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DEGRADADAS
1 INTRODUÇÃO
Inicialmente, o Código Florestal definia as APPs como uma faixa de 30 a 500 metros,
de florestas e demais formas de vegetação natural, situadas à margens dos rios ou de
qualquer curso d’água, no entorno das nascentes, de lagos, de reservatórios, no topo de
morros, nas encostas com declividade superior a 45°, nas restingas, nas bordas dos
tabuleiros ou chapadas, e nos locais com altitude superior a 1800m (artigo 2). Nessas
APPs, a supressão total ou parcial da vegetação era proibida, exceto em caso de
utilidade pública ou de interesse social e com autorização prévia do Poder Executivo
Federal (artigo 3, § 1).
Quase quarenta anos após a criação das APPs, pela primeira vez, as Resoluções
CONAMA n° 302 e 303, de 20 de março 2002, estabelecem parâmetros, definições e
limites referentes às APPs. Em cada Resolução, o artigo 2 descreve o espaço onde será
implantado as APPs (definição de nascente, vereda, morro, reservatório artificial...); o
artigo 3 trata do dimensionamento dessas APPs, variável segundo o local, assim como
critérios de medida. Novos espaços de APPs são delimitados.
As APP’s e sobre tudo as matas ciliares, são extremamente importantes para o
equilíbrio ambiental. As matas ciliares correspondem às formações vegetais situadas às
margens dos rios, lagos, nascentes e demais cursos e reservatórios d’água
(ALVARENGA et al, 2006). Em escala local e regional, as matas ciliares permitem: a
manutenção da qualidade da água e do ecossistema aquático da microbacia hidrográfica;
a estabilidade dos solos e das áreas marginais; a regularização do regime hídrico; a
criação de corredores favorecendo o fluxo gênico entre remanescentes florestais; o
fornecimento de alimentos e abrigo para a fauna.
Em escala global, as matas ciliares em crescimento sequestram carbono e permitem a
diminuição dos gases de efeito de estufa.
Segundo a Lei Federal nº 12.651 de 25 de maio de 2012, em seu Art. 3º define APP
como:
A restauração das matas ciliares assim como o seu manejo necessita a utilização de
técnicas adequadas, resultando geralmente das avaliações detalhadas das condições
locais e do uso dos conhecimentos científicos existentes. “Da avaliação, dependem a
relação de espécies, os métodos de preparo de solos, a calagem, a adubação, as
técnicas de plantio, a manutenção, o manejo e a aplicação de conhecimentos
específicos para o uso dos “modelos” mais adequados ao repovoamento florestal”
(BARBOSA, 2000
O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) foi criado pela Conferência das
Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC
- United Nations Framework Convention on Climate Change) como uma maneira de
ajudar os países a cumprirem as metas do Protocolo de Quioto. A proposta de MDL
consiste na implantação de um projeto em um país em desenvolvimento com o objetivo
de reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEEs) e contribuir para o
desenvolvimento sustentável local. Cada tonelada de CO2 equivalente deixada de ser
emitida ou retirada da atmosfera se transforma em uma unidade de crédito de carbono,
chamada Redução Certificada de Emissão (RCE), que poderá ser negociada no mercado
mundial. Para as APP's geridas pelo município, ou pelos donos de terras onde as app's
se localizam, o gerenciamento dessas áreas para crédito de carbono pode trazer um
ganho a mais para as partes, pois este tipo de projeto também é uma "ferramenta
financeira".
As políticas que têm por meta enfrentar as mudanças climática são bastante complexas,
por haver em torno delas um grande jogo de interesses em relação às especificidades de
grupo de países e, principalmente, de grandes corporações e de setores econômicos de
peso (VIOLA, 2002). O uso do Protocolo de Kyoto e, especialmente, de projetos de
MDL como instrumentos para enfrentar as mudanças climáticas, tem gerado polêmicas
e impasses, dividindo posições entre países, governos, ONGs, sociedade civil, cientistas
e o setor privado. Para MONZONI (2004) é importante destacar que a redução de
emissões ou a remoção de carbono atmosférico por si só não significa uma promoção de
desenvolvimento sustentável. Os projetos de créditos de carbono devem ser acrescidos
de promoção da sustentabilidade social, ambiental, econômica, étnica, cultural e
tecnológica, ou seja, devem contribuir para a construção de uma sociedade sustentável
em todas as suas dimensões.
O Brasil, atualmente não possui obrigações quantificadas de limitação ou redução de
emissões de CO2. Pois o protocolo de Kyoto apenas define metas obrigatórias de
redução para os países desenvolvidos, como o Brasil está enquadrado sendo um país em
desenvolvimento, ele não possui metas obrigátorias para redução destas esmissões.
