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ensino da matemática
Material Teórico
Material didático no ensino de matemática: jogos, materiais
convencionais, livros, cadernos e periódicos
Revisão Textual:
Prof. Ms. Selma Aparecida Cesarin
Material didático no ensino de matemática:
jogos, materiais convencionais, livros,
cadernos e periódicos
• Ensino da Matemática
Ao longo do tempo, o ensino de Matemática vem sendo reformulado para atender aos
desafios do processo ensino e aprendizagem de Matemática.
Todavia, estamos propondo nesta Unidade, algumas análises de como o professor analisa
e verifica o papel do material didático no ensino de Matemática e como analisar as funções
dos jogos e materiais alternativos no seu ensino.
A proposta desta Unidade é fazer com que o professor avalie sob um olhar mais crítico
e também pedagógico-didático o uso desses instrumentos mediadores (Livros, materiais
convencionais, jogos etc.) em sala de aula.
Conhecer e analisar esses instrumentos e sua real função dentro do ensino de Matemática
poderia auxiliar uma aprendizagem mais significativa do conhecimento proposto pelo professor.
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Unidade: Material didático no ensino de matemática: jogos, materiais convencionais, livros, cadernos e periódicos
Contextualização
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Ensino da Matemática
Objetivos de aprendizado
Papel do material didático no ensino de Matemática.
Nem sempre as noções de Matemática aparecem com clareza no cotidiano. Assim, deve-se
buscar alternativas para que haja melhor compreensão dessas noções.
Além desses métodos de ensino de Matemática centrados na ação do aluno, a utilização de
materiais didáticos (ou materiais manipuláveis ou materiais instrucionais) variados em sala de
aula pode contribuir para a melhoria da qualidade do ensino e para uma aprendizagem efetiva.
Segundo Eliana Bravim e Edivanda Mugrabi, os materiais didáticos são mediadores já que
possibilitam uma efetiva relação pedagógica de ensino-aprendizagem, tanto no trabalho dos
educadores na exposição dos conteúdos escolares, como nos trabalhos de grupos dos alunos,
momento em que realizam reflexões sobre o conteúdo escolar abordado na aula.
É pela apropriação e mediação que os humanos têm acesso aos conhecimentos coletivos e
conteúdos culturais.
Apropriação - Apropriar seria a operação pela qual os sujeitos transpõem para o plano
interno/intrapsíquico aquelas informações que estão presentes no plano externo, ou extrapsíquico;
Mediação - Mediar uma relação é servir de interface entre dois polos e, dessa forma,
contribuir para a apropriação.
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Unidade: Material didático no ensino de matemática: jogos, materiais convencionais, livros, cadernos e periódicos
Dessa forma, o uso dos recursos didáticos tem funções específicas que devem ser observadas
pelo professor quando da elaboração do planejamento das atividades.
Para Gaertner (2001), quando o indivíduo é desafiado a trabalhar com algo novo, ele é
incentivado a explorar, refletir e descobrir soluções adequadas.
Com criatividade e construções simples, ocorrerá a aquisição de importantes conceitos
matemáticos, resultante das ações do estudante sobre o material e das reflexões que faz
sobre tais ações.
No Brasil, para ser didático, um livro precisa ser usado de forma sistemática no ensino-
aprendizagem de uma determinada Disciplina e a publicação ser dirigida tanto aos professores
quanto aos alunos.
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No livro estão inseridos conteúdos a serem ensinados e a forma como o professor deve
planejar suas aulas e tratá-las com os alunos.
• motivam o aluno;
O aluno vai aprender, construir e alterar significados, em relação a um padrão social que a
própria escola estabeleceu como projeto de educação e se transforma em ferramenta de uso
para o professor.
A relação do livro didático com o professor passa a ser estruturada diante de um exemplar
específico para o professor, não contendo apenas a resolução dos exercícios, mas também
a estruturação para o planejamento das aulas do professor. Cada livro didático possui uma
intenção de utilização: correção de exercícios; função didática de cada lição e ajuda como
complemento disciplinar, entre outras.
Atualmente, constata-se que o livro didático não é o único recurso utilizado no sistema escolar
referente ao ensino/aprendizagem, mas continua a ser, para a grande maioria dos professores, o
principal instrumento de trabalho.
Outros materiais
A partir do uso do caderno/lápis/borracha e do quadro-negro, o aluno organiza seu raciocínio
e sua fala de forma que consiga representar e explicar a maneira como se apropriou do conteúdo
estudado e como resolveu a atividade proposta.
Além dos materiais didáticos tradicionais, muitos dos objetos e jogos que usamos no nosso
dia a dia podem ser usados para facilitar a aprendizagem da Matemática.
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http://www.ufrrj.br/emanped/paginas/conteudo_producoes/docs_23/analise_
significado.pdf
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Unidade: Material didático no ensino de matemática: jogos, materiais convencionais, livros, cadernos e periódicos
Objetivos de aprendizado
Ideias e funções dos jogos e materiais alternativos no ensino de Matemática.
Os jogos e os materiais alternativos possuem papel essencial no ensino de Matemática por que:
a) permitem vivenciar situações com o uso e a prática social da Matemática;
b) interligam as áreas do conhecimento e permitem desenvolver habilidades;
c) ampliam o repertório de situações didáticas propostas pelos professores.
