You are on page 1of 21

2º Semestre

Direito Econômico – prof Egon.


Aula 31/07

Pretendia-se estado ausente. Constituição jurídica do Estado não constituía uma ordem
econômica, porque era considerada irrelevante ao direito público. Depois infraconstitucional
se relacionar com economia: código civil, alterar contratos, num segundo momento,
preceitos encapsulados num capítulo da constituição. E aos poucos papel fundamental em
termos objetivos e subjetivos da ordem jurídica infraconstitucional. Num momento de
expansão até atingir o limite começo década 80 a crescer mesmo e boa parte da economia
brasileira era público-estatal, mais da metade dos depósitos em banco eram em bancos
estatais. Mais de 70% do capital de empresas eram estatais. Mas o estado não conseguiu
fazer isso de forma eficiente: planejamento, regulação, gestão, o Estado cresceu e a
economia fica descontrolada por vários motivos (os quais começaremos a ver)

Em primeiro lugar, até a década de 80 havia 3 orçamentos públicos no Brasil: orçamento da


união, conta-movimento no BB direto para o BC e um outro orçamento. E o Estado gastava
simplesmente. O BB fazia empréstimos políticos e no fim do dia, conta negativa, sacava do
BC.

Orçamento monetário (conta-movimento). Todos os programas de fomento através do BB


que funcionava para este fim. Operava-se sem limite de caixa.

Consequência: impossibilidade gestão. Desembolso do BC é emissão de papel-moeda.


Gestão do ministro da fazenda. Ele nomeava o presidente do BB e do BC, ele autorizava a
expansão do empréstimo sem necessidade do congresso nacional, enfim, o poder
financeiro era dele. Ampliar gasto ilimitadamente.

O quanto é importante ter poder politico e o momento politico para fazer as coisas
acontecerem. Responsabilidade. Unir as contas e fazer todas elas passar pelo Legislativo.

Mas havia outras atitudes que o presidente deveria tomar conjuntamente com o plano
Cruzado: contenção dos gastos do governo. Ele não consegue.

Efeito tanzi: não pagar o tributo agora para o empresário vale mais a pena. O tributo não
poderia subir então deixar para pagar depois vale mais a pena, inflação.

Moeda indexada, OTN, quando isso acontece ninguém mais se entende. Perde-se o valor.
Vendas em OTN. Não se ousava vender em mais prestações (4x).

 José Eduardo Faria artigo no dia 29/07. O que se passa no Supremo Hoje?

Plano Cruzado: Congelamento dos preços

Plano Bresser:

Plano Collor: confisco dos valores acima de 50.000,00 cruzeiros


novos.

Foram atitudes por meio de medidas provisórias.


07/08

Hipertrofria

Elevação ao nível constitucional – decorrente também à atribulada administração da


economia pública e privada. Década de 30 a 70 não soube administrar as funções da
atividade econômica.

EC de 1969 estado efetivamente (hipertrofia) da intervenção. Passou a reger a economia.


Determinar o controle da produção, tabelar preços, congelamento de preços em contratos
(aluguel), controle de abastecimento, expropriação de bens, monopólio de determinada
atividade e aumento significativo das empresas estatais.

Estatais – alocação de poder político. Empresas que viraram cabides de emprego, espaços
para “pagamento” por aqueles que votarem a favor do presidente. Moeda política.

Departamento Nacional dos Salários: “e vamos criando burocracia”. Cada vez mais
controle.

Controle e burocracia era tal que acaba institucionalizando o cartel. As empresas reuniam-
se com o governo (em igualdade de voto) para definir preços tabelados.

Espaços de liberdade econômica ficaram escassos, desde 1924 CR. O que caracteriza a
alteração do estado interventor na economia. Carta liberal de 1891 estado ausente, o
estado foi crescendo e absorvendo a economia. Economia é toda uma ordem econômica. O
capitulo vem desde o artigo 3º: o Estado preocupa-se com a economia.

Milagre econômico brasileiro PIB de 1968 a 1974 de mais de 2 dígitos ao ano. Inflação de
17%. Só que tivemos alguns problemas: cresceu a inflação, 2º choque do petróleo,
empresas publicas endividadas e criadas com empréstimo em moeda estrangeira, aumento
do empréstimo estrangeiro, desanda a economia e estado muito grande na ordem
econômica.

Quando o governo se alinha, o Estado consegue chocar a economia.

Hiperinflação. Economia indexada. Perdemos a capacidade de extinguir a expressão


monetária: no dia seguinte aquele valor não valia nada. Fazia negócios em OTN. Inflação:
perda do poder aquisitivo da moeda. Amanhã não se compram os mesmos produtos de
hoje. Assalariados pagam o preço da inflação. Os que menos têm disponibilidade de
atualizar seus valores.

Primeiras tentativas (fracassadas) de conter a inflação: por decreto. Decretando o


congelamento. Indicar quais preços devem ser praticados (para todos os mercados).
Tentava-se combater a inflação na canetada, na obrigação, no congelamento.

