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CONFIDENCIAL

SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA (SSP)

SUBSECRETARIA DE INTELIGÊNCIA (SSINTE)

NORMAS REGULADORAS
DAS OPERAÇÕES SISTEMÁTICAS DO SISPERJ

(NOROSS/2004)

"PARA QUE OS MAUS TRIUNFEM,


BASTA QUE OS BONS NAO FAÇAM NADA"

EDMOND BURKE

Rio de Janeiro, 05 Abr 04


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NORMAS REGULADORAS DAS OPERAÇÕES SISTEMÁTICAS DO SISPERJ


(NOROSS/2004)

ÍNDICE

01. FINALIDADE
02. OBJETIVO
03. INTELIGÊNCIA HUMANA E INTELIGÊNCIA ELETRÔNICA
04. DOUTRINA
05. INTELIGÊNCIA: CONCEITOS BÁSICOS
06. REUNIÃO DE DADOS E PROCESSAMENTO
07. AÇÕES DE INTELIGÊNCIA
08. OPERAÇÕES DE INTELIGÊNCIA
09. OPERAÇÕES EXPLORATÓRIAS
10. OPERAÇÕES SISTEMÁTICAS
11. PESSOAL EMPREGADO NAS OPERAÇÕES DE INTELIGÊNCIA
12. PLANEJAMENTO DAS OPERAÇÕES SISTEMÁTICAS
13. MEDIDAS DE CONTROLE
14. MEDIDAS DE COORDENAÇÃO
15. MEDIDAS DE AVALIAÇÃO
16. MEDIDAS DE ORIENTAÇÃO
17. MEDIDAS DE SEGURANÇA
18. ABERTURA DAS OPERAÇÕES SISTEMÁTICAS
19. EXECUÇÃO DAS OPERAÇÕES SISTEMÁTICAS
20. ENCERRAMENTO DAS OPERAÇÕES SISTEMÁTICAS
21. PRIORIDADES
22. PRESCRIÇÕES FINAIS

ANEXOS

- ANEXO A: ESTUDO DE SITUAÇÃO (memento)


- ANEXO B: ESTUDO DE SITUAÇÃO (memento comentado)
- ANEXO C: PLANO DE OPERAÇÕES SISTEMÁTICAS (memento)
- ANEXO D: AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO (memento)
- ANEXO E: AVALIAÇÃO DE PESSOAL (memento)
- ANEXO F: PROPOSTA DE ABERTURA DE OPERAÇÕES SISTEMÁTICAS
(memento comentado)
- ANEXO G: CONTROLE DE PESSOAL (memento)
- ANEXO H: CADASTRO DE PESSOAL (memento)
- ANEXO I: PROPOSTA DE ENCERRAMENTO DE OPERAÇÕES SISTEMÁTICAS
(memento comentado)
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NORMAS REGULADORAS DAS OPERAÇÕES SISTEMÁTICAS DO SISPERJ


(NOROSS/2004)

01. FINALIDADE

Em cumprimento à "Diretriz para as Operações Sistemáticas"


do Sistema de Inteligência de Segurança Pública do Estado do Rio
de Janeiro (SISPERJ), de 04 Mar 04, aprovada pelo Secretário de
Estado de Segurança Pública (SESP) em 09 Mar 04, estabelecer as
"NORMAS REGULADORAS PARA AS OPERAÇÕES SISTEMÁTICAS DO SISPERJ"
(NOROSS).

02. OBJETIVO

Regular e conceituar procedimentos padronizados para a


implementação, no âmbito do SISPERJ, de Operações Sistemáticas
de Inteligência, calcadas na montagem de uma rede de
colaboradores, informantes e agentes especiais.

03. INTELIGÊNCIA HUMANA E INTELIGÊNCIA ELETRÔNICA

a. A atividade de Inteligência dispõe de diversos recursos


e procedimentos para conseguir dados e produzir conhecimentos.
Um deles, certamente o mais antigo, é o de utilizar o trabalho
direto do Homem, seja orgânico, seja externo, no que se
convencionou chamar, há não muito tempo, de Inteligência Humana.

b. Inteligência Humana (Inthum) é aquela na qual o Homem é


o centro, o ponto de aplicação do esforço, mesmo quando apoiado
por diversos equipamentos de Inteligência, seja de natureza
cine-fotográfica (lunetas, vídeos, máquinas fotográficas, etc.),
seja de natureza eletrônica (mini-transmissores, gravadores,
etc.), seja, ainda, por uma viatura técnica. Os equipamentos,
neste caso, nada mais são do que meios especiais e apoios
técnicos. Na realidade, quem busca o dado é o Homem e a
Inteligência é a Humana.

c. Por outro lado, quando o ponto central é o equipamento


que captura os dados e o Homem, apenas um mero "apertador de
botões", temos a Inteligência Eletrônica (Intel). Desse modo, de
acordo com o tipo de equipamento, teremos a Intel de Sinais
(exemplo da interceptação telefônica), a Intel de Imagens
(exemplo dos satélites "espiões") e a Intel de Dígitos (exemplo
dos "hackers").

d. A Inthum, normalmente, utiliza agentes orgânicos, que


trabalham e fazem parte dos quadros da Agência de Inteligência
(AI), nela ingressando por meio do Recrutamento Administrativo.

e. A Inthum pode utilizar, também, pessoas externas à AI,


que não fazem parte dos seus quadros orgânicos e que sofreram um
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Recrutamento Operacional. Na História, foram chamados de


"espiões". Hoje, atuando contra a criminalidade, devem ser
denominados de Colaboradores, Informantes e Agentes Especiais.

f. Estas NOROSS/2004 tratam, basicamente, dessas pessoas


externas às AI.

04. DOUTRINA

a. Nesta época de ressurgimento da atividade de


Inteligência, um dos maiores problemas enfrentados pelos
sistemas e suas AI vem sendo a inexistência de uma doutrina, que
padronize e sistematize os procedimentos.

b. No SISPERJ, recentemente reestruturado, ainda existem


diversos procedimentos desiguais, cada AI interpretando e agindo
por conta própria.
c. O rígido controle - um dos princípios da atividade de
Inteligência - a que devem ser submetidas as pessoas externas às
AI e que com elas colaboram exige um embasamento doutrinário
inicial.

d. Os conceitos doutrinários parciais, a seguir


apresentados, deverão ser seguidos por todo o SISPERJ e
constituir-se-ão na base resumida de uma futura e completa
doutrina.

05. INTELIGÊNCIA: CONCEITOS BÁSICOS

a. Conceito Clássico

Inteligência (Intlg) é, "lato sensu", a atividade


que, atuando em um universo antagônico, produz conhecimento para
uma tomada de decisão.
Pode ser dividida no ramo da Inteligência
propriamente dita - que atua no universo de seu foco - e no ramo
da Contra-Inteligência (CI), que lhe serve de proteção, de
segurança.

b. Inteligência Policial

Na Inteligência Policial (Intlg Pol), o foco do ramo


Intlg é o crime organizado e a criminalidade em geral.
No ramo da CI, além da proteção e da segurança da
atividade de Intlg, o foco é o desvio de conduta dos integrantes
do serviço público.
A Intlg Pol tem que ir além do que a mera produção do
conhecimento e atuar em benefício direto do processo judiciário,
no apoio à atividade policial de obtenção de provas.
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c. Produção do Conhecimento

A atividade de Intlg, em qualquer um de seus dois


ramos, tem uma metodologia própria para produzir conhecimento,
denominada Ciclo de Produção do Conhecimento (CPC).
O CPC pode ser esquematizado nas seguintes quatro
fases, não necessariamente lógicas e/ou cronológicas:
Planejamento (orientação), Reunião de Dados, Processamento
(avaliação, análise, integração e interpretação) e Utilização
(formalização e difusão).

