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PROFESSOR
HISTÓRIA
ensino médio
1 SÉRIE
a
volume 3 - 2009
Coordenação do Desenvolvimento dos Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Conteúdos Programáticos e dos Cadernos dos Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins,
Professores Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami Makino
Ghisleine Trigo Silveira e Sayonara Pereira
GESTÃO
Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas
Fundação Carlos Alberto Vanzolini
Prezado(a) professor(a),
É com muita satisfação que lhe entregamos mais um volume dos Cadernos do Professor, parte
integrante da Proposta Curricular de 5ª- a 8ª- séries do Ensino Fundamental – Ciclo II e do Ensino
Médio do Estado de São Paulo. É sempre oportuno relembrar que esta é a nova versão, que traz
também a sua autoria, uma vez que inclui as sugestões e críticas recebidas após a implantação da
Proposta.
Já temos as primeiras notícias sobre o sucesso do uso dos dois Cadernos em sala de aula. Este
mérito é, sem dúvida, de todos os profissionais da nossa rede, especialmente seu, professor!
O objetivo dos Cadernos sempre será o de apoiar os professores em suas práticas de sala de
aula. Podemos dizer que este objetivo está sendo alcançado, porque os professores da rede pública
do Estado de São Paulo fizeram dos Cadernos um instrumento pedagógico com bons resultados.
Ao entregar a você estes novos volumes, reiteramos nossa confiança no seu trabalho e contamos
mais uma vez com seu entusiasmo e dedicação para que todas as crianças e jovens da nossa rede
possam ter acesso a uma educação básica de qualidade cada vez maior.
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FiChA dO CAdERnO
nome da disciplina: História
Série: 1a
Volume: 3
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ORiEntAçãO SOBRE OS COntEúdOS dO CAdERnO
Caro(a) professor(a),
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História – 1a série - Volume 3
SitUAçÕES dE APREndizAGEm
SITUAçãO dE APREndIzAGEM 1
A CIVIlIzAçãO ROMAnA E AS MIGRAçõES BáRBARAS
Sabemos que a História é uma área das da clássica distinção entre Res Gestae, isto é,
Ciências Humanas que tem o passado como entre “os eventos que ocorreram”, e o relato
objeto de estudo. Entretanto, esse mesmo a seu respeito, Historia Rerum Gestarum. Os
passado deve ser entendido como uma cons- eventos passados não mudam, o que muda é
trução dos historiadores: um conjunto enor- nossa compreensão sobre eles, sempre ligada
me de variáveis faz que o relato a seu respeito a valores que orientam o olhar do analista.
seja frequentemente plural – variável em uma Como observa o historiador Pedro Paulo
mesma época e em épocas distintas. Se con-
Funari, “os romanos talvez tenham melhor
siderarmos, por exemplo, um texto antigo
oposto os acontecimentos (Res Gestae) à
sobre a história de Roma (ou qualquer ou-
sua recriação na memória, em uma narrati-
tro documento arqueológico, iconográfico,
va (memoria rerum gestarum). A memória,
epigráfico etc.) e o problematizarmos em
duas instâncias, produção na Antiguidade e por definição, é uma recriação constante no
estudo no mundo contemporâneo, teremos presente do passado enquanto representação,
uma ótima oportunidade de pensar a relação enquanto imagem impressa na mente. A re-
entre História e passado. Para analisarmos lação entre a representação na memória e a
esse documento, proporíamos as seguintes realidade é mediada, sutil e indireta”1.
questões: Quem o produziu? Em que contex- Com base nesses pressupostos, propomos
to? Com que finalidade? Para quem foi diri- para esta Situação de Aprendizagem aulas que
gido? Como foi lido e interpretado, quando
propiciem uma reflexão em torno da história
e por quem? Essa leitura evidencia alguma
de Roma e das migrações bárbaras e de como
relação com o período no qual foi feita? Para
esses temas foram pensados historicamente.
quem ela é dirigida? Ao problematizarmos o
documento em relação a esses aspectos, ve- Em virtude do amplo conteúdo concernen-
mos que as relações de comprometimento en- te a cada um deles – e que neste Caderno só
tre História e verdade não são estabelecidas pode ser desenvolvido de modo introdutório
de antemão, assim como aquelas existentes – sugerimos a integração dessa proposta aos
entre História e passado. A História e seu trabalhos (relacionados ao tema) que vier a
estudo não devem ser confundidos. Trata-se desenvolver.
1
FUnARI, Pedro Paulo Abreu. Antiguidade Clássica, a História e a cultura a partir dos documentos. São Paulo,
Editora da Unicamp, 2003.
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tempo previsto: 2 aulas.
Recursos: mapa.
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História – 1a série - Volume 3
² FUnARI, Pedro Paulo Abreu. Grécia e Roma. Vida pública e vida privada. Cultura, pensamento e mitologia.
