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QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA CAP.

1 – Assinale a alternativa errada

a) A política de rendas corresponde basicamente aos controles de preços e


salários.
b) A política monetária tem aplicação mais imediata que a política fiscal.
c) A política tributária é um tipo de política fiscal.
d) A política cambial, no setor externo, refere-se a alterações na taxa de
câmbio.
e) Todas as alternativas anteriores estão erradas.

Solução:
A alternativa (e) é incorreta.
Por que todas as alternativas anteriores estão exatas. A política de rendas
controla preços e salários da economia, isto é, as rendas da economia. A
política monetária aplica-s e mais rapidamente que a fiscal, pois esta
depende de votações e sua aplicação é mais demorada após a decisão de
efetuá-la ter sido tomada. Políticas tributárias e de gastos do governo são os
tipos de política fiscal. A política cambial refere-s e à atuação do governo em
relação ao setor externo via taxa de câmbio.

2 – A “política fiscal” de um governo pode ser definida como sua política


relativa à (ao) (aos):

a) Relação entre o total de suas compras de bens e serviços e o total de


seus pagamentos de pensões.
b) Regulamentação de atividade bancárias e de crédito.
c) Total e aos tipos de despesas e à maneira de financiar essas
despesas (tributação, levantamento de empréstimos etc.).
d) Serviços de educação, saúde e segurança nacional.
e) Regulamentação de impostos.
Solução:

Alternativa (c) é a correta.

Deve-se falar tanto em gastos, como no financiamento de tais gastos. Assim, a


política fiscal refere-se às despesas do governo e ao financiamento dessas
despesas. As alternativas a e d referem-se somente a gastos, a alternativa e
cita somente financiamento e a alternativa b refere-se à política monetária.

3 – A política monetária e a política fiscal diferem, essencialmente, pelo


seguinte fato:

a) A política monetária trata dos recursos totais arrecadados e dos gastos


pelo governo, enquanto a política fiscal trata das taxas de juros.
b) A política fiscal procura estimular ou desestimular as despesas de
investimento e de consumo, por parte das empresas e das pessoas,
influenciando as taxas de juros e a disponibilidade de crédito, enquanto a
política monetária funciona diretamente sobre as rendas por meio da tributação
e dos gastos públicos.
c) A política monetária procura estimular ou desestimular as despesas
de consumo e de investimento, por parte das empresas e das pessoas,
influenciando as taxas de juros e a disponibilidade de crédito, enquanto a
política fiscal funciona diretamente sobre as rendas mediante a tributação
e os gastos públicos.
d) Não há, essencialmente, diferença entre as duas, uma vez que os
objetivos e as técnicas de operações são os mesmo.
e) N.r.a

Solução:
Alternativa (c) é a correta.
A política monetária e a política fiscal diferem, essencialmente, pelo
seguinte fato: a política monetária procura estimular ou desestimular as
despes as de consumo e de investimento, por parte das empresas e das
pessoas, influenciando as taxas de juros e a disponibilidade de crédito,
enquanto a política fiscal atua diretamente sobre as rendas por meio da
tributação e dos gastos públicos. A resposta poderia ser complementada
com o fato de que a política monetária é mais imediata (bastando uma
resolução das autoridades monetárias), enquanto a política fiscal é mais
lenta, pois, além de ser necessária sua votação no Congresso Nacional, só
pode ser implementada no exercício seguinte (princípio da anterioridade).

4 – No mercado de trabalho são determinadas quais das seguintes


variáveis macroeconômicas?

a) Nível de emprego e salário real.


b) Nível de emprego e salário monetário.
c) Nível geral de preço e salário real.
d) Salário real e salário monetário.
e) Nível de emprego e nível geral de preços.

Solução:

Alternativa (b) é a correta.

No mercado de trabalho, mediante o equilíbrio entre a oferta de mão de obra


por parte dos trabalhadores e da demanda de mão de obra por parte das
empresas, determinam-se o nível de emprego e o salário monetário (nominal
corrente). A determinação do nível de salário real depende do nível geral de
preços, que se forma no mercado de bens e serviços.
QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA – CAP.9

1 - Em economia, formação de “capital” significa especialmente:

a) A compra de qualquer mercadoria nova.

b) Investimento líquido.

c) A tomada de dinheiro emprestado.

d) A venda ao público de qualquer nova emissão de ações.

e) Poupança.

Solução:
Alternativa (b) é a correta
Formação de capital significa investimento líquido, isto é, os investimentos
realizados no período menos a depreciação do estoque de capital do período
anterior.