Sarney: Fevereiro de 1986 retirou o cruzeiro e instalou o cruzado, seguida de congelamento


e proibição de indexação no período de 1 ano. O que aumentou a demanda (um dia você
dorme com 1000 cruzeiros no bolso, no dia seguinte o cruzeiro não compra nada). Você
acorda com 1 cruzado e descobre que esse cruzado tem poder de compra. Pessoas
eufóricas. Supermercados. Faltava tudo. A reposição teria que vir mais cara, mas não veio.
Além disso, forçou-se a deflação em preços pagos à prazo. Na taxa de 1,0045.
Por conta do aparente sucesso do plano cruzado, congelando preços, o PMDB conseguiu
eleger 22 dos 23 governadores, para fracassar alguns meses após. Fez maioria fácil em
todos os cenários. Miguel Reale disse: “foi o maior estelionato eleitoral da história”.
Medidas que deveriam ser tomadas e não foram, eleição de constituinte,

Eleição constituinte: há movimentos de esquerda e direita que querem uma assembleia. A


de 1986 foi do PDMB. A economia parou durante a constituinte. A constituinte não era
exclusiva.

Ascensão, queda substancial até junho 1986 da inflação, declínio da 2ª edição do plano
cruzado (escassez dos protudos, agravamento das contas) e a queda com o Cruzado-2 até
junho-1987. Eleições em fevereiro de 1986. Impacto sentido também nas estatais
(superestruturas de poder politico e organoizacao econômica financiada com dinheiro
estrangeiro)

Plano Bresser, junho 1987, heterodoxas de congelamento, mas ortodoxas redução déficit
juros, congelamento também, salários também, flexibilização, reajuste trimestral,
preocupação maior era o défice publico (subsídios, reajustes salariais prefixados, tentativa
de aumento de tributos, e cancelamento de obras estatais como a ferrovia norte-sul). 2
fases do plano Bresser sem sucesso contra inflação. Mais uma vez um plano a reger a
economia.

Constituição econômica. São os direitos fundamentais de 2ª geração. Weimar.

Direito dos trabalhadores, direito à concorrência, estão espraiados na constituição.

Os direitos constitucionais clássicos ficaram ofuscados, tamanho o volume dos artigos


dedicados à economia.

Próxima aula: constituição espraiada. Canotilho: A constituição é um estatuto jurídico-


político.
Reforço aula 11/08
Temos que ser mais curtos nos textos. Cada vez mais temos que escrever menos.

- Inflação nos países normalmente vem em decorrência de guerras, de calamidades.


- medidas ortodoxas (gradualistas) se vai controlando aos poucos. pelo controle da taxa de juros; reduzir o
consumo. Receita tradicional. Aumento o juros, aumento minha reserva.
- medidas heterodoxas: o que não é ortodoxo.

Ortodoxo: arroz-com-feijão. Reduzir os custos, aumentar as receitas, controlar os juros.

“No Marçal aprendi a estudar.”

Austeridade sempre impacta nos salários, em demissão, isso me parece perverso porque de um lado as grandes
empresas conseguem especulação financeira, mas o pequeno e o empregado não têm.

A ordem do progresso - Marcelo Abreu


338.981 O65 1990

Projeto Desfazer – Michael Lewis

Subliminar - Leonard Mlodinow (Biblioteca Virtual PUC)


https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788537810538/recent

Behaviour Law and Economics – Cass SUstein


Aula 14/08

O maior interesse eleitoral imediato da época, como se sabe, foi o esforço do então
presidente Sarney pelos cinco anos de mandato. As principais lideranças da época
queriam quatro, mas o peemedebista acabou vencendo a parada ao fomentar a
criação do chamado Centrão, uma maioria de baixo clero com especial
sensibilidade a ofertas de caráter fisiológico. Qualquer semelhança com o atual
peemedebista do Planalto talvez não seja mera coincidência. (Jornal Valor Econômico.
Autor explora o lado B dos trabalhos da Carta de 88 ).

Quem tem a última palavra na Constituição? Quem pode dizer que a Vaquejada contraria a
Constituição? É o Supremo ou o Constituinte Derivado?

Percurso histórico: muitas constituições. Uma coisa é certa: não é mais a de 88.

Ampliação da Constituição. Qualitativa e quantitativa.


A Constituição Econômica não reflete ideário de Weimar.
Começou pequena, cresceu e multiplicou-se.
Contém o conteúdo dos constituintes de Weimar, mas outra parte de constituição
economnica espraiada por todo o texto constitucional. Que não é imutável. Para ser perene,
precisa ser mutável. Mutabilidade constitucional.
Primeiro semestre: diferença experiência constituição econômica alemã, mexicana,
latino-americana da americana.
O que houve nos EUA a new deal court: presidente nomeia para corte suprema e esta
reinterpretou a clausula do devido processo legal em vista da participação do Estado na
economia. Comporta o sistema deles essa mutação constitucional. No caso brasileiro isso
não foi implementado por meio de interpretação. No nosso, uma ruptura constitucional.
Rompe 1891, 1930, 1934 com um capítulo ordem econômica. E os EUA tem um ideário
sobre constituição econômica na constituição sim.
1934 tímido, apenas temas-chave do sistema capitalista, começo de direitos de 2ª
dimensão:
Liberdades clássicas (1824 carta imperial, constituição republicana de 1891)
com algumas técnicas interventivas e alguns poucos direitos de interesses
sociais
Ordem econômica concivver mudanças economia nacional. Planejamento
econômico que se torna significativo e vai para constituição. Empresas
relevantes para a economia, então vão para constituição.
Não é substituição normativa, mas ampliação normativa. Mantem-se tons de
capitalismo, com tons de capitalismo de estado e amplia temas tratados pela
ordem econômico-constitucional.

