaminhadas ao Governo federal para
que reembolse o Estado.

Quando este homem

nal dos Direitos Humanos, o
Almirante Alexandre Sangul-
netti, o Deputado Bernard Sta-
si e o Jurista Guy Aurenche
manifestaram ontem seu pessi-
mismo a respeito do caso do
General Liber Seregnl, líder po-
lltico uruguaio há anos preso
sob condições consideradas ile-
gais.
Bernard Stasi, vice-presi-
dente da Assembléia Nacional,
foi categórico: "Nada permite
pensar que a libertação do Ge-
neral Seregnl possa acontecer
em breve." Essa convicção lhe
veio depois de ter encontrado
diversas personalidades — o
Ministro do Exterior, o presi-
dente do Conselho de Estado e
o presidente do Superior Tribu-
nal Militar —, todas elas consi-
derando o prisioneiro como
"traidor da
pátria".
O deputado francês, que se
declarou decidido a mobilizar a
Assembléia Nacional em tomo
do fato, revelou que não conse-
guiu, apesar dos reiterados pé-
didos, visitar a prisáo em que se
encontra Seregnl, presidente
da Frente Ampla nas últimas
eleições uruguaias.
Guy Aurenche, representante
dos juristas católicos da Fran-
ça,' requereu novo julgamento
para Seregnl, desta vez pela
Justiça Militar, como teórica-
mente exige a lei, quando a
condenação excede a três anos.
Seregni foi condenado a 14 anos
de prisáo, em março de 1978.
Responderam-lhe, porém, que,
nas atuais circunstâncias, tal
procedimento nào seria pos-
slvel.
, O Almirante Sanguinetti des-
tacou vários pontos da nova
Constituição uruguaia que lhe
parecem particularmente aten-
tatórios aos direitos do homem.
Náo é possível, por exemplo,
haver anistia para os acusados
de crime de "lesa-naçáo" (é o
caso de Seregnl e da maioria
dos presos políticos uruguaios).
Essa Constituição aboliu o di-
reito de reunláo e dá a um tri-
bunal de controle político, no-
meado pelos militares, plenos
poderes. As Forças Armadas
mantêm o pais sob tutela e as
carteiras de identidade sáo
acompanhadas de informações
sobre as idéias de seus portado-
res. Tais fatos foram severa-
mente julgados pela missáo
francesa.
Chile pode
indenizar
os Letelier
Washington — O advogado
norte-americano Samuel Buffo-
ne, que cuida dos interesses da
família do ex-Embaixador chi-
leno em Washington, Orlando
Letelier, anunciou ontem que
tentará cobrar do Govemo do
General Pinochet a indeniza-
çâo de 2 milhões D00 mil dólares
determinada pela juíza federal
Joyce Green.
Ele revelou que, se for neces-
sário, recorrerá até ao confisco
dos bens do Governo chileno e
da empresa aérea LAN-Chile
nos Estados Unidos. Buffone se
disse calçado pela declaração
feita em campanha e no discur-
so-da vitória pelo Presidente
eleito Ronald Reagan, que pro-
clamou-se contrário ao "teno-
rismo internacional".
AUSÊNCIA
Aparentemente, o Governo
para se fazerem alterações no orçamento de 1981, mas,
como o ano flscal já começou, os assessores do Presiden-
te eleito acham que os cortes serào bem menores do que
a meta de 19 bilhões de dólares que Reagan tinha em
mente em setembro.
Sobre os impostos, os assessores disseram que o
Presidente eleito proporá ao Congresso uma redução de
fez você acreditar no Brasil,
30% em três anos conhecida como Kemp-Roth, um
reajuste permanente das taxas de impostos à inflação, a
começar no quarto ano, e anulações mais rápidas com
vistas ao investimento comercial.
— Tenho todos os motivos para acreditar que ele
nós já acreditávamos nele e neste País.
proporá ao novo Congresso uma legislação fiscal que ¦::.yyy::7'77y:y: 77. yy-.y yyy ;.-;:;;.
refletirá a substância de suas promessas durante a
campanha — disse Alan Greenspan, um dos seus asses-
sores e ex-presidente do Conselho de Assessores Econô- w& jm
micos.
Quanto ao orçamento, "Reagan obviamente tem de
se dedicar ao documento para o ano flscal de 1982 que
será apresentado pelo Presidente Carter ao Congresso",
disse Greenspan, "mas não poderá reformular o orça-
mento inteiro, como Carter não pôde fazer em 1977 com
o orçamento deixado pelo Presidente Ford."
Fazer cortes no orçamento de 1981 "será um pouco
dificil, porque atada não foi sancionado", disse Gaspar aWA:''' Ü9
Weinberg, chefe do grupo de trabalho encarregado do aWaWy" MaaaaaaaaX 'Üfl H
orçamento e ex-diretor do Departamento de Orçamento.
Welnberger salientou que apenas três das 13 propostas
¦
m-
íilli™lllwlli: ¦ ¦ Jf ^P"l|Hv\ a^^^^^M
de despesas para 1981 foram aprovadas pelo Congresso.
No conjunto, a opinião da equipe de Reagan é que o
ex-Governador da Califórnia pretende cumprir os com-
promissos assumidos durante a campanha eleitoral.
ÍíS'*H.» ÍBp - 4. • I
Embora seus pontos de vista fossem moderados, o
programa econômico de Reagan, principalmente o corte
*'
nos impostos, calculado em pelo menos 192 bilhões • HÉl .11 ¦
anualmente até 1985, continua sendo bastante contro-
vertido.
Reagan se defrontará com promessas aparentemen-
te conflitantes, como equilibrar o orçamento em 1982 ou
83, sem cortes nos benefícios da previdência social.
Welnberger disse que Reagan continua firme nesse
propósito. -/A
Embora os cortes nos gastos e impostos devam vir ;;# M\m^ÊÊÊW--?t B
fc. '- JaaaaWW-
Hfl
lÉHI
primeiro, a equipe de Reagan também promete novas
políticas em várias áreas econômicas, como regulamen-
Ií mMmmmmW^
^A\ \À^êmA\
yy.y ?%;•
t&Mu¦¦¦
yyMmm
'¦' *Líj^l# -^k^hH
tação, na qual o candidato republicano prometeu aliviar
o fardo do Governo. ^k \aam mm
A\ ^p^^^yfl
,
A^fmy^Am
:.:.:._:«Hr :JB
Ht
índios querem N. Iorque
de volta e cobram 200 Saudade.
anos de aluguel vencido
JUSCELINO KUBITSCHEK.
Albany — Uma ação judicial dos índios Oneida, que
pedem a devolução de quase seis milhões de acres do
território do Estado de Nova Iorque — quase um quinto de
, todo o território — será ouvida no próximo mès num Juscelino Kubitschek foi bem mais que um presidente.
tribunal federal de Siracusa.
A audiência terá como base a moção de alguns dos réus Foi o brasileiro que acreditou em seu País, estimulando
para que se arquive o processo, mas os argumentos versarão
sobre os méritos das reivindicações dos Índios. Eles dizem
a realização dos sonhos de homens de sua geração
e tornando-se o contemporâneo do futuro.
que o "por
Estado de Nova Iorque tomou sua terra, em 1785 e
1788, coerção, fraude, logro e a mais extrema má fé", e
que ela deve ser devolvida juntamente com o valor de um
Um desses homens foi seu grande amigo
e viveu a força do tempo de JK.
aluguel por quase 200 anos.
História
Seu nome, Augusto Frederico Schmidr. Que se inspirou na
fé do presidente e com o otimismo de um pioneiro criou
Os argumentos no caso, escritos nos sumários legais,
uma das suas mais concretas obras: a Distribuidora
constituem um breve curso de história colonial americana.
Ambos os lados citam os poderes do Governo dos Estados de Comestíveis Disco. A Primeira Rede de Supermercados
Unidos, sob os artigos da Confederação que precedeu a
do Rio. De repente, o poeta se foi e o presidente também.
Constituição. Também se cita o que estabelecem vários
tratados com os índios nos dias imediatamente após a Mas eles deixaram a certeza
Guerra Revolucionária — com diferentes conclusões. de que os bons tempos hão de voltar.
O que está em causa é a posse de um pedaço de terra de
75 quilômetros de largura no Centro de Nova Iorque, da Só para que a memória desse País se lembre mais ainda desse
linha da Pensilvânia até a fronteira do Canadá — uma área
inesquecível brasileiro que assinalou
do tamanho do Estado de Massachusetts. Pelo menos 60 mil
proprietários, muitas corporações, 12 municípios, as cidades o despertar de um grande País.
de Btaghamton, Norwich e Watertown. além do próprio
Estado de Nova Iorque, serão afetados pela decisão.
A açáo faz parte de uma dúzia de outras semelhantes à
espera de decisão em todos os Estados Unidos. Algumas das
reivindicações foram aceitas, dando origem a acordos subs-
tanciais. Por exemplo, o Presidente Jimmy Carter assinou
uma lei no més passado dando 527 milhões de dólares aos
índios do Maine.
Quatro grupos
Em Nova Iorque, três grandes reivindicações de índios,
além da ação dos Oneida. encontram-se em vários estágios
de soluçáo. Mas esta última minimizou os demais em aammmmaammmaa^ -^—— J

do General Augusto Pinochet amplitude, complexidade e divisão interna. Quatro grupos

vai-se eximir de responsabilida-
des no caso, já que sequer en-
viou representantes ao julga-
mento. que teve o veredicto na
quarta-feira, em Washington.
A juíza Joyce Green culpou o
Governo chileno como prinei-
pai responsável na conspiração
que matou Letelier e sua secre-
tária norte-americana Ronnie
Moffltt. E exigiu o pagamento
de uma indenização total de 4
milhões 900 mil às duas fami-
lias.
diferentes de índios Oneida se dizem sucessores da naçáo
Oneida que ocupava o centro de Nova Iorque quando as
transações se efetuaram.
A ação foi iniciada por dois grupos, a Nação Oneida de
Wisconsta e os Oneida do Conselho de Thames Band, no
Canadá. Um terceiro grupo, a Naçáo índia Oneida de Nova
Iorque, entrou com uma açáo separada, mas as duas se
combinaram para a audiência pendente. Um quarto grupo, Prata de tei,
a Naçáo Oneida, composta de índios tradicionalistas, pediu 25 Estrelas de Sucesso.
permissão ao Tribunal para entrar no caso no mês passado.
Eles fazem parte da Confederação Troquesa. de seis
nações, que consiste das Onondaga, Nohawk, Tuscarora,
Seneca e Cayuga, além dos Oneida. A confederação ocupava
outrora quase todo o Estado de Nova Iorque. po»
 JORNAL DO BRASIL
Vice-Presidente Executivo: M. F. do Nascimento Brito
Editor: Walter Fontoura
Ética e Sociedade
Um simpósio sobre Ética realizado na
Universidade Gama Filho com a participação
de alguns pensadores ilustres deste e de
outros países forneceu algumas boas indica-
ções sobre as complexidades e profundidades
do atual momento brasileiro.
O simpósio deteve-se, entre diversos te-
mas, na Ética Social — entendida como uma
forma de racionalizar e viver democrática-
mente valores como a justiça social e outros.
Essa ética tomou um desenvolvimento
característico nos países de formação protes-
tante. No caso brasileiro, é sabido que o
Estado e a Igreja desembarcaram aqui antes
que houvesse uma sociedade digna deste
nome. Os valores morais e sociais pareciam,
então, sempre identificados com as normas e
ditames que emanavam das duas grandes
instituições — e não se desenvolveu aquela
"consciência
ética que é uma forma de
ciai", começando a nascer, em vez disso, uma
forma peculiar de comodismo que Mário de
Andrade ilustrou no Macunaíma.
— Barretto — "a existência de uma maioria
No que poderia ser um tripé Estado,
Igreja, Sociedade — havia apenas duas par-
tes, e às vezes tem-se a impressão de que
ainda há apenas duas.
Uma "ética social", entretanto, que fos-
se como uma racionalização de valores tradi-
cionais e universais — e que empenhasse
— é algo de
própria sociedade nesses valores
que o país necessita com urgência. Com o
ritmo que tomou o seu crescimento, o BrasU
não pode adiar indefinidamente a entrada na
"idade da razão", substitua o Em nome dessa independência, o Papa João
que puro
instintivismo, a intuição e a paixão.
A tensão que se permitiu vir à tona entre
Igreja e Estado é um bom exemplo dessa
necessidade. Do modo como a questão é às ( dència faz com que muitos católicos (e alguns
vezes colocada, ela parece remeter-nos a
formas arcaicas de convivência social.
Que o Brasil é um país visceralmente
catóüco ficou amplamente demonstrado com
a recente passagem pelo nosso território do
Papa João Paulo II. Nem por isto a idéia de
justiça social deveria ser confundida com
uma simples emanação das doutrinas da
Igreja sobre a vida comunitária — to religioso e pensamento secular do que em
pois em
nosso país há quem seja protestante, umban-
dista, espírita, marxista. Como ficam estes
cidadãos — que são tão cidadãos quanto os
— diante das afirmações insistentes de
outros
"crise" entre a Igreja Católica e
que há uma
o Estado brasileiro?
"A moral no Ocidente" — observava no
simpósio da Gama Filho o professor Vicente
"está
Barretto — visceralmente associada ao
cristianismo" (pois sobre o cristianismo er-
"Os ensinamen-
gueu-se a nossa civilização).
tos morais foram preservados, sobretudo, em
sua forma religiosa. Um dos traços caracte-
rísticos da época moderna, entretanto, con-
siste precisamente no empenho, coroado
êxito, em dissociar moral e religião."
Pierre Bayle, autor do famoso Dicioná-
rio Histórko-Crítico (1697), dizia que
gião e moralidade, longe de serem indissolú-
veis, são independentes: pode-se ser religioso
sem ser moral; pode-se ser moral sem ser
religioso. Um ateu que vive virtuosamente
não é um monstro da natureza".
Essa noção, combatida a princípio (e o
próprio Bayle foi vítima de intolerância),
firmou-se na Europa a um preço muito alto:
as terríveis guerras religiosas. A multiplicida-
de de credos exigia a dissociação entre fato-
res éticos e religiosos.
A tolerância religiosa tornou-se conquis-
ta irreversível da nossa civilização. E na sua
esteira surgiu o Estado de Direito, o Estado
"Com
representativo. efeito" — observa o
Barretto — "sem o reconhecimento
professor
da diversidade de interesses e de sua legitimi-
dade, não teria sido possível preservar, em
bases estáveis, a convivência social."
Ao Estado moderno corresponde tam-
bém o Direito positivo, desligado de qualquer
conotação transcendente. De 1500 para cá,
no Ocidente, reconheceu-se que a admissão,
•\ielo Direito, de um determinado sistema de
ética "transcendente" implicaria a elimina-
rp / • proteger o latifúndio e emboscar os Seve-
1 opico
Direito Humano
Já estáo abertos a novos conceitos
médicos de tratamento de doentes
mentais os três hospitais do Ministério
da Saúde no Rio. Novos diretores do
Juliano Moreira, do Pinei e do Centro
Psiquiátrico Pedro II testemunham,
em palavras e atos, uma atitude da
maior atualidade científica e também
de sensibilidade humana. Os hospitais
psiquiátricos da Divisão Nacional de
Saúde Mental abrem-se para a socie-
dade e as famílias de onde provém
seus pacientes.
Antes de mais nada, não está em
causa uma discussão científica, mas
uma visão humana dos doentes, que
um preconceito segregava ao convívio
da sociedade. Era a mais cruel confls-
sáo de malogro científico. E, ao mesmo
Rio de Janeiro, 10 de novembro de 1980
Chico
Diretora-Presidente: Condessa Pereira Carneiro Diretor: Bernard da Costa Campos
Diretor: Lywal Salles
"O
ção das demais. pluralismo de convicções
existente em quase todas as sociedades oci-
dentais" — (fiz ainda Vicente Barretto —
"mostra
que a realização dos fins do Direito
supõe o reconhecimento da tolerância religio-
sa e ideológica, pois o contrário levaria a um
idealismo radical que redundaria, na prática
social, em um fracasso do Direito e da
Moral." Otto von Gierke considerou "a con-
fusão fundamental de preceitos jurídicos e
mandatos superiores uma etapa de desenvol-
vimento superada pelo mundo moderno".
Apontando o Estado de Direito como a
melhor forma de garantir a realização de
valores morais na sociedade, Jacques Mari-
tain, em O Homem e o Estado, assinalou que
"a democracia é a única maneira de alcançar
uma racionalização moral da política".
Princípio que não é difícil justificar: só
na democracia podem convergir os interesses
so-
dos grupos e até dos indivíduos com um
mínimo de representatividade.
Isto é — para citar ainda o professor
Cartas
rinos. E seu dever nâo permitir que "pi- para pensar; tirar conclusões apressadas
Cooperativismo sem sobre nossas mais caras tradições." só nos levará a caminhos diversos daque-
católica não elimina a necessidade do estabe- Estou novamente clamando contra a E está certo, para isso foi eleito (nào le que nos conduzirá ao âmago da verda-
de das coisas. Houve muitos erros no
lecimento de regras passíveis de serem aceitas indiferença e descaso a que foram relega- sei a como estava a cotação do voto
dos interesses de centenas de participan- severino), e é sabido e mais que tradlcio- episódio aparentemente simples do pa-
igualmente pela minoria". tes das cooperativas de eletrificação ru- nal — é famosa a minoria explorando a dre Miracapillo. Errou a CNBB, erraram
maioria esmagadora dos severinos, nor- os representantes do clero brasileiro e
E estas regras só podem ser introduzidas ral em Minas Gerais. Perdendo gradati- errou verdadeiramente e seriamente o
vãmente suas características (por Inca- destinos, sulistas, nortistas, brasileiros,
um Estado laico. De outra forma, criam- que hão de esmagar durante as eleições sacerdote italiano. Uma coisa ê a ação
por pacidade técnica, financeira, administra- pastoral altamente meritória do padre
tiva, náo importa como) váo elas se (se houver), mostrando que um Partido
a se resistências, já que não existe relação transformando em lndisfarçávels escrito- que apoia um Severino que é contra os Vito. È inegável e Irrefutável. Outra coisa
é a declaração Irresponsável, inverídlca
direta entre o espírito religioso e o espírito da rios de cobrança da Cemig. Vejamos o Severinos, não serve para um severino
exemplo da Cerube — Cooperativa de votar em sua sigla. Severinos são man- de um estrangeiro — seja ele quem for —
nossa época. relativamente a uma data — um fato, um
"mun- Eletrificação Rural de Betlm Ltda., de sos, humildes e Ingênuos, esse é subversl-
vo, que se vende barato e, procura pro- grande fato, relacionado com a história
Essa distinção entre a Igreja e o que sou associado. Vendeu suas linhas de
moção vendendo a preço alto, a preço de de nosso querido Brasil. Admito até que
transmissão à Cemig, transação na qual o padre Vito — em seu Intimo — tivesse,
do" não é apenas um dado dos Evangelhos. — diga-se de passagem — o preço pago inflação muitos Irmáos severinos, lnclusi-
ve o Vito que. para o nordestino é Severi- os seus motivos para nào querer rezar a
correspondeu à igual quantidade de missa no dia ou pelo dia da Independèn-
ações ao valor nominal de Cr$ 1 contra 60 no. ô Severino: nordestino é forte e tem
Paulo II acaba de traçar uma Unha divisória dignidade e caráter. Sáo pobres mas não cia. Mas, por respeito a todos os brasilei-
centavos equivalentes à cotação em Boi-
sáo vilões... Troca de nome ôme! ros — que ele nào é — nunca deveria ter
entre o pensamento da Igreja e pensadores sa. De cooperativa sobrou o nome, dire- dito o que disse e multo menos ter ratlfl-
toria remunerada e o complexo adminis- Não creio na justiça dos homens, mas
cado sua declaração — por escrito.
como Marx e Freud. Essa mesma indepen- trativo. Qual o seu desempenho? Datilo- na de Deus, os 11 que corajosamente ou
A negação do padre Vito ao Govemo
grafar as contas mensais de luz—servin- covardemente julgaram o Vito — severi-
do pais surtiu efeito — como nào podia
do-se de listagem de mediçáo ehtregue no de Ribeirão, a mando de Severino do
PDS e outros, hão de ser julgados, por deixar de ser. Foi negaça — repito — ou
eclesiásticos) recebam com restrições os ensi- pela Cemig—remetè-las aos cooperados, suas consciências (se tiverem) e por uma ignorância histórica. Um momento lnfe-
namentos de uma encíclica como a Humanae acresciuas de uma taxa de administra- llz na vida tào nobre e positiva deste
ção de Cr$ 70. justiça da qual nào podem fugir (como missionário cristáo. A data da Indepen-
Vitae. Esses católicos gostariam de resolver Estruturalmente desfeitas, a que se Salomão, o prefeito) é a infalível justiça
dència é grata a todos os brasileiros
prestam, afinal, cooperativas tipo Ce- de Deus! E tu, querido Vito, severino de
deste país. Nada tem a ver com a Revolu-
esses problemas simplesmente levando adian-
"modernização" rube e assemelhadas? Aonde anda o Ribeirão, que partes hoje, levando um
ção de 64, com o Govemo Geisel ou com
te a da Igreja — caminho INCRA nessa contrafação do sistema pedaço do nosso país (onde a anistia é o Presidente Figueiredo e seus Ministros.
cooperativista? Se é preciso manter; as ampla, geral e Irrestrita) no teu coraçáo,
Esta data comemora a libertação do po-
que parecia inesgotável nos dias do aggiorna- aparências, fazer funcionar um sistema fica a nossa gratidão por tudo que deste
aos nossos irmáos. E no dia do grande vo brasileiro de todo e qualquer Jugo
mento. O Papa reinante, entretanto, está (?) em cujas raízes intrometem-se inson- estrangeiro. Nada tem a ver com>maior
dávels Interesses Jurídlco-lnstituclonals- julgamento verão quem é o joio e o trigo, ou menor liberdade, miséria ou sofrlmen-
menos preocupado em identificar pensamen- financeiros (O BID — Banco Interameri- ou se quiser o feijão e a soja, e tu hás de
brilhar como o sol que queima a pele tp do povo devido a ingerências internas
cano de Desenvolvimento é parte) então deste ou daquele Govemo. Que a CNBB
curtida do sofrido povo severino. Meu
' estabelecer a identidade da Igreja, o seu que se elimine pelo menos a famigerada
taxa de administração. Permaneça o abraço forte como um sertanejo cheio de defenda o padre Vito no que diz respeito
calor como os dias de seca e úmido de à sua catequese, ao seu trabalho de pas-
carisma, o que a torna o "sal da terra", na cooperativismo de fachada, mas sem eus-
tos adicionais de legalidade duvidosa. lágrimas, iguais às que muitas vistes tor junto ao povo que sofre — tudo bem!
daqueles que nào tèm o que comer... Vai Mas apoiá-lo em sua infeliz atitude com
tão bela palavra do Evangelho. José de Paula Leite — Belo Horizonte relaçào à data da Independência, isto
(MG). em paz, pois ficas em nossos corações!
náo! Isto é provocação — no minimo.
A Igreja e o mundo não são idênticos. No Marlene Leite Vasconcelos — Rio de
Janeiro. Acho que o Govemo náo teve outra
caso brasüeiro, esta Igreja demonstrou a escolha. Nào vamos confundir as coisas.
Severino camuflado Ele nào está sendo expulso por ser padre
força extraordinária de que dispõe na nossa Insegurança ou pelo seu trabalho Junto ao povo sofri-
dinâmica social. Mas esta força impüca uma Meu Deus, meu Deus! Em mãos de do do Interior de Pernambuco. Mas pelo
quem está nosso pobre e escravizado Onde vamos que disse e escreveu e assinou — sendo
responsabüidade especialíssima. A Igreja não pais? Miserável, incompreendido, expio- parar? Estamos um estrangeiro. A lei foi aplicada. Flm
rado e sofrido Nordeste, por que teu povo todos aterrori- Quanto aos políticos que se solidariza-
pode ter a ilusão de dispensar ou ignorar o subjugado ainda vota nestes demônios? zados com as ram com o padre Vito, evidentemente
Estado laico; isto alimentaria, pela dialética — Digam Nego! Como disse bravamente condições de com fins eleltorelros, fica a lição. Tudo
"coisas do mundo", a João Pessoa a estes abutres que aplau- Insegurança em tem limite. A Igreja perdeu uma excelen-
que está presente nas que vivemos. te oportunidade de mostrar a todos o seu
dem o Doca Street, que encobrem o caso
Os assaltos amadurecimento político, recriminando
rápida aparição de um anticlericalismo de Maluf, que desejam o aborto, que aborta-
ram o padre Vito, da pátria mãe. Igual, com caracteris- o estrangeiro que agrediu impensada-
que o país já se tinha livrado na virada do entre tantos, no nome Severino Cavai- ticas de violèn- mente (?) o povo brasileiro e defendendo
século. canti! Que incoerência do destino... Seve- cia tornam-se seu fllho em sua missáo apostólica. Uma
rino é nome de pobre, de canavieiro, de cada vez mais liçáo tirada de um episódio muito triste
de A missão social da Igreja foi exposta sertanejo! Aparece um de politiqueiro?! freqüentes. A policia é hoje exatamente a que nos deixa multo apreensivos. Paulo
Como disse o ilustre poeta brasileiro negação do que dela se poderia esperar e Roberto Campos Cardoso de Oliveira —
cristalinamente pelo próprio Papa em sua João Cabral de Melo Neto, "Somos todos só um débil mental nào vè isso ou se Rio de Janeiro.
passagem pelo Brasil. Mas o Papa não permi- Severinos iguais em tudo na vida: na deixa sensibilizar com propagandas de
mesma cabeça grande que a custo é que televisão para reabilitação moral da PM,
"reli- tiu que essa missão fosse dissociada da missão se equilibra, sobre as pernas finas e Isto é, além de serem, na melhor das Tapeçaria
hipóteses, inoperantes, ainda gastam o
espiritual. iguais também porque o sangue que usa- Na entrevista que o tapeceiro Parodi
mos tem pouca tinta..." "Somos todos dinheiro dos nossos impostos com propa- deu à repórter Almée Louchard na Revis-
Por mais que a Igreja disponha, hoje, Severinos iguais em tudo e na sina: mor- ganda inútil. Mas o problema nem está ta do Domingo, dia 2/11/80, houve uma
remos de morte igual... que é a morte de realmente aí, responsabilizar a falta de referência ao Artesanato Guanabara,
neste país, de uma extraordinária presença, que se morre de velhice antes dos 30, de policiamento pelas nossas condições de
Insegurança é uma inversão que até Inte- que dirijo. Como a desinformação sobre o
é difícil imaginar que a sua ação possa ir além emboscada antes dos 20 e de fome um assunto é freqüente, gostaria de prestar
"nova cate- pouco por dia..." Esse não ê Severino!!! ressa a alguns. Se a questão fosse essa algumas informações a respeito. As tape-
de uma impregnação, de uma Que me perdoe o poeta, se colocou todos bastaria colocar o Exército nas ruas e çarias do Parodi sâo feitas, há seis anos,
os Severinos iguais, havia um camuflado, estaria resolvido o problema, mas nós pelo Artesanato Guanabara. Com exce-
quese". que espero tenha a mesma sina, já que ê perguntamos: e a miséria, a fome, a vio-
Severino, e como Severino deve ter a lència gerada pelas condições desuma- çâo das de Bia Vasconcellos e de Maria
Não basta que a Igreja levante a bandei- Klkoler, a execução das tapeçarias do
mesma sina de todos os Severinos, ou nas de sobrevida da maioria dos brasilei- Artesanato Guanabara é o resultado do
ra dos oprimidos: ela tem de atingir também já que os Severinos morrem de tra- ros, o Exército pode resolver? trabalho das bordadelras e do meu, e sào
os outros setores da sociedade, sob pena de alhar onde o céu esqueceu de chorar,
Eior Saibam os responsáveis pela manu- de minha Inteira responsabilidade. O ar-
morrem de miséria, que esse Severino tenção desse profundo estado de injusti- tista entrega o seu cartão e depois de
abandonar setores inteiros do seu rebanho, e morra de riqueza, de indigestão pela sa- ça social que isto tem um preço que fica pronto limita a sua colaboração a um ou
trabalhar apenas no sentido da luta de tisfação. Todos os Severinos morrem pe- mais caro a cada dia que passa. Dia outro retoque, que Julgue indispensável.
Ia injustiça cometida contra eles, que o 29/10/1980 — Um menino de 16 anos foi A tapeçaria, como a fazemos, não é cópia
classes. Severino camuflado morra pela injustiça preso na porta do seu colégio munido de ou fotografia do cartão, mas um trabalho
cometida contra um protetor de Severi- documentos e jogado numa cela da dele- de interpretação sério e comprometido,
Tem também a missão — na própria nos, chamado Vito. Que não é nordesti- gacia onde estavam meninos que já são que entendo não deva ser omitido. Maria
medid?. da sua influência — de trabalhar no, não tem cabeça grande, mas sabe fruto das injustiças sociais de que falei. Angela Almeida Magalhães — Rio de
amar aqueles que em tudo sào diferentes Estes foram violentos porque violenta é a Janeiro.
pelo aperfeiçoamento do Estado democráti- dele. sociedade para com eles e assassinaram
co. Pois é nesse aperfeiçoamento que reside a Aqueles que admiram o Duque de
Caxias façam como ele e clamem "Os
a socos e pontapés o estudante. Na dele- As cartas serão selecionadas para publicação
gacia ninguém acudiu aos gritos do me- no todo ou em porte enlre as que tiverem
esperança da nossa evolução social. Sem que forem brasileiros que me sigam!" Eu nino porque há uma grande diferença
assinatura, nome completo e legível e endere-
porém diria os que amam o Brasil, os que entre zelar pela segurança dos cidadãos e
instituições livres e respeitadas, as reivindi- forem nordestinos de nascimento ou co- promover a repressão pura e simples. ço que permita confirmação prévia.
cações deste ou daquele grupo perdem-se no ração que gritem tão alto quanto seus Episódios desoladores como este váo se
pulmões desnutridos (porque usamos repetir multas vezes enquanto os gover-
alarido geral. Passa a vigorar a lei do mais
forte. Quem era oprimido pode passar tran-
pouca tinta) tão alto quanto puderem
fora — Severino Cavalcanti!, és estran-
nantes deste país não enfrentarem com
seriedade a situação de miséria em que Correção:
geiro em nosso país, és indesejado no vive a maior parte desse povo que vai A chamada do Caderno Especial
qüilamente a opressor; mas na maior parte rino. E pense
mereces nem o nome Seve-
Nordeste, não "Severino":
há sempre um
morrendo lenta ou abruptamente, de- na primeira página do JORNAL DO
dos casos, os oprimidos trocam apenas de pendendo apenas do seu grau de passivi- BRASIL de domingo, 9 de novembro,
dia atrás do outro, com uma noite no dade. Maria Célia Vallejo Mendes — Rio contém um erro: o legista Harry Shibata
suserano. Passam a trabalhar para o Estado meio (para pensar já que agora não podes de Janeiro. náo foi punido pelo CRM-SP por seu
dormir — ateu!) Partiu o protetor dos
totalitário. Severinos, temos que expulsar o explora-
laudo de Vladimir Herzog, mas sim por
seu laudo sobre as condições do ex-
dor dos Severinos — um Severino, que Provocação Deputado Marco Antônio Coelho, como
precisa de votos Severinos... Que agora, consta da reportagem.
eleito e satisfeito, cumpriu o dever, de Há situações e momentos na vida do
pais em que todos nós devemos parar
tempo, da crueldade de práticas puni- Mesmo porque sáo muitos os que ali se
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EFE.
cledade e às suas famílias — explicam "da conquista no plano dos direitos
«uma
os novos diretores — será gradual. pessoa.

Vigas econômicas ou
ripas financeiras >"
tempos em tem-
pos, a humanidade
DEmergulha na amné-
sia. É a volta à estaca zero do
convívio social, pois o esque-
cimento dos mais elementa-
res princípios de sobrevlvèn-
cia nos reconfronta então
com problemas de há multo
resolvidos — ao menos basi-
camente.
Estamos em uma dessasre-
gressões periódicas, nas
quais a experiência resultan-
te da cristalização de usos e
costumes milenares é substi-
tuida por uma infinidade de
improvisações medíocres. Pa-
ra reencontrar a essência das
coisas, impõe-se redescobrir
que apenas duas regras são
verdadeiramente ftindamen-
tais à existência e sobrevi-
vencia social: as que prote-
gem a vida e a propriedade—
independente de idade ou ta-
manho. Muito mais antigas
que os Dez Mandamentos,
sào elas obviamente tão re-
motas como a própria vida
comunitária, cujo Inicio seria
mesmo tacogitável na sua au-
séncia.
Estivesse-
mos apenas às
voltas com um
lapso de me-
mória, mais
não precisaria
ser dito. Mas
este não é o ca-
so. Imagine-se
portanto a tra-
jetória de uma
comunidade
Incipiente, de
cinco mem-
bros por exem-
pio, em sua
tentativa de
organizar-se
sem a presen- ;'¦' ¦¦'.¦,.¦, v ..
ça dessas re-
gras. Se o des-
respeito à vida
não configurasse ofensa, o
primeiro (ou qualquer outro)
teria carta branca para matar
os demais. Ora, logo o truci-
dador estaria só — e a socie-
dade extinta.
Veja-se agora o comporta-
mento dessa comunidade na
ausência do respeito à pro-
priedade — tendo em mente
que um dos seus membros
permanece na caverna, como
cozinheiro e vigia de mantl-
mentos e pertences, enquan-
to os outros trabalham no
campo para assegurar o sus-
tento da coletividade. Se, ao
invés de ilícito, o furto fosse
ato sem represálias a temer, o
que obstaria o vigia de sumir
com tudo que pudesse carre-
gar? E depois disso, quem
mais iria querer ausentar-se
para plantar e colher? Nin-
guém? Então, a menos que se
dispersassem, os remanes-
eentes morreriam de fome.
Em qualquer caso, a comuni-
dade deixaria de existir.
Disso conclui-se que ditos
princípios transcendem o âm-
bito geralmente atribuído à
ética, por condicionarem a
própria existência e sobrevi-
vencia da sociedade.
No plano internacional
acostumamo-nos, com peri-
gosa freqüência, a descartar
essas regras elementares.
Não obstante, cabe ressalvar
que isso diz respeito maior a
períodos beligerantes, e por-
tanto a atos restritos e excep-
cionais. De uns tempos para
cá, porém, imaginamos que
seria possível viver tão bem
ou até melhor sem a incômo-
da presença da segunda — de
hábito referida como o 7o
Mandamento — não só alhu-
res e temporariamente, mas
também em casa e para sem-
pre. Eis a causa primária de
problemas que alguns que-
rem insolúvels. O resto sâo
manifestações secundárias,
às quais a reação em cadeia
imprime amiúde o rótulo de
"origem". E,
quando lucrati-
vo, elas passam a ser vendi-
das como peças originais.
Do ângulo econômico, cum-
pre notar que o capital de
risco é fator essencial e inse-
parável do sistema que re-
pousa no tripé: liberdade, ris-
co e lucro — onde os recursos
provém da livre escolha entre
poupar ou consumir, e náo da
imposição estatal. Isso é im-
portante, pois aqui está o ber-
ço de nossas vicissitudes de
longo alcance.
Estas começaram quando
alguém descobriu que um ti-
tulo de propriedade é desti-
tuído de qualquer valor — se,
por tajunçôes ou cláusulas
capeiosas, seus direitos náo
podem ser exercidos. A se-
guir, alguns acionistas con-
troladores incorporaram tal
princípio ao vigamento estru-
tural do livre capitalismo: a
formação de capital. Para
tanto, introduziram os neces-
sários expedientes nas leis
que regem as sociedades anò-
nimas. O plural se impõe,
pois esse atentado ao direito
de propriedade foi tão univer-
sal como o são suas conse-
qüèncias. Neste particular, o
bloco comunista só destoa
dos demais por haver optado
pela expropriação súbita e
nào dissimulada.
Q$ primeiros frutos dessa
proeza apareceram em 1929
— o ano da grande colheita...
e do canto do cisne. Daí por
diante, o homem da rua co-
meçou a compreender que o
OPINIÃO — 11
Receita democrática de
Washington para a Bolívia
Gérard Haentzschel Fernando Valdivia
The New Yorlt TiiMt
investimento em atividades presários mas não passam de
produtivas fora virtualmente prepostos. E isso, até segun- 1977, a bem-lnten- mas, alarmou Washington naquela não existe na maioria dos países da mas de uma democracia do tipo
proibido. Imprensado entre da ordem. cionada politica exterior época, por causa de suas tendên- América Latina. norte-americano.
as nâo-opçóes de ser espolia- DESDE dos Estados Unidos tem cias socialistas; Milton Eisenhower Depois de duas eleições boiivia- A oposição militar aos partidos
do pelos artifícios fraudulen- ciaiEmdo resumo, o aspecto cru-
capital de risco foi tão procurado a volta da democracia à sabiamente aconselhou os Estados nas inconclusivas, em 1978 e em resultantes do movimento, como o
tos do capital de risco, ou de bem camuflado Bolívia, onde os militares ocupa- Unidos a apoiarem economicamen- 1979, o Partido da Unidade Popular Partido da Unidade, constitui o as-
nem mes-
perder suas economias no mo aqueles que que atada se ocu- ram o govemo entre 1964 e 1979. te o Movimento, escrevendo: "É e Democrática, em 1980, surgiu co-
sorvedouro dos juros negati- pecto mais irônico da moderna po-
em retocar-lhe os disfar- Este esforço foi comprometido pelo prejudicial a nosso próprio pais, e
vos que a inelutável inflação pam devastadoramente daninho para
mo a coalizão mais representativa. litica boliviana, pois os militares
subseqüente veio a acarretar, ces conseguem reconhecer
suas feições originais—quan-
golpe militar do dia 17 de julho
nós em toda América Latina, classi-
Depois de 1978, conquistou grande devem seu crescimento como um
consumir como nun- deste ano, que impediu a posse do apoio, especialmente entre a gran- corpo socialmente integraüvo ao
preferiu
ca — ou refugiar-se no íngre- to mais sua insubstituível
real função. Sus- presidente eleito Heman Siles Sua- flcar maliciosamente como "comu- de classe trabalhadora, que consti- Movimento, que apoiou a elevação
me porém último reduto da tentáculo sociedade livre,
de
a
zo. Protestando contra este golpe, nista" qualqueresfõrço internopá- tui talvez 75% de uma população de das classes sociais mais baixas aos
especulação. qualquer Washington suspendeu sua ajuda ra a obtenção de reformas em bene- 5,2 milhões de habitantes. O cresci-
postos militares mais elevados. A
Ato continuo sobreveio o formação de capital de risco
econômica ao país e chamou seu ficio das massas... Não devemos mento da participação dos eleitores ditadura, não contando com o
fatal efeito de bumerangue: ultrapassa de longe o âmbito
econômico. Mas de tal manei- embaixador de volta. confundir cada medida socializante na vida do pais subiu de 105.000 em apoio popular, terá que desviar
privado dos seus esteios, o ra alteraram-lhe o semblante, com o marxismo, a reforma agrária 1947 para dois milhões em junho
livre capitalismo entrou em Desde 1943, os Estados Unidos com o comunismo ou até mesmo o mais recursos para o orçamento
colapso. Nos EUA, país mode- que nem mesmo Keynes ati- último, demonstrando uma amplia- militar, minando assim a institui-
vinham encarando os movimentos antiamericanismo com o pró-
lo da livre iniciativa, sua nou com sua importância es- sociais progressistas da Bolívia cc- sovletismo". Washington passou a ção da consciência de uma identi- çào das reformas que diz defender.
substituição começou com o trutural. E isso já é alguma cooperar, e apesar de sua ajuda ser dade nacional. Contudo uma demo-
mo comunistas, uma percepção cracia nos moldes norte- Até mesmo entre a velha aristo-
New Deal, Este introduziu o coisa, se ainda levarmos em que tem distorcido sua política em benéfica de multas formas, parte cracia e a acomodada classe
sistema ersatz do Welfare conta a extrema familiarida- dela, mal dirigida, serviu para mi- americanos ainda não pode fünclc-
State. Quem se lembrar das de do mestre com os aspectos relação a La Paz. Washington vinha nar na Bolívia. Washington deveria média cresceu a convicçáq de que,
achando que os partidos comunis- nar os esforços do movimento para reconhecer que é possível apenas se as reformas não surgirem de den-
filas da sopa em Wall Street, especulativos — embora defi- implementar as reformas.
ou dos seis milhões de desem- nitivamente superficiais—do tas bolivianos (o de linha soviética uma aproximação de democracia, tro, seráo importadas de fora.
e o de linha chinesa) são bem orga- A politica de Washington para a
pregados da Alemanha pré- capital acionário. América Latina tem promovido in- sendo que sua alternativa seria, No ostracismo mundial por cau-
nazista, saberá compreender nizados e contam com amplo apoio inevitavelmente, um totalitarismo sa de sua corrupção e brutalidade,
popular. Contudo, Ernesto
"Che" termitentemente o modelo norte-
que, tanto esses fenômenos Não é de' admirar direitista. os ditadores estáo procurando legi-
sociais quanto as penetrantes que o edifício portanto sócio- Guevara, e sua expedição de 1967, americano de democracia, inclusi-
tlmar sua usurpação do poder. O
alterações políticas que en- econômico esteja caindo. Isso destinada a derrubar o governo, ve sua base econômica suposta- Se os militares tivessem respei-
salaram corrigi-los de vez, fo- era fatal, pois suas dimensões mente indispensável: o sistema de tado o resultado das eleições, Siles feto de Washington ter suspendido
fracassaram por causa do pequeno toda ajuda ao pais, sua oposição ao
ram conseqüências dessa cresceram de forma explosl- apoio que receberam dos dois parti- livre empresa — um sistema que Suazo, um determinado reformador
va, ao passo que o vigamento nos Estados Unidos contém certos idealista que chefia o Partido da regime, e seu apoio a Siles Suazo
dos — que eram e permanecem sào medidas cruciais na aplicação
de suporte ficou praticamen- sendo uma minoritária elite Intelec-' elementos socialistas. Os desequilí- Unidade Popular e Democrática e
te inalterado. Aqui cabe a brios econômicos na maioria dos foi um dos principais líderes da de pressões a favor da Justiça so-
tual distante das classes trabalha- ciai. Os Estados Unidos precisam
pergunta: qual a razão dessa doras. Além do mais, a nacionaliza- países latino-americanos distorcem revolução social de 1952, teria feito
escassez de vigas — ou capi- suas democracias, transformando- todo o possível para implementar ajudar a promover as mudanças
tal? A resposta é simples: a ção das minas de estanho em 1952 e
as em regimes autoritários, se náo as reformas já aprovadas em lei. que iráo salvar as vidas dos boiivia-
manobra ardilosa acarretou a a reforma agrária decretada em ditatoriais; regimes através dos Teria permitido o pluralismo parti- nos de classes mais baixas que,
cabal distorção do mercado. 1953 contribuíram multo para esva-
quais as classes dominantes se per- dário, mas, ante uma possível subnutridos e brutalizados, pere-
E como ninguém se dispunha ziar o apelo de Guevara a favor da cem cedo no duro solo dos Andes.
a vender peças de 6" x 9" ao petuam no poder. Portanto, tal su- ameaça de intervenção militar, te-
justiça social. perfleie democrática não garante a ria sido obrigado a restringir certas
preço de caibros e ripas, toda Ferrando Valdivia i o petudAnimod» um boliviano
matéria-prima (ou recursos Ironicamente, o Movimento Na- justiça social, pois o sistema de liberdades enquanto ainda prosse- qu« pediu nio ur identificado, para proteção d*
disponíveis) acabou sendo re- clonalista Revolucionário, o parti- forças em equilíbrio institucional!- guiria na busca da justiça social. lua lamilia, qut ainda •• encontro em território
duzlda a essas modalidades do que em 1952 iniciou estas refor- zado na sociedade norte-americana Tais ações teriam violado as nor- boliviano.
auxillares. A seguir, na medi-
da em que a distorção se
acentuava, os calbros — ou
empréstimos a longo prazo—
começaram a sumir também.
..¦..: '" ,.. ,-¦: '..'¦¦¦
O que sobrou foi uma Inflação
de ripas (ou crédito a curto
prazo), as quais, embora no-
tortamente destituídas de au-
míope manobra empresarial to-sustentação, passaram a
—já que nada era então mais ser usadas em vãos cada vez
25 anos é pouco para quem acredita em
imperioso do que criar os em- maiores — e como se o indis-
pregos que a livre iniciativa pensável suporte existisse.
se incapacitara de propiciar. (Simultaneamente surgiu a
Esta foi também a primeira paradoxal escassez de dlnhei-
mais 25 de sucesso na vida daPrimeira
aparição dos "espaços va- ro em plena inflação. Pois,
zios", cujo preenchimento pe- como as ripas vêm despen-
lo Estado (não raro, com ex- cando uma atrás das outras, e
poentes da inépcia e venali- acabam virando lenha no fo-
Rede de Supermercados do Rio.
dade) entronlzou o declínio do consumismo ou da es-
universal da produtividade, e gão não pode mesmo aaaaaVZAaaW $AA AAAll&ttf&eSBBT '""'S
uma onda de corrupção não peculação,
haver ripa que chegue,)
msF^ÊE:-::%B2. MÈfáW^*&i
menos abrangente. Seria par-
vo ignorar que a ausência de Enfim, semelhante projeto
dono — e portanto de coman- nunca deveria ter saído da
do e interesse efetivos — tor- prancheta. E até para vende-
nam o processo de deteriora- lo na planta, só mesmo se o ^AN^AAA^AAAAAAAA^AAA^AA^&sMyiLl^B^})* .fwMWmW^^^^^^B^^ASS^mm^/k^w^i^jv^^Am
ção inevitável. Seu último es- corretor o apregoasse em im-
tágio são panelas e conscièn- pecável economès — e o com- aaaaaaW^WmAu mEli '
cias vazias. prador fosse desprovido das
^ jjjggfj *»!Srf' ÍS
Inflação e estagnação são mais primitivas noções de
bom senso.
pois decorrências de ato deli-
berado. Não só porque brota- E deu no que aí está. Enga-
ram da ação dolosa que ter- naram-se mais uma vez os
VkJB ^BP^^i^B
minou por desviar os recursos pseudoladinos que pretende- A^Ê mAtaaat^^m ^ *
da produção e os encaminhou ram inovar sobre o surrado
ao desperdício e à especula- ganha-mas-não-leva. Pois
çáo, mas porque esse manan- sempre aparece um Jacó tra- WaA ÍS&âsSH WaA
ciai de conseqüências funes- vestido de Esaú. íBgsgjff] wm^
tas continua deliberadamen-
te intocável. E o fenômeno da Entrementes, Esaú aguar- AA AA^^At AJAj^^^^^m^aSAgSmAAy^BA]
estagflaçáo só é novo porque, da. Náo abre máo de nada, Wm WAÈM W W%i@Sm ^fl
até o advendo da revolução nem mesmo da mão vazia.
tecnológica, o capital anôni- Seu percurso cotidiano de ho- BBfispfSp '
"*^ "$* ^f'yy?r^$&&
\aa\\
mo não passava de alternati- mem livre e senhor, através
va complementar do proces- de plantações e parques in-
so de capitalização — sendo, dustriais, cedeu lugar a pe-
até então, pouco mais do que rambulações hesitantes pelos
simples curiosidade, à seme- labirintos oficiais. Bajula in-
lhança da pólvora, cujas reais discriminadamente, como
potencialidades foram igno- compete a quem trocou a efi-
radas durante milênios, o que ciência pela cabala, e o arado,
por tanto tempo fez restringir ou o cronômetro, pelo chapéu
seu uso aos fogos de artifício e olhar de pedinte. Acredita
dos chineses. que, com o tempo, o direito
de primogênito lhe seja resti-
Já vimos uma ponta do bu- tuldo de mão beijada. En-
merangue. Vejamos a outra. quanto isso, espera e conver-
Quando os introdutores sa fiado, pois desaprendeu a
das novas regras reduziram trabalhar. Mal se dá conta
títulos de propriedade a me- que este é o terreno de Jacó, o
ros farrapos de papel, não qual, ressalvada sua perícia
lhes ocorreu que, muito cedo, de cavar atoleiros, nunca fez
uma nova classe — composta outra coisa senão fiar frases
de burocratas não produtivos ocas e siglas contraproducen-
embora virtualmente inde- tes. Pode esperar sentado.
missíveis, e integrada em nú-
mero nâo desprezível por ávi- mesmo Talvez a espera lhe seja
ANTÔNIO DOÁMARAL
útil. Se meditar, des-
dos oportunistas — haveria De repente se foi o poeta. Era Augusto Frederico. Schmidt
de inovar substancialmente cobrirá que essa seria a pri-
sobre tão promissora idéia. meira vez que uma luta fosse que deixava nosso convívio.
Fascinados pelo novo jogo ganha pelos espectadores. E a obra mais concreta de sua existência passava a outras
Perceberá também que a
(que nem sabem ser mortal), eventual transgressão de re- máos. Às máos de um homem predestinado ao sucesso.
não notaram tampouco que
essa nova classe, tendo leva- gras fundamentais é uma coi- Era Antônio do Amaral que passava a dirigir a
do o ardil às ralas da perfei- sa, enquanto a institucionali-
zação da
Distribuidora de Comestíveis Disco.
ção, é hoje a proprietária de uma lei ofensa é outra; e que
coonesta a frau- Se grande já era a organização, sua dimensão de grandeza
facto de tudo que ainda resta de, outraque ampliou-se de tal forma que.hoje, o Disco, superando
sob o ilusório rótulo de "pro- efetivar coisa náo faz senão
priedade". Pois, deforma gra- Concluirá,aberrações sociais. o conceito original de supermercado, transformou-se
dual porém sistemática, to- quiçá, que isto só em um dos maiores complexos comercial-industrial
das as decisões importantes poderia soletrar o princípio
(e até as mais corriqueiras, do fim, de vez que as preten- deste País, em seu gênero.
como o tamanho dos apare- sas circunscrições da anoma- São granjas, fazendas, indústrias de base e todos os recursos
lhos de TV) vêm sendo deslo- lia teriam de ser ultrapassa-
próprios e capazes de proporcionar o mais completo
cadas para a cada vez mais das, mais cedo ou mais tarde.
abastecimento, diretamente do campo para a cidade.
exclusiva esfera de influência Notará, talvez, que o 7o Man-
da nomenklatura. Multo me- damento é ligado ao 5o por Tempo que passou, a Primeira Rede de Supermercados do
nos se apercebemos iniciado- cordão umbilical, e que um
Rio que cresceu sem parar, vida que segue. E seguirá sempre.
res do processo — ou melhor, tende a juntar-se ao outro no
ostracismo. Porque 25 anos é pouco para muitos que acreditam em mais
seus atada mais desavisados compreenderPoderáse inclusive
sucessores — que, por já não zenas de milhares que, hoje de- 25 de sucesso. Palavra de fé de todos os funcionários Disco.
se engalfi-
controlarem mais nada digno nham por dois de fei-
de menção, suas próprias jão, é porque alguns poucos quilos
ações sâo hoje tão destituídas trocaram seus interesses legí-
de valor Intrínseco como as timos por um pires de lenti-
não-controladoras. lhas. E, quem sabe, chegará
até a entender que, por mais
As ilusões em contrário que se tente simular a provi-
provêm da provisória presen- dencial aparição de substitu-
ça de compradores para as tivos, não há qualquer ersatz
ações de controle. Mas aqui para as regras gêmeas da coe-
também, o único cliente é o xistência. Nem mesmo Marx
trouxa maior. Pois os contro- conseguiu materializar tal
ladores efetivos não preci- fantasia. Pois sua famosa re-
sam adquirir o controle do ceita, rascunhada no verso da
que quer que seja para de- liberdade, resumiu-se na
sempenhar suas funções so- substituição do sofá adúltero
ciais, entre as quais se desta- por uma confortável suite de Prata de Lei.
ca a de transformar os juros motel. 25 Estrelas de Sucesso.
negativos e outras perdas da
maioria'em efêmeras benes- Gérard Haentischel. especialista em mer-
ses para uma minoria — cujos cado de capitais, e jornalista e auler do
integrantes se acreditam em- livro Ações & Precauções. pou
12 -*- ECONOMIA
Informe Econômico
Fraude Sazonal
Está para estourar, a qualquer mo-
mento, outra punição contra fundos de
investimento pela CVM — Comissão de
Valores Mobiliários.
A conhecida "troca de chumbo", ou
negociação entre duas instituições de um
mesmo grupo, é velhaprática no mercado.
Quem quiser uma palavra oficial sobre o
assunto, que leia o voto do diretor Francis-
co Gros, aa CVM, ao condenar o Mercantil
do Brasil por"Não
fraude.
Diz ele: se diga que esta punição
não foi precedida de um amplo esforço no
sentido de alertar a indústria de fundos
para a seriedade com que a CVM encara
esse tipo de comportamento. Desde dezem-
bro de 77, a CVM vem alertando a Anbid
(Associação Nacional dos Bancos de In-
vestimento) quanto ao comportamento
dos fundos em final de semestre, tendo
sido estas advertências, por diversas ve-
zes, transmitidas em plenário aos mem-
bros daquela entidade."
A "troca de chumbo" costuma ser mais
acentuada nos finais de semestres por
uma razão simples: os fundos precisam
mostrar serviço, aparentar aos cotistas
que obtiveram boa rentabilidade no perío-
ao. Quando não conseguem, os mútuos e
os fiscais começam a comprar e vender
entre, si, a preços cada vez mais altos.
E a institucionalização da fraude sa-
zonal.
Presença reduzida
A presença dos investidores indivi-
duais continua a diminuir na Bolsa do Rio.
Considerado o volume de dinheiro nego-
ciado, as pessoas físicas detiveram 51,3%
no mês passado, contra 53,4% em setem-
bro. Se tomados apenas os negócios a
Futuro, entretanto, ainda dominam.
Levantamento realizado pela Bolsa
com base em seu cadastro de clientes
revelou os investidores institucionais
—fundosque de investimento e pensão, e segu-
radoras — continuam com maior partici-
pação no mercado a vista e no total geral.
A vista, detêm uma fatia de 55,2%. No total
geral, as empresas comerciais responde-
ram por 14%, as corretoras de fora com
13% e as distribuidoras com 7,2%..
Nos negócios a Futuro, as pessoas
físicas dominam, com 55,6%, embora te-
nha-se dado uma queda em relação a
setembro, quando sua presença era de
62,5%. As corretoras de fora ficaram com
44% do volume, entre os institucionais,
cabendo 12,7% às empresas comerciais e
8,2% às distribuidoras.
Discriminação
O empresário Moacyr Gomes de Al-
meida definiu bem a troca de chapéus da
classe: enquanto homens de negócio, ado-
ram os subsídios; enquanto líderes de cias-
se, pregam seu fim.
Numa enquéte realizada durante o
Congresso das Associações Comerciais pe-
ia entidade carioca, a maioria dos 390
empresários ouvidos considerou como res-
triâvas à livre iniciativa os subsídios dire-
tos e os indiretos, através da distorção dos
preços relativos.
Só que se mostraram contra porque a
prática segue critérios "arbitrários quan-
to a atividades e beneficiários", favoreceu-
do determinados grupos em troca de "ser-
viços políticos".
Em outras se fosse para
todo mundo, tudopalavras:
bem.
Solução adiada
O Conselho Federal de Educação, reu-
nião na semana passada, em Brasília,
decidiu adiar para a reunião do mês de
dezembro a homologação da decisão da
Fundação Getúlio Vargas, de suspender o
vestibular de 81 para os cursos de gradua-
ção da EB AP e EAESP — Escola Brasilei-
ra de Administração Pública, do Rio, e
Escola de Administração de Empresas de
São Paulo.
Seguindo o voto do relator, o CFE
decidiu esperar se até o próximo mês não
será encontrada uma solução para o pro-
blema da Fundação, na área govemamen-
tal ou privada, através das associações
empresariais.
Para a manutenção dos cursos, alunos
e professores vêm mantendo contatos com
as entidades da classe empresarial, bus-
cando um apoio financeiro às escolas,
para não agravar o déficit orçamentário
da FGV.
Afirmação nordestina
Os empresários nordestinos apontam
três boas razões para mostrar que não
precisam do paternalismo do Governo e
da caridade de outras regiões do país: são
auto-suficientes em energia, não são cul-
pados pelo déficit da balança de paga-
mentos, onerada pelas estatais do Sul; e
não têm peso no processo inflacionário.
Este outro Brasil, ao qual não se dá
muita atenção, só precisa — como recla-
maram os seus representantes no 2° Con-
gresso das Associações Comerciais — de
condições liberais e competitivas para tra-
balhar melhor e viver por ele mesmo.
Mais um "round"
As divergências entre produtores e
consumidores sobre a renovação do Açor-
do Internacional do Cacau impediram a
reunião de Genebra de terminar na sexta-
feira, como estava previsto.
Por decisão do presidente da confe-
rência, o colombiano Felipe Jaramillo, ela
continuará esta semana até que se obte-
nha um consenso.
Para o Guiness
Mais um candidato ao livro dos recor-
des: os economistas israelenses estão pre-
vendo que a inflação no pais chegue aos
160% no último trimestre do ano, devido
aos recentes aumentos no preço da gaso-
lina.
MIC recebe primeiros
projetos de usina de
metanol da Coalbra
Brasília — O presidente da Coalbra (Coque e
Álcool de Madeira), Sérgio Roberto Vieira da Mota, jã
entregou ao Ministro da Indústria e do Comércio,
Camilo Pena, o projeto básico das duas primeiras
destilarias brasileiras de álcool de madeira, cada uma
com capacidade produtiva de 100 mil litros diários.
Uma será construída em Uberlândia, no Triângulo
Mineiro, e a outra em Mato Grosso do Sul, nas
proximidades da fronteira com Sâo Paulo, onde exis-
tem grandes projetos de reflorestamento.
O plano do Governo, segundo o Sr Vieira da Mota,
é de produzir 33 mil metros cúbicos de álcool de
madeira já em 1982. A meta até o flnal da década é
mais ambiciosa, crescendo gradativamente, até
igualar-se com a meta do álcool de cana-de-açúcar. O'
programa, já decidido, prevê a Instalação de uma
destilaria de álcool de madeira no ano que vem, duas
em 1982, quatro em 1983, sete em 1984,11 em 1985,69
em 1986, 69 em 1987, 70 em 1988 e 70 destilarias em
1989. Em 1990 o Brasil estará produzindo com a
madeira tanto álcool quanto com a cana-de-açúcar:
10 milhões de litros.
Muito rentável
Cada uma das duas primeiras destilarias de álcool
de madeira do pais produzirá anualmente 36 milhões
de litros, utilizando como matéria-prima 1 mil 488
metros cúbicos diários de madeira bruta (com casca).
Ambas produzirão também lignina, ração animal,
fUrftirol e dióxido de carbono, alguns dos principais
subprodutos do craqueamento da massa lenhosa nos
hidrolizadores. Segundo o Sr Vieira da Mota, as
destilarias de álcool de madeira serão muito rentá-
veis, porque esgotarão o potencial econômico da
matéria-prima, retirando dela tudo o que for aprovei-
tável.
Quanto ã lignina, que chega a constituir 30% da
massa lenhosa, e é transformável em coque metalúr-
gico de ótima qualidade e baixo preço, está prevista
uma produção de 338 quilos por tonelada de madeira
seca usada. As destilarias da Coalbra produzirão
também 80 quilos de ração animal proteinada por
tonelada de madeira, que será vendida para as indús-
trias do setor. Sobre a ração — para suínos e aves,
principalmente — o Sr Vieira da Mota informa que já
há um acerto para a produção das duas primeiras
destilarias ser toda vendida para uma das mais im-
portantes Indústrias do setor, cuja marca é conhecida
Internacionalmente.
A pretensão da Coalbra, entretanto, é aproveitar
também os demais subprodutos da madeira, para que
o empresariado privado se sinta estimulado a ganhar
dinheiro com os investimentos em destilarias de
álcool de madeira e em projetos de florestas energétl-
cas. Segundo o Sr Vieira da Mota, antes de 1985 o
Brasil estará iniciando o uso da madeira também
para produzir perfumes, essências, solventes, graxas,
esmaltes, tintas, ceras, breu, alcatrào, plásticos, vani-
lina, ácido acético, ácido oxálico, discos fonográflcos,
etc.
Reflorestamento
A necessidade de gerar abundante matéria-prima
através de florestas energéticas é o principal proble-
ma do programa do álcool de madeira, informou o
presidente da Coalbra. Ele afirma que, para a produ-
ção de 10 bilhões de litros de álcool de madeira em
1990, se requer a imediata definição e implementação
de um programa nacional de reflorestamento para
fins energéticos. Sobre as variedades de árvores a
serem plantadas, para fins energéticos, ele diz que
náo há problemas, uma vez que existem no Brasil
cerca de 200 espécies de eucalipto, todas multo boas,
a maioria apresentando até mais produtividade por
hectare que na Austrália, o pais de origem do euca-
lipto.
Seráo necessários para o álcool de madeira — do
plano da Coalbra e para as destilarias privadas pre-
vistas — cerca de 490 mil metros cúbicos de toras em
1982,1 milhão 470 mil em 1983, 3 milhões 432 mil em
1984,6 milhões 865 mil em 1985,12 milhões 259 mil em
1986,46 milhões 95 mil em 1987,79 milhões 931 mil em
1988 e 114 milhões 258 mil metros cúbicos de 1989.
Segundo o Sr Vieira da Mota deverão ser implantados
em 1982, 83, 84 e 1985 cerca de 1 mllháo 150 mil
hectares de florestas energéticas por ano, para que—
com 4 milhões 600 mil hectares — sejam atendidas as
metas do programa de álcool de madeira.
Para 1986 a previsão é de um craqueamento de
árvores de 408 mil 600 hectares de florestas energéti-
cas; 1 milhão 536 mil hectares em 1987; 2 milhões 664
mil hectares em 1988; 3 milhões 808 mil hectares em
1989; 4 milhões 600 mil hectares em 1990. Naquele ano
a produção de 10 bilhões de litros de álcool de
madeira proporcionará a obtenção de 23 milhões 625
mil toneladas de lignina, transformávels em 11 mi-
lhões 788 mil toneladas de coque siderúrgico. Com
essa produção de coque o Brasil estarã livre da
dependência externa, que o torna um importador de
carváo mineral de baixo teor de enxofre.
Conforme explica o presidente da Coalbra, cada
destilaria de álcool de madeira deverá custar cerca de
Cr$ 2 bilhões, incluindo a destilaria propriamente dita
e as terras para reflorestamento e o plantio e cultivo
das florestas energéticas. No caso do reflorestamento
para a geração da madeira a ser craqueada, o investi-
mento médio será de Cr$ 30 mil por hectare, totalizan-
do Cr$ 490 milhões por cada destilaria com capaclda-
de de produzir 100 mil litros diários.
A previsão é de um total de 3 bilhões de dólares
acumulados de investimentos em destilarias e flores-
tas energéticas, em 1985. Para 1989 a estimativa é de
que os investimentos totalizarão, no acumulado, 13
bilhões 952 milhões de dólares. O Brasil terá lucrado
com tal investimento, porque para este ano a econo-
mia com o álcool, sem contar o coque siderúrgico e
outros subprodutos da madeira, será de 15 bilhões 780
milhões de dólares. No acumulado o Brasil terá ga-
nho, então, 1 bilhão 828 milhões de dólares, só se
computando o álcool de madeira.
Ampliação do porto e
pouco carvão torna
Imbituba ociosa
O Porto de Imbituba, em Santa Catarina, regis-
trou em outubro o embarque recorde de 280 mil
toneladas de carvão — reduzindo os estoques a 97 mil
toneladas — e 286 vagões deixaram de ser carregados
nas minas por falta de carvão. O porto, que segundo
produtores era insuficiente para o transporte, está
ocioso e já na primeira semana de novembro 68
vagões andaram descarregados.
O Ministro dos Transportes, Eliseu Resende, in-
formou que a capacidade de transporte do Porto de
Imbituba aumentou de 1 bilhão 800 mil toneladas
para 3 milhões 500 mil toneladas por ano e, agora, "é
preciso que haja um crescimento da produção de
carváo." Ele disse que os resultados foram consegui-
dos com medidas gerenciais apenas.
Reversão
O Porto de Imbituba, que recebe o carvão das
minas de Santa Catarina, para o tranporte, pela
cabotagem, para Santos, Sepetiba e Tubarão, mante-
ve, até o inicio do ano a média de embarque de 120 mil
toneladas de carváo por mês, insuficiente para o
escoamento de uma produçáo estimada em 200 mil
toneladas mensais.
Segundo o Ministro dos Transportes, Eliseu Re-
sende, "havia a idéia de que o sistema de transporte
era Insuficiente e tomamos uma série de medidas
gerenciais". Basicamente, foram reprogramadas as
saidas de navios e agilizadas carga e descarga.
A capacidade do Porto de Imbituba praticamente
dobrou as 1 milhão 800 mil toneladas e o quadro se
reverteu: agora, falta carváo para transportar. No més
de outubro, foi registrado o movimento recorde de 282
mil 333 toneladas e os estoques caíram a 97 mil
toneladas, fazendo com que 236 vagões deixassem de
ser carregados, na mina ou no lavador, por falta de
carvão. E, já na primeira semana de novembro, 68
vagões andaram sem carga.
O Ministro Eliseu Resende disse que "a produção
não aumentou tanto quanto as minas estimam" e,
embora credite o fato a problemas de mercado, alerta
que
"é
preciso que haja um acompanhamento da
produção de carvão".
O Porto de Itambi está com capacidade para
embarcar 3 milhões 500 mil toneladas por ano e com a
entrada em funcionamento, ano que vem, do novo
pier para carváo e rocha fosfática e instalação de
equipamentos de carga e descarga, elevará a capaci-
dade para 6 milhões toneladas, ano.
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Quase todos os tubos são revestidos com camisas de concreto porque ficarão em áreas at^díças
Rio terá gás de Campos em julho
Campos — A partir de julho de 1981, toda a
produçáo de gás da Bacia de Campos estará
sendo conduzida através de gasoduto para a
Refinaria Duque de Caxias, onde uma parte do
gás natural será aproveitada na substituição do
óleo combustível utilizado nas caldeiras gera-
doras de vapor da Reduc, da Petrofértil e das
fábricas de borracha da Petroflex, enquanto a
outra parte será colocada à disposição da Com-
Estadual de Gás, para consumo domici-
ar e Industrial no Rio.
Sanhia
Ao antecipar a construção do gasoduto — o
oleoduto só estará concluído em julho de 1982
—a Petrobras visa, fundamentalmente, evitar a
queima do gás extraído da Bacia de Campos.
Antes do acidente na torre de processamento
do Sistema Provisório de Garoupa, quando a
produção da área era de 39 mil barris de óleo-
/dia, estavam sendo queimados cerca de 140 mil
metros cúbicos de gás, o equivalente a 140
metros cúbicos de óleo, ou seja 880 barris/dia
ou, ao preço atual do petróleo, correspondente
a 26 mil 400 dólares diários.
Obras aceleradas
Foi a partir desta última semana que os
trabalhos dos segmentos terrestre e marítimo
do gasoduto se aceleraram, com as equipes
abrindo várias frentes. O segmento terrestre
está partindo no sentldq de Duque de Caxias—
Macaé e Barra de Furado, enquanto o segmen-
to marítimo parte do litoral (Barra do Furado)
em direção ao campo de Garoupa, a cerca de
80 Km do litoral.
O segmento terrestre corta os municípios de
Duque de Caxias (3 mil 700m), Magé (36 mil
850m), Cachoeiras de Macacu (37 mil lOOm),
Silva Jardim (35 mil 160), e Casimiro de Abreu
(37 mil 804) e Macaé (94 mil 436m). A faixa de
terras onde estão sendo implantados o oleodu-
to e o gasoduto tem 20m de largura e 249 km de
extensão, sendo que o gasoduto está dlmenslo-
nado para dar vazão a 3 mil 500m' de gás/dia,
enquanto o oleoduto dará vazáo a 450 mil
barris/dia de petróleo.
Em seu percurso, o gasoduto e oleoduto
atravessarão regiões de topografia variável, em
alguns trechos quase que ao nivel do mar
(Barra do Furado/Macaé) e, em outros, bastan-
te acidentados (Casimiro de Abreu, Silva Jar-
dim), atingindo o ponto de máxima altitude na
Serra do Soarlnho (343m), no município de
Cachoeiras de Macacu. Serão cruzadas pelas
linhas do oleoduto e gasoduto duas ferrovias,
duas rodovias federais (Br-101 e Br-493), sete
estaduais e 64 estradas municipais.
Além das rodovias federais as tubulações
cruzarão e atravessarão seis adutoras, 10 linhas
Gaúcho mostra vantagens
de investir em cogumelos
Porto Alegre — O cogumelo (ou champig-
non) além de apresentar uma sofisticação
na aparência e no sabor de um prato espe-
ciai, contém um alto valor protéico e vüamí-
nico, e é rentável economicamente. Foi por
essas razões, e por gostar muito de cogume-
los, que o agropecuarista e economista gaú-
cho Paulo Roberto Pegas se dedicou â pro-
ducáo de cogumelos para consumo interno,
e já está exportando o produto para o
Uruguai, Argentina e Chile.
No Brasil, existem cerca de 150 culturas
de cogumelos, mas menos de cinco delas
empregam técnicas agrícolas sofisticadas,
com sementes desenvolvidas em laborató-
rios e maturação em câmaras especiais com
calefaçâo, ventilação filtrada e ambiente
próprio para a aclimatação da cultura. A
Fazenda Petim, a única no Rio Grande do
Sul a cultivar o cogumelo em escala comer-
ciai, emprega essas técnicas em sua cultura.
O interesse pelos cogumelos foi desperta-
do na Itália, em Turim, onde Paulo Roberto
e sua mulher fizeram cursos de extensão no
início dos anos 70, e acostumaram-se ao
hábito dos italianos (e dos europeus de um
modo geral) de incluírem o cogumelo em
suas refeições. "Nas principais rodovias ita-
lianas é muito comum ver-se famílias intei-
ras pararem nos acostamentos para colhe-
rem cogumelos nos campos", comenta o
economista.
De volta ao Brasil, o casal decidiu culti-
var no Sul os champignons, primeiro para
consumo próprio, depois para comercializa-
çâo. "Vi que o cogumelo é uma excelente
fonte de proteínas e de boa palatabiUdade, e
comecei a desenvolvê-lo de forma intensi-
va", numa tentativa, segundo Paulo Rober-
to, de motivar o brasileiro a incluir o cogu-
melo nas refeições.
Atualmente a Fazenda Petim, no Munici-
pio de Guaiba, próxima a Porto Alegre,
produz 3 mil 200 quilos num período de 40
dias, produçáo que pode ser ampliada de
acordo com o número de câmaras disponí-
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A fazenda de Paulo Roberto Pegas, em Guaiba, produz 3 mil 200 quilos de cogumelos em 40 dias
JORNAL DO BRASIL
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O ponto mais alto do oleoduto
— 343 m —fica em Cachoeira do
Macacu, na Serra do Soarinho
Barbara R. Oliveira
veis. A média anual de produção é de 170
toneladas, toda ela vendida in natura (fres-
cos) ou em salmoura para as indústrias de
conservas, embaladas em tambores de 100
quilos. Os principais Estados consumidores,
além do fito Grande, sáo Santa Catarina,
Paraná e Sâo Paulo.
Numa tentativa de ampliar o mercado,
difundindo o consumo de cogumelos, o gaú-
cho Paulo Roberto iniciou a exportação, em
pequenas quantidades, em sua maioria fres-
cos (por aviões ou caminhões frigoríficos,,
para o Uruguai, Argentina e Chile, que nâo
sáo tradicionais produtores e nem grandes
consumidores. "Mas estamos tentando sedi-
mentar esse habito tanto aqui no país como
tios países vizinhos." Nos Estados Unidos, o
consumo é de 300 mü t, e, no Brasü, ele náo
chega a 5 mü tlano.
A cotação do cogumelo no mercado inter-
nacional é de Us$ 1,60 o qutto, mas no Chile,
por ser um produto supérfluo (como aqui), é
vendido até a USt 6 o quilo. No atacado
brasüeiro, o preço médio no momento é de
Cr$ 100 o qutto do produto fresco.
Rico em vitaminas <B', B', A, C, K), sais
minerais (fótforo, potássio, sódio, ferro, co-
bre e magnésio) e em cromo (elemento que
auxüla o metabolismo das proteínas e das
gorduras no organismo), o cogumelo exige
um ritual minucioso para seu cultivo até o
momento da colheita. Para o tipo cultivado
na Fazenda Petim, Agáricus Bísporus, o
mais comum no país, é necessário um ciclo
de 96 dias desde a fermentação dos resíduos
onde ele inicia seu desenvolvimento até a
colheita.
Numa primeira etapa é preparado um
composto (cerca de 20 t) de palhas de ce-
reais (trigo, arroz, farelo), estéreo de gali-
nha, capim e nutrientes como uréia, que
permanece em fermentação por 20 dias,
sendo regado diariamente com água. Ali se
desenvolvem microorganismos que poste-
riormente seráo consumidos pelos cogume-
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D segundo-feiro, 1Q/H/8Q u Io Code rno
Aluysio Cardoso Barbosa
de transmissão em alta-tensào. 13 canais e 15
rios, 292 propriedades rurais, 717 urbanas e 19
loteamentos. Até o momento, foram celebradas
cerca de 350 escrituras de desapropriação ami-
gáveis e sertidào de passagem. A parte terrestre
do sistema de escoamento de produção da
Bacia de Campos teve o seu custo orçado em
250 milhões de dólares, ou Cr$ 15 bilhões.
Em Cablúnas (Macaé), está sendo construi-
do um parque de armazenamento, com seis
tanques para petróleo, com capacidade para
380 mil barris cada um. Haverá ainda' um
tanque auxiliar para 32 mil 905 barris de petró-
leo. O óleo será bombeado da plataforma de
produção, no campo de Garoupa, até Cablúnas
que, por sua vez, bombeará o óleo para a
Refinaria Duque de Caxias. O sistema de bom-
beamento de Cabiúnas compreende quatro
corOuntos moto-bombas principais do oleodu-
to, de 2 mil 500 HP cada, e duas bombas
Booster de 400 HP cada.
Ao transferir o óleo da Bacia de Campos
para o Torgua (Terminais e Oleodutos do Rio
de Janeiro e Minas Gerais), a Petrobras náo só
possibilitará o processamento deste óleo na
Reduc, como também a sua transferência, por
meio dos oleodutos Rio—Belo Horizonte, para
a Refinaria de Betlm (MG). Utilizando conjunto
de bombas a serem ainda montadas na Refina-
ria Duque de Caxias, poder-se-á também trans-
ferir parte da produção da Bacia de Campos,
via terminal da Ilha Dágua na Baia de Guana-
bara, para outras refinarias da Petrobras locali-
zadas em outros Estados.
_ Frentes de trabalho
A execução da obra de construção do óleo-
duto e gasoduto terrestre foi entregue à Techint
— Companhia Internacional — por contrato no
valor de Cr$ 2,9 bilhões, a serem reajustados.
Atualmente, em diversas frentes de trabalho,
esta empresa vem acionando na obra cerca de 1
mil 350 homens, tendo Iniciado os seus serviços
em junho. A obra Já tem 180 Km de frente e se
desdobra em seu percurso em várias etapas
(abertura de pista, abertura de vala, distribui-
ção da tubulação, soldagem da tubulação e
cobertura da vala, teste hldrostático e recom-
posição de pista).
Segundo o engenheiro da Techint, José Lan-
dl de Souza Mello, que chefia as obras de
implantação do oleoduto e gasoduto, a linha ao
sair da Refinaria Duque de Caxias atravessa
uma extensão de 20 Km de áreas sob influência
da maré (áreas alagadlças) que dificultam so-
bremanelra a execução dos trabalhos, exigindo
técnicas especiais de construçáo, além do re-
vestimento da quase totalidade dos tubos com
camisas de concreto a flm de permitir o total
assentamento das tubulações.
1
los. Paralelamente a esse processo, em labo-
ratórios antissépticos, sáo recolhidos os es-
poros (célula reprodutora que o cogumelo já
maduro expele) de cultivos anteriores que,
transferidos a outro meio à base de grãos de
cereais, originam a formação de sementes,
multiplicadas artificialmente nos laborató-
rios. As sementes são misturadas ao com-
posto orgânico e colocadas em incubação
por 14 dias a temperaturas de até 60 graus
centígrados. Na fase seguinte, denominada
caslng (em que há uma cobertura de terra
sobre as sementes e brotos) a duração é de
14 dias, o corpo do cogumelo ímicélk» se
forma e a colheita è iniciada dali a 42 dias.
Paulo Roberto Pegas nâo fala no fatura-
mento conseguido com as vendas do cogu-
melo — "é muüo insignificante" — mas do
seu intuüo de incrementar o consumo desse
produto no Brasü e na América do Sul.
Recentemente, foi realizado um encontro em
Mogi das Cruzes, em Sâo Paulo, que reuniu
todos os produtores de cogumelos do país,
promovido pelo Instituto de Botânica pau-
Usta, com o objetivo de avaliar as produções
de cogumelos no pais, e sensibilizar os pro-
dutores a adotar técnicas modernas de cul-
tivo.
— Este foi o primeiro passo para que se
estabeleça uma política de produção dos
cogumelos, e de preços, além da criação de
normas de industrialização do produto.
Paulo Roberto, também, salienta que o cogu-
melo é um vegetal ecológico, porque dele se
aproveita tudo. Além disso, os restos cultu-
rais em que ele se desenvolve, posteriormen-
te sâo reaproveitados como adubo orgâ-
nico.
Ele conta que durante a II Guerra Mun-
dial, o Governo norte-americano colocou
cogumelos na lista dos produtos essenciais
para as refeições das tropas. Os Governos
da Alemanha e Itália encamparam os culti-
vos de cogumelos e os utüizaram na alimen-
taçâo de suas populações.
Guolba/RS — Rubem Beige»
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 JORNAL DO BRASIL O segunda-feira, 10/11/80 D Io Caderno ECONOMIA — 13