2 - O Produto Interno Bruto, a preço de mercado, equivale a:

a) Produto Interno Bruto a custo de fatores + renda líquida enviada ao exterior.

b) Produto Interno Líquido a custo de fatores + impostos indiretos +


depreciação – subsídios.
c) Produto Interno Líquido a preço de mercado + amortização de empréstimos
externos.
d) Produto Nacional Líquido a preço de mercado + dívida externa bruta.
e) Produto Nacional Bruto a preço de mercado + impostos indiretos –
subsídios.

Solução:
Alternativo (b) é a correta.
O produto bruto é igual a produto líquido mais depreciação. Produto a preço de
mercado é igual a produto a custo de fatores mais os impostos indiretos menos
os subsídios do governo. Portanto, Produto Interno Bruto, a preço de mercado,
equivale a Produto Interno Líquido a custo de fatores mais impostos.

3 - Considerando-se os dois grandes agregados macroeconômicos:


Produto Interno Bruto (a preços de mercado) e Produto Nacional Bruto (a
preços de mercado), em um sistema econômico aberto como, por
exemplo, o brasileiro, se o país remete mais renda para o exterior do que
dele recebe, teremos:

a) PIBpm > PNBpm

b) PIBpm < PNBpm

c) PIBpm = PNBpm

d) As transações com o exterior não afetam nem o PIB nem o PNB.

e) Importações > exportações.

Solução:

Alternativa (a) é a correta.

Sabemos que PIB = PNB – RLFE, isto é, o produto interno (renda


produzida dentro do país) é o produto nacional (renda que efetivamente
pertence ao país) menos a renda líquida de fatores externos (remuneração dos
fatores externos). Se RLFE é positiva, o PIB é maior que o PNB.

4 - Suponha uma economia em que não exista governo nem transações


com o exterior. Então:

a. PIBpm > PIBcf > RNB.

b. PIBpm < PIBcf < RNB.

c. PIBpm = PIBcf > RNB.

d. PIBpm = PIBcf < RNB.

e. PIBpm = PIBcf = RNB.


Sendo: PIBpm – Produto Interno Bruto a preço de mercado. PIBcf – Produto
Interno Bruto a custo de fatores. RNB – Renda Nacional Bruta.

Solução:

Alternativa (e) é a correta.

Como não existe governo, não temos impostos indiretos e subsídios, o


que torna o PIB a preços de mercado igual ao PIB a custo de fatores, isto é:

PIBpm = PIBcf

Como não há transações com o exterior, não há diferença entre a RNB


(ou PNB) e o PIB, e então temos:

PIBpm = PIBcf = RNB

5 - O Produto Nacional de um país, medido a preços correntes,


aumentou consideravelmente entre dois anos. Isso significa que:

a) Ocorreu um incremento real na produção.

b) O investimento real entre os dois anos não se alterou.

c) O país está atravessando um período inflacionário.

d) O país apresenta taxas significativas de crescimento do produto real.

e) Nada se pode concluir, pois é necessário ter informações sobre o


comportamento dos preços nesses dois anos.

Solução:
Alternativa (e) é a correta.
Considerando, por exemplo, os anos 1990 e 1991, o produto nacional a preços
os correntes é dado por:
PN90 = Σ p90 ×q90
PN91 = Σ p91 ×q91
Ou seja, ele pode ter crescido devido apenas ao aumento de preços. Para
aferirmos o crescimento real da economia, precisam os do PN a preços
constantes de um dado ano (o chamado PN real), que é obtido deflacionando-
se o PN a preços correntes (chamado PN nominal ou monetário), por um índice
de preços

6 - As Contas Nacionais do Brasil fornecem os seguintes dados (valores


hipotéticos, em milhões de reais):

I. Renda Nacional Líquida a custo de fatores: 5.000


II. Impostos Indiretos: 1.000
III. Impostos Diretos: 500
IV. Subsídios: 100
V. Transferências: 200
VI. Depreciação: 400
VII. Renda Líquida enviada ao exterior: 0

Os índices de carga tributária bruta e líquida serão, respectivamente


(desprezando-se os algarismos a partir da terceira casa decimal):

a) 30,00 e 25,24.

b) 19,04 e 14,29.

c) 24,00 e 19,05.

d) 27,77 e 23,02.

e) 23,80 e 19,04.

Solução:

Alternativa (e) é a correta.