Leis fundamentais e assuntos econômicos paulatinamente


constitucionalizados. Alguns para inibir acoes do estado: positivação
constitucional do ato jurídico perfeito e coisa julgada (1934) porque durante a
revolução de 1930 o Presidente da Republica por decreto alterou o código civil
e alterou contratos regidos pelo código civil, remuneração de juro de capital
regido pelo código civil, e fez com que o tema do ato jurídico perfeito, direito
adquirido e coisa julgada fosse para sede constitucional.

1937 cai
1946 volta

Aumento de competências econômicas atribuídas ao estado.


Aumento de reserva pública de atividades ao estado: monopólio. Usinas
hidrelétricas, gás, nucleares, ferrovias, outros tantos serviços arrolados no
artigo 21,CR. Só o estado.
Antiga classificação: formal e material, sendo, material de fato a constituição e
formal algo que lá está, mas não é exatamente constitucional. O professor
não vê sentido classificar assim mais.

Fenômeno ampliativo da Constituição de 1988. Ordem econômica pós-88 que revela


peculiaridades do que enfrentamos hoje em dia. Ausência do trabalho de sistematização do
trabalho da Constituinte. Havia vários projetos da constituinte, nenhuma seguida.
Procedimentos para construção da constituinte: rejeitado.

ADCT, um artigo trata do pagamento de dívidas rurais. Intervenção constitucional nas


relações privadas. Típica de direito econômico. Mas como indicar que é objeto do direito
econômico se é relação entre particulares?

O que se fez mesmo foi uma constituinte dispersada.

Prof Barroso aplicabilidade direitos fundamentais. Cita Barbosa Moreira. Se estado não
fornece há pretensão resistida. “Qualquer oposição é mera ideologia”.

Art 192, limite aos juros reais. Não deu certo, artigo não resistiu. 12% ao ano. Bancos? Dr.
Saulo Ramos no dia seguinte baixou um parecer para indicar que não era autoaplicável.
Construção doutrinária juros reais para salvar. Até a revogação do 192. Não tinha como a
economia resistir a tamanha intervenção.

DF clássicos: propriedade, liberdade pensamento.

Questões da legislação ordinária, dia-a-dia, banalidade da economia: colocadas na


Constituição e quem deveria decidir a fim e cabo seria o agente econômico. Por mais que
estivesse na constituição, ela precisa se dobrar à realidade econômica para não romper.

Ordem econômica constitucional brasileira:


1) Desconstitucionalização. Um texto é colocado na constituição e posteriormente
retirado. Deixa de ser constitucional e passa a ser infraconstitucional. Vácuo. A
discussão inicial era: esse vácuo (da retirada) essa parte não foi revogada, mas
ingressa sob roupagem da legislação ordinária. Não contraria a constituição, então
persiste. Foi o que aconteceu exatamente com o artigo 192 da Constituição. Prof:
acha que não tem muita lógica.
2) Modificação constitucional: mutação ou alteração.
EC 8/95 suprmindo necessidade controle estatal, instalou órgão regulador para o
setor de telecomunicações e determinando a possibilidade de autorizar. Artigo
21,XI,CR.
Telecom: não é mais serviço público. Regime direito privado. Está na lei.
3) Inaplicabilidade
Joga pra constituição resolver (políticas publicas que o legislador não consegue
resolver) o que implica uma desvalorização da constituição. Assim como o Principio
da Dignidade da Pessoa Humana: decorreu da tragédia do genocídio da Alemanha
nazista e é usado no Brasil após o regime militar e aplicado em tudo. Aí perde
eficácia. DPH para o sujeito não pagar juro de cartão de crédito.
A tirania da dignidade. Gunther Frankenberg.
Está lá na Constituição o direito à moradia, à saúde, à educação. Mas não tem
aplicabilidade. Com o tempo tende-se a acreditar que a Constituição não serve para
nada.

O poder econômico domina a constituição inteira porque o político não era exclusivo?
Multiplicação de comissões e cada um querendo fazer a sua constituição.
1988 um dos assuntos mais importantes da constituição: a constituição econômica.
Transbordando o capitulo específico e espraiando-se.

Constituição econômica: a) espraiada b) concentrada c) modificada


Texto constitucional merece leitura harmônica, esforço hermenêutico, pluralidade de
pequenas constituições econômicas (relacionamento do estado com economia) estão
dispersadas pelo texto constitucional.
Comecemos pelo pre-ambulo. Eles orientam a interpretação da constituição, princípios nele
contidos funcionam como norma de controle. Não tem força normativa.
Direitos sociais, desenvolvimento como valor supremo, quem fala assim fala de ordem
econômico-constitucional. Direitos sociais (são 2ª geração) e nasceram com as
constituições econômicas: dever estado instituir benefícios sócio-economicos individual
como coletivo) e garantir horizontalmente relacionamento entre pessoas privadas.
Desenvolvimento exige pratica de politicas publicas que prestigiem o desenvolvimento de
modo igualitário não discriminatório. Desenvolvimento como valor supremo não pode
significar apenas o aumento do PIB.
Dezembro 1986 direito ao desenvolvimento (ONU). Essa resolução da ONU estava em voga
na construção da Constituição.

Ordem econômica
Poder econômico
Constituição econômica

Direitos e deveres fundamentais e teleologia constitucional – preâmbulo, artigos 1º e 3º.


Teleologia.
Competências e liberdades funcionalizadas: não existem por si. Atingir finalidades positivas
na constituição. A constituição constrói um Estado, cria um Estado e cria um sistema
econômico.
A Constituição pretende alterar comportamento dos agentes de econômicos para
funcionalizar.

Artigo 5 inaugura o capítulo dos DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS.