Argentina sofre
ameaça de nova
crise econômica
— S.A., com sete lojas em quatro estados,
Buenos Aires A presença na Argen-
tina do presidente do Chase Manhattan
Bank, David Rockefeller, e a reunláo dos
credores do Grupo Econômico Sasetru —
um dos mais poderosos do país, mas cuja
quebra parece Iminente — serão o alvo
das atenções dos argentinos hoje, segun-
do o jornal La Prensa. Acrescentou que o
banqueiro norte-americano representará
"êxito" por determinada politica eco-
nòmica ou o flm de uma carreira, como a
do Ministro da Economia, Martinez de
Hoz.
Segundo o jornal, a quebra do Grupo
Sasetru-— cujo passivo situa-se entre
mil 200 e 1 mil 300 milhões de dólares—
poderá desencandear uma crise financei-
ra semelhante a que provocou em abril a
liquidação do Banco de Intercâmbio Re-
gional, na época o principal banco priva-
do. A repetição do fato com o Grupo
Sasetru poderá significar um golpe deci-
sivo para uma mela dezena de bancos
privados e uma dezena de empresas fi-
nancelras.
Apesar de os organizadores da con-
venção anual do Chase — realizada on-i
tem — estejam tentanto restabelecer en-
tre os argentinos a confiança na política
econômica do atual Governo, a imprensai
local náo se mostra convencida, copi as
medidas adotadas até agora. Em março,
começa uma nova etapa do regime mili-
tar argentino, com a substituição do Ge-
neral Jorge Videla pelo General Roberto
Viola, em um contexto em que as pres-
soes para que se efetuem mudanças na
política econômica aumentem a cada dia
nos setores empresariais, políticos e sin-
dlcals.
Publicitários do Rio acham
Makro quer expandir-se no
Brasil e atuar no exterior
Sâo Paulo — A Makro Atacadista
quer se expandir a todas as capitais e
cidades médias do pais e já fez contatos
na Argentina, Chile e Estados Unidos
para construir e operar centros atacadis-
tas nesses países, informou seu presiden-
te, o ex-ministro da Agricultura, Renato
Costa Lima.
A Makro inaugurará brevemente lojas
em Curitiba (PR) e em Campinas (SP),
mantendo a média de 14 mil metros
quadrados de área. O faturamento da
empresa em 1979 foi de Cr$ 9 bilhões 445
milhões e o previsto pata este ano é de
Cr$ 17 bilhões.
Lojas modulares
Costa Lima informou que a Makro
lançou uma nova estratégia em termos
de dimensão física de sua: lojas. Constrói
centros atacadistas modulares Inicial-
mente com 3 mil metros quadrados, que
se ampliam na medida da expansáo da
demanda e do desenvolvimento da re-
gião. A primeira, funciona em São José
dos Campos e as próximas serão em
Ribeirão Preto e Londrina.
O acionista majoritário da Makro é o
grupo holandês Steenkolen-Han-
Delsvereeniging, NV (SHV), com 65% do
controle. A empresa norte-americana
Ibek (Grupo Rockfeller), tem 32,5%. Re-
nato Costa Lima, que tem 2,5% do capi-
tal da Makcro, dirige atada cerca de 10
empresas nos setores da cafelcultura, pe-
cuária de corte, álcool e açúcar, avicultu-
ra e cereais. Foi ministro no Governo
Kubitschek e presidente do Instituto
Brasileiro do Café (IBC) no de Goulart.
A Makro completa nesta semana oito
anos e sua primeira loja, a de Vila Maria
(São Paulo), conta com 19 mil metros
quadrados. A empresa é responsável pela
inovação no país do comércio atacadista,
que se caracteriza
com uma estratégia "preservação
principalmente pela do pe-
queno varejista, do empório, o boteco ou
a padaria", destacou Costa Lima.
Nela, o pequeno comerciante pode
comprar embalagens de 20 quilos de ar-
roz e de seis latas de óleo, enquanto o
comprador das redes de supermercado
adquire até mais de 200 sacos"Mas e 150
caixas daqueles dois produtos. os
preços são os mesmos para os dois
clientes."
—A empresa comerciallza-perto de-25
mil itens, 10 mil dos quais de alimentos.
As lojas modulares, já conhecidas na
linguagem interna da empresa como
"paióis", comercializarão
perto de 4 mil
itens, 90% de gêneros de primeira neces-
sidade. Conta com cerca de 3 mil fornece-
dores e sua característica principal é
adquirir grandes volumes de mercado-
rias e comercializá-las o mais rápido pos-
sível, garantindo um giro médio por pro-
duto de no máximo 10 dias, para cerca de
60% dos produtos que oferece. A empresa
tem cerca de 1 mil 800 funcionários, em
média de 250 por unidade. As lojas paiol
vâo ter em média 70 funcionários, como
já acontece na de Sâo José dos Campos.
As de maior porte em funcionamento, em
média com 14 mil metros quadrados,
estão localizadas nas seguintes regiões:
São Paulo (Vila Maria, Butantã, São Ber-
nardo), Rio (Mercado de Sáo Sebastião),
Porto Alegre (Anchieta), Belo Horizonte
(Contagem). A empresa funcionará no
Bairro do Jóquei Clube, em Campinas) e
em Curitiba.
Negócio a termo
bate movimento
da Bolsa de SP
São Paulo — Com um movimento
médio diário de Cr$ 600 milhões em outu-
bro, superando a média diária da Bolsa
de Valores paulista, que ficou entre CrS
300 e Cr$ 400 milhões, o Sistema Nacio-
nal de Compensação de Negócios a Ter-
mo S/A — negocia café, soja, algodão e
boi em pé — completou três anos neste
final de semana.
As operações com café tém-se desta-
cado mais e, de uma média de 39 contra-
tos/dia em 1978, passou para 533 contra-
tos em outubro. Foi registrada assim
uma expansáo de 869%, com base em
1979, quando se negociavam por dia cer-
cá de 64 contratos. O valor médio de um
contrato
"Dar com cafédeé de Cr$ao 800 mil.
garantia preço produtor e
às matérias-primas para a indústria e
exportadores" é o principal objetivo do
sistema a termo, segundo o presidente da
empresa, Marcos Souza Barros. As ope-
rações com café também ganharam des-
taque mais recentemente, pelos preços
elevados ao produtor.
No flnal de abril último, a saca de café
foi negociada a Cr$ 7 mil 200 — para
entregas em julho. O cafeicultor que ven-
deu no disponível — no mercado flsico,
tradicional — entregou o produto por
apenas Cr$ 5 mil 200.
Para julho de 1981, foram efetivados
recentemente negócios a Cr$ 10 mil 650 a
saca. Nos últimos dias, diante da expec-
tativa de que haverá uma grande safra
no próximo ano, foi registrada uma que-
da de cerca de Cr$ 2 mil, por saca. Os
vendedores obtiveram, para as negocia-
ções a termo, preços entre Cr$ 8 mil 700 e
Cr$ 8 mil 750, respectivamente.
A expansão dos negócios a termo tem
ficado acima das expectativas, principal-
mente a partir do Inicio do ano, fazendo
com que os observadores passassem a
prever um boom para o setor, brevemen-
te. O corretor Marcos de Souza Barros
informou que essa evolução levou o siste-
Correção plena só Governo
pode pagar, diz economista
Sâo Paulo — "A correção monetária
plena representa um compromisso flnan-
ceiro que apenas o Governo pode pagar",
disse ontem o professor de Economia da
Universidade de Sâo Paulo e pesquisador
da Fundação Instituto de Pesquisas Eco-
nômicas, Joào Sayad. Destacou que a sua
adoção transformará os títulos da dívida
pública"num porto seguro de capitais que
fogem ao risco, pois sabem que poderào
contar com rendimentos reais garantidos
pelas receitas do Tesouro Nacional".
Ele nâo vè sentido na tentativa de ga-
rantir os apllcadores de longo prazo, num
momento em que toda a economia passa
por uma época de incerteza, quanto ao
futuro crescimento do produto, à inflaçào,
ao problema de energia, à situação finan-
celra internacional, à política industrial.
Governo paga
Diante dessas incertezas, o economista
assinalou que "pedir ao setor financeiro a
preservação do financiamento de longo
prazo é pedir o impossível. E quando o
Impossível é pedido, só o Governo pode
atender e pagar."
A correção monetária possível — disse
— é necessariamente a correção monetária
expurgada de "acidentalldades", pre-
fixada ou com limitações. Observou que a
correção monetária plena e pós-flxada re-
presente o desastre financeiro para o to-
mador, e aplicação financeira que apenas
o Govemo pode remunerar. Esse beneficio,
Vendas da Telefunken caem
Sào Paulo — O diretor geral da Telefun-
ken, Sr Stephen Bergner, vè as perspecti-
vas de vendas de bens duráveis para o flnal
do ano como "nada brilhantes", pois os
revendedores nào dispõem de recursos pa-
ra comprar nem para vender. Nessa mes-
ma época, em anos anteriores, as lojas jâ
estocavam produtos para atender ao mo-
vimento de Natal, o que nâo ocorre hoje.
em Sua opinião, não deveria ser oferecido a
todos, apenas aos pequenos poupadores
em caderneta de poupança.
Numa economia onde os preços relati-
vos se alteram rapidamente, comentou o
Sr João Sayad, contratar empréstimos
com correção monetária plena é extrema-
mente arriscado. Na verdade, tais emprés-
timos estáo condicionados ao pagamento
de 100% de juros mais 6%.
Os assalariados de baixa renda que
tomarem um empréstimo teráo correção
de seus salários pelo INPC e talvez possam
mas os de faixas média e alta
carão em situação diflcll. A mesma situa-
Sagá-los,
çào ocorrerá em relação às empresas que
estiverem sob controle do CIP.
O economista previu a repetição da
situaçáo de 1974 a 1979, quando os empre-
sários acabaram por se negar a tomar
empréstimos com correção monetária. Na-
quela época, as poucas empresas que con-
seguiam empréstimo no BNDE pagavam
com correção monetária limitada a 20%, e
os agricultores pagavam uma taxa de 15%
de juros sem correçáo.
Naquele periodo, acrescentou, só apare-
ceram duas grandes exceções: os compra-
dores da casa própria, sem acesso a outras
linhas de crédito, e o próprio Govemo,
através das Obrigações Reajustáveis do
Tesouro Nacional. O Govemo, concluiu,
foi o único bom pagador do período, pois
pode arcar com qualquer taxa de Juros,
mas muitos compradores de casa própria
foram levados a inadimplência.
mou seu diretor. As vendas acumuladas da
empresa de janeiro a outubro ainda estáo
20% acima das registradas no ano passa-
do, resultado que pode ser atribuído exclu-
sivamente à presença dos consumidores
argentinos no país. O consumo dos brasi-
leiros nâo se alterou em relaçào ao ano
passado.
As financeiras dispõem, atualmente,

crise no mercado passageira ma a impor certas cautelas.

Evitou-se, por exemplo, a entrada de
um número maior de produtos—embora
As indústrias, assinalou, também estáo
com estoques reduzidos e produzem so-
mente o necessário para atender aos pedi-
dos. Se houver um grande aumento nas
em termos reais, pelos cálculos do Sr Ste-
phen Bergner, de 50% a menos de recursos
para financiamentos de vendas a prazo do
que no ano passado, em conseqüência da
exista demanda — e foram criados siste- vendas em dezembro, é provável que falte limitação em 45% na expansáo dos em-
Termômetro da atividade econômica, a propaganda Martha Maria lopet Ponte» mas de controles internos, especialmente mercadoria para o Natal. préstimos. E a taxa capitalizada de juros,
sente os reflexos das dificuldades enfrentadas pelos com a utilização de minicomputadores. A Telefunken registrou uma diminui- que estava em tomo de 7,5% ao mês no
anunciantes. "Há uma reduçào no crescimento real de Foi estabelecido também um convênio çâo, em outubro, de 30% nas suas vendas flnal de 1979, evoluiu para 10% ao mês. O
todas as contas, isto é, o aumento do faturamento nào com a Bolsa de Valores, especialmente de televisores e equipamentos de som em resultado disso é que existe hoje muito
corresponde ao ritmo inflacionário", afirma o diretor- relaçáo ao mesmo mês no ano passado, menos recursos disponíveis em termos
para o controle das operações. quando o movimento foi muito bom, afir- reais para financiamento das vendas.
geral da MPM Propaganda-Rio, Luiz Macedo.
Ainda assim, Macedo está otimista e espera que, BP^^^ >^S mmf AAÊ WaaW
com a queda do ritmo inflacionário, o faturamento volte
ORADOR
3P Fundação
a crescer. Os publicitários cariocas afastam a idéia de
uma crise no mercado do Rio. "É hora de apertar o
cinto", declara o vice-presidente da Esquire Propagan- Universidade
da, Clementino Praga Neto, para logo em seguida acres-
centar que "a crise é passageira".
SEM FIO de Brasüia
5 a IO ramais
f\* yyy** _^_ DIRETORIA DE ENGENHARIA
Percalços Instalação direta na ESCRITÓRIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO
tomada de luz. EDITAL DE CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL
O faturamento das 162 maiores agências brasileiras N° 01/80
atingiu Cr$ 25 bilhões 400 mil no ano passado, em que, Várias conversações ETA/PREMESU IV/FUB
pela primeira vez na década, os investimentos em publi- simultâneas sem
cidade acusaram taxa de crescimento negativa. No ano AVISO
passado, também, a participação do setor no Produto ce interferências.
REVENDEDOR AUTORIZADO ikAMELCO
A FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE BRA-
Nacional Bruto (PNB) caiu de 1,02% para 0,97%. Este
ano, poucas agências deverão ter ganhos acima da Clementino Fraga Neto (E) acha a hora de LU SÍLIA com sede no prédio da Administração
Central e Reitoria, Praça Maior, Campus Uni-
^ Electronic do Brasü
inflação. "apertar o cinto", e Celso versitário. Asa-Norte, Brasilia, Distrito Federal,
O negócio da propaganda está enfrentando percal-
Japiassu diz que representada por sua Comissão de Licitação,
verba afetou a criatividade - -
Rua dp Rosário, 159 loja Tel.: (*) 221-6800
ços semelhantes à de outros setores, com as agências pouca já torna público que resolveu fixar a data de.11 de
pequenas e médias sofrendo mais, é óbvio, do que as dezembro de 1980 para o recebimento das
grandes. Mas há um conjunto de fatores que atingem a propostas referentes à Concorrência Interna-
todas, e que foram resumidos pelo diretor técnico da RECEITA
cional 01/80-ETA/PREMESU IV/FUB, que ante-
Propaganda Estrutural, Armando Strozenberg: 1) pro-
blemas de crédito; 2) de inadimplência; 3) encarecimen- fc 5
I Governo do Estado do Rio de Janeiro riormente estava prevista para o dia 07 de
NOME DA AGÊNCIA £ f outubro de 1980.
to dos recursos humanos, em função da política salarial ">g K s So/, Pí •" 5
Secretaria de Estado de Obras e Serviços Públicos
Brasília, 06 de novembro de 1980
em vigor; 4) queda das verbas, proporcionalmente à * 2 Fundação Estadual de Engenharia do Meio Am-
inflação. $'° Í3 "¦ 5 Eng? ALFREDO HERNANDO PEREIRA
ar: biente - FEEMA TURBAY
As agências começaram a conter os custos e o Rio,
segundo mercado para as principais agências paulistas, — MPM Cosobranca Propaganda SP 527,0 316 66.8 2108,0 Concorrência pública n? 01/80 Diretor de Engenharia
— Alcântara M. Poriscinoto Com. Lida SP 492,9 334 47,6 1971,6
ficou em posição vulnerável. Passado o susto inicial, os — McCann Ecicklon Publicidade lida SP 441,0 254 73,6 1764,0
Coordenador do ETA
Execução das obras de complementação do labo-
publicitários cariocas negam uma crise especifica do —
—
Salln/Intir-Armrlrana de Publkldad*
Norton Publicidade S/A
SP
SP
351,0
278,0
220
153
59,5
81,6-
1404,0
1112,0
mercado carioca, encarando-a como um prolongamento — Slandord, Ogilvy S, Mather Publ. Lida SP Í77.7 137 102,7 1110,7
ratório da FEEMA em Jacarepaguâ (blocos D, E
natural das dificuldades gerais. E se dispõem a restabe- —
—
J. Waller Thomp»n Publ. S/A SP
DPZ — Duailibl, Petit & Zaroooio Prop. tido SP
256,8
255,4
175
150
47,9
70.2
1035,2
1021.6
e subestação transformadora). ^ $
lecer o antigo glamour da cidade como centro difusor — Oenlton Propaganda S/A SP 239,0 162 47,5 956,0
Encontra-se à disposição dos interessados, na tesouraria da
cultural e — principalmente — como mercado pujante. 10
11
—
—
SSC & B llnlai Brasil Comunlcoc6ei Lida
CBBA Canelo Branco & Assoc. Propagando SP
SP 178,0
132,0
118 50.8
61 116,4
712,2
528,0 FEEMA — Campo de São Cristóvão, 348 — 3o andar, o edital da
12 — Artplan Publicidade RJ 125,0 93 34,4 500,0 ccncorrència acima, referente à execução das obras de comple-
Atrair anunciantes mentação do laboratório da FEEMA em Jacarepaguâ (blocos D, E
13 — Proeme S/A Publicidade SP 103,5 50 107,0 413,8
14 — Páo de Açúcar Publicidade Ltda SP 102.5 60 70,8 410,0 GOVERNO OO ESTADO DO RIO GRANOE OO SUL
15 — Novogínclo de Propoganda SP 101,3 47 115,5 405,4 e subestação transformadora), cuja estimativa orçamentária é Secretaria de Energia,Minas e ComunicnçòeB
16
17
—
—
SGB Publicidade e PromoaSei
GFM/ Propeg Com. e Ex. P. de Negociai
RJ
BA
100,0
98,8
80 25.0
46 115,2
400,0
395,2
CrS 16.460.501,00 (dezesseis milhões, quatrocentos-e sessenta
A primeira iniciativa foi tentar, junto ao Secretário 18 — Loge, Stabel 4 Guerreiro Propagando SP 787 37 112,7 314,8 mil, quinhentos e um cruzeiros), com verba prevista para
estadual de Fazenda, Heitor Schiller, maneiras de pres- 19 — Gang. S/A Publicidade e Promoçíei SP 74,5 54 38,0 298,2 reajustamento de Cr$ 3.039.499,00 (três milhões, trinta e nove

tigiar as agências cariocas. Além disso, o capítulo do Rio
da Associação Brasileira de Agências de Propaganda
(ABAP), programa para o início do próximo ano dois
eventos.
O primeiro será um ciclo de debates para demons-
trar aos anunciantes as vantagens de se valer dos
serviços das agências. Esse é um campo promissor para
o crescimento das agências do Rio, pois, segundo levan-
tamento da Propaganda Estrutural, 40% dos anuncian-
tes habituais na cidade veiculam suas mensagens dire-
tamente, sem o concurso dos publicitários.
O segundo será um seminário em que empresários;
políticos, jornalistas e homens de propaganda vão se
sentar juntos para discutir formas de desenvolver a
economia do Estado. Previsto para março/abril, já foi
batizado de Pró-Rio — Seminário para o Desenvolvi-
mento do Estado do Rio. Os publicitários acham —
segundo Clementino Fraga Neto, da Esquire, e presiden-
te do capítulo Rio da ABAP — que só fortalecendo a
economia fluminense poderão fortificar seu mercado de
trabalho.
Se pretendem revitalizar a estratégia de marketing
de seu principal produto — o Rio de Janeiro — é porque
acreditam nele. E dáo exemplo. Armando Strozenberg
cita que a Estrutural espera faturar Cr$ 160 milhões este
ano, com aumento de 122% em relaçáo ao ano passado
(acima, portanto, da inflação) — e apenas com clientes
cariocas.
Supervisor de contas da Denison Propaganda, Ro-
berto Bahiense lembra que a CBBA — Castelo Branco,
em apenas um ano de operaçáo aqui, faturou cerca de
Cr$ 100 milhões. Recorda que duas agências paulistas —
Gang e Novagència—estào abrindo escritórios no Rio; e
afirma que empresas grande como a MPM, a Salles/
Interamericana e a própria Denison estào contratando
gente aqui.
Anunciar ou não?
Para uma agência grande, como a MPM, em cuja cartel-
ra de contas coexistem empresas estatais e da área
privada — nacionais e multinacionais — a retração de
alguns anunciantes é compensada pela ativação de
outros. Luiz Macedo acredita que, com a redução dos
índices de inflação, poderá ser restabelecido o cresci-
mento real do faturamento. Mas, para as agências mé-
dias e pequenas, em cujo orçamento a folha de pagamen-
tos chega a ter um peso de 85%, a situação é muito
menos confortável.
Em tempos de recessão, a atitude que predomina no
anunciante é a menos recomendada pelos publicitários:
cortar as verbas de propaganda. Exemplo disso deu o
empresário Bernardo Goldfarb que, ao assumir na sema-
na passada a presidência das Lojas Brasileiras, de-
blarou:
— Vamos reduzir os gastos com propaganda, pois só
costumamos usá-la para fixar a marca. Quando ela está
gravada na mente dos consumidores, tiramos o burro do
trabalho e o colocamos na sombra.
"Em tempo de inflação, todo mundo compra", afir-
ma, por sua vez, o diretor-presidente da Brastel, Assis
Paim Cunha. Mas nem todo mundo vende, advertem os
publicitários, prevenindo que, em fases de recessão, o
produto que nào mantém sua presença tende a desapa-
recer. Quem continua anunciando, preenche o espaço
pelos que se retraem.
Segundo Luiz Macedo, da MPM, "muitos homens de
negócio já perceberam que, em época de retração, é
20 — bquira Propaganda S/A RJ
preciso anunciar mais, não menos, sob penas de, na fase
de reversão, virem a ter mais dificuldade de reconquistar
sua fatia no mercado".
O encolhimento das verba „u uma inibiçáo da
criatividade das agências, a ta. ponto que o diretor da
Denison, Celso Japiassu, considera que "a criatividade
da propaganda brasileira nunca esteve táo baixa". O
medo de errar, ou a necessidade de maximizar a eficácia
dos recursos de propaganda, levou as agências a um
exagerado tecnlcismo, com sacrificio da criatividade
que caracterizou o avanço das agências de capital
nacional, no período 60/72.
"Produzem-se, hoje, campanhas
acertadas, mas
pouco Inspiradas", sentencia Japiassu. "Apesar de tudo,
a criatividade da propaganda brasileira atada é uma das
mais elevadas do mundo", garante Strozenberg. A maio-
ria das agências preferiu refúgio na técnica para enfren-
tar os novos tempos; mas há outras receitas.
Outras acham que só com grande ênfase na criativi-
dade os clientes poderào assegurar a presença de suas
marcas junto aos consumidores, valendo-se de peças
que se destaquem na massa de informações que atinge,
diariamente, o cidádáo urbano. Normalmente, uma
agência destina de 15% a 20% da verba do cliente para
produção das peças publicitárias e de 80% a 85% à
veiculação. Há casos de sensível alteração na proporção,
com a produção chegando a custar a metade da verba do
anunciante, em favor de um filme ou anúncio que
capture a atenção do consumidor.
Consumo alto
Contrabalançando a retração de alguns grandes
clientes industriais das agências, o incentivo ao consu-
mo representado pelos altos índices de inflação tem
motivado a venda de todo tipo de produtos de uso
pessoal, fazendo aumentar a participação do comércio
no volume da verba de propaganda.
Outra característica do mercado de consumo é a
sofisticação de produtos como os eletrodomésticos. Em
1976, a CEE — fabricantes de equipamentos de som —
previu que a classe média passaria por dificuldades
econômicas e resolveu entrar numa linha popular. Hoje,
exibe uma soflsticadíssima linha de aparelhos de som.
É, provavelmente, a reduzida dimensão do merca-
do consumidor de alta renda que está levando à busca
de diferenciação, inclusive para acelerar o processo que
se convencionou chamar de obsolescência planejada —
a substituição de um produto multo antes de se encerrar
seu período de vida útil — afirma Roberto Bahiense, da
Denison.
Foi nesse processo de incentivo ao consumo pela
diferenciação que surgiram as geladeiras com torneiras
embutidas para água gelada, os fogões com acendedores
automáticos, os televisores que se desligam sozinhos e
até uma enceradeira Fórmula-1.
Vai-se vender muito neste Natal — antecipa
Japiassu. Luiz Macedo também está otimista: "As gran-
des agências sáo, hoje, complexos de comunicação em
condições de enfrentar as oscilações do mercado. Entre
as pequenas e médias, tratando-se de empresas de
serviços, há uma grande rotatividade de contas e de
pessoal. Mas acredito que o talento e a criatividade de
muitas das agências de menor porte e sua maior capaci-
dade de adaptação e especialização permitirão superar
os maus momentos."
g£ COMPANHIA ESTADUAL
69,7 41
mil, quatrocentos e noventa e nove cruzeiros), com prazo de
execução dos serviços de 180 (cento e oitenta) dias.
A licitação será realizada às 10:00 (dez) horas do dia 25 de
novembro de 1980.
^ DE ENERGIA ELÉTRICA RS
A íntegra do edital poderá ser adquirida mediante a indenização
%
de CrS 4.000,00 (quatro mil cruzeiros). (P
AVISO DE EDITAL
A MERNAK OFERECE DE LICITAÇÃO
A Companhia Estadual de Energia Elétrica avisa que
0 MÁXIMO EM lançou Edital de Licitação para comprar os seguintes
materiais:
01 — Medidores de energia elétrica ativa, monofásicos
e polifásicos;
02 — Medidores de energia elétrica ativa (kWh)
CALDEIRAS UTILIZANDO cos com indicador de demanda máxima polifási-
minutos;
de 15
03 — Medidores de energia elétrica reativa
COMBUSTÍVEIS 04 — Transformadores de corrente de Baixapolifásicos-
Tensão-
05 — Transformadores de potencial de Alta Tensão-'
SÓLIDOS. 06 — Transformadores de corrente de Alta Tensão-'
07 — Contador Universal, Digitec, para a mpdição'de
freqüência, período, intervalo de tempo, relaçáo
A Mernak fabrica Caldeiras que utilizam combustíveis de freqüência e totalização.
como lenha, carvão, casca de arroz, bagaço de 08 — Termômetro padrão Digital, marca Yew
cana, casca de caju, resíduos de madeiras e outros 09 — Miliwattímetro (mW) eletrodinâmico, classe 0 2
10 — Miliamperímetro (mA) eletrodinâmico, classe 0 2
similares com a eficiência e tecnologia conquistadas
há mais de 60 anos. 11 — Mihvoltímetro (mV) eletrodinâmico, classe 0 2
12 — Medidor de ângulo de fase digital.
Caldeiras Mernak, alimentadas a combustíveis sólidos,
o.máximo em economia para sua empresa. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
1 — Os esclarecimentos
para a apresenta-
ção da documentação dos ofertantes,
o Edital, as Especificações Técnicas dé
Medidores e, a minuta do contrato
básico para o fornecimento de medido-
res, estarão à disposição dos interessa-
dos a partir do dia 06 de novembro de
1980, no horário das 14h00 às 17h00
ao preço de CrS 6.000,00 (seis mií
cruzeiros), no seguinte endereço:
~ Superintendência de
Suprimentos da
t-~ MERNAK S.A.
Av. Júlio de Castilhos, 596 — 4o andar —
sala 404
ii:|l|vJ Fabricantes de Caldeiras, Locomovais Telefone: 33-7400
e Bombas Centrífugas.
Rua Otto Mernak, 276 Fone: 10511 722-2144 Porto Alegre — RS — 90.000
Cachoeira do Sul RS
2 — A entrega das propostas se dará impre-
Representante no fíio da Janeiro: tenvelmente às 15h00 do dia 04 de
IBEME S/A. dezembro de 1980. no local acima
Rua Luiz Ferreira, 15 - esq. Ai Brasil, 5550 mencionado.
Fone: (021) 280.9622 - RJ
Porto Alegre,
10 de novembro de 1980.
SERVIÇO
JJÉJjpat SEXTA-FEIRA CADERNO B
4§Sk
JORNAL DO BRASIL
w Administração Amaral de Souza
 14 —
Falecimentos
Rio de Janeiro
Arquivo — 24/7/61
«16. fi à ¦ *
HL AmW—
j ^A^M JAaavt.
'mWjàaaaA KhL
José Maria Scassa
José Maria Scassa, 68, cronis-
ta esportivo, torcedor do Fia-
mengo, tinha um dos melhores
arquivos do futebol brasileiro.
Foi comentarista esportivo da
TV Tupi, TV Rio e TV Globo,
tendo atuado também nas Rá-
dios Tupi e Globo. Atua na
crônica esportiva desde os tem-
pos do locutor Ary Barroso,
com quem fez dupla nas trans-
missões de jogos de futebol.
Morreu em casa, nas Laranjel-
ras, depois de flcar paralitico há
mais de um ano e de ter se
submetido a uma intervenção
cirúrgica para extirpar um coá-
guio no cérebro. O corpo está
sendo velado na capela C do
Cemitério de São Francisco
Xavier, no Caju, onde será se-
pultado às 9 horas de hoje. Era
casado, e deixa um fllho.
Jaci Ferreira Carinho, 52, in-
fecção urinaria, militar, morava
na Tijuca.
Iara Franca Sávio, 83, trom-
bose, viúva, morava na Tijuca.
Hercilio Levi de Souza, 74,
insuficiência cardíaca, Dona de
casa, morava em Copacabana.
José Carlos de Freitas, 74,
enfarto, militar, viúvo, morava
em Botafogo.
Augusto Ferreira dos Santos,
77, broncopneumonia, aposen-
tado, viúvo, morava no Méier.
José Olímpio da Silva, 53,
enfarto, era solteiro, natural de
Minas Gerais, morava no Rio
Comprido.
Ricardo Luís de Jesus Olivei-
ra, 20, broncopneumonia, sol-
teiro, estudante, morava no Ca-
tete.
Juarez Francisco Xavier da
Silva, 16, traumatismo do crâ-
nio, auxiliar de carpinteiro, mo-
rova na Pavuna.
Sebastião Ferreira dos San-
tos, 28, hemorragia, era casado.
Soldador, morava no Lins.
Joào Damasceno Coelho, 80,
insuficiência cardíaca, vigia.
Era viúvo, morava em Bota-
fogo.
Estados
Nelson Washington Vianna,
85, de parada cardíaca, em Belo
Horizonte; mineiro de Curvelo,
escreveu quatro livros: Foicei-
ros e Vaqueiros, Chico Doido,
Serões Montesclarenses e Efe-
mérides Montesclarenses (1707
a 1962); era engenheiro, geógra-
fo e membro do Instituto Histó-
rico e Geográfico de Minas Ge-
rais; casado com Julieta Cabral
Vianna, nâo tinha fllhos.
Estiagem
termina
na Bahia
Salvador — Depois de nove
meses de estiagem, com uma
seca que dizimou cerca de
80% das lavouras e parte do
gado, a região do Vale do Sáo
Francisco teve ontem as pri-
meiras chuvas deste flnal de
ano, para alegria da popula-
ção rural.
Enquanto isso, a cidade de
Juazeiro ficou parcialmente
inundada; casas comerciais e
repartições públicas foram
danificadas pelas águas, que
caíram em grande volume. A
Prefeitura, com a ajuda dos
moradores, já começou a to-
mar providências para apres-
sar o escoamento das águas.
ENTUSIASMO
Na zona rural, ontem mes-
mo, alguns lavradores inicia-
ram o plantio de feijão, milho,
abóbora, melão e melancia,
principais produtos cultiva-
dos nesta época, enquanto a
maioria se preparava para
reiniciar o trato da lavoura.
Também na região de Irecê,
maior produtora de feijão
mulatinho do país, as chuvas
que eram esperadas mês pas-
sado começaram a cair on-
tem, deixando entusiasma-
dos os produtores, que já te-
miam uma quebra da exce-
lente safra esperada para este
ano.
Em uma área para plantio
estimada em 362 mil hecta-
res, a região de Irecê partici-
pa com 257 mil hectares nesta
primeira safra de 1980/81 da
Bahia. Até agora, cerca de
80% da área já está prepara-
da para o plantio, aguardan-
do apenas a chegada das
chuvas.
CASA
QUINTA-FEIRA
CADERNO B
JORNAL DO BRASIL
JORNAL DO BRASIL segundo-feiro, 10/11/80
D D Io Coder.
Ex-soldado da PM
Tempo
morre em Duque de
INPflCNPq — ?M7m (9/11/80) — Via Rlo-Sul
Caxias com 8 tiros
O ex-soldado da Policia Mili- te, até que viram Valter subir a
tar Valter Perfeito de Moura, de rua e se aproximar de onde eles ~^^
28 anos, foi assassinado com estavam. Um deles gritou "aí a- "•— 4 WPJAm
*
AAAtaaaByB^^^jl^A
*m aaaaam^. mm —?MM*
oito tiros, nas últimas horas da vem ele" e, em seguida, todos ^3 Y:;;#jjasjPa» mr fll Bk«i Ak
noite de sábado, na Rua Caíno- sacaram as armas e atiraram. jk ^^A \w
rim, na Vila Sáo Luís, em Du- Valter vestia camisa quadri-
que de Caxias, por 10 homens culada e bermuda branca e cal-
que bebiam em uma tendinha e cava chinelos brancos. Tinha ^rmmWaWw ™ IB^B ^rím wAmà£^m\ mm\ *>• tfll
aguardavam sua passagem. Ele ficha criminal e sua primeira WW^m m^f^àiaaa^aa^^aââl^m
vaa ¦^^fl^Vfl aaaaWàaaaaaaaak. • . ^a%\. B
KOI w. \^fl R L ^H
estava querendo tomar o ponto
de venda de maconha de Luis prisáo ocorreu em 9 de julho de
1974, por assalto a mão armada,
vfl || H WÊAWm^^aa^y^^^
j^^^^B ^y^S
Carlos da Silva Lima, o Lola, o que lhe valeu a expulsão da ^^JW\ ^M^M AA^M iaaaW
morto há dias, que denunciou Policia Militar,
torturas na 59a DP. Segundo o delegado
Desde a prisão de Lula, o ex- Abdias, Valter vinha sendo con-
PM passou a freqüentar o local siderado o terror da Vila Sào
onde foi morto e ameaçar to- Luis, depois da morte de Lula.
mar o ponto. Com dois revolve- Armado com dois revólveres,
res na cintura, abusava de mu- provocava aspessoas e acabou
lheres casadas e mocinhas. Vál- arranjando vários Inimigos. O
ter—que foi expulso da Policia ódio dos moradores por ele
Militar por assalto a máo arma- cresceu quando começou a des-
da e respondia a processo na 3« respeitar as mulheres casadas e ^B^^mLa\e > V%íft Jf i A/T Êt aawE^Ê
Vara Criminal — morreu com as estudantes que saiam da es- Bkfl mt -êâi2ê%w%mW^fZáMÊA WHA A
oito tiros, segundo o delegado cola. {WA
flfl fl i Uhá míJmm\wlárf mmWaZ ^LaamT
^B aWA fljfl ft^^Tfl ^PaÉfrfffl^Bi V*v üBr^* mWmmmW*' J fl
Abdias dos Santos.
ÉkJlBr '*mwL Jm
Depois da prisão de Luís Car-
COMO FOI los — e, conseqüentemente, de
sua morte — Valter começou a
¦¦ m
^^^S? mV^wB :^WBftL
\m\mm\ \W\ -miÈÈam
O crime" ocorreu por volta das espalhar na Vila São Luis que Am mm WÊk-^TÊm *..**%%3iEP!fV ^ 4ft^VV fll WmW
mW-
23 h de sábado, na subida da seria o novo dono dos pontos de
Rua Camorim. Um grupo de 10 venda de tóxicos. Valter residia
homens bebla em uma tendi- na Rua Bangu, 310, em Duque fll fl ¦¦ym^/âm^Ê-M ' ' ^^w^nKO:.'.".'^'
mLí' ¦ • -Am WÊ.
nha e conversava animadamen- de Caxias.
II ^|
aaWW'-- ^mm
fe IA
^^ * mTv
*
Assaltante de ônibus é A localização da zona d« convergência inmrtropical sobm
morto por passageiros com
"^ •"''"fc meteròlogico (SMS) sào
o Oceano Atlânlico estend«ndo-se desde o litoral do África ^J'mo?*r"
rwebidas diariamente pelo InsWufo de Pesquisa Espa.
oi* o litoral do altura do Nordeste brasileiro. Podemos
observar a posição de uma frente frio sobre o Oceano
ciais (INPEKNPq) em tào José dos Campos SP
Atlântico, estendendo-se até o litoral dos Estados do Espirito
dois tiros pelas costas Santo, e Rio de joneiro,- e atingindo também o Estaao de
Minas e Golój. Uma outra (rente fria esfá localizada no
Uruguai atingindo a região Nordeite da Argentina, o
As imagens do satélite sào transmitidas em infra-
vermelho. Ai areai brancai indkam lomperatufai bai-
xai • ai areai prtlas lemperalurai elevadas. Conhecen-
do*«e a temperatura dai áreas pretas
¦Quando fugia em companhia de um cúmplice, Paraguai, Mato Grosso e Boiivia. Notamos aindo umo
posição de uma terceiro frente frio no Argentina, no olturo
podemos com uma
escala cromãtica determinar as temperaturas da super-
depois de assaltar o ônibus placa XM-9442, da linha de Bahia Branca. ficie da Terra das manai de ar e do topo dat nuvens.
Campo Grande—Largo de São Francisco, na Avenida
Brasil, em Guadalupe, às 6h da manhã de ontem, o A Variant placa RJ WY-1606, dirigida por NO RIO O MAR A LUA
assaltante Isaías Pinheiro Guimarães, de 22 anos — Nilo Matos da Silva, entrou no Bar Capite, Nublodo podendo instabílizor-se no Marés
residente na Rua Cananéia, 5 051, em Duque de Caxias, na Rua República, 495-B, em Quintino, na decorrer do período. Temperatura está-
vel. Ventos: Noroeste a Sudoeste fracos
Rio/NileróI — Preomar: 04h06m/l,2m
• 16h03m/l.2m. Baixamar:
foi morto com dois tiros nas costas, dados por um dos manhã de ontem, e feriu duas pessoas. O a moderados, com raiadas ocasionais. 11h32m/0.4m e 23h5(W0.3m
Máxima: 35.8 em Jacaré poguá; mini* Angra — Preomar,
passageiros de dentro do coletivo. motorista disse na 28a DP, em Campinho, ma: 21.4, em Santo Tereso
dot
03h04m/l.3m;
Reis
I5h05m/I.2m •
Mesmo ferido, o assaltante respondeu aos tiros e os 23h00m/0.3m. Boixoman
disparos estilhaçaram algumas janelas do ônibus, pro- que o carro tinha derrapado e, por isso, O SOL 10h59m/0.4m e 20h5âm/0.3m.
Cabo Frio — Preomar: 03h48m/l.2m«
CRESCENTE CHEIA
vocando pânico nos quase 20 passageiros. O passageiro perdeu o controle. As duas vítimas, Júlio Nascer.- 05h03m 15h32m/l.lm, Boixomor:
15/11 22/11
que deu os disparos, depois do crime, guardou a arma, César Veríssimo D'Ávila e Sérgio de Olivei- Ocaso: IShlIm I0hllm/0.4m e 22h23m/0.2m
Temperaturas
desceu calmamente e desapareceu, sem que ninguém ra Costa, sofreram ferimentos leves e foram
m
Dentrodobaia: 20
A CHUVA Foro do borra: 20
pudesse identificá-lo. O caso foi registrado pelo delega- medicadas no Hospital Salgado Filho. O Precipitação (mm) Mar meio agitado. Corrente: Le:te pora
do Bandeira de Melo, da 31a. DP. dono do bar, Adelino Carmo Querido, levou Últimas 24 horas 21.0 Sul
Acumulada este mès 67.3
A MULHER passageiros, depois de apanhar
Cr$ 300 do cobrador. Ainda na
tremendo susto e disse que o acidente não Normal mensal
Acumulada este ono
97.4
799.3
OS VENTOS
Noroeste o 5udoeste frocos a modera-
MINGUANTE NOVA
Os dois ladrões haviam em- Avenida Brasil, nas proximida- foi mais grave porque, na hora, havia pou- Normalanuol 1075.8 dos com rojados ocasionais
29/11 7/12
barcado no ônibus na Avenida
Brasil, logo depois de Barros
des de Guadalupe, os bandidos
mandaram parar o ônibus e sal-
cos fregueses. O motorista nada sofreu e se
Filho. Um deles passou pela taram. Quando desceram, um apresentou ao inspetor Ferraz, na 28a DP NOS ESTADOS i, Vrw, ;,;-¦¦>'WJ~—I [~—T
roleta e, perto do motorista, passageiro atirou neles pela ja- Amazonas/ Pará — Nublado c/chuvas esparsas oo Sul.
imobilizou-o com uma arma. O nela e acertou um dos bandidos Demais regiões, nublado a parcialmente nub. Temperatura
outro começou a saquear os com dois tiros nas costas.
Paciente toma remédio com estável. Móx. 33; min. 27. Acr»/ Roraima/ Amapá — Nub. a
pte. nub. Temp.: estável. Móx. 33,4; min. 22,8. Rondônia —
Timóteo, em MG, faz
Nub. c/chuvas esparsas. Temp.: ettável. Máx. 32,9; mín. 22,
nitrato de prata e pele Moronhóo/ Piauí/ Ceará/ R. Gde. do Norte/ Poralbo/ Pernam-
buco/ Alagoas/ Sergipe— Pte. nub. Temp: estável. Màx. 29,
min. 24,9. Bahia — Pte. nub. o nub. Temp.: estável. Móx.
plebiscito para decidir se
muda de branca para preta 28,8; mín. 24,4. Mato Grotio — Nub. a ene. c/chuvas
esparsas. Temp.: estável. Máx. 22,4; mín. 18,5. R. G. do Sul
— Encoberto c/chuvas ocasionais no Leste do Estado, Demais
muda nome para Acesita Porto Alegre — O fotógrafo Olde dos Santos Néri, regs., nub. a pte. nub. Temp.: em lig. declínio. Máx. 20,4;
mín. ló. Goiái/Braillia — Nub. a ene. c/chuvoi esparsas.
Belo Horizonte — Com os quase 80 mil habitantes de 55 anos, da cidade de Flores da Cunha, vai processar Temp: estável. Máx. 25,8; min. 18. Minas Gerais —
se dividindo entre o nome oficial — Timóteo — e aquele um médico — cujo nome não revelou — pedindo indeni- Encoberto o nub. ainda sujeito a chuvos esparsas. Temp.:
pelo qual a cidade vem sendo chamada há anos — zação. O médico receitou um remédio para gastrite — estável. Máx. 27,2; min. 18,2. Espirito Sonto — Nublodo.
Temp.: estável. Sâo Paulo— Encoberto c/chuvas ocasionais
Acesita — foi realizado ontem, em clima animado e Elixir de Colargol — que, por ter nitrato de prata em no W/SW do Estodo. Demais regs., encoberto a nub. c/chuvas fmnu ru****** | ^fár\ 1/ iL7|l"^*t--
cheio de discussões, mas sem maiores problemas, o sua composição, escureceu sua pele, transformando-o esparsas, ocasionalmente, em forma de pancadas. Temp.:
de branco em'preto. em lig. declínio. Móx. 26,8; mín. 19,4. Paraná—Nub. a pie.
plebiscito para decidir sobre o nome definitivo deste nub. no Oeste do Estado. Demais regs., nub. a encoberto
ANÁLISE SINÓTICA DO MAPA DO INSTITUTO NACIONAL Dt
METEOROLOGIA. Frente fria atividade moderada no Sul de
município do Vale do Aço, a 200 quilômetros desta A responsabilidade do nitrato de prata na mudança c/chuvas esparsas, ocasionalmente, em forma de pane. Minas atingindo o Atlântico entre Rio de Janeiro e Espirito
Capital. Sonto. Frente fria pelo interior Sul do Paraná tendendo
da cor foi confirmada pelo médico Mário Postiglione, Temp.: em lig. declínio. Móx. 25,1; mín. 17. SP Catarina —
fundir-se c/a frente superior.
Segundo o delegado de polícia de Timóteo, Menoti com quem o fotógrafo está-se tratando, que já lhe Instável c/chuvos,- passando a nub. no decorrer do período.
Anticiclone polor c/centro de 1021 MB o 35°S/70°W
Marani, as autoridades tiveram que intervir em algu- garantiu que não existe condição de ele recuperar a cor
Temp.: em declínio. Móx. 23,3; mín. 22,2. R. Gde. do Sul —
Nub. a pte. nub. no Sul e Oette. Instável c/chuvas esparsas,
Anticiclone sub-lropical c/centro de 1019MB a I8°S/30°W.
mas discussões e pequenos atritos, entre partidários de branca. A ingestão do medicamento ocorreu há um passando a nub. nas demais regs. Temp.: em declínio ò
um e outro nome, "mas o plebiscito correu normalmen- ano. noite. Estável de dia. Máx. 18,4; mín. 14,2.
te". O juiz encerrou a votação às 17h e retirou-se para o nublado — Cairo, 26. claro — Chicogo, 14, cloro — Umo,
clube social de Coronel Fabriciano, o casa de campo, RACISMO sionais. Muitas pessoas pen- 17, nublado — Lisboa, 14, nublodo — londres, 7, nublodo
NO MUNDO
onde hoje, às 8h, começarão a ser apurados os votos de
mais de 20 mil eleitores. O Sr Older dos Santos Neri,
savam que ele usava um
bronzeador especial. Amsterdã, 5, encoberto— Atiunçóo, 14, nublado— Berlim,
— Modri, 14, encoberto — Montevidéu, 15. nublodo —
Moscou, -2, nublodo — Nova Iorque. 12, nublado — Paris.
7, nublado — Roma, 15, chuvo — Tóquio, 11, cloro —
casado, com oito filhos, já A mudança de cor causou-
BARES AUTUADOS dante de Metalurgia, também
votou para a mudança do contratou o advogado José
Ponzi, de Caxias do Sul, onde
lhe, também, problemas de
racismo em Flores da Cunha,
0, nublado — Bruxelas, 5, nublodo — Buenos Aires. 13, wothington, II, nublodo.
O delegado teve que autuar nome.
dois bares de Timóteo que, des-
cumprindo ordem Judicial, ven-
diam bebidas alcoólicas. O Pre-
O projeto de lei que deu ori-
gem ao plebiscito é de autoria
mora o médico que receitou o
remédio. Há um ano, cônsul-
a 150 quilômetros da capital.
Antigos amigos se afastaram,
ele não recebe mais convites, Assaltante Carro recebe "fechada",
de vereadores de todos os Parti- tou vários médicos, até que
feito Geraldo Reis Ribeiro, elei- dos, que justificaram dizendo um lhe receitou o elixir. Tem- como antigamente, para fes-
que a mudança do nome "é
to pelo MDB com 6 mil votos,
foi um dos que votou pela mu-
dança do nome oficial para
quase uma imposição ditada
pelo bom senso, já que hoje,
pos depois, sua pele começou
a mudar de cor, causando-lhe
tas e bailes e as pessoas pas-
saram a discriminá-lo como cai de sobe calçada, derruba
problemas familiares e profis- negro.
Acesita. Ao contrário da maio-
ria dos habitantes de Timóteo,
que de alguma forma estão di-
decorridos 36 anos de fundação
da Cia. Aços Especiais Itablra-
Acesita, a empresa é conhecida
telhado árvores e cai no Mangue
Juiz de Pacatuba, Ceará,
reta ou Indiretamente ligados à
Siderúrgica Acesita, fundada
há 36 anos no município, ele é
mundialmente e a cidade onde
se localiza a sua usina siderúr-
gica é igualmente conhecida
Belarmino Gomes Siquei-
ra, de 48 anos, foi preso, na
Ao ser fechado por um Brasília não identificado,
ontem à tarde, na Avenida Presidente Vargas, próximo
tarde de ontem, por soldados
decreta prisão de 32
comerciante independente e es-
tudante de Direito. Um de seus
como Acesita e não Timóteo,
daí a necessidade de mu-
dança".
do 5o BPM, sediado no Largo
da Harmonia, em um deposi-
ao Viaduto dos Fuzileiros, o Volkswagen placa SP
UU.6123, da empresa Cetenco, dirigido por Ubirajara
filhos, Paulo José Ribeiro, estu- Ricardo de Jesus, perdeu a direção, subiu à calçada,
cães que morderam pessoas to da Bemoreira, na Rua da
Conceição, 17, no Centro, de derrubou duas árvores pequenas e caiu no canal do
Navio que afundou em 1942 Fortaleza — O juiz da Comarca de Pacatuba, a 30
onde cairá do teto, durante a
madrugada. Ele havia subido
Mangue.
Além do motorista, saíram feridos, com contusões
leves, Edmilson Camelo da Rocha, Elias Almeida Ra-
quilômetros da Capital, decretou a prisão de 32 cães pelas marquizes de lojas da
no mar de Barents é achado vadios que morderam diversas pessoas. O filho de uma Rua Luis de Camões e caiu no
depósito quando tentava des-
mos e Luís Ferreira de Melo, socorridos no Hospital
Sousa Aguiar. Duas guarnições do Grupamento de
das vítimas apresentou queixa e o delegado Francisco
com 5 mil 500 kg de ouro Quintino Farias, alegando não conhecer nenhum dispo-
sitivo legal para resolver o problema, disse que "nada
telhá-lo.
Depois do tombo, Belarmi-
Buscas e Salvamento, do Corpo de Bombeiros, sob o
comando do Tenente Bosco, resgataram as vítimas.
Londres — Os restos do navio britânico Edimbur- posso fazer". no sentiu dores e náo pôde. ALMOÇO Vargas, em frente ao edifício
go, que foi torpedeado, em 1942, em frente ao porto Inconformado com a decisão do delegado, o rapaz mais andar. Sozinho na loja
dos Correios e Telégrafos, um
soviético de Murmansk, no Mar de Barents, com 5 mil foi ao Juiz Isaac Newton Campos, a quem contou que o gritou por socorro até as 16h, Na 18" DP, Ubirajara Ricar-
500 quilos de ouro, foram localizados, segundo anun- quando surgiu uma patrulha do de Jesus disse que traba- Brasilia fechou o carro e ele
funcionário José Néri da Costa tem 32 cachorros, dos do 5o BPM. Os soldados cha- perdeu a direção.
ciou o jornal Sunday Times. lha na obra da Cetenco na
quais 16 fêmeas, e que estavam mordendo mulheres, maram os bombeiros para Rua da Assembléia, e tinha O trabalho de retirada do
O carregamento de ouro, estimado em 130 milhões velhos e crianças em Pacatuba, cidade de 45 mil abrir a porta do depósito e ido ao Maracaná apanhar o
de dólares (cerca de 7 bilhões 930 milhões), destinado a carro do canal provocou um
habitantes. Imediatamente, o juiz mandou que o dele- Belarmino foi preso e condu- almoço dos operários. Quan- congestionamento no transi-
pagar armas e equipamentos de guerra aos Estados gado prendesse os cáes e os recolhesse ao xadrez, o que zldo ao Hospital Sousa to trafegava pela Presidente to até a Praça da República.
Unidos, pertence, em dois terços, ã União Soviética e, foi feito com muita dificuldade. Aguiar. Ele estava apenas de
no restante, à Grã-Bretanha. calção e náo tinha nenhuma
BUSCAS Após quatro meses de rigoro-
SEM ALIMENTO de manter os cachorros pre-
sos, por falta de alimentação
arma. No hospital, disse que
não pretendia roubar; apenas Estudantes Advogado é
sa vigilância da Marinha Sovié- procurava um local para se
Durante 25 anos, noruegue-
ses, britânicos e soviéticos rea- tica, o navio de exploração vol-
Após o recolhimento dos
cáes, o delegado entrou em
e devido ao barulho que eles
faziam, o delegado mandou abrigar da chuva. morrem em assassinado
um "pega"
lizaram buscas, todas em vão, tou à Grá-Bretanha e um porta- contato com o canil da Prefei- colocar os animais em um
do navio torpedeado na II
Guerra Mundial. Recentemen-
te, a empresa de salvamento
voz da empresa declarou que o
Edimburgo foi localizado a 270
metros de profundidade e que o
tura de Portaleía, para trans-
feri-los, mas não obteve êxito,
veiculo e soltá-los nos distri-
tos de Pedras e Messejana.
Quartel do em Rondônia
Risdon Bezley, do porto de porque sua direçáo alegou José Neri da Costa protestou Niterói — Os estudantes Porto Velho — O advogado
ouro está em seus porões. náo ter veículos, os quais es- e disse que vai continuar a
Southampton, obteve autoriza-
çáo do Ministério de Defesa da
Inglaterra, para realizar novas
Acrescentou que a recuperação
do tesouro é dificil, mas não
táo sendo utilizados para
capturar os cáes vadios da
criar cachorros, "pois fiz uma
promessa a Sáo Lázaro de
3° BPM Carlos Alberto Pereira da Sil-
va, de 20 anos, e Vladimir
Agenor Martins de Carvalho foi
morto esta madrugada, por
desconhecidos, com um tiro no
buscas, sob a condição de nào impossível. A empresa terá 40% Capital cearense, que são alimentar animais vadios". Cascaes, de 21, morreram, on- peito ao atender chamados à
entrar no navio. do tesouro. centenas.
Como náo tinha condições
Ontem à noite ele recebeu de
volta três dos cachorros.
pega fogo tem de madrugada, no Hospi-
tal Antônio Pedro, com gra-
janela do quarto de sua residên-
cia. Secretário-geral do PMDB
A pronta açáo de bombel- de Rondônia, Agenor de Carva-
ros do 2o Grupamento de In- ves ferimentos. Eles partici- lho era advogado de trabalha-
cêndio evitou que um prinei- pavam de um pega na Aveni- dores rurais, particularmente
AVISOS RELIGIOSOS
MANLIO MARAT pio de incêndio destruísse
parte dos alojamentos dos
da 2, em Piratininga, e o carro
em que se encontravam der-
ao longo da BR-364, em muitos
conflitos fundiários para manu-
tenção e reintegração de posse.
soldados do 3o Batalhão de
NANCY CORRÊA VASQUES DE ALMEIDA AQUISTAPACE Policia Militar, na Rua Luci-
rapou no asfalto molhado, de-
vido à chuva, e capotou. Goiano de Anápolis, Agenor
DE FREITAS (FALECIMENTO)
dio Lago, no Méier.
O fogo começou no aloja-
No acidente, ainda saíram
feridas Rosana e Regiane
de Carvalho teve grande parti-
cipação no extinto MDB e ulti-
mamente em seu sucedâneo. O
corpo não foi velado nesta capi-
(MISSA DE 7° DIA) Sua família, colegas e amigos comunicam mento da 1* Companhia de Reis Fernando, irmãs, de 17 e tal, sendo translado para Ana-
Policia e náo se propagou de-
Paulo Vasques de Freitas, esposa e filho, Ivan seu falecimento e convidam para o seu vido à chegada rápida dos 19 anos, e um outro estudante polis, ainda na manhã de hoje,
Vasques de Freitas, esposa, filhas, genros e ainda náo identificado, que onde serã sepultado.
sepultamento hoje, às 16 horas, saindo o bombeiros. Uma ponta de ci-
t netos convidam para a missa que será celebrada ficaram internados no mesmo Nos últimos quatro anos,
às 11 horas do dia 11, na Ig. N. S. Conceição e féretro da Capela Real Grandeza n° 1 para o garro que teria caído sobre a Agenor de Carvalho sofreu três
cama de um dos soldados foi hospital. O acidente foi regis- atentados em sua residência.
Boa Morte (Ros. x M. Couto) Cemitério Sâo João Batista. apontada como a causa do trado pela 79a Delegacia Poli- Este último, não tem qualquer
princípio de incêndio. ciai. pista sobre seus autores.
 JORNAL DO BRASIL D segundo-feiro,
Bemie vai ao autódromo e confirma GP em março
Diante de bom público, que
lotou as arquibancadas do
autódromo de Jacarepaguà, o
goiano Alencar Júnior, da
( equipe Jorlan/Tauroflex, pilo-
tando com categoria e inteli-
gência, venceu as duas bate-
rias de 15 voltas da 11* etapa,
disputada ontem, e assumiu
a liderança do Campeonato
Brasileiro de Stock-Cars.
i Alencar tem 162 pontos, um à
frente de Ingo Hoffman, que
teve problemas com seu carro
e náo marcou pontos.
A prova foi assistida pelo
presidente da CBA, Charles
Nacache e pelo presidente da
FOCA (Associação dos Cons-
trutores de Fórmula-1), Ber-
nie Ecclestone, que confirma-
ram a realização do Grande
Prêmio Brasil para o dia 29 de
março no autódromo do Rio
de Janeiro.
INGO SAI DA PISTA
Quem compareceu ontem
ao Autódromo não se arre-
pendeu com a qualidade do
espetáculo apresentado pelos
pilotos. Desde o começo, Ingo
Hoffman, que liderava o Cam-
peonato, alencar Júnior, Pau-
lo Gomes e Zeca Giaffone,
todos com chances ao título,
buscavam conseguir a me-
lhor posição na corrida, pro-
porcionando boas disputas.
Na largada da primeira ba-
teria, Paulo Gomes, que era o
pole-position, saiu atrasado,
do que se aproveitou Zeca
Giaffone para assumir a pri-
meira colocação, logo na pri-
meira curva, Ingo Hof&nan,
que largava em sexto, tentou
ultrapassar Alencar Júnior e
Paulo Gomes, que se retarda-
ra, mas saiu da pista e foi
para a 11* posiçáo.
Na terceira volta, Zec_
Giaffone se mantinha em pri-
meiro, seguido de Alencar Jú-
nior, Afonso Giaffone e Paulo
Gomes, enquanto em quinto,
bastante distanciado, vinha
Altemir Spinelli, companhei-
ro de equipe de Alencar. Na
quinta volta sentindo que seu
carro não vinha bem, Afonso
Giaffone abriu para Paulão
passar e tentar alcançar
Alencar, que tentava ultra-
passar Zeca. Na sexta volta,
Alencar conseguiu ultrapas-
sar Zeca no final do retão, o
mesmo fazendo Paulo Gomes
e Afonso Giaffone no miolo
Sul.
Na sétima volta, ao chegar
na curva dos 90°, Paulão assu-
miu a liderança, que perderia
porém na reta dos boxes
quando seu carro apresentou
visível queda de rendimento,
já que o forçara ao máximo.
Com isso Alencar, Afonso e
Zeca o ultrapassaram. Pouco
depois Paulão foi aos boxes,
voltou deu mais uma volta,
mas seu carro teve problemas
e acabou com o motor fun-
dido.
Ingo Hoffmann que havia
ficado para trás, mas fazia
boa corrida, acabou tendo de
abandonar a prova na décima
volta, com problemas de sus-
pensão e diferencial, enquan-
to Alencar, Afonso e Zeca
mantinham suas posições e
terminavam a bateria nesta
ordem. Joáo Carlos Palhares
ficou em quarto lugar e Alte-
mir Spinelli em quinto.
ALENCAR TRANQÜILO
Na disputa da segunda ba-
teria, Alencar já estava mais
tranqüilo, pois tanto Paulo
Gomes como Ingo Hoffman
náo conseguiram recuperar
seus carros a tempo e não se
apresentaram para seu inicio.
Com isso a disputa, como já
Bragantini é campeão
invicto na F-Ford
Sáo Paulo — O paulista Ar-
thur Bragantini, da equipe
Gedore, venceu ontem, no au-
tódromo de Interlagos, a oita-
va e última etapa do Campeo-
nato Philco de Fórmula Ford-
Corcel, conquistando, invic-
to, o titulo deste ano.
Na prova de ontem, ele ven-
ceu as duas baterias com o
tempo final de 39ml0s87 e
média horária de 144.691 km.
O torneio Philco Corcel II
foi vencido pelo paulista
Aloysio Andrade Filho, com o
tempo de Ihl2m55s46, nas
duas baterias.
O resultado final da prova
de ontem foi: 11 Arthur Bra-
gantini. 30ml0s86; 2) Amedeo
Ferri. 39ml9s61:31 Valter Sol-
dam, 39m22s25; 4) Maurizio
10/11/80 D Io Caderno
Marcos Penido
se previa, seria entre Alencar,
Affonso e Zeca.
Affonso assumiu a lideran-
ça, seguido de Alencar e Zeca
Giaffone e até a terceira volta
se mantiveram sempre bem
juntos, com João Carlos Pa-
lhares (Capeta) mais afasta-
do. Na quarta volta Alencar
passou Affonso na curva dos
90°, continuando Zeca em ter-
ceiro.
O carro de Affonso demons-
trava estar melhor na reta
flnal, mas Alencar fazia o pos-
slvel para que Affonso não
conseguisse aproveitar seu
vácuo. Mesmo assim Affonso
conseguia emparelhar no fi-
nal da reta chegando a fazer a
curva juntos. Na salda, Alen-
car aparecia na frente,
Na nona volta, Zeca passou
Affonso, cujo carro demons-
trava perda de rendimento,
enquanto João Carlos Palha-
res, aproveitando-se do mes-
mo defeito, também passou
Affonso, mantendo-se Alen-
car na frente. No flnal Zeca
Giaffone ainda tentou algu-.
mas ultrapassagens sobre
Alencar mas não conseguiu.
VIBRAÇÃO
Vibrando com a vitória, que
em determinados momentos
chegou a parecer diflcil, o
goiano Alencar Júnior atri-
buiu-a a sua vontade de assu-
mir a liderança do Torneio, a
apenas duas provas de seu
encerramento:
Tive que suar muito para
conseguir a vitória. Meu carro
estava bom; embora nào esti-
vesse tâo firme na saída de
curva como os dos irmãos
Giaffone. Mas no retão ele
desenvolvia bem e foi lá, no
único ponto em que poderia
passar, que consegui a ultra-
passagem.
Alencar fazia as contas de
como estava o campeonato e
de suas chances e ao saber
que flcou um ponto à frente
de Ingo lembrou que a dife-
rença pode aumentar. Ele
conta com mais três pontos
de uma pole-position conse-
gulda no Autódromo de Taru-
má e que lhe deverào ser con-
cedidos Já que nada foi en-
contrado de irregular no mo-
tor de seu carro.
Mas o que importa mes-
mo é que agora minhas chan-
ces são praticamente Iguais
às de Ingo e isso me dá mais
tranqüilidade para disputar o
título deste ano.
Se a vitória deixou Alencar
satisfeito, Paulo Gomes, que
vinha liderando a bateria,
quando teve problemas com
o motor, estava desolado,
lembrando ser esta a primei-
ra vez que isso acontecia com
seu carro:
Não sei como isto foi
acontecer. O carro estava
bem e fatalmente seria o ven-
cedor, pois corria mais que os
outros. Agora só me resta ten-
tar vencer as duas últimas
provas (este fim de semana,
no Rio, e dia 30, em São
Paulo).
Ingo Hoffman lamentava
seu azar na corrida, mas ain-
da se acha com grandes chan-
ces de conseguir o titulo:
Larguei bem e fui logo
para o terceiro lugar. Infeliz-
mente, o Alencar foi em cima
de mim e acho que não foi
propositalmente. Logo de-
pois foi o Paulão e meu carro
perdeu toda a estabilidade.
Ainda tentei continuar na
corrida mas na 10" volta,
quando entrei na curva, antes
da reta dos boxes, o carro
rodou. Puxei o freio de mão e
o carro acabou com a caixa
de câmbio e o diferencial que-
brados. Mas ainda tenho
chances e vou lutar pelo ti-
tulo.
Salla, 39m39s25; 5i Renato
Assad Filho, 39m47s07; 6)
Jorge Martina wski,
39m47s36.
Tanto Bragantini quanto
Aloysio conquistaram o Tro-
féu Dez Anos de Fórmula-
Ford, especialmente instituí-
do pela Ford Brasil para co-
memorar o 10° aniversário da
implantação da categoria no
pais.
Destaque ainda foi Amedeo
Ferri, que teve a melhor volta
do campeonato, com o tempo
de 2ml3s39. com uma média
horária de 146.473 quilóme-
tros. Ontem, ele fez sua me-
lhor prova nesta temporada,
mesmo depois de ter o carro
quase inutilizado nos treinos
de sexta-feira.
ESPORTE _ 15
ORTES
**- 3
Fotcs de Ronaldo Théobold
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'¦_'-'¦¦ .. í..vv.. ¦¦_¦'.-¦'
Com bons duelos durante toda a corrida, o Campeonato BrasUeiro de Stock-Cars teve ontem, em Jacarepaguó, uma etapa bastante disputada
Eclestone não crê em Piloto Equipe
Classificação Geral
Pontos
1° Alencar Júnior Jorlan/Touroflex
acordo entre FISA e FOCA 2°
3o
Ingo Hoffman Jonhnson/Grand Pnx/Pompeia
José Zeca Giaffone Avoline/Jaime Silva
162
161
132
Bernle Ecclestone garantiu ontem, no Auto- apoia a FISA, é incerta, o que nâo chega a
4o Paulo Gomes Coca-Cola/Diasa/laguna 124
5o Affonso Giaffone Avoline/Jaime Silvo
dromo do Rio de Janeiro, que já existe um surpreender Bernie: 107
contrato assinado entre a Riotur e a FOCA, — Nossa intenção, é claro, é a de nào perder 6° Reinaldo Campello Rede Bandeirantes/Smirnoff 89
válido por quatro anos, para a realização do ninguém. Mas lembro que em 1976 tivemos
Grande Prêmio BrasU, no Autódromo de Jaca-
uma ótima corrida no Rio sem a participação
repaguá. da Alfa Romeu e da Renault e tudo correu bem.
Bernie que está no Rio de passagem para
Acho que o importante é que os patrocinadores
Buenos Aires, onde irá tentar contornar os querem um campeonato viável, pouco impor- Classificação Final
problemas existentes para a realização do tando se é da FOCA ou da FISA.
Grande Prêmio da Argentina, que ainda não Piloto n" Equipe
Sobre o contrato com a Riotur para a utiliza-
aceitou o calendário da FOCA, assegurou que ção do autódromo por quatro anos, Bernie Alencar Júnior 02 Jorlan/Tauroflex
Já está com todo o esquema pronto para a Ecclestone nâo quis falar muito, mas irá pagar José Zeca Giaffone 31 Valvoline/Jaime Silvo
realização do Grande Prêmio Brasil no dia 29 um depósito de 40 mil dólares (cerca de Cr$ 2 3o João Capeta Palhares 01 GPC/Polvax/Synleco/Soberana
de março. milhões 400 mil) por sua exploração por este 4o Affonso Giaffone 26 Valvoiine/Jaime Silva
Acompanhado do presidente da Confedera- 5"
periodo. Luís Alberto Pereira 56 Loias Abaelé/Barf
çâo Brasileira de Automobilismo, Charles Na- Ao opinar sobre as minissaias dos carros, 6' Valtemir Boião Spinelli 58 Jorlan/Tauroflex
cache, do presidente da Federação Estadual de que poderão ser abolidas para a próxima tem- 7o Reinaldo Campello 1 Bandeirantes/Smirnoff
Automobilismo, Joaquim Mello, de quem diz porada, comentou: "Sou contra; afinal, sem 8o
ser "grande amigo" e do presidente do Rio sala, eles váo ficar indecentes". 9o
Pêquèpé Pedro Queiroz Pereira 15 Avulso
Motor Clube, Amadeu Girão, Bernie, de roupa César Drumond 50 Avulso
10° José Carlos Catanhede 04 Sincauto/Pneulándia
esporte e bastante comunicativo, deixou claro
que na próxima reunião, no dia 31 de novem- Piquet de contrato novo
bro, entre membros da FISA (Federação Inter-
nacional de Automobilismo) e da FOCA, dificil- Sem querer se referir a cifras, Bemie conflr-
mente se chegará a um acordo para a realização mou que Nelson Piquet assinou um novo con-
de um calendário comum; chegando a fazer trato com a Brabham, por 3 anos "e ele certa-
duras criticas: mente deve estar entre os cinco pilotos mais
— A FISA está tentando mudar as condições bem pagos do mundo".
legais das corridas de Fórmula-1 e isso é inacei- Sempre demonstrando confiança nas possi-
tável. Já fizemos cinco acordos com eles e não bilidades de Piquet para a próxima temporada,
respeitaram nenhum, entre eles o de Interlagos Bernie acha que ele tem tudo para ser cam-
no ano passado, quando a FISA chegou a fazer "agora com mais experiência e
a CBA pagar 3 mil dólares (cerca de Cr$ 200 mil peão, com os
serviços da Brabham colocados a seu inteiro
para vir um inspetor aqui ver a pista e não fazer dispor".
nada. E isso eles fazem no mundo todo. A
diferença básica entre nossas organizações é
que estamos querendo fazer um trabalho de Nacache não esclarece
nivel profissional, enquanto a FISA é mais
política, procura promover-se e beneficiar seus O presidente da CBA, Charles Nacache, as-
associados, inclusive como forma de fazer turis- segurou a realização do Grande Prêmio Brasil
mo. Por isso acho muito difícil um entendimen- de 1981, em março, no Rio. No entanto, disse
to entre nossas organizações.
que o Brasil só fará a corrida "dentro da lei",
Sempre confiante em suas afirmações, Ber- sem esclarecer se está ao lado da FISA ou da
nie mostrou um documento com a assinatura FOCA.
de presidentes de confederações de vários pai- Nacache acha que os problemas poderáo ser
ses, garantindo desde jâ 15 circuitos e 23 carros solucionados na reuniáo de 31 de novembro
para a disputa do Campeonato Mundial de entre os membros das duas organizações e
1981. prefere aguardar, "pois temos multo tempo
Os países que assinaram o documento sáo: para a realização de nosso Grande Prêmio".
África do Sul, Estados Unidos (3 Grandes Prè- O maior problema de Nacache é que terá
mios), Itália, Bélgica, Canadá, Suécia, Alemã- "
que deixar o cargo obrigatoriamente em 31 de %i,y':-f'i^sf^f-:t. ííí*
nha, Austrália, Grã-Bretanha, Brasil, México e janeiro, dois meses antes da realização do GP •"•¦¦¦•..''.¦.•':.:«'';••-i,- v'.-V":'y^J-f'^
Espanha. Mesmo com o Grande Prêmio da do Brasil, mas ele garante: "até lá, deixarei .,<v.,-íív..\;" :.-;,-.
......;_**w#s«8&fi3S^^^^ :'>;í*''.í:.i;;"-*.'<v y?í%íS-Y^S*>i:
Itália confirmado, a presença da Ferrari, que tudo acertado para sua realização".
O carioca Renato Muniz venceu a abertura da Fórmula-Honda
Protestos tumultuam motos
Em festa bem organizada, com desfile Renato acha que com a vantagem conse-
antes da prova, espetáculo de fogos de artifi- guida aqui poderá entrar com calma na
cio e distribuição de brindes ao público, foi próxima prova, em Goiânia, domingo que
disputada ontem, no autódromo de Jacaré- vem. Seu maior rival continuará sendo Mar-
H&sfiEcw&*&*£aH HHS§&v'' s M
'^S*.»jr^^ • Àm,v ^4c- ^ 'W|in|i ihí^^i ^R^v^^
paguá, a 1* etapa do Campeonato Brasileiro ceio Maruli. com quem disputa os campeo-
de Fórmula-Honda, vencida pelo carioca natos brasileiros ha vários anos.
Renato Muniz, com o tempo de 21m46s26.
para as 21 voltas.
A contrário do bonito espetáculo propor- Protestos
cionado pela Fórmula-Honda. na outra pro-
va, organizada pela Federação de Automo-
bilismo, reunindo categorias 125 cc. 350 cc
esporte e 350 especial, houve total desorga-
Os protestos após a corrida seguinte que
reuniu as diversas categorias do Campeona-
to Estadual, sem que riinguém conseguisse
nização e os resultados — não divulgados à
imprensa — estão sub-judice. devido ao entender-se. deixaram os resultados sub-
protesto dos pilotos da categoria 125 cc. que judice até quinta-feira, quando serão jul-
gados.
alegam irregularidades na prova. Era a últi-
ma etapa do Campeonato. Os pilotos de 125 cc. que participaram da
prova e conheciam o regulamento protesta-
O vencedor ram por se julgarem prejudicados, por larga-
rem com os motores ligados — normalmente
Tímido ao falar, embora na pista seja largam com os motores desligados, o que
conhecido por suas manobras arrojadas. Re- nào acontece nas outras categorias — e por
nato Muniz, o campeão carioca, de 20 anos. terem que dar 14 voltas no circuito, quando
13 dos quais de motociclismo. atribuiu sua normalmente disputam apenas 10 voltas.
vitória na Fórmula-Honda à vantagem de já Com isso, a desorganização ao final da prova
conhecer o circuito e à sorte, pois o líder da foi total, sem que o presidente da Federa-
prova, o gaúcho Marcelo Maruli. caiu na çào, Norman Casari, responsabiliza-se pelos
quinta volta e náo mais se recuperou. acontecimentos.
Classificação Fórmula Honda
Piloto Equipe
1= Renato CLintons Muni; Morana Veículos
2° Almir José Dono<o Avutjo
3' Santo Feltrim Neto Avulso
4' Carlos Farias Júnior Motor J_mbc, D^os Rodos/Tronsbroill
Bernie (D) disse a Nacache que tem esquema pronto para GP-Brasil 5C Eduardo Silva Edmar Ferrero
 16-LOTERIA/TURFE JORNAl DO BRASIL D segunda-feiro, 10/11/80 D 1o Caderno

