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A Ciência Econômica enquadra-se como uma ciência humana sendo, a sua preocupação
básica, a administração dos recursos relativamente escassos associada às necessidades
humanas ilimitadas.
Por participarem do sistema econômico, tal como as famílias, caberá aos demais agentes
econômicos, empresas e Governo o atendimento destas necessidades correntes onde, o
Governo oferece os serviços e os bens públicos e as empresas a produção de bens e serviços.
No aspecto empresarial precisamos avaliar o que é utilidade e o que é futilidade, pois muito
do que é produzido o é para o atendimento de necessidades secundárias tais como: produto
que possibilita o armazenamento de 2000 músicas através do processo de download ou
alimentar os “bichinhos virtuais” tão vendidos nos anos 90. Já, outras produções, são
empenhadas na resolução de casos até dias ou anos atrás indissolúveis como são os casos de
ejaculação precoce e disfunção erétil cujos laboratórios Johnson & Johnson e Pfizer,
respectivamente, dedicaram anos de pesquisa para melhorar a autoestima dos vitimados. Se
ambos os casos apresentados são exemplos de sucesso, então podemos concluir que a
indústria do entretenimento é tão útil quanto a os avanços da indústria farmacêutica.
Resposta:
Para melhor esclarecer, daremos alguns exemplos desta relação entre necessidades
humanas ilimitadas e recursos relativamente escassos:
Exemplo 2: Nos anos 70 fomos vitimados pela crise do petróleo, (1973 e 1979), pois não
éramos autossuficientes como somos atualmente. Havia necessidade pelo produto, porém não
havia disponibilidade interna, o que nos obrigava a importar o produto e nos endividar para
isso. No quadro atual, somos autossuficientes no volume de extração, mas não no volume de
refino, ao qual ainda nos condiciona a exportar petróleo bruto e importar o petróleo refinado.
Uma das propostas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo atual é de
construir mais refinarias no futuro. Já temos uma em desenvolvimento no Nordeste em
parceria com o Governo Venezuelano.
Famílias
Com base nos exemplos, concluímos que este sistema econômico se interage com o resto do
mundo e vice-versa.
Bens duráveis, bens semiduráveis, bens não duráveis e serviços, bens e serviços
públicos.
A somatória do que é produzido nos limites geográficos brasileiro de todos estes setores é o
que resultará na soma total do Produto Interno Bruto, não que seja a medida mais eficiente.
Atualmente esta variável está em vias de sofrer modificações para que sejam incluídas
informações sofre produção sustentável. Quando se extrai petróleo, é necessário avaliarmos,
também, o vácuo que será gerado para as futuras gerações e medidas devem ser tomadas
para a sua compensação.
As micro e pequenas empresas representam, no Brasil, noventa e oito por cento das
empresas formalizadas, empregando cinqüenta e sete por cento da mão de obra formal
ocupada e representando mais de vinte por cento do Produto Interno Bruto, PIB, sendo que,
mundialmente, surge como tendência para a geração de novos empregos e rendas.
De acordo com as novas séries divulgadas, o PIB, em geral, aumentou. Em 2005, por
exemplo, o PIB estimado na nova série foi de R$ 2,148 trilhões - pela primeira vez, o valor
supera 2 trilhões - e ficou 10,9% acima do valor estimado na série anterior. O crescimento do
PIB de 2005 em relação a 2004 foi reajustado para 2,9%, enquanto na série antiga havia sido
de 2,3%.
Nova metodologia
O PIB, que é a soma de bens e serviços produzidos pelo País, agora é calculado de maneira
mais precisa. Foram incorporadas pesquisas anuais de indústria, comércio, serviços e
construção, com informações mais recentes e amplas.
Na ótica da demanda, a procura por bens e serviços dependerá de uma infinidade de fatores
tais como:
Preço
Preço da concorrência
Forma de pagamento
Taxa de juros
Taxa de câmbio
Gosto
Segurança
Segurança jurídica
Renda
Custo/Benefício
Custo/Oportunidade
Somente após a verificação dessas variáveis é que o ato do consumo será efetivado.
Portanto, demanda é um estágio anterior ao ato do consumo.
Custo dos fatores produtivos: terra, capital, mão de obra, tecnologia, gestão
Preço da concorrência
Conhecimento do segmento
Clima
Pesquisa de mercado
Segurança Jurídica
Somente após a avaliação de todas estas variáveis é que o ato da produção será efetivado.
Portanto, ofertar é um estágio anterior ao ato da produção.
Fatores produtivos
Capital Financeiro: representado pelo capital social (participação dos sócios no negócio com
registro em contrato social), capital de giro (capital necessário para a funcionamento da
empresa e responsável pela cobertura dos custos e despesas operacionais), capital próprio e
capital de terceiros (quando há necessidade por financiamentos, empréstimos ou créditos
provenientes de agentes financeiros).
Índice Gini
Taxa de Juros
Taxa de Câmbio
Taxa de Desemprego
Taxa de Natalidade
Taxa de Inflação
Carga tributária
Dívida Interna
Dívida Externa
dentre outros aos quais o Governo e as empresas tem interesse por tais informações para a
definição de seus planos estratégicos de ação. Estas variáveis também são eficientes para a
avaliação e comparação entre a política de cada Governo e a eficácia de seus resultados.
Portanto, são medidas de eficiência de um sistema econômico. Estas informações servem de
base, também, para decisões de ordem empresarial e pessoal.
O Produto Interno Bruto já supera a cifra de US$ 1,6 trilhões, o IDH brasileiro é de 0,800 na
escala de 0 a 1, o que representa um indicador de que a qualidade de vida do brasileiro
apresentou melhoras significativas ao longo dos anos, apesar de algumas deficiências na área
da saúde e habitação. Já a taxa de juros é considerada uma das mais altas do mundo sendo
que a taxa de juro do Governo, a SELIC, atualmente de 10,50 % ao ano, não reflete as taxas
cobradas pelas instituições financeiras e comercio varejista que chegam a atingir cifras de 3
dígitos percentuais. A taxa de câmbio depende do volume de reservas cambiais (quanto
menor o volume de reservas, maior a vulnerabilidade da moeda interna), a taxa de
desemprego é sempre presente e difere por regiões, principalmente nas que não atraem
investimentos. Atualmente aproxima-se de 9 % da população economicamente ativa PEA (80
milhões). A taxa de natalidade já indica uma redução significativa em função de casais com
propostas de menos filhos, a taxa de inflação vem sendo controlada por importações e
retrações econômicas que nos levam à deflação em alguns momentos, a carga tributária ainda
é um dos maiores problemas brasileiros, atingindo 38% do PIB. A dívida pública interna já
supera R$ 1,6 trilhões e a dívida externa está como nunca bem administrada e praticamente
paga, pois deixamos de ser devedores e somos, atualmente, credores. O índice Gini, que mede
o índice de pobreza na região equivale a 0,49 sendo que, quanto mais próximo de 1, maior a
existência de pobreza local.
Não é novidade para alunos do curso superior que fomos vitimados por um processo de
colonização de exploração e não de povoamento. A população passou a ser composta pela
mistura do branco europeu, o índio e o negro, sendo o regime de trabalho o de escravidão e
voltado ao atendimento das necessidades da metrópole que nos explorava.
Passamos por diversos ciclos tais como: ciclo da cana-de-açucar, do ouro, da borracha e,
nenhum destes ciclos possibilitou o avanço da economia brasileira de forma a transformá-la e
direcioná-la para um caminho de crescimento e desenvolvimento. No ciclo da cana
constatamos o crescimento nas cidades do nordeste onde os engenhos de cana eram
instalados, na fase do ciclo do ouro cidades como Vila Rica, Ouro Preto, Tiradentes e algumas
cidades de Goiás também floresceram. Este ciclo favoreceu o surgimento de cidades na região
centro-oeste do país. Já no ciclo da borracha a região favorecida foi a cidade de Manaus.
Somado a este problema, consideramos que, com a primeira guerra mundial tivemos que
substituir muitas das importações que fazíamos, passando a contar, mais uma vez com a
experiência de imigrantes que aqui se instalavam e tiveram interesse pela atividade produtiva.
A partir do governo de Getúlio Vargas nos anos 30, aceleramos o processo de substituição
de importações e passamos a viver o momento da 1ª. Revolução Industrial Brasileira com o
desenvolvimento das indústrias de base (Cia Siderúrgica Nacional) e participação do governo
com as estatais (Petrobrás). A partir de então, novas classes sociais surgiam representadas
pelos funcionários das empresas estatais e outras empresas que se formavam. Neste período
surge a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Com a formação de novas classes sociais e a geração de empregos pelas empresas então
instaladas, o fluxo de renda da economia acelera-se e torna-se dinâmico e constante.
Famílias
Produção
Fatores Produtivos
Renda
Empresas
O fluxo de renda na economia brasileira se intensifica a partir dos anos 40. O governo cria o
Banco Nacional de Desenvolvimento – BNDE (hoje BNDES) como instrumento de fomento às
empresas locais e as multinacionais entram no Brasil, a partir dos anos 50 com grande
colaboração das indústrias automobilísticas . Houve maior abertura para o emprego tanto no
referido segmento como nas empresas satélites (fornecedoras), o que contribuiu mais uma vez
para o fortalecimento da renda no mercado brasileiro.
a) Plano Salte
(Governo Dutra, 1946-1950, desenhado em 1948, implementado a partir do orçamento de
1949, até 1951 ):
Investimentos nas áreas de saúde, alimentação, transportes e energia, via ordenamento
orçamentário do Estado, investimentos privados e empréstimos externos.
b) Plano de Metas
(Governo JK, 1956-1960):
Coordenação entre o setor público e o privado, estímulo à industrialização, “pontos de
estrangulamento” na infra-estrutura e na demanda de vários setores da economia,
formação de recursos humanos; financiamento público, empréstimos externos,
investimentos privados, abertura ao capital estrangeiro; trinta objetivos em cinco
grandes metas: energia, transportes, alimentação, indústrias de base e educação
(formação de pessoal técnico).
planos de estabilização macroeconômicos, até meados dos anos 90, pelo menos.
Fomos surpreendidos pelo choque do petróleo em 1973 e 1979 e pelo aumento da taxa de
juros nos Estados Unidos, o qual comprometeu a saúde de nossa Balança Comercial que ficou
deficitária e pela necessidade do pagamento do petróleo com endividamento que passou a
ficar mais caro.
Entramos, então na década de 80, considerada como a década perdida, pois o monstro
inflacionário nos levou a implantar vários planos econômicos dentre estes, o plano cruzado e,
posteriormente o Plano Verão, o Plano Bresser até chegarmos no Plano Collor. Todos estes
planos foram considerados embrionários e preparatórios para o melhor dos planos: o Plano
Real, implantado a partir do ano de 1994. Nos anos 80 ocorreram a quebra de instituições
financeiras tais como: Comind, Auxiliar, Mainsonave.
Com o plano real o Governo cria a moeda real e a vincula ao dólar na proporção de R$ 1,00
= US$ 1 favorecendo, desta forma, a aceleração do processo de privatização com o
recebimento em moeda forte, ao mesmo tempo, esta taxa cambial favorecia a importação de
máquinas e equipamentos para a modernização do parque industrial brasileiro.
A queda da inflação vitima muitos bancos e, a partir de 1995 passamos pelo fenômeno da
quebradeira dos bancos: Nacional, Econômico, Marka, Fonte-Cindam, Bamerindus, etc.
Em 1994 ocorre a crise no México, em 1997 a crise na Ásia, em 1998 a crise Russa (também
crise no Equador) e, com a retirada de investimentos especulativos as reservas diminuem de
US$ 60 bilhões para US$ 30 bilhões e, em 13 de janeiro de 1999 a moeda real sofre a
desvalorização na ordem de 50%. Desta forma, o fluxo de exportações aumenta, pois os
produtos brasileiros ficaram mais competitivos. Neste mesmo período a Argentina entra em
crise por ter mantido o peso na mesma paridade com o dólar.
“Meus patrícios
Estou convencido de que em nossa geração se definirá o destino do Brasil: — seremos uma
grande e rica Nação, se soubermos trabalhar intensamente e nos organizarmos para
construir nosso futuro; seremos uma grande e pobre comunidade, superpovoada e infeliz, se
nos dedicarmos ao gozo presente, à ostentação e às disputas internas.
Os propósitos que exponho nas páginas seguintes definem, em sua diretriz geral, o caminho
que devemos percorrer nos próximos anos, para acelerar o nosso desenvolvimento
econômico. Eles expressam o optimismo sadio e a decidida vontade de criar e realizar que
empolga os homens de fé deste imenso Brasil.
As idéias que apresento sintetizam objetivos que vêm amadurecendo no espírito dos mais
esclarecidos estudiosos de nossa realidade e das tendências de nossa evolução.