Trata basicamente e resumidamente dos direitos individuais (de propriedade) e o artigo 170
do direito de empresa. A grande diferença básica. Ainda assim, têm conteúdo de direito
econômico.

Aula 21/08
Constituição econômica espraiada. Não é exatamente a ordem econômica constitucional.

Preâmbulo, artigo 1º, 3º, 5º direitos civis e políticos, 6º direitos sociais, 7º direitos dos
trabalhadores, 20 bens, 21 serviços.

Base ordem econômica capitalista ao tratar direito de propriedade e acumulação de riqueza


e transmissão de riqueza sem trabalho (herança). Art 5, XXX,CR.

Direitos sociais. Artigo 6º, vivemos expansão extraordinária. Irradiação bem maior do que
antes e alguns contratempos advindos.

DOS DIREITOS SOCIAIS


Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.
Os Direitos Sociais são direitos subjetivos públicos. Aplicabilidade direta e eficácia imediata,
observando concordância prática com os demais: são poucos os absolutos. Uma
ponderação. Direitos que exigem sua compreensão dentro da sociedade; uma socialização.
Intensificação dos deveres fundamentais, aqui compreendido o dever fundamental de
pagar tributos.
Ideia dos deveres fundamentais foi abandonada nos estados totalitários. Assim o Fascismo
italiano e o Nazismo alemão carregavam apenas os direitos. Mas direitos custam. Existem
deveres fundamentais, portanto, numa relação assimétrica com os deveres fundamentais
(direitos e deveres fundamentais não exigem contrapartida, não exigem bilateralidade).
INSS, meio ambiente, impostos, tenho dever ainda que não me beneficie.

Incidência vertical como horizontal.

Dimensão e intensidade não são iguais: nem todos podem ser exigidos de imediato.

Escolhas de direitos sociais: o dinheiro é curto. São o duelo de escolhas trágico. Dois
velhinhos na UTI. Acidente automobilístico com dois jovens. Retira os velhinhos da UTI?

Quem decide o que deve ser gasto? Executivo prepara projeto de lei e este é votado pelo
Legislativo. Caminho comum. No entanto, aprovada a lei vem Ministério Público com ação
civil pública e esta é decidida pelos juízes.
Representatividade e accountability do Ministério Público. Tem representatividade
legitimidade para fazer escolhas de políticas públicas?

Reserva do possível. Origem: Alemanha. Faculdade Medicina 100 vagas. O 101º pleiteava
direito de estudar. Mas há limite. A reserva do possível. Atravessou o oceano para justificar
o atraso no pagamento de precatórios. Agora torna-se um jogo de palavras retórico para
justificar a negação. Maximização à Alexy na medida do possível.

Princípio da deferência. Cortes norte-americanas. Quando outorga competência num


assunto que exige especialidade técnica, o poder judiciário tem que prestar deferência às
decisões deste órgão. Ex: Anac diz que tem que ter pagamento diferenciado de passagem
conforme número de bagagens, não cabe ao Judiciário pautar-se em princípios. Tem que
prestar deferência tanto quanto possível.

Direitos sociais constituídos, desenvolvimento econômico social.


Emendas nº 26,64,90 moradia, alimentação, transporte. Ótimo, mas saibamos que isso
custa.

Erosão constitucional, todos estes direitos na constituição perde sustentabilidade. Pra que
serve essa tal de constituição? Descrença. Sentimento constitucional. Aí não há que se
admirar quando o presidente da câmara se nega a atender uma determinação do Supremo
Tribunal.

Direito dos trabalhadores


Proteção inclusive ao não-trabalho. Não pode discriminar. Titulares ao direito do trbalaho
como melhoria de sua condição social.
7º direito dos trabalhadores
8º direito sindical
9º direito de greve L7783/89

Constituição de 1937 proibiu a greve e o lockout.

Artigo 20.
CAPÍTULO II DA UNIÃO
Art. 20. São bens da União:
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e
construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental,
definidas em lei;
...

Art. 21. Compete à União:


VII - emitir moeda;
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza
financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de
seguros e de previdência privada;
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social;
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os
serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização
dos serviços, a criação de
um órgão regulador e outros aspectos institucionais; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 8, de 15/08/95:)
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
...

Setores econômicos atribuídos pela Constituição para a União telecom, energia, portos,
aeroportos, transporte. Assumem importância gigantesca em nosso dia-a-dia. E há brigas
entre o setor concedido e o setor privado que busca espaço. Veja-se: taxi e uber,
operadoras de telefonia e WhatsApp ou Netflix, AirBNB, medidas disruptivas, elas põe em
xeque. A Constituição tentou positivar (à brasileira), o capitalismo tenta evidenciar. O poder
público empresário. Os mais importantes bens e serviços de nossa economia
constitucionalmente atribuídos aos entes.
Além disso, pelo 173, o Estado pode constituir empresas se quiser.

Sistema de iniciativa dual. Livre iniciativa brasileiro no sistema econômico constitucional


brasileiro que não é exclusivo da iniciativa dos privados. Estado pode. Nesse sistema dual,
barreiras de entrada (à facilidade para) que o particular assuma atividades do poder
público (concessão, permissão, autorização) para poder prestar serviço sob o regime
privado concorrencial. Para o público, a barreira de entrada seria a lei ou um contrato-
associativo (que constitua a sociedade). Estado celebra um contrato e leva a registro nos
órgãos da junta e de controle da atividade específica.