06. REUNIÃO DE DADOS E PROCESSAMENTO

São nas fases da Reunião de Dados e do Processamento em


que aparecem, bem nítidos, os dois tipos de Homem de Intlg, que
caracterizam a Inthum: o analista e o agente. Somente a
integração efetiva dos trabalhos desenvolvidos pelo analista e
pelo agente, pessoas com atividades e personalidades com
características distintas, poderá redundar na produção de um
conhecimento preciso, significativo e oportuno.
Para o Processamento, o analista já dispõe de
procedimentos próprios da atividade de Intlg, bem definidos
metodologicamente.
Para a Reunião de Dados, as AI precisam realizar, metódica
e sistematicamente, ações que lhes possibilitem produzir o
conhecimento. São essas ações que compõem o dia-a-dia das AI e
que distinguem umas das outras.

07. AÇÕES DE INTELIGÊNCIA

a. Ações de Inteligência
São todos os procedimentos e medidas realizadas por
uma AI, a fim de que possa dispor dos dados necessários e
suficientes para a produção do conhecimento.
As AI realizam, de um modo geral, dois tipos de
ações: as Ações de Coleta e as Ações de Busca.

b. Ações de Coleta

Ações de Coleta (Aç Clt), ou simplesmente Coleta


(Clt), são todos os procedimentos realizados por uma AI,
ostensiva ou sigilosamente, a fim de reunir dados cadastrados
e/ou catalogados em órgãos públicos ou privados.
As Aç Clt caracterizam-se, particularmente, pelo
acesso, credenciado ou não, aos órgãos que dispõem desses dados.
O advento da informatização e da Internet, ainda que
não tenha acabado com os sempre valiosos contatos pessoais,
trouxe um grande impulso à Clt, tornando-a imprescindível para
qualquer AI. Não são poucos os casos em que o conhecimento pôde
ser produzido apenas com Aç Clt. Estima-se, hoje, que 80% dos
dados necessários para a produção do conhecimento possam ser
obtidos pela Clt.
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As Aç Clt, particularmente após a informatização,


podem ser realizadas tanto pelo analista quanto pelo agente.

c. Ações de Busca

Ações de Busca (Aç Bsc), ou simplesmente Busca (Bsc),


são todos os procedimentos realizados por uma AI, normalmente
sigilosos, a fim de reunir dados protegidos, num universo
antagônico, de difícil obtenção.
A fim de preservar a AI, as Aç Bsc deverão ser,
normalmente, sigilosas, independentemente se os dados buscados
estão ou não protegidos por medidas de segurança.
Esse sigilo deverá ser obtido mediante o sistemático
emprego de Estórias-Cobertura (EC), sejam profundas,
semiprofundas ou superficiais.
Para vencer as dificuldades interpostas à obtenção
dos dados, será necessário o uso de técnicas especializadas,
próprias do agente, mas não, normalmente, do analista.
d. Conjunto

Todas essas Ações, sejam Aç Clt, sejam Aç Bsc, são


capazes, por si sós, mesmo que desencadeadas isoladamente, de
obter os dados necessários para a produção do conhecimento.
Podem constituir-se, também, em ações preparatórias
para o desencadeamento de Operações de Inteligência (Op Intlg)
ou fazer parte de um conjunto de ações que constituem uma Op
Intlg.

08. OPERAÇÕES DE INTELIGÊNCIA

a. Conceituação

Quando os dados a serem obtidos estão protegidos por


rígidas medidas de segurança e as dificuldades e/ou riscos são
grandes para as AI, exigindo um planejamento minucioso, um
esforço concentrado e o emprego de técnicas especializadas, com
pessoal e material especializados, o conjunto de Aç Clt e Aç Bsc
leva o nome de Operação de Inteligência (Op Intlg).
A característica principal de uma Op Intlg é a de
referir-se ao contexto de uma mesma missão, um mesmo caso,
significando, com isto, que os dados obtidos em uma operação
correlacionam-se e complementam-se, colaborando para a formação
do conhecimento desejado.
Deve-se ter bem em conta que as Ações de Intlg (Aç
Clt e Aç Bsc) e as Op Intlg não são sinônimos. Se as Ações de
Intlg constituem-se no dia-a-dia das AI e existem em grande
quantidade, as Op Intlg são esporádicas e menos numerosas. Se
todas as Op Intlg são Ações, nem todas as Ações são Op Intlg.
"Ações" é gênero e "Op Intlg" é espécie.

b. Elemento de Operações
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Elemento de Operações (ELO) é o setor de uma AI que,


acionado pelo analista, planeja e executa as Op Intlg.
O ELO representa os "braços" de uma AI e é onde se
concretiza, num "trabalho de campo", a fase aventureira e
romântica da Inteligência. Os "oficiais de operações" e seus
"agentes", inseridos no "ambiente operacional", selecionando
seus "alvos" e exercitando a astúcia e a criatividade, poderão
realizar as Aç Intlg e, particularmente, as Op Intlg,
necessárias para obter os dados negados.
É no ELO que se reunem os agentes especializados,
dotados das Técnicas Operacionais de Inteligência (TOI).
É no ELO que se reunem os equipamentos especializados
de Intlg.
Normalmente, um ELO deve ser organizado de modo
sistêmico, com os agentes sendo divididos por especialidades e
habilidades, nos seguintes cinco setores operacionais: Coleta
(levantamentos ostensivos ou sigilos), Busca (levantamentos
sigilosos), Ligações (controle dos colaboradores, informantes e
agentes especiais), Vigilância (fixa e móvel) e Apoio Técnico
(meios especiais).
Quando for desejável a centralização de esforços em
uma única Op Intlg, pela importância do fato ou pela
oportunidade da obtenção do conhecimento, poderá ser designado
um Encarregado de Caso que, chefiando diversos agentes e
analistas, planejará e executará as ações necessárias. Não é
imprescindível que o Encarregado de Caso seja integrante do ELO.

c. Ações Operacionais de Inteligência

Numa Op Intlg, podem ser executadas diversas Ações


Operacionais de Inteligência (AOI), assim classicamente
denominadas: Reconhecimento, Vigilância, Interceptação
Telefônica, Cobertura Postal, Entrada, Recrutamento Operacional,
Infiltração, Penetração, Provocação, Desinformação, Entrevista e
Interrogatório.
Deve-se destacar que algumas delas, para serem
executadas, necessitam de ordem judicial.

d. Técnicas Operacionais de Inteligência

Os agentes do ELO deverão ser de absoluta confiança e


treinados nas 12 Técnicas Operacionais de Inteligência (TOI),
procedimentos que se destinam a facilitar a atuação humana em
uma AOI, aumentando a potencialidade, a operacionalidade, a
capacidade, as possibilidades e as habilidades dos agentes:
Observação, Memorização e Descrição (OMD), Disfarce, Estória-
Cobertura (EC), Retrato Falado, Leitura da Fala, Comunicações
Sigilosas, Emprego de Meios Cine-fotográficos, Emprego de Meios
Eletrônicos, Detector de Mentiras, Datiloscopia, Documentoscopia
e Foto-interpretação.
O desenvolvimento tecnológico vem, dia-a-dia,
aumentando o rol das TOI e exigindo, dos agentes, novas
capacidades.

e. Planejamento

Dentre as diversas características de uma Op Intlg,


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deve-se destacar o planejamento.

Qualquer que seja a Op Intlg, ela deve ser muito bem


planejada, tanto na abertura, quanto na execução e no
encerramento.
O princípio do controle deverá ser rigorosa e
efetivamente exercido.

f. Tipos

Há dois tipos básicos de Op Intlg: as exploratórias e


as sistemáticas.

09. OPERAÇÕES EXPLORATÓRIAS

a. Conceituação

Operações Exploratórias (Op Explo) são as utilizadas,


normalmente, para cobrir eventos e levantar dados específicos,
em curto prazo.
Prestam-se, particularmente, para a cobertura de
reuniões em geral, para o reconhecimento e levantamento de
áreas, para o levantamento das atividades e contatos das
pessoas, para a obtenção de conhecimentos contidos em documentos
guardados, para a avaliação da validade da abertura de outras
operações, etc.
Visam a atender à necessidade imediata de um
conhecimento específico sobre determinado assunto.
São particularmente aptas para o levantamento das
atividades atuais do alvo.

b. Características das Op Explo

- São importantes para o SISPERJ.


