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PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL

Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação


Claretiano – Centro Universitário
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Meu nome é Diego Rodrigues Iritani. Sou formado em Engenharia


Ambiental pela Universidade de São Paulo (USP). Obtive o título de mestre
em Engenharia de Produção na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-
USP). Atualmente, sou pesquisador e estudante de Doutorado na EESC-
USP, atuando nos temas de Gestão Ambiental Empresarial, Gestão do Ciclo
de Vida de Produtos e Gestão de Processos de Negócios. Possuo
publicações em congressos e periódicos nacionais e internacionais e
experiência como consultor em Gestão de Projetos e Gestão Ambiental.
E-mail: diritan@gmail.com

Meu nome é Diogo Aparecido Lopes Silva. Sou engenheiro industrial


formado pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e mestre em
Ciências e Engenharia de Materiais pela Universidade de São Paulo
(USP); atualmente, sou aluno de doutorado do curso de Engenharia de
Produção por esta instituição. Tenho experiência empresarial em
Controle Ambiental e Gestão da Qualidade. Atuo como pesquisador nas
linhas de Gestão e Engenharia do Ciclo de Vida (Avaliação do Ciclo de
Vida – ACV; Manufatura Sustentável; Produção mais Limpa e Ecodesign),
e Materiais Compostos (Compósitos Lignocelulósicos, Propriedades
Físico-mecânicas da madeira e seus derivados).
E-mail: diogo.apls@gmail.com

Meu nome é José Augusto de Oliveira. Sou doutor em Engenharia de


Produção pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade
de São Paulo (USP) e estou concluindo a graduação em Engenharia
Ambiental pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Sou mestre
em Engenharia de Produção pela Faculdade de Engenharia de Bauru (FEB)
da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP),
graduado em Administração e especialista em Gestão Ambiental pelo
Claretiano – Centro Universitário. Fui bolsista de Desenvolvimento
Tecnológico Industrial B, atuando como pesquisador no programa
Ambientrinic do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI)
do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Sou membro da
Rede de Avanços em Produção Mais Limpa e tenho interesse nos temas: Gestão Ambiental, Sistemas de
Gestão Ambiental, Produção Mais Limpa (P+L), Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), Avaliação do Ciclo
de Vida (ACV) e Gestão da Produção e de Operações Sustentáveis. Além disso, sou professor do Claretiano
– Centro Universitário, onde ministro aulas nos cursos de Pós-graduação, Graduação e Tecnólogos.
E-mail: joseoliveira@claretiano.edu.br
Diego Rodrigues Iritani
Diogo Aparecido Lopes Silva
José Augusto de Oliveira

PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL

Batatais
Claretiano
2017
© Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma
e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o
arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação
Educacional Claretiana.

CORPO TÉCNICO EDITORIAL DO MATERIAL DIDÁTICO MEDIACIONAL


Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Preparação: Aline de Fátima Guedes • Camila Maria Nardi Matos • Carolina de Andrade Baviera • Cátia
Aparecida Ribeiro • Dandara Louise Vieira Matavelli • Elaine Aparecida de Lima Moraes • Josiane Marchiori
Martins • Lidiane Maria Magalini • Luciana A. Mani Adami • Luciana dos Santos Sançana de Melo • Patrícia
Alves Veronez Montera • Raquel Baptista Meneses Frata • Simone Rodrigues de Oliveira
Revisão: Cecília Beatriz Alves Teixeira • Eduardo Henrique Marinheiro • Felipe Aleixo • Filipi Andrade de Deus
Silveira • Juliana Biggi • Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz • Rafael Antonio Morotti • Rodrigo Ferreira Daverni
• Sônia Galindo Melo • Talita Cristina Bartolomeu • Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa: Bruno do Carmo Bulgarelli • Joice Cristina Micai • Lúcia Maria de Sousa
Ferrão • Luis Antônio Guimarães Toloi • Raphael Fantacini de Oliveira • Tamires Botta Murakami
Videoaula: Fernanda Ferreira Alves • Marilene Baviera • Renan de Omote Cardoso
Bibliotecária: Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

658.408 I65p

Iritani, Diego Rodrigues


Produção sustentável / Diego Rodrigues Iritani, Diogo Aparecido Lopes Silva, José Augusto
de Oliveira – Batatais, SP : Claretiano, 2017.
146 p.