Aula 28/08
Garantia do 5º que repercute no 170. Direito de Propriedade. (Direitos e Garantias)
Devido processo legal, 5º LV
Ampla Defesa e Contraditório, 5º LIV

Ninguém será privado de seus bens sem o devido processo legal. Transferência de bens e
propriedade exige consensualismo, contrato, transação.

Liberdades em jogo aqui são a liberdade de iniciativa bem como daquelas prestigiadas na
Constituição.

Primeira vez que positiva o Devido Processo Legal.

Thiago Dantas, DPL como consequência do principio da isonomia. Positivado o DPL pela
primeira vez na Constituição de 1988. Se por um lado a prisão e do outro a vedação à
expropriação já estavam positivados, este DPL significa algo mais (Prof. Miguel Reale)
liberdade de iniciativa, portanto. Também das econômicas.

Título III
Organização “também econômica” do Estado
Art. 20 – bens federais
Art. 21 – competências – atividades
Art. 22 – Competências – legislativas

Código civil artigos 98 e 99.


Decreto-Lei 9.760/46

Setor público da economia: barreiras de entrada do particular.


Assim como há barreiras de entrada da iniciativa pública.

Art 173,CR.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos
imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme
definidos em lei.

Segurança nacional – só a União.


Relevante interesse coletivo – todos os Entes.

Capitalismo de iniciativa dual - Estado a controlar as falhas de mercado, prestigiar a


livre-concorrência, abuso de poder econômico, ofertar negócios, criar empresas,
acumular capital e distribuir lucros.

Em tese ideal se o Estado se voltasse para seu destino (teleologia) do preambulo e do


artigo 3º principalmente.

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional


Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício
dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade
fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida,
na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias,
promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL.

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:


I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.

Artigo 20 – bens de propriedade federal.

Bens Públicos – Floriano Marques


Código civil artigos 98 e 99.
Dos Bens Públicos
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas
de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a
que pertencerem.
Art. 99. São bens públicos:
I os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,
inclusive os de suas autarquias;
III os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito
público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de
direito privado.

CR 88 União passou a ser a única a explorar os mais bens e serviços do ponto de vista
social e econômico.

Art. 21. Compete à União:


VII - emitir moeda;
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social;
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os
serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização
dos serviços, a criação de
um órgão regulador e outros aspectos institucionais;
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:)
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos
cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidro-
energéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e
fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir
critérios de outorga de direitos de seu uso; (Regulamento)
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação,
saneamento básico e transportes urbanos;
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer
monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a
industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os
seguintes princípios e condições:
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de
garimpagem, em forma associativa.

Subsidiariedade vs primazia
Se compete, então há primazia. Há primariedade e não subsidiariedade.

Lei de Telecom:
Regime de direito publico para concessão
Regime de direito privado para autorização
 Propriedade dos bens: União
 Posse e usufruto: Particular
o Recente decisão TRF que o concessionário não tem direito de proteger a posse
(interdito proibitório negado para uma concessionária, protesto, invasão de
posto de pedágio).
Romper com a definição de preço por parte do prestador:
Regula o preço: difícil de fazer
Concorrência

Aula 04/09
Monopolista – regime de precatórios (Eros Grau). Kinder ovo. Empresa de Correios e
Telégrafos.
Agencias reguladoras: por que a criaram?

Microsistemas normativos. O código civil não resolve mais todos os problemas. Porque são
microssistemas não adianta interpretar um acórdão de telecom para um setor de energia.
Um setor de contrato privado em que os regimes jurídicos são diferentes de outro em que o
regime é de direito publico. Peculiaridades próprias. Peculiaridades socioeconômicas de
cada setor regulado e o momento de cada setor regulado e a capacidade de aprendizagem
de cada setor: não tem que se acreditar que acertamos a legislação logo de primeira vez.
Somos humanos, erramos.

Integrar como um grande código civil, mesma racionalidade ou ao mesmo regime jurídico
(há diferentes competências). Quem sustentar assim, está interpretando contrario à
constituição (artigo 23)

ADI 1668. Nelson Jobim. Telecom.


Peculiaridade na Telecom - 2 Regimes jurídicos convivem:
Reg Direito Público
Reg Direito Privado

Bolsa de Energia Futura


Paga-se a energia futura com o preço pactuado no presente. Dinheiro do presente serve
para criar a usina.

Cláusulas take or pay. Energia não se estoca. Se não usar, tem que pagar da mesma forma.

Art 23-competencia comum: União Estados, DF e Municípios.


II. competência material comum – cuidar da saúde e assist publica proteção e garantia
pessoas portadoras de deficiência.
Preceitos com aplicabilidade imediata, são materiais, atividades do estado.
Têm que ser proativas, não podem ficar dependentes da boa-vontade do legislador. Direitos
positivados no artigo 6º.

Art 24-competencia legislativa concorrente:


I. direito econômico..;
V. produção e consumo
IX. educação, ensino, cultura e desporto

Concorrente não cumulativa: reserva da união para normas gerais, competências


suplementares das demais.
Norma Geral, pelas quais a norma específica não pode ir contra.
Ex: a Legislação de licitações do PR tentou inverter a ordem (primeiro preço). Ia
contra a norma geral. Impugnações.

L12.529
Sist Brasileiro Defesa Concorrência. Órgãos de defesa da concorrência: CADE.
Não impede suplementação estados-membro.

25,§2º, gás para os Estados.


Atrai o 175,CR. É apenas mediante concessão (ou direta). Logo, exclui permissão.

Lei ANP define o que é gás canalizado.