Espero que em torno delas possamos reunir o melhor da nossa capacidade de trabalho, para
darmos ao Brasil, nos próximos cinco anos, um novo impulso na senda do progresso e da
felicidade de seus filhos.”
www.usp.br/fau/docentes/depprojeto/c_deak/AUP840/4dossie/kubitschek-
plano55/kubit-1a-parte.pdf
leis sem um Estado centralizado e forte o suficiente. A partir dos Governos Gerais é que se
começou a efetiva aplicação da legislação penal no Brasil. A legislação aplicada no âmbito
penal era o Livro X das Ordenações Filipinas. As penas lá contidas eram horríveis. Por exemplo,
a pena de morte natural (enforcamento no pelourinho seguida de sepultamento), a morte
natural cruelmente (dependia da imaginação do executor e dos árbitros), a morte natural pelo
fogo (queima do réu vivo), morte natural para sempre (enforcamento, ficando o cadáver
pendurado até o apodrecimento). O sentido desta legislação é a intimidação feroz, sem
qualquer tipo de proporção entre a pena e o delito, ainda confundindo os interesses do Estado
com os da Igreja. Este tipo de legislação demonstra o espírito reinante nas legislações até o
surgimento do movimento humanitário.
O Livro X das Ordenações Filipinas fica vigente no Brasil até a edição de nosso primeiro
Código Penal em 1830. Em 16 de dezembro de 1830 entra em vigor o primeiro Código Penal
autônomo na América Latina. Este 1º Código Penal sofreu influências das idéias européias
vigentes na época: princípios liberais do Iluminismo e algumas idéias de Bentham. As
influências legislativas mais importantes foram do Código francês de 1810, Código Napolitano
de 1819.
Apesar da grande influência estrangeira, o nosso Código Penal é inovador em vários
aspectos. Entre eles a exclusão da pena capital para crimes políticos, fixava um esboço de
individualização da pena, previa a existência de atenuantes e agravantes e estabelecia
julgamento especial para menores de quatorze anos. Este nosso diploma penal, influenciou a
legislação espanhola (códigos de 1848 e 1870), que por sua vez influenciou muitos outros
códigos da América Latina.
Com a proclamação da República, foi editado em 11 de outubro de 1890 o novo estatuto,
agora denominado Código Penal. Com ele aboliu-se a pena de morte, instalou-se o regime
penitenciário de caráter correcional. Entretanto foi um código elaborado as pressas e por isso
continha muitas falhas e teve de ser modificado por uma série de leis extravagantes. Estas leis
foram reunidas na Consolidação das Leis Penais, pelo de Decreto nº 22.213 de 14 de dezembro
de 1932.
Em 1º de janeiro de 1942, entra em vigor um novo Código Penal, este vigente até hoje. È
tida pelos estudiosos como uma obra eclética , aceitando-se postulados da Escola Clássica e da
Positiva, e utilizando o que havia de melhor nas legislações modernas de orientação liberal,
especialmente o código italiano e suíço. Alguns princípios básicos: adoção do dualismo
culpabilidade-pena e periculosidade-medida de segurança, consideração a respeito da
personalidade do criminoso, a aceitação excepcional da responsabilidade objetiva .
Uma vez proclamada a independência do Brasil, uma lei editada em outubro de 1823
determinou a manutenção das Ordenações Filipinas em nossas terras, bem como demais
formas normativas emanadas dos imperadores portugueses que vigoravam até a data de 26 de
abril de 1821.
Informação de extrema relevância, pois nos força a analisar o fato de que nosso Código
fora confeccionado em um tempo – e para esse tempo - e acabou por regrar um momento
histórico, político, econômico e social completamente distinto, fundado em princípios quase
que opostos aos de sua feitura.
Ou seja, o Código Civil foi elaborado ainda, dentro da dogmática que apartava o Direito
Público do Direito Privado, envolto pelos ideais de liberalismo e individualismo.
Quando foi promulgado, essa realidade já estava em crise, tendo em vista a enorme
quantidade de demandas sociais que exigiam a intervenção estatal. O voluntarismo puro não
mais se enquadrava no cenário que ora se apresentava.
O Código Civil de 1916 era um código de sua época, elaborado a partir da realizada típica
de uma sociedade colonial, traduzindo uma visão do mundo condicionado pela circunstância
histórica, física e étnica em que se revela. Sendo a cristalização das idéias dominantes,
detentores do poder político e social da época, por sua vez determinadas, ou condicionadas,
pelos fatores econômicos, políticos e sociais.
Já o registro mercantil no Brasil pode ser dividido em duas fases distintas. A primeira é
originada no período colonial entre os anos de 1750 e 1777, surgia no Brasil as chamadas
Mesas de Inspeção. A partir deste fato surgem as origens do registro do comércio em nosso
País. Embora elas não realizassem ainda todos os serviços hoje desempenhados pelas Juntas
Comerciais, podem ser consideradas como as primeiras instituições criadas no Brasil com este
objetivo. Eram voltadas mais para o comércio externo, pois o comércio interno era ainda
pouco desenvolvido, situando-se, portanto, apenas nas principais cidades marítimas. As Mesas
de Inspeção desempenharam seu papel por aproximadamente 70 anos, quando foram
absorvidas pela “Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábrica e Navegação”, cuja finalidade era
efetuar o registro e manter o controle das atividades comerciais. Criando assim o primeiro
Tribunal brasileiro específico para as atividades do comércio. A partir de 1850, foi absolvida
pelos Tribunais do Comércio, com funções administrativas e judiciárias, cujas atividades
estavam sujeitas ao Código Comercial Brasileiro de 1850. O registro do comércio, no entanto,
era apenas uma das atribuições inseridas nas demais atividades dos Tribunais de Comércio,
pois o mesmo código estabelecia, em seu artigo 11, que nas Secretarias dos Tribunais de
Comércio haveria o registro público do comércio, onde em livros próprios seriam inscritos não
só as matrículas dos comerciantes, como também os papéis com a abertura dos Portos por D.
João VI.
O Brasil Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal. Esse tributo incidia
sobre tudo o que fosse produzido em nosso país e correspondia a 20% da produção. Essa
taxação altíssima, absurda, era chamada de "O Quinto". Esse imposto recaía principalmente
sobre nossa produção de ouro. O Quinto era tão odiado pelas pessoas que foi apelidado de "o
quinto dos infernos".
Derrama: decreto que estabelecia que, se a captação não fosse paga os bens dos
mineradores poderiam ser confiscados.
Uma das atribuições de Dom João VI com a vinda da família real para o Brasil foi a instalação
de tribunais e a criação de novos impostos.
Veja quais são os 74 impostos no Brasil Com a criação da taxa de fiscalização e controle da Previdência
Complementar - TAFIC - art. 12 da MP nº 233/2004 - agora são 74 impostos e taxas no Brasil - correspondendo a
48,83% sobre o faturamento bruto das empresas.
Confira a lista de tributos que pagamos no Brasil - segundo o sitio da Aclame. * Adicional de Frete para Renovação
da Marinha Mercante - AFRMM - Lei 10.893/2004 * Contribuição á Direção de Portos e Costas (DPC) - Lei
5.461/1968 * Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT - Lei
10.168/2000 * Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), também chamado
"Salário Educação" * Contribuição ao Funrural * Contribuição ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (INCRA) - Lei 2.613/1955 * Contribuição ao Seguro Acidente de Trabalho (SAT) * Contribuição ao Serviço
Brasileiro de Apoio a Pequena Empresa (Sebrae) - Lei 8.029/1990 * Contribuição ao Serviço Nacional de
Aprendizado Comercial (SENAC) - Lei 8.621/1946 * Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado dos
Transportes (SENAT) - Lei 8.706/1993 * Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI) - Lei
4.048/1942 * Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Rural (SENAR) - Lei 8.315/1991 * Contribuição ao
Serviço Social da Indústria (SESI) - Lei 9.403/1946 * Contribuição ao Serviço Social do Comércio (SESC) - Lei
9.853/1946 * Contribuição ao Serviço Social do Cooperativismo (SESCOOP) * Contribuição ao Serviço Social dos
Transportes (SEST) - Lei 8.706/1993 * Contribuição Confederativa Laboral (dos empregados) * Contribuição
Confederativa Patronal (das empresas) * Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico - CIDE Combustíveis -
Lei 10.336/2001 * Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - Emenda Constitucional 39/2002 *
Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE - art. 32 da Medida
Provisória 2228-1/2001 e Lei 10.454/2002 * Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) *
Contribuição Sindical Laboral (não se confunde com a Contribuição Confederativa Laboral, vide comentários sobre a
Contribuição Sindical Patronal) * Contribuição Sindical Patronal (não se confunde com a Contribuição Confederativa
Patronal, já que a Contribuição Sindical Patronal é obrigatória, pelo artigo 578 da CLT, e a Confederativa foi
instituída pelo art. 8º, inciso IV, da Constituição Federal e é obrigatória em função da assembléia do Sindicato que a
instituir para seus associados, independentemente da contribuição prevista na CLT) * Contribuição Social Adicional
para Reposição das Perdas Inflacionárias do FGTS - Lei Complementar 110/2001 * Contribuição Social para o
Financiamento da Seguridade Social (COFINS) * Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) *
Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional (OAB, CRC, CREA, CRECI, CORE, etc.) * Contribuições de
Melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água, rede de esgoto, etc. * Fundo Aeroviário (FAER) - Decreto Lei
1.305/1974 * Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (FISTEL) - lei 5.070/1966 com novas disposições da lei
9.472/1997 * Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) * Fundo de Universalização dos Serviços de
Telecomunicações (FUST) - art. 6 da Lei 9998/2000 * Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das
Atividades de Fiscalização (Fundaf) - art.6 do Decreto-lei 1.437/1975 e art. 10 da IN SRF 180/2002. * Imposto
s/Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) * Imposto sobre a Exportação (IE) * Imposto sobre a Importação (II)
* Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) * Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial
Urbana (IPTU) * Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) * Imposto sobre a Renda e Proventos de
Qualquer Natureza (IR - pessoa física e jurídica) * Imposto sobre Operações de Crédito (IOF) * Imposto sobre
Serviços de Qualquer Natureza (ISS) * Imposto sobre Transmissão Bens Intervivos (ITBI) * Imposto sobre
Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) * INSS - Autônomos e Empresários * INSS - Empregados * INSS -
Patronal * IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) * Programa de Integração Social (PIS) e Programa de
Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) * Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro * Taxa de
Avaliação in loco das Instituições de Educação e Cursos de Graduação - lei 10.870/2004 * Taxa de Classificação,
Inspeção e Fiscalização de produtos animais e vegetais ou de consumo nas atividades agropecuárias - Decreto Lei
1.899/1981 * Taxa de Coleta de Lixo * Taxa de Combate a Incêndios * Taxa de Conservação e Limpeza Pública *
Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental - TCFA - lei 10.165/2000 * Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos
Químicos - lei 10.357/2001, art. 16 * Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais) *
Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores Mobiliários) - lei 7.940/1989 * Taxa de Fiscalização de Vigilância
Sanitária Lei 9.782/1999, art. 23 * Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Exército Brasileiro - TFPC -
lei 10.834/2003 * Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar - TAFIC - art. 12 da MP 233/2004 *
Taxa de Licenciamento Anual de Veículo * Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará Municipal * Taxa
de Pesquisa Mineral DNPM - Portaria Ministerial 503/1999 * Taxa de Serviços Administrativos - TSA - Zona Franca
de Manaus - lei 9960/2000 * Taxa de Serviços Metrológicos - art. 11 da lei 9933/1999 * Taxas ao Conselho Nacional
de Petróleo (CNP) * Taxas de Outorgas (Radiodifusão, Telecomunicações, Transporte Rodoviário e Ferroviário, etc.)
* Taxas de Saúde Suplementar - ANS - lei 9.961/2000, art. 18 * Taxa de Utilização do MERCANTE - Decreto
5.324/2004 * Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais) * Taxa Processual Conselho Administrativo de
Defesa Econômica - CADE - Lei 9.718/1998 Robson Alves Ribeiro:consultor, pesquisador e analista dos estudos da
Administração de Empresas e criador do BLOG TOUROLOUCO
Uma das estratégias para ganhar valor no mercado dar-se-á, muitas vezes, por intermédio
de orientações de bancos de investimento que estimulam as empresas a comprarem
(incorporação) , venderem (cisão) ou se juntarem a uma outra empresa (joint ventures) e,
desta forma colher alguns benefícios, tais como:
Benefício tributário;
Redução de custos;
Estratégia de investimento;
Por nos referirmos às sociedades anônimas, levaremos em consideração que tais decisões
devem ir ao encontro dos interesses dos acionistas que são representados pelo Conselho
Fiscal, Conselho da Administração, Comitê de Auditoria e Diretoria da Sociedade Anônima,
sendo necessário, para a aprovação da reorganização societária (incorporação, cisão ou fusão),
a convocação de uma Assembléia Geral.
