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1) SENTENÇA ESTADUAL
RODADA 11.2014
Após vista do laudo produzido em juízo, SACI peticionou apenas para externar
sua concordância. Já a seguradora “CADA UM POR SI” apresentou nova
divergência, desta feita com base em contraponto de seu assistente técnico.
Afirmou que o autor teve “apenas” perda funcional de um dos dedos do pé
direito. Por tal razão, ante esse reconhecimento parcial da lesão, a ré
apresentou, na mesma ocasião, proposta de acordo para encerramento do
processo, admitindo pagar a quantia de R$ 1.350,00, conforme legislação de
regência.
Esses foram os mais relevantes pontos da marcha processual, que teve curso
regular. Na condição de Juiz de Direito competente para apreciação do
caso, profira a decisão que reputar adequada, sendo dispensado o relatório.
Bons estudos!
Para uma melhor divisão da sentença, até mesmo para possibilitar um esquema de
enfrentamento das questões apresentadas, recomenda-se dividir a fundamentação
em tópicos e subtópicos. Além de servir para organizar a sua resposta, tal tipo de
apresentação certamente causa uma boa impressão, pois o examinador facilmente
encontrará os pontos a analisar conforme planilha que carrega.
MELHORES RESPOSTAS
“Poder Judiciário
Comarca de
__ Vara Cível
Autos nº__
Autor: SACI
Réu: Seguradora CADA UM POR SI
I- RELATÓRIO
II- FUNDAMENTAÇÃO
DA PRELIMINAR:
PRESCRIÇÃO: A defesa alegou a ocorrência da prescrição, uma vez que o
ajuizamento da ação ocorreu mais de três anos após o acidente.
A preliminar não merece ser acolhida.
A Súmula 405 do STJ preceitua que prescreve em 3 anos a ação de cobrança
do seguro obrigatório (DPVAT). Entretanto, diversamente do que alegou a
defesa, o termo inicial do prazo prescricional na ação de indenização é a
data em que o segurado teve ciência inequívoca da incapacidade laboral
(11/03/09 - Súmula 278 do STJ e artigo 184, CPC).
Ocorre que no dia 10/04/09 o autor requereu administrativamente, perante a
seguradora ré, o pagamento de indenização por invalidez permanente.
Consoante preceitua a Súmula 229 do STJ, esse pedido administrativo
suspende o prazo de prescrição até que o segurado tenha ciência da
decisão. A decisão administrativa foi proferida em 10/08/09, ocasião em que
o curso do prazo prescricional voltou a ter curso.
A presente ação foi ajuizada em 08/04/12, ou seja, antes do decurso do prazo
prescricional de 3 anos que se daria em julho de 2012.
Sendo assim, não ocorreu a prescrição.
DO MÉRITO:
DA INVALIDEZ PERMANENTE: O DPVAT é o seguro obrigatório de danos pessoais
causados por veículos automotores de vias terrestres criado pela Lei 6.194/74,
com o fim de amparar as vítimas de acidente de trânsito em todo o território
nacional, e prevê indenizações em caso de morte, invalidez permanente,
total ou parcial, além de despesas de assistência médica e suplementares.
O autor juntou na inicial laudo conclusivo do IML, realizado após o acidente,
atestando que o mesmo teve perda funcional completa do pé direito e mais
três laudos subscritos por médicos particulares, todos convergentes quanto à
conclusão chegada pelo IML.
No mérito, a defesa reiterou argumento já apresentado em sede
administrativa, no sentido de que não constatou a perda funcional certificada
pelo IML. Apresentou resultado da análise técnica realizada em sede
administrativa resultado da avaliação feita no autor.
Diante da divergência, este juízo determinou a realização de perícia por uma
junta de três médicos previamente cadastrados. Realizados os trabalhos de
estudos dos documentos acostados aos autos e novo exame físico de SACI, a
junta médica concluiu que o autor efetivamente teve perda funcional
completa do pé direito, corroborando, portanto, o que atestado no laudo do
IML e nos atestados particulares apresentados pelo autor com a inicial.
