Professional Documents
Culture Documents
público
ValéríoCruzBritos
Doutor em Comunicação da Faculdade de Comunicação da Universidade Federai da Bahia/UFBA
E-mail: val.bri@terra.com.br.
Resumo
0 trabalho analisa um grupo de emissoras de televisão, jornais e revistas, visando a identificação de como são
tratados os temas comunicacionais relevantes, os quais circulam em torno dos tópicos propriedade, acesso,
pauta e forma de divulgação de conteúdos. Tal procedimento sustenta-se na concepção de que o debate
público, na contemporaneidade, requer a mediação da mídia, sendo esta a trilha para a construção de
políticas públicas democráticas. No entanto, é identificado que as questões centrais do campo comunicadora)
não integram a pauta das indústrias da cultura. Tendo em vista a diversidade dasformaçõessociais atuais,
considera-se o acesso plural aos meios, em especial a IV, indispensável.
Palavras-chave: economia política da comunicação; políticas de comunicação; processos midiáticos.
Váleio Cruz Brittos. Mídia, mediação e sociedade: o (fltes) caminho do debate pública
8 Comunicação e Informação, V 8, if 1: pág 8 -18. - jan/jun. 2005.
construções da realidade e é um discurso responsável pela definição de sua posição
relacionado com o real, mas não é o real, relacionai.1
pois ao apresentar os (atos, os constrói, Não obstante, deve-se alertar para
o que implica em supressão e o perigo do determinante tecnológico,
deformação, ainda que não ante todo o esforço de construção de
intencionalmente. Apesar disso, campo como formalízador da mídia
constitui-se em um espaço indispensável c o m o principal estruturador das
na contempora-neidade, tendo em vista dinâmicas da sociedade. Por isso, é
a inviabilidade de acessar-sc a maioria importante absorver com cuidado a
das ocorrências da atualidade afirmação de Adriano Rodrigues, de que
diretamente. É o dispositivo possível de o campo da mídia não unicamente
contato com o mundo, principalmente superintende "à mediação dos diferentes
a televisão, cuja presença na domínios da experiência e dos diferentes
sociabilidade do fim do século X X e campos sociais", fazendo emergir, "nas
início do século XXI denota uma força fronteiras dos campos sociais instruídos,
sem precedentes. Os limites da T V novas questões, c o m o a droga, o
referem-se às características do próprio sexismo, o aborto, a ecologia, para as
meio, partindo da elaboração de suas quais nenhum dos campos detém
mensagens e chegando à assimilação legitimidade indiscutível". 2 Essa
cognitiva pelo receptor, materializando- concepção pode conduzir a uma
se em seu consumo, via de regra supervalorização da mídia, o que é um
transcorrido em ambientes domésticos retorno, de modo próprio, às teorias que
e de forma partilhada com outras superestimam seu poder. Os meios não
tarefas, não raro com a participação de pautam isoladamente os agentes sociais,
outros telespectadores. o fazem em simbiose com a sociedade,
c o m o parte dela. Afastando-se
Campos e processos conotações ligadas ao determinismo
midiático, identificam os valores
O horizonte da mídia coletivos como gestados no solo social,
contemporânea - em que se insere a fortemente formatados desde anseios
necessidade de c o n t r o l e social, econômicos.
viabilizado em políticas públicas e O deslocamento latino-americano
mediante o debate público das ações produzido a partir dos anos 80 do século
midiáticas — inscreve-se na força desse X X , ao enfatizar as mediações, prega um
campo social como mediador dos fatos afastamento da comunicação midiática
e das práticas sociais, essencialmente a em prol da cultura e do cotidiano. Não
partir dos ditames do capitalismo trata diretamente da mídia c o m o
contemporâneo. A noção de campo instituição medidora, mas considera que
social é incluída com o objetivo de expor entre os meios e suas mensagens há
melhor a evolução do espaço da mediações que moldam a compreensão
comunicação na sociedade, sua conexão da realidade. Como diz Martín-Barbero, 1
BOURDIEU, Pierre. Sobre a
com o capitalismo e sua relação com a é um processo de rompimento e televisão. Rio de Janero: Jorge Zahar,
instância econômica. Seja como for, para ampliação, em que os processos de 1997. p. 57.
