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APLICAÇÃO DE MDETODOLOGIA MDL PARA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS

DEGRADADAS

Autor: Douglas Andrey Pedron


Professor Orientador: Edson Torres
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Curso Engenharia Ambiental – Trabalho de Graduação
dd/mm/aa

Palavras-chave: Recuperação; Áreas Degradas; MDL

1 INTRODUÇÃO

Inicialmente, o Código Florestal definia as APPs como uma faixa de 30 a 500 metros,
de florestas e demais formas de vegetação natural, situadas à margens dos rios ou de
qualquer curso d’água, no entorno das nascentes, de lagos, de reservatórios, no topo de
morros, nas encostas com declividade superior a 45°, nas restingas, nas bordas dos
tabuleiros ou chapadas, e nos locais com altitude superior a 1800m (artigo 2). Nessas
APPs, a supressão total ou parcial da vegetação era proibida, exceto em caso de
utilidade pública ou de interesse social e com autorização prévia do Poder Executivo
Federal (artigo 3, § 1).
Quase quarenta anos após a criação das APPs, pela primeira vez, as Resoluções
CONAMA n° 302 e 303, de 20 de março 2002, estabelecem parâmetros, definições e
limites referentes às APPs. Em cada Resolução, o artigo 2 descreve o espaço onde será
implantado as APPs (definição de nascente, vereda, morro, reservatório artificial...); o
artigo 3 trata do dimensionamento dessas APPs, variável segundo o local, assim como
critérios de medida. Novos espaços de APPs são delimitados.
As APP’s e sobre tudo as matas ciliares, são extremamente importantes para o
equilíbrio ambiental. As matas ciliares correspondem às formações vegetais situadas às
margens dos rios, lagos, nascentes e demais cursos e reservatórios d’água
(ALVARENGA et al, 2006). Em escala local e regional, as matas ciliares permitem: a
manutenção da qualidade da água e do ecossistema aquático da microbacia hidrográfica;
a estabilidade dos solos e das áreas marginais; a regularização do regime hídrico; a
criação de corredores favorecendo o fluxo gênico entre remanescentes florestais; o
fornecimento de alimentos e abrigo para a fauna.
Em escala global, as matas ciliares em crescimento sequestram carbono e permitem a
diminuição dos gases de efeito de estufa.

Segundo a Lei Federal nº 12.651 de 25 de maio de 2012, em seu Art. 3º define APP
como:

II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por


vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem,
a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora,
proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.

A restauração das matas ciliares assim como o seu manejo necessita a utilização de
técnicas adequadas, resultando geralmente das avaliações detalhadas das condições
locais e do uso dos conhecimentos científicos existentes. “Da avaliação, dependem a
relação de espécies, os métodos de preparo de solos, a calagem, a adubação, as
técnicas de plantio, a manutenção, o manejo e a aplicação de conhecimentos
específicos para o uso dos “modelos” mais adequados ao repovoamento florestal”
(BARBOSA, 2000
O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) foi criado pela Conferência das
Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC
- United Nations Framework Convention on Climate Change) como uma maneira de
ajudar os países a cumprirem as metas do Protocolo de Quioto. A proposta de MDL
consiste na implantação de um projeto em um país em desenvolvimento com o objetivo
de reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEEs) e contribuir para o
desenvolvimento sustentável local. Cada tonelada de CO2 equivalente deixada de ser
emitida ou retirada da atmosfera se transforma em uma unidade de crédito de carbono,
chamada Redução Certificada de Emissão (RCE), que poderá ser negociada no mercado
mundial. Para as APP's geridas pelo município, ou pelos donos de terras onde as app's
se localizam, o gerenciamento dessas áreas para crédito de carbono pode trazer um
ganho a mais para as partes, pois este tipo de projeto também é uma "ferramenta
financeira".

As políticas que têm por meta enfrentar as mudanças climática são bastante complexas,
por haver em torno delas um grande jogo de interesses em relação às especificidades de
grupo de países e, principalmente, de grandes corporações e de setores econômicos de
peso (VIOLA, 2002). O uso do Protocolo de Kyoto e, especialmente, de projetos de
MDL como instrumentos para enfrentar as mudanças climáticas, tem gerado polêmicas
e impasses, dividindo posições entre países, governos, ONGs, sociedade civil, cientistas
e o setor privado. Para MONZONI (2004) é importante destacar que a redução de
emissões ou a remoção de carbono atmosférico por si só não significa uma promoção de
desenvolvimento sustentável. Os projetos de créditos de carbono devem ser acrescidos
de promoção da sustentabilidade social, ambiental, econômica, étnica, cultural e
tecnológica, ou seja, devem contribuir para a construção de uma sociedade sustentável
em todas as suas dimensões.
O Brasil, atualmente não possui obrigações quantificadas de limitação ou redução de
emissões de CO2. Pois o protocolo de Kyoto apenas define metas obrigatórias de
redução para os países desenvolvidos, como o Brasil está enquadrado sendo um país em
desenvolvimento, ele não possui metas obrigátorias para redução destas esmissões.
Mesmo assim, o Brasil possui várias inicitativas e programas para reduzir as emissões
de gases do efeito estufa (GEE). Dentro de um caráter obrigatório estão, combate ao
desmatamento, as politicas mandatórias relativas aos combustiveis fosseis e claro o
aumento das matrizes energéticas renovaveis. Outra forma muito participativa e
voluntária do Brasil é a participação ativamente do MDL, com isso o páis criou o fundo
Nacional sobre Mudanças do Clima que incentiva a eficiência energética e a gestão de
risíduos, e outras ações.