Mesmo assim, o Brasil possui várias inicitativas e programas para reduzir as emissões
de gases do efeito estufa (GEE). Dentro de um caráter obrigatório estão, combate ao
desmatamento, as politicas mandatórias relativas aos combustiveis fosseis e claro o
aumento das matrizes energéticas renovaveis. Outra forma muito participativa e
voluntária do Brasil é a participação ativamente do MDL, com isso o páis criou o fundo
Nacional sobre Mudanças do Clima que incentiva a eficiência energética e a gestão de
risíduos, e outras ações.
Discutir as implicações dos projetos de MDL em APP's para o Brasil, atentando para
suas limitações
Você sabia que a extensão territorial de Santa Catarina é de 95.985km2, e destes 85%
de seu território era coberto por mata Atlântica! Atualmente essa porcentagem caiu
drasticamente sobrando apenas 17,46% de mata original.
Recuperação das Áreas de Preservação Permanente deve ser feita por meio do plantio
de plantas nativas ou por regeneração natural com isolamento da área, de acordo com
orientação técnica específica de profissionais habilitados, infelizmente a contratação de
um corpo técnico especializado ou habilitado é muito cara ou falta de pessoal
qualificado, por isso esse tipo de projeto nunca é dado a devida importância, pelas
empresas, pessoas físicas ou órgãos governamentais.
3.2.2 Recuperação de Áreas Degradas
Restauração: reprodução das condições exatas do local, tais como eram antes
de serem alteradas pela intervenção;
Recuperação: é trabalhado de modo que as condições ambientais acabem se
situando próximas às condições anteriores à intervenção; ou seja, trata-se de
devolver ao local o equilíbrio e a estabilidade dos processos atuantes;
Reabilitação: destinado a uma dada forma de uso de solo, de acordo com
projeto prévio e em condições compatíveis com a ocupação circunvizinha, ou
seja, trata-se de reaproveitar a área para outra finalidade;
Remediação: ações e tecnologias que visam eliminar, neutralizar ou
transformar contaminantes presentes em subsuperfície (solo e águas
subterrâneas). Refere-se a áreas contaminadas.
A Legislação Ambiental Brasileira é considerada uma das mais bem elaboradas do
mundo, sendo seu texto bastante exigente no que se refere à recuperação de áreas
degradadas. Os estados e muitos municípios apresentam procedimentos e legislações
próprias para atividades potencialmente poluidoras.
- Prospecção do depósito;
- Interações físico-químicas no - Remoção total ou parcial,
solo (poluição do solo); transporte e disposição dos
Depósito de Resíduos - Escoamento das águas resíduos;
Industriais e Urbanos superficiais; - Tratamento "in situ" do
- Movimentação das águas de solo;
subsuperfície. - Descontaminação ou
remediação do solo.
- Controle do uso e
ocupação;
- Captação e condução das
- Erosão por boçorocas;
Boçorocas Urbanas ou águas superficiais;
- Movimentação das águas de
Rurais - Drenagem das águas de
subsuperfície.
subsuperfície/fundo;
- Estabilização dos taludes
da boçoroca ou aterramento.
A geologia possui um papel fundamental neste tipo de recuperação, pois é ela que faz a
identificação e previsão do comportamento dos fenômenos atuantes no meio físico
degradado e faz as preposições das medidas para as ações corretivas necessárias.
4.3 Legislação
A legislação utilizada para como base geral para a recuperação de área degradada foi a
Constituição Federal de 1988, em seu art. 225Art. 225. Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo
e preservá- lo para as presentes e futuras gerações: à preservação e restauração dos
recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente,
concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida.
Sob o Protocolo de Kyoto – assinado em dezembro de 1997 --, a maioria dos países
desenvolvidos, exceção aos EUA, comprometeram-se com metas de redução das suas
emissões dos principais gases de efeito estufa. As metas variaram entre as nações.
Algumas foram autorizadas a aumentar as suas emissões em uma determinada
quantidade, outros foram obrigados a fazer cortes significativos. O objetivo era atingir
um corte médio de cerca de 5% em relação aos níveis de 1990 com prazo para ser
atingido até 2012 (ou mais precisamente 2008-2012).
Para dar uma noção de qual foi o desempenho dos países em relação às suas metas, o
gráfico abaixo mostra a lacuna entre a meta expressa em percentual de cada nação e sua
variação percentual de fato entre 1990 e 2010. Por exemplo, se uma nação tinha um
alvo de -10% mas suas emissões aumentaram 10%, ela marca -20, se tivesse uma meta
de corte de 5%, mas cortou 15% ela marca 10.