trabalhar essa idéia é fundamental trazer comunicação deixam de ser vistos 2
RODRIGUES, Adriano. A
Bourdieu, para quem "um campo é um unicamente desde as disciplinas e os
emergência dos campos sociais. In:
espaço social estruturado, um campo de meios, abrindo-se sua análise "às
. Reflexões sobre o
forças - há dominante e dominados, há instituições, às organizações e aos mundo contemporâneo. Rio de
relações constantes, permanentes, de sujeitos, às diversas temporalidades Janeiro: Revan, 2000, p. 189-215,
desigualdade, que se exercem no interior sociais e à multiplicidade de matrizes p. 193-194.
desse espaço - que é também um campo culturais a partir das quais os meios- 3
MARTÍN-BARBERO. Jesús. La
de lutas", visando a transformação ou tecnologias se constituem". 3 Sendo
comunicación desde Ia cultura: crisis
conservação desse universo, e onde cada assim, a mídia é uma das matrizes
de Io nacional y emergencia de Io
um, no seu abrigo, empenha, nos mediadoras, numa posição de destaque,
popular. Revista Alternativa
movimentos de disputa concorrencial, constituindo-se na principal delas. Os
Latinoamerícana, Mendoza, p. 7-
a relativa força que detém e que é meios comunicacionais funcionam 20, jun. 1985. p. 10.
Váleio Cruz Brittos. Mídia, mediação e sociedade: o (fltes) caminho do debate pública
Comunicação e Informação, V 8, if 1: pág 8 - 1 8 . - jan/jun. 2005. 9
como mediações de segunda ordem, correspondendo à verdade a
aceitando-se serem as de primeiro grau representação da sociedade
as relativas à posição e c o n ô m i c o - homogeneizada, com óculos iguais. As
cultural do sujeito, sempre presentes, mediações dos receptores são diferentes
seja a realidade acessada via dispositivos entre si. O c o r r e é que grupos com
tecnológicos ou não. Q u a n d o a características semelhantes possuem
mediação dá-se via mídia, denomina-se mediações próximas. As mediações,
precipuamente de midiatização. todavia, não podem ser encaradas como
A noção de mediação como função externas ao indivíduo, j á que, se a
exercida pela mídia integra a concepção proposta incorpora o entorno do ato de
de Silverstone, implicando a assistir, envolvendo tudo que integra a
transformação constante "de interação, do lugar aos grupos de
significados, em grande e pequena escala, relacionamento, em boa medida
importante e desimportante, de um significam visões, proposições e práticas
texto para o outro, de um discurso para introjetadas no ser humano. Mesmo
o outro, de um evento para outro", um quando provenientes de outras fontes,
processo que é "fundamentalmente as mediações configuram-se nos sujeitos
político ou, talvez, mais estritamente, sociais.
politicamente econômico". 4 Há uma O s processos de mediação atingem
paulatina absorção das funções de o que é produzido e a forma como
mediação, sempre existentes, pela mídia. habitualmente os receptores recebem os
N o capitalismo, companhias privadas bens simbólicos, num engendramento
absorvem os modos de vida das de condicionamentos colados às
comunidades, as práticas laborais dos condições socioeconômico-culturais de
trabalhadores» os conhecimentos produção, distribuição e consumo.
universais e as informações relativas aos Manuel M a r t i n Serrano propõe a
acontecimentos de todo tipo. existência de mediações cognitivas e
Especialmente a partir do capitalismo estruturais, sendo que a primeira "opera
monopolista, . o processamento sobre os relatos, oferecendo à audiência
simbólico coletivo passa a ser modelos de representação do mundo",
desempenhado por essas corporações enquanto a segunda incide "sobre os
privadas, o que não exclui suportes, oferecendo às audiências
complementações das trocas diretas modelos de produção de
entre cidadãos e participações periféricas c o m u n i c a ç ã o " . 7 Isso provoca nos
4
de outras soluções organizativas. Essas grupamentos de recepção um conjunto
SILVERSTONE, Roger. Por que
estruturas industriais articulam o que de limites que não pode ser interpretado
estudar a mídia? São Pauto: Loyoia,
se equipara, ao real informativo proposto c o m o um espaço de produção de
2002, pi 17,33.