O objetivo geral deste trabalho é elaborar e aplicar um projeto de MDL em áreas de


APP, seguindo os parâmetros e normas que o Comitê Executivo (CE) da UNFCCC, que
aprova os projetos e as metodologias deste esquema.
Este projeto será aplicado em uma área do município de Indaial, SC, buscando novos
meios para a preservação dessa APP's.
O projeto objetiva desenvolver e implementar um Programa de atividades relacionando
a restauração Florestal (MDL), que tem por finalidade o seqüestro de carbono em áreas
degradadas de mata ciliar com a conseqüente geração de reduções Certificadas de
Emissões dos GEE. O Projeto tem como objetivo remover o CO2 atmosférico através
do reflorestamento de áreas ciliares e aumentar a biodiversidade, contribuindo com a
conectividade ecológica. A sociedade local é beneficiada com o aumento de vagas para
empregos, com o número de mobilizações fundiárias e com o aumento da participação
dos representantes das comunidades atingidas.
Esse Projeto tem por objetivo atender as necessidades de recuperação das app's ou de
áreas degradas por ação antrópica, tanto áreas administradas pelo município ou áreas
localizadas em terrenos privados, dentre os objetivos destacam-se:

Recuperação das APP’s;


Desenvolver o Documento de Concepção do Projeto para áreas degradadas e que
são APP’s do município de Indaial.
Analisar o potencial do uso de MDL em projetos de APP's;

Discutir as implicações dos projetos de MDL em APP's para o Brasil, atentando para
suas limitações

3Áreas de Preservação Permanete

A legislação municipal referente às áreas verdes inclui a Lei Complementar no 29 de


29/12/2000, a Lei Complementar no 30 de 29/12/2000, e a Lei no 3049 de 19/08/2002,
quereferem-se ao parcelamento do solo; zoneamento, uso e ocupação do solo; e
sinalização deáreas públicas municipais, respectivamente. No entanto, apenas a Lei
Complementar no 29 de29/12/2000, na Seção II, art. 75, define e faz referência ao uso
permitido nas áreas verdes: “asáreas verdes são os espaços urbanos ao ar livre, de uso
público ou privado, que se destinamà criação ou à preservação da cobertura vegetal, à
prática de atividades, que serãolocalizadas pelo Municipalidade, após a elaboração de
Planos Setoriais ou PlanosEspecíficos de Urbanização.” Nenhuma legislação referente
às áreas públicas foi encontrada,bem como às áreas verdes públicos, denominação
empregada nos loteamentos mais antigos,feitos entre os anos.
As Áreas de Preservação Permanente devem serprotegidas e mantidas com a vegetação
natural. São aquelas que se situam:

Em faixas de terra que margeiam os rios (vegetação ciliar);


Às margens de lagoas, lagos ou reservatórios de água naturais ou artificiais;
Ao redor de nascentes ou olhos d’água;
Em topos de morros, montes, montanhas e serras;
Em encostas ou parte delas com declividade superior a 45°.

3.1 Importâncias das áreas de preservação permanente

Você sabia que a extensão territorial de Santa Catarina é de 95.985km2, e destes 85%
de seu território era coberto por mata Atlântica! Atualmente essa porcentagem caiu
drasticamente sobrando apenas 17,46% de mata original.

As grandes áreas de florestas garantiam a sobrevivência dos vegetais, dos animais e o


equilíbrio do meio ambiente.
Porém, com a ação do homem que desmatava para se sustentar e para se desenvolver
economicamente, essa vegetação diminuiu muito.Hoje, o que existe são fragmentos de
florestas, muitos deles sem ligação uns com os outros. Isso impede que os animais se
locomovam com liberdade e que as sementes sejam produzidas e espalhadas, afetando a
preservação de plantas e animais.Além de assegurar o equilíbrio do meio ambiente, as
árvores e plantas nativas têm um papel muito importante na conservação da água e do
solo. Isso porque elas:

Controla a erosão, o que evita a perda de solo, a contaminação de rios com


resíduos químicos e orgânicos, e seu assoreamento;
Favorecem a capacidade de absorção da água da chuva e criam uma barreira
natural que diminui a velocidade da água na superfície e contribui na prevenção
de enchentes;
Armazenam água no solo para períodos de seca;
Contribuem para criar condições de microclima favoráveis, com temperaturas
mais agradáveis;
Protegem contra ventos;
Melhoram a qualidade do ar, porque absorvem gás carbônico e liberam
oxigênio.

Quando se fala em Áreas de Preservação Permanente, a maioria das pessoas,


agricultores, empresas, indústria e às vezes até mesmo o poder público pensam apenas
nas obrigações da lei e se esquecem dos benefícios que proteger a natureza podem
trazer. Essas vantagens ambientais favorecem diretamente a sociedade em geral.

3.2 Recuperação das Áreas de Preservação Permanente e Áreas Degradas

3.2.1 Recuperação de Áreas de Preservação Permanente

Conforma a Portaria IAP nº 233/04: A recuperação das Áreas de Preservação


Permanente deve ser feita por meio do plantio de plantas nativas ou por regeneração
natural com isolamento da área, de acordo com orientação técnica específica de
profissionais habilitados.