Ujica vence o
José Camilo do Silvo
yyy'.-' iy-y •.-•• ry ;y^^W^^^my: >7yr7AyrrrryByyyyi

Loteria Esportiva
Comparação e as
'B'-'. :'0&r .¦¦..;' ¦¦¦yy Èíí?;%S Teste 521
4 anos dominam (33%)
Jogo 1 — Flamengo/RJ x Vasco/RJ
(34°0) (33.b)
Ujica, por Waldmiester em Clarabella, venceu o No Rio. Jogo absolutamente igual e sem qualquer margem
para
Grande Prêmio Mariano Procópio, comparação de prognóstico. Os dois clubes sáo os maiores candidatos ao título do
returno, o que possibilitará ao vencedor decidir o Campeonato
éguas, dando, mais uma vez a vitória às represen- Estadual de 1980 com o Fluminense. Quem puder, deve fazer triplo
tantes da geração de quatro anos. Na dupla tam- Caso contrário, a aposta vai se calcar num mero palpite ou ná
bém ficou uma das mais velhas, Sandstorm, sob a paixão clubistica.
Últimos resultados: do Flamengo — Campo Grande Sal'
direção de Francisco Estevs. No terceiro e quarto Fluminense, 2 a 2; e Bangu, 2 a 1; do Vasco - Serrano, 3 a 0;'Baniru'
lugares duas potrancas, Burma Road e Vaina. First a 1; e Campo Grande. 1 a 0.
Crop, uma das favoritas, terminou na quinta colo- Jogo 2 — Bangu/RJ x Americano/RJ
cação. <45%) (30%) (2504,)
Em outra prova, tecnicamente interessante, um No Rio. O retrospecto mostra equilíbrio nos entre os dois
Handicap Extraordinário, em 1 mil 600 metros, a clubes. Entretanto, no momento o Bangu sem jogos dúvida está b«m
melhor e, atuando no Estádio de MoçaBonita. tem tudo para
vitória foi de Freitas, sob a direção de Jorge Ricar- vencer. O empate é admissível mas a vitória do Americano nas
do, com Lança Perfume na dupla, dirigido por circunstâncias, será zebra.
Francisco Pereira Filho. O vencedor marcou para Últimos resultados: do Bangu — América, 1 a 0: Vasco 1 a 2'
Flamengo, 1 a 2; do Americano - Fluminense, lal; Botafogo 1 a3ie
os 1 mil 600 metros, em pista de areia pesada lm41s. e América, lal. B ' '
Jogo 3 — Barcelona/ESP x Salamanca/ESP
Resultados (35%) (35%) ,30%)
Em Barcelona. Espanha. O Barcelona figura entre os cândida-
1° PÁREO — 1400 nwlros — Pislo — AP — Prêmio Cr$ 78.000,00. tos ao título da temporada, mas náo realiza campanha que dè
l»Dosi.o,T.B.P.reiro 56 4,70 11 20.70
confiança á sua torcida. Acresce o detalhe de que o Salamanca
. 2°Ofania,A.OIiv.ira $6 2,10 6,20 costuma enfrentá-lo com muita garra, como demonstram os empa-
3» Gowon.J.W. Silvo 56 5,40 4,60 tes (1 a 1 e 0 a 0) nos dois últimos jogos. Pequena margem em favor
4° Nuba, J.Pinlo 56 2,80 14 2,50 do Barcelona, por atuar no Estádio Nou Camp.
. 5° Billie, U Meireles 56 10,30 22 52,20 Últimos resultados: do Barcelona — Real Sociedad, 0 a 2- Betls
' 6» Dingayó, P.Cardoso 56 20,80 23 11,40 a 3; e Hércules, 1 a 0; do Salamanca — Las Palmas, lal- Real
r Izana.J. Ferreira. .53 26.90 24 5,10
Sociedad, 0 a 2; e Betls, 0 a 5.
8'Abalone.J. Garcia 56 24,10 33 46,30
9o PrincesaAsteco,L.D.Guedes 57 16,60 34 4,80
Jogo 4 — Boca Juniors/ARG x Talleres/ARG
(40%) (30%) (30%)
- Tempo - l'3l"3 - V.nc. (5) Cr$ 4 70 - (34)Cr$
Dif. 1/2 corpo e mínimo Çup.
— Mov. do Páreo CrS 1.015.250,00 — Em Buenos Aires. O Boca Juniors procura recuperar o prestigio
4,80 — Plocé (5) CrS 3.00 e (7) CrS 1,60 de grande clube do futebol argentino, abalado por seguidas campa-
— Honeyville Uocasta — Criodor — Horas Albatroz —
DASITA — F. A. 3 onos — SP nhas negativas. Aparece com mais chances nesta partida, se bem
Propr. Stud Jootingo — Tr. J. P. Oliveira.
que o Talleres, da cidade de Córdoba, costuma utilizar forte
2° PÁREO — 1300 melros — Pista — AP
— Primio CrS 98.000,00. esquema defensivo, quando se apresenta fora de casa.
{PROVA ESPECIAL DE LEILÁO) Últimos resultados: do Boca — Talleres, 0 a 4; San Martin, OaO;
e River Plate, 1 a 0; do Talleres — Union, 0 a 1; Boca Juniors, 4 a 0; e
1° Cripta. A. Oliveira 56 11,30 11 49,50 Argentinos Juniors, 0 a 1.
2° Esla A Abreu 56 19,70 12 5,90
3°Gla.A.Ramo, 56 2.80 13 9,20
Jogo 5 — Iiistituto/ARG x River Plate/ARG
4» RezaForteJz.Garcio 56 6,60 14 2,90
5° Brunilda J.R. Oliveira 56 22,60 22 26,00 (30%) (30%) (40%)
6" Eolo,F.Esteves 56 8,20 23 10,10 Em Córdoba, Argentina. Este jogo entra pela primeira vez nos
T> Unicolor.F. Araújo 53 14,50 24 2,40 testes da Loteria Esportiva e tem no River Plate o favorito, mesmo
8» Gaynito,J.Escobar 56 18,30 33 3B.60 atuando no campo do Instituto. Entretanto, a vitória do clube do
9» Verocity,J.Ricardo 56 3,60 34 6,40 Interior nâo será zebra, muito menos se for registrado um empate.
10» Vigy,G.F.Almeida 56 3,40 44 7,70
Últimos resultados: do Instituto — Colon, 3 a 1; River Plate, 0 a
2; e San Lorenzo, 3 a 1, do River Plate — Instituto, 2 a 0; Clpolettl, 4 a
M/f* HIA ÇTORY 2; e Boca Juniors, 0 a 1.
—Dif. I corpo e 2 112 corpo — Tempo l'23"4 —
DUPLA EXATA (03-07) CrS 471,10
Vene. (3) CrS 11.30-Dup. (23) CrS 10,10-Plocé (3) CrS 7,40 e (7) OS
—
10,80-
CRIPTA — FC 3 anos — SP — Kublai Khon •
Jogo 6 — Atlético/PR x Guarapuava/PR
Mov do Páreo CrS 1.434.550,00
Mitzvah — Criodor — Hora Sâo José e Expediam
— Propr. Stud» Monteiro — O Grande Prêmio Mariano Procópio, Comparação de Éguas, mostrou domínio das mais velhas («ro) (30%) (25%)
Treinador — W. Piotto. Em Curitiba, o Atlético não se classificou para a fase decisiva do
Campeonato Paranaense e agora procura permanecer na Ia. divisão
3° PÁREO — 2000 metro» — Pista — AP — Prêmio CrS 93.600,00 em 81. Daí a necessidade de vencer o Guarapuava, da cidade do
1"
2°
Upset,J.Ricordo
Oxiquito,F.Pereira
53
56
1,50
4,30
12
13
2,60
5,60
Grandville pode vencer à noite P. Grega mesmo nome, e que quase sempre tenta o empate, fora de seu
campo. Jogo marcado para sábado.
Últimos resultados: do Atlético — Operário, 0 a 2; Pato Branco.
3°
4°
5°
Undalo,W.Costo 56
BaccioD'Agnolo,G.Meneses
RockRidge,A.OIiveira
4,10 14 13,00
57 2,50 22 3,20
56 1,50 23 3,60
I" PÁREO —6» 20h00 — 1200 meiro» — lafogan — lm!2i2/5 —(Areia)
vence GP 0 a 0; e Iguaçu, 4 a 0; do Guarapuava—Apucarana, 2 a 2; Paranavaí.
a 3; e Agroceres, 2 a 5.

Jogo 7 — Cascavel/PR x Colorado/PR

NICIA: LEÃO DO NORTE e BEDOUIN. Dif. Minimo e vários corpos — Tempo — 2'11" —
Vene. (3) CrS 1,50 — Dup. (23) CrS 3,60 — Placé (3) CrS 1,20 • (4) CrS 1,50 — Mov.
do Páreo CrS 1. 157.000.00 — UPSET — M.C. 4 onos — SP — Waldmeister «Lá —
1—1

2—2
"
"
Doubianka, R. Marques
Racedale,F.Esteves
Quintanero,J.Escobar
58
58
54
2o
8o
3o
(
(
(
8)
8)
8)
Trenó e Navalha
Arpisto e Navalho
Arpisto e Navalha
1300
1400
1400
AU
AU
AU
Im22s2.
Im29s3.
Im29s3.
W.
W.
M.
Aliono
Aliono
Sales
paulista
Sáo Paulo — Princesa Gre-
(35%) (35%) (30%)
Em Cascavel, Paraná. Os dois clubes nâo estiveram bem no
Criador — Fazenda Mondesir — Propr. Horai Santo Ano do Rio Grande — Treinador Queen Angela. J.M. Silvo 56 5o ( 8) Arpista e Navalha 1400 AU Im29s3. A. Morales segundo tumo do octogonal, mas são candidatos ao titulo nesta fase
A. Morale». 3—3 Prelentious,J.Pinlo 55 2° ( 8) Aconchegante e Berruga 1100 NL Iml0s3. Z. D. Guedes ga, por Paddy's Light e Greek do Campeonato, em que intervém também o Pinheiros e o Londri-
4° PÁREO — 1600 melros — Pista — A» — Prêmio CtS 98.000,00
4 Guianca.F. Pereiro 5B 4° ( 8) Trena e Doubianka 1300 AU Im22s2. A. Vieiro Princess, venceu ontem o na. O Cascavel venceu o primeiro turno e leva pequena vantagem
4—5 Intentona, J. Esteves 55 3» ( 7) Tailina e Flower Doll 1000 NP Im04st. J. B. Silva
(HANDICAP EXTRAORDINÁRIO) 6 Ia Noticio, G.F. Almeido 57 7° (11) Tangência e Navalho 1300 GL Iml8s3. G Feijó
Clássico Presidente Júlio por atuar em seu campo. Mas qualquer resultado é admissível.
Mesquita, com W. Lopes, Sua Últimos resultados: do Cascavel — Unláo Bandeirantes, 0 a 2;
1" Freitas,J.Ricordo 53 6,30 II 3,80
2" PÁREO — òs 20h30 — 1600 melros — Farinelll — Im37» 215 ¦ • (Areia) vitória nâo era indicada pelos Pinheiros, 2 a 2; e Seleção da Nigéria, 1 a 1; do Colorado — Cascavel,
2° lonç.Perfume.F.Pereiro 58 1,70 13 2,30 a 0; Pinheiros, 0 a 2; e Maringá, 1 a 2.
DUPLA EXATA
3° Galápogo,F.Esteves 53 1,70 14 2,40 especialistas que viam na chi-
4° Verdogon.A.Romos 56 2,50 33 11,80 lena Oka II como favorita.
Jogo 8 — Espírito Santo x Rio de Janeiro
1—I Vogler, C. Xavier 56 4o (10) Vergobret e Decreto-Lei 1600 NU lm44sl. A. Ricordo
5° Olden Times, J.Pinlo 55 3,30 34 3,70 Fobrasa,J.Ricordo 57
5o (10) Vergobret e Decreto-Lei 1600 NU Im44sl. A. Ricordo Esta, por Aslan e Ojos Tris-
6° Gregoriano,J.Mendes 52 11,70 44 24,70
2—2 Decálogo, E. Santos 56 6° (10) Vergobret e Decreto-Lei 1600 NU Im44sl. E. P. Coutinho
tes, fez campanha expressiva (25%) (30%) (45%)
Egocêntrico, D. Neto 54 7° ( 9) Czar Dimitri e Varlandi 1600 NU Im44s G. L. Ferreiro Em Vitória. A equipe do Rio, blcampeà brasileira de Juvenis,
N/C. ARAGONAIS. Dif. Vários corpos e 1 /2 corpo — Tempo — I
'41" —
Vene. (4) CrS 3—4'5 Emerillon,
Blessed
F. Lemos 58 10° (10) Vergobret t Decreto-lei 1600 NU lm44sl. G. Ulloa em Vina dei Mar, mas acabou possui melhores condições para vencer, em especial porque terá
Gay, A.P.Souza 5B 10» (10) Vergobret e Decreto-lei 1600 NU Im44sl. A.
6,30 Dup. (13) CrS 2,30 — Placé (4) CrS 1.90 e (1) Cr$ 1,20 —Mov. do Páreo CrS 3° ( 9) Czar Dimitri o Varlandi 1600 NU
Orciuoli em último ontem, entre seis como adversário o mais fraco concorrente do Grupo D. Talvez, por
1.217.300.00 — FREITAS — M.C. 5 onos — SP — Millenium e Hecuba — Criodor — Zucaryl.R. Marques 58 Im44s W. Aliono
4—7 Vorlandi, J.M. Silvo 56 3° (10) Vergobret e Decreto-Lei 1600 NU Im44sl. O. M. Fernandes competidoras. cautela, valha proteger a coluna do melo.
Foiendo e Haroj Castelo S/A — Propr. — Stud Américo — Treinador — A. Araújo. Decreto-Lei, 2° (10) Últimos resultados (Campeonato anterior): do Espírito Santo—
J. Ferreira 54 Vergobret e Varlandi 1600 NU Im44sl. O- M. Fernandes Perderam até um mès
Bande, A. Romos 10 54 !•( 8) Pettit Parisien e V. Puro 1600 NP Imílsl. J. A Limeira
atrás, Princesa Grega ganhou Mato Grosso, 3 a 0; Distrito Federal, 0 a 1; e Rio de Janeiro, 0 a 1; do
5° PÁREO — 2000 melros — Pisla — GP — Prêmio CrS 300.000,00. Rio de Janeiro — Paraná, 2 a l; Sáo Paulo, 3 a 0; e São Paulo, 3 a 1.
(GRANDE PRÊMIO MARIANO PROCÓPIO) — (GRUPO II) 3° PÁREO — ás 2lh00 — 2000 melros — Grou — 2m06sl/5 ¦ - (Areia) duas vezes seguidas, flrman-
Io Ulica.G. F.Almeida
2° Sandstorm, F. Esteves
60 3,30 12 11,40 INÍCIO DO CONCURSO DE 7 PONTOS do-se agora entre as clássicas. Jogo 9 — Amazonas x Acre
60 6,30 13 18,40
3° Burma Road, D Albres 60 1,80 14 5,30 7°
Jet Princess também desa- (50%) (25%) (25%)
1—1 DevilishKhan.J.Men3es 58 ( 7) Tijolo e Barnun 2000 AU 2m08sl R. Costo
4° Vaina, J. Pinto 54 10,80 22 I9J0 2—2 Roger Bacon, F. Pereiro 59 2° ( 6) Grand Ville e Nietszcho 2100 NU 2ml6s W. Penelas creditada pelos especialistas Em Manaus. Favoritismo absoluto do Amazonas, onde se
5° FirslCrop, J.M. Amorim 60 1,80 23 a dupla pagou Cr$ 1,64 — pratica futebol de nível bem mais elevado do que no Acre e seus
8,60 3—3 Umarco,J.Ricardo 55 8° (10) Dutchman e Burbon 1600 GL lm35s W. Meireles
6° Bagarre,G.Meneses 60 8,30 24 2,10 "
Easy Love, J.Escobar 58 5° (10) Kamm > Estearol (CP) 1800 NL lm55sl W Meireles "égua Jogadores ainda tèm o handicap do campo. Até o empate deve ser
7o Kiimei,J.Ricardo 60 16.90 33 32,30 4—4 O+fenhauser, G.F. Almeida 53 IIo (13) Latino e Serradilho 2000 GP 2m09s2 A. Paim P que diziam não ser ela considerado zebra neste Jogo pelo Brasileiro Juvenil.
8° Vissage,F.Pereira 54 32,80 34
9° Barateira,LC.Silva 60 8,70 44
5,40
3,10
5 GrandVille.F. Esteves 59 Io ( 6) Roger Bocon e Nietszche 2100 NU 2ml6s C. H. Coutinho para a distância". Últimos resultados (Campeonato anterior): do Amazonas —
10° Appooch, O. Ricardo 60 19,50
Resultados Roraima, 1 a 0; Golas, 0 a 0; e Rio de Janeiro, 0 a 3; do Acre —
11° PuppeVonDemark.W. Costa 60 31.30 4» PÁREO — As 2lh30 — 1300 metros — Yard — lmlBs 3/5 — (Areia) Amapá, 1 a 1; Pará, 2 a 1; e Rondônia, 1 a 1.
N/CM: EXACTA e RAINHA EVA. Dif. 2 corpos e vários corpos — Tempo — 2'04"l — 1» PÁREO — l.lOOm
Vene. (3) CrS 3,30 Dup. (24)CrS 2.10 — Placé (3) CrS 2,50 •(10) CrS 3,00 — Mov. do
Páreo CrS 1.917.300,00 — UJICA — F. C. 4 anos — SP — Waldmeister e Clarabella 1—I MissSlyle.F.PereiraP 55 8a 9) Elange e Ibitlóco 1300 NP Im25s2. F. Madalena
1» Herr Heinz — E. M. Bueno
Jogo IO — São Paulo x Rio Grande do Sul
Criador — Fozenda Mondesir — Propr. Stud Valley Of Prince» — Treinador — G. Princess Steel, F.Esteves 3° 1000 NL Im03s3. 2° Barão da Noite — C. Garcia
2 57 6) African Star e Snosuka C. H. Coutmho
(30%) (40%) (30%)
F, Santos 2—3 Arupa, J. Ferreira 58 5° 8) Ibitióco e La Embaixadora 1300 NL Im23sl. R. Corrapito 3° Vizirato — A. Bosson
4 Origine.J.M.Silvo 55 4» 8) Ibitióco e La Embaixadora 1300 NL Im23sl. A. Vieira Tempo: l'09"7s. Vencedor, 0,24 — Du-
Em Florianópolis. No Campeonato Brasileiro do ano passado,
6° PÁREO — 1400 metros — Pislo — AP — Prêmio CrS 68.000,00 4° Talinha e Gororábo 1000 NP Im02s4. W. Ponelos as equipes se eqüivaleram, com vitória dos paulistas (2 a 0) em São
3—5 Elange,J.B.Fonseca 58 5) pio (13) 1,35 — Placès(3)0,20(I)0,38
1" Ticket,F.Pereira 55 9,10 12 21,60 6 Ibilioca. J. Ricordo 58 1° 8) La Embaixadora e Chispeodo 1300 NL Im23sl. A. Ricardo Prop. Francisco Farias do Souza. Paulo e dos gaúchos (1 a 0) em Porto Alegre. Como desta vez se
2° Turno,F.Esteves 55 13.50 13 12,30 4—7 Ia Embaixadora, R. Marque» 57 6o 7) Muzina Dacha » Emission 1200 NU Iml7s P. Duranti
Treinador: F. A. Marussi.
enfrentam em local neutro, o empate parece a melhor indicação.
8 Dedéia. C. Xavier 55 7° 8) Arpista e Navalha 1400 AU Im29s3. J. E. Souza Ambos figuram como candidatos ao título, Juntamente com o Rio
3° FritzKhan.C.Morgado 56 5,00 14 3,60 2° PÁREO — 1.300m Cr$ 142,000,00
4° Tachim,G.F.Almeido 56 1,30 22 75,90
1° Oleico — J. Fagundes
de Janeiro.
5° Monjolo, T.B. Pereira 55 5,70 23 18,30 V PÁREO — Àl 22hOO — 1200 melros — latagan — 1 ml2s2/5 — (Areia) DUPLA EXATA Últimos resultados (Campeonato anterior): do Sào Paulo —
6° JoCorro, A. Oliveira 2° Great Sahib — S. Guedes
56 11,70 24 5,70 Bahia, 0 a 1; Rio de Janeiro, 0 a 3; e Rio de Janeiro, 1 a 3; do Rio
7° AnatóvJ Malta'. 3° Nar|an — O. Gonçalves
8° Inscrito,J.Escobar
54
54
5,00 33
12,50 34
35,10
2,10 1—I Noupon,M.Andrade 56 Io
Grande do Sul — Santa Catarina, 1 a 0; Mato Grosso, 3 a 0; e São
( 9) Tuyulesqu» e Carinu» 1000 AP Im02s4. G. L. Ferreiro Tempo: l'2l"4s. Vencedor. 0,36 — Ou-
Anfitrião, A. Ramos 56 26,30 44 2,80 2 FlowerSpring, J.M. Silva 55 2°
Paulo. 0 a 2.
(7) Dido e Zinder (CP) 1200 NL Imlás S.Moroles pia (26) 1,41 —Placès (6) 0,26 (2) 0,31
N/CM; ESCAMOSO e CINCINNATI KID. DUPLA EXATA (09-08) CrS 291,20 — Dif.
Jogo 11 — Bahia x Minas Gerais
'29" — Flouko,T.B.Pereiro 10 55 6° ( 9) Clear Day e Ivan Flauto 1300 NP Im22s2. S. Morales Prop. Haras Circulo Vermelho.
vários corpos e cabeça — Tempo 1 Vene. (9) CrS 9,10 — Dup. (44) CrS 2,80 — 2—3 Exemple,F,Arouio 55 7° ( 8) Lobrosil e Gran Sênior 1300 NP Im20s4. R. Nahid
Plocé (9) CrS 3,30e (8) Cr$ 8,10 — Mov. do Páreo CrS 1.604.850,00 — TICKET — M. Treinador: M. R. Campos.
— — — Fazendo Mondesir — Propr. — Alberto Flávio dt
Sweet King, F.Pereiro 55 9° ( 9) Renzo e Gron Sênior 1200 NP Iml6s4. S. P. Gomes (40%) (30%) (30%)
C. 5 anos SP Criador Able To Run, J.Escobar 55 6° ( 8) lobrosil e Gran Sênior 1300 NP Im20s4. G. Feijó 3° PÁREO — 1.200m CrS 110.000,00 Em Vitória. A Bahia possui bons Jogadores e pode aparecer bem
Oliveira Leon — Treinador — G. L. Ferreira. ( 9) Cleor Day e Ivan Flauto 1300 NP Im22s2. O.M.Fernandes
3—6 Tujubá, G.F. Almeido 55 4° Io Get Going — L Yanez neste Campeonato Brasileiro juvenil. Dal ter o favoritismo, mesmo
Cyrille.F.Esteves 56 5» ( 9) Cleor Day e Ivon Flauto 1300 NP Im22s2. H. Tobios
7° PÁREO — 1300 melros — Pisto — AP Prêmio CrS 98.000,00 Stondor.R.Freire 55 6" ( 8) Sinister e Lucrativo 1500 AU Im34s3. A. Moroles
2o Arro[0 — J. Gonçalves
porque Minas Gerais enfrenta uma crise antes mesmo de começar a
(PROVA ESPECIAL DE LEILÁO) 4—9 GreatDeed,J.Ricardo 55 5° ( 8) Lobrosil e Gran Sênior 1300 NP Im20s4. A. Nahid
3° Kilo — R. Pinochio competiçào: convidado para disputar a Taça Sâo Paulo, o Atlético
1° Inter Pares, J.Mendes 51 27,10 11 69,10 10 GoodSenior.J.Molto 10 55 2o ( 8) Lobrosil e S. EncOrnada 1300 NP Im20s4. A. Arouio
Tempo: l'12"8s. Vencedor: 0,11 — Du- recusou ceder Jogadores à seleçáo, bem como o técnico Laviola.
2° Citrol,J.Pinlo 56 3,00 12 13,30 11 Látex.M.C.Porto II 55 1° (16) Cyrille e Wost Stone "00 NP Im09s4. J. M. Aragáo pia (12) 0.19 Placès (2) 0,11 (1)0,14 — Últimos resultados (campeonato anterior): da Bahia — Sâo
3° Bitomto. L Corrêa 56 3,30 13 10,00 Proo Stud Mister Gui, Paulo, 0 a 1; Sâo Paulo, 1 a 0; e Moprro do Chapéu (amlstopso
4o Golly,J.Ricordo 56 3,70 14 10,80
6" PÁREO — és 22h25 — 1600 mtlro» — Farinelli — lm37s 2/5 • - (Areia) Treinador: E. Fei]ó. preparatório), 0 a 0; de Minas Gerais—Rio de Janeiro, lal; Golas, 0
5° Up Down. P. Rocho 52 11,80 22 20,40
4° PÁREO — 1.300 m — CrS a 1; e Espírito Santo, 4 a 1.
6° EblanaU.Meireles 56 29,20 23 3,40
7° MIleJuliette.E. Ferreira 56 3,70 24 3,10 142.000,00
8° Jomboso.C. Morgado 56 25,80 33 15,30
I—I Joddo.E. Ferreiro 55 2° ( 8) Miss Yota e Compromisso 1600
1600
AU Im41s2. W. P. tavor
Io AlvMes — A. Espíndola Jogo 12 — Itália x Iugoslávia
2—2 Baleine.G.F.Almeida 55 3o ( 7) Anglicano e Aristarco NU Im42s3 5 Moraies
9° CapelineT.B.Pereiro 56 20,90 34 2,80 1600 2o Dark Horse — J. Silvo (35%) (35%) (30%)
Compromisso, J.M. Silva 56 6o ( 7) Anglicano e Aristarco NU Im42s3 S. Morales
10° Camaçari J. Ferreiro 53 34,30 44 7,20 Io Hentol e Escadron 1200 Em Turim, Itália. Jogo que reúne os dois melhores concorrentes
3—3 Joeiro,A. Ramos 55 (13) NP Iml5s3. A. Orciuoli 3° Eletrônico — J. Lima
11° Forehand E.R. Ferreiro 56 15,80 " Stravinsky,W.Costo Tijolo e Joddo 1600
58 6» ( 6)
1300
NL Im40s2. A. Orciuoli Tempo: l'20"4s. Vencedor: 0,46 — Du- e prováveis classificados no Grupo 5 europeu para a Copa do Mundo
4 Hilador. F. Silvo 55 5o (II) Erpantoe Escardillo AP Im22s C. Roso
82. A Itália tem a vantagem do mando-de-campo. mas precisa exibir
4—5 Debussy,J.Ricardo 56 8° Bolado» Miss Vala 1600 NL Im43s4 C. A. Morgodo pia (13) 0,68 Placès (1) 0,23 (3) 0.17 —
(10) futebol de melhor nivel do que quando venceu (2 a 0) a Dinamarca,
Dif I l/2corpoe 1/2 corpo — Tempo— l'24"3 — Vene. (3)Cr$ 27,10 Dup. (23)CrS 6 Tocho. F. Pereira 55 8° Eraontos Escardillo 1300 AP lm22s O. Ulloa Prop. e Criador: HaroiAlsiar. Treinador:
(II)
3,40 — Placé (3) CrS 8,20 e (7) CrS 1.90 - Mov. do Páreo CrS 1.851.200,00 — INTER M. Almeida. caso pretenda superar a Iugoslávia. Jogo marcado para sábado.
PARES — FA 3 anos — Pr — Egoísmo e Intemperota — Criodor e Propr. Coudelaria 5° PÁREO — 1.000 m — Crí Último resultados: da Itália — Portugal. 3 a 1; Luxemburgo, 2 a
FAN — Tr Z. D. Guedes 7o PÁREO — òs 22K50 — 1100 m»tro» — Gol»go — ImOás 2/5 — (Ar.io)
220.000,00 0; e Dinamarca, 2 aO. Da Iugoslávia —Polônia, 2 a 1; Luxemburgo, 5
8» PÁREO — 1400 meiro» — Pista — AP Prêmio CrS 95.000,00 Clássico Presidente Júlio Mesquita a 0; e Dinamarca, 2 a 0.
1—I Jean-Jourés, J. Esteves 58 6° (10) Chico Mochado e Cartoc 1100 NU Iml2s O.
Io EscolodaSkiddy,J.Ricordo 56 3,80 II 41,90 J. M. Dras Io Princesa Grega — W. Lopes
2o FéeCorobosse.P.Cardoso 56 4,70 12 10.00 2 Comdte S^dy^CPorto1. 58 5° (10) Chico Mochado » Cortae 1100 NU Iml2s 1. M. Aragão
2° Jet Princess — G. Assis Jogo 13 — Botafogo/RJ x Fluminense/RJ
2—3 Greot Mystery, J. B. Fonseca 58 3° ( 9) Erez e Caldaly 1100 NP ImlOs S. França
3o ViloLee,U.Meireles 56 3,00 13 3,20 33 Pelouse — E. Sampaio
4»
4 Fireside.E. Ferreira 58 4° (t0) Gay Draggon e Erei 1000 AP Im03s2 J. Silvo (30%) (30%) (40%)
Sandiz.T.B.Pereiro 56 19,20 14 2,10
5o Diomond Rock, A. Ramos 56 2.40 22 42,80 J—5
"
UhrPrince,E.B.Queiroz 58 13° (13) Luminoso e Restarador (CJ) 1300 GL Im21s4. F. Abreu 4° Taxativa — A. Borroso No Rio. O Fluminense tem pretensões de ganhar também o
6o Blomless,W.Costo 56 19.20 23 16,60
Fisi Hum, J Mendes 58 10° (10) Querquer e Pontaleáo 1300 NP Im24s3. F. Abreu 53 Quo Dapper — L. Saldanha returno, o que lhe daria o titulo de campeão de 80 sem necessidade
T> MissDixie,E.R. Ferreira 22,10 24 10,70 6 DonMarky, A.Romos 58 5o ( 9) Erez e Coldaly 1100 NP ImlOs L. Acuna 6° Oka II — J. lima de disputá-lo com mais ninguém. Daí a Importância de derrotar o
4—7 Bobiblock,G.F.Almeido 58 3o (10) Chico Mochado • Cartat 1100 NU Iml2s A.
8o Alolá.J. B.Fonseca 52 39,70 33 12,10
Hirtol.E. Santos IIo (II) Pon Salut o Tíndaro
Poim P> Tempo: 57 2s. Vencedor, 0,52 — Ouplo Botafogo neste jogo, em que realmente é o favorito, embora o
58 1000 NP Im03s2. H. Cunho
9o Skilobrigida, E. Freire 55 9,80 34 3,30
Jomoori.J.Ç Castillo 10 58 9o (I I) Port Solut • Tíndaro 1000 NP Im03s2. J. D. Moreira (14) 1,64 — Placès (4) 0.30 (1)0,36 — torcedor deva atentar para o fato de que está marcado para sábado.
Prop. João Abbud. Treinador.- J. T. Alves. Últimos resultados: do Botafogo — Campo Grande, 0 a Oi
N/C. PROUD. Dif. 2 l/2corpoe Paleta — Tempo— 1'30" — Vene (7)CrS 3,80— Dup 8° PÁREO — òs 23hlS — 1600 nwtro» — Farinelll — Im37» 2/5 — (Areia)
Filiação: Paddy's Light e Greek Princess. Americano, 3 a 1; e Volta Redonda. 1 a 0; do Fluminense —
(33) 12,10 — Placé (7) Crí 2,30 a (5) CrS 2,90 — Mov. do Páreo CrS 1.799.800,00 — Criador.- Haras Maringá do Atibaia. Americano, lal; Flamengo, 2 a 2; e Serrano, 2 a 0.
ESCALADA SKIDDY — FC. 3anos — SP — SorotogoSkiddedueXipiácos — Criodor • 6° PÁREO — 1.500 m — Cr$
Propr. — Haras João Jabour — Tr. R. Nahid. I—1 Adam, J.Ricordo 57 2o ( 7) Fin» Gold » Borolro 1400 AP lm31s A.Ricardo 110.000,00
Telon.G. F.Almeida 54 3° ( 7) Gay Dipper a Pontaleáo láOO NL Im45s O.M Fernandes
Esquadro, F. Pereira Io Ahaddó — R. Santi
57 4° ( 7) Polon e Cavalari 1600 NP Im45s4. A.Nahid
9° PÁREO — 1300 melros — Pisla — NP — Prêmio CrS 58.000,00. 2° Ultramarina — I. Rocha
2—4 Cavalari, J. Ferreiro 57 4o ( 9) Dólor Furado • Atrium 1300 NU Im22s E.Coufmho
Golden Dipper, F. Esteves 57 Io ( 7) Pantaleâo o Telon 1600 NL Im45s E.Coutinho 3° Dulcify — J. Garcia
Io Ki-Jato,U.Meireles 58 2.70 12 1,90
3—5 Querquer,J.M.Silvo 57 Im22s ,* CLUBE E MPATE CLUBE
2o Zircon,F.Esteves 55 1,60 13 7,40 2° ( 9) Acavalo e Airway 1300 AU S.Moroles Tempo: r34"8s. Vencedor: 0.67 — Ou-
Jobelo.R. Freire 58 5o ( 7) Pajon e Cavalari 1600 NP Im45s4. A.Morales
3o Rei Mago. E.R. Ferreira 54 10.00 14 2,80
4—7 Huygens.E. Marinho pia (17) 0.51 Placès(1)0,38 (10)0,37 —
4o Docker.W Costa 56 4° ( 7) Gine Gold e Adom 1400 AP Im31s AC Lemo
56 9,70 23 28,20 Prop. e Criador: Horas Bagé do Sul
Rei Bárbaro, M. Voz 57 3o (10) Brovoteiro e Boc 1600 AU Im43s2 L.Acuna ""
5o King Blue, GF Almeida 55 3.90 24 9,60 Treinador: G. Cai'es. IRJI Bonlogo IBJ)Í""1
6o Paulão,EB.QueirozC) 55 15,20 33 53,70 jHvitco
7= PAREO — 1.100 m — CrS IFUI FluminertM 'RJi
9° PÁREO — òs 23H40 — 1000 meiro» — Tom Sowy.r — ImOOs — (Areio) | |vo:ra"edc"a< ^H
142.000,00
^Hs«'r|nQ [RJ! Bj-g, ,QjT_J
Cl NÁO LARGOU Io Huayno — O Gonçalves
"3 —Vene.
Dif. 1 1'2 corpo e 3 corpos — Tempo— 1'23 (l)CrS 2.70 — Dup.(l4)Cr$ 1—1 Aritamirim.G F Almeida ... 56 6o ( 8) Gay Chanson e Koraba 1000 NU Im03sl. P.M.Pmto 2° Kmgs Fortune — G. Assis (*) ^H^ro IPOHT) Amori [PQRfJ|
2,80 —Plocé (1)CrS 1,40e (5)CrS 1,30 — Mov. do Páreo CrS 1.413 850,00 —Kl- Encarnada, J. Reis 57 5° ( 7) Koraba e Boo Idéia 1000 NL Im04s2. JT Ferrão 2o Lagostm — $. Martins (')
— M C. 6 anos — SP — Heros e Moreno Tímida — Criador — Haros América 2—3 Modomeltu.J Esteves 57 10° (12) Kimber e Ramagem 1100 AL Iml0s2. J B Silva ^Bspontng (POflTI Vimm <POnTt|[
JATO '34"8s.
— Propr. — Stud Araújo e Alves — Treinador — A. Arouio Tuyuneta, E. Ferreira ,... 57 Tempo: l Vencedor' 0,67 — Du-
5° (10) Belle llle e Giobitu 1200 GL Iml3s J-Silva rJu,ri:mo IPORTI B«r.f.c4 'PORTl^B
Natif.L Ma.o 57 6o (12) Niki • Águia da Pátria 1000 NL Im0ls4. S.Franço pio (17) 0,51 Placès(1)0,38 (10)0.37 —
10° PÁREO — 1300 meiro» — Pista — NP — Prêmio CrS 58.000,00 3—6 Nocejo,J.Ricardo 57 Estreante estreonte R.Tripodi Prop. e Criador: Horos Bogé do Sul. |Hln{J«p«ndo.« (ARG) Concapciòn lAftGj
Bolive.J.M.Silvo 56
2o ( 9) Sabió Laranjeira e Tuyuneta 1100 NL Im09s2. R. Tripodi Tremador: G. Ca ires. ^Hlntarnironali UT) Putoltu lfT)
1° Zosimus. F Esteves 58 1,70 11 12,20 Zingaresco.C. Xavier 57 11° (13) Any Sin e Aritamirim 1000 AU Im03s4 A.Ricordo
4—8 Fonda. J Moita 57 (') Empate ^¦$«1. PernambucoJRS S*i 3«fg>pt URS)
2o Valek.E.R.Ferreiro 58 6,90 12 2,40 6° ( 9) Sabiá Laranjeira » Boliv» 1100 NL Im09s2. S Morales
Ana Linda, D, Neto 8" PAREO — 1.100 m — CrS
3o Guitarrista,E.Morinho 58 3.70 13 2.40 10 57 13» (14) Oonena e Gay Eyes 1000 AP Im04s3. NP.Gomes P
10 Blessed Irony. N. Santos 110.000,00 10 IflRtme ipai PumnOu IPAl
4o Dilar.,E. Santos 54 6.50 14 7,50 .11 57 6° ( 8) Goy Chonson e KorobQ 1000 NU Im03sl. ZD.Guedes
5o VeryCood.l Correo 54 5,50 22 14,40 Io El Kianto — L A Pereira 11 — RioNKro (AMI N»cicn«l lAWiHJ
6o Kolok, A. Mochado 52 27,60 23 5.10 2o Scort — I Qjmtona 12 _ eraiilii lOn^Hoima 'DC|LJ
7o Ranlto, I.Brosiliense 51 19,60 24 17,40
3a Connors — J. Macncdo
8° Snow Fale, H Arruda 53 44.30 33 15.30 ^jAménea iRji^lftamfftflo |RJ)U
Tempo; l'06"6s Vencedor: 0,20 — Du-
9° Fone,E.B Queiroz 55 15.40 34 16.00
RETROSPECTO pia (13) 0.62 Placès (I) 0,14 (3) 0,23 —
Prop e Cr.ador Haros Novas Vitória.
;
N/CM TOURO SENTADO E ACAVALO Tremodor: N. Navcro.
DUPLA EXATA (01-05) CrS 8.'80 Dif. 1 I/2corpo«I 1/2 corpo — Tempo— l'241 —
Io Páreo: Pretentious — Intentona 5o Páreo: Good Sênior — Flower 9° PAREO — 1 200 m — CrS Resultados do teste 520
Vene. (1) CrS 1,70 —Dup (12) CrS 2,40-Plocé (l)CrS 1,40 e (5) CrS 2.70 —Mov.
110 000,00
do Pá-eoCrS I 316 400,00— ZOSIMUS —M. C 6 onos —SP— Pass The Word •
Utope — Cnodor — Horas São Bernardo S/A — Prop- — João José Jollad — Doubianka Spring — Able to Run 1° Kilauna — A Motici VokoíRJ 2 x 0 Boiofogo/RJ
Vo:*o üedende RJ
Twnorior — E, Coutmho
6o Páreo: Jaddo — Compromisso 2° Ho^ytexa — R Penachio x 3 Fluminense/RJ
«OV. GERAL DE APOSTAS: CrS 16.707.675.00 — PORTÕES: CrS 33.790,-00 2° Páreo: Decreto Lei — Vogler — 3° Fme f.gu-e — J. Silva Se--ono'RJ 1 x 0 Bongu'RJ
—'- Baleine Tempo: !'15 4s Vencedor- 037 — Du- PonoPORT 1 x 0 ArroroPORT
Vorlandi pia Í27) 0.42 — Placès(2)0.1 8 (10)0.14 SportTg.PORT Varzim/PORT
7o Páreo: Bobiblock — Comandan-
I X 0