Amor e sexualidade. São Paulo: Contexto, 4. ed. 1a reimpressão, 2007. <http://www.editoracontexto.com.br>.
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idem.
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a seguir, mostrando sua extensão, observando (francos – França), por exemplo. não deixe
a distância e os pontos até onde os romanos de considerar que a onipresença de Roma no
chegaram e estabelecendo paralelos entre os Mediterrâneo fazia dela o principal centro co-
povos conquistados na Antiguidade e os pa- mercial, para o qual afluíam riquezas de dife-
íses ou as regiões a que correspondem hoje: rentes províncias do Império (metais, objetos
bretões (britânicos – Inglaterra), gauleses de luxo, trigo, especiarias etc.).
McEVEdY, Colin. Atlas de História Medieval. São Paulo: Companhia das letras, 2007. p. 17.
Após analisar o mapa, proponha o traba- romanas para os modos de vida dos romanos
lho com três questões relacionadas ao con- e dos povos subjugados militarmente?
teúdo estudado e que constam do Caderno
do Aluno: Ouça as respostas elaboradas pelos alunos
e, caso necessário, complemente-as, observan-
f Quais eram as motivações do expansionismo do alguns aspectos referenciais: as motivações
romano? estavam ligadas a interesses comerciais e de
f De que condições dependiam os romanos para controle político e militar dos povos conquis-
suas conquistas? Que meios utilizavam? tados. As conquistas romanas só foram possí-
f Quais eram as implicações das conquistas veis por causa da constituição de um exército
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História – 1a série - Volume 3
grande e armado (em muitos casos, formado era romano; logo, a todos os povos de culturas
por componentes dos próprios povos derro- diferentes que, para os romanos, eram enten-
tados) e do domínio de estratégias de guerra. didas como inferiores.
Elas exerciam um importante papel na vida dos
romanos, e muitos deles acreditavam que, por lembre que, no fim do século IV, Roma
meio das conquistas, estendiam os domínios controlava um império de proporções gigan-
do Império e levavam a civilização para outros tescas e mantinha um exército de centenas de
povos, vistos como não civilizados. milhares de soldados, realidade que, em menos
de 80 anos, foi completamente modificada no
É importante ressaltar que a ideia de civi- Ocidente. no final do século seguinte, o Impé-
lização romana desempenhava um papel na rio Romano do Ocidente não existia mais. As
construção da imagem daquele que estava sen- guerras civis e a incapacidade de manter um
do civilizado: o “bárbaro”, a antítese dos ro- exército gigantesco (que contava, até mesmo,
manos. deve-se considerar, também, que, se a com homens dos povos vencidos) e de gerir
cultura dos “bárbaros” se transformava com a um império de iguais proporções (com suas
presença dos romanos, esta também se modifi- dificuldades políticas, econômicas etc.) são
cava com a presença dos primeiros. Ao mesmo associadas às “invasões bárbaras” ocorridas
tempo, as instituições romanas e bárbaras se no mesmo período.
mantiveram com poucas transformações.
Confronte essa interpretação com uma vi-
As migrações “bárbaras” e a ideia de são tradicional do “fim” do Império Romano,
“queda” do império Romano muito comum no final do século XIX e início
do XX, que via como causas desse aconteci-
do mesmo modo que em outras Situações mento questões ligadas à “decadência moral”
de Aprendizagem, você pode reforçar a ideia ou à “mistura entre raças”. É necessário criti-
de que em História a periodização é resulta- car essas ideias, esclarecendo que um grande
do de procedimentos dos historiadores que, conjunto de transformações se desenvolvia em
baseados em critérios, buscam identificar no Roma, desde o século III, as quais não cons-
processo histórico características de uma cer- tituíram uma ruptura repentina na política,
ta época. Como você sabe, as mudanças são nas guerras, nas artes, nas leis etc. Por isso,
processuais, e o período entendido como novo não é pertinente falar em “fim”, “queda” ou
traz sempre elementos daquele que o antece- “declínio” do mundo antigo, ideias vinculadas
deu. dessa maneira, quando ouvimos dizer a uma compreensão da História como dinâ-
“fim do mundo romano” ou “queda do império mica de ascensão e declínio, glória e decadên-
Romano”, devemos, inicialmente, problemati- cia, nas quais são negligenciados os processos
zar o conceito implícito nessas expressões. As- históricos das transformações. Essa noção
sim, considerando que os motivos desse “fim” de término é frequentemente atribuída à pre-
ou “queda” são com frequência atribuídos sença e ao contato com o outro – no caso dos
às migrações bárbaras, propomos que nesta romanos, ela é associada ao encontro com os
aula você contextualize as “migrações bárba- “bárbaros”.