ISBN: 978-85-8377-531-7

1. Sistemas a Eventos Discretos SED. 2. Automação industrial. 3. Redes de Petri. 4. Controle


de SED. I. Silva, Diogo Aparecido Lopes. II. Oliveira, José Augusto de. III. Produção sustentável.

CDD 658.408

INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Produção Sustentável
Versão: dez./2017
Formato: 15x21 cm
Páginas: 146 páginas
SUMÁRIO

CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 9
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS............................................................................. 10
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE................................................................ 13
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 13
5. E-REFERÊNCIAS................................................................................................. 14

Unidade 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE


1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 17
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA.............................................................. 17
2.1. MEIO AMBIENTE E OS RECURSOS ENERGÉTICOS................................. 17
2.2. TECNOLOGIAS LIMPAS EM ENERGIA ..................................................... 26
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR................................................................. 32
3.1. MEIO AMBIENTE E OS RECURSOS ENERGÉTICOS ................................ 32
3.2. TECNOLOGIAS LIMPAS EM ENERGIA...................................................... 33
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS........................................................................ 34
5. CONSIDERAÇÕES.............................................................................................. 35
6. E-REFERÊNCIAS................................................................................................. 35
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 36

Unidade 2 – ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL E LICENCIAMENTO


AMBIENTAL
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 39
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA.............................................................. 39
2.1. AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL (AIA).......................................... 40
2.2. APLICAÇÃO DA AIA NO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL .... 43
2.3. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA)/RELATÓRIO DE IMPACTO
AMBIENTAL (RIMA)................................................................................... 46
2.4. VISÃO GERAL DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL.......... 57
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR................................................................. 63
3.1. AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL (AIA).......................................... 64
3.2. APLICAÇÃO DA AIA NO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL..... 65
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS........................................................................ 66
5. CONSIDERAÇÕES.............................................................................................. 67
6. E-REFERÊNCIAS................................................................................................. 68
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 69

Unidade 3 – PRODUÇÃO MAIS LIMPA E ECOEFICIÊNCIA


1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 73
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA.............................................................. 73
2.1. PRODUÇÃO MAIS LIMPA......................................................................... 73
2.2. PREVENÇÃO À POLUIÇÃO E ECOEFICIÊNCIA......................................... 81
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR................................................................. 82
3.1. PRODUÇÃO MAIS LIMPA......................................................................... 82
3.2. PREVENÇÃO À POLUIÇÃO E ECOEFICIÊNCIA......................................... 83
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS........................................................................ 84
5. CONSIDERAÇÕES.............................................................................................. 85
6. E-REFERÊNCIAS................................................................................................. 86
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 87

Unidade 4 – SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO: MEIO AMBIENTE,


SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 91
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA.............................................................. 91
2.1. SISTEMAS DE GESTÃO INTEGRADOS: CONCEITOS E OBJETIVOS......... 91
2.2. INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL E DE SAÚDE E
SEGURANÇA OCUPACIONAL.................................................................... 94
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR................................................................. 111
3.1. SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO.......................................................... 111
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS........................................................................ 113
5. CONSIDERAÇÕES.............................................................................................. 114
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 115

Unidade 5 – RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA


1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 119
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA.............................................................. 119
2.1. RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA.......................................... 119
2.2. PRÁTICAS DA RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA ................. 126
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR................................................................. 141
3.1. RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA: CONCEITO,
JUSTIFICATIVAS E FORMAS DE ATUAÇÃO .............................................. 141
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS........................................................................ 143
5. CONSIDERAÇÕES.............................................................................................. 145
6. E-REFERÊNCIAS................................................................................................. 145
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 146
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

Conteúdo
Conceitos e práticas dos diferentes tipos de energia. Caracterização de quais
modos de geração de energia são mais eficientes e mais limpos. Estudos de
impactos ambientais por meio dos Relatórios de Impactos Ambientais carac-
terizados pelo gerenciamento inadequado dos recursos naturais (Estudos de
casos). Produção mais Limpa. Introdução à Ecoeficiência nas empresas. Mi-
nimização e gerenciamento de resíduos sólidos industriais. Sistemas de Ges-
tão Integrados: Segurança, Saúde e Meio Ambiente. Responsabilidade Social
Empresarial.