TURISMO 3o Páreo: Grandville — Umarco — te Skiddy — Fireside

PrOD Stud Cha^na, Treinador L
. c«e>
10" PAREO — 1.300 m — CrS
Wariiirr-o/PORT
indepenàeríe ARG
Internazionale/IT
X

x
Benf.cc/PORT
x 0 ConcepciorARG
P:s(o;ey*/lT
Roger Bacon 8o Páreo: Quer Quer — Adam — 142 000,00 Sei. Pemambuco.'JRS x S«í Serg-oeJRS
l3 How*e> L — J Garc o RemoPA 2 x ! Posso"du'PA
Rei Bárbaro
4o Páreo: Princess Steel — Ibitióco 2a Corrado — £ ArTOr-m RiO Negro/AM 0 x No:ional/AM
OUARTA-FEIRA 9o Páreo: Bolive — Naceja — Tuyu- 3:Clerrronf Fefanr — E. Le Mener Filho Brosília/DF 1 Gan-ia'DF
CADERNO B Origine neta
Temoo I 2! Js Vencedor- 0,43 — Du- AméricOiRJ I F'amengo'RJ
pio 158) 6.77 — P'a:és (I 2) 0.23 (6) 1,67
JORNAL DO BRASIL Prop. Stud lindas. Treinador. O. Fe
|6
Ne'o
 JORNAL DO BRASIL ? segundo-feiro,
Rio vence ginástica feminina è vai ao Sul-Americano
Belo Horizonte — Com domi-
nio absoluto das cariocas no
feminino e ligeira superioridade
paulista no masculino, termi-
nou ontem, nesta Capital, o
Campeonato Brasileiro de Gi-
nástica Olímpica. O campeão
individual masculino foi João
Vicente Machado, do Campl-
neiro, de São Paulo, com Altair
Prado, da Gama Filho, vencen-
do no feminino, categoria em
que todas as integrantes da Se-
leção Brasileira para o Sul-
Americano são cariocas.
Quem compareceu ontem ao
ginásio do Minas Tênis para
assistir às finais por aparelhos,
viu a disputa de cariocas, pau-
listas, mineiros e gaúchos pelos
títulos masculino, enquanto no
feminino a luta se restringiu
apenas às cariocas, que obtive-
ram as melhores colocações em
todos os aparelhos. Se fossem
computados os.pontos das ca-
riocas que competiram como
avulsas — fora da equipe oficial
—, o Rio teria conquistado tam-
bém o titulo de vice-campeão
feminino.
Para Berenice Arruda, técni-
Classificação
Equipes: Masculina: — São
Paulo, 512.40 pontos, Rio,
504.25, Minas, 481.85, Rio Gran-
de do Sul, 465.90. Feminina:
RJ, 374.35, RS, 328.10, SP,
325.55, MG, 312.70.
Individuais: Masculina: — 1°
Joào Vicente Machado, SP,
106.70; 2° João Luís Ribeiro,
SP, 106.00; 3o Hélio Araújo, MG,
105.45; 4o Gilmárcio Sanchez,
MG, 105.30; 5o Ulisses Schlos-
ser, RJ, 104.70; 6o Pedro Silva,
RJ, 103.70. Feminina — Io Al-
tair Prado, RJ, 75.00; 2o Lilian
Carrascosa, RJ, 74.40; 3o Clau-
dia Magalhães, RJ, 74.35; 4o
Marian Fernandes, RJ, 74.30; 5o
Jaqueline Pires, RJ, 74.25; 6o
Silvia dos Anjos, RJ, 74.05.
Classificação por aparelhos:
Salto masculino — Io Hélio
Araújo, MG, 19.00; 2o Gilmárcio
Sanchez, MG, 18.875; 3o Pedro
SUva, RJ, 18.375; 4o Carlos SU-
vestre, SP; 18.375; 5o AgUmar
Marinho, MG, 18.25; 6o Mario
Tomaz, RJ, 18.025. Salto femi-
nino — Io Jaqueline Pires, RJ,
18.15; 2o Altair Prado, RJ,
17.775; 3o LUlan Carrascosa, RJ,
17.625; 4o Mareia Carvalho, RJ
(avulsa), 17.375; 5o Süvia dos
Anjos, RJ, 17.325; 6o Claudia
Magalhães, RJ, 17.275.
Solo masculino — Io Carlos
SUvestre, SP, 17.925; 2o Gilmar-
cio Sanchez, MG, 17.75; 3o AgU-
mar Marinho, MG, 17.475; 4o
Hélio Araújo, MG, 17.375; 5o
João Vicente Machado, SP,
17.30; 6o Pedro Silva, RJ, 17.00.
Solo feminino — Io Claudia
Magalhães, RJ, 18.15; 2o Altair
Prado, RJ, 17.95; 3o Marian Fer-
nandes, RJ, 17.875; 4o Silvia dos
Jair Soares faz
jogo de abertura
do tênis no Sul
Porto Alegre — Tenistas de
15 países disputam a partir de
hoje o Io Campeonato Interna-
cional para Veteranos, na Asso-
ciação Leopoldina JuvenU. O
torneio vai distribuir um total
de 20 mil dólares em prêmios
(cerca de Cr$ 120 mU) para as
categorias 40 anos feminino, 45
e 55 anos mascuUno, em sim-
pies e duplas.
. O torneio será aberto pelo Ml-
nistro da Previdência e Assis-
tência Social, Jair Soares, que
vai Jogar contra um adversário
ainda a ser definido. O Ministro
Murilo Macedo, do Trabalho, e
o apresentador de TV Cid Mo-
reira sào os mais cotados para
enfrentar Jair Soares.
DESTAQUES
Tenistas da Alemanha, Esta-
dos Unidos, Suíça, Tchecoeslo-
váquia, Argentina, Suécia, Itá-
Ua, Espanha, Uruguai, Peru. In-
glaterra, Venezuela, ChUe, Aus-
tria e BrasU, divididos nas cate-
gorias 40 anos feminino e 45 e 55
anos masculino, disputarão
partidas de simples e duplas.
São ao todo 76 jogadores.
Desde já, o principal desta-
que do campeonato é o itaüano
Nicola Pietrangeli, 45 anos, bi-
campeão em simples e duplas
em Wimbledon e Roland Gar-
ros, recordista mundial em jo-
gos da Copa Davis (164 parti-
das, entre 1954 e 1972), conse-
guindo 119 vitórias, e campeão
dos Abertos da ItáUa e Ale-
manha.
O sueco Torsten Johansson,
55 anos, campeão europeu de
veteranos em 66, 67, 68, 69, 71 e
79, e o austríaco Laci Lengens-
Grand Prix de Bogotá
tem três brasileiros
Bogotá — Com três brasilei-
ros incluídos diretamente, sem
necessidade de disputar o qua-
lifying — Carlos Kirmayr, To-
mas Koch e Marcos Hocevar —
começa hoje o Torneio Interna-
cional, uma das quatros compe-
tiçóes sul-americanas que va-
lem pelo Grand Prix. A maior
atração da competição é o nor-
te-americano Jimmy Connors
que, pela primeira vez, compete
oficialmente na América do
Sul. Até entào ele só participou
de partidas de exibição.
O argentino José Luis Clerc. o
norte-americano Vitas Gerulai-
tis. o francês Iannick Noah e o
paraguaio Victor Pecci sáo ou-
tros nomes cotados para chegar
as rodadas decisivas, assim co-
mo o brasüeiro Hocevar, que no
torneio de Quito surpreendeu
ao se classificar às semifinais,
eliminando Gerulaitis e per-
dendo para Victot Pecci por 6/3
e6/4.
Ainda em Quito, nas semifi-
nais de duplas, os brasileiros
Marcos Hocevar Joáo Soares,
foram eüminados em partida
muito equilibrada por Hans
Gildmeister Andrés Gomez
10/11/80 D 1° Caderno
ca do Tijuca e da Seleção Brasi-
leira que irá ao Sul-Americano
de Santiago, a supremacia das
cariocas no pais é resultado da
maior aplicação nos treinamen-
tos. Berenice acha que a Sele-
ção que dirigirá é favorita no
Sul-Americano e que terá como
mais dificil adversário o Chile.
A equipe feminina para o Sul-
Americano está formada so-
mente por cariocas: Altair Pra-
do (Gama Filho), Lilian Carras-
cosa (Tt)uca), Cláudia Maga-
lhães (Gama Filho), Marian
Fernandes (Tijuca), Jaqueline
Pires (Gama Filho) e Sílvia dos
Anjos (Tijuca). Como reserva
irá Denilce Campos (Tijuca),
que disputou o campeonato co-
mo avulsa.
A equipe masculina: João VI-
cente Machado (Campineiro,
SP), João Luis Ribeiro (Pinhei-
ros, SP), Hélio Araújo (Minas
Tènls), Gilmárcio Sanchez
(MTC); Ulisses Schlosser (Tlju-
ca) e Pedro Silva (Flamengo). O
técnico será Henji 0'Hara, de
São Paulo, e como reserva irá o
gaúcho Clotário Portugal, da
Soglpa.
Anjos, RJ, 17.80; 5o Lilian Car-
rascosa, RJ, 17.80; 6o Denise
Campos, RJ (avulsa), 16.525.
Assimétrica (feminino) — Io
Altair Prado, RJ, 18.800; 2o SU-
via dos Anjos, RJ, 17.40; 3o Ma-
rian Fernandes, RJ, 17.125; 4o
LUlan Carrascosa, RJ, 17,20; 5o
Jaqueline Pires, RJ, 17.05; 6o
Claudia Magalhães, RJ, 16.225.
Paralela (feminino) — Io Altair
Prado, RJ, 18.00; 2o Silvia dos
Anjos, RJ, 17.40; 3o LUlan Car-
rascosa, RJ, 17.20; 4o Marian
Fernandes, RJ, 17.125; 5o Ja-
quellne Pires, RJ, 17.05; 8o
Claudia Magalhães, RJ, 16.225.
Cavalo (masculino) — Io Ulis-
ses Schlosser, RJ, 17.25; 2o João
Vicente Machado, SP, 16.375; 3o
HéUo Araújo, MG, 15.975; 4o
Agilmar Marinho, MG, 15.75; 3o
Pedro SUva, RJ, 15.625; 6o Ma-
rio Tomaz, RJ, 14.625. Argola
(mascuUno) — Io Clotário Por-
tugal, RS, 17.85; 2o João Luis
Ribeiro, SP, 17.325; 3o João Vi-
cente Machado, SP, 17.25; 4o
Ulisses Schlosser, RJ, 15.675; 5o
Gilmárcio Sanchez, MG, 15.125;
6o Fernando Moreira, SP, 14.45.
Pararela (masculino) — Io
João Vicente Machado, SP,
16.925; 2o Hélio Araújo, MG,
16.875, 3o Clotário Portugal,
RS, 16.55; 4o João Luis Ribeiro,
SP 16.225; 5o Pedro SUva. RJ,
15.75; 6o UUsses Schlosser, RJ,
15.475. Barra fixa (masculino)
— Io Clotário Portugal, RS.
17.40; 2o Gilmárcio Sanchez;
MG. 17.35; 3o João Luis Ribeiro,
SP, 17.15; 4o João Vicente Ma-
chado, SP, 16.30; 5o Pedro Sil-
va, RJ, 16.275, 6o Carlos Silves-
tre, SP, 16.000 pontos.
tein, também campeão europeu
em 72, 73, 75 e 76, são outros
destaques do campeonato.
Anualmente, em Baden-Baden,
na Alemanha, se reaüza o Cam-
peonato Europeu de tênis para
veteranos. Entre os brasileiros,
o nome mais cotado é o do
gaúcho Erion HeUer, atual cam-
peão nacional. A alemã Renate
Drisaldi é o principal nome en-
tre as mulheres. Ela é tricam-
peà européia. O campeonato
terminará dia 16.
FRANCESES NO RIO
Uma equipe francesa de três
tenistas, Patrice Dominguez,
da equipe da Taça Davis, Beni-
ce Hagelen e Jacques Laurent
passará três dias no Rio e como
atração principal fará um en-
contro com a equipe do Coun-
try, composta por Jorge Paulo
Lemann e Sérgio Bezerra, ama-
nhá, a partir das 18h30m, em
disputa da Taça Meridien.
Hoje, às 17h, os franceses da-
rào uma clínica (aulas) de tênis
para crianças, e às 19h uma
para adultos, no Country, se-
guindo-se um torneio Pro-Am
— um profissional com um
amador.
JUVENIS
A Cosat (Confederação Sul-
Americana de Tênis) já definiu
os locais do Circuito Sul-
Americano de Tênis (juvenü),
que começará a 12 de janeiro,
em Lima. Depois, sem data ain-
da definida, serão realizadas
etapas em La Paz, Santiago,
Buenos Aires, Montevidéu, As-
sunçáo e Sáo Paulo.
(Chüe/Equador) por 5-7, 6/4 e
6/2, Güdmeister/Gomez sào os
favoritos para a conquista do
titulo.
Em Hong Kong, o tcheco
Ivan Lendl venceu o torneio de
Grad Prix com 70 mü dólares
(cerca de CrS 4 mühões 200 mü)
em prêmios, ao derrotar o nor-
te-americano Brian Teacher
por 5/7, 7/6 e 6/3, em partida
equilibrada.
Em Estocolmo, o norte-ame-
ricano John McErjroe e o sueco
Bjom Borg decidirão o Aberto
da Suécia. McEnroe derrotou
Bob Lutz por 6/3 e 6/3, para
tentar, agora, o tri-
campeonato, enquanto Borg
eliminou Gene Mayer por 6/2 e
7 5. Será o primeiro encontro
deles, após a vitória de McEn-
roe no US Open.
Tracy Austin foi a campeá do
torneio feminino de Stuttgart,
ao derrotar na final outra ame-
ricana. Sherry Acker. por 6-2 e
7/5. Em duplas. Hana Mandlko-
va Betty Stove (Tchec. Holan-
dai venceram Anne Smith Ka-
thy Jordan iEUAi por 6 4 e 7 5
na partida final.
; ~"~ -—"
V!^SéfB^Bé^'B<y;^%b
i' '•• BB;' ' ' - '1r^ ' é
É
1 sentando o Clube dos Caiçaras, confirmou sua categoria de
I título do Estadual de Laser, que reuniu alguns dos melhores
A carioca Altair Prado, 15 anos, conquistou seu 1" título brasileiro
Suzy e Rui
ganham
no golfe
Rui e Suzy Zobaran conquis-
taram ontem, no campo do Ita-
nhangá, a Taça Katucha de
Golfe — disputada em 18 bura-
cos, por 19 duplas, valendo as
melhores bolas de cada jogador
— ao cumprirem o percurso
com um cartão de 61 net. Qua-
tro duplas somaram 65 net, mas
Fred e Erice Cardoso venceram
no desempate pela segunda
melhor volta, garantindo a se-
gunda posição, ficando com a
terceira HéUo Isaac Barki e Isa-
bel Rudge. Aníbal Afonso e
Maya Sales e Cláudio e Ana
Fulchignoni classificaram-se a
seguir, também com 65 net.
Paralelamente à Taça Katu-
cha, foi disputada ontem, por
jogadores juvenis, a Taça Car-
los Prosperi, em 18 buracos,
contra o par da cancha, onde o
melhor escore foi o de Cláudio
Steuer, com 4 up. Em segundo
lugar, ficou Paulo André Mlran-
da, com 0, em terceiro, Sérgio
Steuer, com 1 down, depois de
superar Cristina Kaiser no de-
sempate pelos buracos finais. A
quinta posiçáo dividlu-se entre
Jimmy Carrol Júnior e Luciano
Barbosa, que empataram com 2
down.
NO GÁVEA
Jean Paul VantUburg e Oscar
Faria disputarão, no próximo
sábado, a Taça Sáo Conrado de
Golfe, na categoria 0 a 12 de
handicap, enquanto José Luís
Ferreira e Carlos Bandeira de-
cidem o título da categoria 13 a
24 e Henrique de Oliveira e Al-
fredo Hasson jogam pela pri-
meira colocação da categoria
25 a 36.
Nas semifinais da competi-
ção, ontem, no cam o do Gá-
vea, Jean Paul derrotou Nüo
Gomes de Lemos Filho por 1 up
e Oscar Faria superou Paul Wil-
lensen Neto por 2 up. Jorge
Ferreira classificou-se para a fl-
nal derrotando Calo SUa num
play off no buraco 22, enquan-
to, também num play off, no
buraco 19, Carlos Bandeira su-
perou Tomy Fowler e Henrique
OUvelra marcou 5 up no match
contra Edson Varela. Alfredo
Hasson estava em by.
Melburne — Com um cartão
de 282 tacada (71-72-69-70) para
as quatro voltas, o austraüano
Sam Torrance conquistou o
torneio promovido pela Asso-
ciação dos Golfistas Profissio-
nais da Austráüa. O espanhol
Severiano Balesteros (74-70-72-
69) e o escocês Bruce Devlin (74-
70-72-69) empataram em segun-
do lugar, com 285 tacadas.
Em Tóquio, o torneio Japão x
EUA (par 721 apresentou o se-
guinte resultado: Io Jerry Pate
(70-69-72-65) 276; 2o Norio Suzu-
ki (68-69-73-67) e Tom Purtzer
(67-70-74-72) 277; 4o Isao*Ao ki
(71-68-71-74) 284.
f título estadual
Gama Filho vence
natação estadual
petiz e infantil
Com mais dois recordes esta-
duais, a Gama FUho se sagrou
ontem campeã geral do Cam-
peonato de Natação de Petizes
e Infantis do Rio de Janeiro. O
único título ganho por outro
clube foi o da categoria petizes
no masculino, que ficou com o
Flamengo. O grande destaque
Individual voltou a ser Cristia-
ne Pereira, de 11 anos, nova
recordista estadual na prova de
100 livres, com Im03s09.
Cristiane foi a única nadado-
ra do campeonato a bater re-
cordes individuais. No sábado,
ela havia quebrado o dos 200
metros Uvres e ontem ainda
ajudou a Gama FUho a melho-
rar a marca estadual do reveza-
mento de 4 x 100 metros em
quatro estUos. Na sexta-feira
Cristiane já havia ganho a pro-
va de 800 Uvres e tirado terceiro
na de 100 borboleta. Ontem,
com os muitos presentes que
ganhou, ela sobrecarregou sua
máe. E o pai exibia orgulhoso
no peito as medalhas de ouro
obtidas pela filha.
A Federação vai escalar ago-
ra a equipe que representará o
Rio no Brasüeiro que será
disputado em Porto Alegre, em
dezembro, e de onde sairá a
seleção para o Sul-Americano
-Resultados-
Io prova — lOOm livres — meninas — infantil
Io Cristiane Pereiro, Gama Filho
2°Cristma Lisboa, Botafogo
2° provo — tOOm livres — homens — infantil
Io Otávio Bravo, Flomengo
2° Marcos Ley, Icaraí
3° prova — 200m borboleta — meninos — infantil
l°lauraCastro,GomaFilho
2°Cláudia Marques, Botafogo
4" provo — 200m borboleta — homens — infantil
1° Carlos Lomba. Botafogo
2°JoséMedeiros,GomoFilho 2m36s52
5° prova — lOOm costas — meninas — petizes
l°ManoSuni Luz, Jequiá
2°CrislinaGuimaràes,Tijuca
6° prova — lOOm costas — homens — petizes
1 °GeorgeCarvano, Fluminense
2o Ruy Candeia. Jequiá
7° prova — 200m peito — meninos — infantil
1 ° Jacqueline Rodrigues. Botofogo
2o Jyselle Moraes, Ti|uca
8° prova — 200m peito — homens — infanti
Io Jean Shinzoto, Fluminense
2° Jorge Souza, Goma Filho
9° prova — 4 x 100 livres - meninas — petires
l°GamaFilho-A
2°Jequiá-A
10° prova — 4 x IQOm livres — homens — petizes
l°GamaFilho-A
2cFluminense-A
— —
11° prova 4 x lOOm medley
l°GamaFilho-A
2o Botofogo-A
12° prova — 4 x lOOm medley — homens — infantil
l°GamoFilho-A
2cFlummense-A
Belo HorizonleV/aldemor Sobino
do próximo ano, em Medelin,
na Colômbia.
Os melhores índices técnicos
do Estadual, entre os petizes,
foram o de Aderbal Oliveira, da
Gama FUho, nos 100 Uvres
(Im06s89), e o de Maria Suni
Luz, do Jequiá, nos 100 borbole-
ta (Iml7sl7). E entre os infan-
tis, o de Otávio Bravo, do Fia-
mengo, nos 200 Uvres (2ml3s87)
e de Cristiane Pereira, da Gama
FUho, nos 200 livres (2ml5s63).
Pelos seus recordes, Cristiane
Pereira e também as outras in-
tegrantes do revezamento de
quatro estUos da Gama Filho
(Laura Castro, Sheila Souza e
Marta Fernandes) ganharam o
direito de receber, no próximo
mês, o Mérito Joáo Havelange,
criado no ano passado pela Fe-
deraçào para homenagear seus
recordistas.
A classificação flnal geral nos
petizes: Io Gama FUho, 150; 2o
Flamengo, 120; 3o Jequiá, 113;
4o Fluminense, 107; 5o Botafo-
go, 30, 6o AABB-Lagoa, 27; 7«
Icaraí, 19; 8o Tijuca. 12; 9o Ola-
ria, 11. Infantis: Io Gama FUho,
299; 2o Fluminense, 171,5; 3o Bo-
tafogo, 160; 4o Flamengo, 150,5;
5o Icaraí, 64; 6o Tijuca, 49; 7o
AABB, 43; 8o Jequiá. e Olaria,
27; 10° Canto do Rio, 17; 11°
Vasco, 16; 12° Guanabara,9.
I m03s09
Im04s75
1 rnOU-18
1 m02s27
2^33s07
2m43s80
2.^-32s85
!m!9s25
1 m22sl 2
1 t 17s63
Iml7s82
2^5âs04
3m02s60
2m46s79
2m54sJ9
4m56s!9
5m03s32
4m45s02
4m48s39
meninas — infantil
4m57s23
5m07s83
4m53s54
4ti55s22
ESPORTE
Bulhões ganha o Vasco é o
campeão
nos saltos
da classe Laser A equipe do Vasco sagrou-
se ontem campeã carioca de
saltos ornamentais, ao vencer
Pedro Bulhões Carvalho da Fonseca, o Chorão, repre- três das quatro provas dispu-
tadas ontem, piscina do pró-
campeão brasileiro ao conquistar ontem, em Araruama, o
prio clube, válidas pelo Cam-
Iatlstas do país em várias classes. peonato Estadual Infantil A ê"
Na categoria júnior, a revelação Cristoph Bergman, do
B. Em segundo lugar, classifi-
Iate Clube do Rio de Janeiro, ficou com o título e a quinta cou-se o Olaria, com 16 pon-
colocação geral, enquanto entre as mulheres venceu a dupla
Mónica Sofflatti/Monica Walsh, do Clube dos Caiçaras. tos — 37 de diferença para o
Vasco — 4 e, em terceiro, o
Competiram cerca de 100 iatistas, foram disputadas seis
regatas em dois fins de semana e a sede da competiçào foi o Internacional, que não mar-
Clube Náutico de Araruama. cou pontos em sua estréia nas
competições oficiais.
Vitória fácil Os campeões Individuais
Chorão venceu a quinta regata, corrida com ventos das provas de ontem, todas
fortes, garantindo o título por antecipação e com a excelen-
de trampolim, foram: infantil
te média de duas vitórias, dois terceiros a um segundo
lugares, perfazendo o total de 14,4 pontos perdidos. Com A — feminino — Sandra Tei-
este resultado ele nem precisava correr a última etapa. xeira Alencar, Vasco, 86, 90
Na sexta regata, José Paulo Barcelos, vice-campeão pontos, masculino — Márcio
mundial da classe, completou o percurso em primeiro lugar,
seguido de Torben Grael Schmidt, que com este resultado,
Eduardo Montez, Vasco,
somado à terceira posição obtida na quinta regata, garantiu 139,40 pontos; infantil B —
o vice-campeonato do Estadual, com 27,4 pontos perdidos masculino — José Carlos
(Io, 2o, 3o, 3o, 7o e DSQ). Ele representou o Rio Yacht Club. Goulart, Vasco, 157,55 pon-
Gastáo Brun, ex-campeáo brasileiro de Laser e lntegran-
tos; feminino — Valéria Por-
te da tripulação da classe Soling, que disputou os Jogos
Olímpicos de Moscou, terminou em terceiro geral, com 39,1 tela, Olaria, 136,60 pontos.
pontos. Gastáo é do Iate Clube do Rio de Janeiro e, apesar
de ontem ter conseguido a terceira posiçáo na sexta regata,
praticamente perdeu a chance de lutar pelo título, desde a
etapa Inicial, quando não passou da 19* colocação. Brasi/ tem
Ronaldo Senft, do Iate Clube Brasileiro, começou bem,
mas caiu bastante no final. Entretanto, ainda ficou com a
quarta posiçáo geral, com 44 pontos perdidos. John King,
boa estréia
que está voltando a velejar, terminou em quinto na catego-
ria sênior, embora fosse superado pelo júnior Cristoph
Bergman, na contagem geral. Nelson Alencastro Guima-
no hóquei
rães, também afastado do iatismo por algum tempo, voltou
a mostrar sua categoria, terminando em sexto na categoria Santiago — A equipe mas-
sênior. culina brasileira de hóquei
Entre as mulheres, Monlca Sofflattl, que recentemente
sobre patins, vice-campeà
saiu da classe Optimist, foi a campeã e, devido a seu pouco
pan-americana, estreou mui-
peso para o barco, velejou com a proeira Monlca Walsh. Na to bem no Campeonato Mun-
categoria júnior, Cristoph Bergman demonstrou esta! em
ótima forma ao superar o favoritismo de Luis Oliveira Netto, dial, derrotando a Suíça, on-
vice-campeão. tem, por 6 a 1. Jâ no primeiro
tempo, os brasileiros ganha-
vam de 2 a 0 sem diflcul-
dades.
RESULTADOS Hoje, os brasileiros enfren-
tam os colombianos e na
5° REGATA quarta-feira jogam contra os
Io Pedro Bulhões chilenos. O Brasil está no
2C Cristoph Bergman Grupo 4 e tem amplas possi-
3° Torben Groel bilidades de passar às semifl-
4° Fernando Bello nais, nas quais estaráo so-
5o Antônio Cavalcanti mente os dois primeiros colo-
6° REGATA cados de cada grupo.
Apesar da presença de Por-
1° José Poulo Barcelos
T Torben Grael tugal e Espanha, maiores for-
3o Gastão Brun ças mundiais, e da Argentina,
4° Fernando Bello campeã pan-americana, 03
5o Crisfoph Bergman
brasileiros tèm esperança de
ficar entre os seis primeiros,
para disputar os Jogos Mun-
CLASSIFICAÇÃO FINAL diais, de julho de 81, na Cali-
fórnia, que reunirão apenas
CATEGORIA SÊNIOR
esportes nào olímpicos.
I" PedroBulhóes 14,4
2o Torben Grael 27,4
3o
4"
5°
Gastáo Brun
Ronaldo Senft
John King
39.1
44
40,4
João é Io
Nelson Alencastro 68.7
no triplo
6o
T RicardoStobille 71
8o José Barcelos 92
9o Marcelo Conde 100
militar
CATEGORIA JÚNIOR
Io Cristoph Bergman
2° LuisOliveiraNelo
3° Otto Assis 8o
56
78
Sào Paulo—Com um salto de
16,58 metros, o recordista mun-
dial do salto triplo, Joáo Carlos
de Oliveira, foi o vencedor da
4o LarsGrael 93 modalidade no Campeonato
5o Arcélio Moreira 105 Mundial Militar de Atletismo,
encerrado ontem à noite no Ibi-
CATEGORIA FEMININO
rapuera. Em segundo lugar fl-
cou o alemáo Wolfgang Kmabe,
1° MonicaSoffiotti 213
2° Andréa Boddener 234 com 16,48m, em terceiro, o Ir-
máo de João, Francisco Carlos,
3° Andréa Soffiatti 254
com 15,95m.
4° Cristiane Kranen 277
Um fato curioso irritou os or-
ganizadores, mas que agradou
ao público, ocorreu na marato-
na de 42 quilômetros. O atleta
"Kahuna" e "Taaroa" do Sào Paulo, HéUo Alves
Aguiar, que nào é militar, en-
trou no meio dos competidores
conquistam títulos e liderou a prova até quase o
flnal. Quando ia entrar no Iblra-
Os barcos Kahuna, de José Carlos Vaz, na Classe Brasi- puera, ele foi barrado pelo Ma-
jor Carvalho e detido e depois
lia, e Taaroa, de Heitor Braga, na Classe Ranger 22, conquis- liberado.
taram os títulos do Campeonato de Barcos Brasileiros —
construídos em série por estaleiros nacionais. Os prêmios,
oferecidos pela Aquarius e Mariner, fabricantes dos veleiros
campeões, foram entregues ontem a noite na Marina da
Glória.
Malik é o
Os resultados da última regata foram os seguintes:
Classe Brasilia — 1° Slocum José Luis Reis; 2° Kahuna,
José Carlos Vaz; 3o Zíngaro, Álvaro Fonseca Júnior; 4o On
vencedor
Face, Osvaldo Nascimento. Classe Ranger — Io Trafllc,
Henry Miller; 2o Cosa Nostra, Homero Levi de Barros; 3o
Taaroa, Heitor Braga.
na Hípica
Classificação final — Brasilia — 1° Kahuna, 6 pontos João Alberto Malik de Ara-
perdidos; 2o Zíngaro, 8,7. Classe Ranger 22 — Io Taaroa, 5.7
gão, na categoria sênior; Pe-
pontos; 2o Trafllc, 5,7. A competição foi organizada pela dro Figueira de Melo, na de
Associação Brasileira de Veleiros de Oceano.
júnior; e Ana Virgínia Capa-
nema, na de cavaleiros em
formação e readaptação, fo-
ram os vencedores das três
provas disputadas ontem â
Apenas 6 classes na tarde na Sociedade Hípica
Brasileira, com bom nivel téc-
Taça Confraternização nico, já que entre os 10 melho-
res de cada categoria apenas
Apenas seis classes disputaram a segunda etapa — a um deles cometeu falta.
primeira marcada para sábado foi adiada por falta de vento As provas apresentaram o
— da Taça Confraternização, organizada pelo Iate Clube do
Rio de Janeiro e disputada ontem a tarde na Bala de seguinte resultado: sênior —
Io João Alberto M. de Ara-
Guanabara.
gão'Apolo, 0-30s7; 2o José
O vento foi de Nordeste, rondando para Sueste, sempre Marcos Batlsta/Don Luis, 0-
fraco, e juntamente com a Taça Confraternização, foram
corridas a última etapa do Campeonato de Barcos Brasilei- 30s8; 3o Elizabeth Assaf/Preti-
nho, 0-3 lsl; 4o Ney Bogos-
ros e a segunda etapa do Campeonato Estadual da Classe
Hobie Cat 16. siaiV Bon Jour, 0-3lsl; júnior
— P Pedro Figueira de Melo-
Classificação /San Martin, 040s5; 2o Lúcia-
no BlessmanLeão, 0,5-43s3;
Os resultados das seis classes que foram à rala foram os cavaleiros em formação — Io
seguintes:
Ana Virgínia Capanema/Mo-
Classe Oceano II e III — Io Mo-Hal, Paolo Pirani; 2o coca, 0-57s9; 2° Rogério Luís
Tuna. Stan Haynes; 3o Neptunus, Sérgio Mirsky. Classe
"José Luis Reis; Viana. Proton, 0-58s; 3o Emer-
Oceano V — Io Slocum,
2o Kahuna, José
Carlos Vaz; 3o Zíngaro, Álvaro Fonseca Júnior. Classe son Santos JrTambo G, 0-
60s3; 4o Donaldo Stewart
Oceano VI — Io Traffic, Henry Miller; 2o Kalema, José
Avelino; 3o Cosa Nostra, Homero Levi de Barros. Jr/Boèmio, 0-6 ls6.
Na segunda regata do Estadual de Hobie Cat 16, venceu
Remo Zucchi Jumor, seguido de Sérgio Murtinho. Classe EM SAO PAULO
Hobie Cat 14 — Io Manoel Bezerra Leite. Classe Guanabara
— Io aspirante Rangel, 2o tenente Carlos, 3o Oscar Matoso Joaquim Mário de Franco
Maia. Mello, montando Roque San-
teiro, sagrou-se ontem cam-
Classe Carioca — Io Carlos Gomes, 2o Carlos Shirlez, 3o
Rafael Lorenz. Classe Soling — Io Luis Felipe Pereira, 2o peão paulista de Hipismo na
categoria seniors, ao vencer a
Roberto Tacão, 3o Patrícia Salles. A Taça Confraternização
termina este fim de semana, com a realização de duas última prova, Jóquei Clube
etapas, sábado e domingo, com largada prevista para as 13 de São Paulo. A prova foi no
horas, em frente da Escola Naval. A competiçào é aberta a Clube Hípico de Santo Ama-
todas as classes e clubes náuticos do Rio. ro e reuniu 15 cavaleiros, em
três eiap»».
Na Regata Almirante Dantas Torres, reservada a Classe
Optimist, os vencedores foram: Juvenil — Eduardo Wagner, Ana Maria Russo, com
Infantil — André Pellenz. Feminino — Leticia Nogueira, Fronterizo. foi a campeã da
Estreante — José Manoel Carregai. categoria seniors novos, de-
pois de disputadas 12 etapas
do certame.
 JORNAL DO BRASIL D segundo-feiro,
Rio vence ginástica feminina e vai ao Sul-Americano
Belo Horizonte — Com domi-
nio absoluto das cariocas no
feminino e ligeira superioridade
paulista no masculino, termi-
nou ontem, nesta Capital, o
Campeonato Brasileiro de Gi-
nástlca Olímpica. O campeão
individual masculino foi João
Vicente Machado, do Campi-
neiro, de Sáo Paulo, com Altair
Prado, da Gama Filho, vencen-
do.no feminino, categoria em
que todas as integrantes da Se-
leçáo Brasileira para o Sul-
Americano sáo cariocas.
Quem compareceu ontem ao
ginásio do Minas Tênis para
assistir às finais por aparelhos,
viu a disputa de cariocas, pau-
listas, mineiros e gaúchos pelos
títulos masculino, enquanto no
feminino a luta se restringiu
apenas às cariocas, que obtive-
ram as melhores colocações em
todos os aparelhos. Se fossem
computados os pontos das ca-
riocas que competiram como
avulsas — fora da equipe oficial
—, o Rio teria conquistado tam-
bém o título de vice-campeáo
feminino.
Para Berenice Arruda, técni-
Classificação
Equipes: Masculina: — São
Paulo, 512.40 pontos, Rio,
504.25, Minas, 481.85, Rio Gran-
de do Sul, 465.00. Feminina:
RJ," 374.35, RS, 328.10, SP,
325.55, MG, 312.70.
Individuais: Masculina: — 1°
Joào Vicente Machado, SP,
106.70; 2o João Luís Ribeiro,
SP, 106.00; 3o Hélio Araújo, MG,
105.45; 4o Gilmárcio Sanchez,
MG, 105.30; 5o Ulisses Schlos-
ser, RJ, 104.70; 6o Pedro Silva,
RJ, 103.70. Feminina - Io Al-
talr Prado, RJ, 75.00; 2o Lilian
Carrascosa, RJ, 74.40; 3o Clau-
dia Magalhães, RJ, 74.35; 4o
Marian Fernandes, RJ, 74.30; 5o
Jaquellne Pires, RJ, 74.25; 6o
Silvia dos Anjos, RJ, 74.05.
Classificação por aparelhos:
Salto masculino — Io Hélio
Araújo, MG, 19.00; 2o Gilmárcio
Sanchez, MG, 18.875; 3o Pedro
Silva, RJ, 18.375; 4o Carlos Sil-
vestre, SP; 18.375; 5o Agilmar
Marinho, MG, 18.25; 6o Mario
Tomaz, RJ, 18.025. Salto femi-
nino — Io Jaquellne Pires, RJ,
18.15; 2o Altair Prado, RJ,
17.775; 3o Lilian Carrascosa, RJ,
17.625; 4o Mareia Carvalho, RJ
(avulsa), 17.375; 5o Silvia dos
Anjos, RJ, 17.325; 6o Claudia
Magalhães, RJ, 17.275.
Solo masculino — 1° Carlos
Silvestre, SP, 17.925; 2o Gilmar-
cio Sanchez, MG, 17.75; 3o Ágil-
mar Marinho, MG, 17.475; 4o
Hélio Araújo, MG, 17.375; 5o
João Vicente Machado, SP,
17.30; 6o Pedro Silva, RJ, 17.00.
Solo feminino — Io Claudia
Magalhães, RJ, 18.15; 2o Altair
Prado, RJ, 17.95; 3o Marian Fer-
nandes, RJ, 17.875; 4o Silvia dos
Jair Soares faz
jogo de abertura
do tênis no Sul
Porto Alegre — Tenistas de
15 países disputam a partir de
hoje o Io Campeonato Interna-
cional para Veteranos, na Asso-
ciação Leopoldina Juvenil. O
torneio vai distribuir um total
de' 20 mil dólares em prêmios
(cerca de Cr$ 120 mil) para as
categorias 40 anos feminino, 45
e 55 anos masculino, em sim-
pies e duplas.
O torneio será aberto pelo Ml-
nistro da Previdência e Assis-
tència Social, Jair Soares, que
vai Jogar contra um adversário
ainda a ser definido. O Ministro
Murilo Macedo, do Trabalho, e
o apresentador de TV Cid Mo-
reira são os mais cotados para
enfrentar Jair Soares.
DESTAQUES
Tenistas da Alemanha, Esta-
dos Unidos, Suiça, Tchecoeslo-
váquia, Argentina, Suécia, Itá-
Ua, Espanha, Uruguai, Peru. In-
glaterra, Venezuela, ChUe, Aus-
tria e Brasil, divididos nas cate-
gorias 40 anos feminino e 45 e 55
anos masculino, disputarão
partidas de simples e duplas.
Sào ao todo 76 Jogadores.
Desde já, o principal desta-
que do campeonato é o itaUano
Nicola PietrangeU, 45 anos, bi-
campeão em simples e duplas
em Wimbledon e Roiand Gar-
ros, recordista mundial em jo-
gos da Copa Davis (164 parti-
das, entre 1954 e 1972), conse-
guindo 119 vitórias, e campeão
dos Abertos da ItáUa e Ale-
manha.
O sueco Torsten Johansson,
55 anos, campeáo europeu de
veteranos em 66, 67, 68,69, 71 è
79, e o austríaco Laci Lengens-
Grand Prix de Bogotá
tem três brasileiros
Bogotá — Com três brasUei-
ros incluídos diretamente, sem
necessidade de disputar o qua-
lifying — Carlos Kirmayr, To-
mas Koch e Marcos Hocevar —
começa hoje o Torneio Interna-
cional, uma das quatros compe-
tlçòes sul-americanas que va-
lem pelo Grand Prix. A maior
atração da competição é o nor-
te-americano Jimmy Connors
que, pela primeira vez, compete
oficialmente na América do
Sul. Até então ele só participou
de partidas de exibiçào.
O argentino Jose Liüs Clerc. o
norte-americano Vitas Gerulai-
tis. o francês Iannick Noah e o
paraguaio Victor Pecci sáo ou-
tros nomes cotados para chegar
às rodadas decisivas, assim co-
mo o brasileiro Hocevar, que no
torneio de Quito surpreendeu
ao se classificar às semifinais,
eliminando Gerulaitis e per-
dendo para Victor Pecci por 6'3
e 6'4.
/vinda em Quito, nas semifi-
nais de duplas, os brasileiros
Marcos Hocevar Joáo Soares,
foram eliminados em partida
muito equilibrada po. Hans
Gildmeister Andres Gomez
10/11/80 D 1° Caderno
ca do Tijuca e da Seleção Brasi-
leira que irá ao Sul-Americano
de Santiago, a supremacia das
cariocas no país é resultado da
maior aplicação nos treinamen-
tos. Berenice acha que a Sele-
çáo que dirigirá é favorita no
Sul-Americano e que terá como
mais dificil adversário o Chile.
A equipe feminina para o Sul-
Americano está formada so-
mente por cariocas: Altair Pra-
do (Gama Filho), Lilian Carras-
cosa (Tijuca), Cláudia Maga-
lháes (Gama Filho), Marian
Fernandes (Tijuca), Jaquellne
Pires (Gama Filho) e Sílvia dos
Arçlos (Tijuca). Como reserva
Irá Denilce Campos (Tijuca),.
que disputou o campeonato co-
mo avulsa.
A equipe masculina: Joào VI-
cente Machado (Campineiro,
SP), Joào Luís Ribeiro (Pinhei-
ros, SP), Hélio Araújo (Minas
Tênis), Gilmárcio Sanchez
(MTC); Ulisses Schlosser dtju-
ca) e Pedro Silva (Flamengo). O
técnico será Herjl 0'Hara, de
Sáo Paulo, e como reserva irá o
gaúcho Clotário Portugal, da
Sogipa.
Anjos, RJ, 17.80; 5o Lilian Car-
rascosa, RJ, 17.80; 8o Denise
Campos, RJ (avulsa), 16.525.
Assimétrica (feminino) — Io
Altair Prado, RJ, 18.800; 2o SU-
via dos Anjos, RJ, 17.40; 3o Ma-
rian Fernandes, RJ, 17.125; 4o
Lilian Carrascosa, RJ, 17,20; 5o
Jaquellne Pires, RJ, 17.05; 6o
Claudia Magalhães, RJ, 16.225.
Paralela (feminino) — Io Altair
Prado, RJ, 18.00; 2o Silvia dos
Anjos, RJ, 17.40; 3o Lilian Car-
rascosa, RJ, 17.20; 4o Marian
Fernandes, RJ, 17.125; 5o Ja-
queüne Pires, RJ, 17.05; 6o
Claudia Magalhães, RJ, 16.225.
Cavalo (masculino) — Io Ulis-
ses Schlosser, RJ, 17.25; 2o João
Vicente Machado, SP, 16.375; 3o
Hélio Araújo, MG, 15.975; 4o
Agilmar Marinho, MG, 15.75; 3o
Pedro Silva, RJ, 15.625; 6o Ma-
rio Tomaz, RJ, 14.625. Argola
(masculino) — Io Clotário Por-
tugal, RS, 17.85; 2o João Luis
Ribeiro, SP, 17.325; 3o João Vi-
cente Machado, SP, 17.25; 4o
Ulisses Schlosser, RJ, 15.675; 5o
Gilmárcio Sanchez, MG, 15.125;
6o Fernando Moreira, SP, 14.45.
Pararela (masculino) — Io
Joào Vicente Machado, SP,
16.925; 2o Hello Araújo, MG,
16.875, 3o Clotário Portugal,
RS, 16.55; 4o Joào Luis Ribeiro,
SP 16.225; 5o Pedro Silva. RJ,
15.75; 6o Ulisses Schlosser, RJ,
15.475. Barra fixa (masculino)
— Io Clotário Portugal, RS.
17.40; 2o Gilmárcio Sanchez;
MG. 17.35; 3o Joáo Luis Ribeiro,
SP, 17.15; 4o João Vicente Ma-
chado, SP, 16.30; 5o Pedro SU-
va, RJ, 16.275, 6o Carlos SUves-
tre, SP, 16.000 pontos.
Suzy e Rui
ganham
no golfe
tein, também campeão europeu
em 72, 73, 75 e 76, são outros
destaques do campeonato.
Anualmente, em Baden-Baden,
na Alemanha, se realiza o Cam-
peonato Europeu de tênis para
veteranos. Entre os brasüeíros,
o nome mais cotado é o do
gaúcho Erion HeUer, atual cam-
peão nacional. A alemã Renate
Drisaldi é o principal nome en-
tre as mulheres. Ela é tricam-
peã européia. O campeonato
terminará dia 16.
FRANCESES NO RIO
Uma equipe fiancesa de trés
tenistas, Patrice Dominguez,
da equipe da Taça Davis, Beni-
ce Hagelen e Jacques Laurent
passará três dias no Rio e como
atração principal fará um en-
contro com a equipe do Coun-
try, composta por Jorge Paulo
Lemann e Sérgio Bezerra, ama-
nhâ, a partir das 18h30m, em
disputa da Taça Meridien.
Hoje, às 17h, os franceses da-
ráo uma clínica (aulas) de tênis
para crianças, e às 19h uma
para adultos, no Country, se-
guindo-se um torneio Pro-Am
— um profissional com um
amador.
JUVENIS
A Cosat (Confederação Sul-
Americana de Tênis) já definiu
os locais do Circuito Sul-
Americano de Tênis (juveiül),
que começará a 12 de janeiro,
em Lima. Depois, sem data ain-
da definida, serão realizadas
etapas em La Paz, Santiago,
Buenos Aires, Montevidéu, As-
sunçào e Sào Paulo.
(Chile/Equador) por 5.7, 6/4 e
6/2. Gildmeister/Gomez sâo os
favoritos para a conquista do
título.
Em Hong Kong, o tcheco
Ivan Lendl venceu o torneio de
Grad Prix com 70 mü dólares
(cerca de Cr$ 4 mühões 200 mü)
em prêmios, ao derrotar o nor-
te-americano Brian Teacher
por 5/7, 7'6 e 6/3, em partida
equiübrada.
Em Estocolmo, o norte-ame-
ricano John McEnroe e o sueco
Bjorn Borg decidirão o Aberto
da Suécia. McEnroe derrotou
Bob Lutz por 6 3 e 6 3, para
tentar, agora, o tri-
campeonato, enquanto Borg
eliminou Gene Mayer por 6 2 e
7'5. Será o primeiro encontro
deles, após a vitória de McEn-
roe no US Open.
Tracy Austin foi a campeã do
torneio feminino de Stuttgart.
ao derrotar na flnal outra ame-
ricana. Sherry Acker, por 6 2 e
7 5. Em duplas. Hana Mand.ko-
va Betty Stove (Tchec. Holan-
da) venceram Anne Smith Ka-
thy Jordan (EUA) por 6 4 e 7 5
na partida final
A carioca Altair Prado, 15 anos, conquistou seu Io título brasileiro
Rui e Suzy Zobaran conquis-
taram ontem, no campo do Ita-
nhangá, a Taça Katucha de
Golfe — disputada em 18 bura-
cos, por 19 duplas, valendo as
melhores bolas de cada jogador
— ao cumprirem o percurso
com um cartão de 61 net. Qua-
tro duplas somaram 65 net, mas
Fred e Erice Cardoso venceram
no desempate pela segunda
melhor volta, garantindo a se-
gunda posição, ficando com a
terceira HéUo Isaac Barki e Isa-
bel Rudge. Aníbal Afonso e
Maya Sales e Cláudio e Ana
Fulchignoni elassiflearam-se a
seguir, também com 65 net.
Paralelamente à Taça Katu-
cha, foi disputada ontem, por
jogadores juvenis, a Taça Car-
los Prosperi, em 18 buracos,
contra o par da cancha, onde o
melhor escore foi o de Cláudio
Steuer, com 4 up, Em segundo
lugar, ficou Paulo André Miran-
da, com 0, em terceiro, Sérgio
Steuer, com 1 down, depois de
superar Cristina Kaiser no de-
sempate pelos buracos finais. A
quinta posiçáo dividiu-se entre
Jimmy Carrol Júnior e Luciano
Barbosa, que empataram com 2
down.
NO GÁVEA
Jean Paul VantUburg e Oscar
Faria disputarão, no próximo
sábado, a Taça São Conrado de
Golfe, na categoria 0 a 12 de
handicap, enquanto José Luís
Ferreira e Carlos Bandeira de-
cidem o título da categoria 13 a
24 e Henrique de Oliveira e Al-
fredo Hasson jogam pela pri-
meira colocação da categoria
25 a 36.
Nas semifinais da competi-
çáo, ontem, no cam o do Gá-
vea, Jean Paul derrotou Nilo
Gomes de Lemos Filho por 1 up
e Oscar Faria superou Paul Wil-
lensen Neto por 2 up. Jorge
Ferreira classificou-se para a fi-
nal derrotando Caio Sila num
play off no buraco 22, enquan-
to, também num play off, no
buraco 19, Carlos Bandeira su-
perou Tomy Fowler e Henrique
OUveira marcou 5 up no match
contra Edson Varela. Alfredo
Hasson estava em by.
Melburne — Com um cartão
de 282 tacada (71-72-69-70) para
as quatro voltas, o austnüiano
Sam Torrance conquistou o
torneio promovido pela Asso-
ciàçáo dos Golfistas Profissio-
nais da AustráUa. O espanhol
Severiano Balesteros (74-70-72-
69) e o escocês Bruce Devlin (74-
70-72-69) empataram em segun-
do lugar, com 285 tacadas.
Em Tóquio, o torneio Japào x
EUA (par 721 apresentou o se-
guinte resultado: Io Jerrv Pate
(70-69-72-65) 276: 2° NorioSuzu-
ki 168-69-73-87) e Tom Purtzer
(67-70-74-72) 277; 4" Isao Aoki
(71-68-71-74) 284,
2o Clichê
Gama Filho vence
natação estadual
petiz e infantil
Com mais dois recordes esta-
duais, a Gama Filho se sagrou
ontem campeá geral do Cam-
peonato de Natação de Petizes
e Infantis do Rio de Janeiro. O
único título ganho por outro
clube foi o da categoria petizes
no masculino, que flcou com o
Flamengo. O grande destaque
Individual voltou a ser Cristla-
ne Pereira, de 11 anos, nova
recordista estadual na prova de
100 livres, com Im03s09.
Cristiane foi a única nadado-
ra do campeonato a bater re-
cordes Individuais. No sábado,
ela havia quebrado o dos 200
metros Uvres e ontem ainda
ajudou a Gama Filho a melho-
rar a marca estadual do reveza-
mento de 4 x 100 metros em
quatro estüos. Na sexta-feira
Cristiane já havia ganho a pro-
va de 800 Uvres e tirado terceiro
na de 100 borboleta. Ontem,
com os muitos presentes que
ganhou, ela sobrecarregou sua
mãe. E o pai exibia orgulhoso
no peito as medalhas de ouro
obtidas pela filha.
A Federação vai escalar ago-
ra a equipe que representará o
Rio no Brasüeiro que será
disputado em Porto Alegre, em
dezembro, e de onde safra a
seleção para o Sul-Americano
-Resultados-
1° prova — lOOm livrei — meninas — infantil
1 ° Cristiane Pereira, Gama Filho
2°CristinaLisboo, Botafogo
2° provo — 100m livres — homens — infantil
l°Otavio Bravo, Flamengo
2° Marcos Ley, Icaraí
3° prova — 200m borboleta — meninas — infantil
l0LauraCoítro,GamaFilho
2°Cláudia Marques, Botafogo
4° provo — 200m borboleta — homens — infantil
Io Carlos Lomba, Botafogo
2°JoséMedeiros.GamaFilho 2m36s52
5a prova — lOOm costas — meninas — petizes
l°MariaSuni Luz, Jequiá
2°CristinoGuimarães Tijuca
6° prova — lOOm costas — homens — petizes
1° George Carvano, Fluminense
2° RuyCondeia, Jequiá
7° prova — 200m peito — meninas — infantil
I3 JacquelineRod^gues, Botofogo
2° Jyselle Moraes, Tijuca
8o prova — 200m peito —
\~ JeanShinzato, Fluminense
2° Jorge Souza, Gama Filho
9° prova — 4 x 100 livres - meninas — petizes
l°GamaFilho-A
2=Jequiá-A
10° provo — 4 x lOOm livres — homens — petizes
l°GamaFi!ho-A
23FÍunrnen5e-A
1 Io prova — 4 x lOOm medley — meninas — infantil
l5GomoFnho-A
2:Botafogo-A
1^ prova — 4 x lOOm medley — homens — infantil
1 GamaFilho-A
2C Fl^i-ic-se-A
Belo Hori ionte/Wa Ide mar Sabino
4'S''yyS'S: :. ;.' ¦
' ¦ "
4
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44.
'•¦;;
:.j.::f'.. , .';;<;"!.
do próximo ano, em Medelin,
na Colômbia.
Os melhores índices técnicos
do Estadual, entre os petizes,
foram o de Aderbal Oliveira, da
Gama Filho, nos 100 Uvres
(Im06s89), e o de Maria Suni
Luz, do Jequiá, nos lOOborbole-
ta (Iml7sl7). E entre os lnfan-
tis, o de Otávio Bravo, do Fia-
mengo, nos 200 livres (2ml3s87)
e de Cristiane Pereira, da Gama
Filho, nos 200 Uvres (2ml5s63).
Pelos seus recordes, Cristiane
Pereira e também as outras In-
tegrantes do revezamento de
quatro estüos da Gama Filho
(Laura Castro, Sheila Souza e
Marta Fernandes) ganharam o
direito de receber, no próximo
mès, o Mérito Joáo Havelange,
criado no ano passado pela Fe-
deração para homenagear seus
recordistas.
A classificação final geral nos
petizes: Io Gama Füho, 150; 2o
Flamengo, 120; 3o Jequiá, 113;
4o Fluminense, 107; 5o Botafo-
go, 30, 6o AABB-Lagoa, 27; 7°
Icaraí, 19; 8o Tijuca, 12; 9o Ola-
ria, 11. Infantis: Io Gama Filho,
299; 2o Fluminense, 171,5; 3o Bo-
tafogo, 160; 4o Flamengo, 150,5;
5o Icaraí, 64; 6o Tijuca, 49; 7o
AABB, 43; 8o Jequiá, e Olaria,
27; 10° Canto do Rio, 17; 11°
Vasco, 16; 12° Guanabara,9.
' rn03s09
Im04s75
Im01s48
Im02s27
2m33s07
2m43s80
2m32s85
Iml9s25
Im22sl2
1ml7s63
Iml7s82
2t.58s04
3m02s60
homens — infantil
2m46s79
2m54s49
4m56s!9
5m03s32
4m45s02
Jm48s39
4i-,57s23
5m07sõ3
Jt.53.54
4m55s22
ESPORTE 17
Bulhões ganha o Vasco é o
campeão
título estadual nos saltos
A equipe do Vasco sagrou-
da classe Laser se ontem campeã carioca de
saltos ornamentais, ao vencer
três das quatro provas dispu-
Pedro Bulhões Carvalho da Fonseca, o Chorão, repre-
sentando o Clube dos Caiçaras, confirmou sua categoria de tadas ontem, piscina do pró-
campeão brasüeiro ao conquistar ontem, em Araruama, o
prio clube, válidas pelo Cam-
título do Estadual de Laser, que reuniu alguns dos melhores
iatistas do país em varias classes. peonato Estadual Infantil A e
Na categoria júnior, a revelação Cristoph Bergman, do B. Em segundo lugar, classifi-
Iate Clube do Rio de Janeiro, flcou com o título e a quinta cou-se o Olaria, com 16 pon-
colocação geral, enquanto entre as mulheres venceu a dupla tos — 37 de diferença para o
Mônica Sofflatti/Monica Walsh, do Clube dos Caiçaras.
Competiram cerca de 100 Iatistas, foram disputadas seis Vasco — 4 e, em terceiro, o
regatas em dois fins de semana e a sede da competição foi o Internacional, que nào mar-
Clube Náutico de Araruama. cou pontos em sua estréia nas
competições oficiais.
Vitória fácil
Os campeões individuais
Choráo venceu a quinta regata, corrida com ventos das provas de ontem, todas
fortes, garantindo o título por antecipação e com a excelen- de trampolim, foram: infantil
te média de duas vitórias, dois terceiros a um segundo A — feminino — Sandra Tei-
lugares, perfazendo o total de 14,4 pontos perdidos. Com xeira Alencar, Vasco, 86, 90
este resultado ele nem precisava correr a última etapa.
Na sexta regata, José Paulo Barcelos, vice-campeào pontos, masculino — Márcio
mundial da classe, completou o percurso em primeiro lugar, Eduardo Montez, Vasco,
seguido de Torben Grael Schmidt, que com este resultado, 139,40 pontos; infantil B —
somado à terceira posição obtida na quinta regata, garantiu masculino — José Carlos
o vice-campeonato do Estadual, com 27,4 pontos perdidos
(Io, 2o, 3o, 3o, 7o e DSQ). Ele representou o Rio Yacht Club. Goulart, Vasco, 157,55 pon-
Gastão Brun, ex-campeáo brasileiro de Laser e integran- tos; feminino — Valéria Por-
te da tripulação da classe Soling, que disputou os Jogos tela, Olaria, 136,60 pontos.
Olímpicos de Moscou, terminou em terceiro geral, com 39,1
pontos. Gastão ê do Iate Clube do Rio de Janeiro e, apesar
de ontem ter conseguido a terceira posição na sexta regata,
praticamente perdeu a chance de lutar pelo titulo, desde a WATER-PÓLO
etapa inicial, quando nâo passou da 19a colocação. Com um ganhador de meda-
Ronaldo Senft, do Iate Clube Brasileiro, começou bem, lha olímpica na equipe, o inte-
mas caiu bastante no final. Entretanto, ainda flcou com a
quarta posição geral, com 44 pontos perdidos. John King, grante do revezamento de 4 x
200 metros livres terceiro colo-
que está voltando a velejar, terminou em quinto na catego- cado em Moscou, Jorge Fernan-
ria sênior, embora fosse superado pelo júnior Cristoph des, e baseando na velocidade
Bergman, na contagem geral. Nelson Alencastro Guima- dele a maior parte de suas joga-
ráes, também afastado do iatismo por algum tempo, voltou das, o Tijuca conquistou ontem
a mostrar sua categoria, terminando em sexto na categoria o Campeonato Brasileiro de
sênior. Water-Pólo Juvenil. O Botafo-
Entre as mulheres, Mônica Sofflattl, que recentemente
saiu da classe Optimist, foi a campeá e, devido a seu pouco go, campeão do ano passado,
ficou em segundo e o Pinheiros,
peso para o barco, velejou com a proelra Mônica Walsh. Na de São Paulo, em terceiro. O
categoria júnior, Cristoph Bergman demonstrou estai em título dá ao Rio a supremacia
ótima forma ao superar o favoritismo de Luis OUvelra Netto, atual no water-pólo nacional, já
vice-campeão.
que os paulistas, antigos cam-
peões, foram derrotados tam-
bém no torneio Rio—Sào Paulo
vencido pelo Botafogo.
RESULTADOS
5° REGATA
1°
2o
Pedro Bulhões
Cristoph Bergman Brasil tem
3o Torben Groel
4°
5°
Fernando Bello
Antônio Cavalcanti boa estréia
6o REGATA
1°
2°
José Paulo Barcelos
Torben Grael
no hóquei
' ¦ 3o Gastão Brun
4o Fernando Bello Santiago — A equipe mas-
5o Cristoph Bergman culina brasileira de hóquei
sobre patins, vice-campeã
pan-americana, estreou mui-
.:; .. .
j.
CLASSIFICAÇÃO FINAL to bem no Campeonato Mun-
¦¦¦.:¦: ¦¦>:
dial, derrotando a Suíça, on-
CATEGORIA SÊNIOR tem, por 6 a 1. Já no primeiro
Pedro Bulhões 14,4 tempo, os brasileiros ganha-
; ,' ;||
Torben Grael 27,4 vam de 2 a 0 sem dificul-
Gastâo Brun
Ronaldo Senft
John King
39,1
44
60,4
dades.
Hoje, os brasileiros enfren-
tam os colombianos e na
Nelson Alencastro quarta-feira jogam contra os
68,7
Ricardo Stabille 71 chilenos. O Brasil está no
8o José Barcelos 92 Grupo 4 e tem amplas possi-
9° MarceloConde 100
bllidades de passar ãs semifi-
nais, nas quais estarão so-
CATEGORIA JÚNIOR
1°
2"
3°
Cristoph Bergman
LuisÒliveiraNeto
Otto Assis
56
78
mente os dois primeiros colo-
cados de cada grupo.
Apesar da presença de Por-
89
tugal e Espanha, maiores for-
4o Lars Grael 93
5o ArcélioMoreira 105 ças mundiais, e da Argentina,
campeã pan-americana, os
CATEGORIA FEMININO brasileiros tèm esperança de
Io Mônica Soffiatti 213 ficar entre os seis primeiros,
2o Andréa Boddener 234 para disputar os Jogos Mun-
3° Andréa Soffiatti 254 diais, de julho de 81, na Cali-
277
4° Cristiane Kranen fórnia, que reunirão apenas
esportes nâo olimpicos.
"Kahuna" e "Taaroa" João é Io
conquistam títulos no triplo
Os barcos Kahuna, de José Carlos Vaz, na Classe Brasi-
lia, e Taaroa, de Heitor Braga, na Classe Ranger 22, conquis- militar
taram os titulos do Campeonato de Barcos Brasileiros — São Paulo—Com um salto de
construídos em série por estaleiros nacionais. Os prêmios,
16,58 metros, o recordista mun-
oferecidos pela Aquarius e Mariner, fabricantes dos veleiros dial do salto triplo, Joáo Carlos
campeões, foram entregues ontem a noite na Marina da de Oliveira, foi o vencedor da
Glória. modalidade no Campeonato
Os resultados da última regata foram os seguintes: Mundial Militar de Atletismo,
Classe Brasilia — 1° Slocum José Luís Reis; 2° Kahuna, encerrado ontem à noite no Ibi-
José Carlos Vaz; 3o Zíngaro, Álvaro Fonseca Júnior; 4o On rapuera. Em segundo lugar fl-
Face, Osvaldo Nascimento. Classe Ranger — Io Trafflc,
cou o alemão Wolfgang Kmabe,
Henry Miller; 2o Cosa Nostra, Homero Levi de Barros; 3o com 16,48m, em terceiro, o ir-
Taaroa, Heitor Braga. mào de Joáo, Francisco Carlos,'
com 15,95m.
Classificação flnal — Brasilia — 1° Kahuna, 6 pontos
perdidos; 2o ZIngaro, 8,7. Classe Ranger 22 — Io Taaroa, 5,7 Um fato curioso irritou os or-
ganizadores, mas que agradou
pontos; 2o Trafflc, 5,7. A competição foi organizada pela ao público, ocorreu na marato-
Associação Brasileira de Veleiros de Oceano.
na de 42 quilômetros. O atleta
do Sào Paulo, Hélio Alves
Aguiar, que nâo é militar, en-
trou no meio dos competidores
e liderou a prova até quase o
Apenas 6 classes na flnal. Quando ia entrar no Iblra-
puera, ele foi barrado pelo Ma-
Taça Confraternização jor Carvalho e detido e depois
liberado.
Apenas seis classes disputaram a segunda etapa — a
primeira marcada para sábado foi adiada por falta de vento
— da Taça Confraternização, organizada pelo Iate Clube do
Rio de Janeiro e disputada ontem a tarde na Baía de
Malik ê o
Guanabara.
O vento foi de Nordeste, rondando para Sueste, sempre vencedor
fraco, e juntamente com a Taça Confraternização, foram
corridas a última etapa do Campeonato de Barcos Brasilei-
ros e a segunda etapa do Campeonato Estadual da Classe
Hobie Cat 16.
na Hípica
João Alberto Malik de Ara-
Classificação gáo, na categoria sênior; Pe-
dro Figueira de Melo, na de
Os resultados das seis classes que foram à raia foram os júnior; e Ana Virginia Capa-
seguintes: nema, na de cavaleiros em
Classe Oceano II e III — Io Mo-Hai, Paolo Pirani; 2o formação e readaptação, fo-
Tuna, Stan Haynes; 3o Neptunus, Sérgio Mirsky. Classe ram os vencedores das trés
Oceano V — Io Slocum, José Luis Reis; 2o Kahuna, José
Carlos Vaz; 3o Zingaro, Álvaro Fonseca Júnior. Classe provas disputadas ontem à
tarde na Sociedade Hípica
Oceano VI — Io Trafflc, Henry Miller; 2o Kalema, José
Avelino; 3o Cosa Nostra, Homero Levi de Barros. Brasileira, com bom nível téc-
nico, já que entre os 10 melho-
Na segunda regata do Estadual de Hobie Cat 16, venceu
res de cada categoria apenas
Remo Zucchi Júnior, seguido de Sérgio Murtinho. Classe um deles cometeu falta.
Hobie Cat 14 — Io Manoel Bezerra Leite. Classe Guanabara
— Io aspirante Rangel, 2o tenente Carlos, 3o Oscar Matoso As provas apresentaram o
seguinte resultado: sênior —
Maia.
Io João Alberto M. de Ara-
Ciasse Carioca — Io Carlos Gomes. 2o Carlos Shirlez, 3o
Rafael Lorenz. Classe Soling — Io Luis Felipe Pereira, 2o gão'Apolo, 0-30s7; 2o José
Roberto Tacão. 3o Patrícia Salles. A Taça Confraternização Marcos Batista Don Luis. 0-
termina este flm de semana, com a realização de duas 30s8; 3a Elizabeth Assaf Preti-
etapas, sábado e domingo, com largada prevista para as 13 nho, 0-31sl; 4o Ney Bogos-
horas, em frente da Escola Naval. A competição é aberta a sian Bon Jour. 0-31sl: júnior
todas as classes e clubes náuticos do Rio. — Io Pedro Figueira de Meio-
San Martin. 040s5; 2° Lucia-
Na Regata Almirante Dantas Torres, reservada a Classe
Optimist. os vencedores foram: Juvenil — Eduardo Wagner, no BlessmanLeáo, 0,5-43s3;
Infantil — André Pellenz, Feminino — Leticia Nogueira. cavaleiros em formação — Io
Estreante — José Manoel Carregai. Ana Virgínia Capanema Mo-
coca. 0-57s9: 2° Rogério Luis
Viana Proton, 0-58s.
 18 — ESPORTE
"Pingüim" treina
Falcão reage na Itália a
com a carrocinha críticas feitas no Brasil
para a Maratona
Roma — Considerando-se "vitima de
Conduzir uma carrocinha por quase 20 quilômetros de ida e
uma agressão jornalística inédita em 12
volta da Abolição a Sâo Cristóvão, onde desde 1971 vende anos de carreira", Paulo Roberto Falcáo,
doces, balas e sorvetes nas portas dos Colégios Pedro n e craque brasileiro que continua a identificar-
Gonçalves Dias, é basicamente o treinamento de José Silvério se com a surpreendente e excelente campa-
Pinto, 61 anos, para participar da Maratona Atlântica Boavis- nha do Roma no Campeonato Italiano de
ta, organizada pelo JORNAL DO BRASIL, a ser disputada no série A (ontem mesmo confirmou a sua
posição de líder absoluto, empatando com a
próximo dia 15. Catanzaro e mantendo-se a um ponto de
Pingüim, como é conhecido por todo mundo, de Madureira, distância do Inter e da Fiorentina), convo-
onde mora, à Zona Sul, e mais Intimamente pelos alunos dos cou os correspondentes de jornais e revistas
dois colégios, com os quais convive de segunda a sexta-feira de brasileiros para dar a maior divulgação pos-
9 às 19 horas, é todo otimismo para a Maratona e adianta que
além dos 20 mil metros que "faço por prazer todos os dias" às
sível ao seu protesto contra uma reporta-
gem publicada por um semanário paulista.
terças e quintas-feiras ainda complementa com uma puxada, — Embora sempre tenha aceito todas as
de Madureira a Magalhães Bastos, "para me sentir melhor". criticas que os jornalistas brasileiros ou es-
trangeiros fizeram, em tantas ocasiões, a
Alegria e prazer atuações que tive como jogador profissional
de futebol, hoje decidi tomar a atitude de
José Silvério só lamenta ter descoberto as corridas um responder ao que náo considero uma critica,
mas um ataque de má fé que sofri da parte
poupo tarde, mas desde que participou pela primeira vez de
uma competição, Julgou ter encontrado ali o caminho da
alegria e do bem-estar.
Na verdade — diz José Silvério — desde os 7 anos de
do Sr Giuseppe Morabilit pelas colunas da
revista Isto E, em sua edlçáo de 29 de
outubro.
Falcão não hesitou em se declarar emba-
idade, em minha terra, Ubá, que sempre gostei de correr. Corria
por tudo. Quando cheguei aqui no Rio trabalhei em vários
raçado e constrangido pela atitude que nun-
ca pretendeu assumir, mas pediu aos repre-
lugares, mas estava sempre me movimentando. De uns três
anos para cá encontrei as corridas de ruas e logo embarquei
sentantes da Imprensa brasileira que com-
preendessem bem o sentimento que o ani-
mara. Ele deu entrevista antes da partida
nelas.
A história de José Silvério e sua carrocinha pode ser assim
sintetizada:
Em 1963, começou a trabalhar em vendas ambulantes.
Roma x Catanzaoro, no Hotel Vila Pamphi-
li, que serve de concentração de seu clube, e
entregou uma cópia do artigo e de uma
carta que enviara ao diretor da revista.
Antes de chegar ao ponto, de São Cristóvão, passou por vários Solicitando que todos lêssemos e julgas-
outros, como Maria da Graça, Olaria, Bonsucesso, Cascadura, semos
Pilares. Esses lugares eram onde funcionavam as fábricas de
dois textos, Falcão disse ainda que
"resolviosagir dessa forma porque prezo mui-
sorvetes, que sempre foram o seu forte. to a Imagem que construí no Brasil, e nào
quero que ela seja comprometida ou distor-
As praças onde iria vender os produtos eram distantes das
fábricas e por isso ele nâo esquentava a cabeça: tocava a cida por atos de leviandade e calúnias tão
empurrar. grosseiras. Neste caso, prefiro pecar por ex-
cesso de zelo do que por omissão".
Mas foi na Abolição e no Campo de Sào Cristóvão que ele
encontrou melhores condições de trabalho e há nove anos está A indignação maior do ex-capitão do
Internacional de Porto Alegre e da Seleçáo
ali, diante dos dois colégios, pela manhã em um, e à tarde no
outro. Brasileira é explicada por ele mesmo em
Ali encontrei além de uma boa meninada para comprar conseqüência de dois adjetivos usados"crimepelo
Jornalista que o qualificam autor de
tudo o que vendo, muito carinho de todo mundo. Nâo me afeta, lesa-patrimónlo" e de "pipoquelro", "medro-
por isso, sair às 7h da manhã da Abolição seguir pela Avenida so que tem excessivo amor pelas canelas".
Suburbana, Rua Senador Bernardo Monteiro, Rua Ana Nery, Acusações que até hoje nunca foram feitas a
Largo do Pedregulho, Rua São Luís Gonzaga, Campo de São Falcão por um dos muitos jornais e jornalis-
Cristóvão. Sâo quase 11 quilômetros e os faço em média em 45 tas italianos que continuam a dedicar-lhe
minutos. um dos me-
atenções especiais e a julgá-lo"estrangeiros"
lhores senáo o melhor, dos
importados este ano pelos clubes de primei-
A maratona ra divisão da Itália. Um jogador sempre
Idolatrado pela apaixonada torcida do Ro-
O seu melhor tempo nos 42 mil 195 metros é de 4h01ml5, ma, e apontado por técnicos e dirigentes
conseguido na disputa da maratona de setembro último. Com o esportivos como o elemento fundamental de
uma campanha que hã mais de 30 anos o
treino que vem realizando (os 20 mil metros diários, acrescidos
Roma não fazia em campeonatos italianos.
de mais 20 de Madureira a Magalhães Bastos e os treinos
coletivos), espera baixar muito esse tempo e ganhar a sua Por se sentir, "agredido" por uma repor-
décima-quarta medalha e o segundo troféu de sua vida. tagem do jornalista Giuseppe Morabito, pu-
Agora estou mais aliviado para correr forte do inicio ao blicada na edição de 29/10 deste ano, à
flm; motivo: a minha mulher sempre se opôs que eu corresse. pagina 74, sob o título Decepções — Roma
quer ver o futebol que custou milhões, o
Mas depois que os médicos disseram que eu era um homem
sadio, as coisas mudaram e agora é ela a principal torcedora. jogador Falcáo enviou à revista É Isto é uma
carta, com o objetivo de responder à repor-
Ela e nosso fllho (David), de oito meses.
tagem.
Carlos Meiquilo
Benfiea vence e é líder
Lisboa — Ao vencer ontem o Marítimo,
do Funchal (Ilha da Madeira) por 2 a 1, o
Benfiea passou pela décima rodada do Cam-
peonato Português na liderança absoluta,
com três pontos de vantagem sobre o Porto
e cinco pontos em relação ao Sporting. O
Benfiea é o virtual campeão do primeiro
tumo.
O Porto e o Sporting ainda nào perderam
as chances de uma classificação pelo título,
mais diflcll para o Sporting que nem de
longe lembra o campeão do ano passado. O
Benfiea, entretanto, desponta como o gran-
de favorito, náo só pelo seu bom desempe-
nho no Campeonato Nacional, como tam-
bém pela atuação excepcional na Recopa.
Até agora é o único clube português que
conseguiu vencer seus adversários euro-
peus.
O jogo
O jogo de ontem entre Benfiea e Mariti-
.mo foi em Lisboa, no Estádio José Alvalade,
por interdição do estádio do clube madei-
rense, que mandava no jogo. No intervalo,
registrava-se um empate de 1 a 1. O Mariti-
$$^Aêl ^aaaa\aY\íÊÊÊU wBAS^Ê^^^^^^m^ .^ «^ ffift jtffiftfflflft mo abriu a contagem aos 23 minutos, por
intermédio de Mário Ventura. Três minutos
i:>;í:í,,;_:;Mi^
_¦¦-;-:¦.
'-]>y ¦.¦¦¦¦
v-;::"'::'^^
Brasília
Pingüim" percorre 20 quilômetros por dia O empate de 1 a 1 com o Goma, ontem, no Estádio
Edson Arantes do Nascimento, em Brasília, deu ao time
do Brasília o título de campeão do Distrito Federal, pois
foi o vencedor dos três turnos. Rogério Macedo fez o gol
do Brasília e Kidão marcou paro o Goma. José Mário
André e Dohnert Vinhas foi o juiz. Os outros resultados de ontem:
Comercial 1 x Guará 0, em Planoltina, e Sobradinho 3 x
Desportiva Bandeirante 0. Sábado. Taguatinga 4 x
Ceilàndia 0, em Taguatinga. O artilheiro do Campeona-
são campeões na
to brosiliense é Fantoto, do Gama, com 23 gols.
Classificação
Io)—Brasília—campeão 15
2°)—Gama 13
Windsurf Cup 3o)—SobradinhoeTaguatinga
5°)—Guará
6o)—Comercial
7°)—Ceilàndia e Desportiva
8
6
11
3
9o)—Tiradentes 2 —Bahia
Luís André, na categoria leve, e Carlos Dohnert, na
pesado foram os campeões da Fiorucci Windsurf Cup,
disputada ontem, na lagoa de Marapendi. Competiram
Rio Grande do Sul
cerca de 80 iatistas, Luis André velejou uma prancha O Internacional continua liderando o segundo turno
Offshore, enquanto Dohnert utilizou uma Tornado. Ambos do hexogonal decisivo do Campeonato Goúcho. um
ponto à frente do Grêmio, depois da vitória de 2 a 0
estavam equipados com velas Ullman.
sobre o Novo Hamburgo, em Porto Alegre. O Grêmio foi
Na categoria feminino, venceu Vera Jordão, com o
conjunto Offshore/Ullman, mas seu resultado ainda não é
a Sâo Borja e venceu o time da casa por 1 a 0. Em Coxias
do Sul, Juventude 1 x Inter, de Santa Maria 1.
oficial porque existe um protesto de Lilian Ávila, que será Classificação
julgado hoje à noite. Os vencedores de cada categoria P)—Internacional
ganharão pranchas da marca Offshore, cabendo aos segun- 2°)—Grêmio
3o)—Juventudeelnter-SM
11
do e terceiros colocados, velas Ullman e mastros de flbra,
5°)—São Borja
Âmbar. 6o)—Novo Hamburgo
-Classificação final- Paraná
Colorado e Cascavel assumiram a lideranço do
quadrangular decisivo do Campeonato Paranaense, ini-
CATEGORIA LEVE dado ontem com dois jogos. O Cobrado venceu o
Io Luis André — Offshore/Ullman Pinheiros por I a 0, em Curitiba, e o Cascavel derrotou o
2o Ricardo Barbosa Lima — Offshore/Ullman Londrina por 2 o 1, em Cascavel. O Pinheiros, vencedor
3o André (Cachulé) — Hi Fly/Ullman de um turno, está no quadrangular com um ponto.
4o Mário Gramacho (Macuia) — Offshore/Ullman Classificação
5o Leonardo Klabin — Tornado/Pellicano Io)—Colorado e Cascavel
3°) — Pinheiros
CATEGORIA PESADO 4o) — Londrina
Io Carlos Dohnert — Tornado/UIIman
2o Willi Werner (Carrapato) — Tornado/Ullman
3° Marco Paulo — Offshore/Ullman Santa Catarina
CATEGORIA FEMININO
O Joinville omda é líder do octogonol decisivo do
Io Vera Pacheco Jordão — Offshore/Ullman
Campeonato Catarinense. Ontem venceu a Chapecoen-
2° Lilian Ávila — Tornado/North Sail
se, em Chapecó, por 1 a 0. O clássico da Capital não teve
3o Cintia Knoth — Offshore/Pellicano ¦vencedor: Figueirense 0 x Avai O. Outros resultados:
Araújo Netto
Correi pondtntt
"A razáo
principal do envio desta é a de
ter-me sentido como homem, atleta profis-
sional e um Jogador que se considera ainda a
serviço da Seleção Brasileira, vítima de uma
agressão inédita em 12 anos de carreira,
uma vez que nunca me vi tratado de forma
tão desonesta e desleal por um órgão da
Imprensa de meu pais. Por este mesmo
motivo, decidi dar a mais ampla publicidade
desta carta, entregando-a, a partir de ama-
nhá, a todos os outros representantes de
jornais e revistas do Brasil nesta Capital e
sollcitando-lhes idêntica e imediata divulga-
ção da mesma.
Na matéria publicada, o Sr Morabito não
se limita a emitir opiniões ou conceitos
sobre a minha vida e conduta profissional
na Itália. Se assim tivesse sido feito eu seria
o primeiro a respeitar o seu indiscutível
direito de crítica e análise. Náo posso porém
aceitar o uso e abuso de má-fé, de distorções
e injúrias, que o mesmo Sr Morabito comete
ao pretender Informar o leitor sobre fatos
que não condizem com a verdade.
Gostaria de saber, por exemplo, que está-
dios italianos e europeus ele freqüentou
para chegar às conclusões e às observações
que fez sobre meu comportamento técnico
nos gramados deste pais e deste continente
e que jornais e jornalistas italianos e euro-
peus ele leu para sustentar que hoje sou
uma grande decepção e de que dirigentes,
técnicos, jogadores e torcedores do meu
atual clube, o Roma, ele ouviu aqueles adje-
tivos infamantes que usou no seu texto.
"Gostaria de saber onde e a
que horas se
encontrava no aeroporto internacional de
Fiumicino para 'descobrir' a presença do
Embaixador Gibson Barbosa, quando do
meu desembarque em Roma. Da mesma
forma que gostaria de saber de onde ele
assistiu à comemoração de meus 27 anos,
que passei discretamente junto com minha
mãe, minha tia e pouquíssimos amigos, no
hotel em que me hospedava.
"Se nâo fosse
pedir demais, pediria tam-
bém que o Sr Morabito Informasse ao dire-
tor e leitores da revista quais romanos e
bolonheses contestam a qualidade do meu
futebol e do futebol do Eneas, aliás, tão bem
conhecidos pelo povo brasileiro; onde e
quando conseguiu'jardim
localizar dentro do meu
apartamento um interno', que para
mim continua Inexistente, ou quando ele
ouviu da minha boca ou de pessoa autoriza-
da por mim qualquer informação sobre um
interesse que nunca tive de iniciar uma
carreira de ator de fotonovelas.
"Por último, sabendo
que o prezado dire-
tor Mino Carta é um brasileiro nascido na
Itália, profundo conhecedor da língua e da
imprensa italiana, permito-me fazer-lhe
uma sugestão: que, dispondo das suas facill-
dades, o Sr pessoalmente procure ler e ava-
liar os principais jornais italianos especial!-'
zados ou não, a respeito de minha atividade
profissional neste país. Confio na sua corre-
çào e no seu renome profissional".
Juarez Bahia
Correi pondont*
depois, o Benflca empatou, livrando-se do
susto, por intermédio de Carlos Manuel. Foi
um gol muito contestado pelos jogadores do
Marítimo. O árbitro Antônio Garrido só
validou o gol depois de ouvir demoradamen-
te o auxiliar.
No segundo tempo, Nenê marcou o gol da
vitória do Benfiea. O Marítimo demonstrou
ser um adversário perigoso para o Benflca e
até o último minuto disputou arduamente o
jogo.
OS TIMES
Marítimo — Ferro; Humberto (Olavo),
Eduardo Luis, Quim Manuel e Arnaldo; José
Pedro, Mário Ventura e Fernando Martins;
Xavier (Rui Lopes) e Toninho Metralha.
Benflca — Bento; Bastos Lopes, Hum-
berto, Laranjeira (Frederico) e Pietra; Carlos
Manuel, Alves e Sheu; César (Vital), Nenê e
Chalana.
Os demais jogos da rodada de ontem
tiveram os seguintes resultados: Acadêmico
de Coimbra 2x0 Penaflel, Porto 6x3
Amora, Acadêmico de Viseu lxl Portlmo-
nenses, Guimaráes 5x0 Braga, Setúbal 3x0
Espinho, Sporting 1 xOVarzimeBelenenses
0x0 Boavista.
Blumenau 1 x Joaçabo 1, em Blumenau, e Criciúma 2 x
Marcilio Dias 0, em Itajai.
Classificação
1°)—Joinville
2°) —Criciúma
3o) — Blumenau e Joaçabo
5°)—Avai eMarcilio Dias 3
7°)—Chapecoense
8o) — Figueirense
2
t
Bahia
O VITORIA é líder do quodrongular decisivo do
segundo turno baiano. Ontem, derrotou o Leónico por 1 a
0, gol de Otávio Souza, de falta, que desviou em Renato.
Nei Andrade foi o juiz e a arrecadação no Estádio do
Fonte Nova de CrS 1 milhão 257.530 mil.Sábado, Bohio
e Galícia empataram por 1 a 1.
CLassificação
Io)—Vitória
2°) e Galícia
4°)—Leónico
Pará
O REMO venceu o Paissandu por 2 a 1, ontem, no
Estádio Alacid Nunes, pelo segundo turno do Campeona-
to Paraense, já conquistado pelo Paissandu. Os gols do
Remo foram marcodos por Marcelino e Marajó. Augusto
fez o do Poissandu. Manuel Francisco de Oliveira foi o
juiz. Na preliminar — Liberato 2 x Tiradentei 2.
12
Classificação
5
Io) — Paissandu—campeão
2°) —Remo
3
2 3o)—Tuna Luso
4=)—Sport Belém
5°)—Izabelense
6°)—Ti radentese Liberato
Minas Gerais
O Atlético nóo encontrou dificuldades para golear o
Democrata, de Governador Valadares, por 5 a 0, no
Mineirão, e continua liderando o Campeonato Mineiro.
2 O Cruze^o amda é vice-líder mesmo vencendo o Guará-
1 ni, na preliminar, por 1 a 0. O Uberaba, em Uberaba,
o derrotou o Guaxupé por 3 a 0. Sábado, América 3 x
Valenodoce 1, no Minei'ão.
Classificação
1°)—Atlético 15
2°)—Cruzeiro 12
3o) — Américo 9 1°)-—Campmense
4°) —Uberaba 8 2°) —Boiofogo
5°) — Guarani, DemocrataeValeriodoce 7
8°)—Guaxupé 3 4°) — AutoEspone
JORNAL DO BRASIL D segunda-feira, 10/11/80 D Io Caderno
Agnaldo Ramot
%::;
*& '''' WLaM ^^^»,
is^^W<
7 yA.yyyy
BB'ryry,,
A *
O Bangu lutou muito mas nào conseguiu empatar e evitar a derrota
São Paulo vence Bangu
Ponte e joga pelo perde
de 1 a 0
empate 4a-feira SERRANO 1 x 0 BANGU —
Local: Petrópolis; Renda:
CrS 410 mil 220; Público: 3
Sào Paulo — Depois de es- na pequena área, Paulinho mil 421; Juiz: José Marcai'
Filho; Auxiliares: Gilberto
tar perdendo por 1 a zero, o cabeceou, a bola bateu em Fernandes e Reginaldo Fa-
São Paulo realizou um ótimo Gassem e sobrou para Barri- ria,- cartões amarelos: Júlio
segundo tempo e venceu por nha, que marcou de cabeça.
Cézar (Bangu), Renato e Lui»
2 a 1 a Ponte Preta, no primei- Houve indecisão da defesa e
Carlos. Serrano: Acácio;
ro jogo da decisão do segundo Valdir Perez escorregou antes Paulo Verdun, Renato, Paulo
tumo do Campeonato Paulis- da conclusão para o gol. Nos Ramos e Cândido,- Israel,
Moreno (Stila), Wellington;
ta. Agora, quarta-feira, tam- 10 minutos finais, o São Pau-
bém no Morumbi, o São Pau- lo dominou a partida, criando Gilberto, Luís Carlos e Ana-
lo precisa de apenas um em- boas oportunidades de gol, polono. Bangu; Tobias; Ade-
mir, Moisés, Rodrigues e Jú-
pate para ter o direito de en- mas Carlos esteve sempre se- lio César; Carlos Roberto,
frentar o outro finalista do guro, defendendo bolas inclu-
'Luisão
e Marcelinho (Luís
certame, o Santos, vencedor slve nos pés de Serginho e Zé Carlos); Botelho (Gilmar),
do primeiro turno. A Ponte Sérgio. A grande chance foi Mirandinha e Luisinho. Gol:
Preta só conseguirá passar à 2" tempo: Gilberto aos 43m.
desperdiçada por Almir, que
final se vencer o tempo regu- mesmo tendo o gol livre à sua
lamentar e também a prorro- frente chutou a bola para
gação. fora. O Serrano derrotou ontem
A partida agradou bastante o Bangu, em Petrópolis, por 1
Na segunda fase, o São a 0, gol marcado pelo ponta-
pela movimentação, prinei- direita Gilberto, aos 43 minu-
palmente no segundo tempo, Paulo voltou disposto a pres-
sionar o adversário. Logo aos tos do segundo tempo, què
com lances de bom nivel téc- tinha sido, durante todo o jo-
nico. A Ponte Preta abriu o primeiros minutos consegui- go, a pior figura em campo.
marcador no primeiro tempo, ria o empate, com um gol de Castor de Andrade, lnsatisfel-
com um gol de Barrinha. O Renato. Almir ajeitou a bola to com a atuação do Bangu,
São Paulo reagiu na segunda para Renato. Este aproveitou disse que vai viajar hoje para
uma indecisão da defesa da Sào Paulo, a flm de contratai
fase, através de gols de Rena-
Ponte Preta e chutou no can- Mococa, meio-campo do Pal:
to e Serginho. A renda atin-
to esquerdo de Carlos, quan- meiras.
giu a Cr$ 9 milhões 621 mil
330,00, com público de 84 mil do o goleiro saía do gol. Minu- O primeiro tempo foi multo
tos depois, Paulo César chu- fraco tecnicamente, tendo có-
553 pessoas e 233 menores, mo destaque apenas o melo-
constituindo-se em recorde tou em cima de Carlos, per- campo do Serrano, que fazia
do atual Campeonato. dendo gol certo. A pressão do
Sáo Paulo continuou e, aos 20
uma boa exibição, munlclan-
do constantemente o ataque,
minutos, Renato lançou Ser- que, entretanto, não conse-
VIRADA ginho em profundidade. guia penetrar na sólida defè-
sa do Bangu, que dominou
O Sáo Paulo venceu com parcialmente o jogo. = '.'•;
Valdir Peres; Getúlio, Oscar, EM RECIFE
TRAVE SALVA
Gassen e Airton (Nei); Almir,
Heriberto (Alexandre Bueno) O Esporte conquistou o ter-
ceiro turno do Campeonato A trave salvou duas vezes o
e Renato; Paulo César, Sergi- Serrano de ser derrotado.. A
nho e Zé Sérgio. Técnico: Car- Pernambucano ao derrotar o
Náutico por 1 a 0, na prorro- primeira, logo aos 13 minutos
los Alberto Silva. A Ponte do segundo tempo, quando
Preta jogou com Carlos; Ed- gação, e necessita apenas de Mirandinha tocou na saída
son, Juninho, Nenê e Odirlei; uma vitória sobre o Santa do goleiro Acácio, e a bola;
Zé Mario, Dica e Oswaldo; Cruz, no domingo, para ga- mansamente, tocou na trave
nhar o título em definitivo. A e, quando ia entrando, foi sal-
Barrinha (Celso), Paulinho e
partida de ontem foi disputa- va por Israel. Aos 18 minutos,
Abel. Técnico: Jair Picerni. O Marcelinho jogou entre as
Juiz foi Mario Campos Salles, da com muita violência e o
pernas de Acácio, e, nova-
juiz Gilson Cordeiro advertiu
que mostrou cartão amarelo sete jogadores com cartão mente, a bola bateu na travç
para Airton, Gassen, Edson e e ia para o gol, quando Rena-
amarelo.
Abel. to salvou em cima da linha.,
No tempo regulamentar Com a saída de Moreno,
Até aos 25 minutos da pri- houve o empate de 0 a 0 e se que deu lugar a Átila, o Serra;
meira fase, as ações se equlli- persistisse o resultado na no melhorou multo o seu p<>
braram com domínios das de- prorrogação, o Náutico seria der de ataque, e, depois de
fesas sobre os ataques. Cada campeão. Isto acabou benefl- um centro de esquerda, que a
equipe realizou dois lances de ciando o Esporte, que, com defesa do Bangu rechaçou, a
bola sobrou para Átila que
perigo. Aos 26 minutos, seria um futebol mais objetivo,
o gol da Ponte. Abel trocou marcou logo aos 3 minutos, deu de cabeça para Luis Car-
los, este tocou para Gilberto
de posiçáo com Odirlei, cru- através de Roberto, e agora
zou para o lateral que foi até a está com grande posslbillda- que fez o gol, depois de quase
nada ter produzido durante
linha de fundo. Odirlei cruzou de de se tornar campeão. todo o jogo.
Rodada
Amazonas Espanha
Nocional, Fast e Rio Negro vão decidir o terceiro lurno Barcelona 4x2 Atlético de Madri
9 do Campeonato Amazonense a partir do próxima quar- Salamanca 0 x 1 Hércules
8 la-feira. A última rodada do fase de classificação Zaragoza 2x0 Betis
4 apontou os seguintes resultados: América I x Olaria I, Reol Madri 1 x 0 Reol Sociedad
Rio Negro 0 x Nacional 3, gols de Fernandinho, Silva e Valladolid 3x1 Las Palmas
Bendelaque.
1°) — Nacional
2°)—Rio Negro
Classificação
8
9
Almeria 1 x I Ososuna
Atlé'ico de Bilbao 4>0 Valencia
Sevilho 3x2 Sporting Gi|on
3°)—Fast 7
Murcia 1 x 1 Espanhol
Classificação- 1) Atlético de Madri, 16 pontos;"2)
4°) —Penarol 6
Valencia e Sevilho, 13; 4) Reol Sociedad, Osasuna,
5o) — Sul América 4 Espanhol, Real Madri e Zaragoza, 12; 9) Betis e Gijon,
6o)—América e Olaria 2 II; II) Barcelona 10; 12) Hercules, 9; 13) Atlético oe
8o)—São Raimundo eLibermorro 0 Bilbao e Valladolid, 8; 15) Las Polmas e Murcio, 7; 17)
Ceará
Mesmo empatando com o Guarani, em Sobral, por I
a 1, o Fortaleza continua na ponta do campeonato1
Almeno, 5; 18) Salamanca, 2.
Holanda
2 AZ67 5x2 Feyenoord
cearense. O Ferroviário, agora vice-líder, derrotou o
1 Den Haag 0 x I Willem II
0 Guarani, de Juazeiro, em Fortaleza, por 6 o 0. No Excelsior 3 x 0 Go Anead
complemento da rodada o Ceará venceu o Icasa por 2 a NAC I x I Wageingen
0, em Juazeiro do Norte. PSV 4 x 1 Roda
Classificação Spa^a -1*3 Aiox
1°) —Fortaleza 23
Classificação: I) AZ67, 23 pomos, 2) Feyenoord, 18;
2o) — Ferroviário 22
3) Wiüem II, 15, 4) U»recht, Twente e NW, 14.
3o) — Guarany, de Sobral 14
4°) —Ceará 13 Itália
5°) —Guarani 10 Ascoli 1 x Udmese
6°)—Icasa 9 Bologna 0 x Bresoo
Fioren'na 0x0 Cagliari
10 Alagoas Imemazionole 2x0 Pisto.ese
9
O Clube de Regatas Brasil é o campeão do terceiro
Napoli 1 x Ave! li no
8 turno do Campeonato Alagoanc, apesar da derroto Perugia 0x0 Juventus
6 poro Roma 0x0 Catanzaro
o ASA, no Rei Pele, por 2 o 1. Ele foi beneficiado pelo
1
5 empate do CSA com o CSE, em Palmeira dos índios. A Torino 1 x Como
decisão do Campeonoto será entre CSA, vencedor de Classificação: 1) Roma, 10 pontos; 2) Internazionale
dois turnos, CRB, que ganhou um, ASA e CSE. classifica- e Fiorentina, 9; 4) Catanzaro e Nopoli, 8, 6) Torino,
dos pelo índice técnico. 7, 9) Juventus, 6; 10) Brescia e Como,
Classificação
Caglian e Ascoü,
5, 12) Bologna e Udmese, 4; 14) Perugia e Pistoiese, 3;
1°)—CRB 5 16) Avellmo, 2.
2°)—CSAeCSE
4°)—ASA
3
-I
Portugal
A;odém,co 2x0 Peno'iel
Paraíba Porto 6x3 Amora
Ao vencer o Auto Esporte por ! o 0, o Campmerse V.seu i x 1 Portirronense
isolou-se na liderança do quadrangular decisivo do Ma'itimo 1 » 2 Benfiea
Campeonato Paraibano, com sete contos ganhos O Gu.ma-âes 5x0 B'oga
Botafogo foi surpreendido ao empatar de 2 a 2 com o Spo^mg 1 t 0 Varzim
Nacional, de Potos Beier.enses 0x0 Boavista
Setuoai 3x0 Espinho
Classificação Classificação I) Benfiea, 18
pontos; 2) Porto, 15, 3)
7 500"'pg, 13. 4} PorTimo"er:se e Guimarães, 12; 6)
Boa-.'sta, 10; 7) Amoro Braga e
4 Espinho, 9; 10) Varzim,
3°) —Nacional .3 Vseu, Se'enenses. Acaaêmico e Setúbal, 8, '5) Mariti;
2 mo, 7, ló) Perafiel. 6.
 JORNAL DO BRASIL D segundo-feiro, 10/11/80 D Io Caderno
ESPORTE — 19