III) Denunciar, por qualquer de seus membros, aos órgãos de administração e, se estes
não tomarem as providências necessárias para a proteção dos interesses da
companhia, à assembléia-geral, os erros, fraudes ou crimes que descobrirem, e
sugerir providências úteis à companhia;
80
25
Importante observar que, quando nos referimos a equalização dos resultados, queremos
dizer que, se em uma época um dos segmentos estiver proporcionando pouco faturamento
ou baixa lucratividade ou baixo retorno sobre o patrimônio líquido ao conglomerado
financeiro-industrial, então outro segmento poderá compensar esta perda evitando, portanto,
que o grupo tenha problemas no seu fluxo de caixa e recorra a financiamentos externos
(bancos locais e no exterior). Atuando em um único segmento, portanto, poderá corresponder
a um risco maior do negócio.
Sobre a empresa de cimento que foi “incorporada”, a empresa pretende ter apenas uma
participação acionária, sem necessariamente interferir nas decisões da empresa. Talvez esta
opção seja vista como mera estratégia de investimento ou aquisição do controle acionário de
forma gradual.
HOLDING
Empresa
Petroquímica
Empresa de Participação
brinquedos societária em
empresa de
(Subsidiária) cimento
Detém 52% das (Coligada) 10%
ações de participação
acionária
das Holdings são constituídas como estratégia para facilitar o planejamento sucessório, é o
que chamamos de Holdings familiares.
Podemos citar várias empresas que possuem esta estrutura verticalizada: Odebrecht, Grupo
Silvio Santos, Organizações Globo, General Eletric. Citamos, também as empresas
controladoras BRADESPAR, GLOBOPAR, ITAUSA, Holdings dos grupos BRADESCO, REDE GLOBO
e BANCO ITAÚ.
Holding
Seguros Gerais
Vida e Previdência
Banco de Investimento
Empresa A
(Petroquímica) Empresa B
(Cimento)
Se o pagamento for feito em ações, o antigo proprietário deixa de ser o dono da empresa e
poderá compor o conselho da administração ou se tornar um acionista com participação
acionária, apenas, passando a receber os dividendos quando de sua distribuição e contar com
a valorização das ações na Bolsa de Valores.
Quanto ao nome da empresa, poderá haver acordos pela utilização do nome por um prazo
previamente estabelecido, a aquisição da marca em si, além da aquisição patrimonial ou a
opção pela não utilização da marca, passando a incorporadora a ofertá-la no mercado como
ativo intangível. Podemos dar como exemplo a recente aquisição da bandeira Esso pelo grupo
COSAN, maior empresa do setor sucroalcooleiro do mundo.
Em boa parte dos casos uma grande empresa incorpora uma de porte menor.
Sucos Maguary
Sucos Maguary (2009)
Souza Cruz
Cia Brasileira de Bebidas
Neste caso específico, estamos nos referindo, ao mesmo tempo em situações de cisão e
incorporação, uma vez que a empresa de sucos Maguary foi incorporada e vendida em vários
momentos de sua história. As cisões realizadas podem ter ocorrido pelas seguintes razões:
A aquisição de uma empresa por outra empresa não é um processo simples, pois são
consideradas uma infinidade de variáveis para que a operação seja feita com total segurança,
pois existem alguns riscos envolvidos:
Cabe salientar que, haverá a necessidade de uma avaliação patrimonial contando, desta
forma, com o conhecimento dos profissionais da área da Engenharia e empresas e Auditoria.
Uma sociedade anônima tem o seu valor de mercado definido na bolsa de valores através da
cotação da ação. Comprar por este valor poderá significar pagar muito ou pagar pouco por
esta empresa, tudo dependerá dos acontecimentos no mercado. Uma situação como a atual
(crise do subprime – 2008 nos Estados Unidos) provocou a desvalorização das ações de
empresas a ponto de valerem menos do que o patrimônio. Neste caso, como processaremos a
operação de compra ? Em boa parte das operações de compra considerasse o pagamento do
ágio/deságio e leva-se em consideração a capacidade de geração de caixa futura da empresa
incorporada.
Conseguir ganhos de escala. Quanto maior o volume de produção, menor será o custo
por unidade produzida. Neste aspecto, produzimos uma quantidade maior ao mesmo
custo fixo, o que favorece a redução dos custos;
Vantagens tributárias.
Empresa A Empresa B
Ambas as empresas têm interesse pela realização da fusão. Por serem grandes demais,
nenhuma tem interesse em adquirir a outra, então, nenhuma delas fará o desembolso de
recursos e o processo se dará através da permuta de ações. Lembremos que todos os
exemplos são referentes às sociedades anônimas. Será levado em consideração o valor da
ação no período e a quantidade de ações à disposição do mercado. Geralmente a empresa
com o maior valor, resultado da multiplicação entre o valor da ação e a quantidade de ações
no mercado, ficará com o controle acionário do novo grupo que se forma e também assumirá
a presidência do novo grupo.
A: participação de 21%
B: participação de 79%
Empresa A Empresa B
Nova empresa:
A/B ou C
Na fusão poder-se-á optar pela manutenção do nome das duas empresas envolvidas, tais
como ocorreu com a fusão entre a empresa alemã DAIMLER-BENZ e a norte americana
CHRYSLER (A/B) que resultou na DAIMLER-CHRYSLER. A outra opção seria a substituição de
ambos os nomes, geralmente ocorrendo quando as marcas já tornaram-se velhas demais.
Neste caso lembremos da empresa NOVARTIS (C) que foi o resultado da fusão de duas
empresas do ramo farmacêutico a SANDOZ e a CIBA-GEIGY.
Muitas das incorporações e fusões realizadas devem ser avaliadas pelo governo para que
seja evitada a concentração de mercado que, na legislação brasileira, corresponde a 20% de
um mercado relevante (ver legislação 8884/94 sobre concentração de mercado). Por essa
razão é que as incorporações e fusões devem ser comunicadas ao órgão anti-truste brasileiro.
Uma outra situação que vale a pena mencionarmos é a questão do insider trading. Trata-se
de uma modalidade de crime repugnado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que é o
órgão responsável pela regulação do mercado de capitais no Brasil. Ser um insider trading
corresponde a um elemento que se privilegia de sua função na empresa para passar
informações sobre as ocorrências internas e se beneficiar ou beneficiar a terceiros de forma
antecipada com operações de compra ou venda das ações. Já ocorreram situações onde o
colegiado da CVM puniu um investidor por ter negociado ações de uma empresa no período
anterior ao anúncio de oferta pública para fechamento de capital. Não houve a comprovação
da exata transmissão da informação, mas a condenação ocorreu pelo fato da amizade muito
próxima do acusado com o diretor da companhia. Dois casos emblemáticos foram o da Sadia
quando da oferta hostil que fez com a Perdigão. O diretor financeiro foi punido, um
funcionário do Banco Real também por ter ajudado na condução da oferta. O inquérito foi
encerrado com um acordo entre os acusados e o órgão regulador americano, o que resultou
no pagamento de multas. O outro caso ocorreu quando da incorporação da Suzano
Petroquímica pela Petrobrás que, segundo a CVM a empresa uruguaia beneficiada pagou uma
multa de R$ 2,2 milhões. Os elementos comprobatórios podem ser: gravações nas mesas de
operação, documentos internos como e-mail´s.
No caso das empresas multinacionais, podemos constatar, na maior parte destas, uma
estrutura oligopolizada, como foi o caso do setor automobilístico que, durante anos era
representado por 4 empresas apenas (Volkswagem, Ford, GM e Fiat), ou do setor farmacêutico
nas mãos de empresas como Johnson & Johnson, Bayer, Roche, setor de produtos de limpeza
nas mãos de empresas como RECKIT BENCKSER, Johnson & Johnson, Procter & Gamble.
Perceba como a conta do supermercado aumenta consideravelmente quando passamos por
essas prateleiras. O setor de cimentos hoje nas mão de empresas tais como Votorantin,
Holdercin, Cimpor e Lafarge. Se analisarmos o mercado de elevadores e escadas rolantes
contaremos com a presença de empresas como OTIS, SCHINDLER, THYSSEN KRUPP. Muito da
inflação dos anos 80 e 90 teve a participação desses grupos. Em termos mundiais, sentimos a
força dominante na industria de filmes com forte participação de empresas estrangeiras.
Crescemos assistindo aos desenhos e filmes da Disney, além de mega produções da Fox,
Paramount, Sony, Universal e Warner. Não podemos deixar de considerar uma estrutura
oligopolizada também no setor bancário onde há maior participação de bancos tais como
BANCO DO BRASIL, CEF, BRADESCO, ITAÚ-UNIBANCO. Esta estrutura dificulta a concorrência
entre o segmento e resulta em cobranças de taxas ainda consideradas altas no mercado
bancário (temos algo próximo a 190 instituições financeiras no Brasil contra 8.000 nos Estados
Unidos). Mesmo com a entrada de grupos europeus tais como SANTANDER e HSBC a
concentração manteve-se até os dias atuais. Os seis maiores conglomerados financeiros
(ItaúUnibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Santander, CEF e HSBC) respondem por quase 80%
dos ativos administrados pelo conjunto de bancos com carteiras comerciais.
O que não for considerado monopólio natural e legal será enquadrado como monopólio
forçado que pode ocorrer da seguinte forma:
Todas estas operações são denominadas TRUSTE e são consideradas atos criminosos,
podendo a empresa dominante obrigada a revender a empresa incorporada, desfazer os
seus contratos de exclusividade e suspender a prática do dumping, ficando sujeita,
portanto às multas previstas na legislação. Essas ações são geralmente arquitetadas por
empresas monopolistas.
Com relação ao oligopólio, que corresponde ao domínio do mercado por duas ou mais
empresas, as estratégias coletivas podem ter as seguintes características:
Neste caso, estaremos diante de uma operação de CARTEL, que também é considerado um
ato criminoso, podendo os envolvidos serem incriminados como formação de quadrilha, além
de responderem a processos administrativos junto ao Conselho Administrativo de Defesa
Econômica.
I - No Ministério da Justiça já acumula 294 investigações de cartel. Um dos mais famosos foi
a operação Fanta, conhecida como a maior operação de apreensão de documentos na história
da Secretaria de Direito Econômico.
Liminares foram concedidas determinando o lacre dos documentos até que a SDE
conseguisse o reconhecimento da Justiça sobre a legalidade da operação fanta.
II – Um outro caso famoso foi o do segmento de pedra brita ao qual busca e apreensão foi feita
na Associação e no Sindicato das empresas, geralmente presidida pelos próprios empresários.
a) Normatização
O Governo é atuante como agente econômico por ser o responsável pela normatização do
sistema econômico no que se refere à constituição dos poderes (Executivo, Legislativo e
Judiciário) , definição do Regime (Monárquico ou República), tipo de sistema (capitalista,
socialista ou economia mista).
b) Planejamento
O governo atua, também, através de seus órgãos, tais como: Banco Central do Brasil no que
se refere à doção da política monetária e da política cambial, já que cabe à esta autoridade
monetária a administração da quantidade de dinheiro na economia via controle da taxa de
juros com a finalidade de evitar a recessão e até crescimento sem auto-sustentação ou sem
planos de desenvolvimento paralelos e administração das reservas cambiais (dólares e outras
moedas represadas em função de saldos superavitários na balança comercial, entrada de
investimentos diretos especulativos e produtivos e créditos e financiamentos concedidos) .
Recessiva
Crescimento não
sustentado
Importante enfatizar que este mecanismo no ponto de vista prático nem sempre ocorre
como demonstrado. Um exemplo claro foi o Japão que ficou em processo recessivo por 15
anos, o Governo reduziu o custo do crédito a zero e a propensão a consumir permaneceu
inalterada, uma vez que a população estava mais interessada em poupar.
A intervenção do governo via política cambial ocorrerá em função das reservas que o país
possui. Abaixo, a demonstração das reservas em períodos diferentes e uma interpretação da
época:
US$ Bi % ano
1998 30 6
** Valores aproximados
Percebemos que as reservas de R$ 14 bilhões não eram suficientes para uma país da
dimensão brasileira e colocava o governo em situação de vulnerabilidade diante dos ataques
especulativos. Lembremos que o plano cruzado, de combate à inflação, desagradava em muito
o setor bancário que ganhava dinheiro aplicando os recursos parados na conta-corrente no
overnight. Além deste setor, o empresarial também se beneficiava dos ganhos de seus
estoques. Esta situação motiva tais setores a promoverem ataques especulativos contra a
moeda local. Por esta razão, o governo, diante de diversos ataques especulativos e com
poucas reservas não teve como manter o seu plano de combate à inflação.
Financiamentos, créditos e
empréstimos.
US$
Importante ressaltar que, com a adoção do Plano Real, também foi instituída a paridade
cambial, ou seja, R$ 1,00 = US$ 1. Esta situação desagradou o setor exportador, pois o produto
brasileiro perdia em competitividade. Com o plano de combate à inflação, foi retirado o
floating dos bancos que ganhavam dinheiro com a aplicação de recursos em conta-corrente.
