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1 OBJETIVO......................................................................................................................................3
2 MOTIVAÇÃO .................................................................................................................................4
3 HISTÓRICO ....................................................................................................................................8
4 DEFINIÇÕES ................................................................................................................................11
5 PRÉ-SAL ......................................................................................................................................16
7.3 PRÉ-AQUECIMENTO......................................................................................................................29
4.1 O Petróleo
O petróleo é formado pela decomposição de grandes quantidades de material vegetal e
animal que durante milhões de anos, sob ação de altas pressões e calor, gera misturas de
compostos constituídos principalmente por hidrocarbonetos (compostos orgânicos
constituídos de carbono e hidrogênio). O petróleo é, portanto, uma mistura que pode se
apresentar nas fases gasosa (gás natural), líquida (óleo cru) ou sólida (xisto). É
caracterizado como uma substância oleosa, inflamável, menos densa que a água, com cheiro
característico e cor variando entre o negro e o castanho escuro.
Em geral, o petróleo depois de formado não se acumula na rocha na qual foi gerado
(conhecida como rocha geradora ou rocha matriz). Ele migra sob ação de pressões do
subsolo até encontrar uma rocha porosa. Se esta rocha porosa estiver cercada por uma
rocha impermeável, o petróleo é aprisionado em seu interior. Caso as condições de
porosidade da rocha e a quantidade acumulada de material formem uma jazida comercial, o
petróleo é extraído deste reservatório.
O petróleo, por si só, tem pouquíssimas aplicações práticas, servindo quase que somente
como óleo combustível. Para que ele tenha o potencial energético plenamente aproveitado,
bem como a sua utilização como matérias prima, é necessário desmembrar essa mistura em
faixas, como ilustra a Figura 4.2. Dessa forma, o petróleo deve ser processado e
transformado de forma conveniente, com o propósito de se obter a maior quantidade
possível de produtos valiosos e minimizar aqueles de menor valor comercial.
Além da complexidade do petróleo, não existem dois poços com composições idênticas.
Essas diferenças influenciam no rendimento e qualidade das frações desejadas. O petróleo
pode receber algumas classificações como, por exemplo: leve, médio, pesado e extrapesado.
O parâmetro que mede a densidade relativa dos óleos e derivados e serve de parâmetro
para classificar o petróleo é o °API (American Petroleum Institute).
No litoral brasileiro, as rochas do pré-sal estendem-se por 800 km, desde Santa Catarina até
o Espírito Santo, e chegam a atingir até 200 km de largura, conforme evidenciado pelos
resultados obtidos a partir de perfurações de poços. A profundidade total dessas rochas, que
é a distância entre a superfície do mar e os reservatórios de petróleo abaixo da camada de
sal, pode chegar a mais de 7 mil metros. Essas elevadas dimensões revelam desafios
técnicos e econômicos até então inéditos para o setor. A exigência de equipamentos de
exploração que suportem elevadas pressões e dutos que suportem altas temperaturas,
Figura 6.1: Tipos de plataformas: Plataforma Fixa (1, 2 e 10); Compliant tower (3); Tension
Leg (4 e 5); SPAR (6); Plataforma Semissubmersível (7 e 8) e FPSO (9)
Outro tipo de plataforma fixa é a GBS (Gravity Based Structure). Devido ao sistema de
ancoragem, que utiliza o peso da própria plataforma, ela é técnicamente viável para
6.2.4 Semissubmersível
A plataforma semissubmersível é composta por um ou mais conveses, apoiado(s) em
flutuadores submersos. Ela é muito utilizada para perfuração de poços exploratórios, mas
não armazena petróleo.
Às perturbações ambientais, tais como ondas, correntes ou ventos, a plataforma tem um
elevado grau de movimentação. Mesmo sendo projetada para estar localizada dentro de um
raio de tolerância, essa movimentação pode acarretar danos aos equipamentos descidos no
poço exigindo. Por esse motivo, existe a necessidade de controlar o posicionamento da
estrutura na superfície do mar. Uma alternativa é o sistema de ancoragem, em que são
utilizados âncoras e cabos, que pode restaurar a posição de instalação quando esta é
modificada por ação externa. Outra possibilidade é o sistema de posicionamento dinâmico
que não possui ligação física da plataforma com o fundo do oceano, sendo utilizados
sensores acústicos e propulsores no casco da embarcação que, quando acionados por
computadores, são capazes de restaurar a posição da mesma.