- São eventuais, esporádicas.
- Produzem dados restritos, específicos e,
normalmente, incompletos.
- Produzem um fluxo momentâneo de dados.
- Fornecem as atividades atuais do alvo.
- Normalmente, atendem às necessidades imediatas da
AI.
- Normalmente, para a abertura, estão sujeitas a
prazos improrrogáveis.
- Exigem planejamento meticuloso.
- São impostas pelas necessidades da AI.
- Seus períodos de duração são, normalmente,
determinados e curtos.
- As áreas de atuação são limitadas.
- Na execução, normalmente, empregam muitos elementos
orgânicos (agentes).
- A veracidade dos dados obtidos é maior, pois foram
produzidos por elementos orgânicos.
- Normalmente, são complexas.
- Os riscos são maiores na execução.
- Apesar de, na execução, os riscos serem maiores,
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são de curta duração.


- Depois de iniciadas, normalmente, não permitem
correções e reorientações, a não ser com procedimentos de
conduta.
- Podem utilizar todas as técnicas operacionais.
- Exigem pessoal especializado e altamente
qualificado.
- Exigem meios especiais.
- Necessitam de recursos financeiros específicos,
normalmente, não perfeitamente previsíveis.

10. OPERAÇÕES SISTEMÁTICAS

a. Conceituação

Operações Sistemáticas (Op Sis) são as utilizadas,


normalmente, para acompanhar, metodicamente, as atividades de
pessoas, organizações, entidades e localidades.
Prestam-se, particularmente, para o acompanhamento
das facções criminosas, a neutralização de suas ações e a
identificação de seus integrantes.
Visam a atualizar e a aprofundar conhecimentos sobre
suas estruturas, atividades e ligações, através da produção de
um fluxo contínuo de dados.
São particularmente aptas para o levantamento das
atividades futuras do alvo.

b. Características das Op Sis

- São básicas, fundamentais para o SISPERJ.


- São metódicas, constantes.
- Produzem dados amplos, completos e profundos.
- Produzem um fluxo contínuo de dados.
- Permitem a previsão de atividades do alvo.
- Normalmente, atendem às necessidades mediatas da
AI.
- Sua abertura pode ser meticulosamente analisada e
preparada, não havendo a pressão de prazos improrrogáveis.
- Exigem ações preparatórias.
- Permitem o estabelecimento de prioridades na
escolha do alvo.
- Seus períodos de duração são, normalmente,
indeterminados e podem ser longos.
- A área de atuação é variável.
- Normalmente, na busca, empregam elementos não
orgânicos (colaboradores, informantes e agentes especiais).
- No controle, empregam poucos elementos orgânicos.
- A veracidade dos dados produzidos é variável,
dependendo do grau de confiabilidade no elemento não orgânico.
- Sua complexidade é variável.
- Os riscos são maiores na abertura.
- Permite correções na execução, reorientações dos
conhecimentos desejados, enfim, uma conduta controlada.
- Na execução, os riscos são menores mas constantes.
- Normalmente, utilizam as AOI do recrutamento, da
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infiltração e da entrevista.
- Exigem pessoal especializado, particularmente, para
o controle.
- Normalmente, só utilizam meios comuns.
- Necessitam recursos financeiros constantes e
previsíveis.

11. PESSOAL EMPREGADO NAS OP INTLG

a. Agente

Agente (Ag) é o elemento orgânico da AI. Possui


treinamento especializado e só deve ingressar na AI após passar
por um processo de Recrutamento Administrativo.
O Ag pode controlar redes de colaboradores,
informantes e agentes especiais.
Não deve receber a missão de infiltração, a não ser
com ordem judicial específica e com EC profunda.
b. Colaborador

Colaborador (Col) é o elemento - recrutado


operacionalmente ou não - que, por suas ligações e
conhecimentos, cria facilidades para a AI, até mesmo fora de sua
área normal de atuação.
Eventualmente, pode transmitir dados obtidos em sua
área de atuação.
Não é orgânico da AI, não possui treinamento
especializado, não controla redes e não realiza infiltração.
Pode ou não ser remunerado.

c. Informante

Informante (I) é o elemento recrutado


operacionalmente que opera em sua área normal de atuação.
Eventualmente, pode criar facilidades em sua área
normal de atuação.
Não é orgânico da AI e, normalmente, não possui
treinamento especializado.
Para obter os dados aos quais tem acesso, não precisa
realizar infiltração e não controla redes.
Pode ou não ser remunerado.
A diferença fundamental entre o Col e o I é que o
Col, em linhas gerais, apenas cria facilidades, enquanto que o I
colhe os dados e os transmite à AI.

d. Agente Especial

Agente Especial (AE) é o I que possui treinamento


especializado, a fim de realizar operações especiais de
Inteligência, dentre as quais a infiltração.
Pode ou não ser orgânico da AI.
Se for orgânico, passa por um Recrutamento
Administrativo e, para a infiltração, depois de autorizada
judicialmente, recebe uma EC profunda.
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Se não for orgânico, o AE é remunerado, é recrutado


operacionalmente, normalmente não opera em sua área normal de
atuação e pode controlar uma rede de Col e/ou I.

e. Rede

Rede é a designação dada ao conjunto dos elementos


não orgânicos controlados pela AI.
A Rede do SISPERJ será integrada pelos Colaboradores,
pelos Informantes e pelos Agentes Especiais e levará a sigla
RCIAE.
Deverá ser desenvolvida e observada a regra de que,
em princípio, não há CIAE pessoais dos agentes, mas da AI.

f. Controlador

Controlador (Control) é o agente responsável pelo


controle do CIAE.
O desempenho dessa função exige experiência na
atividade de Inteligência e de habilidades e atributos especiais
no campo das relações humanas. Devem ter a capacidade de
inspirar confiança e possuir um bom nível cultural e de
escolaridade. Deverão ser especialistas em conduzir uma
entrevista.

12. PLANEJAMENTO DAS OPERAÇÕES SISTEMÁTICAS

a. Fatores da Decisão

As Op Sis, para atingirem a eficácia e a segurança,


devem ser meticulosamente planejadas, levando-se em conta os
fatores da decisão: missão, alvo, ambiente operacional e meios.

b. Etapas
O planejamento das Op Sis desenvolve-se, basicamente,
em duas etapas:
1) Estudo de Situação
- Ver ANEXO A (memento do "Estudo de
Situação")
- Ver ANEXO B (memento comentado do "Estudo
de Situação").
2) Elaboração do Plano de Op Sis
- Ver ANEXO C (memento do "Plano de Op
Sis").

c. Planejamento

No planejamento, devem ser aplicadas as seguintes


cinco medidas para a eficaz e completa condução da Op Sis:
- Medidas de Controle;
- Medidas de Coordenação;
- Medidas de Avaliação;
- Medidas de Orientação; e
- Medidas de Segurança.
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13. MEDIDAS DE CONTROLE

a. Conceito

Medidas de Controle é o conjunto de procedimentos que


tem por objetivo zelar pela segurança e pela eficácia da Op Sis,
tanto no aspecto do pessoal empregado quanto no da produção de
dados.

b. Controle

As Op Sis deverão ser controladas, prioritariamente e


no mais alto grau, pela AI controladora.
Nos demais escalões, o controle poderá ser atenuado,
com a elaboração, apenas, de relações das Op Sis e da listagem
dos documentos produzidos por cada operação.
A SSINTE controlará todas as Op Sis do SISPERJ e,
particularmente, aquelas que empregam CIAE remunerado.

c. Abertura, Execução e Encerramento

Quanto à abertura, à execução e ao encerramento das


Op Sis, os procedimentos de controle estão descritos nos itens
18, 19 e 20, respectivamente.

d. Denominação

As Op Sis serão denominadas pelas AI executantes, com


um nome-código de sua livre escolha. Deve-se evitar, entretanto,
que essa denominação permita um correlacionamento óbvio com o
alvo.
O nome-código da Op Sis deverá, obrigatoriamente,
constar no campo "ORIGEM" de todos os documentos produzidos.