Passamos a ter, portanto, dois setores propensos a realizarem ataques especulativos.
1999 Argentina
A economia argentina prosperou até
1995, quando o país entrou em uma
recessão devido ao contágio (difusão de
incerteza econômica de um país para
outro) da crise econômica do México,
também conhecida como efeito tequila.
Um exemplo recente de política fiscal foi a redução do IPI – Imposto sobre os Produtos
Industrializados sobre os automóveis.
e) Defesa da Concorrência
Neste aspecto, a atuação do governo será importante para evitar a formação de trustes e
cartéis na economia. Atualmente a Secretaria de Direito Econômico (Ministério da JustiçaJ) e a
Secretaria de Acompanhamento Econômico (Ministério da Fazenda) recebem as queixas de
formação de cartéis e as enviam ao CADE que poderá fazer a due dilligence nas empresas
envolvidas ou convidá-las a prestar esclarecimentos.
É por essa razão que todos os processos de Fusão e de Incorporação empresariais devem
ser monitorados pelo governo, pois, por trás dessas operações poderá existir um esquema de
desmantelamento da concorrência, devendo as empresas envolvidas comunicarem o fato ao
CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica.
Há o equivalente a 400 empresas com suas ações negociadas na Bolsa de Valores de São
Paulo. Desta forma, qualquer pessoa poderá tornar-se um acionista ao comprar as ações de
uma dessas empresas através de uma Corretora de Títulos e Valores Mobiliários,
independente ou vinculada a alguma instituição financeira. As empresas listadas são diferentes
quanto à natureza de seu controle. Há empresas de controle privado nacional, de controle
estrangeiro e de controle estatal, sendo os seus controladores os acionistas que detêm a
maioria das ações com direito de voto. Há companhias cujo controle está nas mãos da família
fundadora, grupos empresariais ou companhias com controle compartilhado. Há, ainda, as
empresas com controle difuso, situação na qual os controladores não possuem a maioria do
capital votante, sendo o controle disperso no mercado, como é o caso da Loja de
departamentos Renner e da Embraer. Estas empresas, ao abrirem o capital se utilizam da Bolsa
para captar recursos dos investidores para financiar os seus projetos e tornarem-se mais
competitivas. É por essa razão que o mercado de capitais exerce importante papel no
desenvolvimento econômico e na criação de empregos no Brasil.
A legislação define como companhia aberta aquela que disponibiliza os seus valores
mobiliários tais como ações e debêntures negociadas de forma pública. Para isso, deve a
empresa entrar com um pedido de registro de companhia junto à Comissão de Valores
Mobiliários que é o órgão regulador e fiscalizador do mercado de capitais brasileiro e
protocolo na ANBID (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), que se transformou na
AMBIMA, junção da ANBID com a ANDIMA . Junto com esse pedido, deve a empresa solicitar
autorização para realizar uma venda de ações ao público, tecnicamente conhecida como
distribuição pública de ações. Esta operação é também conhecida como Oferta Pública Inicial
ou IPO (Initial Public Offering). A empresa deve solicitar a listagem na BOVESPA para que as
suas ações sejam negociadas na Bolsa de Valores.
Desde 1910 há empresas listadas na Bovespa e os seus interesses diferem umas da outras,
porém, nos dá condições de percebermos alguns desses interesses:
A abertura de capital dá à empresa uma fonte de recursos que não possui limitação.
Enquanto a empresa tiver projetos viáveis, atrairá a atenção dos investidores interessados
em financiá-la e o retorno deste investimento dependerá do desempenho da empresa.
O
1.2 Fatores a serem considerados antes do Processo da Abertura
a) Análise de conveniência
b) Vantagens
c) Custos
h) O formador de mercado
Observação: BovespaMais
Servirá às empresas que tenham uma estratégia gradual de acesso ao mercado acionário,
colocando pequenos volumes de ações ou busquem um público mais restrito de investidores.
Por meio da listagem no MAIS essas empresas poderão atrair a atenção destes menos focados
na liquidez e com perspectiva de investimento de médio prazo.
i) Governança Corporativa
j) A análise fundamentalista
Vantagem competitiva;
Situação econômica e financeira da empresa;
Se o produto é commodity ou de valor agregado;
Pontos fortes em relação aos concorrentes;
Qualidade do mercado consumidor;
Qualidade do crédito;
Grau de atualização tecnológica da companhia;
Estrutura de custos da empresa;
Grau de alavancagem financeira da empresa;
Grau de endividamento da empresa;
Número e qualidade dos projetos
k) A Precificação
Com base nas empresas concorrentes listadas na bolsa de valores no Brasil ou no exterior,
as utilizamos como base de comparação para estimar o preço referencial da ação da empresa
que está abrindo o seu capital
l) Entidades Vinculadas
IB
IBRI – Instituto Brasileiro de Relações com Investidores
APIMEC – Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais
IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
ANBID – Associação Nacional dos Bancos de Investimento
AMEC – Associação de Investidores no Mercado de Capitais
ANBIMA -
m) Outras informações
Desta forma, o valor da ação de uma empresa poderá sofrer influências das seguintes
variáveis:
Qualquer pessoa que tenha uma informação que ainda não foi divulgada ao mercado e
negocie as ações com base nisso estará infringindo as regras;
Antes da divulgação dos fatos relevantes os administradores e outras pessoas que estejam a
par do assunto estão proibidos de negociar ações da companhia;
Sociedade Anônima/Governo
Investidores
Pessoas Jurídicas
Bancos de Investimento
Family Offices
Analistas de mercado
Bolsa de Valores
Câmara Brasileira de Liquidação e
(BM&FBovespa) Custódia
Sobre o índice IBOVESPA, este reflete o equivalente a 50 das ações mais negociadas e,
quando as ordens de compra superam as ordens de venda o índice sobe e, quando as ordens
de venda superam as ordens de compra o índice desce.
De acordo com a lei que a criou, a Comissão de Valores Mobiliários - CVM exercerá suas
funções, a fim de:
A Lei que criou a CVM (6385/76) e a Lei das Sociedades por Ações (6404/76) disciplinaram
o funcionamento do mercado de valores mobiliários e a atuação de seus protagonistas, assim
classificados, as companhias abertas, os intermediários financeiros e os investidores, além de
outros cuja atividade gira em torno desse universo principal.
A CVM tem poderes para disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuação dos diversos
integrantes do mercado. Seu poder normatizador abrange todas as matérias referentes ao
mercado de valores mobiliários.
O Colegiado tem poderes para julgar e punir o faltoso. As penalidades que a CVM pode
atribuir vão desde a simples advertência até a inabilitação para o exercício de atividades no
mercado, passando pelas multas pecuniárias.
Quando solicitada, a CVM pode atuar em qualquer processo judicial que envolva o
mercado de valores mobiliários, oferecendo provas ou juntando pareceres. Nesses casos, a
CVM atua assessorando a decisão da Justiça.
RESUMO:
Valor mobiliário é título de investimento que a sociedade anônima emite para a obtenção
de recursos. É investimento social oferecido ao público, pela companhia.
Além das ações, a Lei das Sociedades por Ações (LSA) contempla como suas
modalidades as partes beneficiárias e as debêntures. Também trata dos valores considerados
pela doutrina como subprodutos de valores mobiliários; os bônus de subscrição e os
certificados de emissão de garantia. Na verdade, são valores mobiliários derivados.
Penalidades:
manipulação de mercado;
uso indevido de informação privilegiada (insider trading);
exercício irregular de cargo, profissão, atividade ou função.
informações que liga o Banco Central aos agentes do sistema financeiro nacional) , e
publicados no Diário Oficial da União, detalhando as condições específicas da oferta, tais como
os títulos a serem ofertados, as quantidades, a data de liquidação financeira, o horário para
recebimento das ofertas e outras informações importantes. Os leilões do Tesouro geralmente
são realizados às terças- feiras, para liquidação no dia útil seguinte.
Uma vez que os títulos são emitidos e colocados em circulação, eles passam a ser
negociados no mercado secundário. As instituições financeiras, negociando tanto para sua
conta própria como para seus clientes, fornecem cotações de compra e venda nos mais
variados papéis.
1. Os títulos públicos federais são vendidos pelo Banco Central no mercado primário ou
via Tesouro Direto, por meio de leilões, com os rendimentos definidos pelas ofertas das
instituições e que são garantidos pelo Governo e pagos nos vencimentos (a exceção
de uma ruptura do sistema econômico vigente).
2. É no mercado primário que ocorrem a colocação de ações, títulos públicos relativos a
emissões novas.
3. Após a venda no mercado primário, esses títulos podem passar de uma instituição para
outra, configurando o mercado secundário, cujos negócios podem ter preços bem
diferentes daqueles “contratados” por ocasião da compra do papel.
4. No mercado secundário ocorrem as negociações dos títulos adquiridos no mercado
primário, proporcionando a liquidez necessária.
5. Essas diferenças de preços, até bem pouco tempo, eram mais comuns e acentuadas
nos papeis prefixados, tendo em vista que a prefixação da rentabilidade impedia seu
alinhamento às novas taxas praticadas pelo mercado. Em função disso, o risco de taxa
era maior.
6. Nos títulos pós-fixados, atrelados a variação da taxa Selic, essas diferenças eram
muito pequenas, considerando que o mercado, por entender que risco de taxa era
irrisório, cotava os preços desses papeis com remunerações muito próximas ao
SELIC/CDI (Taxa de juros básica da economia/Certificado de Depósito Interbancário).
7. As carteiras dos Fundos de Investimentos possuem em suas carteiras títulos públicos
federais, além de outros papeis. Para que os resgates possam ser pagos aos clientes,
os Fundos precisam vender esses títulos no mercado secundário. Havendo diferenças
entre o preço dos títulos da carteira e a cotação do mercado, o Fundo poderá registrar
lucros ou prejuízos.
5. Sistemas de Custódia
Objetivo
A CBLC é uma sociedade anônima tendo como objetivo social à prestação de serviços de
compensação e liquidação física e financeira de operações realizadas nos mercados à vista e a
prazo da BOVESPA e de outros mercados, bem como a operacionalização dos sistemas de
custódia de títulos e valores mobiliários em geral.
A não entrega total ou parcial das ações objeto da negociação em D+3 ou a ausência de
apresentação de documentos necessários à liquidação, caracterizam a falta de entrega de
ativos e resultam em multa ao vendedor das ações.
Caso os ativos não sejam entregues, a CBLC aciona, no mesmo dia, o mecanismo de
tratamento de falta de entrega – o Processo de Recompra de Ativos – alem de cobrar nova
multa sobre o valor dos ativos não regularizados.
ocorrer.
Caso a recompra não seja executada até o prazo estipulado por qualquer que seja o motivo,
a CBLC, em D+8, reverterá a operação, retornando os valores financeiros ao comprador da
operação.
Assim, o cliente deve estar ciente de que uma eventual venda realizada sem ter as ações em
sua conta, ou sob a expectativa de seu recebimento por conta de uma compra do mesmo ativo
realizada em data anterior, poderá resultar em sua inadimplência, com o conseqüente ônus,
conforme demonstrado, caso essa compra sofra problemas em sua liquidação.
Administrado pelo Banco Central do Brasil, o Selic é um sistema eletrônico para registro,
custódia e liquidação de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central
do Brasil, bem como os depósitos interfinanceiros das instituições financeiras. O Selic processa
ofertas públicas de títulos, operações de movimentações, pagamento de juros, custódia e
respectivas liquidações financeiras. O sistema processa também a liquidação das operações
definitivas e compromissadas realizadas em seu ambiente.
As companhias que têm ações negociadas nas bolsas são chamadas companhias "listadas".
Para ter ações em bolsas, uma companhia deve ser aberta ou pública, o que não significa que
pertença ao governo, e sim que o público em geral detém suas ações. A companhia deve,
ainda, atender aos requisitos estabelecidos pela Lei das S.A. (Lei nº 6.404, de 15 de dezembro
de 1976) e pelas instruções da CVM, além de obedecer a uma série de normas e regras
estabelecidas pelas próprias bolsas.
No passado, o Brasil chegou a ter nove bolsas de valores, mas atualmente a BM&FBOVESPA
é a principal. A BM&FBOVESPA foi criada em maio de 2008 com a integração entre Bolsa de
Mercadorias & Futuros (BM&F) e Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA), tornando-se a
maior bolsa da América Latina, a segunda das Américas e a terceira maior do mundo. Nela são
negociados títulos e valores mobiliários, tais como: ações de companhias abertas, títulos
privados de renda fixa, derivativos agropecuários e minerais (commodities), derivativos
financeiros (câmbio, ouro, índices, inflação), entre outros valores mobiliários.