ras”, suas origens, motivações e desenvolvi-
mento, mas que, antes disso, faça uma crítica A designação “bárbaros” refere-se a dife-
aos conceitos de “bárbaro” e de “queda” ou rentes povos com distintas culturas. Em sua
“fim”. nessa crítica, você pode considerar que origem, designava todo aquele que não era
o conceito de “bárbaro”, no mundo romano romano. Sua caracterização data do século
referia-se, em princípio, a todo aquele que não XVIII, quando aqueles povos foram separados
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por “grupos linguísticos ou supostamente Avaliação da Situação de
culturais, tais como germânicos (francos, Aprendizagem
godos – ostrogodos e visigodos, anglos, sa-
xões, burgúndios, teutônicos, lombardos, Espera-se que a Situação de Aprendizagem
suevos, alamanos e vândalos, entre outros), proporcione as condições para que os alunos
eslavos (russos, poloneses, bósnios etc.), tár- questionem noções cristalizadas e estereóti-
taro-mongóis (hunos, turcos etc.)”4. Aliás, pos que marcam os conhecimentos a respeito
por “bárbaros” também foram designados do conteúdo em questão.
os próprios romanos, ao serem considerados
estrangeiros pelas culturas de forte influên- Proposta de questões para a avaliação
cia helenística. É importante que fique claro
para os alunos que essas populações viviam 1. Com base no conteúdo estudado, estabele-
em sociedades estruturadas, com códigos, ça uma relação entre imperialismo e roma-
sistema de organização política, econômica e nização.
militar. Você pode, antes de tratar especifica-
mente das migrações, falar um pouco acerca Durante seu movimento de expansão, Roma
da história dessas sociedades, considerando conquistou e subjugou militarmente dife-
aspectos políticos, econômicos e religiosos, rentes povos, interferindo diretamente em
pontuando os diferentes momentos em que sua política e economia, prática que ficou
fizeram incursões nos territórios romanos, conhecida como “imperialismo”. Ao jugo
principalmente aquelas dos séculos III e IV, militar foi associado o jugo cultural, segun-
além da promovida no século V. do o qual os romanos teriam civilizado os
povos bárbaros – entendidos como sem cul-
As motivações dessas migrações bárbaras tura – por meio da romanização. Essa con-
relacionavam-se, entre outros fatores, com a cepção desconsidera as interações culturais
procura de terras férteis, busca por novas re- e a resistência das culturas locais.
giões de povoamento, fuga de povos com os
quais estavam em conflito etc. Muitos dos 2. Estabeleça uma relação entre as ideias de
“bárbaros” foram incorporados ao exército “queda” ou “fim” do Império Romano e as
romano, no qual chegaram a exercer cargos chamadas “invasões bárbaras”, discutidas
de comando. nesta Situação de Aprendizagem.
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FUnARI, Pedro Paulo Abreu; CARlAn, Cláudio U. Romanos e germânicos: lutas, guerras, rivalidades na an-
tiguidade tardia. Revista Brathair 7 (1), 2007: 17-24. disponível em: <http://www.brathair.com/revista/br/index.
html>. Acesso em: 29 jun. 2009.
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História – 1a série - Volume 3
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Recursos para ampliar a perspectiva 2004. Artigo que problematiza a figuração dos
do professor e do aluno para a germanos e das migrações bárbaras nos livros
compreensão do tema didáticos de maneira bem elaborada e interes-
sante. A própria revista Mirabilia tem diferen-
Sites tes artigos acerca dessa temática e de outros
assuntos correlatos, tudo em espaço virtual.
Revista Mirabilia – Revista eletrônica de
História Antiga e Medieval. disponível em:
<http://www.revistamirabilia.com>. Acesso Revista Brathair – Revista de estudos célticos
em: 29 jun. 2009. Indica-se: SIlVA, Andreia e germânicos. disponível em: <http://www.
Cristina lopes Frazão da. Alguns aponta- brathair.com/revista/br/index.html>. Acesso
mentos acerca dos germanos nos livros didáti- em: 29 jun. 2009. Também oferece textos acer-
cos de História no Brasil. Mirabilia, n. 4, dez. ca do conteúdo estudado.
SITUAçãO dE APREndIzAGEM 2
IMPÉRIO BIzAnTInO E MUndO áRABE
Recursos: mapas.
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História – 1a série - Volume 3
interesse por parte dos alunos: em diferen- exerceram sobre os gregos. Então, pergun-
tes países europeus atuais, muitos de seus te a seus alunos: Pelo que vimos, a cultura
habitantes quiseram ver a si mesmos como grega manteve relações com outras culturas
herdeiros da civilização grega, reivindican- orientais? Elas trouxeram contribuições sig-
do certa pureza original. Contudo, a histó- nificativas?
ria da própria Grécia é marcada por forte
presença da cultura oriental, manifesta na Para estimular a reflexão a respeito do
religião, na língua, nos modos de vida etc. tema, proponha aos alunos a atividade so-
Em sua explicação, considere, por exemplo, licitando que observem as seguintes ima-
a grande influência que fenícios e egípcios gens:
Imagem 1
Museu Vaticano
Imagem 2
© Peter Brown/Alamy-Other Images
© Erich lessing/Album-latinstock
Esfinges aladas encimadas pelo emblema do deus Ahuda Mazda, painel sobre
tijolo, séc. VI-V a.C., Palácio de Susa, Irã.