Flu vence Volta Redonda com reação no 2o temno

Dário de Paula

VOLTA REDONDA 2x3 FLUMINEN-

SE. Local: Estádio Raulino de Olivei-
ra (Volta Redonda). Rendai CrS 1
milhão 590 mil 780! Público pagan-
le: 12 mil 795. Juit José Roberto
Wright. Cartões amarelos: Edevaldo,
Carlinhos, Ademir, Valdir e Mário.
Cartáo vermelho: Edinho (Volta Re-
donda). Volta Redonda: feite, Nem,
Edinho, Jorge Luís e Valdir; Carli-
nhos, Ademir e Coca (Rubinho); Luís
Alberto (Marreta), Amauri e Orlan-
do. Fluminense: Paulo Goulart, Ede-
valdo, Tadeu, Edinho e Rubinho,-
Delei, Gilberto e Mário; Mário Jorge
(Cléber), Cláudio Adão e Zezé (Nei-
nha). Gols: no Io tempo, Coca (2m),
Cláudio Adão (lim) e Amauri
(34m); no 2° tempo, Jorge Luís con-
tra (33m) e Gilberto (35m).

Volta Redonda — Quase que o Flu-

minense é surpreendido ontem pelo
Volta Redonda, que fez uma de suas
melhores partidas no Campeonato.
Mas a culpa, se isso acontecesse, seria
táo próprio Fluminense, que se lançou
'ao
ataque na tentativa de decidir logo
a partida. Com isso se descuidou na
defesa e podia até ter perdido o jogo.
;'Mas
reagiu com entusiasmo no segun-
do tempo, fazendo 3 a 2, um resultado
que acabou premiando seu lütebol
ofensivo.
Para essa vitória, contribuiu decisi-
vãmente a entrada de Neinha, no lugar
de Zezé, ja na metade do segundo
tempo. Ele entrou para decidir, tornou
o time mais ofensivo ainda, participou
dos dois gols da reaçáo e saiu como
herói da partida. Devido às circuns-
tánclas, o empate náo seria um resul-
tado totalmente injusto, mas ninguém
pode contestar a vitória do Fluminen-
se pelo seu maior volume de jogo.
Todo no ataque
Desde o primeiro minuto, o Flumi-
nense se mandou todo paia o ataque,
inclusive os zagueiros — à exceçáo de
Tadeu — e principalmente Edinho,
que parecia muito mais preocupado
em fazer um gol do que em evitar os do
Volta Redonda. O time iria pagar por
este pecado logo aos dois minutos,
pois num contra-ataque — e o Volta
Redonda soube explorar multo bem
esse tipo de jogada — surgiu o primei-
ro gol. Luis Alberto tomou a bola de
Mário e lançou Amauri sozinho contra
Tadeu. Amauri cruzou da linha de
fundo e Coca completou com Paulo
Goulart já batido.
O Fluminense continuou avançan-
do, mas era o Volta Redonda que
criava as oportunidades mais perigo-
sas nos contra-ataques. O gol de em-
pate surgiu de bola parada, uma co-
branca de falta ensaiada. Edinho fin-
giu que ia chutar e tocou para Zezé,
que cruzou da linha de fundo. Cláudio
Adão e Gilberto acompanharam o lan-
ce e o primeiro completou para o gol.
Aos 16 minutos, Edinho, do Volta
Redonda, atingiu Zezé com uma falta
violenta e foi expulso. O Volta Redon-
da perdeu seu ponta-direita—que deu
lugar ao zagueiro Marreta — mas nem
por isso deixou de ameaçar o Flumi-
nense. Aos 34 minutos, fez o segundo
gol, numa repetição da jogada do pri-
meiro, só que pelo lado esquerdo. Vai-
dir tomou de Mário Jorge, deu para
Coca. Na lateral da área, Coca driblou
Edevaldo e cruzou para Ademir, que
podia marcar, mas preferiu deixar pa-
ra Amauri. Este fez o gol, na saida de
Paulo Goulart.
O Volta Redonda, a partir de então,
começou a prender a bola até terminar
o primeiro tempo, mas quase sofre um
gol aos 44 minutos, quando Cláudio
Adão escorou de cabeça um cruza-
mento de Zezé e mandou a bola na
trave.
Entrada de Neinha
No segundo tempo, a entrada de
Cléber no lugar de Mário Jorge come-
çou a melhorar um pouco as coisas
para o Fluminense. O meio-campo fl-
cou reforçado e o jogo passou a ser
equilibrado. Aos 11 minutos, Mário
chutou forte de esquerda, rente à tra-
ve. Mas o Volta Redonda continuava
explorando bem os contra-ataques.
Coca chutou por cima depois de bater
Tadeu, que estava muito sozinho, na
corrida.
Edinho começou a se recuperar aos
15 minutos, quando salvou um gol na
pequena área, depois que Paulo Gou-
lart folhou na saida, deixando que a
bola lhe escapasse das mãos. Cinco
minutos depois, em jogada individual
brilhante, Mário driblou dois adversa-
rios e limpou o lance para Edevaldo,
que chutou muito forte, mas por cima.
Pouco depois, o grande aconteci-
mento do jogo: a entrada de Neinha,
que decidiu a partida em favor do
Fluminense. Aos 33 minutos, ele apro-
veitou um cruzamento de Rubens, su-
blu bem e cabeceou. A bola tocou no
zagueiro Jorge Luis e entrou.
Dois minutos depois, novamente
Neinha: arrancou em jogada indivi-
dual, limpou a jogada na entrada da
área e deu um chute fortíssimo que
obrigou Leite a defender parcialmen-
te. Gilberto, que acompanhava a joga-
da, apanhou o rebote e chutou firme
da pequena área, desta vez sem chan-
ce para o goleiro. Fluminense 3 a 2.
Aos 42 minutos, outra vez, Neinha
quase faz o quarto, com uma cabeçada
sensacional, que provocou grande de-
fesa de Leite.
Aos 44 minutos, o Volta Redonda
poderia ter chegado ao empate, mas
Edinho voltou a salvar, redimindo-se
de seus erros anteriores. Tadeu atra-
sou mal, Rubinho tocou para a área e,
quando Amauri ia marcar, Edinho
mandou para córner. O jogo estava
encerrado.
Os jogadores do Flu comemoraram o gol da vitória, marcado por Gilberto (8), como se fosse um campeonato c Edevaldo chegou a subir no ombro de Mário
Alegria e tristeza
no mesmo vestiário
Duas fisionomias contrastavam no ves-
tiário do Fluminense: Edinho, apesar dos
dois gols que salvou, estava triste e flcou
isolado num canto, como se estivesse refle-
tindo sobre sua atuação; já Neinha era o
mais feliz e a todo momento recebia os
cumprimentos dos companheiros, dirigen-
tes e torcedores.
— É multo difícil ficar no banco — disse
Neinha. — Pior do que entrar no fogo. A
gente sofre muito mais. Quando fui chama-
do para entrar pelo Nelsinho, cheguei a ficar
emocionado. Estava prestando atenção no
jogo e senti que podia influir no resultado.
Entrei pensando em decidir, só nisso.
Graúna vai reclamar
da evasão de renda
Dois torcedores do Fluminense — RI-
cardo Pereira Dias e Roziel de Sales So-
brinho — denunciaram, antes mesmo do
jogo de ontem, uma evasão de renda no
Estádio Raulino de Oliveira. Em conse-
qüência, o vice-presidente de futebol do
clube, Nilton Graúna vai pedir providên-
¦cias à Federação de Futebol do Estado do
•Rio de Janeiro, sobretudo em relação a
uma maior fiscalização.
A confusão começou muito antes do
jogo, por volta das 15 horas, quando os
dois torcedores do Fluminense denuncia-
ram que um dos homens da roleta —
chamado Adir Marcelino de Oliveira —
nào estava inutilizando os ingressos que
recebia. De fato, foi encontrado mais tar-
de um ingresso inteiro em .seu bolso.
Os dois torcedores deram queixa na
delegacia, para onde foram junto com o
O fiscal Laerte de Sousa também foi envolvido por causa da evasão
Embora não tenha feito gol, Neinha se
sentiu plenamente gratificado porque teve
participação em dois deles —Justamente os
da reação — e, principalmente, porque a
torcida reconheceu o seu esforço e sua efl-
ciência. Ele não jogava há bastante tempo e
saiu de campo aplaudido por todos. Foi uma
grande emoção.
Quanto a Edinho, sua tristeza náo chega
a preocupar. Ele teve apenas a consciência
de que sua atuação poderia ter prejudicado
o time. Mas sabe que é um dos principais
jogadores do Fluminense, um dos melhores
zagueiros do país. E que seu saldo é positivo.
roleteiro e o fiscal da Federação, Laerte
de Sousa acusado de conivência. O dele-
gado Erotilde José das Chagas, entretan-
to, não encontrou nada que pudesse ca-
racterizar a irregularidade, pois aquela
altura até o ingresso havia desaparecido
do bolso do roleteiro. Em conseqüência, o
delegado mandou que todos voltassem
para assistir ao jogo — menos o roleteiro,
que flcou detido até o flm da partida e só
depois foi liberado.
O presidente do Volta Redonda, Antô-
nio Batista, disse lamentar a ocorrência e
lembrou que seu clube também é prejudi-
cado com a evasão de renda. Ele revolou
que os roleteiros são recrutados sem uma
seleçáo mais severa e se sujeitam a ga-
nhar Cr$ 200, pelas horas de trabalho
antes dos jogos. Segundo ele, a solução é
uma fiscalização maior por parte da Fe-
deração.
Neinha entrou para decidir
Paulo Goulart — Não teve
culpa nos gols. Só falhou numa
saída ruim no segundo tempo,
deixando que a bola escapasse
de suas mãos. Atuação regular.
Edevaldo — Apoiou muito,
mas comprometeu a defesa por
isso. Na frente, entretanto, apa-
receu.bem, com chutes fortes.
Precisa melhorar um pouco a
pontaria.
Tadeu — Foi o mais sacrifi-
cado de todos os jogadores do
Fluminense. Seus companhei-
ros de zaga avançavam muito e
ele ficava sozinho no combate
direto. Por isso, foi batido em
dois ou três lances de perigo.
Edinho — Está obcecado pe-
lo ataque e quase leva o time a
um mau resultado. A sorte foi
que, nos momentos precisos,
apareceu para salvar dois gols.
Se não fosse isso, sua atuação
teria comprometido todo o
time.
Rubens Galaxe — Jogou o
Amauri sempre levou perigo
No Volta Redonda, o meio-
campo foi o ponto alto. Carli-
nhos, Ademir e Coca se comple-
¦taram com um trabalho harmo-
nioso. Carlinhos esteve muito
bem no desarme; Ademir fez
bons lançamentos; e Coca se
mostrou útil nos contra-ata-
Nelsinho confessa que deu sorte
O técnico Nelsinho foi o
mais sincero possível ao anali-
sar o jogo do Fluminense com o
Volta Redonda: ele confessou,
no vestiário, que foi um golpe
de sorte a mexida que fez no
time — ao colocar Neinha no
lugar de Zezé—quase um gesto
de desespero, que acabou resul-
tando na vitória.
— O time estava perdendo e
eu senti que tinha que mexer
em alguma coisa para provocar
uma reaçáo — expUcou o técni-
co. — Por isso lancei Neinha,
quase no desespero. Tinha que
influir de alguma forma na rea-
ção do time. Dei sorte e foi isso
mesmo que,.aconteceu. Neinha
virou o jogo e nós ganhamos.
Nelsinho confessou-se sur-
preso com a atuação do Volta
Redonda e, ao mesmo tempo,
fez criticas ao comportamento
habitual: eficiente mas sem bri-
lhantismo. Não tendo um ponta
para marcar — Luís Alberto ce-
deu seu lugar a Marreta, quan-
do o Edinho do Volta Redonda
foi expulso —, pôde apoiar e
apareceu bem na reação do
Fluminense.
Delei — Foi prejudicado
também pelas constantes avan-
çadas de Edinho, principalmen-
te no primeiro tempo, e perdeu
algumas jogadas importantes.
No segundo, plantou-se mais e
ainda fez bons lançamentos.
Gilberto — Náo repetiu as
boas atuações anteriores e não
apresentou o mesmo brilho. De-
monstrou, porém, oportunismo
para marcar o gol da vitória,
aproveitando a jogada de
Neinha.
Mário — O melhor do meio-
campo. Mostrou grande habili-
dade na armação e construção
das jogadas. Além disso, lutou
muito. Foi, sem dúvida, um dos
melhores'em campo.
quês, tal a velocidade que im-
prime às jogadas.
Leite esteve muito bem no
gol, com defesas difíceis, e o
zagueiro Marreta, que entrou
para cobrir a saída de Edinho,
expulso, acabou jogando com
do time do Fluminense, princi-
palmente à defesa, que se lan-
çou perigosamente ao. ataque.
— Só consegui respirar
quando o juiz.encerrou o jogo —
disse Nelsinho.—Não gostei da
atuaçáo do Fluminense. Tadeu
ficou praticamente sozinho na
defesa e não podia mesmo fazer
mais do que fez. Não podemos
atacar desta forma, todos ao
mesmo tempo. Sou francamen-
te partidário de um futebol
ofensivo, mas em tudo precisa
haver organização.
Apesar da grande atuação
de Neinha, Nelsinho pretende
manter o time que começou on-
tem para a partida de quarta-
feira, contra o Bangu. Neinha
ficaria no banco, como ontem,
numa opção para o segundo
tempo. O vice-presidente de fu-
tebol Nilton Graúna vai propor
Mário Jorge — O mais fraco
do Fluminense. Não jogou nada
e foi substituído por Cléber, que
reforçou o meio-campo e permi-
tiu que o time equilibrasse o
jogo.
Cláudio Adão — Lutador,
ganhou alguns lances pelo alto,
mas não estava num dia de
sorte. Cabeceou uma bola na
trave e náo comprometeu.
Zezé — Razoável no primei-
ro tempo, quando fez duas ou
três boas jogadas, uma delas
resultando no primeiro gol. No
segundo tempo, caiu muito e
acabou substituído.
Neinha — Entrou e decidiu o
jogo, comandando a reação fl-
nal do Fluminense. Foi ele que
desequilibrou, transformando-
se no maior jogador em campo.
Tudo que fez deu certo. Não
marcou gols, mas criou as joga-
das dos dois que deram a vitó-
ria ao Fluminense.
segurança. No ataque, o melhor
foi Amauri, levando constante
perigo ao gol do Fluminense.
Conferiu todos os lances na
área, fez um dos gols de seu
time e quase empata no fim, no
lance que Edinho salvou para
córner.
na reuniáo de hoje, na Federa-
ção, uma rodada dupla quarta-
feira, no Maracanã: Fluminense
x Bangu e Botafogo x América.
É uma maneira de mudar o jogo
com o Bangu de Marechal Her-
mes para o Maracanã e conta
com o apoio de Nelsinho:
— É muito melhor jogar no
Maracaná — disse Nelsinho. —
Todas as partidas, agora, são
decisivas e um campo pequeno
dificulta as coisas. É uma gran-
de jogada da diretoria cone?»
guir armar essa rodada dupla.
O técnico do Volta Redon-
da, Joáo Francisco, teve que
dar instruções ao time de longe,
pois está suspenso por 20 dias.
Ele achou o resultado injusto e
afirmou que o Fluminense não
jogou como campeão. Para ele,
o Volta Redonda deveria ter
vencido.
 20 — ESPORTE
Vasco menos ruim vence Botafogo com facilidade
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No centro, de Guina, ainda tocado por Paulo Sérgio após a falha de Gaúcho, Roberto marcou o primeiro gol, logo no início da
Orlando, Catinha e
Roberto foram bem
Mazaropi — Venceu uma tarde de rara infelicidade,
soltando e deixando escapulir bolas em nada condizentes
com a condição de grande goleiro que é. ,
Brasinha — Não sabe de quem é a culpa, mas de
qualquer forma é inexplicável que um lateral, ante a absolu-
ta ausência de um adversário na ponta-esquerda, não se
disponha a emprestar uma colaboração eficiente ao ataque.
Orlando — Considerando-se a prioridade um de Zagalo,
que é arrumar a defesa, breve o central do Vasco será uma
das peças mais importantes da equipe, trabalhando na
sobra e utilizando sua alta competência para bater bola. E
ontem esteve entre os melhores.
Leo — Trabalhou corretamente, parecendo entender-se
bem com Orlando. E foi imbatível nas bolas altas.
Marco Antônio — Teve pela frente a habilidade de
Edson e a energia de Perivaldo, o que o desestimulou de ir
an ataque. Atrás, utilizou uns sete pulos do gato para
garantir o expediente. Como dispõe de mais uns setenta no
estoque, tem ainda muito expediente pela frente.
Pintinho — Jogou simples, nâo andou muito com a bola,
trabalhou mais de primeira e marcou bem a entrada da área.
Boa partida.
Guina — Sem inspiração alguma, caminhava pelo cam-
po qual um pachorrento cão envelhecido.
Marquinho — Trabalhava sem brilho mas de forma
positiva quando, pouco antes do término do primeiro tem-
po, recebeu uma prensada de Rocha e nào pôde voltar.
Catinha — Veloz.inteligente, é um jogador em cima do
qual um técnico como Zagalo pode dar-se ao luxo de
mostrar um esquema. Em verdade, fora os lançamentos em
diagonal de Orlando, as melhores jogadas ofensivas do
Vasco passavam em sua tessitura por seus pés. '
Roberto — Não pegou muito na bola, como aliás quase
sempre ocorre, mas apresentou excelente índice de produti-
vidade. Além dos dois gols, executou duas belas penetra-
ções e, de cabeça, deu um gol praticamente pronto para
Wilsinho canelar para fora.
Wilsinho — Ontem, provavelmente industriado pelo
técnico, fez uma experiência intelectual e decidiu investir
contra a tática. E o fez impiedosamente, embolando no
melhor estilo Titã, entortando o Vasco naquele medonho 4-
3-3 sem ponta-esquerda.
Serginho — Uma brecada aqui, um passe ali, uma tolice
acolá. Enfim, diz o Ministro da Agricultura que a safra do
feijão vai bater o recorde em 81.
Rocha salvou-se numa
defesa bem vulnerável
Paulo Sérgio — Partida segura, inclusive com uma
grande defesa em penetração de Roberto. No lance que
antecedeu a cabeçada fatal de Roberto, pode-se ponderar
que seria preferível ficar no gol e esperar, de frente, uma
eventual açáo ofensiva. Tal observação, contudo, é fácil se
feita no conforto da tribuna. Lá dentro, a fração de segundo
reservada ao raciocínio põe em cheque a pretensão teórica.
Perivaldo — Só no primeiro tempo, pòs na área adversa-
ria, via linha de fundo, oito bolas perfeitas, ou sejam, mais
do que a Seleçáo, jogando com o Paraguai, e o Flamengo,
contra o América, conseguiram produzir juntos.
Zé Eduardo — Brigou bem mas, no fim das contas, náo
conseguiu segurar Roberto, seja no primeiro gol, de cabeça
seja no lance que suscitou o hands, pois Perivaldo foi
obrigado a subir numa bola que se ajustava mais para a sua
capacidade de impulsão.
Gaúcho — Reduzido domínio de bola e habilidade
insuficiente para guarnecer setor tão vital quanto a área. Ou
trema para aprimorar-se e pára de fazer tolices, ou então
aproveita a primeira renovação e trata de comprar uma
frota de táxi.
Carlos Alberto — Embora a calça do seu pijama seja no
mimmo o dobro da do Catinha, teve que passar
sebo nas
canelas para chegar junto com o ponteiro do Vasco.
—
Rocha Náo tem o tamanho dos outros mas sobram-lhe
noção do campo, capacidade de raciocínio e empenho
combativo, à custa do qual vai-se notabilizando como
excelente ladrão de bola. E sabe livrar-se bem dela. Uma dás
melhores figuras em campo.
Wecsley — Correu, marcou, lançou, tentou
tendo tudo isso feito de forma aceitável. Nada mais penetrar
que isso
Pouco equilíbrio emocional.
Mendonça - Participa apenas das açòçs ofensivas, não
esconde a habilidade mas parece cansado da mediocridade
de certos vizinhos.
Edson — Tem habilidade de sobra e sabe cruzar Ainda
está. porém, pendurado no débil arame que separa o mo-
mento de cruzar do instante de driblar.
Mirandinha — Não domina, nào dribla, nào toca, nào
finaliza, pe ou cabeça. Pelo jeito de andar, pode tentar o
vestibular para agronomia.
Jérson — Um misto de Zagalo sem talento e Dirceu sem
noção do campo.
Vonlei - Um bom companheiro para Mirandinha. Na
nova profissão.
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Time admite que se poupou
Os jogadores do Vasco foram unâni-
mes em justificar a atuação do segundo
tempo como conseqüência do placar e
do calor, que levaram o time a poupar-
se e tocar a bola, procurando o gol
apenas em contra-ataques, enquanto o
Botafogo corria e tentava diminuir a
desvantagem sem nada conseguir de
positivo durante 45 minutos.
Mazaropi era um dos mais satisfeitos
no vestiário, pois, embora reconhecesse
as falhas cometidas nas saidas de gol,
teve sorte em duas bolas nas traves e
num lance salvo por Leo, quando já
estava batido fora do gol. Sem muita
convicção, ele atribuiu também ao calor
parte dos seus problemas, alegando que
o suor retirou a aderência das luvas.
Salvação
— As traves já me ajudaram em
muitas ocasiões. Num jogo com o Santa
Cruz, em Recife, houve cinco lances
assim. A minha esperança é sempre
essa. Se eu não defender, só resta mes-
mo a trave, a não ser que a bola bata em
alguém antes de chegar ao gol — co-
mentou o goleiro.
Mazaropi disse ter insistido algumas
vezes com a defesa para avançar um
pouco mais e evitar os espaços que o
Botafogo teve no meio-campo, mas
achou natural que houvesse menos em-
penho em procurar o gol, para garantir
o marcador de 2 a 0. Acrescentou que se
surpreendeu ao falhar em algumas sai-
das de gol, pois costuma ganhar as
jogadas com segurança, mas atribuiu o
fato ao calor e ao problema das luvas.
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O centroavante Mirandinha, do Botafogo, errou do primeiro ao último minuto de jogo
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partida
Para Roberto, o Vasco fez uma parti-
da correta e não deveria mesmo ter se
esforçado mais no segundo tempo, já
que sentia a vitória praticamente asse-
gurada. Achou natural que o Botafogo
forçasse mais o ritmo para tentar desfa-
zer o marcador, mas o Vasco se mostrou
sempre consciente e levou a partida
segundo sua conveniência, tocando a
bola com segurança e sem correr riscos
desnecessários.
Também Guina considerou perfeita
a atuação do Vasco e afirmou que a alta
temperatura recomendava que o time
se poupasse e apenas fizesse o tempo
correr, sem se preocupar com o placar.
Dai a impressão de desinteresse que
chegou a irritar a torcida, mas em cam-
po, segundo ele, a equipe estava preocu-
pada apenas em garantir os dois pontos
e não chegou a ser ameaçado pelo Bota-
fogo.
— De certa forma, é arriscado, mas
com 2 a 0 a nosso favor era ò mais
indicado. Se sofrèssémòs um gol, pode-
riamos modificar nossa maneira de
atuar e voltar a pressionar o adversário
— afirmou o apoiador.
Contusão
Marquinho foi o único jogador cori-
tundido e disse que o tornozelo esquer-
do estava dolorido e arroxeado, mas
talvez tenha condições para atuar con-
tra o Volta Redonda, pois costuma ter
uma boa recuperação. Ele lamentou ter
saído no intervalo, pois sentia que esta-
va bem na partida e o Vasco dominava o
jogo. Acha que poderia ter permanecido
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em campo, mas foi poupado por decisão
do médico Clóvis Munhoz.
O novo regime de treinamento em
tempo integral só começará a ser aplica-
do sexta-feira, quando os jogadores fa-
rão uma caminhada de 10 km e irão
¦ descansar à tarde no Hotel das Painei-
ras, para treinar em São Januário so-
mente às 17h. Amanhã, o treinamento
.erá apenas à tarde, no estádio do Vas-
co, sem a subida às Paineiras, pois Za-
galo achou melhor adotar o novo siste-
ma gradativamente. Já na próxima se-
mana, o trabalho será em tempo inte-
gral na terça e na sexta-feiras. O prêmio
pela vitória só será definido amanhã
pela direção de futebol.
O presidente da Federação, Otávio
Pinto Guimaráes, disse que nào haverá
mais preliminares no Maracaná até o
fim do Campeonato. Ele ficou aborreci-
do com o presidente da Suderj, Ricardo
Labre, que não permitiu a realização do
jogo Olaria x Madureira para preservar
o campo. A partida foi marcada para
quarta-feira, às 15h30m, em Moça Boni-
ta, contra o desejo dos dois clubes, que
queriam esperar os demais jogos do
torneio de classificação para obter van-
tagem na disputa das duas vagas do
Campeonato de 81. Otávio Pinto Gui-
maráes foi consultado pelo Fluminense
sobre a possibilidade de uma rodada
dupla quarta-feira no Maracaná e se os
demais clubes concordarem em dividir
a arrecadação por quatro atenderá o
pedido. Os jogos sào Botafogo x Améri-
ca e Fluminçnse x Bangu, sendo o pri-
meiro, provavelmente, a preliminar.
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, presidente de Futebol, Heber Pites, que declarou que
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JORNAL DO BRASIL D segunda-feira, 10/11/80 D Io Caderno
# William Prado
^^. I^H -fer.
^K ^H VASCO 2 X BOTAFOGO 0 — Local: Maracanã
¦ ¦
^B ^H Renda: CrS 3.926.950,00 Público: 29 056
pes-
soas. Juiz: Valquir Pimentel. Cartão Vermelho:
Perivaldo. Cartão Amarelo. Gaúcho, Rocha, Men-
donça, Wecsley, Morco Antônio e Guina. Vasco:
Mazaropi, Brasinha, Orlando, Léo e Marco Anto-
nio; Pintinho, Guima e Morqumho (Serginho);
Catinha, Roberto e Wilsinho. Botafogo: Paulo
Sérgio, Perivaldo, Zé Eduardo, Gaúcho e Carlos
Alberto; Rocha, Wecsley e Mendonça; Edson, Mi-
randinha (Volney) e Jérson. Gols: Roberto, aos 3 e
aos 36 minutos do primeiro tempo.
Am
Dois presentes — uma falha despudorada de Gaú- „r\
cho e um pênalti alucinado de Perivaldo — permitiram
ao Vasco conduzir ao longo de 90 cinzentos minutos, 'A.
é
ontem no Maracanã, uma morna e bocejante vitória
sobre a caricata equipe que hoje em dia alimenta a
pretensão de representar as tradições do Botafogo.
Como o primeiro gol de Roberto ocorreu logo no
terceiro minuto, o Vasco pôde pór em prática o velho e
^ imutável sonho de Zagalo, qual seja o de fechar-se na
defesa e trabalhar apenas no contra-ataque. Consolida-
da a vitória aos 36 minutos, ainda do tempo inicial, o
Vasco manteve no segundo tempo o tranqüilo esquema
do primeiro. Ao Botafogo restava atacar, o que fez, com
muita vontade mas sem competência alguma.
De mal
Com poucos minutos, os trinta mil pacientes
foram ao Maracanã recolheram do campo a primeira,quee
segura, impressão do potencial de coisas ruins de que é
dotado o futebol. O ponteiro ainda nào consagrara o
terceiro minuto quando o lateral Brasinha executou mal
um tímido lançamento à meia altura, indo a bola aos pés
de Gaúcho. Este, porém, falto da dose mínima de
habilidade necessária para o exercício da profissão,
travou para trás — hediondez que iria repetir no segun-
do tempo —, Catinha devolveu para a entrada da
pequena área, Paulo Sérgio ainda tentou cortar mas a
bola chegou à cabeça de Roberto e dal foi às redes.
O golpe, contudo, náo desmontou o esquema do
Botafogo. Perivaldo trabalhava do meio-campo para a
frente, Rocha segurava os movimentos de Marquinho,
Edson forçava em cima de Marco Antônio, Wecsley,
Mendonça e Jérson procuravam fazer jogo na base do
toque. O próprio lateral Carlos Alberto, na única vez em
que ousou, quase empata, com a bola escapando de
Mazaropi e encontrando a trave. O Botafogo tinha,
porém, dois insuperáveis problemas ofensivos: a falta de
jogada pela ponta esquerda, já que Jérson se recusava a
ir até lá, e a assustadora incompetência do centro-
avante Mirandinha.
Zagalo, empacotando o gol inicial, pós Wilsinho para
secretariar Marco Antônio na tarefa de combater a
dupla Perivaldo-Édson, plantou Guina pelo lado direito,
que por sinal cumpriu um péssimo expediente, espetou
Roberto entre Zé Eduardo e Gaúcho e foi chupar chica-
bom. Aos 36 minutos, um lançamento diagonal produzi-
do no lado direito do meio-campo encontraria Roberto
no bico esquerdo da pequena área, mas Perivaldo,'
pressentindo a desgraça, cortou com a máo, Isto é, ao
invés de tentar evitá-la, apressou-a. Roberto cobrou o
pênalti e tranqüilizou os cuidados defensivos de Zagalo.
... a pior
A paciência do torcedor foi condenada a mastigar no
segundo tempo tudo que havia engolido no primeiro.
No Vasco, a melodramática vocaçào defensivista do
esquema de jogo; a agressiva falta de imaginação do«
lateral Brasinha, a pouca elegância do meiocampista
Serginho, que substituiu Marquinho, contundido no
final do primeiro tempo; a abulia que se abateu sobre
Guina e, em Wilsinho, a predominância da canela na
velha briga com a cabeça.
No Botafogo, o fronteirismo psíquico de Perivaldo, a
periculosidade de Gaúcho, a aparente preguiça mental
do lateral Carlos Alberto, o descontrole emocional de
Wecsley, a desorientação tática de Edson, a triste pre-
sença de Jérson, responsável pelo mal-ajambrado 4-3-3
sem ponta-esquerda posto em campo pelo treinador
Paulo Emilio, e, mais do que tudo, a vertiginosa progres-
sào do centroavante Mirandinha, que em incrível veloci-
dade, conseguia piorar cada vez mais e, na medida em
que o jogo caminhava. :
\
Quanto à dinâmica, também a mesma.
O Botafogo saia jogando com Perivaldo ou Rocha,
continuava com Wecsley e, dai, já entào depois da linha
central, alternava-se entre trabalhar com a dupla Men-
donça-Jerson e o flanco Perivaldo-Edson. A partir da
área vascaína a bola trocava de proprietário, e Orlando,
jogando na sobra, utilizava sua experiência em lança-
mentos a médio e longo prazos, que recolocavam o
Vasco próximo à insegura zaga botafoguense. Ainda
assim, tais situações eram de uma forma ou de outra
conjuradas pela defesa do Botafogo, já que o ataque do
Vasco resumia-se a Catinha e Roberto. Wilsinho, embora
agressivo por natureza, tinha sua vocaçào por inteiro
cassada pelo técnico Zagalo, que, vitima de triste recai- '
da, exibiu em público um time pobremente estruturado
no desavergonhado 4-3-3 sem ponta-esquerda.
Portanto, um gol fruto da falha de um pé pouco B
confiável e outro originário de escorregâo de uma cabeça ;
meio desgovernada deram ao placar uma apreciável 7
coerência com a qualidade do espetáculo.
¦W-:
Paulo Emílio mostra
Luis Carlos David
desagrado eom equipe
O técnico Paulo Emílio, do Botafogo, após a derrota
de 2 a 0 para o Vasco, deixou transparecer que nào está
satisfeito com o elenco. Enquanto isso, o vice-presidente
de futebol, Heber Pites, também insatisfeito, prometeu
para a Taça de Ouro uma série de reforços para o elenco.
Paulo Emilio acrescentou ter prevenido os dirigentes
de que o "time poderia sofrer um declínio técnico no
segundo turno", pois náo pode "fazer nada por que esses
sáo os jogadores que o clube me oferece". Mesmo assim,
o técnico teve a impressão de que o gol logo, no começo,
perturbou o time.
Experiências
O técnico pretende fazer algumas experiências nas
próximas partidas e a primeira já acontecerá na quarta-
feira, contra o América, quando o juvenil Gilmar vai
substituir Perivaldo, expulso ontem. Outra alteração
será a entrada de Almir no lugar de Rocha, que levou o
terceiro cartão amarelo.
Sem querer desmerecer o Vasco, Paulo Emílio disse
que o resultado da partida foi um pouco iruusto para o
Botafogo, mas reconhece que o time nào está rendendo o
esperado e que "na partida contra o Volta Redonda, o
Botafogo apresentou um futebol tão ruim como o de
ontem".
Outro que não está satisfeito com o time é o vice-
,
somente em 30 dias não poderia organizar o Departa-
mento de futebol.
— Não sei o que está acontecendo, mas precisamos
urgentemente contratar novos jogadores. Já contra o
Volta Redonda, a atuação do time foi lastimável e. por
pouco, nào perdemos o jogo. Hoje lontemi voltamos a
jogar mal.
JORNAL DO BRASIL
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0 segundo gol do Vasco, marcado por Roberto numa cobrança de pênalti, liquidou de vez com as esperanças do torcedor do Botafogo
Botafogo, a decepção de uma torcida
A torcida do Botafogo foi ontem ao
Maracanã descrente quanto à possibili-
dade de um bom resultado. Afinal, além
da escrita, a equipe atravessa uma péssl-
ma fase. Mas não esperava ver um time
táo ridículo quanto o que o técnico Paulo
Emílio colocou em campo. Nas arquiban-
çadas, a maioria esbravejou, xingou e
vaiou a maior parte do tempo. Mas os
erros foram tantos que os protestos se
transformaram em gargalhadas. Se bem
que, quando o time voltou para o vestia-
rio, todos os jogadores, sem exceçáo, fo-
ram vaiados.
O Vasco nâo chegou a jogar bem. Ao
contrário, apenas se beneficiou dos erros
do próprio Botafogo. E logo aos dois
minutos o zagueiro Gaúcho falhou e na
seqüência da jogada Roberto marcou o
primeiro gol. Para o técnico Paulo Emílio
esta falha Intranqüilizou o time — uma
desculpa que a torcida já náo aceita.
Os torcedores mais idosos, que viram
o ataque formado por Paraguaio, Geni-
nho, Pirilo, Otávio e Braguinha (os qua-
tro primeiros, jogadores de alto nível),
ganhar o Campeonato de 1948, náo se
conformam em ir ao Maranacã para ver
Zagalo atribuiu à saída de Marquinho a queda do time no 2" tempo,
A surpresa no vestiário do Vasco foi
a ausência de Zagalo, que se retirou do
estádio antes que a porta fosse aberta,
alegando um compromisso urgente. A
caminho da garagem, ele comentou
rapidamente que a saída de Marqui-
nho prejudicou a produção do Vasco
no segundo tempo, pois Serginho jo-
gou muito atrás e o Botafogo teve
mais espaço.
Apesar disto. Zagalo achou que a
equipe atuou com consciência, saben-
do tirar partido da vantagem no mar-
ȇor para tocar a bola e esperar as
oportunidades de gol sem precipita-
çào. O problema no meio-campo —
explicou foi idêntico ao que ocorreu
na partida do primeiro turno com o
Campo Grande, quando a entrada de
Dudu tomou o time mais defensivo.
D segunda-feiro, 10/11/80 ü 1° Caderno
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Volney, Mirandinha, João Carlos e Jerson
brigarem com a bola. Muito menos os de
uma geração mais nova que tiveram o
privilégio de acompanhar o ataque for-
mado por Garrincha, Didi, Paulo Valen-
tim, Quarentinha e Zagalo. Sâo poucos os
torcedores destas duas faixas etárias que
ainda freqüentam os estádios.
Quem vai hoje em dia ao Maracanã
sào os meninos que, levados pelos pais,
viram Rogério, Gérson, Jairzinho, Rober-
to e Paulo César. Agora adultos e há 12
anos sem comemorar um título, certa-
mente deixarão de prestigiar o time, pois
com a derrota de ontem o Botafogo ficou
praticamente sem qualquer chance de
conquistar o returno e o titulo. E o que é
pior, de forma melancólica.
O erro cometido por Gaúcho no início
da partida foi apenas o início de uma
série de muitos erros. Se o ataque do
Botafogo tivesse o mínimo de categoria,
conseguiria ao menos um empate —
atualmente a torcida o comemora como
vitória. Mas, a equipe nâo soube sequer se
aproveitar da péssima apresentação do
Vasco. •
E a trágica realidade vivida ontem à
Zagalo viu time tranqüilo
jogando praticamente com dois ca-
beças-de-área.
Espaço
A falha do Vasco, segundo o técni-
co, foi o espaço deixado entre o meio-
campo e o ataque, com o isolamento
de Roberto pela demora na chegada
dos apoiadores para tramar as joga-
das. A saída de Marquinho foi conse-
qüência de uma pancada no tornozelo
esquerdo em jogada dividida com Ro-
cha e não havia alternativa senão lan-
çar Serginho, único jogador de meio-
campo que estava no banco.
Zagalo não observou desinteresse
dos jogadores pelo placar, mas apenas
uma tranqüilidade gerada pela vanta-
gem de 2 a 0. construída nos primeiros
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¦»üü»»ü»«»^5feü«i
tarde pelo torcedor botafoguense acabou
se transformando numa comédia. A co-
meçar pelo total despreparo (psicológico
ou técnico, ou os dois mesmo) de Mlrandi-
nha. Sempre que lançado^ sabia-se com
antecedência que nada aconteceria.
Quando nâo se colocava em total impedi-
mento — e assim mesmo era acionado
pelos companheiros — assustava-se com
a aproximação de Orlando ou Leo e saía
do campo com bola e tudo.
Jerson, tido como revelação dos juve-
nis, também não mostrou nada ao torce-
dor, que para o seu desespero viu entrar
Volney no segundo tempo e nada acres-
centar ao time. Mas, a maioria da torcida
náo chegou a ver João Carlos, que entrou
em campo quando faltavam quatro minu-
tos para o flm do jogo, já que começou a
deixar o estádio aos 20 minutos do segun-
do tempo.
Mas o torcedor do Botafogo anda tào
desestlmulado com o futebol que não se
Importa mais com as péssimas apresenta-
çóes. Quando os jornais anunciam a esca-
lação da equipe antes dos jogos, sabe que
dificilmente voltará para casa comemo-
rando uma vitória. Já nâo existe aquela
Rogério Rais
quando ficou preocupado
45 minutos, em conseqüência também
do calor excessivo no Maracaná. Em
sua opinião, o resultado foi justo e,
acima de tudo, está a manutenção da
liderança isolada e sem ponto perdido
na fase decisiva do segundo turno,
agora com quatro vitórias.
Para o jogo com o Volta Redonda, a
escalação vai depender do Departa-
mento Médico, que prometeu liberar
Ivá, Joáo Luís e Paulo César, mas
aguardará a reação de Silvinho e Mar-
quinho no treino de terça-feira à tarde
para definir a situaçáo. O ponteiro foi
vetado para a partida de ontem por
sentir a virilha esquerda, e Marquinho
poderia ter continuado contra o Bota-
fogo. mas foi poupado no segundo
tempo por precaução.
ESPORTE _ 2i
Cynthio Brite
«j^i^,:». •«.*»,. *. ««««,.5,
Campo Neutro
* *"
^ «TvT
José Inácio Werneck
A
'"'*'
:,'&!*" Jk^
'
jfc ,%•* ¦ dificil escrever sobre a partida en-
tre Botafogo e Vasco da Gama,
E mas tentemos uma definição singe-
t,^'"-^ Ia: foi o antifuteból. E verdade que
fazia no Maracanã um calor incompatível
,jí ™PP\ •'•* . . ... "i; ____• ?.om a prática do futebol e até com o ato de
¦! *^ se assistir futebol. Talvez por isto, talvez
também por outros motivos. Vasco e Bota-
fogo acabaram por dar ao público um
Wi Wg r*— jg ___________, ________ _,»; __________ ___¦ espetáculo de inenarrável incompetência.
A comédia de enganos começou cedo,
com um gol que a defesa do Botafogo deu
de presente a Roberto, para fazer de cabe-
ça. Com a desvantagem de Ia 0, o Botafo-
go nem por isto animou-se a jogar. Conti-
nuou fechadinho, tímido, esperando o ad-
versário para começar a marcá-lo já de-
¦pois da linha de meio de campo, como se
iF^: __».''*¦¦._.;iS'
" ¦¦'
temesse levar uma goleada.
V.V/1-. ,ir
¦>,¦:¦¦ Os botafoguenses aparentemente não
se davam conta de que, quando raramente
ousavam ir à frente, conseguiam situações
de gol, sobretudo pelas falhas seguidas de
Mazaropi, autor ontem de uma brilhante
exposição prática sobre a arte de não sair
do arco. Uma ocasião, ele simplesmente
errou na bola, que passou fora do alcance
¦ V ISm mm '^^ '^^ , ^5ll M
de suas máos estendidas e acabou salva
pelos zagueiros às suas costas. Logo de-
pois Mazaropi falhou em outro cruzamen-
to e, desta vez, Mirandinha chutou às
nuvens, dentro da pequena área.
SM'|tgÍ
1 Tudo isto era apenas um aperitivo
para os acontecimentos patéticos que am-
da iam-se seguir. Aos 28 minutos, o lateral-
direito Perivaldo comete hands-penalty
BilWÜ sem a menor necessidade, pois a bola, que
lhe passava sobre a cabeça, iria encontrar
Wà2.WM:>timm.m&Wm%***~j2Z1 Roberto sem ângulo. Dois a zero para o
9^X . n«i* • *» i^r* «WWW **toBB *
^^T y^^M
Vasco e o jogo liquidado, pois o que o
Botafogo produzia não dava, pela lógica
dos acontecimentos, para desfazer a con-
tagem.
espetáculo, contudo, iria piorar
muito, no segundo tempo. Antes,
O porém, ainda no primeiro, deve-se
dizer que, jogando mal como esta-
Antônio Maria Filho . va, o Botafogo conseguiu o milagre de
revolta quando o time perde. Quando a perder mais dois gols. Um com Carlos
equipe retorna do vestiário, vaiam por Alberto, numa bola que Mazaropi largou e
vaiar. Sente-se perfeitamente que é uma
reação instintiva. por sorte viu bater na trave. Outro, com
Ontem, as vaias se misturaram com os
Perivaldo.
risos provocados pelas jogadas erradas. E
de rádio colado ao ouvido, os torcedores
Mas no segundo tempo não foi o Bota-
(os poucos que ficaram até o flnal) acom- fogo que avançou. Foi o Vasco que entrou
panharam as entrevistas de vestiários. recuado, dentro de uma filosofia que já foi
Talvez, descobrissem o que estaria acon- do técnico Zagalo, que ele renegou mas
tecendo. Mas nada disso aconteceu. As
desculpas foram as mesmas de sempre.
agora parece esposar de novo. Zagalo tra-
Perdemos várias oportunidades. So- tou de garantir o resultado. Em vez de
fremos um gol de início. Nào faltou luta— Wilsinho jogar às costas de Perivaldo, Wil-
disse Paulo Emílio para uma emissora. sinho marcava Perivaldo. O time estava
Apenas uma pergunta parecia sem
resposta: "Por que Mirandinha e Jerson,
armado em nítido 44-2, deixando à frente
em vez de Marcelo e Ziza? Roberto isolado e Katinha entregue a car-
E nem o torcedor Lídio Toledo, tam- reiras inconseqüentes.
bém médico do clube, não soube explicar:
Não sei. Os dois estào bons. Libera- É triste escrever sobre um jogo que, no
dos para qualquer atividade e nem para o segundo tempo, não houve. Roberto per-
banco foram relacionados. deu um gol logo no inicio, houve um penal-
Aos poucos, os jogadores foram dei- ti de Gaúcho em Wilsinho, Mirandinha
xando o vestiário em direçào ao estácio-
namento. Os torcedores já não os ofen- saiu, sob vaias, entrando em seu lugar
dem mais." Limitam-se a observâ-los. É Wolney, que também nada produziu, e
uma torcida sem paixão. Carlos Alberto cobrou uma bola no traves-
são, para sorte de Mazaropi, que fez golpe
de vista, mostrando que sua vista ontem
não estava boa.
Forte mesmo, aplicado, constante, só
o calor. O resto era uma pasmaceira à qual
Colocações náo faltou, como nota que já se vai fazendo
tradicional, a expulsão de Perivaldo por
ofensas a um dos elementos da arbitra-
PG J V E DGPGC gem. Tudo corria dentro do previsto e
acostumado, mas ontem o Vasco só conse-
1 — Vasco 8 4 4 0 1 guiu uma vitória porque seu adversário
2— Flamengo 6 4 2 2 1 era o Botafogo. Creio que contra qualquer
outra equipe do atual campeonato o time
Serrano 6 4 3 0 4 dirigido por Zagalo teria ontem colhido
4 — Botafogo 5 5 2 12 5 uma justa punição para seu fraquissimo
desempenho.
Campo Grande 5 5 2 12 6
6— Bangu 4 5 2 12 5
Fluminense 4 3 12 5
8 — América 2 4 0 2 5 DE PRIMEIRA: Chegou ontem Don
Kardong, o primeiro dos estrangeiros pa-
Americano 2 4 0 2 6 ra a Maratona Atlãntica-Boavista, dia 15
10— Volta Redonda 04004410 de novembro. Quarto colocado nas Olim-
piadas de Montreal, em 1976, vencedor da
Maratona de Honolulu em 1978, Don Kar-
dong disputou a recente Maratona de No-
va Iorque em 2h25m51s. Queixando-se
Próximos Jogos muito do calor, terrível para quem saiu de
Spokane, no Estado de Washington, no
extremo Noroeste dos Estados Unidos,
Quarta-Feira
Don fez ontem à tardinha um treino deli
quilômetros ao longo das praias de Copa-
cabana e Ipanema e hoje deve procurar
refugio nas Paineiras, em companhia do
cardiologista Ebnas Mello de Vasconcel-
Fluminense Bangu loslll Os ingressos para o Jantar de Mas-
América Botafogo sas, sexta-feira, em seguida ao Simpósio
sobre a Maratona, estão sendo vendidos
Vasco Volta Redonda
na Auto-Escola Santa Clara, Rua Santa
Flamengo Americano Clara 33, ao preço de Cr$ 450, com direito
a consumo livre de comida e bebidaili Os
convites para o Simpósio, gratuitos, po-
dem ser retirados nas Agências de Clássi-
ficados do JORNAL DO BRASIL no Leblon,
Copacabana, Centro, Tijuca, Madureira e
Torneio de Classificação
Niteróül! O Simpósio coiüará com Bill
Olaria x Madureira — Adiado
Rodgers, Derek Clayton e o cardiologista
Ebnas Mello de Vasconcellos, alem de fil-
Portuguesa 2x0 Niterói mes e slides. Será realizado sexta-feira,
Goytocaz 1 xO São Cristóvão das 16 às 20h, no salão de conferências do
Othon Palace Hotel.
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0 Vasco soube aproveitar as falhas do Botafogo no primeiro tempo para assegurar a vitória de 2 a 0, já que a boa atuação de Rocha foi inútil num time totalmente apático e desorganizado