Os mercados de capitais são mais eficientes em países onde existem bolsas de valores bem
estruturadas, transparentes e líquidas. Para que elas desempenhem suas funções, o ambiente
de negócios do país tem que ser livre e as regras devem ser claras. Nestes contextos, as bolsas
podem beneficiar todos os indivíduos da sociedade e não somente aqueles que detêm ações
de companhias abertas. Veja, a seguir, quais são os benefícios gerados pelas bolsas de valores
para a economia e a sociedade como um todo:
A Bovespa foi fundada em 23 de agosto de 1890 por Emilio Pestana. Até as reformas do
sistema financeiro e do mercado de capitais, implementadas pelo governo no biênio 1965-
1966, as bolsas de valores brasileiras eram entidades oficiais corporativas, vinculadas às
secretarias de finanças dos governos estaduais e compostas por corretores nomeados pelo
poder público.
Em 28 de agosto de 2007, a BOVESPA deixou de ser uma instituição sem fins lucrativos e se
tornou uma sociedade por ações: a BOVESPA Holding S/A. A BOVESPA Holding possui como
subsidiárias integrais a Bolsa de Valores de São Paulo (BVSP) - responsável pelas operações dos
mercados de bolsa e de balcão organizado - e a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia
(CBLC), que presta serviços de liquidação, compensação e custódia.
Em julho de 1985, surge a Bolsa Mercantil & de Futuros, a BM&F. Seus pregões começam a
funcionar em 31 de janeiro de 1986. Em pouco tempo, ela conquista posição invejável entre as
principais commodities exchanges do mundo, negociando contratos futuros, de opções, a
termo e a vista, referenciados em índices de ações, ouro, taxas de juros e taxas de câmbio.
Em 9 de maio de 1991, BM&F e BMSP resolvem fundir suas atividades, aliando a tradição de
uma ao dinamismo da outra. Surge então a Bolsa de Mercadorias & Futuros - também com a
sigla BM&F - cujo objetivo é desenvolver mercados futuros de ativos financeiros,
agropecuários e outros.
Aplicação da multa: R$ 287.784,00 dos quais 80% irão para a Faceb e o restante para a CVM.
Posição da CVM: Concluiu que, apesar de não ter culpa pelas operações ilegais, a BMC Asset e
os executivos não agiram com diligência suficiente para impedir as irregularidades cometidas
pela contratada”.
06 de abril de 2009 – D2
II – “O empresário Ricardo Mansur foi multado em R$ 100 mil por infrações de regras de
mercado quando era diretor presidente da extinta rede de varejos Mesbla. O vice-presidente
também foi multado em R$ 50 mil.
07 de abril de 2009
Irregulares
Negócio da China: Aplicações em títulos envolvendo atividades agrícolas (palmito, reflorestamento) ou criações
(boi, avestruz, camarão) sem registro na CVM que prometem ganhos fixos muito acima do mercado.
Clube do prejuízo: Instituição que oferece clubes de investimento sem autorização da CVM ou da BOVESPA
prometendo retorno fixo altíssimo em ações ou derivativos complexos.
Forex: Aplicação em moedas no exterior não regulamentada pela CVM, em geral oferecidas por sites fora do Brasil,
o que impede a fiscalização e abre espaço para golpes.
Golpes
Fundo 157: Pessoa liga dizendo que o investidor tem dinheiro a receber da aplicação feita nos anos 60 e 70 e pede
dinheiro para a liberação.
Ações da Telebrás: O golpista diz que a pessoa comprou telefone no passado e tem ações da empresa de telefonia
e pede um valor antecipado para pagar imposto ou liberar o dinheiro.
Garimpeiros: Pessoas que fazem anúncios ou visitam cidades se oferecendo para comprar ações de empresas de
telefonia de planos de expansão por preços irrisórios.
O professor: Pessoa sem autorização da CVM se passa por especialista em mercado, dá palestra ou abre uma
conta e depois recolhe aplicações ou indica a própria empresa ou uma conta falsa para a pessoa aplicar.
Lobo em pele de cordeiro: Falso agente autônomo que visita cidades do interior, organiza eventos e forja fichas
cadastrais e telefones de corretoras existentes para recolher aplicações.
7. O Mercado Financeiro
Neste módulo vincularemos o mercado de capitais ao mercado financeiro por haver uma
sinergia entre estes dois mercados. Vimos no estudo sobre a história do Brasil que a atividade
bancária inicia-se primeiro do que a atividade do mercado de capitais, porém, será através das
instituições financeiras que as operações no mercado de capitais irão ocorrer, mas este
mercado não fica restrito apenas ao mundo das ações e dos títulos mobiliários, pois possui
estrutura própria e autônoma, além de ter fiscalização direta do BANCO CENTRAL DO BRASIL.
Cias de seguro: são clientes dos bancos, pois os recursos financeiros (prêmios)obtidos
são aplicados no mercado financeiro e servirão como fonte para o pagamento dos
sinistros. São fiscalizadas pela SUSEP – Superintendência de Seguros Privados. Estas
empresas comercializam títulos de capitalização, planos de previdência privada, além
das diversas modalidades de seguro;
Empresas de cartão de crédito: são propriedades dos bancos. Embora haja discussão
jurídica em relação à essa questão, pois são vistas por alguns como instituição
financeira de fato, uma vez que cobram juros sobre juros sobre as dívidas não quitadas
(crédito rotativo), porém, seus recursos não provêm de captação de mercado, mas de
patrimônio líquido dos bancos que as constituíram. Por enquanto, este setor se
autorregula, mas já há Projeto de Lei propondo a regulação deste setor pelo Conselho
Monetário Nacional e Banco Central do Brasil;
Empresas de fomento comercial (factoring): não são fiscalizadas pelo Banco Central
do Brasil. A sua constituição dar-se-á mediante registro na Junta Comercial.
a) Fundos Exclusivos
São títulos que pagam, em períodos definidos, uma certa remuneração, que pode ser
determinada no momento da aplicação ou no momento do resgate (no final da aplicação). O
modo mais fácil de entender o que é um título de renda fixa é imaginar cada título como um
empréstimo. Cada vez que você compra um título de renda fixa você está basicamente
emprestando dinheiro ao emissor do título (que pode ser o seu banco, uma empresa ou o
governo). Os juros cobrados nada mais são do que a remuneração que você recebe por
emprestar seu dinheiro.
d) Letras Hipotecárias
As letras hipotecárias são uma forma de captação usada pelos bancos para financiar certas
linhas de crédito imobiliário, portanto só podem ser emitidas por instituições autorizadas
para este tipo de financiamento. As Letras Hipotecárias são emitidas com juros prefixados,
flutuantes e pós-fixados em TR ou TJLP (Taxa de juro de longo prazo) com prazo mínimo de
180 dias e , apesar de não ser estipulado em geral, não passa de 24 meses.
Além do maior volume de capital exigido para aplicar nas Letras Hipotecárias, outro
inconveniente é a falta de liquidez e de prazos maleáveis de investimento em relação a outros
produtos disponíveis no mercado. As letras são oferecidas apenas com vencimentos pré-
definidos, que variam entre seis meses a dois anos, e não existe a possibilidade de saque dos
recursos antes do prazo estabelecido.
e) Debêntures
Valor mobiliário, emitido pelas sociedades por ações que asseguram, a seu titular, um
direito de crédito contra a companhia emissora, nas condições constantes da escritura de
emissões e do certificado, quando este for emitido.
Antes da introdução dos fundos de investimento, os CDBs eram uma das principais
alternativas de investimento no mercado brasileiro. Os CDBs são títulos emitidos por bancos,
que podem ser vistos como um depósito bancário, já que ao comprar o CDB você na verdade
está emprestando o dinheiro para o banco, e recebendo em troca o pagamento de juros.
Além dos CDBs, os bancos também emitem os RDBs (recibo depósito bancário), que têm as
mesmas características de um CDB, com a diferença de que não admite negociação antes de
seu vencimento.
Porém, este pode ser rescindido em caráter excepcional desde que em concordância com a
instituição depositária. Neste caso só pode ser devolvido o principal, isto é , sem os juros.
A taxa paga pelos bancos pode ser pré-fixada, pós-fixada ou flutuante, essa última
atrelada a um percentual da variação de um índice, que pode ser a TR, TJLP, CDI, ou um índice
de inflação, como o IGP-DI ou IGP-M. Nos CDBs pré-fixados, como o próprio nome já sugere,
você sabe na hora da compra quanto irá receber em juros, enquanto nos pós-fixados a
remuneração que você receberá só será definida depois do vencimento do título.
Normalmente, as aplicações têm prazos que variam entre 30 dias e 180 dias. Em geral os
bancos concedem taxas melhores de acordo com o volume investido, isto é, quanto maior o
investimento, melhor deve ser a taxa que você receberá do banco.
Ao aplicar seu dinheiro em um CDB, o maior risco é de que o banco que emitiu o CDB
fique inadimplente, ou seja, que o banco quebre antes de pagar seus clientes. Nesse caso, a
aplicação é garantida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), vinculado ao Governo Federal,
até um valor máximo de R$ 60.000,00 por CPF. Vale lembrar que os fundos de investimento
não se beneficiam com recursos do FGC.
Assim como grande parte dos fundos de renda fixa, os CDBs pré-fixados se beneficiam de
liquidez diária, isto é, você pode sacar seu dinheiro a qualquer momento, mas assim como
acontece com os fundos, se o saque acontecer antes de 30 dias terá de pagar IOF regressivo,
isto é, quanto mais tempo deixar o dinheiro investido menos paga em IOF. No vencimento do
CDB, você recebe um crédito automático em sua conta corrente, já descontado o pagamento
de imposto de renda sobre o rendimento bruto do CDB no período.
h) Fundos Cambiais
Fundos cambiais são fundos que aplicam pelo menos 80% do seu patrimônio líquido,
diretamente ou não, em moedas estrangeiras. Os 20% restantes, se não aplicados, devem
estar relacionados a operações com títulos de renda fixa.
i) Fundos Imobiliários
j) Derivativos
k) Titulos de Capitalização
É uma aplicação pela qual o Subscritor constitui um capital, segundo cláusulas e regras
aprovadas e mencionadas no próprio título (Condições Gerais do Título) e que será pago em
moeda corrente num prazo máximo estabelecido. O título de capitalização só pode ser
comercializado pelas Sociedades de Capitalização devidamente autorizadas a funcionar. Eles
são considerados, para todos os fins legais, títulos de crédito.
Caso haja atraso no pagamento , cada título define o procedimento em relação aos
pagamentos em atraso. Alguns estipulam multa moratória e atualização monetária para
pagamentos após a data de vencimento. Outros só atualização monetária. Já alguns
simplesmente prorrogam a vigência em razão de atrasos. Porém, em qualquer hipótese
anteriormente citada, os títulos que estão em atraso são suspensos, não possuindo direito aos
sorteios durante o prazo de suspensão. Além disso, na ocorrência de um determinado número
consecutivo (definido em cada título) de pagamentos em atraso, o título será
automaticamente cancelado. Porém, mesmo assim, o titular terá direito ao capital formado
para resgate, após encerrado o prazo de carência
O capital a ser resgatado origina-se do valor que é constituído pelo título com o decorrer do
tempo a partir dos percentuais dos pagamentos efetuados, com base nos parâmetros
estabelecidos nas Condições Gerais. Este montante que vai sendo formado denomina-se
Reserva Matemática e é, portanto, a base de cálculo para o valor a que o subscritor terá direito
ao efetuar o resgate do seu título. Ele, mensalmente e obrigatoriamente, é atualizado pela TR,
que é a mesma taxa utilizada para atualizar as contas de caderneta de poupança, e sofre a
aplicação da taxa de juros definida nas condições gerais, que pode inclusive ser variável,
porém limitada ao mínimo de 20% da taxa de juros mensal aplicada à caderneta de poupança
(atualmente, então, a taxa mínima de juros seria de 0,1% ao mês).
A Sociedade de Capitalização em hipótese alguma poderá se apossar do capital, podendo
apenas estabelecer um percentual de desconto (penalidade), não superior a 10%, nos casos de
resgate antecipado, isto é, quando o resgate for solicitado pelo titular antes de concluído o
período de vigência. Na hipótese de resgate após o prazo de vigência, ou se for previsto
obrigatoriamente quando o título for sorteado, o capital resgatado corresponderá a
integralidade (100%) da reserva matemática.
Alguns títulos prevêem prazo de carência, isto é, um período inicial em que o capital fica
indisponível ao titular. Se o titular solicitar o resgate durante o período de carência ou se o
título for cancelado, o resgate só poderá acontecer efetivamente (receber o dinheiro) após o
encerramento do período de carência. Conforme já explicado acima, em casos de resgate
antecipado, faculta-se a Sociedade de Capitalização estipular uma penalidade de até 10% do
capital constituído.