Essas imagens revelam elementos perten- a segunda é egípcia e a terceira é persa. Esti-
centes a três culturas: egípcia, grega e persa. mule seus alunos a identificarem os elementos
A esfinge era uma criatura mística alada, que caracterizam cada uma dessas culturas: as
com corpo de animal, geralmente leão, e com cabeças humanas das esfinges remetem, res-
cabeça humana. Pode ser encontrada nas pectivamente, ao faraó, aos reis persas e aos
culturas orientais e também no Ocidente, re- traços característicos do homem grego. no
velando a influência exercida de uma cultura Caderno do Aluno você encontrará questões
sobre a outra. A primeira imagem é grega, para apoiá-lo na atividade com sua turma.
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História – 1a série - Volume 3
ARRUdA, Jobson José de A. Atlas histórico básico. São Paulo: ática, 2008. p. 14
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Realizada essa primeira etapa, caracterize Terra e comandante do Império, o poder do
o Império Bizantino, observando que: imperador ficou conhecido como “cesaropa-
pismo” (a partir do reinado de Justiniano, en-
f Ao contrário do Império Romano ociden- tre 527-565). nesse momento, aproveite para
tal, o Império Romano oriental perdura questionar como se manifesta, hoje, a relação
ao longo de todo o período medieval (com dos governantes com as religiões, sobretudo
sua sede em Bizâncio, posteriormente de- aquelas não majoritárias. A forte presença da
nominada Constantinopla – nova Roma). religião na vida do Império Bizantino pode
Os motivos dessa permanência estão rela- ser evidenciada ao se atentar para as mani-
cionados, sobretudo, à esfera estrutural, já festações artísticas do período e sua arqui-
que Bizâncio havia sido uma antiga colônia tetura. Você pode convidar os alunos para
grega e, como nova capital, passou a repre- observar a imagem da Igreja de Santa Sofia,
sentar uma espécie de conjunção de valores reproduzida a seguir e no Caderno do Alu-
greco-romanos e orientais. Constantinopla no, construída por Justiniano, e desenvol-
agregava um conjunto de fatores que a li- ver (a seu critério) conteúdos relacionados
gavam a uma grande metrópole: interação à história do cristianismo e da Igreja nesse
de povos provenientes de diferentes luga- período, sem deixar de contemplar, a seu tér-
res, centro mercantil e religioso do Império mino, o “Cisma do Oriente”, que dividiu a
(sobretudo em virtude de sua localização). Igreja Católica em duas, a Igreja Ortodoxa e
a Igreja Católica Apostólica Romana, mar-
f A centralização despótica dos poderes na cando significativamente a história da Igreja
figura do imperador conferia-lhe condi- daí em diante. Se julgar apropriado, solicite
ções para controlar a vida em seus mais aos alunos antes desta aula uma pesquisa a
diferentes aspectos (políticos, econômicos, esse respeito, para que procurem conhecer as
religiosos etc.). Representante de deus na diferenças entre essas duas organizações.
© Francesco Venturi/Corbis-latinstock
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História – 1a série - Volume 3
Para sustentar a Situação de Aprendizagem, de realizar uma pesquisa para ampliar o conhe-
disponibilizamos, no Caderno do Aluno, um ex- cimento sobre o imperador Justiniano e a impe-
certo documental sobre a cidade de Constanti- ratriz Teodora e apresentar uma síntese com as
nopla a ser lido em sala de aula. Os alunos terão informações que considerarem mais relevantes.
Constantinopla no século Vi
Visto que o imperador (Justiniano) mantém aqui a sua residência, resulta da grandeza do Império
que uma multidão de homens das mais variadas condições chegam à cidade, vindos de todas as partes do
mundo. Cada um deles é levado a vir ou por alguma necessidade de negócios ou por qualquer esperança
ou por acaso; e muitos na verdade vêm por os seus negócios não se encontrarem em feliz situação na terra
natal a fim de fazerem uma petição ao imperador; e todos estes passam a residir na cidade por qualquer
obrigação urgente, iminente ou ameaçadora. A juntar às outras dificuldades estas pessoas têm também
necessidade de alojamentos, sendo incapazes de pagar o aluguel de qualquer residência aqui. Esta difi-
culdade foi-lhes totalmente resolvida pelo imperador Justiniano e pela imperatriz Teodora. Muito perto
do mar, no local chamado Estádio (porque em tempos antigos, suponho, se destinava a jogos de qual-
quer espécie), construíram uma muito grande hospedaria destinada a servir de alojamento temporário
àqueles que assim se encontrassem embaraçados.