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Vasco sem fazer força
.
cioso: "O Mendonça
—,
fácil o jo- então estão muito con-
go. Além da não âeve jogar. Eleja- tundidos para ficar
MUITO imaginação. mais ganhou âo Vas- naquele banco. O Vas-
Claro, era de esperar co". Ora meu amigo, co ante tanta facilida-
um jogo duro e podia então os onze não de- de, pois jogaram o bi-
até dar Vasco, o que veriam jogar pois ne- cho em seu bolso, ma-
vem acontecendo ulti- nhum deles ganhou do neirou e foi levando a
mamente. Portanto Vasco até hoje. Mas partida sem sacrifício.
nada demais. O Bota- coitado do Perivaldo, Visivelmente os joga-
fogo se queixa de falta o bom crioulo. Esquen- dores se pouparam e
de sorte em todo este tou e fez malcríação. foi pena que o Marco
tempo. Nada disto. O bandeira escutou e Antônio II tenha-se
Falta de time, esta a entregou. Foi racismo machucado, estava fa-
verdade. Um time fra- do bandeira. Deveria zendo um grande es-
co não pode ajudar a ter compreendido que forço para apresentar
ftlmmmW 1»flÈ«^. sorte. Favorece isto
sim o asar. Três minu-
tos de jogo e tudo deci-
o estapafúrdio pala-
vrão não era ofensa e
sim desespero áe um
bom espetáculo. Mas o
Botafogo mal e o Vas-
co desinteressado de-
dido. O gol de bandeja jogaáor que se mata, ram uma das piores
COMPRESSOR DE AR SCHÜLZ I^^/fl e o time de cabeça bai- áá tudo e não conse- partiâas âos últimos
xa. Vem o segundo gol gue naáa. tempos. É certo que
e pronto, o jogo aca- em final de temporada
O Botafogo está-se isto é comum. A aco-
boue o Vasco nivelou enganando inutilmen-
ou 10 x 1.567,'-15.670, ^(/^ por baixo. Se desinte- modação insensível
te. Disputará o quarto toma conta de todos.
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ressou da partida ou lugar, sem dúvida,
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 JORNAL DO BRASIL
Rio de Janeiro ? Segunda-feira, 10 de novembro de 1980
AUGUSTO RODRIGUES
AOS 67 ANOS "O HOMEM TOCADO
JtearêHIHffl
Carro conservado Maria Eduarda Alves de Souza
N
O próximo dia 21
haverá festa no
é carro valorizado
Largo do Boticá-
rio. Os 67 anos de
Augusto Rodri-
gues seráo comemorados por
amigos e artistas, entre eles
Silvio Caldas e Elizeth Cardo-
so que cantarão acompanha-
Preços válidos por 3 dias. dos por uma orquestra de São
Paulo. Da festa participarão,
também, as crianças da Esco-
linha de Arte que Augusto
fundou há 32 anos: a elas será
dedicado um concerto a car-
go do Conservatório Brasilei-
ro de Música.
Na ocasião seráo lançados
três livros, dois dos quais do
próprio Augusto Rodrigues:
A Fé entre Desencantos, poe-
sias, com apresentação de
Clarival do Prado Valladares,
e Escolinha de Arte do Brasil
— Análise de uma Experién-
cia no Processo Educacional
Brasileiro. O terceiro é de
Jacob Klintowitz: Augusto
Rodrigues—50 Anos de Arte.
Será, portanto, um dia de
muito movimento naquele
tradicional recanto do Cosme
Velho. Quem for lá pela pri-
meira vez—sem lhe conhecer
a história — deve saber, des-
de já, que o Largo do Boticá-
rio pouco tem de histórico.
De antigo, mesmo, só o local,
outrora parte das terras de
Carlos Francisco da Silva.
Tudo mais é falso. O calça-
mento do tipo colonial e o
chafariz sáo do tempo do Pre-
feito Prado Júnior (Governo
Economize Cr$ 116, Washington Luis). E as casas,
também de estilo colonial, fo-
ram construídas na mesma
Conjunto para limpeza época por Edmundo Bitten-
court, fundador do Correio
dà Manhã, que aproveitou
199,
restos de demoliçáo de anti-
gos prédios da Cidade.
Mas decepcionar-se com o
Largo só porque ele náo é
DeCr$315, por Cr$ autêntico, nâo vale a pena.
Aos sonhadores e saudosis-
conjunto ideal para a limpeza e manutenção tas, convém imaginar esse lu-
gar — que mais parece um
do seu carro! Com 1 shampoo pérola 500ml, cenário — como um ponto de
encontro entre cavalheiros de
cera cremosa Monza 200g, 1 limpa-pneus fraque e cartola e damas de
anquinhas — como antiga-
500ml, 1 limpa-plástico 500ml ei despdoran- mente. Aos realistas, é bom
te 50ml. v alertar que nas casas do Lar-
go habitam pessoas e que só
para conhecê-las, justiflca-se
uma ida ao Boticário, prinei-
palmente quando essa pessoa
Economize Cr$ 124, é Augusto Rodrigues, pintor,
poeta e fundador da Escóli-
Luva de pele nha de Arte do Brasü.
No seu atelier no Largo do
de carneiro
Boticário, entre um e outro
gole de cerveja — sua bebida
DeCr$
389,
por Cr$i
265,
Ideal para polimento ou la-
predileta — o também boè-
mio Augusto Rodrigues diz:
— Desconfio que estou fl-
cando velho. Aos jovens se
pede trabalho. Aos velhos se
dá reconhecimento e meda-
lhas.
vagem do seu automóvel! E a arte, Augusto Rodri-
Não solta pêlos e protege as gues? | Ele se descaracteriza quando
mãos. Em diversas cores à
sua escolha.
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PELA ARTE ESTÁ ENVOLVIDO COM O
PROBLEMA SOCIAL"
É para mim a própria
razáo de existir. O homem
tocado pela arte está envolvi-
do com o problema social. Se
abro um olho para a arte,
abro outro para a ciência.
"Augusto Rodrigues não
pensa em tornar a sua arte
auto-evolutiva ou histórica
de si mesmo. A sua preocupa-
çáo é estar ligado ao exte-
rior, ao lá fora, ao entorno...
impressiona-se com o exte-
rior." (Jacob Klintowitz).
Quando o artista é só
influenciado por eruditos, fi-
ca limitado. Ele deve se apro-
ximar das raízes populares,
da sabedoria popular. Isola-
do, náo faz nada e nem se faz.
O saber só é saber se parti-
lhado.
Augusto Rodrigues reco-
nhece a influência de vários
artistas populares.
Vitalino, por exemplo. E
desde a minha infância. Um
dia perguntei-lhe como era o
seu processo no barro. Res-
pondeu-me: "Simples. É só
entrar na cadência." Outro
foi Heitor dos Prazeres. Incrí-
vel este seu verso: "O amor
são tudo flores, tudo flores
naturais." Concordância per-
feita. Foi um britânico que
desceu,o morro. E como vou
me esquecer que aos sábados,
na minha varanda, recebia
Clarice Lispector para falar
de arte? Ou de Glauce Rocha,
excelente atriz, exigente no
seu posicionamento social?
Sem contar aqueles papos in-
terminávels com Nássara,
Turibio Santos, Zaluar e con-
versas de fantasia desvairada
com Fernando Lobo durante
toda a noite.
"A arte de Augusto Rodri-
gues é igualmente .a história
de sua vida, a sua biografia, a
biografia de sua tribo, grava-
da nas paredes de uma caver-
na do século 20, feita de tin-
tas, papéis e telas."
Picasso poderia estar fa-
zendo muito mais se hoje fos-
se vivo. O artista na hora da
criaçáo é um terrível solitá-
rio, mas sua obra, depois de
terminada, náo pertence
mais a ele. Na mesma medida
em que os filhos se libertam
dos pais, a obra de arte se
liberta do seu criador. É um
processo, náo termina nunca.
Só termina quando o artis-
ta morre?
Nâo, nunca. Ela fica. E o
importante é continuar sendo
alguém que se estende na
sombra.
Para Augusto Rodrigues, o
artista precisa também co-
nhecer os seus limites na sua
relaçào com a sociedade.
O artista náo deve acei-
tar fazer nenhuma concessão,
ser fiel a si próprio, dar o
melhor de si no seu processo
criador. Nào escorregar para
os caminhos do descaminho.
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Augusto Rodrigues comemora no próximo dia 21,
no Largo do Boticário, os seus 67 anos de vida, lançando
livros e recebendo os amigos
perde a sua identidade, deixa
de ser autêntico.
"Percorria o Brasil e
parte
da América do Sul fundando
escolinhas e dizendo que, na
aprendizagem, professor e
aluno deveriam estar em per-
plexidade. Nada de verdades
estabelecidas e de imposi-
ções. Aprender juntos, diante
de dois mundos maravilho-
sos: o mundo da existência
real e o mundo da criativida-
de humana."
— Não aprendi nada com a
escola, mas aprendi muito
com as crianças (disse Augus-
to em setembro de 1970): Par-
timos do princípio de que to-
da criança tem a necessidade
de se expressar livremente.
Fazê-la participar da alegria
criadora, através de um clima
de compreensão e confiança é
a melhor recompensa que lhe
pode dar o educador. Pelo
qüe elas me revelavam de si
mesmas, das suas necessida-
des, dos seus anseios. E o
educador deve ser alguém
que desenvolva a sua própria
acuidade de modo a desço-
brir muito das crianças,
olhando simplesmente o seu
andar. Uma criança no exer-
cício do seu potencial criador
é muito mais feliz. A criativi-
dade é essencial à sua exis-
Sib»dt>til»4»14:00Ht. jtea
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A RENASCENÇA^
Nv Uma tradição em móveis de estilo
Uma
(ÍO Catete,. 194-196 Esquina c/Corrèa Dutra
mWÊ
JaWÊl AMk'.
tência e está ligada à liberda-
de. Por isto, a criança deve
tocar os sete instrumentos —
no sentido figurado — para
que depois possa escolher um
deles.
Um dia, numa feira em Per-
nambuco, Augusto comprava
brinquedos feitos de arame e
de madeira. Uma criança
aproximando-se dele, per-
"Doutor, esses brin-
guntou:
quedos são para uma criança
só?"
— Ela me lembrou que exis-
tiam crianças no mundo que
náo tinham nada, me alertou
sobre a má distribuição dos
bens. É o que está acontecen-
do com a educaçáo que tende
a servir interesses de grupos.
Manipula-se a criança para
ter patins, minissaias, en-
quanto outra criança flca na
miséria. Prepara-se a criança
para ser consumidora. Se a
educaçáo explorasse o poten-
ciai criador do homem — e
todo homem é criador — ele
recusaria esse processo de
massificação. Por isso, des-
graçadamente, a educação
ainda não conduz o homem
ao encontro de si mesmo. Ao
contrário, promove o seu de-
sencontro.
Caricaturista (dele sáo fa-
mosas as charges de Di Ca-
valcanti, Anibal Mendonça,
Carlos Drummond de Andra-
de, José Lins do Rego, Ma-
nuel Bandeira, Noel Nutels e
Dorival Cayrnmi), artista com
várias individuais e coletivas,
ilustrador de livros (A Pasto-
ral, André Gide — Editora
Vecchi —, Contos Russos,
Editora Leitura; Floresta Má-
gica, Lúcia Miguel Pereira;
Borba Sangue, Neves Manta,
e Amor Canto Segundo —
ambos Edições Alhumbra-
mento — e Cartas de Abelar-
do e Heloisa, (Editora Philo-
biblion), Augusto Rodrigues
publicou em 1969 um livro de
fotografias: A Imagem da
Criança Na Escolinha de Ar-
te do Brasil, e editou em 1971
seu livro de poesia, 27 Poe-
mas. Sua Escolinha de Arte
estilo L.
Venha conhecer,
nesta mansão, a maior
variedade em móveis
personalizados e do
mais fino
acabamento.
/
caderno
**' sll:
he*'' i
que fundou em 1948 — deu
ensejo à criação de outras es-
colas no Brasil (atualmente
sáo 68), no Paraguai e na Ar-
gentina. Durante 1954 e 1955
quando permaneceu na
Europa — Augusto realizou
exposições de desenhos de
crianças em Paris (Académie
du Jeudi), Lisboa, Roma e
Londres (Instltute of Contem-
porary Art). Mais tarde levou
outras mostras ao Equador,
Chile, Paraguai e Peru.
Suas exposições e conferên-
cias consolidaram seu presti-
gio como educador. Em Paris
1964 — foi eleito membro
do Conselho da INSEA (Inter-
national Soclety for Educa-
tion Through Art) para a
América do"de Sul. No Brasil,
participou várias ativida-
des, como o 4o Cpngresso Na-
cional de Professores Prima-
rios (1960) e o Io Seminário
Sobre Arte Na Educaçáo, or-
ganizado pela Escolinha de
Artes do Brasil — que presi-
diu. Além disso, organizou a
primeira reunião sobre re-
creaçào hospitalar é na área
da educação de excepcionais,
colaborou com a Sociedade
Pestalozzi do Brasil, a Asso-
ciação de Pais e Amigos dos
Excepcionais, a Fazenda Ro-
sário, de Belo Horizonte, e a
Escola Ulisses Pernambuco,
de Recife. É presidente de
honra da Sociedade Brasilei-
ra de Educação Através da
Arte (SOBREART), prêmio
Golfinho de Ouro (Museu
Imagem do Som, 1973) e Per-
sonalldade Global em Educa-
çâo (1974).
Mas o que pensa Augusto
Rodrigues de si próprio?
— Sou o que o espelho me
revela, mas também o que
pensam de mim. Devo, inclu-
slve, ser complicado. Mas
nessa complicação sou um
homem simples. Vaidade é
idiotice. Vaidoso, por qué?
Somos tudo, eróticos e sen-
suais. Mas náo me arrependo
do que fiz. Sinto-me gratifica-
do. E se tivesse de começar,
faria tudo de novo. Só que
melhor.
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Projetamos e construímos
sua sauna úmida ou seca a
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Também temos saunas pré-
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trega.
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CADERNO B
QUARTA-FEIRA
JORNAL DO BRASIL yJ,
PÁGINA 2 O CADERNO B D JOKNAL DO BRASIL
Cartas
Realidade e sabotagem
Há muito esperado, fui ver Pixote na
estréia, no Roxy. Sessão das 19h, lotação
incompleta. É um filme extraordinário,
muito acima mesmo da média, incluindo
os estrangeiros. O tema é pesado, desfi-
lando diante dos espectadores a miséria
de milhões de menores nossos patrícios.
E a gente sofre em vendo como podem ser
essas crianças tão deserdadas da sorte.
Náo obstante, Já náo se pode falar em
menor abandonado, porque uns teóricos
aboletados em pomposos cargos ditaram
um eufemismo, mais um modismo, como
tantos outros a que estamos acostuma-
dos, mas que náo mudam em nada o
problema: o desamparo, o abandono e a
miséria em que se arrastam mais de 20
milhões de menores. Todavia, esse filme
tem um toque de genialidade: a tragédia
náo vem exposta para protesto, nem mes-
mo para denúncia de alguém em partlcu-
lar. Náo. Nada disso é o objetivo de Ba-
benco. O choque inicial é logo atenuado.
É como quando o estudante de Medicina
tem o primeiro contato com o cadáver no
instituto de Anatomia: náusea, nojo,
"horror", logo se transmudam num misto
de respeito, aceitação e até mesmo esti-
ma. Ê que a gente é levada, por força de
enfoque profissionalizante, a encarar co-
mo ferramenta de trabalho, preciosa,
aquele produto de degradação. Assim o
filme faz a colocação: é apenas uma mos-
tra do que se passa no dia-a-dla, em toda
a sua crueza, porém, sem polemizar, sem
fazer carga; nem à mentalidade tacanha
que ainda dirige os reíonnatórios; nem à
truculência da polícia; nem à desumani-
dade da sociedade como um todo. Por
Isso mesmo, aqui e ali o filme é pontilha-
do de sorrisos e até gargalhadas. É o
perfeito tragicômico. E com esse tempero
nos convence de que, mesmo nos extre-
mos do desalento, o homem tem condi-
ções de vibrar, sorrir e sentir-se feliz.
Pois muito bem Ultimamente, recru-
desceu a onda contra o cinema brasileiro.
Sáo interesses alienígenas contrariados,
que tudo fazem para não deixarem ir
adiante a caminhada vitoriosa até aqui
empreendida. E um trabalho estupendo
como Pixote acirra os ânimos. Somente
assim se pode entender a afronta propi-
ciada pelo Clne Roxy, que, há pouco
restaurado para Justificar cobrar ingres-
sos a Cr$ 100, projeta a película fora de
foco. Vaias, assobios, apupos. Interrup-
çáo por mais de cinco minutos, as luzes
acesas. Ao recomeçar, já cortaram um
pedaço. Furiosos apupos. Queima-se o
filme. Novamente, acendem-se as luzes.
Outro corte, longo. Aí, alguém se faz ouvir
e"Ésintetiza com propriedade; ao trovejar:
de propósito! É de propósito! Agem
assim para prejudicar o cinema brasilei-
ro!" E os aplausos estrugiram. Naquele
momento,
"quebra, vamosse alguém ouvesse gritado
arrebentar tudo", o Roxy
teria ido abaixo. Aqui flca o aviso aos
"navegantes de águas turvas": chega de
molecagem A paciência do povo tem
limite. Náo somos pixotes. Jacy Roma-
nelli — Rio de Janeiro.
Renda e feminismo
Recentemente, através do programa
Incrível, Fantástico, Extraordinário, le-
vado ao ar pela TV Globo nas pachorren-
tas noites de domingo, tomamos conheci-
mento da existência de instituições re-
cém-criadas para a defesa dos direitos da
mulher, especialmente as que não gos-
tam de apanhar. No programa sobre es-
sas entidades do Rio, Sâo Paulo e Minas
Gerais, assistimos a um desfile Impune de
asneiras e sandices, e já estávamos certos
de que o ponto principal da questáo náo
seria abordado quando reluziu a figura do
sempre respeitado professor Fernando
Henrique Cardoso. Ele acertou na mosca:
"O problema dos espancamentos náo é só
relativo às mulheres, mas também ás
crianças". O repórter, porém, cortou as
palavras de Henrique Cardoso, a flm de
recolocá-las no leito de lua-de-mel nup-
ciai em que se constituem todos os pro-
gramas jornalísticos da Rede Globo.
Estranho, pois que as mulheres espan-
cadas—segundo as estatísticas, 23% das
ocorrências policiais se referem a isso —
náo fundem logo uma associação para
defender as crianças espancadas, cujos
casos, se fossem registrados na polícia,
seriam, talvez, mais de 60% das ocorrên-
cias — afinal, criança náo vai ao distrito
mais perto dar queixa de espancamentos
sofridos pela ação dos pais (homens e
mulheres). As mulheres, seja como for,
ainda encontram como se defender —
inclusive criando associações — enquan-
to as crianças, pobres crianças, não têm
para quem apelar. Em Brasilia por exem-
pio até hoje não se sabe quem matou Ana
Lídia, e em Vitória, no Espírito Santo,
não há justiça dos homens que consiga
condenar os helal e os dantlnho da vida
pelo cruel e bárbaro assassinio de Araceli.
Mas, coincidentemente, e para reforçar o
que dlsemos nesta carta, no mesmo pro-
grama (domingo, 26/10/80) foi mostrada
uma reportagem sobre 15 crianças negras
que tinham desaparecido ou sido mortas
na cidade norte-americana de Atlanta,
em curto espaço de tempo.
E os espancamentos de mulheres?
Bem, a própria reportagem da TV, embo-
ra malfeita sob diversos aspectos (técni-
cos, científicos, morais, filosóficos, religio- JORNAL DO BRASIL pela publicação
sos e profissionais), encarregou-se de nos da entrevista com Bozano Fragoso Pires.
oferecer as origens de tudo: a má distri- Carlos Roberto Martins Costa — Rio de
buiçào da renda, as oportunidades que Janeiro.
náo sáo iguais para todos, o desemprego,
a fome, a miséria, o analfabetismo. Con-
tra isso, porém, se recusa a lutar. É mais
cômodo lançar a culpa sobre o homem
(que ela, na condição de máe, ensina car correspondência com jovens brasilei-
desde pequeninho a ser machão, porque ros de ambos os sexos, de 20 ou 21 anos,
teme que venha a ser bicha); é bem mais idade correspondente à minha. Troco
fácil lutar contra o homem do que lutar postais, fotos, revistas, discos, cassetes e
ao seu lado, quando ambos — homem e livros. Alexandre Manuel—Rua Ferreira
mulher—são vítimas da mesma discrimi- de Almeida, 37, 8° andar, apartamento
naçáo que faz uns poucos terem excessi- H. Caixa Postal 252, Luanda, República
vãmente demais e muitos terem de forma Popular de Angola.
insuficiente o que é apenas um direito
natural.
Por que razão, então, a TV brasileira
náo leva o debate para esse nivel? Sabem
quem é o editor-chefe (perdão, editora- lançadores do produto No Smoke pela
chefe) do Jornal Nacional, da TV Globo? excelente propaganda contra o fumo rea-
Chama-se Alice Maria.
Náo me escapa uma
vimento feminista: "Faças
definição do mo- pode deixar de elogiar o alerta que é dado
o que eu digo;
náo faças o que eu faço". Essas, as femi- José Machado — Rio de
nistas, falam tanto em democracia mas
nào sabem o que é isso. Porque se soubes-
sem jamais defenderiam democracia para As cartas serão selecionadas
elas só; porque no dia em que se implan-
tar a verdadeira democracia elas não váo todo ou em parte entre as que tiverem assinatura,
poder explorar outras mulheres, analfa- nome completo e legível e endereço que permita
betas, infelizes, mandando-as para o tan- confirmação prévia.
? Rio de janeiro, segunda-feira, 10 de novembro de 1980
Música
que e para a cozinha em troca de uns
míseros cruzeiros, enquanto elas saraco-
teiam por aí.
Essas constatações a História não per-
doará. Porque alguém — autoridade no
assunto — já disse que "a História é feita
DUO E QUARTETO Am
Al *ím
^ÈL
rfa
por documento e não por autoridade..."
Mauro de Felice — Brasilia (OF). Ronaldo Miranda
A Reforma
NDO o seu su-
A Reforma Luterana, movimento re- cesso de públi-
volucionário religioso e político ocorrido co, o Duo* Sérgio
na Alemanha na primeira metade do sé- RECONFIRMA-
Abreu-Norton
culo XVI, comemorou no dia 31 de outu- Morozowicz levou cerca
bro, data de nascimento de seu lider e de 300 pessoas ao IBAM,
articulador, o monge agostiniano Maçtl- na última terça-feira, es-
nho Lutero, o seu 483° aniversário. tourando a lotação do
Por que ocorreu a Reforma? Quais os
fatores que propiciaram o seu êxito e simpático auditório de
projeção histórica? Em que contexto his- Botafogo. Cada vez mais
tórico ela nasceu e evoluiu? A exposição integrados, o exímio violo- y- j*
das principais causas e o comentário que nista e o musicalíssimo XmmwAAw^^mAwAmZàkAAAAAA' «*>>. .*»>>..
se segue, respondem em grande parte a flautista voltaram a per- Sérgio Abreu e Norton Morozowicz: sucesso reafirmado
estas indagações, senáo vejamos: correr com convicção e
Causas políticas: um forte sentimento bom-gosto o repertório de plendidamente valori- das n°s 1 e 5 de Villa- de sonora, demonstrando Menor, de Schubert, soa-
nacionalista paralelo a uma forte oposi- sua primeira atuação jun- zado. Lobos, o jovem Quarteto um trabalho apurado em ram em execuções de mui-
çáo a qualquer influência estrangeira es- tos, há um ano, na Sala Na segunda parte, entre Bessler mostrou quarta- relação à qualidade da afi- to bom nivel técnico, ao
tá se desenvolvendo em toda a Europa. Funarte. feira, em recital na Sala nação, à precisão ritmica qual poder-se-ia ter acres-
Na situaçáo particular da Alemanha, a o belo Entracte, de Jac- Cecilia Meireles, que já e ao equilíbrio dinâmico. centado eventualmente
Reforma se constituiu num movimento Novamente a dupla exe- ques Ibert, e a consistente atingiu um padrão de qua- Falta ainda ao conjunto maior dose de envolvi-
de oposiçào dos príncipes eleitores contra cutou homogeneamente Sonatina, de Radamés lidade pouco freqüente uma personalidade inter-
a autoridade imperial da Casa d'Áustria, Gnattali, Sérgio e Norton mento expressivo. Este,
peças de Loeillet e Tele- entre nós nesse dificil gê- pretativa mais incisiva, contudo, esteve presente
enérgica defensora do catolicismo, por- mann, fornecendo em se- apresentaram Reflexões, nero de combinação ins- mas o que já demonstra o
tanto, na medida em que se opunham ao guida um encanto todo es- peça simples e agradável trumental. credencia para importan- em porções bem gênero-
Papa, indiretamente se opunham a Car- pecial ao texto às vezes que lhes foi dedicada pelo Os arcos de Márcio Ma- tes realizações. sas no Primeiro Quarteto,
los V; forte aliado daquele. redundante da Sonata em compositor curitibano lard, Manoel Sternick, de Villa-Lobos, numa exe-
Causas econômicas: a nobreza alemá Lá Maior, de Giuliani, Luis Francisco Mello. Bernardo e Michel Bessler No recital de quarta- cução que captou com ex-
via na Reforma um modo fácil de apode- cujo apelo virtuosístico à Lançando um novo LP, conseguem obter uma feira, os Quartetos K. 387, trema eficácia os aspectos
rar-se das propriedades eclesláücas, as moda de Rossini foi es- com os Quartetos de Cor- agradável homogeneida- de Mozart, e OP. 29 em Lá lúdico e lírico da obra.
quais em termos de tetra constituíam
uma extensão territorial de 1/3 da Alemã-
nha (jóias e metais preciosos se incluem
neste quadro).
Causas culturais: o caráter humanista
FESTIVAL DE MÓVEIS
Sears I
do Renascimento que possibilitou uma
nova interpretação dos textos bíblicos e
por extensão, estimulou a instrução de
todos e para todos, ocorrendo um verda-
deiro dinamismo no campo cultural, por
força da imprensa recém-descoberta, o
que permitiu a divulgação em larga esea-
E DECORAÇÃO
lã da Bíblia, a qual foi traduzida pelo
reformador durante seu retiro no castelo Por (|iie comprar carpetes na Sears:
de Wartburgo.
Outrossim, atormentado por crise de
consciência, Lutero transformou-se, sem
o desejar, em centro e símbolo de um
movimento nacional alemáo que, pouco a BI Amplo sortimento! Ml Honestidade nos orçamentos!
pouco, se estendeu a outros países, ali
adquirindo características próprias.
Juntamente com outros humanistas,
Lutero se dedicou com ardor a estudar os
|Qi Pronta entrega! ia! \ oee recebe o (pie comprou
textos antigos, pretendendo uma volta à
Use as facilidades do Credi-Sears! E*^^¥™££m>
pureza da vida primitiva da Igreja e dos
Evangelhos, náo tendo sido sua intençáo
em principio romper com a Igreja Católi-
ca, conforme se deduz da leitura de suas
95 teses. Porém, no decorrer do processo
histórico isso náo foi possível, dada a
lmpertinêncla de Roma em não retratar-
Norfolk - 5 mm
470,
se das falhas expostas por Lutero em suas
95 teses, continuando Tetzel com suas De Cr$
vendas escandalosas de indulgências, o
que veio provocar graves desdobramen- 590,
to, envolvendo não só Lutero e seus segui- por CrS
dores, mas diversos príncipes e universi-
dades em toda a Alemanha. ^aa^^^^Êm^^SAAASSsAK^^^^àS^rrrr^^ .^¦wS8Kfe?. A
É nessa fase profundamente polêmica Aveludado. Fio 100% nylon e ba-
que ocorre uma coincidência cujo valor se de polipropileno, eom avesso
foi marcante para o movimento reformis-
ta. Refiro-me ao vigor do humanismo, emborrachado com látex. Em vá-
principal fruto do Renascimento nascen- - KaaSiúisl,A. fAB^^AAAAAAmm^SA^SSAM' A*WA Am- A HPS fias- cores modernas. Exclusivida-
te, o qual, por sua natureza critica e ia mmWâa>i,.K-<\^y^m^Ê mm ImWmÊM mmm&Wl de Sears!
racional, fortaleceu o poder de questiona- tm3vWMttw>j£M*im^Ba*JÊAMaaW,izVMhfeWf.M*.j»iWIa'I.i"tv.*irf ',*- ^VH wlRm BnnWrwaKUMvf
mento em diversos campos antes nunca
tocados, ou seja: infalibilidade papal, li- XaWÍnmWl^^à^^aaaaa^^é^Êá.'* t^F^^T^ÊÊÊÊÊÍmm^SSS^^M Economize Cr$ 170, por m2
vre-arbítrio, etc. IK^^gMwBBK^^aaBSBMBI^S^ifflE&^v K&^£!AÊBS*vSBfyJsi
Ambos os movimentos—Humanismo Carpete Tabacow Nyloncryl
e Reforma — enfatizavam a personalida- orara
de autônoma, livre diante da coaçào ex-
terna, intelectual ou religiosa, além de 60% nylon e 40% DcCrS860,por
um agudo criticlsmo em relação a toda acrílico. Base 100%
autoridade dogmática.
Reforma e Humanismo, profundamen-
te identificados, iráo permitir um profun-
do questionamento no campo teológico e
gSfBaEfa!ié!SyaT<^^J.:n>i^^^« mnímtr-Ji $-\W*àaWWvA
juta e avesso com
látex. Cr$ 690
doutrinai, sendo exemplo marcante as Economize Cr$ 150, por m2
diversas obras escritas por Lutero e seus
seguidores, debates travados em diversas Carpete Ita Nylon
ocasiões, sendo o mais famoso o travado
entre Lutero e o representante papal Dr 12 mm
Eck, na cidade de Leipzig.
Fio 100% nylon De Cr*930. por
No desenrolar da Reforma ocorrem Rhodianyl. Base de p* |-| ^~v
desdobramentos no campo social, o que
provoca a revolta dos camponeses e pe- juta e avesso com I
quenos cavaleiros em diversas partes da látex. CrS, i fil
Alemanha. Neste contexto destacar-se-á
o teólogo Thomaz Munzer, teórico do
movimento de contestação social, sendo Economize Cr$ 200, por m2
por isso denominado o Teólogo da Revo-
lução.
Carpete Tabacow Starnylon
O Renascimento foi, portanto, uma 14mm
fase histórica bastante favorável às idéias
Fio 100% nylon. Ba- üe CrS 1.150, por
e ideais de Lutero e seus seguidores, pois se de juta e avesso -«
se, de um lado, representou a confirma- ^ mt >~w
ção da doutrina da infalibilidade baseada com látex. Exclusi- I _J » I 1
na Bíblia, Sacerdócio Universal e Justifl- vidade Sears! OS X •*-- *J \J *
cação pela fé, doutrinas estas defendidas <t iti- *
até a morte por outros reformadores ante-
cessores de Lutero, por outro lado, repre-
sentou no campo politico uma forte ten- Economize Cr$700, Economize Cr? 1.000 Economize Cr $ 1.100
dência nacionalista, um Governo livre de
interferências de Roma e uma justifica- Tapete Tapete Tapete
ção para o absolutismo que viria a seguir, Ita Nylon 6mm Tabacow Nyloncryl Tabacow Starnylon
no alvorecer da Idade Moderna. Eduardo
Francisco da Silva — Rio de Janeiro. 2,UUx3,OOm 2,00x3,00m 2,00x3,00m
DeCr$4.09ü, por De Cr$5.990 por De Cr$9-290 por
Turfe
3.390, «4.990, «7.890,
Como turfista, cumprimento o
CrS
Trocas Economize CrS 1.100, Economize Cr$900,
Sou um jovem angolano e desejo tro- lisos, de
Tapete Tapete Tapetes
Ita Hawai Ita Nylon 8 mm, retalhos, em vários
2,00x3,OOm 2,00x3,00m tamanhos,
de
De Cr? 7.190, por De Cr* 5.690, por a Partir
«6.090, «4.790, «139,
Perigo
Gostaria de congratular-me com os
lizada na televisão. Embora compreen-
í CENTRO DE DECORAÇÃO SEARS
dendo os objetivos comerciais, náo se
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Tel.: 390-4891 b-j-,
 CADERNO B D JORNAL DO BRASIL O Rio de Janeiro, segunda-feira, 10 de novembro de 1980 O PÁGINA 3

Noite saudável Registros CONVITE

Sem que se saiba a natureza do tônico recuperador, o
abalado estado de saúde da noite do Rio teve uma grande
melhora no fim de semana, enchendo-se de grupos numerosos
e animados todas as principais casas noturnas da cidade.
De todas, os maiores Índices de excitaçào foram registra-
dos no Régine's, justamente pela presença, sábado, na casa de
"celebridades, como o bailarino Alexandre Goudonov, que
"esticava
de seu espetáculo no Municipal, e o ator Lee Majors,
"cercado de meninas bonitas e de cara fechada, numa mesa
Zózimo A revista francesa VSD, que foi para as
bancas no fim de semana, registrou a presença
em Paris semana passada, por um dia, de
Serge Kauzov, antigo marido de Cristina
Onassis.
e Chegou de manhã, fechou-se em casa da
ex-mulher, e de lá só saiu à noite para regres-
sar a Moscou.
E MORDOMIA
A Sra Rosaljmn Carter,
que já esteve no Recife, hã
três anos, como Primeira-
Dama dos Estados Unidos, só
não voltará em breve à Capi-
tel pernambucana como ci-

comandada por Jorginho Guinle. Em torno de * » *

No mesmo dia, não mais pela VSD mas por
dada comum se não quiser.
Convite e a corresponden-
O pitoresco da noite flcou por conta de Goudonov, que
chegou acompanhado de uma morena lindíssima e nem por sete mesas dezenas de pessoas, foi registrada a presença
no Le 78 de Yvon Coty em companhia de uma
te mordomia sào o que nâo
lhe faltam, já que tão logo
isso escapou de ser assediado por outras mulheres, Depois de um início fulguran- directrice da maison Dior, muito bonita, souberam da vitória de Rea-
Como uma jovem, muito bonita, que foi até a mesa do ¦•'¦;í**fl| "**'' te, quando se aflrmou como um aliás. gan nas eleições, seus amigos
dançarino e lhe pediu que fosse com ela para a pista. Ele flpl^?:-. EPfl WmW0^W::** H^B e hospedeiros na outra vez, Sr
aquiesceu, mas quis saber por quê: tLWZy" J ^B
dos melhores restaurantes do ¦ ¦ ¦ e Sra Camilo Steiner, apres-
* Mm
Bfli^l ^K' ''mmm Rio, seguido de uma fase de cer-
— É que eu sou bailarina e assim vou poder incluir no meu marimWyfi ^L%%%%
currículo que uma vez dancei com Goudonov.
* ^B;-;: m-U .... mWmWeWmWÍvilm. .!SSB to ostracismo, o Les Sept Tables
ressurgiu no flm de semana co- Limite irreal saram-se a mandar um tele-
grama sugerindo alguns dias
de descanso no Recife depois
¦ ¦ ¦ •".'n^. ^^W^mWmT^^WÊlSaW^Mt^h^'', mo cenário perfeito do elegante Ao elevar para 800 dólares o valor das mercado-
-^;v>|| Ei Kis e exclusivo Jantar oferecido por
Claudine de Castro para festejar
rias que se podem trazer do exterior sem risco de
apreensão na Alfândega, a Secretaria da Receita
da transmissão do cargo, em
janeiro. •
UMA É POUCO o aniversário de sua máe, Si* Federal bem que poderia ter aproveitado o impulso Foi a própria Rosalynn
De todos os filmes mostra- TV alemã e vários outros soli- iâs$!$s Nenette Weinschenk.
Por cenário perfeito entenda-
e atualizado o limite máximo de 100 dólares dentro
do qual as mercadorias nào sofrem qualquer ta-
que ao partir de Recife da
primeira vez garantiu que
dos aos compradores estran- citaram formalmente depois Marilu Pitanguy e Teresinha Noronha xação. voltaria à cidade para férias
geiros durante a Feira Inter- da sessão uma outra proje- se náo só a correção do décor, A faixa de 100 dólares está em vigor há anos e é no dia em que deixasse a Ca-
nacional de Cinema de Brasi- ção, no dia seguinte, para sóbrio e próprio, como a qualida- hoje totalmente irreal, pelo menos em relaçào ao sa Branca.
lia, o único exibido duas ve- que pudessem examiná-lo e de do menu proposto aos convi- que ela representava quando foi criada.
zes, a pedidos, foi A Idade da avaliá-lo melhor. dados — coquilles à provençal e Com 100 dólares não se compra hoje na Europa
• Em miúdos: o filme de uma galinha com champing- nem um par de sapatos. No máximo, um pé de
Terra, de Glauber Rocha. sapato. • Ela só náo esperava é que
Compradores dinamar- Glauber fundiu a cabeça da nons que mereceu elogios de to-
dos os presentes. isso fosse acontecer táo cedo.
queses, tchecos, o pessoal da platéia.
Homenageando Nenette, ¦ ¦ ¦
¦ ¦ ¦ cuja conversa e verve só se enri- AMOR A ARTE
Semana com tênis quecem à medida que os anoa
passam, estavam Maria do Car-
O maestro Isaac Karabüchevsky deu no
sábado um raro exemplo de competência Roda-Viva
Está desde sábado no Rio, liderada por Patrice Domin- mo e José Nabuco, Celina e Beca
profissional e apreço ao público e à arte.
de Castro, Teresinha e Hildegar-
guez, um dos maiores nomes do tênis francês nos últimos 10 De viagem marcada, sábado à noite, para Celina e Beca de Castro
anos, a delegação de tenistas, integrada também por Naegelen do Noronha, Vera e Walllm Vas- o México, Karabüchevsky soube que o mães-
Claudine concellos, Maria e Maurício Re- voam para Nova Iorque na
e o professor Jacques Laurent, que o diretor do Meridien, tro Alceu Bochino, que regeria à tarde o
Robert Bergé, trouxe ao Brasil para uma série de jogos, berto, Leila e Luis Severiano Ri- concerto da OSB programado para a Sala quinta-feira.
beiro, Maria Inês e*Jorge Piano, De luto a torcida rubro-
clínicas e conferências aqui, no Country Club, e na Bahia. Cecília Meireles, tinha caído doente e o espe- negra com o falecimento de
O programa terá Início hoje às 17h, sempre no Country,. Amelinha e Mareio Roberto, Ma- táculo seria suspenso.
ria e Mario Agostinelli. José Maria Scassa, seu arau-
com uma clínica para crianças seguida de outra para adultos, Na mesma hora adiou a viagem, requisitou
to durante décadas.
terminando tudo com um torneio do tipo pro-am. Amanha, Também as Sras Joseflna as partituras — peças de compositores brasi- Em sua constante peregri-
repetem-se as clínicas, seguindo-se uma disputa França x Jordan, Marilu Pitanguy, Glori- leiros contemporâneos — e assumiu o concer- nação pelos lugares cariocas
Country, este representado por Jorge Paulo Lemann e Sérgio nha Sued, Luisa de Castro Ma- to, empunhando a batuta diante da OSB á da moda, o General Emilio
Bezerra. Nenette chado, o Príncipe D Pedro Gas- hora marcada. »
Weinschenk, Mediei almoçou sábado no
Quarta-feira, então, na cabina do Meridien, serão mos- táo de Orleans e Bragança, os Florentino.
trados filmes — inclusive um sobre o treinamento e a técnica a Srs Nelson Batista, Maneco Mui- Patrícia e Hélio Ferraz,
de Bjorn Borg — e feitas as palestras. aniversariante ler, Guilherme Guimarães. • Quem assistiu, diz que o resultado foi ex-
cepcional. ele aniversariando, recebem
hoje um grupo de amigos pa-
ra drinks a partir das 11 da

CORTINA Fora da realidade noite.

Na platéia do espetáculo
DE ENROLAR Chegando no Rk> para CANECÃO de bale do Municipal, sábado,
"A
cortina do
VAPT-VUPT. Feita na uma carreira de sucessos Sears APRESENTA
e O Conselho Nacional de Petróleo acertou quando
liberou o funcionamento dos postos de gasolina aos
domingos nas estâncias de férias.
o Secretário de Educação e
Sra Arnaldo Niskier.
Angra dos Reis ganhará a
medida da sua janela, e
com um preço que se
'encaixa certinho no seu um novo jeans. ANTENAS Simone Errou quando fixou prazos — seis, 12 ou 18 meses
— para essa autorização, pretendendo que sejam
desenvolvidos e incorporados pelas estâncias novos
partir do próximo domingo
um novo e bem montado ho-

tip
bolso.
OSTROWER COM. E INO.
PARA TV sistemas de transporte coletivo que permitam no tel — o Portogalo.
Os jeans com a griffe do
ITDA. futuro o fechamento dos postos.
-k
Abrantes,
Rua Marquês de
178
EM CORES É o que se chama decidir passando ao largo da figurinista Guilherme Gui-
JO LoiaD
W realidade. marães seráo lançados com
* * *
JJ I 8248
A etiqueta do jeans. E FM e Ninguém que tem o hábito de procurar as estân-
uma grande festa no Hippo-
potamus.
cias nos fins de semana aos volantes de seus carros Mesa movimentada, on-
Instalações, regulagens, se submeterá a passar a fazè-lo a bordo de ônibus ou tem, no agitado jantar domi-
manutenções. Serviços
garantidos para todos
m -.üflfll]
mm trens.
A decisão do CNP, portanto, não resolve o proble- nical do La Coupole, de Pa-
ris: Embaixador e Sra Gon-
Aloysio Estrella ma. Apenas o adia para daqui a seis, 12 ou 18 meses.
os canais individuais, zaga do Nascimento Silva,
promove Lais e Hugo Gouthier, Gisela
pontos internos - TVC Ironia e Ricardo Amaral, Lilian e
Leilão de Arte em Novembro • FM • para residências.
• Chegou a ser chocante, pela violência do impac-
to, a trombada dada ontem à tarde por um ônibus
Gregório Rossi de Montalle-
ra, Henriqueta Severo Go-
num Passat estacionado na Rua Prudente de Mo- mes, Danuza Leão.
Palácio dos Leilões Lj R. S. Clemente, 385 m^Ê ¦'a^mWW^a[\\W&y~ rais em frente à sede do Country Club. O eixo Concorde-Special
Grande Orquestra. e o carro flcou destruído e o coletivo, de placa voltou no flm de semana às
Leiloeiro Direção geral: Flávio XM-1963, fugiu. suas grandes noites. Botava
e Ironicamente, num lugar onde os sócios do clube gente pelo ladrão.
Leilão: Rangel.
Direção musical: nâo se importam, sobretudo nos fins de semana, de Deslizando no sábado
Hoje. dia 10 e Amanhã 11 de novembro Eduardo Souto Neto. largar seus automóveis em fila dupla e até tripla, chuvoso pela Lagoa a bordo
Participação especial: quis o destino que o carro abalroado fosse um dos de seu Chevette, Léa ao lado,
Adilson do Prado, Adilson SantoO Albert). Aldemlr Miniin, A. Leite, Aloysio Estrella, Aluisio Cavauonl, Amaury Ouves,
Meirelles, Agenor Costa, A. Resis, August Petit, Balllester, Befl|amln Silva, Betloni, Bernard Buffet, Bianco, Brennand, Bruno
The Golden Boys. poucos estacionados corretamente, ao longo do o presidente do Banerj, Is-
Ciorgi, Campanella, Carlos Bastos, Carlos Bracner, CarmelioGuz, Castaaneto, Mendonça, Portinari, Dacosta, Di Cavalcanti,
Dillon, Djanira, Dulce Ribeiro de Castre, E. Duvivier, Elvio Becheroni, Fachlnettl, Famese, Fernando P„ Firmino Saldanha, Faça já sua reserva. meio-flo. rael Klabin.
Frank Shaeffer, Fukushima, Glauco Rodrigues, Crauben, Harry Elzas, Haydéa Santiago, Heitor dos Prazeres, Holmes Neves,
Humberto da Costa, Iber* Camargo, Iniml de Paula, Ivan Freitas, Ivan Matquettl, teinef, (ofc> Alves, .oiò" Câmara, joio 4?«. e 5.°'.: 22 h. 6?'. e Zózimo Barrozo do Amaral
Carneiro da Cunha, loio Henrique, lorge Guinle Filho, (os* Paulo Moreira da Fonseca, Laerpe Motta, Lazzarini, Loio Pmio, sábados: 23 h.
Mabe, M. Agostinelli, M. A. Lucca, Marcier, Maria Polo, Masumi, Max Fortl, Mendes Faria, Moriconl, Nelson Porto, Oswaldo
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PÁGINA 4 ? CADERNO B U JURNAL, DO BRASIL
JOÃOZINHO TRINTA AOS 40
CITANDO
SHAKESPEARE
'O GENERAL VE 0 MUNDO
COMO UMA GUERRA"
Diana Aragão
João Jorge Trinta, se-
gundo a certidão de nasci-
mento. Joãozinho Trinta,
nas rodas de samba. João,
apenas João, para os mo-
radores de Nilópolis. Pre-
gador— da revolução da ale-
gria uma revolução que
se propõe a fazer com que
o povo sorria o ano inteiro
e não só nos quatro dias de
carnaval—é antes de tudo
um personagem múltiplo.
Líder autêntico, tem como
seguidores os milhares de
homens, mulheres, velhos
e crianças da comunidade
que se formou em torno da
Beija-Flor. Artista, sua vi-
da é um permanente pro-
cesso de criação: além do
é este homem
baixinho, inteligente,
tímido, que só se en-
tusiasma quando fala
QUEM de crianças e de car-
naval, e que muita gente diz ser
"o rei de Nilópolis"? Joãozinho
Trinta não gosta de falar de si
mesmo. Os amigos, da mesma
forma, desconversam quando se
trata de defini-lo. Quando mui-
to, elogiam sua simplicidade e
sua lendária disposição para o
trabalho (já nos tempos do Sal-
gueiro, ficava duas semanas
cuidando do que
sem dormir, "últimos
chamava de detalhes"
para o desfile). Um dos amigos,
Fernando Pamplona, também
carnavalesco, diz um pouco
mais: .
É um garoto com muita
vivência na cultura do povo, a
quem se pode acusar de tudo,
menos de náo ter raízes popu-
lares.
Um garoto que chegou muito
pobre, de Sáo Luís do Mara-
nháo, para tentar a sorte na
velha Capital. Tinha então 14
anos. Hoje, tanto pode estar
com 40, como ele mesmo afirma
("Mas põe aí que é 39, pois os 40
eu só faço este mês, em dia que
não digo porque não tenho tem-
po para festinhas"), ou 45, como
garantem os amigos. Seja como
for. 40 ou 45, com ou sem tempo
para festinhas, no próximo dia
23 ele receberá em seu estúdio
os amigos e parentes que nunca
deixam de cumprimentá-lo.
O estúdio é um apartamento
de segundo andar, numa vila
perto da quadra da Beija-Flor.
E o seu local de trabalho, assim
como o barracão da escola, on-
de passa longo tempo cuidando
dos preparativos para o carna-
vai. O apartamento do Flamen-
go fica fechado a maior parte do
tempo, já que Joãozinho prati-
camente náo sai de Nilópolis.
Além do estúdio, tem também
um quarto na casa de Dona
Yolanda, uma das baianas da
Beija-Flor, responsável pela co-
zinha do barracão. É ela quem
diz:
João é muito amigo. Gos-
ta, mesmo, das crianças. É um
igual, trabalha como todo mun-
do, passa o dia no barracão e só
vem dormir. Come a mesma co-
mida de todo mundo, não tem
luxo. No barracão nunca falta
arroz com feijão. Seu Nelson (di-
retor da escola) não deixa. E
temos ainda bife, macarrão, co-
mida de pobre.
Estudioso da filosofia orien-
tal. Joauzinho já praticou ioga e
tem profunda admiração pelo
poeta indiano Rabindranath
Tagore.
Principalmente por seu
trabalho ligado às crianças.
^ Rio de Janeiro, segunda-feira, 10 de novembro de 1980
Joãozinho Trinta e suas crianças de
Nilópolis. O ex-menino pobre de São
Luís do Maranhão vive hoje de seu
trabalho como carnavalesco e cenógrafo
carnaval que organiza pa-
ra a escola, cuidando de
tudo, do enredo ao mínimo
detalhe de uma fantasia,
sonha em ir mais longe,
quem sabe até coreogra-
fando um bale inspirado
em antigo enredo do Sal-
gueiro, com o Corpo— de
Baile do Municipal
ao
qual já pertenceu— revi-
vendo um dos grandes mo-
mentos da história dos
desfiles. Embora seja o au-
tor de uma frase já antoló-
gica nos meios do samba
— "Quem gosta de pobre-
za é intelectual" — é, ele
mesmo, um intelectual
que aprendeu a amar os
livros em sua infância po-
bre no Maranhão e tem,
entre seus autores de ca-
Gosta muito, também, de
Rainer Maria Rilke e Aldous
Huxley. Mas a literatura não é
tudo. Adora música — diz já ter
tido sua época de Debussy — e
artes plásticas. Cita o ceramista
Francisco Brennand.
Quando vocês fizerem
uma matéria com ele, quero ir
junto.
No estúdio, sente-se a falta
de mão cuidadosa que arrume
suas coisas, espalhadas de qual-
quer modo pelo apartamento.
Num dos cantos, misturam-se
troféus e alegorias.. No quarto
que serve de local de trabalho,
misturam-se sobre a prancheta
("Por favor, não fotografe aí...")
figurinos, esboços, tintas, algo-
dão. Há papéis pelo chão. Toda
a parafernália de um artista em
pleno trabalho. Na sala, um
conjunto de sofá e mesa de cen-
tro em frente ao aparelho de
televisão. Papéis e jornais em
cima da mesa. Ao lado, uma
geladeira vermelha, a cristalei-
ra antiga e o guarda-louça. Ali
Joãozinho guarda seus vinhos
brancos (Don Luís, os alemães
Zeller Schnwarze Katz). Ele
confessa:
Sou vidrado em vinhos.
Mas o que ele oferece é um
licor de Friburgo, .guardado na
geladeira. Conta que foi na Eu-
ropa que aprendeu a apreciar a
boa comida e o bom vinho. Ado-
ra Paris ("Falo e leio em francês
como falo e leio o português, e
se não precisar falar em inglês
eu prefiro..."). Uma de suas pai-
xões européias é Luxemburgo:
Um lugar maravilhoso. Fui
lá no outono, descobri o roman-
tismo e toda a plenitude do ou-
tono.
Enquanto saboreia o licor,
explica seu trabalho atual, além
do dedicado às crianças. Pri-
meiro, há a montagem do en-
saio da Beija-Flor a partir de
hoje, quando a escola estará su-
bindo & morro da Urca para os
preparativos ate o carnaval. Há
também a festa de reveillon
que ele organizará no mesmo
local, contratado por Nelson
Motta.
Este reveillon vai ficar na
história. O tema será Os Jardins
Suspensos de Iemanjá. A deco-
ração aproveitará alguns ele-
mentos naturais. Nela seráo
misturados coxins, almofadões
e redes, à guisa de barco de
Iemanjá. A cidade, com todo o
seu visual, participará ativa-
mente. Serão 1 mil 500 convida-
dos. Quer dizer, uma festa para
privilegiados.
Outra preocupação de João-
zinho é a noticia que foi divulga-
da afirmando que ele faria o
foto ó« Cristino Paronoguò
cia ao folclore, a escola de sam-
ba é uma realização".
E como estamos perto de
mais um carnaval, a movimen-
tação de Nilópolis já é grande,
I com o barracão em atividades.
^.y 4;,m
111k >"^^^HlWLdBL A. Já se fala na escolha do samba-
enredo entre os compositores
!*''-*' ?,«* - -
^^^^*» :..j| Neguinho da Beija-Flor, Catoni
(ex-Portela) e Dicró, este da
Baixada Fluminense. Escolha
difícil, mas a voz do povo garan-
¦ 11 IP**3S PS^lÉpii te que está "mais pro Negui-
nho". O enredo, como sempre, é
de Joào Jorge Trinta: As Sete
Maravilhas do Mundo. Certa-
mente gerará mais uma polêmi-
Hü flfl , VjIJI
I»%^.é\smWm ca sob a alegação de que náo é
um tema nacional. Mas o carna-
HHH,.; -.mM
wmm. mT^m mW valesco já tem pronta sua defe-
WW t 5oH sa, citando Shakespeare: "O ge-
neral vè o mundo como uma
guerra".
— Vejo as coisas pela lente
do carnaval e, se você quer elo-
WmXrl Wy^BP^mamammmW^B^^ giar o carnaval, nada mais justo
do que chamá-lo de oitava ma-
ravilha do mundo. Mas, para
falar na oitava, tenho que falar
beceira, Tagore, Rilke e nas outras sete — os degraus
Huxley. Na opinião de al- para chegar à apoteose do car-
guns amigos, é também naval. E se o pessoal do Jardim
um filósofo: "A escola de Botânico, que fala das raízes, da
samba é o teatro, a ópera fauna e da flora, não perceber
que este é o tema mais próximo
que não se conseguiu pas- das raízes do carnaval brasilei-
sar ao povo". Mas, às vés- ro, não entende nada. O que
peras de completar 40 existe mais próximo do carna-
anos (ou 45?), o lado de
^ mkp-:,'4-.
if _v- ......
. YK1IH :vl vai brasileiro do que as fanta-
sias de pirata, de grego e até
que ele mais se orgulha é o Ik y_m mesmo do índio pele-vermelha?
do consciente e ativo agiu- HééI_ÉÉÉèí%£_:::': ¦ ¦ ' sssjgm HL. -¦¦ ifiiii„ - Wmmmm^teymmWmw
Que roupa é brasileira? Até a
tinador social, tão interes-
sado nas crianças pobres
Imià^m_n.%:' W '<wÈm¦r#1 *s^0m' a| rainha do Maracatu é uma da-
ma francesa. Eu estou voltando
do subúrbio (cuja alegria às raízes.
às vezes parece confinada Desde os tempos do Salguei-
aos limites da Creche Ca- ro, Joãozinho, Laíla e Viriato
sulo I, de Nilópolis, ou do BS KJy m m; . .;:'._:..' ¦ ¦¦¦ WL
Ferreira eram conhecidos e tra-
Patronato São Vicente, iM balhavam juntos. Juntos foram
para a Beija-Flor, de onde saiu
em Nova Iguaçu), tão inte- ¦'¦' ** fl
\<AWm aW mWÊ BPv
AW
g^.mmWaW^W
¦ ^Mi m
s mm vP ÉBPM primeiro Viriato, levado para a
ressado, enfim, nessas ÜS ^M
crianças quanto na glória ¦r-& #„, 'jmw:
IF
¦¦ Jík,'
WÊaaaU
Bl^i^à^i Portela por Cr$ 400 mil, há dois
carnavais. Hoje, junto com Ar-
.'.''mw' *.Mi lindo Rodrigues — com quem
de ser outra vez campeão ¦ HB V ESSÉi^r^lHMi^&KÉ^fl
Joãozinho começou —- é um de
do carnaval. seus maiores concorrentes. Da
saída de Laíla, que vai fazer o
carnaval da Unidos da Tijuca,
(agora no primeiro grupo) e um
carnaval do Bloco Baba de tesanato no qual serào ensina- Formado pelo Teatro Muni- dos melhores diretores de har-
Quiabo, do Leblon. dos vários ofícios. Joãozinho Baile, foi
cipal, de cujo Corpo de"com monia, Joãozinho disse que "a
Gostaria de explicar que Trinta fala desses projetos com bailarino, cenógrafo óti- falta de um faz com que o outro
realmente fui procurado pelo entusiasmo, os olhos brilhando mas montagens de ópera", se- fique mais forte. Faz falta, mas
pessoal da Funabem para aju- no rosto liso, enquanto as máos gundo Fernando Pamplona, ele nâo é primordial".
dar o bloco, que pertence à Cru- gesticulam nervosamente. tem, entre seus sonhos, a mon- Do alto de sua cobertura no
zada de São Sebastião. Parece A creche traz despreocu- tagem de um bale baseado num Catete, Viriato afirma: — Não
que os integrantes do bloco nâo pação para as mães. Graças a enredo do Salgueiro, o Rei de tenho a menor mágoa da Beija-
sào muito bem aceitos pela co- ela, as crianças são retiradas da França na Ilha da Assombra- Flor e de Joãozinho Trinta, pois
munidade do Leblon. Não cos- marginalidade. Esse é um as- ção. Pamplona diz que Joãozi- nunca tivemos nenhum atrito,
tumo atender a esse tipo de pecto que precisa ser realçado. nho tem um grande conheci- apesar de hoje em dia não nos
mento das lendas do Maranhão,
pedido, pois todos os anos cen- Náo quero reportagem comigo. falarmos, não sei por quê. Nào
tenas de blocos me pedem para Façam com as crianças, dêem a instruído por uma preta velha, tenho nada contra as pessoas
ajudá-los e eu não tenho a me- conhecer esse trabalho, que pre- talvez da Casa das Minas. Mas de lá, mas no Beija-Flor nunca
nor condição de atendê-los. cisa de ajuda. Estamos adqui- Joãozinho náo gosta de falar passaria de um figurinista, não
Mas, tratando-se de um sentido rindo experiência. Temos con- nisso. teria oportunidade de fazer na-
social, fui lá e dei uma orienta- vènio com a LBA, mas vivemos Só concorda em lembrar São da, além dos figurinos e sempre
ção ao pessoal do bloco. Con- em grande dificuldade. Há falta Luís, e a contragosto, quando se tive vontade de fazer um car-
versei com eles, apenas. Eles é de material humano para lidar refere à grande tradição de cul- naval.
que vão fazer seu próprio carna- com as crianças. E tem gente tura na cidade:
Esperei a escola estar numa
vai. Além disso, gosto de desen- que vive e lucra com isso. Mas — Apesar de nossa família muito boa para poder sair e com
volver a potencialidade das pes- não me assusto. Sei que tere-
ser pobre, a coisa mais impor- o tricampeonato me senti libe-
soas. mos ajuda. tante era o estudo. Era uma rado para ir para a Portela, a
Joãozinho vè o bloco como
Inteiramente envolvido coisa visceral, como comer. Até convite do seu Carlinhos (Mara-
elemento aglutinador de uma quando fala das crianças, João- nas camadas mais pobres. E a cana) e do Nézio. Mas depois
comunidade. Aliás, "elemento zinho tem, também, a minha irmã mais velha, Eleuzi-
"comunidade", pretensão que as pessoas provocaram
aglutinador", nha, pessoa muito inteligente,
"açáo comunitária" são expres- de levar esse movimento às
ruas, conscientizando a popula- me orientou nas estantes de li-
uma briga que nunca existiu ele
nâo falou mais comigo e na rea-
soes comuns na linguagem de çáo de Nilópolis: vro com toda a cultura. Ler, prá Udade nunca tive a menor ne-
Joãozinho, homem muito preo-
Quando não se tem condi- gente, é um negócio fascinante. cessidade de falar mal dele e
cupado com o futuro, com pia- assumir um Os Lusíadas eu li com ela me aprecio muitíssimo o seu traba-
ções, pode-se
nos e vida esquematizados a as coisas, saindo de nossapouco explicando cada frase. Era tudo lho. Ele me ensinou muito. Não
posi-
longo prazo. O aspecto social de cômoda e paternalista de anotado, me dando sujeito, ob- tenho mania de me achar o
seu trabalho é ção
justificado por esperar pela Prefeitura e pelo jeto direto. Era gostoso, ficava maior, porque sei que outros
sua própria infância pobre. Governo resolvermos os fascinado. Um dos lugares mais váo aparecer.
Quem nasce em berço de problemas.para lindos, para mim, era a bibliote-
As pessoas moram Ao final de um dia de traba-
ouro, quem é herdeiro, náo pode em casa, têm quintal e não ca, ha até gibi. E o espírito de lho no barracão e preocupado
compreender esses problemas. plantam um tomate, um feijão. Sáo Luís. Hoje lamento não ter com a reuniáo que aconteceria
tempo prá ler. O movimento da
É o caso do Brasil: nascemos - Me lembro dos sobradões de à noite, sobre o ensaio da Beija-
em berço esplêndido e conti- São Luís. Havia neles uns toma- escola é alucinante, de emendar
Flor no Morro da Urca, Joàozi-
nuamos nele. tes maravilhosos. Temos de o dia com a noite. nho Trinta ainda teve tempo de
Joãozinho vê o carnaval co- transformar esse contato com a mostrar o seu segundo trabalho
mo a mais forte de todas as terra em atividade de amor. ligado às crianças, que é o Pa-
manifestações de arte popular. Seria a revolução da alegria? preocupação com a tronato Sáo Vicente, de Nova
Em sua opiniáo, uma manifes- Joãozinho responde: cultura está voltada Iguaçu. Instalado em um casa-
também para a escola ráo da Praça Santos Dumont, é
taçáo que deve ser ampliada de Todo meu pensamento é
modo a ramificar-se em uma de que a vida seja uma festa que de samba, que tem ne- recebido como o tio, da mesma
A le, hoje, um dos seus
série de outros eventos. vá eclodir no carnaval. A revo- maneira que na creche Casulo 1,
grandes teóricos. pois as crianças pulam no seu
lução da alegria é tão simples: — A escola de samba foi a
ter a alegria de curtir a cidade, pescoço e reclamam a sua pre-
crianças realmente evolução daquela alegria que salvação do carnaval. Deixa- sença. Ao lado dos fundadores,
ocupam parte impor- existe no carnaval, tão difícil ram morrer os ranchos, as gran- Dona Gilda e Dona Aurélia, e
tante na vida de João- em termos de produção. Se se des sociedades, o aspecto visual um dos seus responsáveis, o em-
zinho Trinta. Por en- consegue no carnaval, por que que elas tinham. Eu teria detur- presário Wieslaien Duarte Pe-
AS
quanto, em convênio não no resto do ano ? Temos pado o carnaval se, em Salva- reira, ele mostra, cheio de orgu-
com a LBA, a Beija Flor man- que canaüzar este potencial pa- dor, por exemplo, pusesse as lho, as espaçosas instalações,
tém apenas o Casulo 1, creche ra todos os dias. O que falta é pessoas sentadas. No Rio, não, simples e limpas. Assim que
para 60 crianças, de dois a seis uma tomada de posição, de filo- já existiam as pessoas que desfí- acabar o carnaval, ele cuidará
anos, instalada numa pequena sofia. Como sou partidário de lavam e as que assistiam. As pessoalmente do play-ground
coisas boas se fundiram, mas
casa no centro de Nilópolis. É "não faça a guerra, faça o não se perderam. Existiam três
levando pneus para servir de
uma creche pobre, com apenas amor", não é pedir muito. O balanço e caixotes para a cria-
coisas básicas no carnaval: o
um escorrega, mas as crianças brasileiro tem um grande lastro ção de módulos. E pede a divul-
rancho, as grandes sociedades e gação da campanha para o Na-
estão limpas e bem alimenta- de alegria e. mesmo na enxurra-
das. As màes podem ficar sosse- da de 66, quando estava fazendo
as escolas de samba, fía dinâmi- tal — a campanha do padrinho
ca natural da vida, os pais se — pedindo que as pessoas ado-
gadas, das 7 da manhã às 6 da o carnaval do Salgueiro, as pes-
fundiram nos filhos: são duas tem uma criança, levando-a pa-
tarde, tempo em que elas ficam soas ainda brincavam. A pró- coisas lindas fundidas na tercei- ra passar o Natal em sua casa.
assistidas por uma supervisora. pria fila do feijão é um exemplo,
ra. Carnaval, prá mim, é sagra- — Não necessitamos da cari-
Assim que a sede nova da Beija pois muitas pessoas entram ne- do, porque tem apoio logístico
Flor for construída (num terre- Ia para participar, conversar. O dade de pessoas que mandam
das triangulações, da Santíssi- sapatos furados ou roupas ras-
no chamado de Santa Rita, povo está sedento de participa- ma Trindade até."
quadra descoberta onde se rea- çào, quer acontecer, mas nâo gadas ou que compram suas
lizam os ensaios das quintas- sabe como, porque é um povo Bastante empolgado quando consciências levando um mon-
feiras), a creche terá capacidade jovem. Está faltando exatamen- toca neste assunto, afirma ain- tão de doces no dia de Cosme è
para 300 crianças. Na sede ve- te a canalização desta potência- da que "num país onde não se Damião. Precisamos de um tra-
lha, na Rua Pracinha Wallace lidade que náo é alienante. pois desenvolve teatro, onde náo balho constante mas, infeliz-
Paes Leme, perto de sua casa, não é circo, nem é manipulação. existe um movimento artístico mente, no Brasil as pessoas não
será montado um centro de ar- É conscientização. e náo se dá a menor importán- mastigam, engolem.