Outra possibilidade, também, é a de o título prever Resgate Parcial, isto é, resgata-se uma
parte do capital constituído, valendo inclusive a aplicação de penalidade limitada novamente a
10%.
l) Previdência Privada
Em resumo, pode-se dizer que é um sistema que acumula recursos que garantam uma renda
mensal no futuro, especialmente no período em que se deseja parar de trabalhar. Num
primeiro momento, era vista como uma forma uma poupança extra, além da previdência
oficial, mas como o benefício do governo tende a ficar cada vez menor, muitos adquirem um
plano como forma de garantir uma renda razoável ao fim de sua carreira profissional.
Há dois tipos de plano de previdência no Brasil. A aberta e a fechada. A aberta, pode ser
contratada por qualquer pessoa, enquanto a fechada é destinada a grupos, como funcionários
de uma empresa, por exemplo.
Aberta - É oferecida por seguradoras ou por bancos. Um dos principais benefícios dos planos
abertos é a sua liquidez, já que os depósitos podem ser sacados a cada dois meses. O número
total de participantes de planos abertos é estimado em 5 milhões de pessoas.
PGBL
VGBL
Plano tradicional
Fapi
Os especialistas recomendam que a sua renda ao final do período produtivo seja de pelo
menos 70% da renda atual. Isso levando-se em conta que os filhos já estarão crescidos, a casa
própria estará quitada, e outros gastos consideráveis do período produtivo da vida já não se
façam mais necessários.
b) Consórcios
Atua na concessão de financiamento para a aquisição de bens duráveis. Pela atual Lei
11.795 de 08 de outubro de 2008 o Banco Central do Brasil passa a regular a atividade. Por não
captar recursos no mercado financeiro, é instrumento de progresso social, destinado a
propiciar acesso a bens e serviços.
c) Cooperativas de Crédito
No Brasil as primeiras cooperativas surgiram no início do século XX, em São Paulo e no Rio
Grande do Sul. Elas são regidas pela lei 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que define a
política de cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas e dá outras
providências.
As cooperativas são sociedades civis, compostas por pessoas, com forma e natureza jurídica
próprias, sem fins lucrativos e não sujeitas à falência. Adicionalmente, as cooperativas de
crédito são instituições financeiras integrantes do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Por essa
razão, seu funcionamento é definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e suas
operações fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil, que para tanto emite os atos normativos
necessários.
São instituições que operam sem objetivo de lucro e seus depósitos à vista, ao contrário
dos bancos comerciais, não estão sujeitos ao depósito compulsório no Banco Central, o que
significa que elas dispõem da totalidade desses depósitos para empréstimos podendo,
portanto, cobrar menores taxas de juros e tarifas;
d) Financeiras
financiamento para a aquisição de bens, serviços e capital de giro. Devem ser constituídas sob
a forma de sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a expressão
"Crédito, Financiamento e Investimento". Tais entidades captam recursos por meio de aceite e
colocação de Letras de Câmbio e Recibos de Depósitos Bancários.
As sociedades de crédito imobiliário são instituições financeiras criadas pela Lei 4.380, de 21
de agosto de 1964, para atuar no financiamento habitacional. Constituem operações passivas
dessas instituições os depósitos de poupança, a emissão de letras e cédulas hipotecárias e
depósitos interfinanceiros. Suas operações ativas são: financiamento para construção de
habitações, abertura de crédito para compra ou construção de casa própria, financiamento de
capital de giro a empresas incorporadoras, produtoras e distribuidoras de material de
construção. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, adotando
obrigatoriamente em sua denominação social a expressão "Crédito Imobiliário". (Resolução
CMN 2.735, de 2000).
Em 1.986, o SFH passou por uma profunda reestruturação com a edição do Decreto-Lei nº
2.291/86, que extinguiu o BNH e distribui suas atribuições entre o então Ministério de
Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (MDU), o Conselho Monetário Nacional (CMN), o
Banco Central do Brasil (Bacen) e a Caixa Econômica Federal (CEF). Ao MDU coube a
competência para a formulação de propostas de política habitacional e de desenvolvimento
urbano; ao CMN coube exercer as funções de Órgão central do Sistema, orientando,
disciplinando e controlando o SFH; ao Bacen foram transferidas as atividades de fiscalização
das instituições financeiras que integravam o SFH e a elaboração de normas pertinentes aos
g) Arrendamento Mercantil
h) Family Offices
NA IMPRENSA
O País é o maior mercado na América Latina em termos de riqueza, com quase metade das
fortunas da região, superando, inclusive, o México, representando US$ 1,5 trilhão, dos cerca
dos US$ 3,4 trilhões dos clientes private na região. Existem cerca de 40 a 50 family offices
atuantes no Brasil que atendem a famílias que possuem recursos entre R$ 5 milhões e R$ 10
milhões em ativos para investimento. A relação que possuem com os bancos é de parceria,
pois o forte dessas empresas está focado no planejamento tributário e fiscal, orientação
jurídica, aconselhamento de processo sucessório, entre outros. Desta forma, passa a ter um
relacionamento próximo à sua base de clientes, o que facilita a montagem de um produto
específico de acordo com o perfil desta, além da independência na escolha de aplicações
financeiras disponibilizadas por terceiros.
i) Bancos de Investimento
O banco de investimento é instituição financeira de natureza privada especializada em
operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento de atividade
produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de
terceiros, devendo ser constituído sob a forma de sociedade anônima.
Essa lei tipifica o crime de "Lavagem" de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores,
no que se refere a atos com propósito de legalização de recursos provenientes dos crimes
antecedentes previstos na mesma.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA,
no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituição,
DECRETA:
Art. 1º Fica aprovado, na forma do Anexo a este Decreto, o Estatuto do Conselho de Controle
de Atividades Financeiras - COAF, criado pela Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998.
CAPÍTULO I
DA NATUREZA E FINALIDADE
CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO
Seção I
Da Composição do Plenário
Art. 2º O Plenário será presidido pelo presidente do COAF e integrado por um representante
de cada um dos seguintes órgãos ou entidades:
Seção II
Do Cargo de Presidente
Seção III
Do Mandato de Conselheiro
§ 4º A função de Conselheiro será exercida sem prejuízo das atribuições regulares nos órgãos
de origem do membro do COAF.
Seção IV
Das vedações
II - emitir parecer sobre matéria de sua especialização, fora de suas atribuições funcionais,
ainda que em tese, ou atuar como consultor de qualquer das pessoas jurídicas a que se refere
o inciso anterior;
III - manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de
julgamento no Conselho.
CAPÍTULO III
DAS COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES
Seção I
Da Competência do Plenário
III - receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas, nos termos
do art. 1º da Lei nº 9.613, de 1998;
VIII - solicitar informações ou requisitar documentos às pessoas jurídicas, para as quais não
exista órgão fiscalizador ou regulador, ou por intermédio do órgão competente, quando for o
caso;
Seção II
Da Competência da Secretaria-Executiva
V - solicitar informações mantidas nos bancos de dados dos órgãos e entidades publicas e
privadas;
VII - solicitar investigações aos órgãos e entidades da administração pública federal quando
houver indícios de operações consideradas suspeitas, nas informações recebidas ou solicitadas
ou em decorrência das análises procedidas;
IX - preparar, para decisão do Ministro de Estado da Fazenda, os recursos contra decisões das
autoridades competentes mencionados no artigo anterior;
Seção III
Das Atribuições do Presidente
VII - oficiar as autoridades competentes, sempre que os exames concluírem pela existência de
fortes indícios de irregularidades;
VIII - designar perito, para auxiliar nas atividades do Conselho, quando a matéria reclamar
conhecimentos técnicos específicos;
Seção IV
Das Atribuições dos Conselheiros
IV - desincumbir-se das demais tarefas que lhes forem cometidas no Regimento Interno do
Conselho;
CAPÍTULO IV
DO INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES
§ 3º As solicitações de informações dos órgãos que compõem o COAF e deste aos referidos
órgãos serão atendidas prioritariamente.
Art. 12. O COAF poderá compartilhar informações com autoridades pertinentes de outros
países e de organismos internacionais, com base na reciprocidade ou em acordos.
Art. 13. Recebida solicitação de informação referente aos crimes previstos no art. 1º da Lei nº
9.613, de 1998, procedente de autoridade ou órgão competente de outro país, o COAF
atenderá ou encaminhará, se for o caso, a solicitação aos órgãos competentes, para que sejam
tomadas as providências cabíveis objetivando o atendimento da solicitação.
CAPÍTULO V
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Art. 14. As infrações administrativas previstas na Lei nº 9.613, de 1998, serão apuradas e
punidas mediante processo administrativo, assegurados o contraditório e a ampla defesa.
Art. 15. O COAF e os órgãos fiscalizadores e reguladores das pessoas a que se refere o art. 9º
da Lei nº 9.613, de 1998, poderão promover averiguações preliminares, em caráter reservado.
Parágrafo único. Nas averiguações preliminares, a autoridade competente, nos termos das
normas internas do respectivo órgão ou entidade, poderá requerer esclarecimentos às pessoas
físicas ou jurídicas, diretamente relacionadas com o objeto da averiguação.
Art. 17. O processo administrativo será instaurado em prazo não superior a dez dias úteis,
contado do conhecimento da infração, do recebimento das comunicações a que se refere o
inciso II do art. 11 da Lei nº 9.613, de 1998, ou do conhecimento das conclusões das
averiguações preliminares, por ato fundamentado da autoridade competente, que especificará
os fatos a serem apurados.
Art. 18. O acusado será intimado para apresentar defesa no prazo de quinze dias, devendo
apresentar as provas de seu interesse, sendo-lhe facultado apresentar novos documentos a
qualquer momento, antes de encerrada a instrução processual.
§ 2º A intimação do acusado será feita pelo correio, com aviso de recebimento, ou, não tendo
êxito a intimação postal, por edital publicado uma única vez no Diário Oficial da União,
contando-se os prazos do recebimento da intimação, ou da publicação, conforme o caso.
Art. 19. Será considerado revel o acusado que, intimado, não apresentar defesa no prazo a que
se refere o artigo anterior, incorrendo em confissão quanto à matéria de fato, contra ele
correndo os demais prazos, independentemente de nova intimação.
Parágrafo único. Qualquer que seja a fase em que se encontre o processo, nele poderá intervir
o revel, sem direito à repetição de qualquer ato já praticado.
Art. 20. Decorrido o prazo de apresentação da defesa, a autoridade responsável pela condução
do processo poderá determinar a realização de diligências e a produção de provas de interesse
do processo, sendo-lhe facultado requisitar do acusado novas informações, esclarecimentos
ou documentos, a serem apresentados no prazo fixado pela autoridade requisitante,
mantendo-se o sigilo legal, quando for o caso.
Art. 21. A decisão será proferida no prazo máximo de sessenta dias após o termino da
instrução.
Art. 22. Os órgãos e entidades responsáveis pela aplicação das penas administrativas previstas
na Lei nº 9.613, de 1998 fiscalizarão o cumprimento de suas decisões.
§ 2º Quando se tratar de decisão do COAF a representação judicial será feita por advogado da
Advocacia-Geral da União.
Art. 23. Das decisões do COAF caberá recurso para o Ministro de Estado da Fazenda no prazo
de quinze dias da ciência da decisão.
Art. 26. O Regimento Interno do COAF será aprovado mediante ato do Ministro de Estado da
Fazenda.
O Presidente da República
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
CAPÍTULO II
DA INTERVENÇÃO E SEU PROCESSO
Seção I
Da Intervenção
III - na hipótese de ocorrer qualquer dos fatos mencionados nos artigos 1º e 2º, do Decreto-lei nº
7661, de 21 de junho de 1945 (Lei de Falências), houver possibilidade de evitar-se a liquidação
extrajudicial.
Art. 3º - A intervenção será decretada ex officio pelo Banco Central do Brasil, ou por solicitação
dos administradores da instituição - se o respectivo estatuto lhes conferir esta competência - com
indicação das causas do pedido, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal em que
incorrerem os mesmos administradores, pela indicação falsa ou dolosa.
Art. 4º - O período da intervenção não excederá a seis (6) meses o qual, por decisão do Banco
Central do Brasil, poderá ser prorrogado uma única vez, até o máximo de outros seis (6) meses.
Art. 5º - A intervenção será executada por interventor nomeado pelo Banco Central do Brasil, com
plenos poderes de gestão.
Parágrafo único. Dependerão de prévia e expressa autorização do Banco Central do Brasil os atos
do interventor que impliquem em disposição ou oneração do patrimônio da sociedade, admissão e
demissão de pessoal.
Seção II
Do Processo da Intervenção
b) levantará o balanço geral e o inventário de todos os livros, documentos, dinheiro e demais bens
da entidade, ainda que em poder de terceiros, a qualquer título.