por Maria Cristina Mata, algo não sentido ilimitado, havendo mais uma
5
MATA, Maria Cristina. De Ia cultura w associado c o m uma construção movimentação em torno de um
massiva a Ia cultura mediática. fantasiosa [...], e sim com uma realidade c o n j u n t o de lógicas passadas pela
Diálogos de Ia comunicación,
anterior". 5 produção/distribuição. Por outro lado,
Córdoba, n° 56, p. 80-91, oct.
1999. (X 85. Compreende-se, por esse percurso, a realização comunicacional também é
que o processo de mediação estrutura a atravessada de tensões, complementa
6
BRUTOS, Valéria Recepção e TV Serrano, como "a produção ininterrupta
percepção de toda a realidade social,
a cabo: aforçada cultura local. 2. de novos acontecimentos [...] e a
não somente da recepção de produtos
ed. São Leopoldo: Ed. Unisinos,
disponibilizados pelas indústrias reprodução continuada das normas [...]
2001, pi 29.
culturais. "Convencionando-se que o que cada grupo se esforça em preservar
7
SERRANO, Manuel Martin. La conjunto de mediações é ordenador de ou em implantar". 8
mediación de los médios de apropriações distintas da recepção Com isso, identifica-se
comunicación. In: MARTÍN-
televisiva, ele funciona como um grupo circunscrições (marcas media-doras
BARBERO, Jesus; SILVA, Armando.
de lentes. Conforme as mediações, o sobre as formas de produzir e receber) e
Proyectar Ia comunicación.
receptor vê um determinado produto aberturas (contradições entre a
Bogotá: Tercer Mundo, 1997, p.
137-156. p. 141. televisivo ou um fato social". 6 Cada normatização do sistema e suas
mediação é uma lente que estrutura o práticas), que não podem ser
8
Ibid., p. 139-140. momento de recepção, não desconhecidas pela sociedade. A
Váleio Cruz Brittos. Mídia, mediação e sociedade: o (fltes) caminho do debate pública
12 Comunicação e Informação, V 8, i f 1: pág 8 - 1 8 . - jan/jun. 2005.
as necessidades da audiência» suas articulações e deliberações
expectativas e suas formas de satisfazer públicas e privadas do dia-
essas projeções, mediante a obtenção de a-dia, e de produtos de
satisfações, determinam a seleção da veiculação nacional, visto
oferta comunicativa. Ou seja, a mídia é que as temáticas não são de
usada conforme a gratificação que possa cunho regional (a exceção
trazer à audiência, na satisfação de suas ficou por conta da T V E -
necessidades. Mas a Teoria dos Usos e RS, cuja programação local
Gratificações vê o sujeito isolado e debate questões ligadas ao
superestima seu poder, sem mundo, ao país, ao estado
contextualizá-lo na história, no e à cidade). Os espaços
cotidiano ou nos grupos culturais que estudados foram Bom Dia
integra. Brasil, Jornal Hoje, Jornal
Nacional, Jornal da Globo,
Sistemas e elementos Globo Repórter e
Fantástico (Globo); Jornal
Visando inicialmente verificar a do S B T - I a Edição, Jornal do S B T -
cobertura midiática acerca do processo 2 a Edição e S B T Repórter (SBT); Band
de definição da televisão digital terrestre News, Jornal da Band, Jornal da Noite
no Brasil, esta pretensão foi ampliada e Canal Livre (Band); Fala Brasil, Jornal
para buscar identificar a publicização, da Record, Edição de N o t í c i a s ,
pelos meios de comunicação, de um Repórter Record e Passando a Limpo
c o n j u n t o de tópicos envolvendo o (Record); e Jornal da T V E — I a Edição,
funcionamento dos sistemas televisivos, Estação Cultura, Cidadania, Jornal da
em sua relação com o todo social. Assim, Cultura, Jornal da T V E — 2 a Edição,
tratou-se de estudar um grupo de Debates T V E e T V E Repórter ( T V E -
veículos, a partir das seguintes variáveis, RS). Em nenhum meio foi considerada
no encontro com o tema televisão: a cobertura relativa à vida privada de
digitalização, política pública, artistas e demais celebridades.