e. Pessoal Empregado

Os controladores serão designados pela AI condutora


da Op Sis. Normalmente, a regra é "quem recruta, controla".
Não há equipes fixas de controle. Entretanto, deve
ser também obedecida a regra de que cada CIAE deve ter um
controlador permanente, efetivo, e seu dupla.
Os CIAE são controlados, prioritariamente e no mais
alto grau, pelo ELO executante, sob a supervisão da AI
enquadrante.
Deve-se ter em conta que determinados CIAE, em casos
especiais, podem ser controlados por outros integrantes da AI
que não os agentes do ELO. Mesmo assim, o ELO deverá manter um
registro desse controle, todos os relatórios produzidos deverão
ser difundidos por ele e o dupla deverá ser um de seus
integrantes.
A SSINTE deverá controlar todos os CIAE a serem
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remunerados.

f. Documentos Produzidos

Nas Op Sis, basicamente, os documentos produzidos são


de duas naturezas:
- os que relatam os aspectos pessoais do CIAE,
os "Relatórios do CIAE"; e
- os que difundem a produção do CIAE, por meio
dos "Relatórios de Inteligência" (Relint).

g. Relatórios do CIAE

São os relatórios que tratam dos aspectos pessoais


dos CIAE: dados de qualificação, endereços, recrutamento,
motivação, remuneração, etc.
Os CIAE devem ser individualmente codificados e os
relatórios guardados, por nome-código da Op Sis, em arquivos
separados, seguros e constantemente atualizados.
A identificação completa de cada CIAE deverá ser
difundida, apenas, para a SSINTE, por meio de um documento
lacrado, pessoal, secreto e não protocolado ao Subsecretário de
Inteligência (SSI).

h. Relatórios de Inteligência (RELINT)

São os relatórios que difundem a produção do CIAE,


relatando os dados repassados à AI sobre o alvo da Op Sis.
Os RELINT devem ser difundidos pelo canal técnico e
arquivados, na AI controladora, por cada operação, a fim de que
se possa, constantemente, avaliar a produção do pessoal
empregado.
Os RELINT deverão trazer, no campo "ORIGEM", a
denominação (nome-código) da Op Sis, mesmo no caso de novas e
sucessivas difusões. Se, ao conhecimento produzido pela Op Sis,
forem acrescentados, em qualquer escalão, conhecimentos obtidos
de outras fontes, a denominação da Op Sis deverá ser colocada no
campo "REFERÊNCIA".

14. MEDIDAS DE COORDENAÇÃO

a. Conceito

Medidas de Coordenação é o conjunto de procedimentos


que tem por objetivos obter conjugação de esforços dos órgãos
afins e evitar que haja interferências indevidas ou prejudiciais
à Op Sis em áreas ou atividades afetas a outros órgãos.
O sigilo da Op Sis e, particularmente, a segurança do
CIAE empregado fazem com que as medidas de coordenação sejam
especialmente importantes.

b. Coordenação

A coordenação será exercida, prioritariamente, pela


AI controladora.
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Devem ser respeitadas as áreas de responsabilidade de


cada AI e os níveis de ligação estabelecidos para o SISPERJ.
As ligações que estiverem além do definido para o
nível do escalão executante deverão ser efetuadas pelo escalão
superior, ao qual essa necessidade deve ser informada com
oportunidade. Da mesma forma, deve receber a aquiescência do
escalão superior, quando houver necessidade da condução de ações
além de sua área de resposabilidade.
Pelas características do SISPERJ e das Op Sis, a
coordenação deverá ser exercida de forma muito efetiva pelas
agências centrais de cada subsistema que, por suas
especificidades, ligam-se diretamente à SSINTE.
Nas Op Sis conjuntas ou combinadas, envolvendo dois
ou mais subsistemas, a coordenação será exercida pela SSINTE.

15. MEDIDAS DE AVALIAÇÃO

a. Conceito
Medidas de Avaliação é o conjunto de procedimentos
que tem por objetivos:
- verificar se a Op Sis está cumprindo sua
finalidade;
- estimar a eficácia e os riscos de segurança;
- apreciar seu custo-benefício;
- oferecer elementos que sirvam de base para a
estimativa dos recursos a serem distribuídos; e
- oferecer parâmetros de comparação para a
abertura e o encerramento de outras operações.

b. Avaliação

A avaliação das Op Sis será feita de forma permanente


e periódica, de seis em seis meses, contados a partir da data de
sua abertura, por meio da análise da operação sob os aspectos da
produção de dados e do pessoal empregado.

c. Produção de Dados

Sob o aspecto da produção de dados, a avaliação será


feita pelos analistas responsáveis pelo alvo focado, por meio da
análise quantitativa e qualitativa dos documentos resultantes da
Op Sis, por todos os escalões para os quais esses documentos
sejam difundidos, inclusive a SSINTE.
Na análise quantitativa, deverão ser observadas a
quantidade de relatórios produzidos e sua freqüência.
Na análise qualitativa, deverão ser observados, no
mínimo, o rendimento (relevância no conteúdo), o nível dos dados
produzidos (adequação) e os resultados obtidos.
As agências centrais de cada subsistema integrarão as
avaliações dos diversos escalões e as difundirão à SSINTE, pelo
canal técnico, em documento "CONFIDENCIAL", separado para cada
operação, denominado "AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO" (memento no ANEXO
D).
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d. Pessoal Empregado

Sob o aspecto do pessoal empregado, a avaliação será


feita, apenas, pela AI controladora, pelas agências centrais do
respectivo subsistema e pela SSINTE, que analisarão o desempenho
dos agentes controladores e dos CIAE empregados, sob os
seguintes principais parâmetros:
- as técnicas operacionais utilizadas;
- os contatos;
- as potencialidades e habilidades;
- as atitudes positivas e/ou negativas;
- as deficiências e as vulnerabilidades;
- as motivações;
- a remuneração;
- os riscos de segurança; e
- o comprometimento.
Os dados para essa análise serão difundidos pelo
documento denominado "AVALIAÇÃO DE PESSOAL" (memento no ANEXO
E), no qual o CIAE será identificado, apenas, pelo seu código.
Esse documento será elaborado e difundido pela AI
controladora, direta e simultaneamente ao chefe da agência
central do seu respectivo subsistema e ao SSI. O documento será
lacrado, pessoal, secreto e não protocolado.

16. MEDIDAS DE ORIENTAÇÃO

a. Conceito

Medidas de Orientação é o conjunto de procedimentos


que tem por objetivo realizar correções na execução das Op Sis.

b. Orientação

A orientação deve ser executada como conseqüência


direta da avaliação.
Ela será realizada por todos os escalões pelos quais
fluem os conhecimentos produzidos pela Op Sis.
Deverá ser desenvolvida no aspecto da produção de
dados e no aspecto do pessoal empregado.

c. Produção de Dados

No aspecto da produção de dados, a orientação far-se-


á de analista para analista, que são os integrantes da AI que
têm as melhores condições para avaliar se os dados obtidos
satisfazem a todos os aspectos que envolvem o conhecimento
desejado.
Quanto mais alto o escalão, maior o potencial do
analista para avaliar e orientar a operação, fruto da
possibilidade de poder comparar os dados obtidos de fontes
diferentes.
Em última instância, a orientação será feita pela
SSINTE.

d. Pessoal Empregado
16

No aspecto do pessoal empregado, a orientação far-se-


á de chefe de AI para chefe de AI, os quais, em contato com seus
respectivos ELO, são os que têm as melhores condições para
orientar a operação sob esse aspecto.

Em última instância, a orientação será feita pela


SSINTE.

e. Documento de Orientação

A orientação será feita, em princípio, por contatos


pessoais entre os orientadores e os controladores e sempre que
julgada necessária.
Poderá ser feita, também, por meio de um documento
específico que facilite a troca de dados e a orientação da
busca, denominado de "Documento de Orientação".
Esse documento será informal e com as características
de uma correspondência pessoal. Deverá ser lacrado, pessoal,
confidencial e não protocolado. Poderá ser difundido através de
e-mail, desde que seguro.
Depois de tomadas as devidas providências, deverá
ser, obrigatoriamente, arquivado no dossiê da operação, na
origem e no destino.