Após a realização da perícia determinada pelo juízo, a ré apresentou
contraponto do assistente técnico no sentido de que o autor teve apenas
perda funcional de um dos dedos do pé direito.
Analisando as provas colhidas, nota-se que as alegações da defesa não
encontram respaldo probatório. Observa-se que o laudo do IML realizado
após o acidente, o laudo resultante da perícia realizada pela junta médica
deste juízo e mais três laudos subscritos por médicos particulares, atestaram
que SACI efetivamente teve perda funcional do pé direito. Sendo assim, após
cinco laudos serem convergentes no sentido da perda funcional completa do
pé direito, a alegação isolada do assistente técnico da parte ré no sentido de
que houve perda funcional de apenas um dos dedos do pé não merece
prosperar.
Portanto, comprovado o preenchimento dos requisitos da Lei 6.194/74, faz jus
a parte autora ao recebimento da indenização securitária DPVAT, até mesmo
porque, em violação ao disposto no artigo 333, II, do CPC, não cuidou a parte
ré de demonstrar qualquer causa extintiva, modificativa ou impeditiva do
direito autoral.
III- DISPOSITIVO
Ante o exposto, com base no artigo 269, I, do Código de Processo Civil, JULGO
PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido para resolver o mérito e condenar a
parte ré a pagar à parte autora a importância total de R$6.750,00 (seis mil,
setecentos e cinquenta reais), valor que deverá ser corrigido monetariamente
desde a data do acidente, e acrescido de juros moratórios mensais de 1%,
desde a citação.
Parte do valor total, ou seja, a importância incontroversa de R$1.350,00,
deverá ser paga antecipadamente pela parte ré.
Condeno as partes ao pagamento das custas processuais e dos honorários
advocatícios fixados em 10% sobre o valor da condenação, na proporção de
50% para a parte autora, e de 50% para a parte ré, autorizada a
compensação com base no artigo 21, “caput”, do CPC e na súmula 306, do
STJ.
Publique-se.
Registre-se.
Intimem-se.
Local, data.
Nome e assinatura
Juiz de Direito”
Sentença
1 Relatório (dispensado, nos termos do Enunciado)
Fundamento e decido.
2 Fundamentação
Tratam os autos de ação de cobrança de indenização relativa ao seguro
DPVAT, movida por Saci em face da Seguradora "Cada um por si", em razão
da ocorrência de acidente automobilístico em via terrestre que ensejou a
perda funcional completa do pé direito do autor, de acordo com o laudo do
IML, o qual foi corroborado pelo laudo da perícia judicial.
2.1 Preliminar
Em sua contestação, a requerida alegou a ocorrência da prescrição, tendo
em vista o fato de terem decorridos mais de 3 (três) anos entre a data do
acidente e a data do ajuizamento da ação (08/04/2009).
Contudo, tal alegação não prospera.
De fato, de acordo com entendimento sumulado pelo Superior Tribunal de
Justiça, na Súmula 405, ocorre em 3 anos a prescrição da ação de cobrança
do seguro obrigatório (DPVAT). Porém, o termo 'a quo' se dá, segundo
entendimento do STJ, com o laudo conclusivo do IML, data em que o
segurado teve ciência inequívoca da incapacidade laboral (Súmula 278 do
STJ), o que ocorreu apenas em 10/03/2009.
Ademais, em data de 10/04/2009, o autor requereu administrativamente o
pagamento de indenização por invalidez permanente, sendo que a decisão
administrativa indeferindo tal pedido somente foi comunicada em 10/08/2009.
Neste período, o prazo prescricional ficou suspenso, segundo redação da
Súmula 229 do STJ, e, assim, a prescrição apenas se configuraria em
09/07/2012.
Por tal razão, tem-se afastada a preliminar.
2.2 Mérito
Meritoriamente, tem-se de um lado o pedido do autoro de condenação da
seguradora ao pagamento de R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais), valor
correspondente ao teto para ressarcimento de indenização por invalidez
permanente, e, de outro, tem-se alegação da requerida de que não teria
ocorrido a perda funcional apontada e afirmando, subsidiariamente, que o
valor da indenização deveria ser proporcional ao grau de invalidez.