I Jogos
1 Jogo do Tabuleiro
A) Material: tabuleiro individual com 20 divisões, um dado com pontos ou numeração,
material de contagem para preencher o tabuleiro (fichas, tampinhas etc.);
1.2 Batalha
A) Material: baralho de cartas de ÁS a 10;
B) Aplicação: um dos jogadores distribui (divide) todas as cartas entre todos. Cada criança
arruma sua pilha com as cartas viradas para baixo, sem olhar para as faces numeradas.
Os jogadores da mesa (2, 3 ou 4) viram a carta superior da sua pilha e COMPARAM os
números. Aquele que virar a carta de quantidade “maior” (número maior) pega todas
para si e coloca num monte à parte. Jogar até as pilhas terminarem.
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Se abrirem cartas de mesmo valor, deixar na mesa e virar as próximas do seu monte.
Vence aquele que pegar o maior número de cartas (estratégias: comparar a altura das pilhas,
contar, estimar).
B) Aplicação: cada jogador recebe uma cartela com três desenhos que representem uma
das faces do dado. Na sua vez, joga o dado e se tiver na sua cartela um desenho IGUAL
ao da face sorteada, deve cobri-la com a ficha. Termina quando alguém cobrir os três
desenhos da sua cartela.
2 Tangram
O Tangram é um jogo de origem chinesa, cuja ideia é formar uma figura dada, utilizando
todas as sete figuras do jogo (cinco triângulos de tamanhos diferentes, um quadrado e um
paralelogramo).
Livros chineses especializados chegam a representar 1700 figuras, entre animais, plantas,
pessoas, objetos, letras, números, figuras geométricas e outras.
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Pode-se trabalhar:
• ângulos;
• frações;
• figuras geométricas;
• área, entre outros.
O Tangram pode ser construído a partir de uma folha de sulfite, por meio de dobraduras e
recortes da folha.
3 Origami
O origami propicia aos alunos experiências que levam à aprendizagem da Geometria,
baseada na exploração de situações de natureza investigativa, envolvendo dobras e cortes
(PONTE, 2005).
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O trabalho com origami é muito rico, pois permite estudos de diferentes ramos da Matemática
tais como noções de Proporcionalidade, Fração, Aritmética, Álgebra e Função. Assim:
Pode ser considerado um recurso de investigação, como quebra cabeça, vez que possibilita
aos alunos o desafio da construção dos objetos, observando e discutindo, criando e recriando,
em um processo de construção de conhecimento coletivo e compartilhado, percebendo a
possibilidade de diferentes caminhos para solução do problema.
É um recurso didático motivador de interesse dos alunos e, principalmente, um recurso
que propicia o desenvolvimento do espírito investigativo, desenvolve a autonomia no fazer
e no pensar, vez que buscam, inicialmente, recursos próprios para solução dos desafios e,
posteriormente, agregam novos conhecimentos e habilidades que são compartilhadas com o
grupo durante a construção das peças.
Com o uso do origami, pode-se:
• construir e investigar os poliedros de Platão;
• identificar propriedades geométricas;
• estimular o uso do vocabulário matemático;
• conhecer triângulos, quadriláteros, polígonos, arestas, faces, vértices, decomposição e
composição de figuras.
4 Geoplano
O ensino-aprendizagem da Geometria deve ser redimensionado com o objetivo de constituir
um tema unificador na aprendizagem de Matemática.
Ela permite que os estudantes envolvam-se em atividades de investigação, na descoberta de
relações, verificação de conjecturas e no pensamento analítico crítico.
O raciocínio geométrico abrange um conjunto de habilidades importantes para uma percepção
mais apurada do mundo que cerca o indivíduo.
O geoplano é um dos recursos que pode auxiliar o trabalho da geometria, sendo um
excelente meio para explorar problemas e o registro das atividades desenvolvidas pode ser
feito no papel pontilhado.
Estuda formas geométricas, principalmente planas, características e propriedades delas
(vértices, arestas, lados), ampliação e redução de figuras, simetria, área e perímetro.
Uma de suas grandes vantagens é que apresenta mobilidade, o que faz com que os alunos se
habituem a ver figuras em posições diversas.
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<http://ccet.ucs.br/eventos/outros/egem/minicursos/mc54.pdf>
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Material Complementar
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Material Didático no Ensino de Matemática: Jogos, Materiais Convencionais, Livros, Cadernos e
Periódicos. Disponível em:
https://arquivos.cruzeirodosulvirtual.com.br/materiais/disc_graduacao/2014/2sem/3mod/met_ens_
mat/un_II/mat_comp/mat_comp.pdf
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Unidade: Material didático no ensino de matemática: jogos, materiais convencionais, livros, cadernos e periódicos
Referências
BRAVIM, E.; MUGRABI, E. Os Recursos Didáticos e sua Função Mediadora nas Aulas
de Matemática: um Estudo de Caso na Aldeia Indígenas Tupinikim Pau-Brasil do
Espírito Santo. Disponível em: <http://www.fae.ufmg.br/ebrapem/completos/11-14.pdf>.
Acesso em: 3 jul. 2009.
SILVA JUNIOR, C.G., RÉGNIER, J.C. Livros didáticos e suas funções para o professor
de matemática no Brasil e na França. Disponível em: <http://hal.archives-ouvertes.fr/
docs/00/38/ 26/45/PDF/CO-19.pdf>. Acesso em: 3 jul. 2009.
GALLAGHER, K., “Resolvendo Problemas com o uso da Matemática Recreativa”. In: KRULIK,
S. (org.). A resolução de problemas na Matemática Escolar. São Paulo: Atual, 1997.
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Anotações
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