17. MEDIDAS DE SEGURANÇA

a. Conceito

Medidas de segurança é o conjunto de procedimentos


que tem por objetivo minimizar os riscos da Op Sis,
particularmente, quanto ao aspecto do CIAE empregado.

b. Segurança da Op Sis

Especial atenção deverá ser conferida à segurança das


Op Sis.
Todas as Op Sis deverão receber um nome-código,
adequadas ao alvo.
O maior responsável pela segurança da Op Sis é o
chefe da AI controladora.

c. Segurança do CIAE

Deve-se compreender que a segurança das Op Sis


reside, basicamente, no encobrimento da real identidade do CIAE
e no sigilo de sua atuação. O princípio da compartimentação
deverá ser elevado ao seu mais alto nível.
Todos os CIAE empregados deverão receber um codinome
para o sigilo de sua identificação. Esse codinome deverá ser
adequado às características físicas do CIAE.
Além do codinome, cada CIAE será codificado por um
conjunto de três letras (usadas as 26 letras do alfabeto) e
quatro algarismos (Ex: ABL0193), de acordo com as normas a
seguir descritas.
17

O maior responsável pela segurança do CIAE é o seu


controlador.

d. Primeira Letra
Representará a AI ou o subsistema do SISPERJ que o
controla diretamente, com as seguintes letras:
- A: SSINTE
- E: SIPMERJ
- I: SIPCERJ
- O: Outros do SISPERJ
- U: Outros
Mudando-se o controle, mudar-se-á a letra.

e. Segunda Letra

As últimas 5 letras do alfabeto serão utilizadas para


representar as categorias do pessoal empregado:
- V: Colaborador
- W: Informante
- X: Outras
- Y: Agente Especial (AE)
- Z: Agente Orgânico
Mudando-se a categoria, mudar-se-á a letra.

f. Terceira Letra

As 16 letras restantes do alfabeto serão utilizadas


para representar as áreas de atuação.

- B: Roubos e Furtos
- C: Econômica e financeira
- D: Diversos
- F: Inteligência e Segurança
- G: Poder Executivo
- H: Homicídios
- J: Poder Judiciário
- K: Tráfico de Drogas
- L: Poder Legislativo
- M: Mídia
- N: ONG
- P: Político
- Q: Tráfico Ilícito de Armas de Fogo
- R: Serviço Público
- S: Psicossocial (Movimentos Diversos)
- T: Conflitos Étnico-religiosos/Terrorismo
Mudando-se a categoria, mudar-se-á a letra.
Se uma pessoa atuar em duas ou mais áreas de atuação,
a letra a ser utilizada será a que tiver mais importância, de
acordo com as prioridades estebelecidas.

g. Quatro Algarismos
Os quatro algarismos representarão a individualidade
da pessoa empregada, na sua ordem de entrada na RCIAE.
Esse número de quatro algarismos (de 0001 a 9999)
será determinado pela SSINTE, por ocasião da aprovação da
abertura da Op Sis.
Depois da pessoa ser dispensada, esse número não
18

deverá ser utilizado por mais ninguém.

h. PCIAE

A SSINTE manterá, constantemente atualizado, um


"Prontuário de Colaboradores, Informantes e Agentes Especiais"
(PCIAE), a fim de registrar a produção e os aspectos pessoais
dos CIAE.
Esse PCIAE deverá ter o grau de sigilo "SECRETO" e
ser de acesso restrito aos agentes que o manipulam.
O programa do PCIAE poderá ser fornecido pela SSINTE
às AI que o solicitarem.

18. ABERTURA DAS OP SIS

a. Proposta

Qualquer AI, que for solicitada ou sentir a


necessidade da abertura de uma Op Sis, deverá utilizar-se do
documento "PROPOSTA DE ABERTURA DE OPERAÇÃO SISTEMÁTICA" (ver
memento comentado no ANEXO F), que deverá conter todos os dados
necessários para a análise da operação que se pretende abrir.
A PROPOSTA, com grau de sigilo "CONFIDENCIAL", deverá
ser difundida com caráter PESSOAL, de Chefe de AI para Chefe de
AI, sem ser protocolada.

b. Controle de Pessoal

Anexado à PROPOSTA, deverá seguir o documento


"CONTROLE DE PESSOAL" (memento no ANEXO G), com dados sobre a
pessoa a ser recrutada ou que realizará a infiltração.
Deve-se observar que neste documento, PESSOAL e
CONFIDENCIAL, não deve aparecer nenhum dado que permita
identificar o CIAE a ser empregado.

c. Pareceres

A PROPOSTA, com seu anexo, deverá ser encaminhada à


SSINTE pelo canal técnico, a fim de que cada AI intermediária
exare seu parecer.
Se alguma AI tiver objeções à Op Sis, ela deverá ser
expressa em parecer escrito, que retornará à origem com a
proposta. No caso de simples correções ou do "concordo" com a Op
Sis, o parecer também deverá ser anexado à proposta.

d. Decisão

A SSINTE, tendo em vista as prioridades e os recursos


existentes, elaborará o parecer final, decidindo pela abertura
ou não da Op Sis e informando as AI diretamente envolvidas.

e. Oportunidade

Apesar das características das Op Sis, recomenda-se


que se dê tratamento preferencial ao processamento dessas
19

propostas e à elaboração de pareceres, de modo que, atendendo ao


princípio da oportunidade, seja mínima a retenção desses
documentos em cada AI.

f. Cadastro de Pessoal

Até, no máximo, 6 (seis) meses após a autorização


para a abertura da Op Sis, a AI que a controla deverá produzir o
documento "CADASTRO DE PESSOAL" (memento no ANEXO H), de grau de
sigilo SECRETO, que contém os dados verdadeiros do pessoal
empregado na operação.
Tendo, por finalidade, possibilitar a realização de
medidas de segurança e de proteção ao CIAE, esse documento será
produzido em duas cópias numeradas:
- a de número 1 deverá permanecer arquivada com
o Chefe da AI que controla diretamente a Op Sis;
- a de número 2 deverá ser difundida, em
documento PESSOAL-SECRETO, ao Subsecretário de Inteligência
(SSI).

19. EXECUÇÃO DAS OP SIS

a. Execução é a fase da Op Sis na qual todos os esforços e


recursos devem ser empregados, visando ao seu sucesso.

b. É na execução que as AI devem adotar, no mais alto


grau, as medidas de controle, de coordenação, de avaliação, de
orientação e de segurança, tanto no aspecto da produção de dados
quanto no do pessoal empregado.

c. Apesar de, na execução, os riscos serem maiores nas Op


Explo, nas Op Sis deve haver, sempre, um rígido controle sobre o
pessoal empregado, buscando-se, quando possível, o seu
comprometimento, a fim de aumentar a segurança da AI.

20. ENCERRAMENTO DAS OP SIS

a. Proposta

Quando, por algum motivo, a AI controladora ou,


mesmo, as outras AI envolvidas sentirem a necessidade de
encerrar uma Op Sis, deverá ser elaborado o documento "PROPOSTA
DE ENCERRAMENTO DE OPERAÇÃO SISTEMÁTICA" (memento comentado no
Anexo I), contendo, particularmente, os motivos do encerramento
e a situação do CIAE.
A PROPOSTA, com grau de sigilo "CONFIDENCIAL", deverá
ser difundida em caráter PESSOAL, de Chefe de AI para Chefe de
AI, sem ser protocolada. A difusão será, sucessivamente, para
todos os escalões intermediários, até o Subsecretário de
Inteligência (SSI).
20

b. Pareceres

Em cada AI, seu chefe deverá acrescentar um parecer


sobre a PROPOSTA de encerramento.

c. Decisão

A SSINTE, tendo em vista os argumentos, os pareceres


e os recursos existentes, elaborará o parecer final, decidindo
pelo encerramento ou não da Op Sis e informando as AI
diretamente envolvidas.
Tendo em vista as prioridades, a SSINTE poderá
determinar o prosseguimento da Op Sis ou, ainda, avocar o seu
controle direto.

d. Suspensão Temporária

Em caso de uma Op Sis ser suspensa temporariamente, a


SSINTE deverá ser informada dos motivos e das condições da
suspensão.

e. Importância e Complexidade

Encerramento é a terceira e última fase de uma Op


Sis, tão ou mais importante quanto as duas anteriores.
Deve-se lembrar e ressaltar que várias foram as Op
Sis em que um encerramento mal conduzido ou relegado a um
segundo plano prejudicou todo o trabalho desenvolvido e
comprometeu a AI.
Nas Op Sis, o encerramento é mais complexo do que nas
Op Explo, pois, normalmente, envolve elementos não orgânicos,
exigindo um planejamento acurado e o emprego das técnicas
operacionais para a dispensa do CIAE.
Tanto encerrada por interesse da AI como por do CIAE,
o pessoal não orgânico empregado deve receber o máximo de
atenção por parte da AI responsável, que deve estar ciente dos
conhecimentos adquiridos pelo CIAE e dos riscos que isso
representa.

f. Arquivos

As AI deverão providenciar um arquivo das Op Sis


encerradas, contendo os dados básicos sobre o desenvolvimento de
cada operação.
Os dados sobre o pessoal empregado devem ser
guardados em arquivo separado.
A AI controladora não poderá "esquecer-se" do CIAE,
tanto como medida de Contra-Inteligência quanto pela
possibilidade de, algum dia, ele puder vir a ser reativado.