O laudo da perícia judicial corroborou o que fora atestado no laudo do IML,
ou seja, de que o autor teve perda funcional completa do pé direito. Desta
forma, apesar da divergência ao laudo apresentada pela requerida, com
base em contraponto de seu assistente técnico, afirmando que o autor teve
"apenas" perda funcional de um dos dedos do pé direito, admitindo pagar
apenas a quantia de R$ 1.350,00 (um mil trezentos e cinquenta reais),
prevalece o laudo oficial.
Ocorrendo divergência entre o laudo médico juntado pelas partes e a perícia
realizada por perito nomeado pelo juízo, deve prevalecer o laudo oficial, por
ser realizado por profissional distante do interesse das partes.
Com relação ao valor de indenização pleiteado na inicial, assiste razão à
requerida ao afirmar que o valor deveria ser proporcional ao grau de
invalidez.
A redação da Súmula 474 do STJ dispõe que em caso de invalidez parcial do
beneficiário, a indenização do seguro DPVAT será paga de forma
proporcional ao grau de invalidez.
O artigo 3º, inciso II, da Lei 6194/74, com redação dada pela Lei 11482/07,
afirma que no caso de invalidez permanente o valor da indenização será de
até R$ 13.500,00. Com efeito, a expressão "até" indica a existência de uma
gradação, conforme o grau de invalidez da vítima.
Na hipótese dos autos, a perícia médica do IML, corroborada pela judicial,
constatou que, em razão do acidente, houve perda funcional completa do
pé direito. Assim, tem-se estabelecido grau de invalidez permanente parcial
do requerente.
De acordo com o §1º do artigo 3º da Lei 6194/74, no caso de invalidez
permanente, as lesões podem ser classificadas em invalidez permanente total
ou parcial, subdividindo-se a parcial em completa e incompleta, conforma a
extensão das perdas anatômicas ou funcionais.
A hipótese constatada nos autos, qual seja, perda funcional completa do pé
direito, enquadra-se como dano corporal segmentar (parcial) no anexo à Lei
6194/74, fixando-se percentual da perda em 50% do valor total para
indenização, ou seja, 50% de R$ 13.500,00, gerando montante de R$ 6.750,00
(seis mil setecentos e cinquenta reais) valor a ser pago ao requerente à título
de indenização.
3 Dispositivo
Ante o exposto, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido para condenar a
Seguradora "Cada um por si" ao pagamento da indenização no montante de
R$ 6.750,oo (seis mil setecentos e cinquenta reais) ao requerente, valor este a
ser corrigido monetariamente desde a data do acidente e acrescido de juros
de mora de 1% ao mês a contar da citação, nos termos da Súmula 426 do STJ.
Concedo a tutela antecipada, nos termos do §6º do artigo 273 do CPC, para
condenar o réu ao pagamento de R$ 1.350,00, valor incontroverso.
Ante a sucumbência recíproca em igual proporção, cada parte arcará com
os honorários de seu patrono, bem como repartirão igualitariamente as custas
e despesas processuais, incluindo a perícia judicial, fixando os honorários do
perito judicial em R$ 2.000,00 (dois mil reais).
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Local e data.
Juiz substituto.”
“Protocolo: Processo nº
Natureza: Procedimento Civil
Ação de Cobrança Seguro DPVAT
Autor: SACI
Réu: SEGURADORA CADA UM POR SI.
SENTENÇA
Relatório:
Dispensado nos termos do enunciado da questão.
DA PRELIMINAR DE PRESCRIÇÃO:
A Empresa Ré, alega em preliminar, a prescrição da pretensão do Autor em
reclamar a indenização pelo pagamento do seguro DPVAT, uma vez que,
transcorrido mais de três anos do acidente e da propositura da presente
ação.
Trata-se o presente caso, de ação de cobrança de seguro obrigatório DPVAT
ajuizada pelo autor em 08/04/2012, com base em invalidez permanente
decorrente de acidente ocorrido em 10/02/2009.
Conforme se depreende dos autos, o Autor requereu administrativamente o
pagamento do seguro DPVAT em 10/04/2009, sendo que, somente em
10/08/2009 a Empresa Ré manifestou sua negativa ao pagamento do seguro.