regulamentação, propriedade, acordos Com esse somatório de veículos,
empresariais, acesso a conteúdos, novas atentou-se para a constituição de uma
tecnologias, reivindicações da amostra representativa da mídia
sociedade, lançamentos, ética, brasileira, reunindo as principais redes
estratégias de concorrência, alterações comerciais nacionais de T V , uma
nos mercados, história, liberdade de emissora pública de televisão, as quatro
imprensa, qualidade de progra-mação, principais revistas especializadas no
20
Os tópicosforamestabelecidos
produtos, concessões, audiência e noticiário semanal e cinco jornais, visando dar conta da cobertura
negócios publicitários. 20 Durante três escolhidos por atingirem critérios midiática, de forma a haver a maior
meses - julho, agosto e setembro de precisão possível. Por exemplo,
diferentes: a Folha de S. Paulo, por ser
todo lançamento de um produto
2003 foram acompanhadas as o principal do país; a Gazeta Mercantil,
integra uma estratégia de
programações das redes Globo, Sistema por constituir-se no mais importante concorrência, mas, neste estudo,
Brasileiro de Televisão (SBT), diário econômico do Brasil; o Jornal do enquadra-se como lançamentos,
Bandeirantes e Record, além do canal Brasil, por atingir os leitores por ser bem mais esclarecedor do
estadual TVE-RS; os jornais Zero Hora, interessados em jornalismo analítico, que o genérico estratégias de
Folha de S. Paulo, Gazeta Mercantil, representar a mídia carioca e, mesmo, concorrência, aplicável, então, a
Diário Gaúcho e Jornal do Brasil; e as por sua histórica força com a outros movimentos desenvolvidos
revistas nacionais de informação semanal pelas empresas de televisão.
intelectualidade; a Zero Hora, por ser
Veja, Isto é, Época e Carta Capital. 21 o de maior dimensão no Rio Grande 21
Essas tarefes contaram com a
Escolheu-se trabalhar unicamente do Sul, onde foi desenvolvida a colaboração dos bolsistas de
com as mídias impressa e televisiva, por pesquisa; e o Diário Gaúcho, por ser iniciação científica Fábio Zavarise
sua representatividade e pela dificuldade dirigido ao público popular. A meta foi Domingues (UNISINOS) e Rodrigo
ver se pontual ou generalizadamente as Machado da Silva (FAPERGS -
de executar esse acompanhamento com
Fundação de Amparo à Pesquisa do
o rádio, centrado somente no áudio. A temáticas eram abordadas, quais
Estado do Rio Grande do Sul),
opção foi pela análise de programas elementos eram noticiados pelos
ambos graduandos de
jornalísticos, sendo um tema ligado às veículos, a quantidade de vezes em que Comunicação Social - Jornalismo.
Váleio Cruz Brittos. Mídia, mediação e sociedade: o (fltes) caminho do debate pública
Comunicação e Informação, V 8, if 1: pág 8 - 1 8 . - jan/jun. 2005. 13
estavam presentes e quais temas ocupado pelo SBT, o que explica o
predominaram no período, interesse, já que as intervenções, não
considerando a totalidade dos órgãos raras vezes, eram marcadas de
informativos sob estudo. interjeições opinativas dos
Imediatamente, é possível constatar apresentadores, mescladas com
que três assuntos predominaram especulações sobre as sanções que o
durante o período, sendo um por mês: grupo poderia receber (até a cassação
o caso Sílvio Santos (SS), em julho; a chegou a ser proposta). Esse moralismo
morte de Roberto Marinho, em agosto; oportunista da Record e da Band
e o episódio Gugu Liberato, em acirrou-se nos programas policialescos
setembro. Esses temas foram do final de tarde, Cidade Alerta e Brasil
considerados porque extrapolaram a Urgente, de uma e outra rede,
abordagem da vida pessoal da respectivamente, ambos fora da amostra
celebridade: quanto a Sílvio Santos, a deste estudo: jurados de morte na falsa
partir do auto-anúncio de seu falso entrevista, seus apresentadores
estado terminal, surgiu toda uma abusaram da passionalidade.