A União define o que os estados têm competência para fazer. Art 81 L.9.478.
Emaranhado legislativo.

Impossibilidade de um estado-membro regular procedimento de desligamento por falta de


pagamento do consumidor sobre contratos de energia elétrica. É exclusivo da união.

Art 30. Interesse local.


Transporte coletivo. Inclusive é direito fundamental (art 6).
Consorcio publico – para lidar com transporte metropolitano.
Preponderância: intensidade do interesse local maior do que outros interesses. Uber pode?
São as câmaras municipais.

Aula 18/09

Compagas. Lei estadual 10.856/94. Seis anos após a CF, contrato concessão e legislação
vigente. Em 2006, Decreto 6052 poder regulamentar para regular o setor. Decreto =
executivo. Quem regula é o dono, regula em favor dos interesses do Estado, diferente se
fosse uma agência reguladora.

Setor rodoviário: quem regula é o contrato. Há baixo volume de informações, baixa meta de
melhorias para o consumidor, porque quem regula é o contrato: não há agência. Esse é o
problema do executivo.

Seguimos adiante constituição econômica espraiada.

Já vimos: Bens e competências dos poderes públicos.


A) Conjunto patrimonial
B) Conjunto de competências

Agora veremos:
Art 37.
Regulação dos setores da econômica: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,
eficiência (EC 19/98)

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes


da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte:

Eficiência é forte para o direito econômico. Começo FHC (PEC 173) não tinha princípio da
eficiência. PEC foi rejeitada pelo relator, resignado novo relator que a reapresentou
colocando no caput do art 37 os princípios (qualidade do serviço prestado)  era o texto
aprovado na câmara. Segue para o Senado.

Qualidade do serviço  Câmara.


Chega no Senado:
Eficiência “ampliação, gênero do qual qualidade do serviço é espécie” então não precisa
passar pela câmara.

Legislação barroca: excessivo em ornamentos para intimidar. Assim é a constituição.


“Precisava de eficiência?” Fica nessa repetição.
Eficiência:
a. Dever administração publica atinja fins da maneira mais satisfatória na medida do
possível aos menores custos.
b. Infraconstitucional (2008) hoje bom andamento, boa adm, relações beneficio-custo,
atividade adm estado; escandalizamo-nos com tarefas duplicadas, excesso de
custos,...
c. Adm burocrática (Weber) para adm gerencial
d. Burocracia: escola fisiocrática. Laissez-faire laissez-passet.

Princípio tem aplicabilidade, não precisávamos dele, mas já que..



- criação de organizações sociais: Curitiba desde 1997 lei que a positiva. Derrubado esse
ano um parágrafo desta lei que proibida O.S. no setor de saúde e educação.
- setor público não-estatal (pós reformas liberais Marg Tacther)
- antonny gibbins
- efetivamente privadas em sentido estrito, publicas em sentido estrito (diplomacia,
segurança nacional...) e atividades de iniciativa privada que visem escopo publico com
fomento estatal destas atividades, determinadas O.S. que antes era restrito, e depois as
OSCIP desempenhando atividades não exclusivas do Estado, mas que gerem benefícios
sociais.
- saúde e educação o estado compartilha: pode ser iniciativa publica e privada (UFPR
e UP) (Hospital de Clínicas e IPO).


- Lei de Responsabilidade Fiscal
É uma aplicação do princípio da eficiência. Se eu arrecado 10 só posso gastar 10, ideal
seria se eu gastasse 8.
Eficiência nas contas públicas


Concessões
Transf tarefas ao setor privado


Parceria Público-Privada
Transf tarefas ao setor privado


Tabelas comparativas, CNJ, produtividade dos magistrados. EC 45 de 2004. Enorme
resistência.


CPC 2015.
Ordem de preferência nos julgamentos, dever de respeito a precedentes.

Isso é administração pública eficiente.

O princípio tem efeito econômico, mas não derrogou os demais princípios. Administração
vai ser eficiente e também tem que cumprir legalidade, impessoalidade, moralidade e
publicidade também. As vezes a lei complica a vida, mas tem que ser obedecida. Adequar-
se aos demais.

Deveres têm que ser exercitados em modo satisfatório.

Análise de impacto regulatório.


Estudo prévio que avalia porque ser editado. Vantagens, alternativas e porque escolheu-se
essa opção. Custos, benefícios e alternativas, fundamentando qual a escolha. Isso é
eficiência. Parece que a Anatel está fazendo a análise para nova regulamentação.

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas
de sua atuação;

Ordem econômica brasileira. Sistema capitalista que divide em dois setores econômicos: a.
público b. privado

cinzentaZona
Público: Privado:
Incisos do art 20, 21 1º (livre concorrência), 5º, 170 e 170 p.único
CR: ‘É da União esse bem, é do (ninguém precisa de autorização, exceto
Estado, é do Poder Público...’ casos previstos em lei)
‘Compete à União explorar...’  Sistema capitalista
“nos termos da lei...”
- deixar para que seja concluído depois..
- significativo efeito, porque lei infraconstitucional dirá.

Assim o 37,XIX, “somente por lei específica”, legislador constituinte quis indicar que dentro
da adm pública pode-se descentralizar a administração e criar uma pessoa vinculada a ela
porém fora da pirâmide da adm pública
Criadas por lei, instituídas por contrato social, registrando-a na junta.

Barreiras de entrada constitucionais ao ingresso do setor público na economia.