OS ÍNDIOS APINAJÉS E A COMPLICADA
DIVISÃO DAS TERRAS DE SÃO JOSÉ ¦r yyyy y>
y DUAS CARTAS
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Eis a aldeia São José, dos apinajés
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^m II^uS*"^-* \ -/ MARANHAo \
MARABÁ •r^rjÉ=5^AGUATINS^?__-. „
^ A ¦¦——IMPERATRIZ
lV^^
*W^L
S. GERALD0%/•
// ^\ftü*\^/f$iJ
A localização da área que ameaça dividir ainda
mais os índios e os fazendeiros
Norma Couri
amigos nindò-pó e krânga-
brth há multo sabiam dos
problemas do CaDitâo Gros-
sinho, chefe índio há quase 20
anos da aldeia de São José.
OS Porque, embora sejam ku-
pen (estrangeiros), Já viveram entre eles e
escreveram teses, livros, multo sobre os
ou Aplnajé. Nind&-pó (nome de
Kanim
erói indígena) e kránga-brêh (cabeça ver-
melha),sáo igualmente antropólogos que
entre òs civilizados (conceito assimilado
pelo próprio Capitão Orosslnho) sáo mais
conhecidos como José Reginaldo Gonçal-
ves e Roberto da Matta.
Problema é o Pai Grande (pode ser
Deus ou o Presidente, do Brasil ou da
Funai) que talvez nem chegue a ler a carta
do Capitão, ainda não localizada nos "di-
versos departamentos do órgão".
Problema, ainda, é o criado quando
decidiu dividir o terreno (terra) histórica-
mente pertencente aos apinajés. Isto é,
desde que a Funai nomeou em 1975 uma
Comissão para cuidar da divisão.
As reuniões dessa Comissão conta-
vam com o chefe do posto, políticos locais,
o bispo, o prefeito e nenhum representante
apinâjé — dlçem José Reginaldo e Roberto
da Matta.
E assim, das propostas de demarcação
— a dos Índios e de Roberto da Matta—foi
considerada Inaceitável pela comissão, a
dos fazendeiros Inaceitáveis pelos índios—
vingou a da Funai, conciliatória, mas nem
tanto.
Os Índios não se conformaram. Nào que
sejam preguiçosos ou ignorantes, como
corre a lenda ou consta em alguns livros de
História. Capitáo Grossinho, 50 e poucos
anos, é dos índios mais Inteligentes que o
antropólogo da Matta já conheceu.
E aquele índio que todo antropólogo
quer encontrar, o Indivíduo que pensa na
sua sociedade, que usa seu poder com o
exemplo, a palavra, a exortação.
Se é preciso roçar a aldeia, Capitáo
Grossinho é o primeiro a pegar o facão. Se
há riqueza, Capitão Grossinho é o primeiro
a passá-la adiante.
É o filósofo que ensina aos antropólogos
a língua e os costumes Apinâjé, além de
generosidade e paciência.
Nunca o vi expressar um gesto de
revolta diante da insensibilidade dos poli-
ticos brasileiros em relação ao problema
Indígena, diz da Matta.
Mas os apinajés foram diminuindo —
eram 4 mil 200 por volta de 1823 — as
aldeias acabando — as de Santo Antônio,
Cocai, Bom Jardim, Gato Preto, Boticá
foram exterminadas, sobraram as de Sáo
José e Mariazinha (já demarcada) — as
terras encolhendo. Aos apinajés, que habi-
tavam todo o extremo Norte goiano, do
Araguaia ao Tocantins, quando os primei-
ros visitantes lá chegaram (há documentos
datados de 1774), só coube hoje um pedaço
de terra árida à direita da Transamazó-
nica.
Do tronco lingüístico Macro — Jè, um
dos subgrupos Tlmbira (Inclui Canelas,
Gaviões, Krikaty, Krahó, Kayapó), os apl-
najés sobreviveram, mas ainda não conse-
"civilizado"
guiram provar ao que, quando
Byyyy-
'MM
yyy
yyByry
¦¦¦ ¦¦¦.... -,*,
K!»: ¦' yyAAA"y.'y
>y^ \
SANTALUZIA
\
\\
'i^Or~"T()CANTINÍIP0LIS
^//f^*^
^^^
I (É sabido que lá em Tocantlnópolls
este chegou à região, já encontrou os ln-
dios. Nem conseguiram fazer vigorar a
sugestão do viajante Thomas de Souza
Villa"índios
Real em relação aos Pinaré ou Pina-
gé trabalhadores e fortes" de que
com eles se fizesse paz "pois estes pode-
riam abastecer as expedições".
E a paciência também ficou reduzida na
proporção da redução das terras onde as
casas de folha de babaçu e pau, forradas de
esteiras cada vez encontravam menos es-
paço. E onde a caça de veado, paca, cotia,
tatu se tornava mais dificil.
Terra par>. os apintjés é fundamen-
tal, por causa da caça, fonte de proteínas ,
— dizem os antropólogos José Reginaldo e
Roberto da Matta. A terra está integrada
ao seu sistema de relações sociais, é como
a caneta para o intelectual, como a enxada
para o camponês. Numa sociedade tribal,
terra náo é bem transacionada no merca-
do. Faz parte do sistema mitológico. É
sagrada".
, É na terra que o sol e a lua criaram os
homens, onde a mulher estrela desceu
para ensinar agricultura, onde o primeiro
homem aprendeu a arte de curar através
de urubus que o levaram para o ceú e o
trouxeram ("os apinajés mostram o
local").
A terra náo existe separada das pes-
soas, náo é um lote em Ipanema, é o
próprio grupo.
A área ocupada pelos apinajés, náo
demarcada, estimula a invasão de campo-
neses, fazendeiros. E a disputa pelo pedaço
mais fértil (à esquerda da Transamazônl-
ca) os empurrou para a área de cerrado,
arenosa, árida, abaixo do Ribeirão Gran-
de, que com sua Instrumentação rudlmen-
tar o índio nâo pode cultivar, nem conse-
gue produzir.
A composição do GETAT (Grupo
Executivo das Terras do Araguaia-
Tocantins) náo inclui representantes inte-
ressadas realmente na questáo da reforma.
E toda sua concepção é de cima para
baixo, diz José Reginaldo Gonçalves. "As-
sim, a reforma é sempre feita às custas do
grupo tribal."
Os antropólogos definem a questáo
mais ou menos assim: os camponeses es-
táo sem terra, os índios estáo perdendo a
terra; se se equaciona o problema do cam-
ponês, também se equaciona o do índio.
Mas há multo já denunciaram a técnica
dos fazendeiros de encher a fazenda de
posseiros e entáo declarar: "Viu só quanto
posseiro? Por que dar terra para os índios
se há tanto posseiro?" E assim tiram o
índio da história porque do posseiro é
sempre mais fácil se livrar.
Estava na regiáo dos apinajés quan-
do o plano do GETAT foi elaborado, no
Início do ano, e lá as pessoas ignoravam
solenemente essa discussão ou tudo o que
se passava em torno da reforma agrária —
diz José Reginaldo. "Não sabiam o que se
passava e provavelmente hoje devem con-
tinuar sem o saber. Só quem sabe é Brasi-
lia. E os grandes fazendeiros."
Este é o equívoco: achar que os planos
elaborados na cidade váo funcionar no
vazio.
E aí entra o problema da mediação —
diz Roberto da Matta. "Quem a faz? Quem
faz a mediação entre o nível regional e
nacional? Brasilia é uma coisa, Tocantinó-
polis é outra, muito diferente. A ilusão
CADERNO B D JORNAL DO BRASIL O Rio de Janeiro, segunda-feira, 10 de novembro de 1980 ? PÁGINA 5
O QUE OS ÍNDIOS
APINAJÉS „RS„^m DE CAPITÃO
QUEREM GROSSINHO
¦mmm:yy.m
¦ ¦
BABAAmyyyym Aldeia Sâo José, 2IWS0
¦ NINDÔ-PÔ
Amigo Reginaldo, aqui vai tudo em
Ilha Pombê! - jl J
paz e com saúde. Nós não estamos mui-
:.:IP;:-., y Sy^y ¦ \ to alegre aqui só porque o nosso terreno
nunca foi demarcado. Aqui nós estamos
botando duro para que o nosso terreno
seja demarcado do jeito que queremos e
''ImwTTiT^-. por onde nós falamos. Aqui a nossa
preocupação mais forte é só o terreno,
/I ÍVv\ nós aqui nós queremos que a demarca-
ção sai logo para nós não ficar mais
isitiados) pelos civilizados.
Eles estão invadindo por tudo, en-
trando sem pedir nós. Muita gente quer
entrar por tudo, quer entrar 7ia força.
tósírff Uh \mM te** Por causa disso nós duro nós nào quere-
Jn\ \\\\\ W \\\$rySr faí\ mos abrir as máos para que eles não
entrem para cercar o terreno para de-
pois ficar falando que comprou o terre-
no mas não comprou. Por causa disso
nós nào queremos que entre ninguém no
terreno.
Aqui está para sair a briga por cau-
II 1 1 I 11111 cinl 1 \r \K f?\ sa do terreno, eles estão duro e nós
estamos botando duro. Tá para morrer
gente, aqui tá civilizado o indio.
Se a FUNAI nâo demarcar o terreno
logo aqui vai dar pau e vai morrer
gente.
A FUNAI nào está colaborando co-
nosco. Ela está colaborando conosco
LIS mas nâo quer demarcar o terreno do
XM II RIBEIRAOZINHO Af jeito que nós queremos que eles demar-
brasileira é achar que a lei muda a realida- /
cam para nosco ficar dentro do que é
de, mas as leis sáo feitas aos montes e a
realidade continua lá, como está. Assim,
os mediadores sáo os donos dos índios."
x ™é
I \ ALT0 FORMOSOI''>'"/ Tf nosso.
Agora nâo sei quando vai ser demar-
cado o terreno aqui.
Os antropólogos dào um aparte:
Somente isto sobre o terreno.
Aqui nós náo falamos em nome dos
índios. Nós traduzimos o que eles dizem,
usamos o jornal, por exemplo, ou uma
reportagem que pode ou náo ser publica-
\w^y;( Assina Capitáo Grossinho e Augus-
tinho.
da. Tentamos traduzir seu pensamento,
somos os cavalos dos Aplnajé. Mas nào
somos seus donos. Eles sáo capazes, e
muito, de se organizar, de se articular. Náo
m È hwm
tèm é voz. Nós somos seu microfone. Aliás, A PROPOSTA
4
ê esse o papel do antropólogo.
E onde flca, entáo, o papel do encarre-
gado da Funai, em contato constante com
DOS BARREIRO i
os Aplnajé? FAZENDEIROS 1 ¦Am yi s^*> mm
^ra
Flca num papel mal definido, sem \
critério ou ética, entre a sociedade e o
grupo tribal. Numa relação de ambigülda-
de com os regionais, ficam abandonados à
patronagem. Multas vezes sáo clientes dos
fazendeiros, dependem deles para conse-
guir médicos para seus filhos, transporte.
llht Pombal. fjA
to" está com tudo, "só
quem
fica do lado dos fazendeiros "ou for esper-
náo dá certo se se
mete com os índios). A expectativa é de
que um branco fique naturalmente do lado
dos brancos. Para o antropólogo é fácil
ficar com os índios, ele está numa posição
confortável, vai e volta. Os encarregados
dá Funai ficam, têm filhos, moram lá. E
assim, quando a corrente arrebenta, é sem-
pre do lado do mais fraco, ou seja, do índio. ¦;§¦
E flca a denúncia de que a Funai "é
ainda a tutela do índio, e enquanto náo
mudar sua aspiração de tutelar para a de
representar a situação vai continuar feia
como está ou pior.
Porque o negociador do índio é liga-
do à Funai, que por sua vez é ligado ao
Ministério, que é desenvolvimentista e
quer terra para outros fins. E a coisa se
resume num conflito de Instituição — IN-
Capitão Grossinho,
CRA, Banco do Brasil, Funai etc. — dei-
xando ao índio a chance de sobreviver o chefe índio apinajé
através das brechas que a sociedade ofere-
ce. Ou seja, as contradições entre as mui-
tas agências de contato (Igreja, Estado). Aldeia Sáo José, 2110180
Ou de sobreviver através de seus pró- KRÁNGA-BRÊH
prios conflitos e de seu próprio extermínio.
Por exemplo, foi por causa de um massa- Amigo Roberto eu te pesso um favor
ere dos índios Krahó, na década de 40, / / para vocês porque eu quero ir ao Rio de
organizado pelos fazendeiros locais, que o TOCANTIji*5PP LIS Janeiro para falar com o Pai Grande.
Govemo de Goiás resolveu dar terras a ribeirAozinho ms'"'"T Se vê que vocês pode, me ajudar
essa tribo, mais ao Sul da região de Pedro para eu ir para lá.
sao josé y;'yf Se vê que nào pode mande a respos-
Afonso.
Essa a trajetória dos grupos oprimi- ALTO FORMOSO! / ta imediato.
Eu quero ir para saber como é que
dos, como os índios, os operários, os cam-
poneses, que eventualmente sáo Jogados ALEGRA ^rt fl vai ficar a demarcação do nosso terre-
uns contra os outros (como no caso das no. Se vai sair ou não vair sair.
terras entre índios e camponeses). A vio- Aqui nós já batemos no peão do
lência é o último elo da cadeia da explora- fazendeiro.
Nesse dia quase que nós ir brigar só
ção, quando abaixo desse grupo só se
encontram a floresta, que náo pode gritar, por causa disso. Nós estamos (...) para
e os animais, que não falam. São os índios, que o terreno saia logo.
parte da natureza, que ainda reagem, an- Somente isto sobre o terreno.
tes que a violência chegue a seu limite. O A SOLUÇÃO BARREIRO i Eu quero que vocês mande remédios
1
Índio que enfrenta todo tipo de preconcei- para nois. Por que aqui só as crianças
to na cidade, todo tipo de idealização DA estáo doentes, muita criança dando fe-
ecológica ou sexual, sendo ainda o Índio bre e gripe. Os velhos também tem mui-
da lata de biscoito Aymoré em muitos FUNAI to adulto também doente.
lugares. Somente isto, um forte abraço para
Os antropólogos, a quem a carta foi vocês do Capitão Grossinho e do Augus-
tinho Fernandes.
endereçada, vêem nela um apelo sério llhl Pornbêl-4/J: i
("suas crianças têm fome e estào doentes
porque náo têm proteína, proteína é caça,
caça é terra e a terra ainda nào foi demar-
cada. Se houver conflito, todo mundo sabe
por que").
E na Ciência Social existe uma capa-
FUNAI NAO
cidade mínima de prevlsào: em 1970 — diz
Roberto da Matta — eu alertei as pessoas ACHA CARTA
para o conflito, quando demarquei a terra
que os índios queriam ter, à esquerda da
Transamazônlca. Mas de nada adiantou. E CRIA OUTRA
Tanto um quanto outro antropólogo
têm conhecimento da região e vivência
entre os Aplnajé. Da Matta trabalha com a jtfffuy A Mg 1
COMISSÃO
— De Brasília, o
tribo desde 1962 e José Reginaldo morou
lá em 1978. Os dois relembram situações
assessor de Imprensa da
da época da criaçáo da comissão da Funai. Fundação Nacional do ín-
wo^f J^JJmariazinhmS \ dio, Silvio Raine, diz que o
Os próprios relatórios do Grupo de Tra- *íSrT * I yr WAJ1^ \ t\
balho, datados de 27 de abril de 1976, BRASÍLIA órgão ainda náo localizou a
confessam: carta enviada pelo Capitáo Grossinho:
"Ocupando uma área, rica ou não, os deve estar circulando entre os diversos
Aplnajé, do ponto-de-vista da sociedade departamentos.
nacional, são um obstáculo, tanto à produ- Da mesma forma, o Departamento
Geral de Operações e o Departamento
çào de babaçu com fins lucrativos, como à
expansão da pecuária, pois os índios, ape- Geral de Projetos Comunitários náo de-
sar de o território ocupado por eles estar ram nenhum parecer sobre a proposta
quase todo invadido, ainda insistem em do Capitáo Grossinho.
mostrar resistência a esta situação." Quanto a área pleiteada pelos
O relatório ainda fala das dificuldades apinajés, a Funai informa que outra
¦^^N, TOCANTINÓKJLIS Comissão será constituída pelo Coronel
apresentadas no simples trabalho de me-
AV /
diçào daquelas áreas e dos problemas cria-
dos a partir da própria presença da comis-
, ' , • 7,W W/
\ \\RIBEIRAOZINHO
SAO JOSE
Cláudio Pagano — diretor do Departa-
mento Geral do Patrimônio Indígena —
sào naquele municipio conflitado: para inspecionar uma vez mais a aldeia
E ao aprovar uma demarcação que bem \IT I ALTO FORMOSOJ j
I Sâo José e ver a real dimensão das
sabiam nào ser aquela pretendida pêlos terras. Mas, segundo assessores da dire-
índios apinajés, esperavam "com a ajuda ALEGRIA ^* ^s*r(
I çáo da Funai, evita-se comentar a am-
de Deus, ter cumprido com o nosso dever", pliaçáo de áreas indígenas. A razáo,
mas quatro anos depois a carta de Capitão
Grossinho ("aqui está para sair briga, tá
para morrer gente, aqui tá civilizado o
^^
$§Fjjr nha do d*»*o r-J j J
m dada por eles, é impedir repetição de
massacres como os que ocorreram no
Xingu e no Gorotire (Pará) e, também,
indio") revelava nâo ter a comissào alcan- para que os índios náo f.quem frustra-
çado o seu fim. dos diante de promessas.
 PÁGINA 6 D CADERNO B D JORNAL DO BRASIL n
ESTRÉIAS
DA SEMANA
•••••
0 IMPÉRIO DOS SENTIDOS (Ai No Corrida),
de Nagisa Oshima. Com Eiko Katsuda e
Tatsuya Fuji. Vitória (Rua Senador Vergueiro,
45 — 220-1783); de 2a a 6o, òs 10h,
12h20m, 14h40m, 17h, 19h20m, 21h40m.
Sábado e domingo, a partir das 12h20m.
Copacabana (Av. Copacabana, 801 — 255-
0953): lOh, 12h20m, 14h40m, 17h,
19h20m, 2!h40m. Sextas e sábados, sessões
à meia-noite. (18 anos). O filme se baseia
numa história real ocorrida em 1936 no
Japão e descreve a paixão física entre uma
jovem Sada (Eiko Katsuda), e seu amante
Kichiso (Tatsuya Fuji). Somente os lugares
mudam, de acordo com o percurso sem
descanso para os dois amantes. Existem 20
diferentes cenários, 20 quartos, lugares fe-
chados como uma arena consagrada ao rito
da morte aceita e reinvidicado pelos perso-
nagens. Segundo Oshima,
"Sada
e Kichiso
são sobreviventes da tradição sexual que
desapareceu e que para mim é admirável-
mente japonesa". Esta tradição desapareceu
com a modernização, copiada do modelo
ocidental. Produção japonesa. Grande Prê-
mio do Festival de Chicago de 1976.
•••••
O IMPÉRIO DA PAIXÃO (Ai no Borei), de
Nagisa Oshima. Com Kasuko Yoshiyuiki,
Tatsuya Fuji, Takahiro Tamura, Akiko Koya-
ma, Takuso Kawatani e Taiji Tonoyama.
Meier (Av. Amaro Cavalcanti, 105 — 229-
1222): 15h, 17h, 19h, 21 h (18 anos). Drama
japonês. A trágica história de amor, ocorrida
no final do século passado numa pequena
aldeia japonesa. Um soldado conquista a
jovem esposa de um velho condutor de
jinriquixá. Matam o marido e jogam-no num
poço da sua casa. Os anos passam, o crime
não é descoberto, mas o fantasma do marido
volta para reconquistar a esposa. Reapresen-
tação.
••••
FAMA (Fame), de Alan Parker. Com Eddie
Barth, Irene Cara, Lee Curreri, Laura Dena,
Antonia Franceschi e Boyd Gaines. Veneza
(Av. Pasteur, 184
— 295-8349), Comodoro
— 264-2025):
(Rua Haddock Lobo, 145
13h30m, lóhIOm, 18h50m, 21h30m. No
Veneza a cópia é em 70 mm com som
estereofónico. (14 anos). Numa Escola Dra-
mática, estão sendo preparados os alunos
que pretendem seguir a carreira no show-
business: Montgomery, jovem vulnerável
que quer ser ator; Doris, uma protegida moça
judia do Brooklin, dominada pela mãe;
Ralph, um cômico de Porto Rico que sonha
em seguir os passos de seu ídolo, Freddie
Prinze; Coco, uma jovem negra, cuja voz de
ouro combina com seu forte caráter; Leroy,
um negro pobre e politizado;. Lisa, uma
insegura tagarela com aspirações a bailari-
na e Bruno, tímido filho de italianos. Produ-
ção americana.
••••
PIXOTE — A LEI DO MAIS FRACO (Brasilei-
ro), de Hector Babenco. Com Marília Pera,
Jardel Filho, Rubens de Falco, Beatriz Segall,
Elke Maravilha, Tony Tornado, Fernando Ra-
mos da Silva, Jorge Julião, Gilberto Moura e
Edilson Lino. Bruni-lpanema (Rua Visconde
de Piraja, 371 — 287-9994): 13hl5m,
15h30m, 17h45m, 20h, 22hl5m. Roxy (Av.
Copacabana, 945 — 230-6245): 14h,
16h30m, 19h, 21h30m, Palácio-1 (Rua do
Passeio, 38 — 240-6541), Tijuca (Rua Conde
de Bonfim, 422 — 288-4999), Madureira-1
— 390-2338):
(Rua Dagmar da Fonseca, 54
13h30m, lóh, 18h30m, 21 h. (18 anos).
Baseado no romance Infância dos Mortos, de •
José Louzeiro. Um grupo de menores é
recolhido a um reformatório de São Paulo:
Dito, Lllica, Chico, Fumaça e Pixote. Os dois
últimos descobrem num porão um policial
interrogando alguns garotos a respeito da
morte de um desembargador. Num clima de
terror e violência constantes, a fuga se torna-
rá uma obsessão. Nas ruas, na luta pela
sobrevivência, Pixote e seus comparsas for-
mam uma espécie de família, mantendo-se
de pequenos assaltos.
*••*
CÉU E INFERNO (Tengoku lo Jigoku), de
Akira Kurosawa; Com Toshiro Mifune, Tat-
suia Nakadai, Kyoko Kagawa, Tatsuia Mi-
chachi e Kenjiro Ishiiama. Ricamar (Av. Co-
— 237-9932): 15h, 18h, 21 h
pacabana, 360
(18 anos). Produção japonesa em preto e
branco. Um industrial de uma firma de
calçados, resistindo a uma proposta de cor-
rupção, recebe a notícia de que seu filho foi
raptado como vingança. Mas os raptores, por
equívoco, seqüestram o filho do empregado
de confiança do industrial e este assume os
gostos do resgate ficando arruinado. A poli-
cia entra em açáo e consegue localizar e
prender o raptor, um pobre habitante de
uma favela das redondezas de Tóquio. Rea-
presentação.
••••
O SHOW DEVE CONTINUAR (Ali That Jazz),
de Bob Fosse. Com Roy Scheider, Jossica
Lange, Ann Reinking, Leland Palmer, Cliff
Gorman, Ben Vereen, Erzsebet Foldi e
Michael Tolan. Lido-2 (Praia do Flamengo,
72 _ 245-8904): 14h, 16h30m, 19h,
21h30m (16 anos). Joe Gideon é um famoso
diretor teatral e está montando mais um dos
seus shows no Broadway. O tema gira em
torno da morte mas, antes que ele possa
terminar o trabalho, sofre um ataque cardia-
co que o deixa hospitalizado. Durante a
cirurgia, ele coreógrafa a sua própria morte
numa alucinatória extravagância, deitado
num leito de hospital, cercado por dançari-
nas deslumbrantes. Oscar nas categorias de
melhor direção artística, de desenho de ves-
tuário, montagem e melhor trilha sonora.
Palma de Ouro no Festival de Cannes de
1980. Produção americana.
Musica
ORQUESTRA DE CÂMARA DO BRASIL —
Concerto sob a regência do maestro Nelson
de Macedo. Programa: Cantada 211, de
Bach (solistas Wanda Spinelli, Josué Martins
e Mario Tolla), Concerto em Ré Maior para
Violino e Orquestra de Bach (solista Ricardo
Cincinates), Concerto em Ré Maior para
Violão e Orquestra, de Vivaldi (solista: Joe-
quês Vinicius) e Divertimento, de Baiuth.
Sala Cecília Meireles, Lgo. ^'Lapo, 47.
Hoje, às 21 h. Ingressos a Cri 100.
CONCERTOS FUNARTE 80 - Recital de Ro-
berto de Regina (cravo) e Dalila de Almeida
(soprano). Programa: Pièces de Clavecin, de
Rio Je Janeiro, segunda-feira, 10 de noveml.ro de 1980
0 Império dos Sentidos
Teu Tua
Quando um Estranho Chama
Giselle
Uma Vida... Um Amor
Fama
••••
O AMIGO AMERICANO (The American
Friend), de Win Wenders. Com Dennis Hop-
per, Bruno Ganz, Lisa Kreuzer e Gerard
Blain. Participação especial de Nicholas Ray,
Samuel Fuller, Peter Lilienthal e Daniel
Schmidt, Art-Méier (Rua Silva Rabelo, 20 —
249-4544): 14h, 16h30m, 19h, 21h30m. (14
anos). Jonhatan Zimmermann é um homem
de 35 anos que sofre de uma doença incurá-
vel. Ele é artesão e vive com sua mulher e
uma filha em Hamburgo. Um dia é visitado
por um francês que lhe faz uma proposta:
assassinar um mafioso no interior do metrô.
Produção americana com participação dos
diretores Nicholas Ray e Samuel Fuller. Rta-
presentação.
••••
OS ANOS JK (Brasileiro), documentário de
longa-metragem de Silvio Tendler. Narração
de Othon Bastos. Lagoa Drive-ln (Av. Borges
de Medeiros, 1 426 — 274-7999): 20h,
22h30m (livre). O filme narra a história
política brasileira a partir de 1945 até os
dias recentes. Seu título nõo configura ne-
nhum partidarismo com o ex-Presidente Jus-
celino Kubitschek, que á alvo de uma visão
crítica. Do trabalho de pesquisa resultam
entrevistas com nomes expressivos da vida
política brasileira nos últimos 35 anos. Rm-
presentação.
•*••
UAAA MULHER DESCASADA (An Unmarried
Woman), de Paul Mazursky. Com Jill Clay- .
burgh, Alan Bates, Michael Murphy, Cliff
Gorman, Pat Qulnn e Kelly Bishop. Cinema-3
(Rua Conde de Bonfim, 229): 14h, 16h30m,
19h, 21h30m (18 anos). Abandonada pelo
marido após 17 anos de vida conjugai que
lhe parecia satisfatória, Erica Benton enfren-
ta um período de crise, não conseguindo
aceitar a realidade. A conselho de uma
analista, procura explorar o novo espaço
existencial aberto pela separação e descobre
o prazer de construir sua própria vida. Produ-
ção americana. Reapresentação.
•••
CERTAS PALAVRAS COM CHICO BUARQUE
(brasileiro), documentário de longa-
metragem de Maurício Beru. Com depoimen-
tos de Caetano Veloso, Maria Bethania,
Francis Hime, Vinícius de Moraes, Toquinho,
Cida Moreira, Miucha, Marieta Severo e
Sérgio Buarque de Hollanda. Lido-1 (Praia
do Flamengo, 72 — 245-8904), Caruso (Av.
N S° de Copacabana, 1 326 — 227-3544):
15h, 17hl0m, 19h20m, 21h30m (14 anos).
O cantor e compositor Chico Buarque conta a
sua história desde criança juntamente com
depoimentos de Vinícius de Moraes, Toqui-
"Caetano,
nho e entre outros. Vinte e duas
músicas do compositor compõem a trilha
sonora, de Pedro Pedreiro a Geny.
•••
ATÉ A ÚLTIMA GOTA (Brasileiro), documen-
tário de longa-metragem de Sérgio Rezende.
Narração de Hugo Carvana. Bruni-Tijuca
(Rua Conde de Bonfim, 379 — 268-2325):
15h30m, 17h, 18h30m, 20h, 21h30m (16
anos). A partir de um fato real (a morte de
Jucenil, que estava desempregado e vinha
vendendo seu sangue para levar comida
para casa), o filme apresenta uma entrevista
com a mulher da vítima e um relato histórico
sobre a mercantilizaçáo de sangue que re-
monta à Segunda Guerra Mundial. Cenas da
Baixada Fluminense são intercaladas com
imagens da Nicarágua, Argentina e Haiti —
a rota percorrida por um sangue que, tirado
do subdesenvolvimento, será matéria-prima
dé'uma lucrativa atividade multinacional: a
indústria farmacêutica. Prêmio Especial do
Festival Internacional de Manheim (Alemã-
nha) de 1980.
•••
LENNY (Lenny), de Bob Fosse. Com Dustin
Hoffman, Valerie Perrine, Jan Miner, Stanley
Beek e Gary Morton. Jóia (Av. Copacabana,
680 — 237-4714): 14h30m, 16h50m,
19h 1 Om, 21 h30m. (18 anos). Produção ame-
ricano. História baseada na vida de Lenny
Bruce (Dustin Hoffman), comediante de pia-
das picantes e satíricas conhecido nas déco-
das de 50 e 60. O filme conta a trajetória do
seu relacionamento caótico com umo estrela
de strip tease, Honey Harlow (Valerie Perri-
ne), suas constantes mudanças de palcos e
boates, complicações com a polícia, drogas •
bebidas até chegar à mais completa solidão.
•••
CORCEL NEGRO (The Black Stallion), de
Carroll Ballard. Com Kelly Reno, Teri Garr,
Clarence Muse, Hoyt Axton, Michael Higgins
e Mickey Rooney. Jacarepaguà Auto-Cine-1
(Rua Cândido Benício, 2 973 — 392-6186):
Até amanhã. O Cândido Benício,
20h, 22h. (Livre). garoto
Terry e um cavalo puro-sangue são os únicos
sobreviventes de um naufrágio. Socorrem-se
e sobrevivem três meses numa ilha deserta.
Resgatados, vão viver em Flushing, Nova
Iorque. O cavalo foge pelas ruas, mas é
capturado por um treinador profissional que -
o prepara a fim de disputar corridas. Versão piratas
do livro de Walter Farley. Produção america-
na de Francis Ford Coppola. Reapresentação.
••
A DAMA DO LOTAÇÃO (Brasileiro), de Ne-
ville d'Almeida. Com Sônia Braga, Nuno
Leal Maia, Jorge Dória, Paulo César Pereio,
Márcia Rodrigues, Iara Amaral e Roberto
Bonfim. Metro Boavista (Rua do Passeio, 61
— 240-1291), Condor Copacabana (Rua Fi-
gueiredo Magalhães, 286 — 255-2610):
14h, lóh, 18b, 20h, 22h. Studio-Paissandu
(Rua Senador Vergueiro, 35 — 265-4653),
Coral (Praia de Botafogo, 316 — 246-7218):
lóh, 18h, 20h, 22h. Tijuca-Patace (Rua
Conde de Bonfim, 214 — 228-4610): doCatete, 228 —205-7194): 14h, lóh, 18h,
15h30m, 17h30m, 19h30m, 21h30m. Impe-
J. Duphly, Recitativo e Ária Final da Opera
Dido e Enéas de Purcell e Três Concertos
para Cravo, de Bach. Auditório do Jóquei
Clube, Av. Antônio Carlos, 501/10° Hoje, às
18h30m. Entrada mediante convite, que po-
de ser retirado no local ou no INM, Rua
Araújo Porto Alegre, 80.
CONCERTOS ÀS 12h30m — Recital da pia-
nista Sônia Maria Vieira interpretando obras
de Misoel Domingues, E. Nazareth, Alexan-
dre Levy e Lorenzo-Fernandez. Sala Sidney
Miller, Rua Araújo Porto Alegre, 80. Hoje, às
1 2h30m. Ingressos o CrS 20.
QUINTETO VILLA-LOBOS — Recital de Antô-
nio Bruno (sax), Genzon Martinelli (celesta),
Maria Cecília Machado (harpa) e Nelson de
Macedo (violão). Palácio da Cultura, ua da
Imprenso, 16. Amanhã, às 17h30m.
Cinema
$£'$9mm$^$ÊSm a\\\w 'y$Ê!ÊÊ^mm\ WmWÍ&^Mi&SmEWam\ |^^R^^^^^^PCSb||^>^1::::l v-^^'^^ÍÉII^I
Ww^^^^mWm HP$ÜÉI m\WSm\Wv$L\W\ M^:í^r^ ^IP^I Wm* "*
' V' *mmm\ WaWL^^ &&* ¦• :^H|
tJ£p*t'.
I^B ^^* ' ' "'" *'V
Império dos Sentidos, de Nagisa Oshima: depois de vários
problemas eom a Censura foi finalmente liberado para
exibição nos cinemas Vitória e Copacabana
mWL&m\m\
fMfifl
Império da Paixão, também do cineasta japonês Nagisa
Oshima, volta ao cartaz no cinema Méier
rator (Rua Dias da Cruz, 1 70 — 249-7982),
Astor (Rua Ministro Edgar Romero, 236),
Rosário (Rua Leopoldina Rego, 52 — 230-
1889): 15h, 17h, 19h, 21 h. (18 anos). A
história original, o argumento e os diálogos
são do escritor Nelson Rodrigues: no desespe-
rode afirmar a sua sexualidade, uma recém-
casada sai todas as tardes e invariavelmente
toma um ônibus, onde a cada dia encontrará
uma nova aventura. Reapresentação sem
cortes.
••
TERROR E ÊXTASE (Brasileiro).de Antônio
Calmon. Com Denise Dumont, Roberto Bon-
fim, André de Biasi, Otávio Augusto e Ansel-
mo Vasconcelos. Studio-Tijuca (Rua Desem-
bargador Isidro, 10 — 268-6014): 15h, 17h,
19h, 21 h. (18 anos). Leninha é uma garota
típica do Baixo Leblon e faz parte do novo e
sombrio grupo dos grandes cidades brasilei-
ras: os viciados em drogas. 1001 é um desses
marginais que estão diariamente nas man-
chetes que descrevem a insuportável violên-
cia do Rio de Janeiro. Ele a seqüestra e
ambos acabam envolvendo-se numa trama
amorosa e em situações violentas. Reapre-
sentação.
A TARA DAS COCOTAS NA ILHA DO PECA-
DO (Brasileiro), de Antônio B. Thome. Com
Mareio Prado, Zélia Diniz, Zilda Mayo, Nilza
Albanezzi e Clayton Silva. Baronesa (Rua
1.747 — 390-5745):
14h30m, lóhIOm, 17h50m, 19h30m,
21hl0m. (18 anos). Uma jovem e bonita
advogada toma conhecimento, através de
um temível bandido condenado a cumprir a
longa pena numa penitenciária, da existên-
cia de um valioso tesouro escondido por
espanhóis numa ilha.
INCESTO—UM DESEJO PROIBIDO (Brasilei-
ro), de Fauzi Mansur. Com Serafim Gonzales,
Ana Maria Kreisler, Matilde Mastrangi, Ro-
berto Miranda e Sérgio Hingst. Pathé (Praça
Floriano, 45 — 220-3135): de 2a a 6o, às
12h, 14h, lóh, 18h, 20h, 22h. Sábado e
domingo, a partir das 14h. Art-Copacabana
(Av. Copacabana, 759 — 235-4895):
15h20m, 17h, 18h40m, 20h20m, 22h. Art-
Tijuca (Rua Conde de Bonfim, 406 — 288-
6898) Art-Madureira (Shopping Center de
Madureria), Poratodos (Rua Arquias Cordei-
ro, 350 — 281-3628): I5h, 16h40m,
18h20m, 20h, 21h40m. Studio-Catete (Rua
20h, 22h. (18 anos). Um rapaz filma por
RECITAL DE OBOÉ E HARPA — Apresentação
de Harold Emert (oboé) e Monika Jarecka
Romao (harpa). Participação de Carol McDa-
vit (soprano). No programa, obras de Wen
Chi Chumng, Suint Saens, Parish Alvars, W.
Babell, E. Satie. H. Emert e Henri Brod.
Aliança Francesa de Botafogo, Rua Muniz
Barreto, 54. Amanhã, às 21h. Ingressos a
CrS 100 e Cr$ 50, estudantes.
DUO ZYGMUNT KUBALA E LINA MARIA
KUBALA — Recital de violoncelo e piano.
Programa: Sonata para Violoncelo e Piano n°
3, em Lá Menor, de Vivaldi. Sonata para
Violoncelo e Piano Op 119, de Prokofiev, O
Canto da Nossa Terra, de Villa-Lobos e
Sonata para Violoncelo e Piano Op 58, de
Mendelssohn-Bartholdy. IBAM, Lgo do Ibam,
1, Humaitá. Amanhã, às 21 h. Entrada
franca.
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m partir das 15h. Madureira-2 (Rua Dagmar da
acaso, durante um passeio com a família no
campo, um homem estrangulando uma mo-
ça. Assustado volta para casa, procurando, a
todo custo, certificar-se de não estar sendo
seguido.
NA BOCA DO MUNDO (Brasileiro), de Antô-
nio Pitanga. Com Norma Benguell, Antônio
Pitanga, Sibele Rúbia, AngelitoMello, Milton
Gonçalves, Thelma Reston e o povo da Atafo-
na. Bruni-Copacabana (Rua Barata Ribeiro,
502 — 255-2908): 14h, 16h, 18h, 20h, 22h.
(18 anos). Um pescador de Atafona, Estado
do Rio, vai trabalhar em um posto de gasoli-
na, procurando melhorar seus ganhos. Sua
mulher, que tem ambições maiores, admite o
relacionamento amoroso entre ele e uma
mulher desiludida, de classe média, casada,
que chega sozinha de outra cidade. Reapre-
sentação.
PAPILLON (Papillon), de Franklin J. Schaf-
ner. Com Steve McQueen, Dustin Hoffman,
Don Gordon e Anthony Zerbe. Ilha Auto-Cine
(Praia de São Bento — Ilha do Governador —
393-3211): de 2o a 6o, òs 20h, 22h30m.
Sábado e domingo, às 18h30m, 20h30m,
22h30m. Até amanhã. (18 anos). As tentati-
vas de fuga de um prisioneiro da ilha do
Diabo, baseado no relato de Henri Charriere,
ex-prisioneiro da ilha. Reapresentação.
FELPUDO, O CACHORRO PROMOTOR (The
Shaggy D. A.), de Robert Stevenson. Com
Dean Jones, Tim Conway, Suzanne Pleshette
e Keenan Wynn. Jacarepaguó Auto-Cine-2
(Rua Cândido Benício, 2 973 — 392-6186):
20h, 22h. Até amanhã. (Livr»). Comédia da
série iniciada com Felpudo, o Cão Feiticeiro,
da produção disneyana. Um cachorro domes-
tico se transformo, por força de um anel
mágico, em fantástico caçador de ladrões e
autoridades corruptas. Produção americana.
Reapresentação.
ZOMBIE — O DESPERTAR DOS MORTOS
(Dawn of the Dead), de George A. Romero.
Com David Emge, Ken Foree, Scott Reinigere
Gaylen Ross. Programa complementar: O
Punho da Serpente. Rex (Rua Álvaro Alvim,
33 — 240-8285): 2o a 6a, às 12h, 15h50m,
19h40m. Sábado e domingo, às 13h30m,
17h25m, 19h30m. (18 anos). Tentativa de
mesclar terror e suspense com cenas de
batalhas entre os poucos sobreviventes da
raça humana e os Zombies, mortos-vivos que
TRIO BRASILEIRO — Recital de Erich Lehnin-
ger (violino), Watson Clis (violoncelo) e Gil-
berto Tinetti (piano). Programa: Trio n° 2, de
Villa-Lobos, Trio n° 1, em Ré Menor, de
Schumann e Trio em Lá Menor, de Ravel.
Sala Cecília Meireles, Lgo da Lapa, 47.
Quarta-feira', às 21 h. Ingressos a CrS 200,
CrS 100 e CrS 50.
FESTIVAL KOELLREUTTER — Programa: Oito
Hai-Kais de Pedro Xisto, com Eladio Gonza-
lez (barítono), Sandra Lobato (flauta), Wen-
ceslau Moreira (guitarra), Tato Taborda (pia-
no) e Arnaldo Buzack e José Guedes (percus-
são); Invenção para Trio de Sopros, com Elza
Marques Marins (oboé), José Melo (clarinete)
Ricardo Rapoport (fagote), Trés Canções para
Barítono, de Eladio Gonzalez (barítono),
Duas Peças e Tanka V para Piano, com
Homero Magalhães (piano) e Tanka II para
Voze Piano, com Koellreutter(voz)e Homero
assolam um país inteiro. Produçáo america-
na. Reapresentação.
A MULHER OUE INVENTOU O AMOR (brasi-
leiro), de Jean Garrett. Com Aldine Muller,
Zecarlos Andrade, Rodolfo Arena, Lola Brah
e Roberto Miranda. Scala (Praia de Botafogo,
320 — 246-7218): 16Ji, 18h, 20h, 22h. Até
quarta. (18 anos). Doralice é uma jovem
ingênua e romântico que se torna prostituta.
Apaixonada por um famoso ator de TV, de
quem sempre fora fã incondicional, ela o
persegue até seduzi-lo.
TEU TUA (Brasileiro), de Domingos Oliveira.
Com Jorge Dória, Lenita Plonczynski, Arman-
do Bogus, Louise Cardoso, Leda Zepelin e
Marco Nanino. Cinema-1 (Av. Prado Júnior,
281 —275-4546): lóh, 17h50m, 19h40m,
21h30m. (14 anos). Filme em um prólogo e
três episódios. Prólogo: Donga medita sobre
a origem do seu mal, o ciúme, e remonta à
pré-história, onde descobre a agricultura
como culpada, dando origem a propriedade
privada, ao casamento e à posse da mulher.
1 ° episódio: Ao tentar romper com a amante,
um advogado ouve dela a confissão de
infidelidade. Baseado na comédia O Orácu-
lo, de Artur Azevedo. 2° episódio: O marido
ciumento espreita o edifício suspeito no te-
mor de encontrar a própria esposa. Baseado
em Um Homem Debaixo da Cama, novela
cômica de Dostoyevski. 3° episódio: ambien-
tado entre jovens na praia de Copacabana
tem como título O Corno Imaginário.
QUANDO UM ESTRANHO CHAMA (When a
Stranger Calls), de Fred Walton. Com Carol
Kane, Rutanya Alda, Carmen Argenziano,
Charles Durning e Ron 0'Neal. Palácio-2
(Rua dó Passeio, 38 — 240-6541), América
(Rua Conde de Bonfim, 334 — 248-4519):
13h30m, !5h30m, 17h30m, 19h30m,
21h30m. Leblon-1 (Av. Ataulfo de Paiva,
391 — 239-5048), Ópera-2 (Praia de Botafo-
go, -340 — 246-7705): 14h, lóh, 18h, 20h,
22h (16 anos). Uma babysitter toma conta de
um filho de casal que tem uma reunião
social à noite e começa a receber uma série
de ameaças por telefone, chegando quase à
loucura, sem encontrar ajuda e sentindo-se
acossada e em perigo de vida. Drama de
suspense. Produção americana.
GISELLE (brasileiro), de Victor di Mello. Com
Alba Valéria, Cario Mossy, Monique Lafond,
Ricardo Faria, Maria Lúcia Dahl e Nildo
Parente. Odeon (Praça Mahatma Gandhi, 2 '
220-3835): de 2o a 6o, às Ilh30m,
13h30m, 15h30m, 17h30m, 19h30m,
21h30m. Sábado e domingo, a partir das
13h30m. Rian (Av. Atlântica, 2 964 — 236-
6114), Leblon-2 (Av. Ataulfo de Paiva, 391
239-6019), Ópera-1 (Praia de Botafogo,
340 — 246-7705): 14h, lóh, 18h, 20h, 22h.
Carioca (Rua Conde de Bonfim, 338 — 228-
8178): 13h30m, 15h30m, 17h30m,
19h30m, 21h30m. Santa Alice (Rua Barão
de Bom Retiro, 1 095 — 201-1299): de 2o a
6o, às 17h, 19h, 21h. Sábado e domingo, a
Fonseca, 54 — 390-2338): 13h, 15h, I7h,
19h, 21 h. Cisne (Av. Geremário Dantas,
1 207 — 392-2860), Vitória (Bangu), Palácio
(Campo Grande), Olaria: 15h, 17h, 19h, 21 h
(18 anos). Depois de vários anos estudando
no exterior, Giselle retorna ao Brasil e encon- CENTRAL (718-3807) — O Show Deve Conti-
tra seu pai casado com outra mulher.
UMA VIDA... UM AMOR (A Venezia Muore
un Estale), de P. Lazaga. Com Mark Burns e
Lynne Frederick.' Studio-Copacabana (Rua
Raul Pompéia, 102 — 247-8900): 14h, lóh,
18h, 20h, 22h (16 anos). Produção italiana.
Uma história de amor ambientada em Vene-
za. A mulher morre vítima de uma doença
incurável e o homem, em desespero, escolhe
o congelamento do corpo na esperança de
que, com o tempo, seja descoberta a cura da
doença.
EMANUELLE BRANCA E NEGRA (Emanuelle
Black and White), de Mario Pinzauti. Com
Antônio Gismonde, Marisa Longo, Rita Lon-
go, Attilio D'Ottesio e Serafino Profumo.
Programa complementar: A Serpente do Ka-
rate. Orly (Rua Alcindo Guanabara, 21): de
2o a 6o, às 10h30m, 13h35m, 16h40m,
19h45m. Sábado e domingo, o partir das
13h35m (18 anos). História ambientada no
Sul dos Estados Unidos, há um século. A
protagonista (que se chama Evelyn e não
Emanuelle) pertence à família de abastados
senhores do campo. Depois que seu amante
se liga a uma escrava, Evelyn convoca escra-
"cai
vos seus e numa vida de vícios e
depravações". Produção italiana sem relação
com a personagem dos filmes franceses da
série Emmanuelle. Reapresentação.
O PUNHO DA SERPENTE (Snak. in the
Eagle's Shadow), de Yuen Woo Ping. Com
Jacky Chan, Simon Yuen, Hwang Jang Lee e
Wang Chiang. Programa complementar:
Zombie —O Despertar dos Mortos. Rex (Rua
Álvaro Alvim, 33 — 240-8285): de 2o a 6o,
às 12h, 15h50m, 19h40m. Sábadoe domin-
go, às 13h30m, 17h25m, 19h30m(10anos).
Produção chinesa de Hong Kong explorando
as habituais lutas marciais do gênero. Rea-
presentação.
Extra
•••
DUAS INGLESAS E O AMOR (les Deux
Anglaises et le Continent), de François Truf-
faut. Com Kika Markhan, Sylvia Marriott e
Jean-Pierre Léaud. Hoje, às 21 h, noCineelu-
be da Maison de France, Av. Presidente
Antônio Carlos, 58. (18 anos.) Truffaut de
volta ao autor da história original de um de
seus filmes mais apreciados: o Henri-Pierre
Roché, de Jules et Jim/Uma Mulher Para
Dois.
Mogalhâes (piano). Pro-Arte, Rua Alice, 462.
Quarta-feira, às 21 h.
CONCERTO COM AS ESTRELAS — Recital de
Natan Schwartzmon (violino) e Lais de Souza
Brasil (piano). Programa: sonata em Lá
Maior, de Vivaldi, Sonata n" 4, de C. Guar-
nieri e Sonata em Lá Maior, de C. Franck.
Teatro Rio-Planelário, Rua Padre Leonel
França, 240. Quarta-feira, às 21h. Ingressos
a CrS 80 e CrS 50, estudantes.
MÚSICA NO CORREDOR CULTURAL — Reci-
tal de Eduardo Monteiro (flauta) e Mário
Jorge Passos (violão) No programa, obras de
Loeillet, S. V. Corrêa, Ibert, Blauth e Giuliani.
Igreja de S. José, Centro, Quarta-feiro, às
18h30m. Entrada franca.
SÉRIE MÚSICA CONTEMPORÂNEA BRASILEI-
RA — Concerto da Orquestra Sinfônica Brasi-
Cotações
••••• EXCELENTE
••••
•••
MUITO BOM
BOM
•• REGULAR
RUIM
•••
TUDO BEM (Brasileiro), de Arnaldo Jabor.
Com Poulo Gracindo, Fernanda Montenegro,
Zezé Motta, Maria Silvia, Regina Case, Luiz
Fernando Guimarães e Luis Linhares. Hoje,
às 20h, no Cineclube do Clube de Criação,
Auditório do IBAM, Largo do IBAM, s/n°.
Entrada franca. (18 anos.) História de uma
família da classe média que se acredito
capaz de exorcizar os males do mundo para
longe de suas portas e janelas. O filme é
apresentado pelo realizador como uma co-
média que às vezes passa à farsa, e também
apresenta situações de sátira e tragédia.
••
MATOU A FAMÍLIA E FOI AO CINEMA (Brasi-
leiro), de Júlio Bressane. Com Márcio Rodri-
gues, Renata Sorrah, Antero de Oliveira e
Vanda Lacerda. Hoje, às 7h e 20h, no
Cineclube IAB-DACA (Instituto dos Arquitetos
do Brasil), Rua Passos da Pátria, 156 —
Niterói. Após a sessão haverá debates. (18
anos.) Uma série de longas cerimônios de
violência filmadas por uma câmara que
observa distante e fria, sem participar da
ação. Uma proposta de narração diversa do
estilo criado com o cinema novo e uma
alegoria sobre a impossibilidade de ação.
CURTA NO ESPAÇO — Exibição de Infinitas
Conquistas, de Enrica Bernardelli, Dr. Hera-
dito Fontoura Sobral Pinto — Profissão:
Advogado, de Tuna Espinheira e Angela
Noite, de Roberto Moura. Hoje, às 21 h, no
Cineclube do Planetário, Av. Padre Leonel
Franca, 240. Entrada fronca. Após a sessáo
haverá debates com Roberto Moura, sendo
mediador Sérgio Santeiro.
CICLO DOMINGOS OLIVEIRA — Exibição de
um programa duplo de tapes incluindo A
Ordem natural das Coisas e Mariana Doro-
teia íris. Hoje , às 20h, na Biblioteca Regio-
nal de Copacabana, Av. Copacabana, 702.
TIREZ SUR LE PIANISTE - De François Truf-
faut. Com Charles Aznavour, Mane Dubois e
Nicole Berger. Hoje, às 21 h, no Cineclube
Studio-43 da Aliança Francesa de Copaca-
bana, Rua Duvivier, 43.
MODERATO CANTABILI (Moderato Canlabi-
li), de Peter Brook. Com Jeanne Moreau e
Jean-Paul Belmondo. Hoje, às 19h e 21 h, no
Cinema Cândido Mendes, Rua Joana Angèli-
ca, 63. Entrada franca.
Grande Rio
NITERÓI
ALAMEDA (718-6866) — A Mulher Ou»
Inventou o Amor, com Aldine Muller. As 17h,
19h, 21 h. (18 anos.) Até amanhã.
BRASIL — Colegiais e Lições de Sexo, com
Aldine Muller. Às !6h30m, IShlOm,
19h50m, 21h30m. (18 onos.) Até amanhã.
CENTER (711-6909) — Pixote — A Ui do
Mais Fraco, com Marília Pera. Às 14h,
16h30m, 19h, 21h30m. (18 anos.) Até do-
mingo.
nuar, com Roy Schneider. Às 13h30m, lóh,
18h30m, 21 h. (16 anos.) Até amanhã.
CINEMA—1 (711-1450) — A Dama do Loto-
ção, com Sônia Braga. Às 14h, lóh, 18h,
20h, 22h. (18 anos.) Até domingo.
ICARAl (718-3346) — Fama, com Eddie
Barth. Às 13h30m, lóhIOm, 18h50m,
21h30m. (14 anos.) Até domingo.
NITERÓI (719-9322) — Cabo Bianco, com
Fernando Rey. às I3h30m, I5h30m,
17h30m, 19h30m, 21h30m. (14 anos.) Até
amanhã.
DRIVE-IN ITAIPU — Um Estranho no Ninho,
com Jack Nicholson. Às 20h30m. (18 anos.)
Até amanhã.
PETRÓPOLIS
DOM PEDRO (2659) — Colegiais e lições de
Sexo, com Aldine Muller. Às 14h50m,
16h30m, 18hl0m, 19h50m, 21h30m. (18
anos.) Até amanhã.
PETRÓPOLIS (2296) — Passageiros em Peri-
go, com Anthony Quinn. Às 15h, 17h, 19h,
21 h. (16 anos.) Até amanhã.
TERESÓPOLIS
ALVORADA (742-2131) — Mad Max, com
Mel Gibson. Às 15h e 21h. (18 anos.) Até
amanhã.
Curta-metragem
BALAS E BOLAS N° 2 — De Jorge Abranches.
Cinema: Bruni-Tijuca.
PÉ DIREITO — De Nazareth Ohana. Cinemo:
Cinema-3.
A SAGA NA ASA BRANCA — De Lula
Gonzago de Oliveira. Cinema: Ricamor.
LEILA FOX — De Noilton Nunes. Cinema:
Ilha Auto-Cine (do dia 12 ao dia 18).
PARÁBOLAS — De Sóvio Rolim. Cinema:
Jacarepaguà Auto-Cine 1 (do dia 12 ao dia
18).
E ASSIM FOI — De Carlos Tourinho. Cinema:
Jacarepaguà Auto-Cine 2 (do dia 15 ao dia
18).
leira, sob a regência do Maestro Henrique
Morelambaum. Programa: Kaddisch para
Cordas, de H. D. Korenchendler , Procissão
das Carpideiras, com Coro Feminino, de
Lindembergue Cardoso (solista: AAaria Lúcia
Godoy), Contextura, de Raul do Valle,
Concerto para Piano e Orquestra, de Willy
Corrêa de Oliveira (solista Edson Elias) e
Concerto para Cordas, de Marlos Nobre, em
estréia mundial. Sala Cecília Meireles, Lgo.
da Lapa. 47. Quinta-feira, òs 21 h. Entrada
franca. Promoção do JORNAL DO BRASIL.
Patrocínio do Sul América de Seguros
UMA HORA COM MÚSICA — Recital de
Norton Morozowicz (flauta) e Homero Maga-
lhões (piano). Programa: Sonata em Si Me-
nor, de Bach, Sonatina de Mahle e Sonata,
de C. Fronck. Sala Cecília Meireles, Lgo. da
Lapa, 47. Quinta-feira, às I9h. Ingressos a
CrS 40 e CrS 20.
 CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL ° Rio de Janeiro, segunda-feira. 10 de novembro de 1980 D PÁGINA 7

Televisão ,í IV Artes Plásticas

Manhã
7.30 m — Telecurso 2° Grau.
¦45 0 — Ginástica. Com Yara
Vaz. 8.00 0
m- TVE. Ginástica com Ya-
ra Vaz.
8.15 E -Telecurso 2° Grau. Re-
prise.
-Cozinhando com Arte.
30 |7 Sítio do Pica-Pau-Ama-
relo. Hoje: A Máscara
do Futuro. Reprise.
El Papa-Léguas. Desenho.
45 m
so pn
O Pica-Pau. Desenho.
Jornal Nacional.
10 0 —Planeta dos
Humorístico.
Homens. MÁRCIO SAMPAIO — Pinturas. Galeria Ipa-
nema, Ru.. Aníbal de Mendonça, 27. De 2o a
SCHWANKE — Desenhos. Galeria Sérgio
Milliet, Rua Araújo Porto Alegre, 80. De 2o a
ACERVO — Obras de Jadntho, Gama, Ubi
Bava, Reynaldo e outros. Galeria Dezon. Av.
Atenção. 6°, dos 1 Oh as 22h, sáb., das 16h às 21 h. Até 6°, das lOh às 18h. Até dia 18. Atlântica, 4 240. De 2° a sab., das 1 Oh às
sábado. 21 h. Até dia 25.
55 H Um Homem Muito Espe- 7j —1980. Jornalístico.
SÉRGIO MARTINOLLI — Pinturas. Galeria
ciai. Novela. 4] —Malu Mulher. A Tram- TUNGA — Esculturas. Espaço ABC, Parque Realidade, Av. Ataulfo de Paiva, 135. De 2a
COLETIVA —Obras de Maria Bonomi, Susan
biqueira. da Catacumba, Lagoa. Diariamente, das 15h a 6°, das 12h às 21h, sáb., das lOhàs 12 h.
— Especial com Magdale- Lengle, Valdir Alves e Antônio Grosso. Gole-
A Conquista. Novela 45 0 às 19h. Até dia 23. ria Imagem, Av. Copacabana, 978/215. De
didática. na Tagliaferro.
RUBEM BREITMAN — Pinturas. Galeria Sara-
MARIA CARMEN ALBERNAZ — Serigrafias,
fotografias e letras de plástico. Galeria César
2° a 6°, das 1 Oh às 17h, sáb., das 1 Oh às
O Sessão Bangue-Ban-
11.00 —Barnaby Jones. menha, Ruo Marquês de S. Vicente, 52/165. Ache, Rua Vise. de Piraja, 282/loja H. De 2o a
13h. Até dia 28.
gue. Seriado Tarzã. P Hoje, às 21 h.
—Jornal da Globo. 6o, das 15h às 21h30m, sáb., das lOh às
15 0 Coração Alado. Novela 4
14h. Até dia 21. ACERVO — Obras de Grover Chapman,
de Janete Clair. Direção 7 —Atenção. Noticiário. Fernando P., Renato Cataldi, Romanelli e
COLETIVA DE DESENHOS —Obras deGrin-
de Roberto Ta Ima e 20 0 —S. Francisco Urgente. do, Luiz Mermelstein, Carlos Veiga, Silvio MARIA EDUARDA BIANCHI — Desenhos. outros. Galeria Roberto Alves, Av. Princesa
Isabel, 186. De 2° a sób., das 15h às 22h.
Paulo Ubiratan. Com Seriado. lankelevich e Hermanno Lemme. Restauran» Galeria Andréa Sigaud, Rua Vise. de Piraja,
Até dia 30.
Tarcísio Meira, Walmor 35 0 —Classe A. Filme: Cha- te Aventuras na Roça, Rua Mariz e Barros, 207/307. De 2° a 6a, das' 13h30m às 20h.
mada para um Morto. 70, Icaraí, Niterói De 2° a 6a, das 12h às 14h, Até dia 17.
Chagas, Débora Duarte
sób e dom, das 12h às 24h. Até dia 30. HOLOASSY LINS DE ALBUQUERQUE — Es-
e Tetê Medina.
Telecurso 2o Grau.
JOSÉ GONÇALVES FONTES — Aquarelas. culturas. Realidade Galeria, Rua Vise. de

9.00 Qg
-TV Mulher. Apresenta-
45
50 Jornal Bandeirantes. Madrugada COLETIVA — Obras de José Paulo, Volpi,
Bianco Francisco Coculilo, Jenner e outros.
AABB, Av. Borges de Medeiros, 629. De 3° a
6°, das 15h às 23h, sób. e dom., das 1 Oh às
Piraja, 550/328. De 2° a 6°, das 12hàs21h.
Até dia 20.
do por Marília Gabriela Villa Bernini, Av. Atlântica, 4240. De 2a a 23h. Até dia 18.
e Ney Gonçalves Dias. sáb, das 14h às 21 h. COLETIVA DE PINTURAS — Obras de Celeste
9.00 0 — Tudo É Música. ESCULTURAS — Obras de Becheroni, Bruno Bravo, Isabel Braga, Lia Mittarokis, Mary
-Bozo. Humorístico.
jnj —Sessão das Nove Pre- 0.00 Hj] —Jornal da Noite. TRADIÇÕES DE NATAL — Mostra de presé- Giorgi, Fernando Casas, Irineu Garcia, Vasco Lino, Nunciata e Octacilio. Galeria Jean-
30 -Caçadores de Fantas-
miada. Filme: Tudo por 20 0 —Cinema na Madruga- pios, figuras natalinas e imagens. Museu de Prado e outros. Aktuell, Av. Atlântica, 4240. Jacques, Rua Ramon Franco, 49, Urca. De 3°
mas. Desenhos. Dinheiro. Io capítulo. da. Hoje: Sol Madrid — Artes e Tradições Populares, Rua Presidente De 2o a 6°, das 12hàs20h, sáb., das 15hàs a sáb., das llh às 21h, dom., das lóh às
Os Corruptores. Pedreira, 78, Ingá, Niterói. De 3o a dom, das 19h. 21h. Até dia 23.
-Rhoda. Seriado. 15 0 —Segunda sem Lei. Fil- llh às 17h. Até dia 25 de janeiro.
me: A Conquista do 35 0 —Classe A. Filme: A um
-Super Robin Hood. De- GASTÃO MANOEL HENRIQUE — Pinturas MEMÓRIA MAUÁ — Mostra de fotografias e
Oeste. Passo da Eternidade. YARA LEIRIA — Pinturas em espelhos. Biblio- sobre madeira. Galeria do Centro Cultural
senho. documentos. Museu do 1° Reinado, Av. Pe-
teca Regional de Santa Teresa, Rua Monte Cândido Mendes, Rua Joana Angélica, 63.
30 \T\ —Emergência. Seriado. dro II, 293. De 3" a 6°, das lOh às lóh.
Alegre, 306. De 2o a 6o, das 13h às 17h. Até
•'
[n] —Smokey, o Guarda Le-
gal. Desenho.
Os filmes de hoje dia 14.
De 2a a 6o, das lOh às 12h e das 17h às
22h30m, sáb e dom, das lóh às 20h. Último
dia.
THOR — Tapeçaria. Celina Galeria, Rua
PELOURINHO — Fotografias a cores de Mi- Barata Ribeiro, 797. De 2o a 6° das 9h às
19h. Até amanhã.
11.00 Hj] —A Turma do Pica-Pau. guel Rio Branco. Galeria de Fotografia, Rua O GRUPO GRIMM: PAISAGISMO BRASILEI-
Desenho. Araújo Porto Alegre, 80. De 2o a 6o, das 1 Oh RO NO SÉCULO XIX — Pinturas. Acervo
às 18h. Até dia 3 de dezembro. ACERVO —Obras de Di Cavalcanti, Portina-
30 0 —Discomania. Com Galeria de Arte, Rua das Palmeiras, 19. de
ri, Pancetti, Aldemir Martins, Toulouse Lau-
AA. Lima. 2a a 6o, das 14h às 22h, sáb das lóh às 21 h.
VALDIR TEIXEIRA — Pinturas. Galeria do trec, Djanira e outros. Galeria Claude Henri,
[nj — Popeye. Desenho. Novotel, Praia de Gragoatá, Niterói. Diária- III SALÃO NACIONAL DE ARTES PLÁSTICAS
Rua Marquês de S. Vicente, 52/122. De 2° a
mente, das lOh às 20h. Até dia 19. — Dividido em três programações: As escul- 6o, das 14h às 22h, sáb., das 15h às 20h.
turas, tapeçarias, pinturas e objetos estarão
PALHETA SONORA — Lançamento do livro expostos no Palácio da Cultura, Rua da ANTÔNIO MANUEL — Esculturas. Espaço
de pinturas e poesias de Porciúncula de Imprensa, 16. De 2a a 6°, das 1 Oh às 18h. Os ABC, Parque da Catacumba, Lagoa. Diária-
Moraes. Museu Nacional de Belas-Artes, Av. desenhos, gravuras, fotolinguagens e pro- mente, das 1 Oh às 19h. Até quarta-feira.
Rio Branco, 199. De 3° a 6a, das 12h às 18h,
postas estarão sendo mostrados no Museu
sób e dom, às 15h às 18h. Nacional de Belas Artes, a Av. Rio Branco, BONECAS DE ONTEM — Mostra dos séculos
12.00 Q] —Aqui e Agora. Varie- 199. De 2a a 6o, das 12h às 18h, sáb. e dom., XIX e XX. Museu Histórico da Cidade, Estra-
dades. SOLANGE OLIVEIRA — Gravuras. Galeria das 15 às 18h. A mostra O Mundo de da de Santa Marinha, s/n°. De 3° a 6°, das
u\ —Bozó. Humorístico. Macunaíma, Rua Araújo Porto Alegre, 80. De Portinari, exposição com filmes e debate 15h às 17h, sáb. e dom., das 1 lh às 17h,
2o a 6o, das lOh às I8h. Até dia 18. sobre a vida e a obra de artistas, na Galeria
25 7 —Bandeirantes Esporte.
30 |3 —Globo Cor Especial. Jurandir Noronha, Rua Araújo Porto Alegre, NANDA CHACEL — Pinturas Galeria Delfin,
LAETE POYARES — Serigrafias. Escola de 80. De 2o o 6a, das 1 Oh às 18h. Hoje, às Av Copacabana, 647. De 2° a 6°, das 1 Oh às
Yongue é Minipolegar. Arte Visuais, Parque Lage, Rua Jardim Bota- 12h30m e 17h30m, na Galeria Jurandir 18h. Até quinta-feira.
[n] —Maguila, o Gorila. De- nico, 414. Sem indicação de horários. Até dia Noronha, exibição dos filmes: O Pintor de
senno. í&s&Êê mWwi ¦ m %&í J?!!IL ^^^B w* mW 19. Brodoski, de João Batista de Andrade e Dois DORÉE CAMARGO CORRÊA- Pinturas Ga-
40 0 —Primeira Edição. Artistas de João Tinoco. leria Domus, Joana Angélica, 184 De 2° o
______¦_____¦ y^Èt '¦ '^^^B mm mWfayy^mm Biül^^B ANTJE S. — Desenhos e pinturas. Aliança
6°, das 14h às 22h. Até dia 22.
1.00 -Globo Esporte. >a-I^^«B _________i____i___________ ^B!l§--$i^H Francesa, Av. Antônio Carlos, 58/3°. De 2° o MIRAGENS — Fotografias de Ipojucan P.
-Programa Edna Sava- 6°, das lOh às 18h. Até sexta-feira. Ludwig. Livraria Espaço Psi, Rua Farani, 42. DEFESA HISTÓRICA DO RIO — Fotografias.
De 2" a 6°, das 1 Oh às 18h, sáb., das 1 Oh às Museu Nacional de Belas-Artes, Av. Rio
get. Variedades. SERTÓRIO — Desenho.. Galeria Maria Au- I 12h. Até dia 22.
m -O Elo Perdido. Aven-
gusta, Av. Atlântica, 4240. De 2° a sáb, das
Branco,
e dom.,
199. De 3" a 6°, das 12h às 18h, sáb.
das I5h às 18h. Até dia 30.
tura. lOh às 22h. Até dia 19. SILVIO IANKELEVICH — Aquarelas. Bibliot-
15 H —Hoje. Noticiário. Cena de Os Rebeldes (canal 4, 14h30m) eca da PUC; Rua Marquês de S. Vicente, 225.
n] —Jonnny Quest. De- EVILÁSIO LOPES — Pinturas. Galeria Euca- De 2° a 6°, das lOh às 18h. Até sexta-feira. IRACY CARISE — Litografias, relevos, cola-
senho. texpo, Av. Princesa Isabel, 250. De 2o a 6°, gens e esculturas. Galeria B-75, Rua Pruden-
bissexto, Mark Rydell com ansiedade por um pequeno número das 14h às 22h, sób., das 19h às 22h. Até RAUL HADDOCK LOBO — Desenhos. Clube te de Morais, 129. De 2a a sób., das lOh às
45 0 —Vale a Pena Ver de No- passou à direção em 1968 com de pessoas, porque nele vem o primeiro dia 17. dos Decoradores, Av. Copacabana, 1100. De 19h. Até dia 18.
vo. D Xepa. Apenas Uma Mulher, que des- automóvel a rodar por suas ruas. O fllho 2a a 6°, das lOh às 18h. Último dia.
pertou alguma atenção pelo (Vogel) do proprietário do veiculo e seu FRANK SCHAEFFER — Pinturas. Galeria Tre- JACQUELINE LINTON — Pinturas. Museu de
inusitado do tema (lesbianis-
2.00 Qj] — O Povo na TV. Varie- ATOR mo), mas só demonstrou real- condutor oficial (Queen) são os mais entu- vo, Rua Marquês de S. Vicente, 52/260. De 2° MARIA MELLO — Desenhos. Faculdades In- Arte Moderna, Av. Beira-Mar, s/n". De 3° o
dades. mente talento em Licença de Amar Até siasmados. a 6a, das 14h às 22h, sáb., das 17h às 21h. regradas Estácio de Sá, Rua do Bispo, 83. De 6°, das 12h às 19h, sáb e dom, das 15h às
15 0 —Cara a Cara. Re'prise da Mela-Noite, uma completa surpresa, a TUDO POR DINHEIRO Até sábado. 2° a 6a, das 18h às 22h. Até sexta-feira. 19h. Até dia 15.
novela. partir do desempenho de Marsha Mason, TV Studios — 21h
30 0 —Sessão da Tarde. Fil- uma revelação no papel de uma prosti- (Captains and the Kings)—Produção nor-
tuta. i. te-americana co-dlrigida por Douglas
me: Os Rebeldes.