Recuperação das Áreas de Preservação Permanente deve ser feita por meio do plantio
de plantas nativas ou por regeneração natural com isolamento da área, de acordo com
orientação técnica específica de profissionais habilitados, infelizmente a contratação de
um corpo técnico especializado ou habilitado é muito cara ou falta de pessoal
qualificado, por isso esse tipo de projeto nunca é dado a devida importância, pelas
empresas, pessoas físicas ou órgãos governamentais.
3.2.2 Recuperação de Áreas Degradas

A recuperação das Áreas Degrada é definidas como um o processo de auxílio ao


restabelecimento de um ecossistema que foi degradado, danificado ou destruído. Um
ecossistema é considerado recuperado – e restaurado – quando contém recursos bióticos
e abióticos suficientes para continuar seu desenvolvimento sem auxílio algum, acima de
tudo, a recuperação de áreas degradadas encontra respaldo na Constituição Federal de
1988.
Podemos utilizar quatro métodos para recuperar essas áreas que seriam eles:

Restauração: reprodução das condições exatas do local, tais como eram antes
de serem alteradas pela intervenção;
Recuperação: é trabalhado de modo que as condições ambientais acabem se
situando próximas às condições anteriores à intervenção; ou seja, trata-se de
devolver ao local o equilíbrio e a estabilidade dos processos atuantes;
Reabilitação: destinado a uma dada forma de uso de solo, de acordo com
projeto prévio e em condições compatíveis com a ocupação circunvizinha, ou
seja, trata-se de reaproveitar a área para outra finalidade;
Remediação: ações e tecnologias que visam eliminar, neutralizar ou
transformar contaminantes presentes em subsuperfície (solo e águas
subterrâneas). Refere-se a áreas contaminadas.
A Legislação Ambiental Brasileira é considerada uma das mais bem elaboradas do
mundo, sendo seu texto bastante exigente no que se refere à recuperação de áreas
degradadas. Os estados e muitos municípios apresentam procedimentos e legislações
próprias para atividades potencialmente poluidoras.

Para elaboração de programas de recuperação de áreas degradadas os empreendimentos


devem ter licença própria do órgão responsável. Portanto, os profissionais devem
conhecer as exigências (normas e dispositivos legais) que o estado e o município fazem
para o licenciamento do empreendimento em questão.

A seguir são apresentadas algumas medidas de recuperação do meio físico em diferentes


tipos de empreendimentos (Bitar & Braga, 1995).

PRINCIPAIS PROCESSOS DE ALGUMAS MEDIDAS


TIPO DE ÁREA
DEGRADAÇÃO CORRETIVAS
DEGRADADA
(MEIO FÍSICO) (MEIO FÍSICO)

Mineração - Escoamento das águas - Revegetação;


Abandonada em superficiais; - Captação e condução das
Regiões Urbanas - Erosão por sulcos e ravinas; águas superficias;
- Escorregamentos; - Estabilização de taludes e
- Deposição de sedimentos e blocos.
partículas.

- Prospecção do depósito;
- Interações físico-químicas no - Remoção total ou parcial,
solo (poluição do solo); transporte e disposição dos
Depósito de Resíduos - Escoamento das águas resíduos;
Industriais e Urbanos superficiais; - Tratamento "in situ" do
- Movimentação das águas de solo;
subsuperfície. - Descontaminação ou
remediação do solo.

- Captação e condução das


Ocupação águas superficiais;
- Escorregamentos;
Habitacional de - Estabilização da encosta
- Escoamento das águas em
Encostas em (com ou sem estruturas de
superfície.
Situações de Risco contenção);
- Revegetação.

- Controle do uso e
ocupação;
- Captação e condução das
- Erosão por boçorocas;
Boçorocas Urbanas ou águas superficiais;
- Movimentação das águas de
Rurais - Drenagem das águas de
subsuperfície.
subsuperfície/fundo;
- Estabilização dos taludes
da boçoroca ou aterramento.

- Adensamento e compactação - Controle da irrigação;


Ocupação Agrícola do solo; - Aragem profunda do solo;
Irrigada - Acidificação do solo por - Correção da acidez do
lixiviação. solo.

Cursos e Corpos - Deposição de sedimentos e - Controle da erosão a


d´água Assoreados partículas; montante;
- Enchentes e inundações. - Dragagem dos sedimentos;
- Obras hidráulicas.

O objetivo deste tipo de projeto é estabilizar os processos do meio físico atuantes no


meio ambiente degradado (ou processos de degradação).

A geologia possui um papel fundamental neste tipo de recuperação, pois é ela que faz a
identificação e previsão do comportamento dos fenômenos atuantes no meio físico
degradado e faz as preposições das medidas para as ações corretivas necessárias.

Podemos aplicar três técnicas de recuperação:

Revegetação: desde a fixação localizada de espécies vegetais (herbáceas ou arbóreas),


até reflorestamentos extensivos;

Tecnologias Geotécnicas: execução de obras de engenharia (com ou sem estruturas de


contenção e retenção), incluindo as hidráulicas, que visam a estabilidade física do
ambiente;

Remediação: execução de métodos de tratamentos predominantemente químicos (ou


biológicos) destinados a eliminar, neutralizar, imobilizar, confinar ou transformar
elementos ou substâncias contaminantes presentes, atingindo a estabilidade química do
ambiente.