Sabendo-se que a expressão “Renda Nacional’’ refere-se à Renda


Nacional Líquida a custo de fatores (RNLcf ), temos:

RNBcf = RNLcf + Depreciação = 5.000 + 400 = 5.400


PNBpm = RNBcf + Impostos indiretos – Subsídios = 5.400 + 1.000 –
100 = 6.300

PIBpm = PNBpm – Renda líquida enviada ao exterior = 6.300 – 0 =


6.300

O Índice de Carga Tributária Bruta (ICTB) é igual a:

Ti + Td
ICTB = . 100

PIBpm

onde: Ti = tributos indiretos = 1.000 e Td = tributos diretos = 500

Portanto, o Índice de Carga Tributária Bruta (ICTB) será:

1.000 + 500
ICTB = . 100 = 23,80% 6.300
O ICTL, o Índice de Carga Tributária Líquida, será igual a:

ICTL = Ti + Td – Tr – Sub . 100

PIBpm

Sendo: Tr = transferências do governo ao setor privado e Sub =


Subsídios.

Portanto, temos que:

1.000 + 500 – 200 – 100


ICTL = . 100 = 19,04% 6.300

7 - Em uma economia, a renda enviada para o exterior é maior que a renda


recebida do exterior. Então:

a) O Produto Interno Bruto é maior que o Produto Nacional Bruto.


b) O Produto Interno Bruto é menor que o Produto Nacional Bruto.
c) O Produto Interno Bruto é igual ao Produto Nacional Bruto.
d) O Produto Interno Bruto a custo de fatores é maior que o Produto Interno
Bruto a preços de mercado.
e) O Produto Nacional Bruto a custo de fatores é menor que o Produto
Nacional Bruto a preços de mercado.

Solução:
Alternativa (a) é a correta.
O Produto Interno Bruto (PIB) é igual ao Produto Nacional Bruto (PNB) mais a
renda enviada ao exterior (RE), menos a renda recebida do exterior (R R), isto
é: PIB = PNB + RE – RR
Se RE > RR, segue que PIB > PNB.

8 - Com os dados abaixo, para uma economia hipotética, responda às


questões 8a e 8b.

PIB a preços de mercado 2.000


Tributos indiretos 500
Subsídios 250
Consumo final das famílias 400

Formação bruta de capital fixo 400


Variação de estoques 100
Exportações de bens e serviços de não fatores 500
Importações de bens e serviços de não fatores 100
Depreciação 100
Impostos diretos 200
Transferências de assistência e previdência 150
Outras receitas correntes líquidas do governo 600
Juros da dívida pública interna 100
Poupança corrente do governo (superávit) 100

8a - O consumo final das administrações públicas é igual a:

a) 1.100 unidades monetárias.

b) 650 unidades monetárias.


c) 600 unidades monetárias.

d) 550 unidades monetárias.

e) 700 unidades monetárias.

Solução: Alternativa (e) é a correta. No Sistema de Contas Nacionais,


a conta das administrações públicas é apresentada da forma a seguir. Os
números referem-se aos dados do exercício.

Débitos Créditos

... Consumo final das Tributos indiretos 500


administrações:
Tributos diretos 200
Subsídios ao setor privado
250 Outras receitas 600
Transferência de correntes do governo
150 assistência e previdência
100 Juros da dívida pública
100 interna

Saldo: Poupança corrente


do governo

... TOTAL DOS DÉBITOS TOTAL DAS RECEITAS ...


CORRENTES CORRENTE

Substituindo os valores do exercício neste razonete, o consumo final


das administrações é calculado por resíduo, já que temos todos os valores dos
demais itens. O Total das Receitas e dos Débitos Correntes é igual a 1.300,
com o que chegamos a 700 unidades monetárias para o consumo final das
administrações públicas.

8b - O total das receitas correntes do governo é:

a) 1.950 unidades monetárias.

b) 1.700 unidades monetárias.

c) 1.300 unidades monetárias.

d) 1.150 unidades monetárias.

e) 800 unidades monetárias.


Solução:

Alternativa (c) é a correta.

Utilizando o razonete da questão anterior e os dados da tabela, basta


somar o total dos créditos (Tributos indiretos 500 + Tributos diretos 200 +
Outras receitas correntes líquidas do governo 600), e chegamos ao total das
Receitas correntes do governo = 1.300.

9 - Em determinada economia (valores hipotéticos), o Produto Nacional


Líquido a custo dos fatores é 200. Sabendo-se que:

I. Renda líquida enviada ao exterior: 50.


II. Impostos indiretos: 80.
III. Subsídios: 20.
IV. Depreciação: 80.

Calcule o valor do Produto Interno Bruto a preços de mercado:


a) 310

b) 290

c) 230

d) 390

e) 270

Solução:

Alternativa (d) é a correta.