21. PRIORIDADES

a. A rede (RCIAE) do SISPERJ, a ser montada mediante a


implementação destas NOROSS, deverá ser a mais ampla e
21

qualificada possível, a fim de produzir dados confiáveis sobre


as facções criminosas e suas áreas de atuação.

b. As prioridades de atuação serão estabelecidas pelo


Secretário de Estado de Segurança Pública (SESP).

c. Atualmente, a prioridade de recrutamento operacional


deverá ser dada às localidades mais críticas. A idéia geral a
ser seguida será: "em cada favela, um informante".

d. A remuneração do CIAE será provida pela SSINTE,


mediante recursos sistematicamente disponibilizados pelo SESP.

22. PRESCRIÇÕES FINAIS

a. Cada AI intermediária poderá, em face destas NOROSS,


estabelecer suas próprias normas internas.
b. A importância das Op Sis exige que as AI,
particularmente as de Classe A, possuam, em sua estrutura
orgânica, um setor específico para controlar os CIAE e conduzir
as operações sistemáticas de recrutamento e de infiltração.

c. Nas Aç Bsc e nas Op Intlg, as AI devem, sempre,


observar o binômio SEGURANÇA X EFICÁCIA. Se bem que a segurança
é inerente a qualquer ação ou operação, a primazia da segurança
sobre a eficácia, ou vice-versa, será determinada pelos aspectos
conjunturais. O ideal a ser atingido é o equilíbrio: eficácia
com segurança.

d. Convém lembrar que a Instituição e a AI estão sempre


acima do Homem e que todos aqueles que trabalham em Inteligência
devem estar bem cientes e conscientes dessa assertiva.

Rio de Janeiro, 12 Abr 04


22

ANEXO A às NOROSS/2004
ESTUDO DE SITUAÇÃO
(memento)

1. ANÁLISE DA MISSÃO
a. Enunciado
b. Finalidade
c. Ações a realizar
d. Outros dados julgados necessários

2. ANÁLISE DA SITUAÇÃO
a. Elementos disponíveis
b. Alvo
1) Características
2) Possibilidades e vulnerabilidades
3) Outros dados julgados necessários
c. Ambiente Operacional
1) Descrição e características da área
2) Aspectos que facilitam, dificultam ou impedem a
ação
d. Escolha das Técnicas Operacionais
e. Meios em Pessoal e Material
f. Órgãos Similares

3. LINHAS DE AÇÃO (LAç)


a. Linhas de Ação por Ação a Realizar
1) Conceito da ação
2) Composição dos Meios
b. Análise das Linhas de Ação
c. Comparação das Linhas de Ação
d. Seleção das Linhas de Ação

4. MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
a. Recursos Financeiros
b. Segurança
1) Pessoal
2) Instalações
3) Compartimentação
c. Instrução e/ou Treinamento
d. Outras Medidas

5. COORDENAÇÃO E CONTROLE
a. Ligações
b. Prazos
c. Restrições e Imposições
d. Reuniões
e. Relatórios
f. Comunicações
1) Sistemas
23

2) Códigos
3) Horários
4) Prioridades

-----------------------------------
Chefe da AI

ANEXO B às NOROSS/2004
ESTUDO DE SITUAÇÃO
(memento comentado)

Este Estudo visa à abordagem dos aspectos necessários ao


desenvolvimento eficaz de uma Op Intlg.

1. ANÁLISE DA MISSÃO

a. Enunciado
É o constante dos dados solicitados nos PB e nas OB.
b. Finalidade
É a razão pela qual a missão é proposta, isto é, o
"para quê".

c. Ações a realizar
São as ações constantes e as deduzidas do enunciado
da missão. Devem ser caracterizadas ou definidas por verbos no
infinitivo, que explicitem, de forma incisiva, o solicitado.
Normalmente, é expressa por um ou mais dos seguintes verbos:
cobrir, levantar, identificar, confirmar, comprovar, verificar,
acompanhar, etc

d. Outros dados julgados necessários


Destinam-se à identificação e ao esclarecimento das
dúvidas relativas à missão. São arrolados, também, aqueles
aspectos que complementam o entendimento ou influem no
cumprimento da missão, como prazos, restrições e outras
condições de execução.

2. ANÁLISE DA SITUAÇÃO

Esta etapa visa ao exato entendimento da situação em que


está inserida a missão e ao levantamento dos fatos que venham a
influir nas ações. Na ausência de fatos, devem ser utilizadas
hipóteses lógicas, como, por exemplo, as relativas às medidas de
segurança em torno do alvo.

a. Elementos disponíveis
Deverão ser reunidos e considerados os conhecimentos
e/ou dados que respondam aos aspectos de interesse para o
cumprimento da missão.
Estes elementos devem ser retirados do item "Dados
Conhecidos" do PB ou da OB e dos arquivos do órgão, além
daqueles obtidos de outras fontes.

b. Alvo
24

1) Características
2) Possibilidades e vulnerabilidades
3) Outros dados julgados necessários
Os elementos disponíveis sobre o alvo devem ser
considerados com a finalidade de estudar as suas
características, possibilidades e vulnerabilidades.

c. Ambiente Operacional
1) Descrição e características da área
2) Aspectos que facilitam, dificultam ou impedem a
ação
A análise deve cobrir todos os aspectos que
facilitem, dificultem ou impeçam a realização das ações
previstas, de modo que permita a escolha adequada dos meios e
técnicas operacionais a serem utilizadas.

d. Escolha das Técnicas Operacionais


Para a escolha, deve-se levar em consideração as
ações a realizar, o ambiente operacional e a adequação à
obtenção dos resultados desejados.

e. Meios em Pessoal e Material


Verificar que meios estão em condições de serem
considerados para a montagem das LAç.
Verificar se os meios, em pessoal e em material
disponíveis, permitem o emprego adequado das técnicas
escolhidas.
O moral e o grau de instrução do pessoal devem ser
considerados.

f. Órgãos Similares
Considerar a possibilidade de outros órgãos afins
estarem atuando ou virem a atuar sobre o(s) mesmo(s) alvo(s).
Implicações, ligações necessárias, se for o caso. Coordenação.

3. LINHAS DE AÇÃO

Nesta etapa, devem ser levantadas, para cada ação a


realizar, diferentes LAç.

a. Linhas de Ação por Ação a Realizar


1) Conceito da ação
2) Composição dos Meios
Com base na Análise da Situação, deverá ser
levantada, para cada ação a ser realizada, LAç para o
cumprimento da missão, respondendo às perguntas: o que, quando,
onde e como.

b. Análise das Linhas de Ação


Devem ser confrontadas as LAç montadas com as
possibilidades do alvo. Devem ser visualizadas, em cada caso,
quais os pontos críticos da LAç. Com essa análise, poderão ser
corrigidas possíveis falhas e melhoradas as LAç.

c. Comparação das Linhas de Ação


A comparação das LAç, através do processo de
25

vantagens e desvantagens ou de eleição de fatores


preponderantes, vai permitir selecionar a melhor LAç para cada
caso. Durante a comparação, o risco ou a segurança da Op deve
ser sempre considerado.

d. Seleção das Linhas de Ação


Com os elementos até aqui coletados, deve ser
decidida qual a LAç a adotar para cada caso.