4.3 Legislação

Os critérios referentes às Áreas de Preservação Permanente (APP) foram estabelecidos


com base no Código Florestal Federal (Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965) e nas
Resoluções CONAMA nº 302/2002 e nº 303/2002, que definem APP como “área
protegida por Lei, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de
preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o
fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações
humanas”. Portanto, são áreas que devem ser preservadas da ação antrópica, ou seja,
livres de exploração econômica.
A APP é constituída pela flora- florestas e demais formas de vegetação(Art. 2º caput e
3º caput do Código Florestal )- fauna, solo, ar e águas.(Lei 4.771/1965 e 7.803/1989 e
ainda Resolução CONAMA 303 de 20/03/2002).

A legislação utilizada para como base geral para a recuperação de área degradada foi a
Constituição Federal de 1988, em seu art. 225Art. 225. Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo
e preservá- lo para as presentes e futuras gerações: à preservação e restauração dos
recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente,
concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida.

Ainda, a Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, que dispõe sobre a proteção de


vegetação nativa e substitui o Código Florestal, alterada pela Medida Provisória nº 571,
de 25 de maio de 2012, trata em diversos artigos (por exemplo, nos artigos 1º-A, 7º, 17,
41, 44, 46, 51, 54, 58, 61-A, 64, 65 e 66) de ações organizadas entre o setor público e a
sociedade civil para promover a recuperação de áreas degradadas.
3.4 Protocolo de Kyoto

Sob o Protocolo de Kyoto – assinado em dezembro de 1997 --, a maioria dos países
desenvolvidos, exceção aos EUA, comprometeram-se com metas de redução das suas
emissões dos principais gases de efeito estufa. As metas variaram entre as nações.
Algumas foram autorizadas a aumentar as suas emissões em uma determinada
quantidade, outros foram obrigados a fazer cortes significativos. O objetivo era atingir
um corte médio de cerca de 5% em relação aos níveis de 1990 com prazo para ser
atingido até 2012 (ou mais precisamente 2008-2012).

O protocolo de Kyoto trata especificadamente de cinco itens, que são eles:

Compromete a uma série de nações industrializadas (Anexo B do Protocolo) a


reduzir suas emissões em 5,2% - em relação aos níveis de 1990 – para o período
de 2008-2012. Esses países devem mostrar “um progresso visível” no ano de
2005.
Estabelece 3 “mecanismos de flexibilidade” que permitem à esses países
cumprir com as exigências de redução de emissões, fora de seus territórios. Dois
desses mecanismos correspondem somente a países do Anexo B: a
Implementação Conjunta (Joint Implemention) e o Comércio de Emissões
(Emission Trading); o terceiro, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo-MDL
(Clean Development Mechanism), permite atividades entre o Norte e o Sul, com
o objetivo de apoiar o desenvolvimento sustentável. Espera-se que os distintos
“crédito de carbono”, destinados a obter reduções dentro de cada item, serão
comercializados entre países de um mesmo mercado de carbono.
Especifica que as atividades compreendidas nos mecanismos mencionados
devem ser desenvolvidas adicionalmente às ações realizadas pelos países
industrializados dentro de seus próprios territórios. Entretanto, os Estados
Unidos, como outros países, tentam, à todo custo, evitar limites sobre o uso que
podem fazer desses mecanismos
Permite aos países ricos medir o valor líquido de suas emissões, ou seja,
contabilizar as reduções de carbono vinculadas às atividades de desmatamento e
reflorestamento. Atualmente existe um grande debate em relação à essas
definições. Há outra cláusula que permitiria incluir “outras atividades” entre os
sorvedouros de carbono, algumas delas, como a fixação de carbono no solo, são
motivo de preocupação especial.
Determina que é essencial criar um mecanismo que garanta o cumprimento do
Protocolo de Kyoto
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Para dar uma noção de qual foi o desempenho dos países em relação às suas metas, o
gráfico abaixo mostra a lacuna entre a meta expressa em percentual de cada nação e sua
variação percentual de fato entre 1990 e 2010. Por exemplo, se uma nação tinha um
alvo de -10% mas suas emissões aumentaram 10%, ela marca -20, se tivesse uma meta
de corte de 5%, mas cortou 15% ela marca 10.

No gráfico, incluiu-se todas as emissões, inclusive as relacionadas ao uso da terra e a


capacidade das florestas de seqüestrarem carbono (as barras azuis que ficam à esquerda
da linha base mostram países que ficaram aquém das suas metas).
De forma geral, há mais sucessos do que fracassos e a soma das emissões de países com
metas de Kyoto caíram significativamente. Nesse meio tempo, no entanto, as emissões
no resto do mundo aumentaram drasticamente - especialmente na China e em outras
economias emergentes, como o gráfico a seguir deixa claro.

3.5 Plano Nacional de Mudanças do Clima

O Plano Nacional de Mudanças do Clima foi apresentado pela primeira vez em 01 de


dezembro de 2008, no Pálacio do Planalto, ele visa o incentivar o desenvolvimento e
aprimorara ações de mitigação. Esse plano é estruturado em quatro eixos: oportunidade
de mitigação, impactos, vulnerabilidade e adaptação; pesquisa e desenvolvimento; e
educação, capacitação e comunicação.