Primeiramente, chegaremos a fórmula do PIB a preços de mercado:

PIBpm = PNBpm + RLEE


PIBpm = (PNLpm + d) + RLEE
PIBpm = [(PNLcf + Ti – Sub) + d] +RLEE

Sabendo que PNLcf = 200, RLEE = 50, Ti = 80, Sub = 20 e d = 80, temos:
PIBpm = [(200 + 80 – 20) + 80] + 50
PIBpm = 390

10 - A diferença entre Renda Nacional Bruta e Renda Interna Bruta é que a


segunda não inclui:

a) O valor das importações.

b) O valor da renda líquida de fatores externos.

c) O valor dos investimentos realizados no país por empresas estrangeiras.


c) O valor das exportações.

d) O saldo da balança comercial do país.

Solução:
Alternativa (b) é a correta.
A Renda Nacional Bruta inclui em sua contabilidade a renda líquida de fatores
externos, enquanto a Renda Interna Bruta a desconsidera.

11 - O salário mensal de determinada categoria de trabalhadores era de $


70.000,00 em 1990 e $ 144.000,00 em 1991. Os índices de custo de vida
correspondentes são 100 para 1990 e 240 para 1991. Logo, o salário real
em 1991, em valores constantes de 1990, é:

a) $ 70.000,00

b) $ 40.000,00

c) $ 60.000,00

d) $ 100.000,00

e) $ 144.000,00

Solução:

Alternativa (C) é a correta.

Considerando que salário real91/90 é o salário real em 91 a valores constantes


de 90, temos:
Salário nominal 91

Salárioreal91/90 = ⋅ 100

Índice de preços 91

144.000

Salárioreal91/90 = 240 ⋅ 100 = $ 60.000

12 - Não é considerada uma transação da economia informal:

a) Mercado paralelo do dólar.


b) Empregado não registrado em carteira.

c) Autônomos que não fornecem recibo pelo pagamento de seu serviço.

d) Aluguel estimado do caseiro de uma fazenda.

e) Guardadores de automóveis não registrados.

Solução:

Alternativa (d) é a correta.

Todas as respostas representam desobediência civil de atividades econômicas


regulares de mercado, exceto o aluguel estimado do caseiro de uma fazenda,
já que consiste numa renda implícita do proprietário da fazenda e, embora não
apareça no mercado, é computado no Produto Nacional.

13 - Para fins de contabilidade social, qual das despesas governamentais


abaixo é considerada transferência:

a) Cursos de alfabetização de adultos.

b) Manutenção de aeroportos.

c) Manutenção de estradas.

d) Salários de funcionários aposentados.

e) Vacinação em massa.

Solução:
Alternativa (d) é a correta.

Transferência do governo é uma transação que aparece no mercado, m as é


excluída do Produto Nacional, pois não o altera. Somente é considerada a
transferência direta, isto é, sem considerar os serviços prestados pelo governo.
Portanto, salários de funcionários aposentados representam transferência
governamental. Cursos de alfabetização não são uma transferência, pois são
serviços do governo (bolsas de estudo seriam).

14 - Se compararmos a matriz insumo-produto com o sistema de contas


nacionais de um país, num mesmo período, veremos que:

f) Não há relação alguma entre a matriz e o sistema.

g) Ambos incluem os fluxos financeiros da economia.

c) A matriz inclui as transações intermediárias, e o sistema não.

c) A matriz é elaborada em termos de estoques, e o sistema, em termos de


fluxos.
d) A matriz permite calcular o estoque de capital nacional, e o sistema, o
produto nacional.

Solução:

Alternativa (C) é a correta.

A matriz é uma “radiografia” da estrutura da economia, pois mostra toda a


cadeia produtiva, ou seja, inclui transações com bens e serviços
intermediários, diferentemente do sistema de contas nacionais, que inclui
somente bens e serviços finais.
QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA – CAP.10

1 – No modelo Keynesiano básico de determinação da renda, assinale a


alternativa errada:

a) Para que haja equilíbrio, a som a dos vazamentos deve ser igual à das
injeções.
b) Para que haja equilíbrio, a oferta agregada deve igualar a demanda
agregada.
c) Renda de equilíbrio não é o mesmo que renda de pleno em prego.
d) No equilíbrio da renda, num a economia fechada e sem governo, os
investimentos planejados devem igualar as poupanças planejadas.
e) Todas as alternativas anteriores estão incorretas.

Solução:

A alternativa (e) é a única incorreta, porque todas as outras respostas estão


certas.

2 - Supondo investimentos autônomos em relação à renda nacional, se os


indivíduos desejarem poupar mais nos diversos níveis de renda planeja
da, no novo equilíbrio ter-se- á:

a) O nível de renda e de poupança aumentará.


b) O nível de investimento realiza do excederá o da poupança realizada.
c) O nível de investimento realizado será menor que o da poupança realizada.
d) O nível de poupança será constante e o da renda diminuirá.
e) O nível de poupança se elevará e o de consumo se reduzirá, mas a renda
permanecerá constante.