4. MEDIDAS ADMINISTRATIVAS

São consideradas, aqui, as providências necessárias à


execução da Op Intlg. Nesta etapa, são estudados os seguintes
tópicos:

a. Recursos Financeiros
Serão levantados os recursos financeiros necessários
ao cumprimento da missão.

b. Segurança
Os responsáveis pela execução dos trabalhos
operacionais que, freqüentemente, se defrontam com o problema
Segurança X Eficácia, devem buscar o equilibrio destes aspectos
no cumprimento da missão.
A montagem das LAç deve atender, portanto, aos
princípios e às normas relativas à segurança, visando a
assegurar a salvaguarda das OpInfo.
Na Segurança, considerar:
1) Pessoal
a) Documentação
b) Vestuários e Disfarce
c) Armamento
d) Estória-Cobertura
2) Instalações
3) Compartimentação

c. Instrução e/ou Treinamento


Dependendo das técnicas operacionais a serem
utilizadas, deve ser considerada a necessidade do pessoal ser
submetido a um treinamento especial e/ou instrução.

d. Outras Medidas
Neste item, devem ser consideradas as necessidades
pertinentes ao trabalho operacional que não foram abordadas
anteriormente, tais como, alimentação, transporte, hospedagem,
recursos de saúde em casos de emergência, etc.

5. COORDENAÇÃO E CONTROLE

É impositiva a adoção de medidas que permitam a


coordenação e o controle das Op Intlg. Essas medidas dizem
respeito a reuniões e relatórios, estabelecimento de
prioridades, restrições, imposições e normas que regulem as
ligações, bem como o estabelecimento de um eficiente sistema de
comunicações. Devem ser considerados os seguintes aspectos:

a. Ligações
26

As ligações com outros OI e órgãos de segurança ou


entidades diversas são, em princípio, atribuições da Chefia do
OI.

b. Prazos
O prazo para o cumprimento da missão deve ser
determinado por quem a propõe.

c. Restrições e Imposições
Deve ser feita a análise das restrições e das
imposições decorrentes das Instruções Especiais da OB e de
outras levantadas durante a análise da Missão e da Situação.

d. Reuniões
Considerar a data-hora da Reunião Preparatória e
demais reuniões planejadas.

e. Relatórios
Considerar o prazo ou a periodicidade em que os
Relatórios do Agente deverão ser entregues.

f. Comunicações
1) Sistemas
2) Códigos
3) Horários
4) Prioridades
Deve-se analisar o emprego dos meios de comunicações
sigilosas que serão utilizados, horários, prioridades e códigos.
27

ANEXO C às NOROSS/2004
PLANO DE OP SIS
(memento)

1. SITUAÇÃO
a. Elementos disponíveis
b. Alvo
c. Ambiente Operacional
d. Meios em Pessoal e Material disponíveis

2. MISSÃO
Novo enunciado.

3. EXECUÇÃO
a. Conceituação
b. Composição dos Meios
1) Equipe "A"
- Pessoal
- Material
2) Equipe "B"
- Pessoal
- Material
................
c. Ordens aos Elementos Subordinados

4. MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
a. Recursos Financeiros
b. Segurança
1) Pessoal
a) Documentação
b) Vestuário e Disfarce
c) Armamento
d) Estória-Cobertura
2) Instalações
3) Grau de Sigilo
c. Instrução e/ou Treinamento
d. Outras Medidas

5. COORDENAÇÃO E CONTROLE
a. Ligações
b. Prazos
c. Restrições e Imposições
d. Reuniões
e. Relatórios
f. Comunicações
28

1) Sistemas
2) Códigos
3) Horários
4) Prioridades

----------------------------------
Chefe da AI

ANEXO D às NOROSS/2004

CONFIDENCIAL
OPERAÇÃO ...........

AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO
(memento)

1. ALVO

2. OBJETIVO
a. Da abertura
b. Atual

3. FINALIDADE
a. Análise quantitativa
- Análise dos RELINT produzidos
- Freqüência
b. Análise qualitativa
- Rendimento (relevância no conteúdo)
- Nível (adequação)

4. EFICÁCIA
- Conceito sintético (MB - B - R - I)

5. CONCLUSÕES
- Encerramento
- Continuação
- Reorientação

DATA .....................

----------------------------
Ch da AI

CONFIDENCIAL

- OBSERVAÇÕES:
- Este documento "AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO", deve ser
elaborado pela AI controladora e ratificado ou retificado por
todos os analistas pelos quais os Relint produzidos pela Op Sis
tenham sido difundidos.
- Os chefes das agência centrais de cada subsistema
integrarão as avaliações dos diversos escalões e as difundirão à
SSINTE, pelo canal técnico.
29

ANEXO E às NOROSS/2004
SECRETO
OPERAÇÃO ...........
AVALIAÇÃO DE PESSOAL
(memento)

1. ALVO

2. OBJETIVO
a. Da abertura
b. Atual

3. CIAE EMPREGADO: "CÓDIGO"


a. Atitudes positivas e/ou negativas
b. Recursos/remuneração
c. Deficiências e vulnerabilidades
d. Comprometimento
e. Motivação para o prosseguimento

4. AGENTE(S) CONTROLADOR(ES)
a. Atitudes positivas e/ou negativas
b. Relacionamento
c. Nível
d. Motivação

5. CONTATOS
a. Tipos (encontros pessoais, por correspondência, por
telefone, por e-mail, etc)
b. Freqüência
c. Dificuldades

6. TÉCNICAS OPERACIONAIS

7. SEGURANÇA

8. CUSTO-BENEFÍCIO

9. CONCLUSÕES
- Encerramento
- Continuação
- Reorientação

DATA .....................

----------------------------
Ch da AI
30

- OBSERVAÇÕES:
- Este documento "AVALIAÇÃO DE PESSOAL" deverá ser
elaborado pela AI controladora, que o difundirá, direta e
simultaneamente, ao chefe da agência central do seu respectivo
subsistema e ao SSI.
- O documento será lacrado, pessoal, secreto e não
protocolado.
-

ANEXO F às NOROSS/2004

CONFIDENCIAL
PROPOSTA DE ABERTURA DE OPERAÇÃO SISTEMÁTICA
(memento comentado)

1. OBJETIVO

Explicitar, de forma clara e objetiva, o que se busca


atingir com a realização da Op Sis proposta.

2. ANTECEDENTES

Citar, de forma sucinta, fatos relevantes que conduziram à


montagem e justificam a realização da operação.

3. ALVO

Tratando-se de facções ou organizações criminosas, indicar


os principais alvos e os níveis em que serão colhidos os dados.

4. REGIÃO ABRANGIDA

Citar a região geográfica e/ou as localidades abrangidas


pela Op Sis.

5. DURAÇÃO

Apresentar uma estimativa de duração; se indeterminada,


expor esta situação.

6. MEDIDAS DE CONTROLE

Descrever, de forma sucinta, as medidas de controle,


particularmente as referentes ao controle do pessoal empregado.
Referenciar o documento "CONTROLE DE PESSOAL".
Denominar a Op Sis.

7. MEDIDAS DE COORDENAÇÃO

Explicitar as ligações com outras Op Sis, se for o caso.


Citar as medidas de coordenação estabelecidas e se há
necessidade de ligações com outras AI.
31

8. MEDIDAS DE SEGURANÇA

Levantar os riscos e citar as medidas de segurança


adotadas, tanto em relação à Op Sis quanto em relação ao pessoal
empregado.

9. ASPECTOS ADMINISTRATIVOS

Citar todos os aspectos administrativos relacionados com a


Op Sis, tais como:
- movimentação de pessoal;
- custos financeiros, discriminando as despesas
operacionais, particularmente as relacionadas com o pagamento de
pessoal;
- recursos a serem fornecidos pela SSINTE;
- material necessário;
- material a ser fornecido pela SSINTE; e
- outros dados administrativos julgados úteis.