Objetivos Principais:

Identificar, planejar e coordenar as ações para mitigar as emissões de gases de


efeito estufa geradas no Brasil, bem como àquelas necessárias à adaptação da
sociedade aos impactos que ocorram devido à mudança do clima;
Fomentar aumentos de eficiência no desempenho dos setores da economia na
busca constante do alcance das melhores práticas;
Buscar manter elevada a participação de energia renovável na matriz elétrica,
preservando posição de destaque que o Brasil sempre ocupou no cenário
internacional;
Fomentar o aumento sustentável da participação de biocombustíveis na matriz
de transportes nacional e, ainda, atuar com vistas à estruturação de um mercado
internacional de biocombustíveis sustentáveis;
Buscar a redução sustentada das taxas de desmatamento, em sua média
quinquenal, em todos os biomas brasileiros, até que se atinja o desmatamento
ilegal zero;
Eliminar a perda líquida da área de cobertura florestal no Brasil, até 2015;
Fortalecer ações intersetoriais voltadas para redução das vulnerabilidades das
populações;
Procurar identificar os impactos ambientais decorrentes da mudança do clima e
fomentar o desenvolvimento de pesquisas científicas para que se possa traçar
uma estratégia que minimize os custos sócio-econômicos de adaptação do País.

O Plano Nacional de Mudanças do Clima, também possui algumas metas que se


revertem para a redução dos gases do efeito estufa:

Reduzir o índice de desmatamento anual da Amazônia (redução de 80% até


2020 de acordo com o Decreto nº 7390/2010);
Ampliar em 11% ao ano nos próximos dez anos o consumo interno de etanol;
Dobrar a área de florestas plantadas, para 11 milhões de hectares em 2020,
sendo 2 milhões de ha com uso de espécies nativas;
Troca de 1 milhão de geladeiras antigas por ano, em 10 anos;
Aumento da reciclagem de resíduos sólidos urbanos em 20% até 2015;
Aumento da oferta de energia elétrica de co-geração, principalmente a bagaço de
cana-de-açúcar, para 11,4% da oferta total de eletricidade no país, em 2030;
Redução das perdas não-técnicas na distribuição de energia elétrica à taxa de
1.000 GWh por ano, nos próximos 10 anos.
Esse plano deve ter a colocaboração e contribuição dos estados e municípios como
também de diversos setores da sociedade, para que suas metas possam ser compridas ou
até ultrapassadas. Ele também passará por mudanças e revisões sazonalmente, para
continuar sendo benefico para a sociedade e para o Brasil.

3.5.1 Política Nacional de Mudanças do Clima

A Politica Nacional sobre Mudanças do Clima (PNMC) lei nº 12.187 instituida em


2009, foi uma das primeiras no Brasil a regulamentar da questão climática. A PNMC
visa dentre de outros objetivos:

Desenvolvimento econômico-social com a proteção do sistema climático;


Redução das emissões antropicas de gases de efeito estufa
Implementação de medidas para promover a adaptação à mudança do clima
Preservação, conservação e recuperação dos recursos ambientais
Expansão das áreas legalmente protegidas e incentivar o reflorestamento
Estimular o desenvolvimento do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões

3.6 Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)

O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) teve sua origem de uma proposta do


governo brasileiro de criar um Fundo de Desenvolvimento Limpo, esse fundo seria
utilizado para desenvolver projetos em países em desenvolvimento. Mas esse Fundo não
foi aceito por alguns países em desenvolvidos, assim a idéia foi modificada e
transformada em Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, esse novo mecanismo
consiste em que um país que tenha compromisso com as reduções das emissões, ou seja,
países do anexo I, adquiram Reduções Certificadas de Emissões (RCEs), esses
certificados são gerados por projetos implementados nos países em desenvolvimento,
países que não pertencem ao anexo I, essa é uma forma dos países cumprirem suas
obrigações quantificadas no âmbito do Protocolo de Kyoto.

A idéia é simples e consiste basicamente, que o projeto implementado ou ao ser


implanto no país em desenvolvimento, gere um beneficio ambiental, esse beneficio é a
redução das emissões dos GEE ou remoção de CO2, claro que na forma de um ativo
financeiro denominado Reduções Certificadas de Emissões. Esses certificados são
emitidos quando ocorre a redução das emissões dos gases do efeito estufa (GEE) ou
CO2. Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivalente,
corresponde a um crédito de carbono
O objetivo do MDL é definido no Art. 12 do Protocolo de Kyoto onde estão
estabelecidos os procedimentos e condições básicas a serem seguidos para qualificar
projetos para gerar reduções certificadas de emissão.

Artigo 12.2 está definido que:

A finalidade do MDL será a ajuda a países não incluídos


no Anexo I para atingir o desenvolvimento sustentável e
contribuir para o objetivo final da Convenção, e ajudar os
países nele incluídos a adequar-se aos seus compromissos
quantitativos de limitação e redução de emissões.

Artigo 12.3 afirma:

a) países não incluídos no Anexo I sebeneficiarão de


projetos resultando em reduções certificadas de emissões;
b) países incluídos no Anexo I podem usar as reduções
certificadas de emissões derivadas de tais projetos
como contribuição à adequação de parte de seus
compromissos quantificados de redução e limitação de
emissões (...).