Solução:
Alternativa (d) é a correta.
Quando os indivíduos desejam poupar mais, para os diversos níveis de renda
planejada, tem-se um deslocamento da curva de poupança de S0 para S1,
como mostra o gráfico. Sendo o investimento constante com a renda, um
aumento da poupança acaba resultando numa diminuição da renda (de y0 para
y1) e em poupança constante (esta nunca varia se o investimento for constante
com a renda).

I,S

S1 S0

I,1 = S1
I
I0 = S0

y
y1 y0

3 - São fatores que contribuem para a elevação do produto real na


economia, de acordo com o pensa mento keynesiano:

a) Redução do déficit governamental, tudo o mais constante.


b) Maiores exportações e menores importações de bens e serviços,
menor tributação, enquanto a economia se encontrar em nível abaixo do
pleno emprego dos fatores.
c) Maiores gastos d o governo, maior poupança interna e menores níveis de
tributação, por induzirem a maior demanda agregada.
d) Redução de barreiras alfandegárias às importações de bens e serviços.
e) Redução das exportações d e bens e serviços, em razão de provocar
aumento na disponibilidade interna de bens e serviços.

Solução:
A alternativa (b) é a correta.
Mais exportações e menos importações aumentam o produto real da economia,
já que elevam a demanda agregada. Redução de impostos aumenta a renda
disponível dos agentes, aumentando o consumo destes e a demanda
agregada. As alternativas a, d, e e reduzem o produto real e a alternativa c
não garante o aumento do produto, já que os efeitos do aumento dos gastos
do governo e redução da tributação podem ser revertidos pela maior poupança.
Note que mesmo a alternativa c somente é correta considerando-se que a
economia não esteja no pleno emprego, tudo o mais constante.

4 - Em um modelo keynesiano simples de determinação da renda de


equilíbrio, toda vez que o investimento autônomo sofrer um aumento, a
renda nacional subirá por um múltiplo desse aumento. Essa expansão da
renda variará:

a) Em relação direta com a propensão marginal a consumir.


b) Em relação direta com a propensão marginal a poupar.
c) De acordo com a taxa de juros de longo prazo.
d) Em relação inversa com a propensão marginal a consumir.
e) Em relação direta com a soma das propensões marginais a consumir e a
poupar.

Solução:
Alternativa (a) é a correta.
A expansão total da renda quando há aumento do investimento é dependente
do multiplicador da economia, que é diretamente dependente da propensão
marginal a consumir (maior propensão marginal a consumir causa maior
variação da renda).

5 - Considere duas economias, numa das quais as importações são uma


função crescente do nível de renda real, enquanto na segunda as
importações são autônomas em relação ao nível d e renda. O valor do
multiplicador:

a) Da primeira será maior que o da segunda.


b) Da segunda será maior que o da primeira.
c) Da primeira será igual ao da segunda.
d) Da primeira não depende do valor da propensão marginal a consumir.
e) Da segunda é função d o nível de importação.

Solução:
Alternativa (b) é a correta.
Os valores dos multiplica dores são:
As importações induzidas por aumentos da renda real:
km’ = – 1/(1 – b + m1)
As importações autônomas, independentes da renda real:
km = – 1/(1 – b)
Como m1 > 0, segue km > km’.
Intuitivamente, as importações representam um vazamento do fluxo de renda.
Dada uma elevação da demanda, se as importações dependem da renda,
teremos um vazamento adicional a cada etapa d o efeito multiplicador.

6 - Em um modelo keynesiano simples, se a propensão marginal a poupar


for houver um aumento de $ 100 milhões na demanda por investimento, a
20% e expansão no produto nacional:

a) Será de $ 200 milhões.


b) Será de $ 500 milhões.
c) Não pode ser calculada, pois não se sabe qual a propensão marginal a
consumidor.
d) Não ocorrerá.
e) Será de $ 2 milhões.

Solução:
Alternativa (b) é a correta.
Sendo s = propensão marginal a poupar, b = propensão marginal a consumir, k
= multiplicador da renda, ∆I = variação da demanda por investimento e ∆Y =
expansão no produto nacional, temos:
7 - Aponte a afirmativa falsa:

a) O mecanismo do estabilizador automático amortece o efeito dos ciclos


econômicos.
b) O teorema do orçamento equilibrado mostra que, se aumentarmos os gastos
públicos na mesma proporção do aumento da tributação, o nível de renda
aumentará no mesmo montante do aumento dos gastos e da tributação.
c) No mecanismo do estabilizador automático, a tributação é suposta
independente do nível de renda nacional.
d) Com a inclusão da tributação no modelo básico, o consumo é suposto
dependente da renda disponível.
e) No hiato deflacionário, a renda de equilíbrio está aquém da renda de pleno
emprego.

