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CENTRO DE TECNOLOGIA CT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
INTRODUÇÕ A MECÂNICA DOS FLUIDOS
PROFESSOR; ANTONIO BRUNO VASCONCELOS
TERESINA 03 DE JULHO DE 20
Resumo do Capitulo 8 do Livro Introdução a Mecânica dos Fluidos dos autores Robert
W. Fox Alan T. McDonald e Philip J. Pritchard
Sumario
8.1 Introdução...............................................................................................................................1
O escoamento de um fluido é dito interno quando limitado de algum modo por alguma
barreira física, os escoamentos internos podem ser divididos laminares e turbulentos podendo
ser resolvidos analiticamente no caso do escoamento laminar ou pela ferramenta CFD no caso
dos escoamentos turbulentos.
8.1 INTRODUÇÃO
Como visto em capítulos anteriores desta obra o que o regime de escoamento (laminar
ou turbulento) em um tubo é o número de Reynolds. Este número basicamente mede a
diferença qualitativa de escoamento laminar e turbulento de modo que para valores altos de
Re, acima de 2300, tem-se um escoamento interno, e para números abaixo do valor citado o
escoamento é considerado laminar.
Podemos considerar, também que não há forças de massa atuando na direção x, portanto FSx =0
Ao analisar as forças que atuam sobre uma partícula nessa situação percebe-se que
existem tanto forças de pressão quanto forças de cisalhamento agindo nas faces dessa partícula.
Vale salientar que a equação encontrada também poderia ser deduzida partindo das
equações de Navier-Stokes. Podemos obter c1 igualando a equação a zero e fazendo c2=0, u=0 e
y=a onde a é a distância entre as placas, teremos:
𝜕𝑝
c1= - 1/2(𝜕𝑥)a²
1 𝜕𝑝 1 𝜕𝑝 𝑎² 𝜕𝑝 𝑦 2 𝑦
u= ( )y²
2𝜇 𝜕𝑥
- ( )ay
2𝜇 𝜕𝑥
= 2𝜇(𝜕𝑥)[(𝑎) − (𝑎)] 8.5
𝜕𝑝 𝜕𝑝 1 𝜕𝑝 𝜕𝑝 𝑦 1
𝜏xy = (𝜕𝑥)y +c1 = (𝜕𝑥)y - 2𝜇(𝜕𝑥)a = a(𝜕𝑥)[(𝑎) − 2] 8.6
Vazão em Volume
⃗ 𝑑𝐴
Q = ∫𝐴 𝑉
𝑄 1 𝜕𝑝
𝑙
= -12𝜇(𝜕𝑥)a³8.11
3
𝑄 𝑎³∆𝑝
𝑙
= 12𝜇𝐿 8.7
Velocidade Média
𝑄 1 𝜕𝑝
𝑉̅ = 𝐴 = - 12𝜇(𝜕𝑥)a² 8.8
Um segundo caso de escoamento laminar com uma aplicação bem importante é o caso
do escoamento onde uma das superfícies está parada enquanto a outra se move com velocidade
constante, uma aplicação bem comum para esse caso são os eixos virabrequim.
Neste caso teremos como condições de contorno que u = U em y = a. assim usando dos
artifícios matemáticos já utilizados na dedução do campo de velocidade para o caso de placas
estacionarias teremos que, para este caso, a distribuição de velocidade é dada por
𝑈𝑦 𝑎 𝜕𝑝 𝑦 2 𝑦
u= 𝑎
+ 2𝜇(𝜕𝑥) [(𝑎) − 𝑎] 8.10
𝑈 𝑎² 𝜕𝑝 2𝑦 1 𝑈 𝜕𝑝 𝑦 1
𝜏xy = 𝜇 𝑎 + 2 (𝜕𝑥)[ 𝑎² − 𝑎] = 𝜇 𝑎 + a(𝜕𝑥)[𝑎 − 2] 8.11
Vazão em Volume
𝑄 𝑈𝑎 1 𝜕𝑝
𝑙
= 2
- 12𝜇(𝜕𝑥)a³ 8.12
Velocidade Média
𝑄 𝑈 1 𝜕𝑝
𝑉̅ = 𝑙 = 2 - 12𝜇(𝜕𝑥)a² 8.18
4
𝑎 𝑈/𝑎
Y= - 𝜕𝑝 8.19
2 (1/𝜇)( ⁄𝜕𝑥 )
A soma das forças cisalhamento e tensão eu atuam tanto interno quanto externo ao
sistema devem ser iguais a 0. Trabalhando nas expressões das forças atuantes no nu sistema e
integrando-as obteremos
𝑟 𝜕𝑝 𝑐1
𝜏 xy= 2 (𝜕𝑥) + 2
𝑟 𝜕𝑝 𝑐1
u= ( )
4𝜇 𝜕𝑥
+ 𝜇
lnr + c2
𝑅² 𝜕𝑝 𝑟
u = − 4𝜇 (𝜕𝑥) [1 − (𝑅)²] 8.11
𝑟 𝜕𝑝
𝜏 xy = 2 (𝜕𝑥) 8.12
Vazão em Volume
𝜋(𝑅^4) 𝜕𝑝
Q= − 8𝜇
(𝜕𝑥) 8.13
𝜕𝑝
Fazendo 𝜕𝑥
igual a −∆p/L teremos
𝜋∆(𝐷^4)
Q= 128𝜇𝐿
8.14
Velocidade Média
𝑅² 𝜕𝑝
𝑉̅ = ( ) 8.15
8𝜇 𝜕𝑥
𝑟 𝜕𝑝
𝜏 xy= 2 (𝜕𝑥)
̅
𝑑𝑢 ̅̅̅̅̅
𝜏 = 𝜏 lam + 𝜏turb = 𝜇 𝑑𝑦 - 𝜌𝑢′𝑣′ 8.17
Exceto para fluidos muito viscosos em tubos com diâmetro muito pequenos, os
escoamentos em tubos são geralmente turbulentos.