Para o setor público “invadir” a área privada é preciso, portanto, uma lei e um ato
associativo.
Para o setor privado é preciso uma lei (permissão, concessão), eventualmente um edital e
depois um contrato administrativo.
Bem refletindo, as mesmas barreiras de entrada. E isso é dinâmico.
Titular da barreira legislativa: é o Congresso Nacional, Assembleias Estaduais, Câmaras
Municipais.
Já o contrato social é titularidade do executivo. Executivo não institui.

Princípio da subsidiariedade: se e quando a iniciativa privada não conseguir suprir o


mercado. Ideologias dividem-se. Quem o aceita, entende como um princípio implícito na
mesma linha da proporcionalidade e reserva do possível.

No setor público, pode a empresa estatal servir para regular o mercado por meio da
concorrência. Endorregulação (Vitao Moreira).
Estado pelo BNDES juros mais baixos para empresas (fomento a certas atividades).

Nem sempre alterar mundo fatos, não ter aplicabilidade, 192,III,CF (juros máximo 12% ano
– revogado).

193,CR vem definir o 1º e o 3º. Evidente constituição econômica. Primado do trabalho


declarando-o como um direito fundamental social que traz dever do Estado e pessoas
privadas de proteção ao trabalhador e ao trabalho digno.

194,CR, seguridade social. Ação dos poderes públicos e sociedade.


Atualmente em xeque.
Estado Brasileiro: fonte é a arrecadação. Não tem outras fontes. Petróleo não. RJ acreditou
nisso e quebrou. A receita para seguridade social vem da tributação, das contribuições,
financiamento. 195,CR por toda a sociedade de forma direta e indireta. Não há
bilateralidade (eu pago então recebo). Todos devem usufruir, mesmo os que não
contribuem. (Xeque para a saúde na Espanha: só os contribuintes têm acesso à saúde
hoje).

O.S. não pode ter lucro.

Previdência social, 201 e 202.

Aula 25/09/2017
Justiça em Números

PIB2016
US$ 1,796 Tri
Poder Judiciário
1,4% PIB
Principal ator é o Estado.

Gera enorme demanda no judiciário a prover serviços de saúde e remédios para as


pessoas. CR:
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.

Não são serviços privativos. Por isso há saúde privada (197,CR).

Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.


§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros
na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.

2014.MP. Lei em 2015. Lei 13.097, autorizou abertura capital estrangeiro na oferta de
serviços de saúde.
Lei 8.080, pela própria lei, 53-A.

ANS – exclusivamente a planos de saúde. Disciplinam migração de plano, como pode ser
feita a renovação do plano, remuneração...
ANVISA – medicamentos, cosméticos, sangue, hemoderivados, serviços de saúde, etc.

Deve de estado acesso a todos.


Previdência: acesso às pessoas privadas (também podem explorar)
Atualmente é permitido o ingresso de capital estrangeiro (desde 2015)

ANS/ANVISA regulam com bastante intensidade o setor.

Art 201-202. Outro setor importante para nós. Previdência social.

Art 205-Educação + Art-209-livre à iniciativa privada.

Não limite casais hetero-afetivos nem formalidade cartorária. Para benefícios


previdenciários, por exemplo. INSS baixou uma normativa, consolidada, outras normativas
legais, enfim outras decisões ADPF 132 Aires Brito. Abranger.

Fim Constituição Econômica Espraiada.


Início da Constituição Econômica Concentrada.

O que é um princípio? (Para o prof Egon).


Princípio é uma lei? Naõ de acordo com o LINDB art 4º (Leis, costumes e princípios). São
diferentes. Heternomormativos. Colmatar lacunas mas não são leis. No passado, onde está
escrito principio não está escrito norma jurídica. Betti.

Normas – peso de importância (Dworkin).

Criterio material de classificação das normas, ao tratar de princípios, a partir do artigo 170.
Material no sentido, se é tudo ou nada não é princípio – é regra.

Aula 16/10

Principios da ordem economica constitucional


caput 37
1) pprio dignidade pessoa humana.

- limites do conceito da dignidade da pessoa huamana


- quem pode dizer que determinada atividade é digna
- até onde se pode pretender a dignidade da pessoa huamana: tanto expansivo quanto
restritivo.
- bonsai warriors (lançamento de anões);
- os próprios sujeitos de direito podem abrir mão do princípio? Ou o estado teria?
- discussão na frança tênue linha entre dignidade da pessoa, direito À vida, direito à
morte.

2) pprio soberania

3) pprio valorizacao trabalho humano (170,CR) assim como o valor social do trabalho
(1º,IV,CR)
- orientar atuação do Estado na economia (regulação, normatividade, planejamento
econômico);
Liberdade de empresa:
- liberdade de conhecimento e de sensibilidade (liberdade de informação);
- liberdade de acesso
- liberdade de organização
- liberdade de contratação

Limites à liberdade de iniciativa, são os limites de 1ª geração: à legalidade.

Relação de especial sujeição: regras do jogo, fixadas administrativamente.


.. ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer, salvo em virtude de lei.
.. senão em virtude de regulamento administrativo

 Público
 Privado
o CR 173. Não diz quando, como e onde o Estado pode ingressar na economia.
Depende de oportunidade e conveniência do Interesse Público em Jogo.
o Legislativo autoriza a criação de empresas estatais.
 Cooperativo
23/10
Ordem econômica e princípios

173,CR imperativos de segurança nacional ou relevante interesse coletivo.

21,CR Há temas específicos da união. Imperativos de segurança nacional.

Caso-a-caso no relevante interesse de acordo com competência.