Procópio de Cesaréia. De aedificiis, I, XI – 23-17. Trad. inglesa B. dewing. londres, 1940. Apud Espinosa, op. cit., p. 48-49. In:
PEdRERO-SánCHEz, Maria Guadalupe, História da Idade Média: textos e testemunhas. São Paulo: Editora Unesp, 2000. p. 47.
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ARRUdA, Jobson José de A. Atlas histórico básico. São Paulo: ática, 2008. p. 14
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História – 1a série - Volume 3
são, percebida na Jihad (guerra santa). neces- nesse momento, é importante apontar
sidade da existência, a missão deve perdurar as especificidades do islamismo, mostrando
enquanto se mantiverem a injustiça e a opres- diferentes contribuições das culturas árabe
são no mundo. Uma tradução mais literal de e muçulmana nos campos da medicina, da
Jihad seria “esforço no caminho de deus”. matemática, da filosofia, da metalurgia, das
técnicas, do comércio etc. Todos esses temas,
O Islã não surgiu, simplesmente, com o aliás, podem constituir interessantes objetos
profeta Mohammad: retoma características de pesquisa para os alunos. O professor pode
ancestrais dos povos da Península Arábica, sugerir, até mesmo, um estudo específico so-
continuando-as e modificando-as. É impor- bre o Cisma do Oriente e sobre a presença do
tante apontar a existência de uma cultura ará- islamismo no Brasil.
bica pré-islâmica.
Proposta de Questões para a
Morto, o profeta Mohammad é substituído Avaliação
como líder da comunidade política por uma
série de califas, que levam a termo a expansão 1. Que relação pode ser estabelecida entre a
do mundo árabe e, como desdobramento, da construção da Igreja de Santa Sofia (532-
fé islâmica. Os governantes, em geral, eram 537) e o cristianismo nesse período?
de Meca e Medina e suas estratégias de con-
quista caracterizavam-se pela capacidade de Após um período de perseguições, sob o
enfrentar, em melhores condições, as adversi-
governo de Constantino (306-337), o cris-
dades do deserto, visto que as bases militares
tianismo experimentou a liberdade de culto,
e administrativas dos territórios conquistados
sendo, posteriormente, proclamado como
eram instaladas nesse espaço.
religião oficial do Império. A construção da
Igreja de Santa Sofia por Justiniano eviden-
Inicialmente, os primeiros califas conquis-
tavam o posto por laços de parentesco com o cia, por sua magnitude, a forte presença do
profeta, mas a disputa pelo critério de suces- cristianismo na cultura. Data desse perío-
são política foi causa de um grande número do, também, a concentração de poderes do
de conflitos entre diferentes dinastias ao longo imperador sobre o Estado e sobre a Igreja,
da expansão muçulmana. desse longo perío- articulando as esferas secular e espiritual.
do, ressalte as conquistas de diferentes áreas Essa época é marcada, ainda, pelo protecio-
do Oriente e do Ocidente – Egito, Palestina, nismo da Igreja de Roma (entendida como
norte da áfrica, Península Ibérica, regiões da um meio de unificação dos cristãos) e por
atual Itália etc. Os fatores comumente aceitos perseguições a não católicos.
para explicar a expansão do Islã referem-se às
pressões demográficas e à consequente neces- 2. Em que consistiu o movimento denomina-
sidade de novas terras. do “Cisma do Oriente”?
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a) Império Romano oriental/Império Bi- c) teve, no início, uma pequena influência
zantino; na expansão árabe;
SITUAçãO dE APREndIzAGEM 3
OS FRAnCOS E O IMPÉRIO dE CARlOS MAGnO
Ao longo da história, vários povos procu- fugido de Troia e estabelecido a primeira reale-
raram ligar sua origem a outro povo conquis- za franca. Apropriações como essas se devem,
tador. na Inglaterra e na França, por exemplo, sobretudo, ao fato de os francos terem exer-
para suplantar a história da conquista roma- cido, por um longo período, grande influên-
na, as dinastias de reis medievais construíam o cia em toda a Europa. Situados, inicialmente,
mito de que troianos, de origem nobre, teriam na região que hoje é a França, conquistaram
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História – 1a série - Volume 3
outros territórios, tendo-se organizado, sobre- templem, pelo menos, os seguintes aspectos:
tudo, em duas dinastias: merovíngia e carolín- Quem eram? Onde viveram? Como se organi-
gia. nas aulas que antecedem esta Situação zavam política e religiosamente? O importan-
de Aprendizagem, divida a classe em grupos te é que esses aspectos – além de outros que
de até cinco participantes. Em seguida, distri- você considerar relevantes – sejam os mesmos
bua esses grupos em dois conjuntos, de modo para ambos os grupos. Peça que evitem copiar
que metade da sala desenvolva uma pesquisa integralmente os textos lidos, mas que desen-
sobre os merovíngios e a outra metade, sobre volvam, com as próprias palavras, aspectos
os carolíngios. nessa pesquisa, peça que con- referenciais de seus conteúdos.