As atividades de projeto de MDL nos países em desenvolvimento têm que apresentar


benefícios reais, mensuráveis e de longo prazo; e estar diretamente relacionadas aos
gases de efeito estufa, podendo reduzir as emissões de GEE ou aumentar a remoção de
CO2.
Os projetos podem envolver substituição de energia de origem fóssil por outras de
origem renovável, racionalização do uso da energia, atividades de florestamento e
reflorestamento, serviços urbanos mais eficientes, entre outras possibilidades.
O primeiro passo para elaborar um projeto de MDL é a caracterização e elegibilidade
das atividades do projeto, mas lembrando que para o MDL apenas a atividades de
reflorestamento e florestamento são elegíveis ao MDL.
O primeiro critério séria se as áreas a serem reflorestadas ou florestadas fossem
caracterizadas como não-florestais, ou seja, a vegetação presente deve ter cobertura de
copa e altura inferiores as valores estipulados pela AND (Autoridade Nacional
Designada).
O segundo Critério séria a adicionalidade se as atividades do projeto teriam suas
remoções liquidas dos GEE ou do CO2 seriam maior que se o projeto não estive-se
implantado.
E o último critério para a elegibilidade do projeto seria o de Desenvolvimento
Sustentável, ou seja, o projeto precisa promover o desenvolvimento sustentável da
região onde ele for implantado.

Os aspectos para o desenvolvimento sustentável dessa região seriam:

Contribuição para a sustentabilidade ambiental local;


Contribuição para o desenvolvimento das condições de trabalho e a geração liquida de
emprego;
Contribuição para distribuição de renda;
Contribuição para capacitação e desenvolvimento tecnológico;
Contribuição para a integração regional e a articulação com outros setores.

4 MATÉRIAS E MÉTODOS

Conforme as pesquisas feitas, ficou claro que para a concepção de um projeto de MDL
Florestal, não seria tão difícil, tendo em vista que estes projetos são bem
regulamentados, e existem várias metodologias encontradas, para a concepção de um
projeto desta origem, tanto um projeto de pequena escala, quanto um projeto de grande
escala. Mas vale destacar que a utilização de uma metodologia já aprovada reduz
substancialmente os custos do desenvolvimento de uma atividade de projeto do MDL.
.
Foi vista a possibilidade de recuperação, junto a prefeitura de algumas áreas que já estão
em estágio inicial ou médio de regeneração que seriam essas áreas:

Endereço: Rua Novo Hamburgo Área Total: 5.200,00m²


Bairro: Encano do Norte
Descrição: : Vegetação secundária, em estágio de regeneração
inicial na frente e médio no fundo. Parteda área cercada, com
portão e placa de “proibida entrada”.

Endereço: Rua Boenos Aires Área Total: 3.197,47m²


Bairro: Tapájos
Descrição: vegetação secundaria, em estágio médio de
regeneração, embora com trilhas no interior e
ausência de vegetação na esquina das ruas Buenos Aires e Minas
Gerais.

Foto 01 Vista esquina Rua Buenos Aires com Rua Minas Gerais

Foto 02 Vista da Rua: Minas Gerais

Foto 03: Vista interior da área


Endereço: Rua Tocantins Área Total: 2.570,00m²
Bairro: Estrada das Areias
Descrição: Vegetação secundária, em estágio
médio de regeneração.

Foto 01: Vista da Rua Tocantins

Foto 02: Vista da Rua Tocantins

Foto 03: Vista da Rua Tocantins


Essas seriam áreas potencias para aplicação do projeto, pois são áreas que já estão em
estágios de regeneração mais avançadas, a maioria das outras áreas possuem algum tipo
de construção ou são terrenos de pastagem, ou até mesmo, possuem construções
públicas em seus locais, sendo necessário a retirada dos moradores e a demolição das
construções para se começar o projeto, portanto tendo isso em vista as áreas escolhidas
seriam essas.

Tendo em vista as áreas, e os dados obtidos, elaborou-se o documento de concepção do


projeto baseado na Metodologia.
Desenvolveu-se o Documento de concepção do projeto baseado no modelo da
UNFCCC que é disponibilizado no link http://unfccc.int/2860.php.
Desenvolvesse as etapas: A. Descrição geral da atividade do projeto; B. Duração da
atividade do projeto; C. Aplicação de uma Metodologia aprovada. A linha de base do
projeto foi estimada pois não se dispunha de tempo para aplicação das fórmulas.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O Modelo de Projeto MDL de reflorestamento foi aplicado no Estado de Santa Catarina,


Indaial, ele pretende florestar hectares de áreas de APP que estão em estágio inicial ou
médio de recuperação, que serão as áreas mostradas nas figuras acima.
Documento para Concepção do Projeto

A4 Descrição da Localização
A4.1 Local da Atividade do Projeto
A4.1.1 Parte Anfitriã
O Brasil ratificou o protocolo de Kyoto em 23 de agosto de 2002.

A4.1.2 Região/Estado/Província
Região Sul do Brasil, Estado de Santa Catarina, como pode ser visto na figura 01.
A4.1.3 Municipio/Cidade/Comunidade
Como indicado no decorrer do trabalho as áreas a serem feitas o projeto estão
localizadas no municipio de Indaial.

Figura 01
A4.2 Detalhes sobre a localização Geográfica

Na localização de cada área, não foi levantado por meio de GPS, ou qualquer outro
aparelho que poderia indicar a posição geográfica da localidade.