Parágrafo único. O termo de arrecadação, o balanço geral e o inventário, deverão ser assinados
também pelos administradores em exercício no dia anterior ao da posse do interventor, os quais
poderão apresentar, em separado, as declarações e observações que julgarem a bem de seus
interesses.
b) dos mandatos que, porventura, tenham outorgado em nome da instituição, indicando o seu
objeto, nome e endereço do mandatário;
c) dos bens imóveis, assim como dos móveis, que não se encontrem no estabelecimento;
b) indicação, devidamente comprovada, dos atos e omissões danosos que eventualmente tenha
verificado;
c) proposta justificada da adoção das providências que lhe pareçam convenientes à instituição.
Parágrafo único. As disposições deste artigo não impedem que o interventor, antes da
apresentação do relatório, proponha ao Banco Central do Brasil a adoção de qualquer providência
que lhe pareça necessária e urgente.
b) manter a instituição sob intervenção, até serem eliminadas as irregularidades que a motivaram,
observado o disposto no artigo 4º;
d) autorizar o interventor a requerer a falência da entidade, quando o seu ativo não for suficiente
para cobrir sequer metade do valor dos créditos quirografários, ou quando julgada inconveniente a
liquidação extrajudicial, ou quando a complexidade dos negócios da instituição ou a gravidade dos
fatos apurados aconselharem a medida.
Art. 13 - Das decisões do interventor caberá recurso, sem efeito suspensivo, dentro em dez dias
da respectiva ciência, para o Banco Central do Brasil, em única instância.
CAPÍTULO III
DA LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL
Seção I
Da Aplicação e dos Efeitos da Medida
I - ex officio :
c) quando a instituição sofrer prejuízo que sujeite a risco anormal seus credores quirografários;
d) quando, cassada autorização para funcionar, a instituição não iniciar, nos 90 (noventa) dias
seguintes, sua liquidação ordinária, ou quando, iniciada esta, verificar o Banco Central do Brasil
que a morosidade de sua administração pode acarretar prejuízos para os credores;
§ 1º O Banco Central do Brasil decidirá sobre a gravidade dos fatos determinantes da liquidação
extrajudicial, considerando as repercussões deste sobre os interesses dos mercados financeiro e
de capitais, e, poderá, em lugar da liquidação, efetuar a intervenção, se julgar esta medida
suficiente para a normalização dos negócios da instituição e preservação daqueles interesses.
§ 2º O ato do Banco Central do Brasil, que decretar a liquidação extrajudicial, indicará a data em
que se tenha caracterizado o estado que a determinou, fixando o termo legal da liquidação que
não poderá ser superior a 60 (sessenta) dias contados do primeiro protesto por falta de
pagamento ou, na falta deste, do ato que haja decretado a intervenção ou a liquidação.
Art. 16 - A liquidação extrajudicial será executada por liquidante nomeado pelo Banco Central do
Brasil, com amplos poderes de administração e liquidação, especialmente os de verificação e
classificação dos créditos, podendo nomear e demitir funcionários, fixando-lhes os vencimentos,
outorgar e cassar mandatos, propor ações e representar a massa em Juízo ou fora dele.
§ 2º Os honorários do liquidante, a serem pagos por conta da liquidanda, serão fixados pelo Banco
Central do Brasil.
a) suspensão das ações e execuções iniciadas sobre direitos e interesses relativos ao acervo da
entidade liquidanda, não podendo ser intentadas quaisquer outras, enquanto durar a liquidação;
c) não atendimento das cláusulas penais dos contratos unilaterais vencidos em virtude da
decretação da liquidação extrajudicial;
d) não-fluência de juros, mesmo que estipulados contra a massa, enquanto não integralmente
pago o passivo.
f) não reclamação de correção monetária de quaisquer dívidas passivas, nem de penas pecuniárias
por infração de leis penais ou administrativas.
c) com a aprovação das contas finais do liquidante e baixa no registro público competente;
Seção II
Do Processo da Liquidação Extrajudicial
Art. 21 - À vista do relatório ou da proposta previstos no artigo 11, apresentados pelo liquidante
na conformidade do artigo anterior o Banco Central do Brasil poderá autorizá-lo a:
b) requerer a falência da entidade, quando o seu ativo não for suficiente para cobrir pelo menos a
metade do valor dos créditos quirografários, ou quando houver fundados indícios de crimes
falimentares.
Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto neste artigo, em qualquer tempo, o Banco Central do
Brasil poderá estudar pedidos de cessação da liquidação extrajudicial, formulados pelos
interessados, concedendo ou recusando a medida pleiteada segundo as garantias oferecidas e as
conveniências de ordem geral.
§ 1º No aviso de que trata este artigo, o liquidante fixará o prazo para a declaração dos créditos o
qual não será inferior a vinte, nem superior a quarenta dias, conforme a importância da liquidação
e os interesses nela envolvidos.
§ 4º O liquidante dará sempre recibo das declarações de crédito e dos documentos recebidos.
Art. 23 - O liquidante juntará a cada declaração a informação completa a respeito do resultado das
averiguações a que procedeu nos livros, papéis e assentamentos da entidade, relativos ao crédito
declarado, bem como sua decisão quanto à legitimidade, valor e classificação.
Parágrafo único. O liquidante poderá exigir dos ex-administradores da instituição que prestem
informações sobre qualquer dos créditos declarados.
Art. 24 - Os credores serão notificados, por escrito, da decisão do liquidante, os quais, a contar da
data do recebimento da notificação, terão o prazo de dez dias para recorrer, ao Banco Central do
Brasil, do ato que lhes pareça desfavorável.
Art. 25 - Esgotado o prazo para declaração de créditos e julgados estes, o liquidante organizará o
quadro geral de credores e publicará, na forma prevista no artigo 22, aviso de que dito quadro,
juntamente com o balanço geral, se acha afixado na sede e demais dependências da entidade,
para conhecimento dos interessados.
Parágrafo único. Após a publicação mencionada neste artigo, qualquer interessado poderá
impugnar a legitimidade, valor, ou a classificação dos créditos constantes do referido quadro.
Art. 26 - A impugnação será apresentada por escrito, devidamente justificada com os documentos
julgados convenientes, dentro em dez dias, contados da data da publicação de que trata o artigo
anterior.
§ 1º A entrega da impugnação será feita contra recibo, passado pelo liquidante, com cópia que
será juntada ao processo.
§ 4º Julgadas todas as impugnações, o liquidante fará publicar avisos na forma do artigo 22, sobre
as eventuais modificações no quadro geral de credores que, a partir desse momento, será
considerado definitivo.
Art. 27 - Os credores que se julgarem prejudicados pelo não provimento do recurso interposto, ou
pela decisão proferida na impugnação poderão prosseguir nas ações que tenham sido suspensas
por força do artigo 18, ou propor as que couberem, dando ciência do fato ao liquidante para que
este reserve fundos suficientes à eventual satisfação dos respectivos pedidos.
Parágrafo único. Decairão do direito assegurado neste artigo os interessados que não o
exercitarem dentro do prazo de trinta dias, contados da data em que for considerado definitivo o
quadro geral dos credores, com a publicação a que alude o § 4? do artigo anterior.
Art. 28 - Nos casos de descoberta de falsidade, dolo, simulação, fraude, erro essencial, ou de
documentos ignorados na época do julgamento dos créditos, o liquidante ou qualquer credor
admitido pode pedir ao Banco Central do Brasil, até ao encerramento da liquidação, a exclusão, ou
outra classificação, ou a simples retificação de qualquer crédito.
Parágrafo único. O titular desse crédito será notificado do pedido e, a contar da data do
recebimento da notificação, terá o prazo de cinco dias para oferecer as alegações e provas que
julgar convenientes, sendo-lhe assegurado o direito a que se refere o artigo anterior, se se julgar
prejudicado pela decisão proferida, que lhe será notificada por escrito, contando-se da data do
recebimento da notificação o prazo de decadência fixado no parágrafo único do mesmo artigo.
Art. 29 - Incluem-se, entre os encargos da massa, as quantias ela fornecidas pelos credores, pelo
liquidante ou pelo Banco Central do Brasil.
Art. 30 - Salvo expressa disposição em contrário desta Lei, das decisões do liquidante caberá
recurso sem efeito suspensivo, dentro em dez dias da respectiva ciência, para o Banco Central do
Brasil, em única instância.
§ 2º Os registros correspondentes serão procedidos no prazo de quinze dias, pelos Oficiais dos
Registros de Imóveis e pelos Registros do Comércio, bem como pelos demais órgãos da
administração pública, quando for o caso, à vista da comunicação formal que lhes tenha sido feita
pelo liquidante.
Art. 34 - Aplicam-se a liquidação extrajudicial no que couberem e não colidirem com os preceitos
desta Lei, as disposições da Lei de Falências (Decreto-lei 7661, de 21 de junho de 1945),
equiparando-se ao síndico, o liquidante, ao juiz da falência, o Banco Central do Brasil, sendo
competente para conhecer da ação revocatória prevista no artigo 55 daquele Decreto-lei, o juiz a
quem caberia processar e julgar a falência da instituição liquidanda.
Art. 35 - Os atos indicados nos artigos 52 e 53, da Lei de Falências (Decreto-lei nº 7661, de
1945), praticados pelos administradores da liquidanda, poderão ser declarados nulos ou
revogados, cumprido o disposto nos artigos 54 e 58 da mesma Lei.
Parágrafo único. A ação revocatória será proposta pelo liquidante, observado o disposto nos
artigos 55, 56 e 57, da Lei de Falências.
CAPÍTULO IV
DOS ADMINISTRADORES E MEMBROS DO CONSELHO FISCAL
Seção I
Da Indisponibilidade dos Bens
§ 2º Por proposta do Banco Central do Brasil, aprovada pelo Conselho Monetário Nacional, a
indisponibilidade prevista neste artigo poderá ser estendida:
a) aos bens de gerentes, conselheiros fiscais e aos de todos aqueles que, até o limite da
responsabilidade estimada de cada um, tenham concorrido, nos últimos doze meses, para a
decretação da intervenção ou da liquidação extrajudicial;
b) aos bens de pessoas que, nos últimos doze meses, os tenham a qualquer título, adquirido de
administradores da instituição, ou das pessoas referidas na alínea anterior desde que haja seguros
elementos de convicção de que se trata de simulada transferência com o fim de evitar os efeitos
desta Lei.
§ 4º Não são igualmente atingidos pela indisponibilidade os bens objeto de contrato de alienação,
de promessa de compra e venda, de cessão ou promessa de cessão de direitos, desde que os
respectivos instrumentos tenham sido levados ao competente registro público, anteriormente à
data da decretação da intervenção, da liquidação extrajudicial ou da falência.
Art. 37 - Os abrangidos pela indisponibilidade de bens de que trata o artigo anterior, não poderão
ausentar-se do foro, da intervenção, da liquidação extrajudicial ou da falência, sem prévia e
expressa autorização do Banco Central do Brasil ou do juiz da falência.
b) arquivar atos ou contratos que importem em transferência de cotas sociais, ações ou partes
beneficiárias;
§ 1º Para os efeitos deste artigo, decretada a falência, o escrivão do feito a comunicará, dentro
em vinte e quatro horas, ao Banco Central do Brasil.
d) examinar, por pessoa que designar, os autos da falência e obter, mediante solicitação escrita,
cópias ou certidões de peças desses autos;
e) examinar a contabilidade e os arquivos de terceiros com os quais a instituição financeira tiver
negociado e no que entender com esses negócios, bem como a contabilidade e os arquivos dos
ex-administradores, se comerciantes ou industriais sob firma individual, e as respectivas contas
junto a outras instituições financeiras.
Art. 43 - Transcorrido o prazo do artigo anterior, com ou sem a defesa, será o inquérito encerrado
com um relatório, do qual constarão, em síntese, a situação da entidade examinada, as causas de
sua queda, o nome, a qualificação e a relação dos bens particulares dos que, nos últimos cinco
anos, geriram a sociedade, bem como o montante ou a estimativa dos prejuízos apurados em
cada gestão.
Parágrafo único. Na hipótese prevista neste artigo, o Banco Central do Brasil, nos casos de
intervenção e de liquidação extrajudicial, ou o juiz, no caso de falência, de ofício ou a
requerimento de qualquer interessado, determinará o levantamento da indisponibilidade de que
trata o artigo 36.
Art. 45 - Concluindo o inquérito pela existência de prejuízo, será ele, com o respectivo relatório,
remetido pelo Banco Central do Brasil ao juiz da falência, ou ao que for competente para decretá-
la, o qual o fará com vista ao órgão do Ministério Público, que, em oito dias, sob pena de
responsabilidade, requererá o seqüestro dos bens dos ex-administradores, que não tinham sido
atingidos pela indisponibilidade prevista no artigo 36, quantos bastem para a efetivação da
responsabilidade.
Art. 46 - A responsabilidade dos ex-administradores, definida nesta Lei, será apurada em ação
própria, proposta no juízo da falência ou no que for para ela competente.