Competências e habilidades: identificação e problematização das relações entre poder político, familiar
e religioso.
Recursos: mapa.
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você sabe, esses fatos foram lidos e apropria- um período de enfraquecimento do poder dos
dos das mais diferentes maneiras. reis merovíngios, cujo lugar foi ocupado pelos
Com o expansionismo empreendido por “prefeitos do palácio”, pelos “mordomos do
Clóvis, grande parte da Gália foi conquistada paço” e pelos nobres detentores de grandes
(com povos de diferentes tribos germânicas), propriedades. Esse enfraquecimento ocorreu,
sempre com o apoio da Igreja. Indague acerca sobretudo, em virtude das guerras e das fre-
da relação que se estabelece entre a coroação quentes perdas de terras dos reis para a aristo-
de Clóvis, o expansionismo dos francos e sua cracia – terras que eram concedidas em troca de
adesão ao cristianismo. Espera-se que os alu- apoio militar. Observe que era prática comum
nos, mesmo sem ter mais detalhes, estabeleçam entre os francos a partilha das terras conquis-
algumas associações. Explique essa relação, es- tadas entre aliados. desse conteúdo, você pode
clarecendo que com ela se efetiva uma espécie destacar e explicar os seguintes aspectos:
de união entre os povos da Gália romana, a f o processo de cristianização e a expansão
qual será a base da formação da futura França. territorial;
Além disso, lembre que uma religião adotada f a fragmentação do poder político.
tanto pelos conquistadores quanto por outros Usando o mapa do Império Carolíngio a se-
povos servia aos interesses dos primeiros. guir, que também se encontra reproduzido no
Após a morte de Clóvis (início do século Caderno do Aluno, explique seu expansionis-
VI – 511), seus domínios foram divididos entre mo militar e a conquista de regiões como a Sa-
seus filhos. A esse momento histórico sucedeu xônia, a lombardia e a Baviera, entre outras.
ARRUdA, Jobson José de A. Atlas histórico básico. São Paulo: ática, 2008. p. 15.
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História – 1a série - Volume 3
Em seguida, faça considerações acerca da ção real, que consistia em doar terras para
ascensão de Carlos Magno e da organização aqueles que prestassem serviços e fossem
política do Império Carolíngio (divisão das ter- fiéis ao rei.
ras conquistadas em condados e marcas, com
representantes do imperador), como forma de 3. Os francos se estabeleceram na região que
exercer o controle sobre os territórios conquis- hoje corresponde à _________ e que na An-
tados. A terra cedida pelo imperador recebia o tiguidade era conhecida como _________.
nome de beneficium. Ainda do ponto de vista Qual das duplas de termos abaixo comple-
de organização do Império, Carlos Magno es- ta corretamente os espaços?
tabeleceu um conjunto de leis cujo objetivo era
unificar as legislações consuetudinárias (basea- a) Itália/Bretanha;
das nos costumes) locais. Essas leis eram deno-
minadas capitulares. depois, peça aos alunos b) Portugal/Ibéria;
que respondam à pergunta 3 no Caderno do
Aluno. c) França/Gália;
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b) A conversão de Clóvis, segundo o rito beneficium etc. Primeiro solicite aos alunos a
da Igreja Ortodoxa de Constantinopla, elaboração de uma lista de conceitos estuda-
significou um reforço político-militar dos e de que eles se lembrem. A seguir, orien-
para o Império Romano do Oriente. te-os a pesquisar os materiais de estudo para
ampliar a lista com conceitos que não foram
c) Com a conversão de Clóvis, de acordo lembrados no primeiro momento. Feita a lista-
com a orientação da Igreja de Roma, o gem individual de conceitos é hora de elaborar
reino franco tornou-se o primeiro Esta- a lista da classe: você anota na lousa as contri-
do germânico sob influência papal. buições dos alunos, numerando-as. Aproveite
para discutir a pertinência dos termos que fo-
d) A conversão de Clóvis ao cristianismo rem citados. Os alunos deverão copiar a lista
levou o reino franco a um prolongado completa e numerada no caderno. Realizado
conflito religioso, uma vez que a maio- o exercício, faça a correção oralmente, discu-
ria de seus integrantes manteve-se fiel tindo com eles as definições que elaboraram,
ao paganismo. estimulando que façam os ajustes necessários.