3.00 0 — Aqui e Agora.

dades.
Varie-
Os Rebeldes, seu segundo filme, se ba-
seia no último livro de William Faulkner e
tem como astro um automóvel, que cria
sensação na pequena cidade de Jefferson,
no Mississipi, em 1905. Rydell capta bem o
Heyes e Alan Reisner. Elenco: Richard
Jordan, Joanna Pettet, Vlc Morrow, Bar-
bara Parkins, Henry Fonda, Robert
Vaughn, Patty Duke Astin.
Teatro CrS 150, Cr$ 100, estudantes e Cr$ 50,
classe teatral. Variações farsescas em torno
de um estranho país onde tudo acontece co
contrário. Até quarta-feira.
Com Carina Cooper, Chico Diaz, Dora Pele-
grino, Mareio Trigo, Mario Dias Costa Vicente
Barcellos e Zé Lavigne. Teatro Vanucci, Rua
Marquês de S. Vicente, 52. Todas as segun--
das e terças-feiras, às 21h30m. Ingressos a
clima pachorrento de vilarejo, mas sem o .Colorido.
4.30 0 —Ginástica. Com a pro-
ar de decadência das obras do autor. Ao I Capitulo — Imigrante irlandês, Jo-
de hoje até quarta-feira, A ESTÓRIA DA MULA SEM CABEÇA — CrS 150. Espetáculo contendo mágicas, hip-
fessora Yara Vaz. contrário, o relato é alegre, por vezes seph Armagh (Jordan) chega a Nova Ior-
no Teatro Experimental Ca- Leitura pública do texto de Everardo Senna. nose, levitação, bangue-bangue, acrobacias,
— Sessão Aventura. Hoje: sentimental, mas nunca deprimente. O de- SÓcüda Becker, o grupo Ato Dir. de Benjamin Santos. Hoje, às 20h, na palhaçadas e a participação especial da
0
«empenho é bom, a começar por Steve que em 1857 com dois Irmáos menores. Sereno, de Porto Alegre, mostra o Comissão Pró-índio, Rua da Lapa, 120 s/ Cavalaria do Exército Norte-Americano.
Scooby Doo. Trabalhador e ambicioso, sonha com dl-
McQueen (produtor), que-faleceu quinta seu trabalho lisarb, ou Multi Antes 908; 4°-feira, às 20h, no Sesc da Tijuca, Rua
nheiro e poder. Depois de trabalhar em Barão de Mesquita, 539; 5°-feira, às 20h, na MORTE ACIDENTAL DE UM ANARQUISTA —
5.00 0 —Telecurso 2o Grau.
feira após uma prolongada batalha con- minas de carváo e no transporte de nitro- pelo Contrário, adaptado de cróni-
tra o câncer. Aliança Francesa de Ipanema, Rua Barão da Texto de Dario Fó. Dir. de Hélder Costa. Com
4] —Show das Cinco. Po- glicerina, conhece um magnata de petró- cas de Luiz Fernando Veríssimo, e Torre, 480. Entrada franca. Debate após as Sérgio Britto, Guido Vianna, Alby Ramos,
A procura de novo desafio, Sidney Lu- leo (Healey) que lhe propõe vender armas bem recebido em Porto Alegre,
peye, Pernalonga e met trocou em 57 uma carreira brilhante sessões. Antônio de Bonis, Fernando de Souza, Jack-
Tom e Jerry. para o Exército confederado. Feito para a Curitiba e São Paulo. (Y.M.) son de Souza. Teatro dos Quatro, Rua Mor-
na televisão pelo cinema e não poderia ter Tv. Inédito. INFANTIL — 2o (274-9895). De
15 0 —Turma do Lambe Lam- sido mais feliz em seu filme de estréia: À ESTRELA GUIA DO ORIENTE — Texto e
quês de São Vicente, 52
be. Programa de Daniel CHAMADA PARA UM MORTO LISARB, OU MULTI ANTES PELO CONTRÁRIO 4o a sób., às 17h; 2o e 3o, às 21h30m.
Doze Homens e Uma Sentença. Numa lin- — Espetáculo baseado em crônicas de Luiz direção de Luiz Sorel. Apresentação do grupo
Azulay. TV Globo — 23h35m Ingressos a CrS 250 e CrS 150, estudante.
guagem crua e efetiva, mas compassiva, (The Deadly Affair) — Produção britânica Fernando Veríssimo. Adapt. e dir. de Dilmar Motin. Teatro da Aliança Francesa da Tijuca, Um louco — será louco mesmo? — desmonta
25 0 —Globinho. ele mostrou como problemas particulares Messias. Com Catulo Parra, Eleonora Prado, Rua Andrade Neves, 315. Hoje, às 20h30m. pacientemente, peça por peço, a construção
de 1966, dirigida por Sidney Lumet. Elen-
30 0 —Sítio do Pica-Pau- podem afetar, com conseqüências às vezes co: James Mason, Simone Signoret, Maxi- Fernando Zimpeck, PiIly Calvin. Teatro Expe- Entrada franca. da mentira oficial que dissimula a verdadei-
Amarelo. Hoje: A Más- trágicas, a decisão de um corpo de ju- rimental Cacilda Becker, Rua do Catete, 338 DIANTE DO INFINITO—Show de variedades ra história da morte de um preso político (14
rados. mllian Schell, Harriet Andersson, Harry
cara do Futuro. (265-9933). De 2° a 4o, às 21 h. Ingressos a apresentado pelo grupo Manhas e Manias. anos).
' — Atenção. Noticiário. Depois de dois sucessos consecutivos Andrews, Roy Kinnear, Kenneth Haigh.
55 0 Colorido.
em 1965 — a obra-prima que é O Homem
do Prego e o vigoroso A Colina dos Ho- *¦** Ao investigar a morte de um mem-

Noite
mens Perdidos, que quebrou o estereótipo
de 007 de Sean Connery-Lumet vacilou em
bro do Gabinete britânico, agente do ser-
viço secreto (Mason) descobre que ele foi
eliminado pela própria mulher (Signoret)
Rádio Jornal
O Qrupo, que assim mesmo tinha qualida-
des, e voltou a se reerguer em Chamada
Para um Morto. Thriller de espionagem
com a ajuda de antigo colega (Schell) dos
tempos de guerra. Baseado no livro Call do Brasil
baseado em livro do autor de O Espião for the Dead, de John Le Carré.
6.00 —As Três Marias. Novela
0
Que Veio do Frio, The Deadly Affair tem SOL MADRID — OS CORRUPTORES AM — ZYJ 453 — 940 KHz
de Wilson Rocha. Dire- TV Bandeirantes — 0h20m
James Mason e Simone Signoret em costu- ^^^fBBr
ção de Herval Rossano. meiros bons desempenhos, mas é Harriet (Sol Madrid) — Produção norte-americana v^^^Hi O Projeto 9h05m — Debate. Apresentação
<..-, Com Glória Pires, Ná-
•J^^^B^Kálw^'''
Andersson que brilha na mulher infiel. de 1967, dirigida por Brian G Hutton. w lkmMHmWWW< $>....M,: ....'4>m4»' aeis e Meia de Eliakim Araújo. Participação de
dia Lippi e Maitê HUGO GOMES Elenco: David McCallum, Stella Stevens, "- desta semana André Luiz Azevedo e apoio do De-
¦.'....:,.,-1U,;:: *..,,... jL-Ma Ja '^4SÊ{-
Proença. Telly Savalas, Ricardo Montalban, Rlp partamento de Radiojomalismo.
—Meu Pé de Laranja Li- OS REBELDES Torn, Pat Hlngle, Paul Lukas, Michael ¦ yy,
% K**<jS''mí 9 Wtí^^W0í^mmm;^:^mW^Ê\ aPresenta
0 TV Globo — 14h30m Ansara. Colorido. mm '
ma. Novela de Ivani Ri-
(The Reivers) — Produção norte- ¦ Wí^fH^^sü^A^W ^u L°b° e
beiro, adaptada do li-
«,. vro de José Mauro Vas-
americana de 1969, dirigida por Mark Ry-
deli. Elenco: Steve McQueen, Sharon Far-
** Incumbido de localizar a amante
(Stevens) de um chefão da Máfia (Torn) e
outro Uder mafloso (Hingle) que fugiram
jt
.Mt
^H
^^
° Kr||p°
f j^mmt^KwÊ W\ ínstrumentai FM Estéreo
concelos. Direção de *ám I ZYD-460 — 99,7MHz
reli, Will Geer, Rupert Crosse, Mitch Vogel, com uma fortuna roubada à organização, . 'J-wL ''-^^aWWtWl^mmam^aWmm Index
Antonino Seabra e Ed- Juano Hernández, Dub Taylor. Colorido. agente secreto (McCallum) descobre que A programação de música clássica é
son Braga. Com Dioní- *-* Em 1905, a chegada de um trem à todas as pistas conduzem a Acapulco. a seguinte:
sio Azevedo, Alexandre
Raymundo e Baby Gar-
raux.
15 0 — Era uma Vez. Justino, o
pequena cidade do Mississipi é aguardada

Novelas
Feito para a TV.
Show segundas-feiras, às 21h30m. Ingressosa CrS
300, e CrS 200, estudontes.

NANA CAYMMI E SEUS AMIGOS MUITO

ESPECIAIS — Apresentação da cantora e
HOJE
20h — Transmissão Quadrafônlca —
SQ — Sinfonia n° 94, em Sol Maior, de
Haydn (Bemstein — 26:35); Concerto em
Retirante. SEIS E MEIA — Show do cantor, compositor e seus amigos: Zezé Motta, Tereza Tinoco e Zé Sol Menor, para Piano e Orquestra, Op.
violinista Edu Lobo e do grupo Index, forma- Luís. Acompanhamento: Cláudio Nucci (vio- 33, de Dvorak (Sviatoslav Richter, Or-
45 0 —Sítio do Pica-Pau- Resumos das novelas apresentadas pelas emissoras do Rio
do por Marcos Rezende (piano), Cacau (sax e lão), Poulo Sauer (piano), Nilton Matta (bai- questra Bávara e Carlos Kleiber — 43:22);
Amarelo. Hoje: O Dia Te Deum, de Marc-Antolne Charpentler
Marina — TV Globo, 18h Ultimo capítulo. na cidade são de que Zezé roubou a meda- flauta), Paulo Roberto (trompete), Nilson xo), João Palma (bateria) e Rosinha de (Ledger - 25:20).
em Que a Emília A emissora não forneceu o resumo. lha da casa de Helena. Matta (baixo), Wilson Meirelles (bateria), e Valença (violão). Teatro Villa-Lobos, Av. 21h40m — Stereo, 2 Canais — Trio em
Morreu. — TV Globo, 19h — Á Cavalo Amarelo, TV Bandeirantes, Ricardo Silveira (guitarra). Direção de Harol- Princesa Isabel, 440. Hoje, às 21h30m. In- Dó Menor, para Violino, Violoncelo e Pia-
Plumas e Paetês 18h55m — Dulcinéa conta a Téo o que no, de Newton Pádua (Zlatopolsky, Go-
[n] — Bezouro Verde. Se- emissora não forneceu o resumo. do Costa. Teatro João Caetano, Pça Tiraden- gressos a Cri 250. Venda antecipada a partir
acontecera com o Cavalo. Barbosinha diz tes (221-0305). De 2o a 6o, às 18h30m. das 14h. mes Grosso e Bocchino — 31:00); Sinfonia
riado n" 1, em Dó Maior, de Bizet (ORTF e
Coração Alado — TV Globo, 20hl5m — aconversa Téu qual era a intenção de Dulcinéa. Téo
com Pepita, mostrando que en- Ingressos a CrS 60.
Martinon — 28:30); Concerto Grosso para
50 0 —Jornal das Sefe. Noti- Jucá fica revoltado com Catucha por ela tendeu a intenção PROJETO PIXINGUINHA— Show dos canto-
Cordas e Plano Obbllgato, de Bloch (Mar-
ter excluído Pitanga do nome do fllho e de Dulcinéa, e a convida res Marisa Gata Mansa, Jamelão e Didi
ciário. sair, fazendo as pazes. Em casa, Téo A BEIJA-FLOR SOBE O MORRO — Apresen- riner — 20:20).
telefona para ela que diz que o registrara. para tação da Escola de Samba, sob a direção de Milfont. Direção de Sérgio Rocha. Teatro do
3 — Atenção. diz que não há nada de novo a respeito do
Crystal visita a criança e diz a Karany que Cavalo. Sesc de S. João de Meriti, Rua Tenente AMANHÃ
Valter vai ao Haras. Valter afirma Joãozinho Trinta. Morro da Urca, Av. Pas-
55 0 — Cavalo Amarelo. Nove- contínua a amá-lo. França discute com Manoel Alvarenga Ribeiro, 66. Do T a 4°, às
Ia de ivani Ribeiro. Di- Glorinha por causa do filho, na frente de que náo irá embora enquanto ele náo teur,520. Hoje, às22h. __
Roberta, e diz a ela que a outra está aparecer não e Belinha resolve conversar com 18h30m. Ingressos a CrS 60. 20h — Sinfonia Fúnebre e Triunfal,
reção de Henrique Mar- aceita voltar atrás e se recon- Op. 15, de Berlioz (Davis—34:51); Quar-
querendo ter uma vida muito livre. Mel ele, mas NÓS NA CAMA — Show do humorista Jucá teto em Mi Maior, para Violão e Cor-
tins. Com Dercy Gonçal- volta para casa e trata Leandro friamente. ciliar com ele. Viriato vai à casa de Téo, lhe Chaves. Teatro do Hotel Nacional, Av. Nei- COISAS NOSSAS EM REVISTA — Revista das, Op. 2/2 de Haydn (Bream e Quarte-
ves, Rodolfo Mayer e Catucha proíbe a visita de Dalva e de conta que está com o Cavalo Amarelo e meyer, s/ n°. Hoje, às 21h30m. Ingressos a musical. Criação coletiva do conjunto Coisas to Cremona — 18:18); Shéhérazade
Fulvio Stefanini. Anselmo a seu filho. Bartira e Aldeneide Téo lhe diz que chamará a policia. CrS 600, em beneficio da Organização Sio- Nossos. Teatro Rival, Rua Álvaro Alvim, 33 (Asie, La Fl ate Enchantée e L'Indiffe-
fogem de casa. Jucá decide voltar mas se Um Homem Muito Especial, TV Bandei- nista Unificada cio "io de Janeiro. (240-11 35) De T a 6o. às 18h30m. Ingressos rent), de Ravel (Marilyn Horne, Orques-
surpreende com o bilhete de Álvaro rantes, 19h55m — Bóris atende ao pedido tra Nacional da França e Bemstein —
7.00 0 — Plumas e Paetês. Nove- Brazão. de Hannah e não faz barulho. Margareth a CrS 100.
18:38); Concerto em Dó Maior, para
m« Ia de Cassiano Gabus recebe um telegrama e Benedita tenta 7o FESTICAP — Final do Festival de Músico Dois Oboés, Cordas e Continuo, Op. 7/5,
Mendes. Direção de O Meu Pé de Laranja Lima. TV Bandeiran- impedi-la de ler. Hannah diz a Bóris que Popular do Colégio de Aplicação, com a REVISTA de Alblnonl (Holllger e Elhorst - 5:48>;
•x> Jardel Mello. Com Ari tes, 18h — Cecília impede que Eugênio Frei Krikor lhe ensinara como combater apresentação de 13 concorrentes. Teatro Ca- Variações sobre um Tema de Haydn,
continue a bater em Juvenal.,Totoca diz a vampiros. Quando Drácula chega, Bâris sa Grande, Av. Afranio de Melo Franco, 290. para Dois Pianos, Op. 56b, de Brahms
Fontoura, Cleyde Blota, Zezé que Gilda, a empregada de Helena, conta o que acontecera e ele quer falar Hoje, às 20h. Ingressos a CrS 40. HOLLYWOOD GAY —Show de travestis com (Duo Kontarsky — 19:40); Andante pa-
José Wilker e Sura Ber- está contando para todos na cidade que com Hannah. Marta obriga Dr Chico a lhe Angeio Leclery, Kiriaki, Fugica e Edson Farr.
ra Quarteto de Cordas, de Newton Pá-
ele roubou a medalha. Eugênia desconfia dizer de quem ele tratara e ele diz que o dua (Parpinelli, Morelenbaum, Niren-
ditchevsky. NOITADA DE SAMBA — Apresentação de Participação especial de Ana Lupez. Teatro h<?r? e Ranewsky — 6:40); Concerto n°
que Vavá roubara a medalha, mas Santi- rapaz atendido com o ferimento na cabeça Alasca, Av. Copacabana, 1241 (247-9842). a, em Mi fiemoi, para Piano e Orques-
15 0 Ratos do Deserto. Se- nha nào a deixa conversar com ele. Estefà- fora Rafael. Hannah comenta com Drácula Baianinho, Xangô da Mangueira, Mariuza,
2o e 3o, às 21h30m, 6o e sáb, às 23hl5m e trâ ("Imperador"), Op. 73, de Beetho-
nia comenta com Lili que Paulo nào pode que enquanto ela estiver viva, não terá conjunto Exporta Samba, Zeca da Cuica e
riodo. dom, às 19h30m. Ingressos 2o, 3o e dom, a ven (Arrau — 39:07); Choros n° 6, de
ficar sabendo que estáo dizendo que Zezé Rafael. Benedita entrega o telegrama de passistas. Convidados especiais: o conjunto Villa-Lobos (Orquestra RIAS de Ber-
20 0 -João da Silva. Novelo roubou a medalha. Gabriel se encontra Margareth a Marta e esta dorme com ele Nosso Samba. Teatro Teresa Raquel, Rua CrS 250 e CrS 200, estudantes e 6o, e sáb. a
lim, regência do autor — 25:35).
didática. com Paulo, afirmando que os comentários na mão, sem o ter lido. Siqueira Campos, 143 (235-111 3). Todas às CrS 300.
 PÁGINA 8 n CADERNO B D JORNAL DO BRASIL ° Rio de Janeiro, segunda-feira, 10 de novembro de 1980

Teatro VERÍSSIMO
b...)
DOIS LIVROS
IMPORTANTES
ri—- S*Wp V amor? 5

Yan Michalski 1 \

cerca de seis anos todos os que, nas Universida-

des ou fora delas, ocupam-se de estudos de Histó-
ria do Teatro, ou simplesmente interessam-se pelo
assunto, esperavam que a Editora Perspectiva
HA completasse, com o lançamento do segundo volu-
hLJtk
me, a publicação de Mestres do Teatro, de John Gassner, cujo '
primeiro volume saiu em 1974. Agora, a coleção está completa: PEANUTS CHARLES M. SCHULTZ T
sifflj
•'

um sólido segundo tomo de quase 500 páginas estende a

erudita investigação histórica do pesquisador norte-
HORÓSCOPO MAXKLIM
americano da revoluçáo ibsenlana até os meados do nosso MUITO BEAA-, TIME 1 ES- ESTÁ NOS ACUSAM- POR FAVOR, ESTÁ NOS ACUSAN-
século. Alberto Guzik, que junto com Jacó Guinsburg organi- TE É NOSSO LÍILT1MO DE NÃO FAZER-UHE
zou e traduziu o valioso material, definiu muito bem o alcance cTOGO... POR ISSO,
DE FALTA DE CON- Lucy... ÁRIES — 21/3 a 20/4
da obra, comentando: "Sim, Mestres do Teatro é um relato CENTRAÇÃO ? FAVOR ?:
^7,-
acadêmico e longo. Mas o classicismo do autor formou ho- QUERO GUE TODOS —» ©
Esta segunda-feira, relativamente tensa, manterá
mens de teatro como Richard Foreman e Augusto Boal, táo SE CON- inalterada a rotina profissional do ariano. Mo-
diversos dele quanto diversos entre si. O valor do texto de CENTREM! mento inoportuno para inovações de caráter fun-
Gassner está em sua habilidade para evitar o monólogo e cional ou pessoal. Continue vigilante no plano
convidar ao diálogo. Convite que vale atualmente, da mesma vr >- . ? financeiro. Acontecimentos adversos em família
forma pela qual valia em 1940 (data da versão original da obra, V cr s Sua tendência paro a busco de novidades
poda
revista e atualizada pelo autor em 1954). É útil e enriquecedor aaWV 3 l-H-vv * ^''•/"jgt «-#vtc**tA-ij». levá-lo a romance inconseqüente • a oborreci-
acompanhar a visão rigorosa e humana que este livro traça de mentos. Saúde em fase neutra.
2 mil 500 anos da história de uma Arte." De todas as obras / 5
disponíveis em português, e que pretendem dar uma visão 8-ZS f mm\ l
abrangente da trajetória do teatro ocidental desde as suas TOURO — 21/4 o 20/5
origens, não conheço nenhuma que forneça Informações mais
completas e bem fundamentadas do que esta. A.C. JOHNNY 4ART Perspectiva de acentuada melhora em seu relacio-
Depois dos teatros completos de José de Alencar, Gonçal- namento profissional com aumento de
ves Dias, Joaquim Manuel de Macedo e Qorpo-Santo, a
Inestimável Coleçáo Clássicos do Teatro Brasileiro do SNT NÚME.ROÔ PRIMOS ...os filhos de tios ou de ganhos
passível de ocorrer hoje. Bom clima para todas as

lança, em dois volumes, 14 comédias de um dos mais argutos tias de dados ntfmeros, iniciativas de caráter financeiro. Assuntos ligados
à família terão solução hábil. Cuidado com a
comentaristas teatrais da vida brasileira da segunda metade o
século passado, França Júnior. Desta vez evitou-se, no título, a
em relapdo às sobr> inhas possibilidade de assumir novas responsabilidades

expressão Teatro Completo, pois há Informações da existen- ou aos sobrinhos destes sentimentais, onde lhe estará reservado doloroso
decepção. Saúde inalterado.
cia de pelo menos nove outras peças de França Júnior, cujos e vice-versa...
textos não puderam, apesar de todos os esforços da equipe, ser
localizados. O setor de publicação do SNT náo perde, porém, a GÊMEOS — 21/5 o 20/6
esperança de poder preencher um dia esta lacuna e acrescen-
tar, então, um terceiro tomo aos dois agora editados. No
Criatividade acentuada
confronto entre as diversas edições existentes, o texto foi para assuntos ligados à
decoração ou modificação ambiental. Plano
estabelecido por Edwaldo Cafezeiro, com a colaboração de fi-
nanceiro bem-sucedido. Busque
Carmem Gadelha e Maria de Fátima Saadi, e a coleção Inclui, conlrole mais
efetivo sobre suas despesas rotineiros.
além dos textos das peças, uma biografia de França Júnior
escrita por Arthur Azevedo e anotada por Aluísio de Azevedo, j) F Wé IntwprtoM. Inc.. IM *2f {ar- favorecidas com boa indicação
Viagens
para profissionais
obrigados por dever de ofício a constante
uma excelente introdução crítica de Edwaldo Cafezeiro, e uma mento. Carência afetiva e vulnerabilidade
desloca-
deliciosa série de desenhos e caricaturas ilustrando a época senti-
em que França Júnior viveu. KID FAROFA TOM K. RYAN
mental. Saúde em
período positivo.

¦ ¦ Tim CÕRfiA /fROVORADAi ^ CÂNCER — 21/6 a 21/7

...O CARISMA, UM DO OUTRO!
"LISARB": nal sob a luz Irreverente da far- VO PULGA n€BGLPe EST*' £U € ELE ESTAMOS FAMOSOS.
sa, tratamento esse que nos
ADORANDO. A TRiBO INTEIRA mcLÜSM, PASSAMOS O TEMPO PBVO TERMINAR, PRA APU' Posicionamento astral indicando
possibilidade d*
possibilita manter viva a dlnâ- CAR UM POUCO M4fS & L0' oferecimento de novo emprego ou ocupação.
mica da representação teatral, FICOU EMBASBACADA COM TODO, MORANDO...
GAÚCHOS NO na espatifaçào das aparências,
O TALENTO D€L€. ÇÃO CARISMÁTICA. ABRAÇOS,•
Procure demonstrar equilíbrio e senso de iniciati-
va nas suas decisões. Especulações favorecidas.
deixando-a grave e alegre ao
0K.£XPR£SSO PA y Grande apoio de nativos de Peixes e Escorpião.
CACILDA mesmo tempo." O espetáculo
estreou em abril em Porto Ale- Tranqüilidade no plano familiar. Paixão ardente
gre, e já fez temporadas em que se revelará de pequena duração. Controle
surpresa, sem tempo Curitiba e Sào Paulo, sempre seus impulsos. Saúde ainda em bom
período.
uma divulgação com boa acolhida do público e
DEparamais eficiente, o grupo da crítica. É uma pena que a
Ato Sereno de Porto Alegre sua visita ao Rio seja tão curta
aparece no Rio para apresen- e Improvisada, porque há indi-
LEÃO — 22/7 a 22/8
tar, só de hoje até quarta-feira, cios de que Lisarb estaria a
no Teatro Experimental Cacll- merecer um contato mais tran- Dia de grande favorabilidade para negócios
que
da Becker, o seu espetáculo Li- quilo com o público carioca. Os Q U<0 Unlud Ftatur. Syndiut., ln>. ^/yAy envolvam imóveis. As tarefas de difícil execução
sarb, ou Multi Antes Pelo Con- textos de Veríssimo foram poderão ser levadas avante com êxito e em tempo
trário, baseado em crônicas do adaptados e dirigidos por DU- U MAlrU Dili LU BRANT
exceljÁte humorista Luiz Fer- mar Messias, com cenário e fi-
PARKER E JOHNNY HART preciso. Boas perspectivas financeiras. Desacons»-
lhadas as especulações. Compreensão e apoio d*
nando Veríssimo. Segundo o gurinos de Alziro Azevedo, mú-
grupo,
"Lisarb é um
grande e slcas de Careca da Silva e Flá- W ESCUTE SO MEU ^ ...Al', EU DIGO /^P^Í>v T^OCJÊ. TIN MA DE EXV% parentes e amigos. Um convite há muito esperado
1 PLANO.' VOGE /V\E •"^ °\ poderá materializar-se hoje. Saúde em fase neu-
estranho pais onde tudo acon- , vio Renascença. No elenco: Ca-
tece ao contrário. A partir dal o tulo Parra, Eleonora Prado,
J ONDE VOCÊ A, © I GIR SUA PARTE, cIUS-l tra com indicações de riscos nas vias respiratórias.
DEIXA FUGIR...^M ME ENCON- x- VrepaRTE ;I NA SALA DO TRO-]
) ÉJ°
espectador vê passar diante de Fernando Zimpeck e Pilly
seus olhos cenas da vida nacio- Calvin. |k
VIRGEM — 23/8 a 22/9
Dia recomendado para o virginiano iniciar ou
formar nova sociedade, notadamente com natl-
vo (a) de Capricórnio ou Câncer. Planos financei-
ros carentes de cuidada análise. Evite confidencia
a pessoas que não lhe sejam íntimas. Plano
V9 kM
Ami 'J^^^Al^M
mvA
Aa\JmA W% mWi-4B
^Ê^AmmmmW Wm
mÂú' É ÊÈ A
familiar disposto harmoniosamente com a ocor-
rència de bons momentos e agradável vivência.
Desentendimento amoroso. Saúde boa.

UBRA —23/9 a 22/10

LOGOGRIFO JERÔNIMO FERREIRA

fJéví .aA^Wl i I
Um seu projeto terá hoje excelente receptividade.
Dia particularmente desaconselhado para investi-
PROBLEMA N° 535 11. gosto (5) Consiste o LOGOGRI- mentos que envolvam grandes quantias. Especu-

W 1. batina de padre (7)

2. coisa que agrada (7)
12.
13.
mais velho (6)
pequeno sino (6)
FO em encontrar-se de-
terminado vocábulo,
laçôes desfavorecidas. Notícia de grande influên-
cia no plano pessoal. Assuntos familiares serão

s
cujas consoantes \à es- resolvidos com o emprego de sua habilidade.
3. concerto à noite e ao ar livre 14. rainha (8)
tão escritas no quadro Afetos baseados em clima de aventura. Saúde
(8) 15. sabão aromatizado (8) acima. Ao lado, à di- sem maior alteração.
4. conhecer (5) 16. sebático (8) reita, é dada uma rela-
O grupo gaúcho Ato Sereno apresenta até 5. curar (5) 17. setilha (6) ção de 20 conceitos,

quarta-feira, no Teatro Cacilda Becker, um 6. danificar de propósito (7) 18. sup (7) devendo ser encontra- ESCORPIÃO — 23/10 a 21/11
7. devoto (8) 19. vendedor de sebo (7) do um sinônimo para
espetáculo baseado em crônicas de Luís cada um, com o nume-
8. entrever (6) 20. vendedora de sabão (7)
Fernando Veríssimo: Lisarb ou Multi Antes 9. erudito (5)
ro de letras entre pa- Um acontecimento bastante agradável ligado a
sua vida profissional poderá ocorrer hoje. Favore-
rênteses, e todo come-
Pelo Contrário 10. feminino de sabeu (6) Palavra-chave: 11 letras çados pela letra inicial
cidos as solicitações de emprego ou promoção
da palavra-chave. As funcional. Grande emoção. Bom período
para

EM UM ATO B Soluçóei do problema n° 534: Palavra-chave: POLISSACARÍDEO

O carioca Antônio Carlos dos
Santos Carvalho venceu, com
As Três Luas de Junho e Uma
de Julho, o Concurso de Dra-
maturgia Infantil do SNT, abis-
coitando o respeitável prêmio
de 200 mil cruzeiros. O segundo
prêmio coube aos paulistas Jo-
sé Rubens Chasseraux e Sérvu-
lo Augusto, com A Lenda de
Piuí; o terceiro ao carioca Pau-
lo Afonso de Lima, com Bom
Dia, Comadre; e os prêmios de
arbitrário que deteve por tanto
publicação à paulista Cláudia
focada nas suas possibilidades
de divulgação.
Continua também o impas-
se em torno da peça O Loló de
Dona Loló, de ty Cena, proibi-
da pela Censura carioca, que
parece estranhamente entre-
gue a uma escalada de endure-
cimento regional, como se qui-
sesse vingar-se, sobretudo em
cima de grupos jovens e mais
indefesos, da perda do poder
Parciais: poderosa; passadio; pícaro; poleiro; palácio; poceiro;
letras de todos os sino-
nimos estão contidas
no termo encoberto, e
suas finanças. Busque maior controle com os
gostos inúteis. Equilíbrio e apoio de parentes.
Amizades novas. Clima de amplo sucesso com o
paceiro; precioso;
poliose; pálrea; poderio; padiola; passeador; piscador; preladia; peciolado; policia; respeitando-se as le- sexo oposto. Saúde boo.
tros repetidas.
processado; procela; possear.
SAGITÁRIO— 22/11 a 21/12
CRUZADAS CARLOS DA SILVA Uma proposta de trabalho lhe exigirá rápida
HORIZONTAIS — 2 — empresa ou administra- das; 23 — erva lenhosa e trepadeira, da famílio decisáo. Coerência no trato com colegas de traba-
cão pública em qus mamam os políticos e
funcionários desonestos (pi.); empresa ou nego-
das leguminosas, forrageira para o gado de im ^i 3i *i i ^ Bi ^ÊÊÊ
lho. Evite confissões feitas de formo impensada.
Possível umo curta viagem. Uma demonstração
certas regiões do NE, cujos vagens produzem
de apoio de parente próximo chegará em oportu-
cio, público ou particular, em que políticos e uma espécie de feijão aproveitável, sendo at no momento. AAaior equilíbrio no plono familiar.
funcionários protegidos auferem lucros ilícitos
folhas trifoliadas e as flores violáceo-pálidas; 24
—¦|—n ^f Procure demonstrar em termos afetivos maior

de Castro, com Mão de Ferro e
a Estrela Cadente, e ao mineiro
Marcos Antônio R.A Santana,
com Fiduska, Fiduska, Maria
Paduska. De leva dos concur-
sos de 1980, só falta decidir o de
Dramaturgia Para Adultos,
tempo. O recurso dirigido à
Censura Federal de Brasília es-
tá até agora sem resposta.
O ciclo de palestras A Lin-
guagem Cênica de Hoje, pro-
movido pela Escola de Teatro
Martins Pena no teatro Càndi-
(pi.); — aguardente de alto teor alcóolico com
gosto semelhante oo do rum, destilada no Extre-
mo-Oriente, da seiva fermentada de uma pai-
meira, ou da pasta fermentada de arroz •
melavo; 9 — estímulo, incitamento; 11 —(Port.)
~
— pedaço de algodão embebido em azeite-de-
domínio de seus sentimentos. Saúde boa.
dendê, e em chamas que, nos candomblés se põe
na palma das mãos ou se faz que o ingira as
pessoas de quem se suspeita estejam simulando
possessão; 27 — arbusto de frutos saborosos que
T ¦P1^
i ¦ «*
CAPRICÓRNIO — 22/12 o 20/1

com desfecho previsto ainda
para este mès.
Os Órfãos de Jânio, de Mil-
lor Fernandes, uma das mais
longas carreira do ano, festeja
do Mendes, programou para
hoje o depoimento, já várias
vezes adiado, de José Celso;
para a próxima segunda-feira,
o de Fernanda Montenegro; e
mulher sonso, hipócrita; certa rede de pesca, no
Douro; 13—tecido fino de lã, paro vestuário; 14
— filho de Netuno e de Pitãnia, ou de Júpiter e
de uma ninfa; 15 — grande escudo de madeira,
por vezes guarnecido de couro, usado outrora no
1—n-^^
cresce nas praias baianas; 28 — conjunto de O copricorniano terá hoje um excepcional mo-
instruções elaboradas • reunidas na seqüência
Pm~w mento paro demonstrar sua energia no desempe-
nho de qualquer novo atividade. Contatos benéf i-
correta para um computador desempenhar uma
cos com nativo(a) de Virgem e Escorpião. Chegada
operação ou uma série de operações, um progra-
ma pequeno ou uma parte de um programa;
inesperada de parente afastado. Um encontro nâo

quarta-feira a sua 200* apre-
sentação. Duas recentes mu-
danças no elenco: Vera Fajardo
substituiu, definitivamente, a
Stella Freitas, enquanto Jac-
queline Laurence está fazendo,
durante algumas semanas, o
papel criado por Tereza Ra-
chel, que está viajando.
Outra substituição, esta por
apenas duas semanas: Luca de
Castro, em função de compro-
missos televisivos, ausentou-se
de Uma Noite em sua Cama, e
está sendo substituído, até o
dia 15, por Anselmo Vasconcel-
los. A comédia está batendo os
recordes de público anterior-
mente estabelecidos no Teatro
do América F. C.
A Censura carioca continua
retendo, sem nenhuma explica-
çáo, os cartazes de publicidade
de Os Polícias, e agora também
um tape gravado para a divul-
gação do espetáculo na televi-
são, causando assim um injus-
tificável prejuízo à produção.
Náo deixa de ser absurdo que
uma peça seja liberada para
exibição, mas virtualmente su-
para o dia 24, o de Aderbal
Júnior.
A sessão de amanhã de
Campeões do Mundo será em
beneficio da Casa do Estudante
Universitário. Os Ingressos es-
táo à venda na própria CEU,
Av. Rui Barbosa, 762, tel. 265-
8817, e nas livrarias Muro (Ipa-
nema) e Leonardo da Vinci
(Centro).
A Associação de Espectado-
res TECO promove dia 24, no
João Caetano, a sua festa anual
de entrega do Troféu As Masca-
ras aos artistas e personalida-
des escolhidos como destaques
de 1980. Agora eles ganham
também o Troféu Cinco Estre-
las, oferecido pela Cruzeiro do
Sul, e acompanhado de passa-
gens Rio—Buenos Aires—Rio.
Uma nova versáo de Woy-
zeck, de Georg Buchner, estréia
dia 15 no Teatro Lararyeiras,
numa produção do Grupo Car-
roça de Téspis dirigida por Pau-
lo Afonso de Lima e protagonl-
zada por Cláudio Gonzaga.
Também no elenco, entre ou-
tros, Neila Tavares e Isolda
Cresta.
Japào e que o arquei ro colocava diante de si
antes de atirar; 17 —-pouco elevado do nível do
solo,- 19 — comisolão folgado e comprido usado
pelos nagôs semelhantes oo traje nacional da
Nigério (pi); túnica bronca com que os negros
males vestiam os cadáveres (pi.),- 21 —divinda-
de romana que presidia à cunhagem das moe-
VERTICAIS — 1 — contar (a galinha) e as outras
aves que lhe imitam o canto; 2 — mandioca
ratada que depois de espremida no tipiti, é
peneirada antes de ir ao forno, onde pelo
cozimento se completo a fabriaçõo da farinha e
das diversas espécies de beijus (pi.); grandeza
fundamental da Física que medea inércia de um
corpo, e queé igual à constante de proporcionou-
dade existente entre uma força que atua sobre o
corpo e a aceleração que esta força lhe imprime
(pi.); 3 — acontecimento fortuito; fato imprevisto;
4 — o conjunto das instalações necessárias aos
serviços e comodidades dos usuários de um porto
para pequenos e médias embarcações; 5 —
tembetá 6 — cavalos goro-
dos tupinambás;
nhões oos quais competem padreor um lote de
éguas; 7 — no último quartel do séc. XVII, peça
instrumental monotemática, de construção terna-
seqüência de atos ou procedimentos que se
observa peia força do hábito; 30 — membro da
congregação religiosa fundada por S. Vicente de
Paulo com o fim deevangelizara gente pobre do
campo, nome advindo de
"Casa
de S. Lázaro",
primeira casa onde funcionou a Congregação em
que se cuidava dos leprosos.
ria, e que consta de três movimentos, alternada-
mente rápidos e lentos, como na antiga suíte,
mas que, em vez de serem designados pelos
nomes de danças, a são pelos respectivos anda-
mentos; 10 — símbolo do rádio; 12 — divindade
sumeriana; 16 — antigo navio à vela, de
mastreaçáo constituída de gurupés e dois mas-
tros: o de vante, mastro de escuna, o qual
enverga também vela latina quadrangular, e o
de ré, mastro de lugar; 18 —conjunto ou pessoa
mais cultas; 20 -»- pequeno convento de budistas
japoneses; 22 — diferença infinitamente peque-
na; um quase nada; 25 — registro escrito de um
obrigação contraída por alguém; 26 — moeda
divisionária da Indio, correspondente a 1/16 da
rupia; 29 — o meio de transmissão dos ondas do
rádio e televisão. Léxicos: Morais; Melhoromen-
tos; Aurélio e Casanovas.
-33 previsto com pessoa de grande significado em suo
iffl™-^ vido sentimental deverá motivá-lo de forma bas-
~35 ^H~~AÊ— tante intenso. Saúde carente de exercícios.
AQUÁRIO — 21/1 o 19/2
¦-3Õ _Li—¦-_* Uma grande oportunidade deverá surgir hoje
relacionado a sua atividade profissional. Podem
lhe ser propostas mudanças de atividade. Clima
favorável em termos financeiros. Aguarde solici-
tação de amigo. Evite polêmica com pessoo idosa.
Vida familiar em posicionamento de tranqüila
paz. Bom período pora a formalização de compro-
missos sérios no amor. Saúde inalterado.
SOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIOR
HORIZONTAIS — marcadores; abaiba; apo; rabdologia;
red; bib; etocratico; taf; ados; antro; soricideos; odoxis- PEIXES — 20/2 a 20/3
mo; rosai; rea.
Uma boa notícia marcará o seu dia de trabalho
VERTICAIS — marretas; abaetado; rabdoforo; cid; abo- hoje. Favorecidas as mudanças de residência
bra; dalia; rag; epi; soado; obtundir; ceroma; sida,- aix;
para
cidades próximas ou localidades ligados à sua
tese,- oso; cal.
atual ocupação, se viajante ou motorista. Apoio
decisivo de amigos no plano pessoal. Contradição
na convivência familiar. Busque ampliar seu
Correspondência e remessa de livros • revistas
chara-
diálogo com o pessoa omòda, evitando opiniões
dísticos para : Rua das Palmeiras, 57, ap. 4 —Botafogo definitivas. Saúde em período em
que se reco-
menda cuidado. Resfriodos.

José Carlos Oliveira
O DIA DO
••
SEQÜESTRO - 3
muitas fanta-
sias e tolices, ditas
com ar professoral a
respeito da crônica,
ENTRE
d mais falsa é aquela que
afirma ser o cronista uma
personalidade dividida, in-
decisa entre o jornalismo e a
literatura. Não hâ divisão
nem indecisão: o cronista
que se preza é antes de tudo
jornalista, e ambos são escri-
tores. Quem acredita na per-
sonalidade dividida são
aqueles que a têm esquizofre-
nizada: o jornalista, cronista
ou repórter ou redator ou
etc, que se sente diminuído
no exercício honrado de sua
profissão. Na origem do seu
drama íntimo está uma falsa
concepção da literatura. Ele
imagina que a literatura é
imaginária, enquanto o jor-
nalismo seria objeto. Em ou-
trás palavras, considera
mais prestigiosa a mentira
que a verdade. Esta é uma
situação psicológica tipica-
mente parnasiana. O parna-
siano vive uma realidade de
papelão; ele transforma a
prostituta em musa, a tuber-
culose em heroísmo, o coti-
diano em Grécia antiga.
Confunde forma com forma-
to; cenário de ópera com pai-
sagem; e palavreado oco
com verdades eternas. Veja-
se por exemplo o que diz Ola-
vo Bilac às crianças brasilei-
ras: que elas nunca verão
nenhum país como este. Em
seguida, Bilac enumera as
provas, a seu ver incontestá-
veis, pois são pronunciadas
em forma categórica, de que
efetivamente não há-, em nos-
so planeta, nada parecido
com o país de que nos ufana-
mos. "Olha que céu, que mar,
que luzes, que floresta!" Ora
bolas! Todos os países, sem
exceção, têm céu e luzes; ál-
guns poucos, confirmando a
regra, não têm mar ou flores-
ta. Se isso que faz Olavo Bi-
Ute é literatura, prefiro ser
estagiário de reportagem po-
licial. Mas a geração parna-
siana está aí, crente que se
modernizou porque aceita a
literatura moderna, quando
a questão é saber {eles igno-
ram) qual a função da litera-
tura e qual o compromisso
do escritor. Porém estou bi-
furcando; voltemos ao ponto
de partida.
¦ As portas se abrem com
mais facilidade para o cro-
nista que para o repórter, e
as revelações interessantes
são apanhadas no ar, sem
que o inconfidente desconfie
que está sendo ouvido por
um profissional da curiosi-
dade. Neste sentido, o jorna-
lista que assina os seus arti-
gos funciona como um con-
tra-espião a serviço da cole-
tividade. Ele publica aquilo
que o SNI arquiva. (Aqui,
com efeito, o escritor assume
um papel mais grave: é ele
um espião de Deus. Numa
rápida associação de idéias,
escolho Mareei Proust como
paradigma desse estilo de
existência.) Ele fornece à co-
munidade os elementos de
que ela necessita para saber
ó que está acontecendo; em
decorrência, o seu inimigo
predileto, o mal que ele com-
bate, é a ansiedade provoca-
da pela ignorância dos fatos.
Em especial, os fatos produ-
zidos à sorrelfa pelos deten-
tores do poder.
"'Assim,
cheguei naquela
noite ao Antonio's efui rece-
bido pela notícia espantosa
transmitida pelo cronista
Paulo Mendes Campos:
, .— Raptaram o embaixa-
i dor americano.
CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, segunda-feira, 10 de novembro de 1980 D PÁGINA 9
.;n»in::iup»mt;:t:
ijí!:u«ttt:itíií:t:iu:i;:;rr.:n;jnrtríí::::r:tíii:::t:; " jt fíffl HttftftfHffíttSHH íHHHHfflftWlii i: i
\\%\lil 1 ifíH. ^::::::::::;:;:j::^:::::::::;::;:t::!:!:::::::
iEíih.mis;i"";'HBiiiniMiiiiHHii uitii '"*! i 'i ' --¦ - r , i
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* ""flr -^
i jiiTPíir i'i i 'iií i'üii!«''' y ^m
^m SB_H___»aBffifeaisiimfa!
llllillllillll
;ijã}::::niaíjj:íjgti::!r
BaffiiaaOTiSastSa!aiaaai ILSsililárH
1 ^m m m m \%m
¦
1
Sears
1, ^^H I H _________P__f-> i
s:t
Rapto ou seqüestro, tanto
faz. Arrebataram o homem
no meio da rua e o guarda-
ram ninguém sabia onde.
ir lüijf uiiJWl ^H ¦ W • ^B
ppTiPHnTni;itntfMninftr:llp)n;n;rfWW|^^fc_ ^Am ^^H ^H ^^^^^^^_^ ^m
Certos acontecimentos nos mWWgnlÉáiliiilihliilBmSSiw^L m m ^—^ I m m
ultrapassam, exercendo so-
liffifeiiafflgSaHSllíH
MllPIisi i!|!S$fâpS
glSSJíliffl
m
bre nós um fascínio ante o ' r'' '¦.;''
Kr'4!]H.I'""S"Mnr.£Si:j.:|]^
~
> "!" ¦ Jír:1-"- - ^«-^"JÍÍpfflF iMteSnTÍB^^^(|lffii
.' ¦¦¦
M^S ;: rni^-: TJ àllaGHjíi r-i í^igsjj jjjjgyttj
-Brf3tí!§5»||t_^lS§!i
qual nossas opiniões se tor- '4.y.v4y '¦¦::
.: M .:':¦:
!.m H80 - JlF1«!ilffi!!lL ¦¦ ¦; -.¦jitt.:'il
:V:;;^i;;L L ._"_. _____m:S!_I .'"!_!.l!.!r
' -' • ¦" H. '¦'
i....!!*!.«! 'H j!JaB.I'!lniÍíil -" '
nam fantasmagóricas. O i !. - ai l i Jt : «.«' _ i. -a.
acontecimento em si é tudo o
que temos e a única coisa
que nos interessa. Naquela
noite, no Antonio's e em toda
parte, ninguém se perguntou
se era lícito ou não seques-
trar um embaixador. Per-
guntava-se apenas: "E ago-
ra?" Porque o fato em.si era
um precipício no qual fora-
mos precipitados — a escuri-
dão, o abismo, o medo de
bater com os ossos no fundo
da queda, que tanto poderia
ser constituída de água —
uma chance de suavidade —
quanto de pedra, um dano
irreparável.
No dia seguinte, os jorna-
listas que circulam nos luga-
res certos, graças ao feed-
back assim estruturado, já
sabiam — mas era uma ciên-
cia atemorizada, uma estu-
pefação, algo assim como um DE CRÉDITO SEARS ' ¥^r*feé~ ° Hf^finl^J^jÇO *'%\ #'•
pressentimento que se revela
falso por ser verdadeiro em
atualidade, isto é, contempo-
râneo daquilo que pressente;
eles jâ sabiam, nós já sabia-
mos quem poderia ter feito e
onde poderia ter ido. O siste-
ma de informações do Go-
verno andaria mais devagar
que o nosso por causa da
pergunta angustiosa com
que se defrontava: — Até on-
de eles (os terroristas) serão
capazes de ir? Nesse período
e nesse sentido, todas as poli-
cias da ditadura se sentiram
desmoralizadas. Pois a ação
policial, caso convergisse m>
para o ponto correto (o "cár-
cere do povo"), poderia de-
terminar outro acontecimen-
to, infinitamente mais grave:
o assassínio de Mr. Elbrick.
No dia 13 de dezembro de
1968, quando foi promulgado
o AI-5, o único freguês que.
ficou bebericando no Anto-
ràtí&jui eu, acompanhado de
uma jovem que estava che-
gando da Europa, que fora
jantar ali com dois amigos, e
que me chamou para a sua
mesa por uma espécie de
compaixão difusa, ou solida-
riedade abrangente. Porém
na noite do seqüestro do Em-
baixador, o Antohio's só fe-
chou na hora de reabrir. É
do estilo dos bares, em qual-
quer cidade, essa reunião in-
terminável de pessoas ávi-
das de informação, quando
ninguém sabe quem, quando,
onde e por quê. Nas ruas, o
espetáculo assumia o seu es-
tilo popular: pessoas andan-
\ I V
do com rádio de pilha colado
no ouvido. Economize até CrS 240,
Em cada coração, batia
em sístole-diástese uma ale- Camisas US TOP de algodão xadrez, em vários
gria indescritível, nascida
da certeza de que, nas próxi- padrões e cores à sua escolha. Modelos jovens.
mas horas, ninguém iria ser
preso sob suspeição de com- Para garotos- Tam.: 8 a 16 Para rapazes-Tam.: 0 a 5
bater a ditadura. A guerrilha
urbana imobilizara a ditadu- De Cr* 599, por De CrS 79Q por
ra; os seqüestradores não
pretendiam isso, especifica-
mente — mas sua ação, tor-
nando impraticável a reação
correspondente, devolveu a
cada cidadão o sentimento
provisório, mas pleno, de es-
tar livre na sua cidade, de
não estar sendo perseguido
de um modo ou de outro.
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todo gosto o vigor inventivo desse grupo onde o
saxofone, o violoncelo, a tuba e a bateria tra-
vam um permanente diálogo intrincado entre a
por 3 dias. cores: salmon, azul, amare- reminiscència do velho blues e os recursos
atonals da música de hoje.
O mesmo sentimento de contenção, para
lo e bege. Tam.: de 42 a 48. náo dizer frustração do entusiasmo, se deu, dois
dias mais tarde, com o concerto do Chicago

m De Crí. 333. por ESSE Blues Festival, outro grupo vindo dos EUA,
com seis componentes e predomínio das gul tar-
ras elétricas. Fazendo honra à verdadeira meca
do blues, em que se transformou Chicago sobre-

"JAZZ"
tudo depois dos anos 20, o grupo obteve logo a
»,«o< »W adesáo do público, com suas cadências de pai-
mas, vaivém de cabeças ou estertores de corpo
inteiro. Mas nem mesmo umas quatro ou cinco
explosões mais para as bandas do rock, com a
gaita de boca de Johnny Dollar soando altíssl-
mo ou a voz rouca de Sammy Lawhom raspan-
do o espaço, conseguiram manter a seçáo ao
nivel crescente do gozo coletivo. Quando se

Cr$ mi O d? cada
Roberto Pontual
Correspondente
estava no mais aceso da história, soou o gongo
fatal do limite de horário. E nâo houve como
retirar um único som suplementar do grupo.
Encabulados com a restrição, seus componen-
tes simplesmente saíram de cena depois de
alguns acenos para um público de pé, pedindo
mais alimento.
(via Varig) — Demorou, mas Entáo, que beneficio esperar dos 11 concer-
agora Paris Já dispõe também de tos programados para o Théatre de Ia Ville, dos
seu Festival Internacional de Jazz, outros seis no Théatre Present (já fora do
a repetlr-se de ano em ano. O pri- centro chie, em bairro mais popular) e de ainda
meiro acaba de se realizar. Como nove no Théatre Dunols — além das apresenta-
PARIS Iniciativa da Prefeitura da cidade, o ções tarde da noite em clubes tradicionais de
encontro é a oficialização de uma jazzmania jazz, como Le Petit Journal e Le Dreher, ou das

4S
K hoje crescente na França Inteira. No início de
outubro, por exemplo, Nancy se viu ocupada
com 10 vibrantes dias de jazz pulsations. No
fundo, quanto a este setor da música, a situa-
sessões contínuas de curta e longa-metragens
jazzlsticas no cinema Le Marals — tudo Isso
compondo a maratona do Io Festival Interna-
cional de Jazz de Paris? De um lado, algumas
çáo velo andando Invertida no pais: foi a pro- estrelas puderam reaparecer no Armamento,
í«L ií* víncia que se adiantou à Capital, com a promo-
çáo intensa, regular e entusiástica das multi-
para alegria dos que se esquentam na presença
de grandes nomes. Velo, por exemplo, Dlzzy
pias vertentes do jazz. Gillesple, 43 anos depois de Paris ter conhecido
No momento, porém, a vez de comando pela primeira vez o seu trompete e passados 32
^ÍS passou nitidamente para Paris. Por todo o anos de uma memorável performance de sua
canto, aqui, há sempre uma presença qualquer big band na Sala PleyeL Compareceu também,
do jazz, profissional ou amadorístlca. Concer- talvez como estrela maior por sua reputação
tos quase diários em grandes salas, apresenta- ainda crescente, o colosso Sonny Rollins, dina-

«
¥ çôes menos formais em clubes noturnos, degus-
taçáo lntlmista em locais especializados, repen-
tinas aparições nos corredores do metrô, curti-
çào em plena rua — esta é apenas a parcela
mitador de formas estabelecidas, nascido em
1929, quando o sax-tenor, seu instrumento,
começava apenas a ser desbravado. Da mesma
safra, o Festival proporcionou ainda o contato
mais óbvia de um cardápio para o consumo com Phil Woods, Elvin Jones, Chico Freeman e
tanto de Iniciados quanto das multidões. O Archle Shepp, entre as figuras de primeira
próprio calor com que o público parisiense está linha. E houve, Igualmente, concentrado sobre
recebendo a montagem de Ain't Misbehavin"', tudo no Dunols, um pouco de exercício da
pelo mesmo grupo que viveu na Broadway esse vanguarda na vanguarda: a orquestra de Fran-
estrondoso sucesso de rememoraçáo da histó- çols Tusques, o Sexteto Texture, os grupos Lo e
ria musical de Fats Waller, prova que os ventos Hamsa Music, e o concerto-dançante de Edja
de agora sâo realmente favoráveis: a França Kungali e suas raízes africanas.
náo costuma acolher assim o típico espetáculo Mas, entre a tradição e a inovação — o jazz
dos EUA que se ouve como elixir ou que se acompanha
Mas o problema de conter o jazz no esquema como pesquisa de novas formas, curtiçâo do
grandioso e sofisticado de um festival termina corpo inteiro ou só da cabeça — o Io Festival
sendo sempre o mesmo. Toda vez que se preten- Internacional de Jazz de Paris esteve especial-
de apresentá-lo em formas muito rígidas de mente servindo (chauvinismo obriga?) a pôr em
datas, locais e horários, já por ai ele perde boa destaque, como contrapartida ao rolo compres-
parte de sua substância essencialmente infor- sor norte-americano, um bom número de gru-
mal, o imprevisto da Improvisação que lhe dá pos franceses agora em plena floração afirmatl-
natureza. Para acentuar um pouco mais o ln- va. Nos 11 concertos programados para o Théâ-
conveniente, a Prefeitura de Paris optou clara- tre de Ia Ville, 16 personalidades ou grupos:
* mente pela prudência ao elaborar o programa deles, sete de nacionalidade francesa. Além de
deste seu Io Festival Internacional de Jazz. Ao Martial Solai, desta vez em piano solo, no menu
invés da originalidade que talvez se pudesse à francesa, as irmãs Katla e Marielle Labeque
esperar do evento, a partir da experiência aeu- refazendo Qershwin; o quarteto de Didier Lock-
mulada por tantos outros congêneres, na Fran- wood, o quatuor de saxofones de François
ça ou fora dela, o Festival parisiense foi pouco Jeanneau, Philippe Mate, Jacques dl Donato e
¦'¦I além de uma seqüência convencional de con- Jean Louis Chautemps, e o quinteto de Renê
certos. E verdade que a vasta escala das ten- Urtreger, mais um dos marcados para sempre
dènclas históricas ou vanguardísticas do jazz pela música de Charlie Parker; e as orquestras
A7y nele tiveram presença assegurada e, também, de Carla Bley, um fenômeno de produtividade
wm que alguns nomes contemporâneos exponen-
ciais (mas nâo muitos) no ranking mundial do
jazzística multldlreclonal nos seus bem vividos
42 anos, e de Claude Bolling, o único conjunto
Hl
'
: . 7,
setor conseguiram ser captados na rede. O que francês de jazz até aqui subvencionado pelo
se reclama, no entanto, é da maneira bem Ministério da Cultura e da Comunicação da
comportada com que tudo Isso acabou reunido França.
e apresentado. Com o surgimento mais evidente em cena
¦Ü A escolha do Thèâtre de Ia Ville com núcleo
do Festival já por si determinou esse comporta-
desses e de outros grupos, dirigidos em geral
por gente nascida na década de 30, mas que
W 'yyyyy
,
mento em camisa-de-força. Beirando o luxuoso
nos seus 1 mil assentos em rampa continua e
tém subsistido numa estrutura de apoio ama-
doristlco ao jazz, é provável que daqui para a
ingrime, ele gera uma atmosfera pouco propícia frente o setor suba em profissionalização na
a certos envolvimentos Jazzisticos. A emoção se França. Entre os países ocidentais, sabe-se, por
wm lÜ
esfria e se formaliza, o espaço corta o mergulho exemplo, que este é o único cujas cadelas de
ou vôo. Para piorar, há, questáo do tempo fixo: televisão ainda náo dispõem de orquestras pró-
no concerto de abertura, às 18h30m precisas, prias. Se o panorama mudar, terá sido pelo
um apresentador tratou de lembrar que, sob menos com alguma participação deste Festival
nenhuma hipótese, a seção poderia ultrapassar de agora em Paris, durante o qual um público
as 19h30m. Ou seja, era sentar e escutar por maciço lutou diariamente para conseguir o
Si X.X
I ; uma única hora, sem adendos ou delírios. Dai milagre de uma entrada nos espetáculos. Mas ê
que a apresentação do quarteto do americano quase certo que náo passará disto a contribui-
Arthur Blythe, naquele mesmo dia, Iniciando o ção de um encontro que ficou na festividade de
Festival, tenha transcorrido com a correção superfície e que pecou sobretudo pelos seus
previsível — e nada mais que Isto. Foi bem rigores de formalismo. Esse resíduo de burocra-
pouco para que se pudesse experimentar com cia toma multo dificil o vôo livre do jazz.

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