1. atividades econômicas não qualificadas normativamente como serviços públicos, mas


financiamento de atividades estratégicas para o estado. Ex brde banco região sul.
2. Empresas criadas pelo ente público não necessitam concorrer. Não se submetem a lei das
concessões. Funcionam como longa manus do Estado. Autorização para funcionar é ope legis.
“não concessionária”
3. Empresas criadas por outro ente público ou s.e.m. necessitam concorrer. “concessionária”

Lei caso-a-caso para criar uma empresa, concreto. Porém não necessita de lei específica para privatizá-
la: uma lei pacote serve. Decidido pelo STF.

Invasão de competência não pode. Seria o caso de empresa estatal municipal participar como não-
concessionária em município alheio.

Ingresso do particular
Liberdade e conveniência.
Direito econômico. Prestigiar esse direito de escolha. Não haja limitações do estado para atividade do
particular. Especialmente dos demais concorrentes do mercado. Aquelas situações de leis
estabelecendo distância mínima entre postos, farmácias, e serviços urgentes assim. Liberdade de
iniciativa empresarial e liberdade de profissão.

Liberdade de ingresso, de escolha e de exercer a profissão. E liberdade significa dizer não.

Face a um alargamento quantitativo uma ordem de profissão pode querer limitar a entrada.
Inconstitucional. Estabelecer barreiras de acesso. Alargamento qualitativo sindicato estabelecendo
regras de entrada, como professor em instituição pública tem que ter doutorado. Superespecializações
nos ramos da medicina.

Ordens profissionais deveriam fiscalizar. Vão além. Estabelecem barreiras. Grande restrição à liberdade
de profissão. Corporativismo e controle exacerbado.
Soberania econômica nacional. Princípio 170,Cr “princípio da livre concorrência” abertura ordem
econômica, FMI. Controle de riscos, exigências que ferem soberania. “Obedecer”. Trustes
internacionais. Independência em termos econômicos. Muito forte. Por isso já vem no artigo 1º,CR, seja
autônoma é fundada unicamente no interesse nacional.

Aula 30/10
Limitação administrativa não é o mesmo que função social da propriedade.
L12.529 controle posterior. Na finalidade. Não é preocupação prévia.
Sistema brasileiro de defesa concorrência. Prevenção e repressão.

Aula 06/11
1.nao impede o poderio econômico (pois isso é intrínseco), mas o abuso desse poderio;
1.Veda acesso exclusivo a determinados recursos para somente alguns agentes econômicos - produz,
transporta, distribui, comercializa (energia elétrica, copel)

Serviço público vs commodities: a segunda pode ser negociado em mercado, como bolsa valores de
café. Já a energia brasileira não é assim, é serviço público.

Condutas que permitam o livre desenvolvimento da concorrência, mediante ações inibidores e


promotoras (negativas e positivas).

Erros grau
2 faces: 1) liberdade feita comércio e indústria (instalação, desenvolvimento, configuração atividade,
170 único) e 2) liberdade concorrência em si: faculdade de conquistar clientela, proibição de condutas
que detenham a livre competição. Evitar o dumping, cartel… Enfim,leal competição.

Neutralidade do estado no fenômeno concorrencial. Respeitar e coabitar formas de concorrência.


Igualdade de condições com os demais concorrentes, estado observador, ideal visto do liberalismo
econômico do estado guarda-noturno, não ingressa, apenas passeia pelas ruas.

Escolas
Harvard: livre concorrência como fim em si. Estruturas de mercado, ou seja, o tamanho das empresas,
integração, espaço que ocupa. Grandes têm mais poder econômico e tendem a abusar disso. Logo,
inibir excessivas concentrações. A concorrência em si. Os órgãos de defesa querem proteger a
concorrência é, não, os concorrentes. Não é lógica de processo civil bilateral, ganho de causa de um
concorrente em detrimento da perda de causa do outro concorrente. Repressão se houver potência a
gerar danos, a responsabilidade objetiva. 88 L. 12529 - infrações à ordem econômica.
Chicago: campeãs nacionais. Governo financia empresas para serem gigantes mundiais. Estruturas que
configurem oligopcionios. Leilões de concessões (lotes) e proibição de concorrer nas demais regiões.
Ideia: impedir concentração à custa de impedir ganho de escala. Rejeita qualquer intervenção estatal,
porque prestigia a ineficiência. Impede que pequenas unam-se para média, grande, gigante… regra da
razão: retórica. Repressão desde que haja danos efeitos.

Comum nas escolas: preocupação com condutas anticoncorrenciais. Cartéis em desabono a


concorrência. Abuso da posição dominante. Imposição de preços.

88 L.12529 ressalvado o §6º, autorizando conforme a regra da razão. Ou seja, uma mescla escolas
harvard e chicago.

Desenvolvimento sustentável. 170,$§6º e 225. Permitir com que as Atividades Socioeconômicas da


geração posterior possa ser feita da mesma maneira, sem necessidade de criar novas espécies. Ética
ambienal voltará ao ambiente em si. É a proibição da pesca da baleia porque a baleia está em extinção
e não na preocupação da proibição da pesca da baleia para que se tenha baleia para pescar amanhã,
este segundo é pensamento econômico.

Aula 13/11
Constituição.
174- estado normativo, leia-se ente Federal
173- estado empresário
175-estado como agente contratual.

Antes do estado normativo e regulador, normas preceituadas eram para consumo interno (da máquina
estatal), após esse fenômeno regulador, atos regulatórios voltam-se também para o mercado.

You might also like