É muito importante, neste momento, destacar
e) A conversão de Clóvis ao cristianismo a possibilidade de existirem definições escri-
permitiu à dinastia franca merovíngia a tas de formas diferentes, mas que preservam
anexação da Itália a seus domínios e a a ideia principal do conceito e, portanto, são
submissão do poder pontifício à autori- corretas. Outro aspecto importante diz respei-
dade monárquica. to à temporalidade do conceito: há conceitos
que pertencem a períodos históricos específi-
5. Carolíngios e merovíngios correspondem a: cos e outros que podem ser adotados em pe-
ríodos diferentes. Por exemplo, feudalismo é
a) povos que viveram na antiga Inglaterra. um conceito próprio da Idade Média, ao pas-
so que cultura pode ser utilizado em diferen-
b) povos que lutaram com os gregos no sé- tes momentos da história. É importante que o
culo I d.C. aluno se habitue a atribuir temporalidade aos
conceitos.
c) povos que lutaram com os romanos no
século I a.C. Recursos para ampliar a perspectiva
do professor e do aluno para a
d) dinastias dos francos. compreensão do tema
Proposta de Situação de Site
Recuperação
História Medieval. disponível em: <http://
Elaboração de um dicionário conceitual com www.ricardocosta.com>. Acesso em: 29 jun.
termos a serem sugeridos por você, como: 2009. Possui muitos textos relativos à história
francos, merovíngios, carolíngios, capitulares, dos francos traduzidos para o português.
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História – 1a série - Volume 3
SITUAçãO dE APREndIzAGEM 4
SOCIEdAdE FEUdAl – CARACTERíSTICAS SOCIAIS,
ECOnôMICAS, POlíTICAS E CUlTURAIS
Recursos: imagens.
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© Erich lessing/Album-latinstock
Livro das Horas de duc de Berry – Ilustração de Pol de limbourg, 1409, “Feverei-
ro”. Mulheres se aquecendo, neve e homem cortando lenha. Museu Condé, Chantilly,
França.
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História – 1a série - Volume 3
© Erich lessing/Album-latinstock
Livro das Horas de duc de Berry – Ilustração de Pol de limbourg, 1409, “Março”. Fa-
zendeiro arando a terra e o castelo de duc de Berry. Museu Condé, Chantilly, França.
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© Erich lessing/Album-latinstock
Livro das Horas de duc de Berry – Ilustração de Pol de limbourg, 1409, “Junho”. Co-
lheita em plantação do castelo de Saint-Chapelle. Museu Condé, Chantilly, França.
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História – 1a série - Volume 3
© Erich lessing/Album-latinstock
Livro das Horas de duc de Berry – Ilustração de Pol de limbourg, 1409, “Agosto”. Pes-
soas se banhando no rio, colheita e senhores feudais. Museu Condé, Chantilly, França.
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© Erich lessing/Album-latinstock
Livro das Horas de duc de Berry – Ilustração de Pol de limbourg, 1409, “Setembro”.
Castelo Saumur e colheita de uvas. Museu Condé, Chantilly, França.
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História – 1a série - Volume 3
© Erich lessing/Album-latinstock
Livro das Horas de duc de Berry – Ilustração de Pol de limbourg, 1409, “Outubro”. Pa-
lácio louvre, durante reinado de Carlos V, servos semeando e o rio Sena ao fundo. Museu
Condé, Chantilly, França.
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Antes de desenvolver essa tarefa, explique dieval. Você pode levar seus alunos a pro-
aos alunos o que é um livro das horas. lem- blematizar esse conceito, mesmo que não o
bre, sobretudo, que esse tipo de livro remon- conheçam em profundidade, lembrando que,
ta a uma tradição medieval e liga-se às horas naquele período, a visão do mundo predomi-
canônicas ou litúrgicas, nas quais os cristãos nante era religiosa, e que bispos pensavam
deveriam cumprir atividades específicas, como que a sociedade deveria ser dividida em três
orar. Oriente a classe para a necessidade de grupos: os que rezavam, os que combatiam e
considerar nessa análise a disposição dos ele- os que trabalhavam. Os alunos analisarão os
mentos da cena e a composição temática e documentos e, provavelmente, farão objeções,
cromática. Em seguida, apresente as questões questionando, por exemplo: Quem combatia
a serem respondidas no Caderno do Aluno: não rezava? Uma função necessariamente ex-
Como viviam os trabalhadores representados? cluía a outra?
A vida transcorria da mesma forma nas diferen-
tes épocas do ano? Analise a imagem a seguir, acompanhada
do texto do bispo Adalberon de laon, pro-
Análise de texto e imagem pondo uma afirmação e uma pergunta: Os
documentos apresentados são representativos
Com esta tarefa, propomos, por meio da de uma visão tradicional e normativa do mun-
análise de dois documentos de suportes dis- do feudal. Com base na leitura e análise dos
tintos (uma pintura e um texto), a análise mesmos, responda: Que visão é essa? A ideia é
crítica de um mesmo conceito: a tripartição fazer que os alunos reflitam acerca do conteú-
social que teria caracterizado o mundo me- do analisado
Jairo Souza design
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História – 1a série - Volume 3
nas palavras de um bispo do século XI, Adalberon de laon, o domínio da fé é uno, mas há um triplo
estatuto na Ordem. A lei humana impõe duas condições: nobre e o servo não estão submetidos ao mes-
mo regime. Os guerreiros são protetores das igrejas. Eles defendem os poderosos e os fracos, protegem
todo mundo, inclusive a si próprios. Os servos por sua vez têm outra condição. Esta raça de infelizes
não tem nada sem sofrimento. Quem poderia reconstruir o esforço dos servos, o curso de sua vida e
seus inumeráveis trabalhos? Fornecer a todos alimento e vestimenta: eis a função do servo. nenhum
homem livre pode viver sem eles. Quando um trabalho se apresenta e é preciso encher a despensa, o rei
e os bispos parecem se colocar sob a dependência de seus servos. O senhor é alimentado pelo servo que
ele diz alimentar. não há fim ao lamento e às lágrimas dos servos. A casa de deus que parece uma é,
portanto, tripla: uns rezam, outros combatem e outros trabalham. Todos os três formam um conjunto
e não se separam: a obra de uns permite o trabalho dos outros dois e cada qual por sua vez presta seu
apoio aos outros.