Parágrafo único. O órgão do Ministério Público, nos casos de intervenção e liquidação extrajudicial,
proporá a ação obrigatoriamente dentro em trinta dias, a contar da realização do arresto, sob
pena de responsabilidade e preclusão da sua iniciativa. Findo esse prazo ficarão os autos em
cartório, à disposição de qualquer credor, que poderá iniciar a ação, nos quinze dias seguintes. Se
neste último prazo ninguém o fizer, levantar-se-ão o arresto e a indisponibilidade, apensando-se
os autos aos da falência, se for o caso.
Art. 47 - Se, decretado o arresto ou proposta a ação, sobrevier a falência da entidade, competirá
ao síndico tomar, daí por diante, as providências necessárias ao efetivo cumprimento das
determinações desta Lei, cabendo-lhe promover a devida substituição processual, no prazo de
trinta dias, contados da data de seu compromisso.
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 2º Por delegação de competência do Banco Central do Brasil e sem prejuízo de suas atribuições,
a intervenção ou a liquidação extrajudicial das sociedades corretoras, membros das Bolsas de
Valores, poderá ser processada por estas sendo competentes no caso, aquela da área em que a
sociedade tiver sede.
Parágrafo único. A assistência financeira prevista neste artigo poderá ser estendida às Bolsas de
Valores, nos casos de intervenção ou liquidação extrajudicial em sociedades corretoras de valores
mobiliários e de câmbio, com vistas a resguardar legítimos interesses de investidores.
Art. 57 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogada a Lei nº 1808, de 7 de
janeiro de 1953, os Decretos-leis 9228, de 3 de maio de 1946; 9328, de 10 de junho de 1946;
9346, de 10 de junho de 1946; 48, de 18 de novembro de 1966; 462, de 11 de fevereiro de 1969;
e 685, de 17 de julho de 1969 e demais disposições gerais e especiais em contrário.
EMÍLIO G. MÉDICI
Antônio Delfim Netto
Esta versão atualizada e consolidada não se reveste da legalidade jurídica conferida ao texto
original publicado no DOU de 14/03/1974 pág. 2865 - (Ret: DOU DE 08/04/1974 pág. 3945).
Há, ainda, os órgãos anuentes que atuam no caso de operações específicas tais como o
Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Defesa, Ministério da Agricultura e
Abastecimento, Ministério da Saúde, Departamento da Polícia Federal, o Instituto Brasileiro
de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, e outros.
As empresas interessadas em exportar devem registrar as operações neste sistema que são,
em seguida, analisadas on line pelos gestores do sistema. Estas empresas podem investir em
sistema de acesso próprio ou poderão utilizá-lo por meio de despachantes aduaneiros, rede de
computadores colocadas à disposição dos usuários pela Secretaria da Receita Federal (sala de
contribuintes), corretoras de câmbio, agências bancárias que realizem operações de câmbio e
outras entidades habilitadas.
Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM): foi criada em 1995, com a entrada em vigor do
MERCOSUL, e aprovada pelo Decreto 2.376, de 13 de novembro de 1997, juntamente com as
alíquotas do imposto de importação que compõem a Tarifa Externa Comum – TEC. Ao incluir
Ofertas de Exportação, e ao consultar Oportunidades de Negócios ou itens da seção Produtos
e Mercados, o usuário cadastrado na BrazilTradeNet tem acesso à NCM, nas versões em
português, espanhol e inglês. A NCM, que substituiu a Nomenclatura Brasileira de Mercadorias
(NBM), possui 8 dígitos e uma estrutura de classificação que contém até 6 níveis de agregação:
capítulo, posição, subposição simples, subposição composta, item e sub-item:
EXEMPLO:
8445: posição (máquinas para preparação de matérias têxteis; máquinas para fiação,
dobagem ou torração de matérias têxteis e outras máquinas e aparelhos para fabricação de
fios têxteis; máquinas de bobinar - incluídas as bobinadeiras de trama - ou de dobar matérias
têxteis e máquinas para preparação de fios têxteis para sua utilização nas máquinas das
posições 8446 ou 8447)
2.1 Exportador
Cabe salientar que antes da vigência da referida Portaria havia a necessidade de a empresa
providenciar a sua inscrição prévia no REI e fornecer uma série de documentos.
a) Fatura Pro-Forma
A FATURA PRO-FORMA pode ser substituída por uma cotação enviada por fax ou carta, que
contenha as mesmas informações indicadas acima.
b) Carta de Crédito
c) Letra de Câmbio
d) Contrato de Câmbio
a) Registro de Exportação - RE
No caso de operações de exportação no valor de até US$ 10,000.00 (dez mil dólares),
poderão ser utilizados, no lugar do RE, o Registro de Exportação Simplificado (RES) ou a
Declaração Simplificada de Exportação (DSE), de acordo com as regulamentações específicas
de cada uma dessas modalidades.
c) Registro de Venda - RV
O Registro de Venda (RV) deve ser preenchido nos casos de produtos negociados em bolsas
internacionais de mercadorias ou de produtos primários (commodities). O preenchimento do
RV no SISCOMEX deve ser anterior ao preenchimento do Registro de Exportação (RE) da
mercadoria.
d) Nota Fiscal
câmbio. No caso de exportação direta, a nota fiscal deve ser emitida em nome da empresa
importadora. Na exportação indireta, a nota será emitida em nome da empresa que efetuará a
operação de exportação (trading company, etc.)
O Despacho Aduaneiro de Exportação tem por base declaração formulada pelo exportador
ou por seu mandatário (despachante aduaneiro ou empregado especificamente designado),
também por intermédio do SISCOMEX. A Declaração para Despacho de Exportação (DDE),
também conhecida como Solicitação de Despacho (SD), deverá ser apresentada à unidade da
Receita Federal competente.
Além disso, deve constar a forma de pagamento do frete: freight prepaid - frete pago - ou
freight collect - frete a pagar.
número do documento;
nome e endereço do exportador e do importador;
data de emissão;
descrição da mercadoria, quantidade, unidade, peso bruto e líquido;
local de embarque e desembarque;
nome da transportadora e data de embarque;
número de volumes, identificação dos volumes por ordem numérica, tipo de
embalagem, peso bruto e líquido por volume, e as dimensões em metros
cúbicos.
i) Certificados
Certificado de Origem
Legalização Consular
A Legalização Consular não é exigida por todos os países importadores. Nos contatos com os
importadores estrangeiros, o exportador deve confirmar a necessidade desta providência
(reconhecimento de firma por parte da autoridade consular, em geral cobrada).
É um formulário fornecido pelo banco a seu cliente (exportador), com a relação dos
documentos por ele exigidos para a realização de uma operação de exportação. Cabe ao
exportador o preenchimento do formulário e a preparação dos documentos solicitados pelo
banco.
Outros Certificados
deve ser emitido um RES para cada produto, caso a operação de exportação
compreenda mercadorias diferenciadas. A soma dos valores dos produtos não
poderá, de todo modo, ultrapassar o montante de dez mil dólares;
exportados por pessoa física, com ou sem cobertura cambial, até o limite de
US$ 10,000.00;
exportados por pessoa jurídica, com ou sem cobertura cambial, até o limite de
US$ 10,000.00;
exportados, a título de ajuda humanitária, em casos de guerra ou calamidade
pública;
exportados sob o regime de exportação temporária, para posterior retorno ao
Brasil nas mesmas condições, ou após conserto, reparo ou restauração;
reexportados de acordo com a Instrução Normativa número 150 da Secretaria
da Receita Federal (SRF), que dispõe sobre o regime de admissão temporária
de bens procedentes do exterior;
que devem ser devolvidos ao exterior, conforme estabelecido no Art. 30, inciso
VI, da Instrução Normativa 155 da SRF ;
contidos em remessa postal internacional, até o limite de US$ 10,000.00;
contidos em encomenda aérea internacional, até o limite de US$ 10,000.00,
transportados por empresa de transporte internacional expresso porta a
porta; e
integrantes de bagagem desacompanhada.
Registro da DSE
A DSE será registrada por solicitação do exportador, mediante numeração automática única,
seqüencial e nacional (reiniciada a cada ano), pelo SISCOMEX.
Será admitido o registro de DSE pelo correio ou por intermédio de empresa de transporte
internacional expresso, quando se tratar de remessa postal internacional, até o limite de dez
mil dólares ou o equivalente em outra moeda, e de encomenda aérea, igualmente até o limite
de dez mil dólares ou o equivalente em outra moeda.
Caso não tenha sido registrada no prazo de quinze dias, a DSE será cancelada
automaticamente.
Quando se tratar de exportação eventual realizada por pessoa física, a DSE poderá ser
elaborada por servidor da Secretaria da Receita Federal lotado na unidade onde será
processado o despacho aduaneiro.
Serão necessários os seguintes documentos, os quais deverão ser mantidos pelo exportador
por cinco anos, para eventual apresentação à fiscalização aduaneira:
A mercadoria cuja DSE, registrada no SISCOMEX, tenha sido selecionada para o canal verde
de conferência aduaneira será desembaraçada mediante procedimento automático do
SISCOMEX. A mercadoria cuja Declaração tenha sido selecionada para o canal vermelho será
conferida e registrada no SISCOMEX pelo Auditor Fiscal da Receita Federal (AFRF).
Enfim, os Incoterms têm esse objetivo, uma vez que se trata de regras internacionais,
imparciais, de caráter uniformizador, que constituem toda a base dos negócios internacionais
e objetivam promover sua harmonia.
A partir daquele momento, o comprador assume todos os riscos e custos com carregamento,
pagamento de frete e seguro e demais despesas;
Este termo pode ser utilizado exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou
lacustre).
Os riscos de perda ou dano da mercadoria, bem como quaisquer outros custos adicionais
são transferidos do vendedor para o comprador no momento em há que a mercadoria cruze a
murada do navio;
O vendedor é o responsável pelo pagamento dos custos e do frete necessários para levar a
mercadoria até o porto de destino indicado;
O seguro pago pelo vendedor tem cobertura mínima, de modo que compete ao comprador
avaliar a necessidade de efetuar seguro complementar;
O vendedor contrata e paga o frete para levar as mercadorias ao local de destino designado;
riscos por perdas e danos se transferem do vendedor para o comprador, assim como possíveis
custos adicionais que possam incorrer;
O seguro pago pelo vendedor tem cobertura mínima, de modo que compete ao comprador
avaliar a necessidade de efetuar seguro complementar;
Este termo deve ser utilizado apenas para transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou
lacustre).
Não deve ser utilizado quando o vendedor não está apto a obter, direta ou indiretamente,
os documentos necessários à importação da mercadoria;
Embora esse termo possa ser utilizado para qualquer meio de transporte, deve-se observar
que é necessária a utilização dos termos DES ou DEQ nos casos em que a entrega é feita no
porto de destino (a bordo do navio ou no cais).
Assim, antes de iniciar a sua operação de importação, o interessado deve verificar se a sua
habilitação para utilizar o Siscomex será necessária e se ela se encontra em vigor.
Entende-se por operação de importação por conta e ordem de terceiro aquela em que uma
pessoa jurídica promove, em seu nome, o despacho aduaneiro de importação de mercadoria
adquirida por outra, em razão de contrato previamente firmado, que pode compreender,
ainda, a prestação de outros serviços relacionados com a transação comercial, como a
realização de cotação de preços e a intermediação comercial.
O controle aduaneiro relativo à atuação de pessoa jurídica importadora que opere por
conta e ordem de terceiros é exercido conforme o estabelecido na Instrução Normativa SRF nº
225/02.
Entende-se por operação de importação por encomenda aquela em que uma pessoa
jurídica promove, em seu nome, o despacho aduaneiro de importação de mercadorias por ela
adquiridas no exterior, para revenda a empresa encomendante predeterminada, em razão de
contrato firmado entre elas.
O controle aduaneiro relativo à atuação de pessoa jurídica importadora que opere por
encomenda é exercido conforme o estabelecido na Instrução Normativa SRF no 634/06.
- Específicas (adição) - contendo dados de natureza comercial, fiscal e cambial sobre cada tipo
de mercadoria.
O próprio Siscomex contém as alíquotas dos tributos aplicáveis e, com base nas
informações fornecidas pelo importador, ele executa os cálculos necessários e debita os
valores devidos diretamente na conta corrente informada, no momento do registro da DI.
Se o despacho de importação, em uma de suas modalidades, não for iniciado nos prazos
estabelecidos na legislação, que variam entre 45 a 90 dias da chegada da mercadoria ao País,
ela é considerada abandonada, o que acarretará a aplicação da pena de perdimento e a
destinação da mercadoria para um dos fins previstos na legislação. O mesmo acontece com a
mercadoria cujo despacho de importação tenha seu curso interrompido durante sessenta dias,
por ação ou por omissão do importador.
Regra geral, os documentos que servem de base para as informações contidas na DI são:
8. Parametrização
9. Desembaraço Aduaneiro