Consta ainda nos autos, que o Autor somente teve conhecimento da
estabilidade de sua lesão em 10/03/2009, quando da entrega do laudo
conclusivo do IML.
A legislação civil brasileira, dita que o prazo prescricional para cobrança da
indenização securitária, decorrente do seguro de responsabilidade civil
obrigatório, passou a ser o de 3 (três) anos do artigo 206, §3°, IX, CC/2002.
Neste sentido também é a jurisprudência do STJ, que possui sumulado o
entendimento de que a prescrição da pretensão para cobrança do seguro
DPVAT é de 3 anos – súmula 405.
No que tange ao início do prazo prescricional, a jurisprudência também é
pacífica no sentido de que este somente se inicia quando a vítima toma
conhecimento inequívoco de sua invalidez permanente, e não do momento
do acidente.
Sendo assim, pela teoria da actio nata, somente em 10/03/2009, teve início o
prazo prescricional no presente caso.
Não obstante, e em tempo hábil, o Autor requereu administrativamente no dia
10/04/2009, o pagamento do seguro DPVAT junto à empresa Ré, sendo que,
somente em 10/08/2009 obteve resposta sobre o indeferimento do pedido.
Neste contexto, o pedido administrativo realizado junto à Seguradora,
suspende o prazo prescricional, sendo que, o mesmo somente se plenificaria
em 10/07/2012, interpretação esta em aplicação da inteligência da súmula
229 do STJ.
Ante o exposto, rejeito a preliminar de prescrição apresentada pela Empresa
Ré.
DO MÉRITO
A demanda proposta pelo Autor Saci, trata-se de ação de cobrança do
seguro DPVAT em detrimento da Seguradora Cada Um Por Si.
Desde já, salienta-se que a ação de cobrança do seguro DPVAT pode ser
proposta contra qualquer seguradora pouco importando se o veículo esteja a
descoberto, uma vez que, a responsabilidade em tal caso decorre do próprio
sistema legal de proteção.
a) Da lesão sofrida.
Em defesa, a Empresa Ré alega que não houve comprovação da perda
funcional no laudo conclusivo do IML. Além do mais, argumenta em sua
defesa, que houve a confecção de outros laudos avaliativos em sede
administrativa, sendo que, neste não foi apontada a invalidez permanente
funcional alegada pelo Autor.
Contudo, em cotejo às provas dos autos, no que tange aos fatos, restou
devidamente apurado a lesão sofrida pelo Autor em virtude do acidente de
trânsito ocorrido no dia 10/02/2009 – conforme Boletim de Ocorrência em
anexo, fato este incontroverso. No que toca a gravidade da lesão sofrida, o
laudo conclusivo do IML aponta de forma inconteste, que o Autor sofreu lesão
funcional completa e permanente no pé direito – laudo anexo.
Em instrução processual, foi determinada a realização de exame pericial
(art.420 do CPC), sendo o referido exame realizado por junta de três médicos
de confiança do juízo e previamente cadastrados. No relatório final da
perícia, restou apurado que o Autor efetivamente teve perda funcional
completa do pé direito, fato que guarda correlação com o informado no
laudo do IML e nos atestados particulares apresentados pelo autor com a
inicial.
Assim, em que pese a Empresa Ré, discordar do laudo pericial confeccionado
em juízo e do laudo conclusivo do IML, simplesmente por mera divergência do
contraponto de fato apresentado por seu assistente técnico. Entendo que, a
Ré não se desincumbiu de seu ônus probatório de provar os fatos impeditivos,
modificativos ou extintivos do direito do Autor – art.333, inciso II do CPC. Além
do mais, pelo conjunto probatório carreado aos autos, certo e bem
delimitado está o direito do autor no que toca a lesão sofrida e seu grau de
incidência debilidade permanente e completa do pé direito.
Ante o exposto, presente no caso em análise a incidência do art.3º, da Lei
6.194/74, no que toca à invalidez permanente.
b) Do quantum da Indenização.