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buíram para a formação do feudalismo, são e) entre as classes sociais, a nobreza foi a
exemplos: as vilas (grandes propriedades menos prejudicada pela crise, ao con-
rurais autossuficientes), o colonato (siste- trário do que ocorreu com a burguesia.
ma de trabalho que criava uma relação de
dependência entre um trabalhador e um se- 4. (Vestibular Unesp – 2002) O ritual da inves-
nhor de terras), a Igreja (responsável pela tidura era uma cerimônia praticada duran-
preservação e transmissão de parte da cul- te a Idade Média. Este ritual referia-se:
tura romana aos novos reinos germânicos).
(Resposta fornecida pela Unicamp.) a) à sagração de um papa.
b) à transformação de um homem livre em
2. Por que a tripartição social atribuída ao
servo.
período medieval pode ser criticada na
própria concepção, ao dividir a sociedade c) à coroação dos reis.
entre aqueles que rezavam, aqueles que
combatiam e aqueles que trabalhavam? d) ao recebimento de um feudo.
e) à transformação do guerreiro em vassa-
Porque os grupos sociais não são homogê- lo do rei.
neos e um indivíduo poderia estar incluído
em mais de um grupo e exercer práticas a
5. (Fuvest – 1991) dos meados do século XI
ele concernentes. Outro aspecto importan-
até o início do século XIV, a Europa Oci-
te a ser levado em conta consiste no grande
dental passou por um continuado e vigoro-
número de conflitos sociais daquele período
so processo de crescimento (da população,
e no interesse das ordens estabelecidas em
manter seus privilégios. da produção, do comércio, das corporações
de ofício, das cidades), de expansão militar
3. (Fuvest – 1999) A peste, a fome e a guer- e territorial (cruzadas, reconquista, coloni-
ra constituíram os elementos mais visíveis zação do leste) e de desenvolvimento cultu-
e terríveis do que se conhece como a crise ral e artístico (universidades, catedrais).
do século XIV. Como consequência dessa Todo este processo deveu-se:
crise, ocorrida na Baixa Idade Média: a) à centralização monárquica, que criou
a) o movimento de reforma do cristianis- as condições institucionais necessárias
mo foi interrompido por mais de um sé- ao desenvolvimento econômico e cul-
culo, antes de reaparecer com lutero e tural.
iniciar a modernidade.
b) a fatores externos ao feudalismo, decor-
b) o campesinato, que estava em vias de rentes do afluxo de capital e tecnologia
conquistar a liberdade, voltou a cair, por do Oriente.
mais de um século, na servidão feudal.
c) a uma combinação de três modos de
c) o processo de centralização e concen- produção: o escravista, o feudal e o ca-
tração do poder político intensificou-se pitalista.
até se tornar absoluto, no início da mo-
dernidade. d) à própria dinâmica do feudalismo, que
só entrou em crise no século XIV.
d) o feudalismo entrou em colapso no cam-
po, mas manteve sua dominação sobre e) ao desenvolvimento do capitalismo que,
a economia urbana até o fim do antigo com a crise do século XIV, passou para
regime. a fase de produção fabril.
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História – 1a série - Volume 3
BiBliOGRAFiA
CARdOSO, Ciro Flamarion. A Cidade- _______; CARlAn, Cláudio U. Romanos e
Estado antiga. 3. ed. São Paulo: ática, 1990. germânicos: lutas, guerras, rivalidades na Anti-
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racontexto.com.br>. Acesso em: 29 jun. 2009. nhos. São Paulo: Editora Unesp, 2001.
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COnSidERAçÕES FinAiS
nesse Caderno, apresentamos propostas refletisse um pouco as atuais discussões histo-
de abordagem de um conteúdo rico em para- riográficas a seu respeito.
lelos com significações práticas da vida dos
alunos, o que pode propiciar interesse e gosto Esperamos que este material possa se cons-
pelo tema. Procuramos fazer que o conteú- tituir em um instrumento útil para o exercício
do proposto nas Situações de Aprendizagem de suas atividades.
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