expectativa de venda do S B T ; o Considerando-se os telejornalísricos
falecimento do patriarca da Família já expostos, a variedade de temas
Marinho permitiu desdobramentos abordados pelas emissoras de T V não
envolvendo o histórico de surgimento foi além dos três citados, cabendo
do império, que hoje se reúne sob as somente registrar que todos os canais
Organizações Globo, e também como veicularam a morte de Roberto
se daria a sucessão no âmbito da Marinho, em agosto, cabendo à Globo,
corporação; já a entrevista transmitida logicamente, a maior cobertura, de
pelo apresentador Augusto Liberato forma que os espaços no dia seguinte
com bandidos fictícios, como se fossem ao de seu falecimento produziram
pertencentes à organização clandestina verdadeiros especiais sobre o fundador
Primeiro Comando da Capital (PCC), da emissora. Na Globo, essa temática
em seu programa Domingo Legal, rendeu matéria também em setembro,
gerou uma série de matérias sobre ética dessa vez aproveitando uma
na comunicação, regulamentação e homenagem prestada a ele. A limitação
itens afins. Previsivelmente, os temas SS da pauta, quanto à movimentação
e Gugu não foram exibidos pelo SBT, midiática, representa bem como a
já que traziam conseqüências negativas televisão está distante de uma discussão
para o grupo. A Globo não noticiou a social relevante sobre suas lógicas,
pseudo/transferência acionária do SBT conseqüências e potencialidades. É
(no bojo da inexistente doença de seu importante lembrar que os três pontos
proprietário), mas abriu espaço em citados eram assuntos que, de uma ou
quatro ocasiões para o Caso Gugu. de outra forma, interessavam às
A TVE-RS acompanhou a Globo e emissoras: por se tratar da possibilidade
não trouxe informações sobre a eventual de autolouvação ou por poder ser
negociação do S B T com o grupo utilizada como arma contra a
mexicano Televisa, possivelmente por se concorrência, além de serem questões
tratar de um tópico no qual a fronteira que beiravam a vida pessoal de seus
com a mentira, o jocoso e a vida pessoal protagonistas, estes sim tópicos muito
sempre esteve muito próxima. A Band noticiados, em programas como Vídeo
foi quem mais tratou do episódio Gugu, Show (Globo), Falando Francamente
em 11 vezes (uma delas terminou em (SBT) e Melhor da Tarde (Band), todos
bate-boca, a partir de uma entrevista fora da amostra deste trabalho.
com o apresentador Roberto Cabrini,
no Jornal da Noite). A Record também Pautas e exdusões
se dedicou ao tema, em oito ocasiões,
igualmente no mês de setembro. Essas Embora a pauta seja mais ampla, em
duas redes disputam o terceiro lugar de todos os jornais analisados os três itens
audiência e almejam o segundo, já identificados no jornalismo televisivo
m
da Folha ainda em agosto: Globo e SBT
a área comercial da Gazeta Mercantil.
Ao contrário do Diário Gaúcho e da
Zero Hora, cujos proprietários são
também concessionários de TV, o Jornal
do Brasil não conta com emissoras
televisivas, o que talvez auxilie a
compreensão da presença de conteúdos
mais críticos à televisão. A Folha de S.
Paulo e a Gazeta Mercantil também não
atuam no segmento televisão
(anteriormente, esta última locou
horários em emissoras), ficando mais
liberadas para abordar a temática. Mas,
enquanto a Folha tem uma tradição
crítica (e esta é a identificação que busca
no leitor), a Gazeta Mercantil, além de
Vále» Cruz Brittos. Mídia, mediação e sociedade: o (ífes) caminho do debate púbico.
Comunicação e Informação, V 8, n° 1: pág 8 - 18. - jan/jun. 2005.