6.2.5 Tension-Legs
As Tension-Legs são plataformas de pernas atirantadas que consistem em unidades
flutuantes utilizadas para a produção de petróleo. Sua estrutura é muito semelhante à da
plataforma semissubmersível e suas operações de perfuração, completação e produção são
semelhantes às executadas em plataformas fixas. Entretanto, este tipo de plataforma é
ancorada por estruturas tubulares com tendões fixos ao fundo do oceano por estacas, que
são mantidos esticados pelo excesso de flutuação da plataforma, reduzindo drasticamente
seus movimentos (Figura 6.7). Elas são aplicáveis para lâminas de água de 150 a 1800 m.
6.2.6 SPAR
A plataforma do tipo SPAR é uma derivação do conceito de plataforma semissubmersível, em
que a diferença está na estrutura de flutuação que é apoiada sobre um ou mais cilindros
metálicos. Uma desvantagem é a necessidade da instalação do topside na locação final da
plataforma. Ela possui a capacidade de armazenar petróleo com algumas restrições técnicas.
Gás
Água Óleo
Esse tratamento inicial é essencial, pois evita que as substâncias que acompanham o óleo
cru (gás, salmoura - água, sais e sedimentos - e componentes inorgânicos) desencadeiem
problemas de corrosão e entupimento de dutos, danos a equipamentos e risco de
inflamabilidade durante o transporte do óleo para a refinaria.
Água livre;
Água dissolvida;
Água emulsionada.
Essa primeira separação tem como objetivo principal separar a água livre. O óleo e a água
são praticamente imiscíveis, entretanto, em virtude do escoamento turbulento e ações
cisalhantes provenientes de válvulas e bombas, uma parte da água se dispersa no óleo em
gotículas muito pequenas, denominada emulsão água-óleo.
O processo mais utilizado para a desidratação é a absorção da água por Trietileno Glicol
(TEG), que é uma substância altamente higroscópica, estável e de fácil regeneração. Este
processo pode ser utilizado tanto para a desidratação quanto para o adoçamento. A Figura
7.10 ilustra o processo de absorção, que é realizado em colunas.
O sistema de compressão também pode contar com vasos depuradores entre os estágios,
visto que a formação de líquidos durante a compressão causa danos severos aos
compressores.
O teste de cada poço avalia medições de vazões de óleo, água e gás, o potencial do poço
(ou seja, o quanto ainda é possível extrair óleo do mesmo) e as características do poço
(estabilidade e injetividade são alguns exemplos).
O sistema de teste se assemelha ao processo realizado pelo separador de produção presente
no inicio do Processamento Primário, constituído por um aquecedor e separador de teste,
além de bombas de óleo e água, quando necessário.
Outro sistema importante na plataforma é o lançamento e recebimento de pig (ver Figura
8.2). Este sistema é utilizado para a inspeção de oleodutos e gasodutos como uma
ferramenta importante na avaliação da integridade de dutos e a consequente manutenção
operacional dos mesmos. Ele também pode ser utilizado para limpeza dos dutos.
Além dos sistemas auxiliares ao processo, para o bom funcionamento da planta offshore é
necessário um conjunto de utilidades, dentre eles o sistema de gás combustível, água de
aquecimento e resfriamento, água de injeção, ar comprimido (instrumentos/serviço), diesel e
dosagem química. A seguir estão apresentadas as principais características destes sistemas:
Sistema de gás combustível: Em geral, na indústria de petróleo e gás natural, o gás
combustível é um subproduto do processamento normal, normalmente utilizado como
fonte de energia de turbogeradores, piloto do flare, como gas de stripping e na
queima de fornos.
Sistema de água de aquecimento e resfriamento: É muito comum a utilização de
sistemas fechados de circulação de água como meio de retirar ou transferir calor. Os
sistemas de água de resfriamento compõem-se, basicamente, de trocadores de calor
e de bombas de circulação, com a água indo até os equipamentos que necessitam
resfriamento e voltando para o resfriamento que acontece através de trocadores de
calor, geralmente a placas. O mesmo ocorre para os sistemas de aquecimento, no
qual podem utilizar fornos ou o calor gerado pelos turbogeradores como fonte de
energia.
Sistema de captação de água de injeção: Utilizados em instalações offshore, os
sistemas de captação de água de injeção destinam-se a recolher água do mar, tratá-
la e transferí-la para injeção nos poços de petróleo e/ou gás natural, de forma a
reduzir o volume disponível no interior dos poços e facilitar a retirada subsequente de
mais óleo e/ou gás.