Objetivos Principais:
4 MATÉRIAS E MÉTODOS
Conforme as pesquisas feitas, ficou claro que para a concepção de um projeto de MDL
Florestal, não seria tão difícil, tendo em vista que estes projetos são bem
regulamentados, e existem várias metodologias encontradas, para a concepção de um
projeto desta origem, tanto um projeto de pequena escala, quanto um projeto de grande
escala. Mas vale destacar que a utilização de uma metodologia já aprovada reduz
substancialmente os custos do desenvolvimento de uma atividade de projeto do MDL.
.
Foi vista a possibilidade de recuperação, junto a prefeitura de algumas áreas que já estão
em estágio inicial ou médio de regeneração que seriam essas áreas:
Foto 01 Vista esquina Rua Buenos Aires com Rua Minas Gerais
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A4 Descrição da Localização
A4.1 Local da Atividade do Projeto
A4.1.1 Parte Anfitriã
O Brasil ratificou o protocolo de Kyoto em 23 de agosto de 2002.
A4.1.2 Região/Estado/Província
Região Sul do Brasil, Estado de Santa Catarina, como pode ser visto na figura 01.
A4.1.3 Municipio/Cidade/Comunidade
Como indicado no decorrer do trabalho as áreas a serem feitas o projeto estão
localizadas no municipio de Indaial.
Figura 01
A4.2 Detalhes sobre a localização Geográfica
Na localização de cada área, não foi levantado por meio de GPS, ou qualquer outro
aparelho que poderia indicar a posição geográfica da localidade.
Hidrografia: Indaial é irrigado (banhado) pela bacia do rio Itajaí-Açú, sendo este seu
principal rio, e apresenta como seus principais afluentes, os rios Benedito, Encano ,
ribeirão da Mulde e ribeirão Alto Warnow. (Dados obtidos junto a Prefeitura Municipal
de Indaial).
Primeiramente, não foi verificado em loco nenhuma espécie em perigo de extinção, nas
áreas a serem recuperadas.
Desenvolvimento de Mudas
Em primeiro lugar, os buracos terão um espaçamento menor que 3,0 x 2,0 metros, a fim
de maximizar o potencial de crescimento florestal. Embora seja utilizado um mix de
espécies de crescimento lento e rápido, o controle sobre o número de indivíduos por
espécie será melhorado, assim como o número de espécies para cada área individual de
plantio.
O tempo de vida operacional da atividade de projeto é perpétuo uma vez que a floresta
não será usada para fins comerciais de colheita. Mais ainda, a legislação ambiental
brasileira não permite o manejo ou conversão de Áreas de Preservação Permanente,
conforme definido no Código Florestal Nacional, Lei Número 4.771/1965, bem como
na Resolução CONAMA 4/1985 e Resolução 302/2002.
Também foram usados como calculo de base, apenas da área localizada na Rua
Tocantins, segue as formulas utilizadas:
Total emissões (tCO2)= Total área (há) x Femiss (166,32 ) x 30 anos
Total de emissões (tCO2)= 12.823,272tCO2
6 Conclusão
Portanto, tendo tudo isso em vista, fica claro que a aplicabilidade do projeto, não é tão
difícil, tendo em vista, que a várias metodologias diferentes a serem seguidas, e que na
parte da análise e aprovação para o desenvolvimento deste tipo de projeto, existem
vários órgãos que regulamenta, esses projetos, tanto nacional como internacionalmente.
O projeto seria de grande valia para o meio ambiente, e também de grande valia
financeira, pois o projeto visa a recuperação dessas áreas, com o intuito das empresas,
órgãos públicos, ou pessoa física, fazerem um investimento com algum valor
econômico, pois praticamente todas pessoas empresas, não apenas recuperariam uma
área degrada pelos benefios ambientais que essa área trazeria para a sociedade em geral,
portanto o projeto visa o aumento na recuperação dessas áreas por elas serem de grande
valia ecológica e não somente financeira. Mostrando para o as pessoas em geral que a
recuperação dessas áreas é muito importante, tanto para as o meio social, quanto para o
meio ambiente, enriquecendo a fauna e flora da região e trazendo de volta a riqueza
ambiental das regiões escolhidas para este tipo de projeto.
As únicas dificuldade para a implementação de um projeto deste, são para conseguir a
aprovação do projeto, a parte financeira que é cara, e a parte técnica que na atualidade é
difícil encontrar uma equipe qualificada para fazer este tipo de projeto
7 Referencias
Mesquita, C.A.B., Holvorcem, C.G.D., Lyrio, C.H., Dimas de Menezes P., da Silva
Dias, J.D. and Azevedo Jr. J.F. 2010. Cooplantar: A Brazilian Initiative to Integrate For
est Restoration with Job and Income Generation in Rural Areas. Ecological Restoration
28(2): 199-207.