Nesses escoamentos os estudos são feitos em cima de gráficos montados com dados de
dados de experiencias para diversas condições só assim conseguimos expressões que
relacionam velocidades média, máxima e tensão deste escoamento.
𝜕
𝑄̇ - 𝑊̇ s- 𝑊̇ cisalhamento - 𝑊̇ outro = 𝜕𝑡 ∫𝑉𝐶 𝑒𝜌𝑑∀ + ∫𝑆𝐶 (𝑒 + 𝑝𝑣)𝜌 𝑉
⃗ 𝑑𝐴
Perda de Carga
Partindo das equações para a primeira lei e das equações de energia para volume de
controle, teremos
𝑝1 ̅ 1)2
(𝑉 𝑝2 ̅ 2)^2
(𝑉 𝛿𝑄
[( 𝜌 + 𝛼1 + 2
+ 𝑔𝑧1)]termo 1 - [ 𝜌 + 𝛼1 + 2
+ 𝑔𝑧2]termo 2 = (u1 – u2) termo 3 - 𝑑𝑚termo 4
Onde o termo 1 a energia mecânica por unidade de massa em uma seção transversal. O
termo 3 é igual a diferença de energia por unidade de massa entre duas seções de uma
tubulação, ele representa a conservação, irreversível da energia, mecânica na seção de entrada.
Escoamento Laminar
64 𝐿 ̅
h1 = (𝑅𝑒) 𝐷 𝑉2² 8.19
7
Escoamento Turbulento
𝐿 ̅
𝑉²
H1 = f𝐷 2𝑔 8.20
Este tópico trata de usar as equações já definidas para encontrar valores de queda de
pressão em um tubo, diâmetro, comprimento e a vazão de um tubo. O trabalho aqui consiste
em encontrar uma equação que relacione os valores que se tem e os que se almeja e
simplesmente aplica-la no problema.
A maneira mais óbvia de medir a vazão em um tubo é o método direto, que consiste
simplesmente em medir a quantidade de fluido que se acumula em um recipiente num dado
temo.
A pesar de simples esse método requer alguns cuidados. Quando trabalhamos com
gases a alta taxa de compressibilidade do gás pode provocar erros na medição da vazão.
Nesses casos podemos encontrar a vazão teórica pode ser relacionada com o diferencial
de pressão entre as seções de entrada e saída pela aplicação da equação da continuidade e de
Bernoulli. Em seguida, fatores de correção empíricos podem ser aplicando para se obter a vazão
real.
2(𝑝1−𝑝2)
V2 =√ 𝐴1 8.21
𝜌[1−( )^2]
𝐴2
𝐴2
𝑚̇ = √2𝜌(𝑝𝑖 − 𝑝2) 8.22
√1−(𝐴2)^2
𝐴1
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Na maioria dos problemas reais envolvendo mecânica dos fluidos são tratados com
escoamento turbulento, nesse caso desenvolver um estudo aprofundado em cima de
fenômenos e processos envolvendo fluidos de maneira analiticamente não é possível, até o
momento. Para esse tipo de problema são usados métodos numéricos bastante complexos e
trabalhosos.
Com o avanço da computação o estudo da mecânica dos fluidos ganhou uma nova
ferramenta, o cálculo computacional. Usando da ferramenta CFD (Computational Fluid
Dynamics) é possível simular escoamento turbulentos compressíveis ou não e obter um
resultado bem satisfatório para estudo de um determinado fenômeno para aplicação
pratica, principalmente na engenharia.
Será apresentado agora um caso simples de escoamento externo em um perfil
de asa, a ferramenta CFD dessa simulação foi trabalhada através do software Ansys
através do plugin Fluente. O caso trata de uma asa de 600mm de comprimento e em
um escoamento de 133m/s. o volume de controle do problema foi modelado
aproximando-se de um túnel de vento, o escoamento é turbulento como dito antes, e o
sistema de turbulência escolhida no software foi o K-Epson, que usa equações
diferenciais ordinárias de segunda ordem para o cálculo dos coeficientes de pressão e
turbulência, além disso, foi adotado, para este problema, que a diferença de
pressãoentre entrada e saída do volume de controle é 0.
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Imagem 1
Imagem2
Imagem 3
Imagem 4
Imagem 5
A partir de agora dá-se início à fase de pós processamentos, onde iremos atrás dos
resultados efetivos da simulação. Esses resultados em sua maioria serão apresentados em forma
de gráficos, que são plotados em um pano criado ao final do cálculo da simulação.
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