No que tange ao valor da indenização, o Autor pleiteia a quantia de
R$13.500,00 (treze mil e quinhentos reais), em virtude da invalidez permanente.
Já a Empresa Ré, alega em sua defesa que, alternativamente, caso
reconhecida a perda funcional do pé direito, seja o valor da indenização
fixado de forma proporcional ao grau de invalidez.
A legislação de regência aplicada ao presente caso se resume da
interpretação do CC/2002, com a Lei nº 6.194/74 e a jurisprudência pátria, em
especial destaque para as súmulas do Superior Tribunal de Justiça.
O acidente sofrido pelo autor ocorreu em 10/02/2009, assim, incidente no
presente caso a alteração legislativa promovida pela MP 451/2008, convertida
na Lei 11.945/2009, que passou a classificar as incapacidades de forma a
atender a nova redação do art. 3º da Lei 6.194/1974, prevendo a invalidez
permanente e a parcial, dividindo esta em completa e incompleta, e, fixando
ao final tabela com o percentual de incidência sofre a indenização máxima.
Cabe salientar ainda, que o STJ em diversos julgados, inclusive sob o
procedimento do art.543-C, do CPC – causas repetitivas -, declarou a
validade da tabela introduzida pela MP 451/2008, convertida na Lei
11.945/2009, inclusive, com sua aplicação retroativa a casos ocorridos antes
de 16 de dezembro de 2008.
No caso em tela, ficou devidamente apurado que o Autor sofreu lesão no pé
direito em virtude de acidente de trânsito, sendo que, dita lesão acarretou a
perda funcional completa do pé direito.
Ocorre que, em análise à tabela disposta na lei de regência, a perda
anatômica e/ou funcional completa de um dos pés, acarreta a incidência do
percentual de 50% do valor da indenização máxima disposta no art.3º, inciso I
c/c §1º do mesmo artigo.
Dito entendimento da aplicação da indenização de forma proporcional,
encontra guarida na inteligência da súmula 474 do STJ.
Neste contexto, assiste razão a empresa Ré quanto ao pagamento
proporcional do valor da indenização, tendo em vista a perda funcional de
apenas um dos pés do Autor.
c) Da tutela antecipada.
Após a apresentação do laudo pericial pela equipe técnica designada por
este juízo, a Empresa Ré apresentou concordância parcial com os dados
apresentados no documento técnico, sendo que, na oportunidade ofereceu
ao Autor o pagamento da quantia de R$1.350,00.
O Autor por sua vez, não aceitou o valor oferecido pela Empresa Ré, como
proposta para encerramento da demanda. Porém, manifestou pela
concessão da tutela antecipada no que toca a parte incontroversa
reconhecida pela Seguradora Cada Um Por Si.
Em análise detida ao caso, entendo que incide no presente caso, o disposto
no art.273, §6, do CPC, sendo que, a parte incontroversa pode ser levantada
desde logo pelo Autor, quando beneficiado pela decisão judicial. Porém,
conforme entendimento já consolidado no STJ, esta parcela incontroversa,
não poderá ser acrescida dos respectivos honorários advocatícios e juros de
mora, os quais somente serão fixados ao final pela sentença.
Dispositivo
Ante o exposto, afasto a preliminar de prescrição e nos termos do art. 269, I,
do CPC, julgo parcialmente procedentes os pedidos constantes na inicial,
para condenar a Seguradora Cada Um Por Si a pagar ao Autor: a) o valor de
R$6.750,00 a título de indenização securitária DPVAT, devendo incidir no
presente caso correção monetária de acordo com os fatores de atualização
deste TJ, desde a data do sinistro e juros mora a partir da citação (s.406 STJ),
sendo que, após esta data deverá incidir apenas a taxa Selic, por abranger
correção monetária e juros moratório; b) concedo a tutela antecipada nos
termos do art.273, §6º do CPC da parcela incontroversa do valor,
correspondente a R$1.350,00, não incidirá neste valor juros de mora e
honorários advocatícios; c) Custas e honorários de sucumbência
reciprocamente compensados, nos termos do art.21 do CPC.
Intimem-se. Publique-se. Registre-se.
Local, dia, mês, ano.
Juiz de Direito”