Solução:

Alternativa (c) é a falsa.


O mecanismo do estabilizador automático supõe tributação progressiva em
relação à renda, de forma a atenuar grandes aumentos de renda e grandes
reduções d e renda.

8 - Segundo Keynes, três elementos básicos estão envolvidos na s


decisões para investir:

a) Disponibilidade de capital de giro, taxa de juros e nível de lucros esperados.


b) Custo do investimento, fluxo de renda líquida a ser gerado pelo
investimento e taxa de juros.
c) Taxa de juros do mercado, custo de produção dos bens de capital e taxa de
salários.
d) Custos variáveis de produção, taxa de salários vigente e lucro esperado.
e) Fluxo de renda a ser gerado pelo investimento, disponibilidade de capital de
giro e taxa de juros.

Solução:
Alternativa (b) é a correta.
Os três elementos básicos são o custo d o investimento (preço de oferta), o
fluxo de renda líquida (que junto com o preço d e oferta resultam em certa
eficiência marginal do capital) e a taxa de juros (que deve ser menor que a
eficiência marginal do capital para que o investimento ocorra).

9 - O princípio do acelerador de investimento baseia-se na relação


existente entre:

a) A taxa corrente de investimento e a taxa de juros.


b) O nível corrente d e investimentos e o nível de renda.
c) O nível corrente de investimentos e a variação no nível de renda.
d) O nível corrente d e investimento e o nível d e gastos do governo.
e) O nível de investimentos e o nível de poupança.

Solução:
Alternativa (c) é a correta.
O princípio do acelerador de investimento baseia-se na relação existente entre
o nível corrente de investimento e a variação no nível de renda. Ou seja, o nível
de investimento (I) depende das variações d o produto e não do nível do
produto. Note que, ao contrário do multiplicador keynesiano, o princípio do
acelerador supõe que a taxa de investimento é que depende da renda
(produto), isto é:
I = f (variações da renda).
No multiplicador, temos que:
Variações da renda = kI x variações no investimento, sendo kI o multiplicador
keynesiano.

10 - Numa economia fechada e sem governo, são dados:


I. a função consumo, pela equação: C = 20 + 3 /4 y, sendo y o nível de
renda; e
II. o nível d e investimento (autônomo) = 40.
Se o produto de pleno emprego for 300, o aumento do nível de investimento
necessário para que a economia esteja equilibrada com pleno emprego será:
a) 80
b) 60
c) 45
d) 15
e) 30

Solução:
Alternativa (d) é a correta.
Nessa economia, temos que y = C + I = 20 + 3 /4y + 4 0
Portanto, resolvendo a equação, y* = 240
Como a renda de pleno emprego é igual a ype = 300, é necessário um
aumento de renda
∆y = (yPE – y*) = 300 – 240 = 60.
Le mb rando q ue
∆y = kI ⋅ ∆I,

11 - Conhecidas, para uma economia fechada e sem governo (e supondo


que não haja lucros retidos p elas empresas):

Função poupança: S = –10 + 0,2yd, onde yd= renda pessoal disponível.


Função investimento: I = 20 + 0,1y, onde y = renda (produto) nacional.
Assinale a alternativa correta:
a) O nível de equilíbrio do produto é, aproximadamente, 14,3.
b) A função consumo é C = 10 + 0,2yd.
c) É impossível conhecer o produto d e equilíbrio, pois não foi dada a função
renda pessoal disponível.

d) O nível de equilíbrio do produto é 300.


e) O multiplicador dos investimentos autônomos é 5.

Solução:
Alternativa (d) é a correta.
São dados:
S = –10 + 0,2yd
e
I = 20 + 0,1y
Como não há governo, a renda disponível yd é igual à renda nacional y.

Analisemos cada alternativa:


- alternativa a: Renda de equilíbrio: OA = DA
y=C+I
Como a função consumo C é complemento da poupança, temos:
C = y – S C = y – ( – 10 + 0,2y) C = 10 + 0,8y
Substituindo as funções C e I na condição de equilíbrio, vem:
y = C + I = 10 + 0,8y + 20 + 0,1y = 30 + 0,9 y
Portanto:
y – 0,9 y = 30 = 30/0,1 y = 300 diferente de 14,3, como aparece na alternativa
a.
- Alternativa b: a função consumo é o complemento da função poupança, igual
a C = 10 + 0, 8yd (e não C = 10 + 0,2yd, como aparece na alternativa b).
- alternativa c: não é verdade. Como o enunciado diz que não há governo
(e, portanto, não há impostos), a renda disponível (yd= y – T) é igual à renda
nacional y.
- Alternativa d: alternativa correta. Ver resolução na alternativa a.
- Alternativa e: errada. O multiplica dor do investimento, com investimento
induzido pela renda (I= f(y)), é dado pela fórmula:
KI = 1
_____
(1- b – i1), sendo i1a declividade da função investimento. Temos então