A5 Descrição das condições ambientais presentes da área planejada para a atividade do


projeto, incluindo uma breve descrição do clima, hidrologia, solos,ecossistemas.

Clima: O clima é em geral quente e úmido. Segundo Koppen, classifica-se como


mesotérmico úmido, sem estação seca, com verões quentes, apresentando uma
temperatura média anual de 19,7°C, com elevações que podem chegar à 38°C, e quedas
no inverno que freqüentemente se aproximam dos 8°C. Precipitação total anual de
aproximadamente 1.700 milímetros, com umidade relativa em torno de 76%. (Dados
obtidos junto a Prefeitura Municipal de Indaial).

Hidrografia: Indaial é irrigado (banhado) pela bacia do rio Itajaí-Açú, sendo este seu
principal rio, e apresenta como seus principais afluentes, os rios Benedito, Encano ,
ribeirão da Mulde e ribeirão Alto Warnow. (Dados obtidos junto a Prefeitura Municipal
de Indaial).

Ecossistema: A Vegetação nativa do município de Indaial faz parte da grande Mata


Tropical Atlântica, que se inicia no Rio Grande do Norte e se estende até o Sul de Santa
Catarina, Trata-se de uma cobertura densa, luxuriante, de coloração verde forte, com
árvores de portes variáveis, rica em espécies. (Dados obtidos junto a Prefeitura
Municipal de Indaial).

Topografia e Solos: O relevo é constituídos de superfícies planas, onduladas e


montanhosas - serras cristalinas, de embasamento cristalino, formação escudo cristalino,
com altitude média de 64 metros acima do nível do mar. O solo possui fertilidade média
e baixa, de textura normalmente argilosa (do tipo sílico-argiloso e argilo-humífero) e em
relevo forte ondulado e montanhoso. (Dados obtidos junto a Prefeitura Municipal de
Indaial).

A.5.2. Descrição da presença de espécies raras ou em perigo de extinção e seus habitats

Primeiramente, não foi verificado em loco nenhuma espécie em perigo de extinção, nas
áreas a serem recuperadas.

A.5.3. Espécies e variedades selecionadas para a atividade do projeto


Esta atividade do projeto, será implementada nas áreas que já estão com algum estado
de regeneração, utilizando um mix de no mínimo 80 (oitenta) e máximo de 126 (cento e
vinte e seis) espécies nativas de árvores e outras variedades. As espécies são
selecionadas com base em sua ocorrência natural nas áreas reflorestadas,
assim como em sua habilidade de fornecer a longo prazo um habitat florestal ciliar
sustentável. Isto inclui espécies pioneiras (rápido crescimento).

A.5.4. Tecnologia a ser empregada pela atividade do projeto

O plantio de florestas e as técnicas de manejo serão designados com base no


conhecimento local construído pelas atividades de pesquisa/plantio conduzidas por
profissionais qualificados.

Desenvolvimento de Mudas

A primeira etapa no processo inclui a coleta e o tratamento de sementes dos fragmentos


da floresta, no bioma da Floresta Tropical Atlântica. As frutas de uma variedade de
espécie são selecionadas manualmente e é feita uma triagem para a remoção de
sementes. As sementes são plantadas em pequenos tubos contendo 53 cm de substrato,
composto de terra, húmus produzido no viveiro, palha de arroz carbonizado e
fertilizante químico.

Preparo do Local do Plantio

Um método menos invasivo será utilizado para a limpeza mecanizada e preparo


do solo foi utilizado para minimizar a degradação física, química ou biológica. Para
minimizar a perturbação da vegetação e solos durante a preparação do local, atividades
de restauração limitaram a área afetada (preparando somente os locais onde as mudas
foram plantadas e utilizando buracos de 30-40 cm de diâmetro), mantendo como grande
parte da vegetação existente, e os buracos posicionados ao longo das linhas de contorno
para reduzir as perdas de solo.
Plantio

Em primeiro lugar, os buracos terão um espaçamento menor que 3,0 x 2,0 metros, a fim
de maximizar o potencial de crescimento florestal. Embora seja utilizado um mix de
espécies de crescimento lento e rápido, o controle sobre o número de indivíduos por
espécie será melhorado, assim como o número de espécies para cada área individual de
plantio.

A.6. Descrição de título legal à terra, direito de posse da terra atual

Todas as áreas citadas para a recuperação são de propriedade da Prefeitura Municipal de


Indaial.

A.7. Financiamento público da atividade do projeto

Sim, haverá financiamento público.

B. Duração da atividade de projeto/período de obtenção de créditos

B.1 Data do início da atividade


10 de junho de 2013.

B. 2. Estimativa da vida útil operacional da atividade de projeto

O tempo de vida operacional da atividade de projeto é perpétuo uma vez que a floresta
não será usada para fins comerciais de colheita. Mais ainda, a legislação ambiental
brasileira não permite o manejo ou conversão de Áreas de Preservação Permanente,
conforme definido no Código Florestal Nacional, Lei Número 4.771/1965, bem como
na Resolução CONAMA 4/1985 e Resolução 302/2002.

B.3 Escolha do período de obtenção de créditos


Nesse ínterim, a concessão da proponente do projeto, a qual inclui as áreas a serem
reflorestadas, tem uma duração de 30 (trinta) anos, com início em 2013 e término em
2043.