10. OUTRAS CONSIDERAÇÕES OPORTUNAS


Neste item, entre outros aspectos, é interessante que seja
apresentada uma avaliação sobre a perspectiva de sucesso da Op
Sis, com a indicação dos fatores preponderantes que conduzem a
essa estimativa.

Data ...

---------------------------
Chefe da AI

CONFIDENCIAL

- OBSERVAÇÕES:
- Esta PROPOSTA, com grau de sigilo "CONFIDENCIAL", deverá
ser difundida em caráter PESSOAL, de Chefe de AI para Chefe de
AI, sem ser protocolada. Este processamento obrigatório não
limita os contatos preliminares julgados necessários e
efetuados, muitas vezes em caráter pessoal, por meio do canal
técnico.
- Anexados a esta PROPOSTA, deverão seguir o documento
"CONTROLE DE PESSOAL" e os pareceres das AI intermediárias.
32

ANEXO G às NOROSS/2004

CONFIDENCIAL

OPERAÇÃO .........

CONTROLE DE PESSOAL
(memento)

1. CODINOME DO CIAE

2. CÓDIGO DO CIAE

3. HISTÓRICO DO CIAE

4. ATIVIDADES ATUAIS DO CIAE LIGADAS À OP SIS

5. POTENCIALIDADES, HABILIDADES, MOTIVAÇÕES, PARTICULARIDADES E


VULNERABILIDADES DO CIAE

Data .....

-----------------------
Chefe da AI

- OBSERVAÇÕES:
- Este documento, em caráter "PESSOAL" e com grau de
sigilo "CONFIDENCIAL", deverá ser anexado à "PROPOSTA DE
ABERTURA DE OP SIS".
- Não deverá conter dados que possibilitem a identificação
do CIAE.
33

ANEXO H às NOROSS/2004

SECRETO
CADASTRO DE PESSOAL
(memento)

01. DADOS OPERACIONAIS


a. Operação
b. Codinome e/ou Código na Operação
c. Alvo
d. Histórico do recrutamento
e. Motivação
f. Remuneração

02. DADOS DE QUALIFICAÇÃO


a. Nome completo (assinale o "nome de guerra")
b. Apelidos
c. Filiação
d. DLN

03. DOCUMENTOS PESSOAIS


a. Cédula de Identidade
b. Cédula de Identificação Funcional
c. Carteira de Trabalho
d. Título de Eleitor
e. Certificado de Serviço Militar
f. Cartão de Identificação do Contribuinte
g. Certidão de Nascimento
h. Certidão de Casamento
i. Carteira de Habilitação
j. Cartões de Crédito
k. Carteiras de Estudante
l. Carteiras de Associações, de Clubes, etc
m. Passaporte
n. Outros

04. DADOS FÍSICOS


a. Aspectos físicos gerais
b. Aspectos físicos específicos
c. Caracteres distintivos
d. Fórmula e fichas datiloscópicas
e. Sangue (tipo e fator RH)
f. Fotografias atualizadas (de frente, de perfil e de
corpo inteiro)
34

05. DADOS DE LOCALIZAÇÃO


a. Residência (endereço, tipo, telefone)
b. Celular
c. Proprietário
d. Fotografia e plantas do local
e. Outros locais onde pode ser encontrado
f. Endereços de conveniência (para correspondência)
g. Caixa Postal

06. DADOS FAMILIARES


a. Cônjuge ou companheira (filiação, DLN, trabalho, etc.)
b. Filhos (DLN)
c. Pais (filiação, DLN e residência)
d. Parentes próximos com os quais mantém estreito
relacionamento (residência e local de trabalho)

07. DADOS EDUCACIONAIS


a. Escolas
b. Nível de escolaridade
c. Idiomas
d. Leituras
e. Trabalhos

08. DADOS PROFISSIONAIS


a. Profissão
b. Empresa (nome e localização, com telefone)
c. Função que exerce
d. Sócios, chefes e subordinados
e. Salário
f. Horário de trabalho
g. Viagens a serviço
h. Reputação profissional
i. Antecedentes profissionais (empregos anteriores,
motivos da saída, etc.)

09. DADOS DE COMPORTAMENTO


a. Hábitos
b. Hábitos sexuais, amantes
c. Vícios
d. Habilidades
e. Deficiências e vulnerabilidades
f. Atitudes

10. DADOS SOCIAIS


a. Projeção social
b. Relações pessoais
c. Ligações com estrangeiros
d. Referências
e. Diversões

11. DADOS RELIGIOSOS


a. Religião ou seita
b. Igrejas
c. Ordens
35

12. DADOS ECONÔMICOS


a. Situação financeira
b. Bens imóveis
c. Automóvel
d. Títulos, Ações, Fundos, etc
e. Contas bancárias
f. Outras fontes de renda
g. Dívidas
h. Serviço de Proteção ao Crédito

13. DADOS MILITARES


a. Graduação ou Posto
b. Força, Arma ou Serviço
c. Cursos, especializações
d. Unidades
e. Alterações

14. DADOS POLÍTICOS


a. Linhas e atividades políticas
b. Grupos e partidos políticos
c. Organizações ilegais

15. DADOS JUDICIÁRIOS


a. Antecedentes criminais
b. Processos
c. Advogados

16. OUTROS DADOS JULGADOS ÚTEIS

DATA .....................

-------------------------------
Chefe da AI

SECRETO

- OBSERVAÇÕES:
- Este documento "CADASTRO DE PESSOAL", com grau de sigilo
SECRETO, deverá ser elaborado até 6 (seis) meses após a
autorização para a abertura da Op Sis.
- Deverá ser visto como um "memento", a fim de orientar a
obtenção de dados, tão completos quanto for possível.
- Sua finalidade é a de possibilitar, se necessário, a
realização de medidas para a segurança e a proteção do CIAE.
- Será produzido em duas cópias numeradas:
- a de número 1 deverá permanecer arquivada com o
Chefe da AI que controla diretamente a Op Sis; e
- a de número 2 deverá ser difundida, em documento
PESSOAL-SECRETO, diretamente ao SSI.
36

ANEXO I às NOROSS/2004

CONFIDENCIAL
PROPOSTA DE ENCERRAMENTO DE OP SIS
(memento comentado)

1. OBJETIVO

Explicitar, de forma clara e objetiva, a intenção e a Op


Sis que se pretende encerrar.

2. HISTÓRICO DA OPERAÇÃO

Citar, de forma sucinta, o desenvolvimento da Op Sis (data


da abertura, alvo, região abrangida, produção de dados e se
foram atingidos os objetivos propostos na abertura).

3. ASPECTOS DO PESSOAL EMPREGADO

Descrever, quanto ao CIAE:


- instrução recebida;
- atividades que exerceu;
- pessoal com quem trabalhou na AI (controladores);
- erros cometidos;
- grau de segurança demonstrado;
- EC empregada;
- documentação que recebeu;
- conhecimentos que adquiriu;
- remuneração recebida;
- material que empregou; etc.

4. MOTIVOS DO ENCERRAMENTO

Citar, objetivamente, os motivos da Proposta de


Encerramento:
- ineficiência do CIAE;
- solicitação do CIAE;
- interesse da AI;
- falta de recursos;
- riscos para a segurança; etc.

5. CONSEQÜÊNCIAS DO ENCERRAMENTO
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a. Sobre o Alvo

b. Sobre o CIAE:
- reflexos sobre a EC utilizada;
- situação no trabalho e junto à família e amigos;
- necessidade de apoio, de proteção, de emprego, etc

c. Sobre a AI:
- riscos futuros;
- dados para comprometimento CIAE;
- necessidade de controle após a dispensa;
- ligações para possível futura reativação; etc.

Data

-------------------------
Chefe da AI
CONFIDENCIAL

- OBSERVAÇÕES:
- Esta PROPOSTA, com grau de sigilo "CONFIDENCIAL", deverá
ser difundida em caráter PESSOAL, de Chefe de AI para Chefe de
AI, sem ser protocolada. Este processamento obrigatório não
limita os contatos preliminares julgados necessários e
efetuados, muitas vezes em caráter pessoal, por meio do canal
técnico.
- Anexados a esta PROPOSTA, deverão seguir os pareceres
das AI intermediárias.

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