1 1
k1 = _________________ = ________= 10
(1- 0,8 – 0,1) 0,1

(e não 5, como no exercício)

12 - Dados, para uma economia hipotética aberta e com governo:

C = 10 + 0,8yd I = 5 + 0 ,1 y G = 50 X = 100 M = 1 0 + 0,14 y T = 12 + 0, 2 y


Onde:
C = consumo das famílias yd= renda disponível G = gastos do governo
X = exportação de bens e serviços M = importação de bens e serviços
y = produto nacional T = tributação
Um aumento de 100 unidades monetárias no gastos do governo, tudo o mais
mantido constante, provocaria acréscimo do produto nacional igual a:

a) 100 unidades monetárias.


b) Menos que 100 unidades monetárias, porque a tributação também
aumentaria.
c) 250 unidades monetárias.
d) 500 unidades monetárias.
e) 1.000 unidades monetárias.

Solução:
Alternativa (c) é a correta.
A questão refere-se ao efeito do multiplicador keynesiano dos gastos do
governo (ou seja, qual o acréscimo do produto nacional, gerado por um
aumento de 100 unidades monetárias os gastos do governo), mas em sua
versão ampliada, supondo investimentos, tributos e importações como funções
crescentes do produto nacional.
Sua fórmula é:
1
kg = ___y__ = ______________________ onde:
G 1 – b (1 – t1 – i1 + m1)

b = propensão marginal a consumir = 0,8;


t1 = alíquota marginal da tributação = 0,2 (obtida na função T = 12 + 0,2 y);
i1 = propensão marginal a investir = 0,1 (obtida na função I = 5 + 0, 1y);
m1 = propensão marginal a importar = 0,14 (obtida na função M = 10 + 0 ,14y).
Temos então:
1
kg = ___________________________
1 – 0,8 (1 – 0,2) – 0,1 + 0,14

Portanto, um aumento de 100 nos gastos do governo leva a um aumento do


produto de 250, tudo o mais mantido constante.
QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA – CAP.13

1 - Se todos os preços subire m, pode-se ter certeza que houve inflação?


a ) S i m.
b) Si m, contanto que a taxa de juros real não se altere.
c) Sim, contanto que a renda de equilíbrio esteja abaixo da renda de pleno
emprego.
d) Si m, contanto que a taxa de juros nominal não se altere.
e) Sim, contanto que este aumento faça parte de alta persistente no nível
geral de preços.

Solução:
Alternativa (e) é a correta.
Se todos os preços subirem, o aumento de preços é generalizado. Para que
isso signifique inflação, esse aumento deve ser generalizado e também
contínuo, isto é, deve fazer parte de alta persistente no nível geral de preços.

2 - Uma das consequências mais claras de todo processo inflacionário é:


a) Que o P I B em ter mos reais permanece estacionário.
b) Que a classe trabalhadora e, em geral, aqueles que percebem rendas
fixas sofrem perda de poder aquisitivo.
c) Que o multiplicador keynesiano tende a zero.
d) Que a tecnologia da economia tende a mostrar rendimentos crescentes de
escala (ou custos unitários decrescentes).
e) Que a velocidade de circulação da moeda decresce.

Solução:
Alternativa (b) é a correta.
A perda de poder aquisitivo da classe trabalhadora e daqueles que recebem
rendas fixas é uma das consequências mais claras do processo inflacionário.
Isso acontece, pois seus orçamentos ficam cada vez mais reduzidos até a
chegada de um reajuste. As de mais alternativas são menos óbvias, sendo que
as alternativas de e estão totalmente incorretas.
3 - A “Curva de Phillips” expressa uma relação entre:

a) A taxa de crescimento do produto real e a taxa de crescimento dos gastos


do setor público.
b) O volume de desemprego e a taxa de salário nominal.
c) A taxa de crescimento do nível geral de preços e a parcela do PIB
apropriada pelos trabalhadores.
d) A taxa de desemprego e a taxa de crescimento dos salários nominais.
e) A taxa de crescimento do nível geral de preços e a taxa de crescimento dos
gastos do setor público.

Solução:
Alternativa (d) é a correta.
A Curva d e Phillips expressa uma relação (inversa) entre a taxa de
desemprego e a taxa de crescimento dos salários nominais (que representa a
taxa d e inflação).