C. Aplicação de uma metodologia aprovada de linha de base e de monitoramento


C.1. Título e referência da metodologia aprovada de linha de base e de monitoramento
aplicada à atividade do projeto

Atividades de projeto de florestamento e reflorestamento implementadas em áreas que


já estão em algum estágio de regeneração não manejadas em Áreas de Preservação
Permanente.

C.2. Avaliação da aplicabilidade da metodologia aprovada selecionada para a atividade


de projeto proposta e justificativa

A metodologia aprovada é aplicável às seguintes categorias de atividades de projeto:


florestamento e reflorestamento em reservas ou áreas protegidas que provavelmente não
serão convertidas em nenhum outro uso da terra, exceto florestas, e as quais não
apresentam potencial para reverter à floresta sem intervenção humana direta.

C.3. Avaliação de Adicionalida

A metodologia utiliza a última versão da "Ferramenta para a demonstração e avaliação


de adicionalidade para as atividades do projeto de florestamento e reflorestamento do
MDL", aprovada pelo Conselho Executivo do MDL, para demonstrar adicionalidade
através da análise de investimento, de barreira e da análise da prática comum, conforme
aplicável. A ferramenta é aplicável dado que: Florestamento da terra dentro do limite do
projeto proposto realizado com ou sem registro da atividade de projeto F/R MDL não
leva à violação de nenhuma lei aplicável; A metodologia da linha de linha de base prevê
uma abordagem gradual justificando a determinação do cenário mais plausível.

Também foram usados como calculo de base, apenas da área localizada na Rua
Tocantins, segue as formulas utilizadas:
Total emissões (tCO2)= Total área (há) x Femiss (166,32 ) x 30 anos
Total de emissões (tCO2)= 12.823,272tCO2

E também foi feito um Cálculo de estimativa financeira:

Valor total dos créditos de carbono: Total emissões x 0,42 euros.


Valor Total= 5.385.774,24Euros
Fazer o estudo de adicionalidade

6 Conclusão

Portanto, tendo tudo isso em vista, fica claro que a aplicabilidade do projeto, não é tão
difícil, tendo em vista, que a várias metodologias diferentes a serem seguidas, e que na
parte da análise e aprovação para o desenvolvimento deste tipo de projeto, existem
vários órgãos que regulamenta, esses projetos, tanto nacional como internacionalmente.
O projeto seria de grande valia para o meio ambiente, e também de grande valia
financeira, pois o projeto visa a recuperação dessas áreas, com o intuito das empresas,
órgãos públicos, ou pessoa física, fazerem um investimento com algum valor
econômico, pois praticamente todas pessoas empresas, não apenas recuperariam uma
área degrada pelos benefios ambientais que essa área trazeria para a sociedade em geral,
portanto o projeto visa o aumento na recuperação dessas áreas por elas serem de grande
valia ecológica e não somente financeira. Mostrando para o as pessoas em geral que a
recuperação dessas áreas é muito importante, tanto para as o meio social, quanto para o
meio ambiente, enriquecendo a fauna e flora da região e trazendo de volta a riqueza
ambiental das regiões escolhidas para este tipo de projeto.
As únicas dificuldade para a implementação de um projeto deste, são para conseguir a
aprovação do projeto, a parte financeira que é cara, e a parte técnica que na atualidade é
difícil encontrar uma equipe qualificada para fazer este tipo de projeto

7 Referencias
Mesquita, C.A.B., Holvorcem, C.G.D., Lyrio, C.H., Dimas de Menezes P., da Silva
Dias, J.D. and Azevedo Jr. J.F. 2010. Cooplantar: A Brazilian Initiative to Integrate For
est Restoration with Job and Income Generation in Rural Areas. Ecological Restoration
28(2): 199-207.

MORAES, Flavia. Carbono Florestal na Bahia é refêrencia para estudos de MDL.


Disponivel em: < http://www.oeco.org.br/noticias/25259-carbono-florestal-na-bahia-e-
referencia-para-estudo-sobre-mdl>. Acessado em: 06 de junho de 2013.

LIMA, T. M. Luiza; BARTHOLOMEU B. Daniela. Projetos Florestais no MDL e no


CCB: comparativo dos mercados de carbono. Disponivel em: <
https://uspdigital.usp.br/siicusp/cdOnlineTrabalhoVisualizarResumo?numeroInscricaoT
rabalho=4769&numeroEdicao=16>. Acessado em: 06 de junho de 2013.

UNFCCC - United Nations Framework Convention on Climate Change. Disponível


em: http://cdm.unfccc.int/index.html. Acesso em 08 de junho de 2013.

CCBA -Climate, Community and Biodiversity Alliance. CCB Standards. Disponível


em: http://climate-standards.org/projects/index.html. Acesso em 10 de junho de 2013.

MCTI -Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Disponível em: <


http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/4007.html>. Acessado em 10 de junho
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Manual de Capacitação. Mudança Climática e Projetos de Mecanismo de


Desenvolvimento Limpo. Disponível em: <
http://carbono.brasilcooperativo.coop.br/sites/1400/1480/00000078.pdf>. Acessado em:
10 de junho de 2013.

Manual para o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. Disponível em: <


http://www.forumdeenergia.com.br/nukleo/pub/manual_de_mdl.pdf>. Acessado em 10
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