4 - Considerando os dois gráficos abaixo, onde:

OA = oferta agregada;
DA = demanda agregada;
P = nível geral de preço s;
Y = nível de renda real;
y* = nível de renda real com pleno emprego.

Qual das seguintes assertivas é verdadeira?


a) O gráfico I representa alta de preços atribuível a uma inflação de custo s.
b) O gráfico II representa alta de preços atribuível a uma inflação de demanda.
c) Tanto o gráfico I como o gráfico II representa alta de preços atribuível a uma
inflação de demanda.
d) O gráfico II representa alta de preços atribuível a uma inflação de
custos.
e) Nenhum dos gráficos está representando elevação dos preços.

Solução:
Alternativa (d) é a correta.
O gráfico I representa alta de preços atribuível a uma inflação de demanda,
(pois a demanda aumenta) e o gráfico II representa alta de preços atribuível a
uma inflação de custos (pois a oferta aumenta). Portanto, a alternativa
d está correta.

5 - Quando o governo possui déficit público excessivo e emite moeda


para cobri-lo, é válido esperar que:

a) Gere inflação interna.


b) Gere déficit no balanço comercial do país e queda de preços internos.
c) Gere ex cesso de oferta de bens do setor privado.
d) Não tenha nenhum impacto sobre o sistema econômico.
e) Aumente a dívida externa do país e provoque deflação interna.

Solução:
Alternativa (a) é a resposta correta.
A emissão de moeda, quando o governo já possui déficit público excessivo,
tende a provocar inflação de demanda, pois leva normalmente a u m aumento
da demanda, em relação à oferta de bens e serviços (“muito dinheiro à cata de
poucas mercadorias”).

6 - A essência das análises econômicas realizadas pelos ideólogos da


reforma monetária que culminou no Plano Cruzado reside no fato de que:
“um determinante significativo da inflação corrente é a própria inflação
passada” e que “o melhor previsor da inflação futura é a inflação
passada”. A esse fenômeno os analistas denominam:
a) Efeitos de preços relativos.
b) Inflação inercial.
c) Hiperinflação.
d) Inflação de demanda.
e) Inflação de custos ou de oferta.

Solução:
Alternativa (b) é a correta.
A inflação inercial é provocada fundamentalmente pelos mecanismos de
indexação formal (correção de salários, aluguéis e de mais contratos) e
informal (preços de bens e serviços e tarifas e impostos públicos). Por essa
razão, os mentores do Plano Cruzado propuseram o congelamento geral de
preços, salários e tarifas, para eliminar a “memória” inflacionária.

7 - Das assertivas a seguir, assinale aquela que é verdadeira.

a) Qualquer pressão inflacionária pode ser eliminada desde que os preços se


tornem perfeitamente flexíveis para cima.
b) Segundo a teoria quantitativa da moeda, jamais poderá o correr inflação por
excesso de demanda.
c) Em uma economia com desemprego de mão de obra não pode ocorrer
inflação.
d) Não é possível eliminar um processo inflacionário se os salários estão
crescendo.
e) O fenômeno da ilusão monetária pode originar um processo
inflacionário por excesso de demanda.

Solução:
Alternativa (e) é a correta.
A ilusão monetária refere-se ao fato de que as pessoas percebem mais o
salário nominal (monetário) do que o salário real, ou seja, não percebem
claramente que os preços dos bens aumentam mais que seus salários
nominais. Com isso, os trabalhadores oferecem mais seus serviços do que
deveriam, pensando que o salário é maior do que efetivamente é. Ademais, as
pessoas, julgando-se mais ricas, de mandam mais bens e serviços. Se a
economia estiver com a oferta de bens a pleno emprego, esse fenômeno pode
provocar inflação de demanda.

8 - Supondo que a economia se encontre a pleno emprego:

a) Um aumento nos gastos do governo, tudo o mais constante, provocaria


aumento do produto real e redução do nível geral de preços.
b) Uma redução nos tributos, tudo o mais constante, levaria a uma redução no
produto real da economia.
c) Uma expansão dos meios de pagamento, tudo o mais constante, provocaria
inflação de oferta.
d) Um aumento nos níveis de investimento, tudo o mais constante, provocaria
inflação de oferta.
e) Um aumento nos níveis de investimento, tudo o mais constante,
provocaria inflação de demanda.

Solução:
Alternativa (e) é a correta.
Um aumento nos níveis de investimento, tudo o mais constante, provoca
inflação de demanda, quando a economia se encontra em pleno emprego.
Deve ser observado que, a curto prazo, os investimentos são tipicamente
elementos da demanda agregada. Apenas a longo prazo eles são
considerados como oferta agregada, quando então aumentam a capacidade
produtiva da economia.

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