Bibliografia Básica
CAVALCANTI, C. (Org.). Desenvolvimento e Natureza: estudo de uma sociedade
sustentável. São Paulo: Cortez, 2001.
SCHALCH, V. et al. Curso sobre gerenciamento de resíduos sólidos. São Carlos: EESC/
USP, 1993.
SENAI. Implementação de programas de Produção mais Limpa. Porto Alegre: Senai/
UNIDO/UNEP, 2003.

Bibliografia Complementar
BIDONE, F. R. A. (Coord.). Resíduos sólidos provenientes de coletas especiais: eliminação
e valorização. Porto Alegre: Suprema Editora e Gráfica Ltda., 2001.
FRANCO, M. A. R. Desenho Ambiental. São Paulo: FAPESP, 1997.
ROMM, J. J. Um passo além da qualidade: como aumentar seus lucros e produtividade
através de uma administração ecológica. São Paulo: Futura, 1996.
SCHNEIDER, V. E. et al. Manual de gerenciamento de resíduos sólidos de serviços de
saúde. São Paulo: CLR Baileiro, 2004.

7
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

SILVA, A. B. Sistemas de Informações Geo-referenciadas: conceitos e fundamentos.


Campinas: Editora da UNICAMP, 1999.

É importante saber
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deverá
ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes necessárias
à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais conceitos,
os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o fundamento
ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua origem?) referentes a um campo de
saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente se-
lecionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou disponibilizados
em sites acadêmicos confiáveis. É chamado "Conteúdo Digital Integrador" porque é
imprescindível para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referência. Juntos,
não apenas privilegiam a convergência de mídias (vídeos complementares) e a leitu-
ra de "navegação" (hipertexto), como também garantem a abrangência, a densidade
e a profundidade dos temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obrigató-
rios, para efeito de avaliação.

8 © PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

1. INTRODUÇÃO
Prezado aluno, seja bem-vindo!
Iniciaremos o estudo de Produção Sustentável com uma
abordagem simples, objetiva e bem estruturada, a fim de facili-
tar sua aprendizagem e colaborar para o futuro exercício de sua
atividade profissional.
Além disso, procuramos apresentar um conteúdo capaz de
proporcionar fundamentos suficientes para o completo enten-
dimento, além de fornecer ferramentas complementares para o
estudo.
A preocupação da população com os impactos ambien-
tais provocados pelas atividades humanas aumentou a partir da
década de 1960, tendo culminado na conformação do ambien-
talismo como movimento social e político. A partir de então, a
questão ambiental se faz presente no cotidiano dos tomadores
de decisão, sobretudo pelo alto grau de institucionalização que
se verifica atualmente.
Os conteúdos foram divididos em 5 (cinco) unidades, que
abordam alguns temas relacionados à Produção Sustentável.
Procuramos sistematizar os assuntos de forma que você possa
compreender algumas práticas e políticas ambientais adotadas
dentro e fora do âmbito das empresas.
Na Unidade 1, conheceremos algumas formas de produção
de energia e sua relação com o meio ambiente. Em virtude do
consumo de recursos (energia e materiais), ocorrem os impactos
ambientais, assunto relevante que será estudado na Unidade 2.
Já na Unidade 3, estudaremos uma das principais estraté-
gias atuais adotadas para a Produção Sustentável, neste caso, a

© PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL 9
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

Produção mais Limpa (P+L). Dando continuidade aos nossos es-


tudos, abordaremos na Unidade 4 o Sistema de Gestão Integra-
do (SGI), incluindo o Sistema de Gestão Ambiental e o Sistema
de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional, que auxiliam na
implantação de políticas que melhoram o desempenho em sus-
tentabilidade da organização.
Por fim, estudaremos na Unidade 5 a Responsabilidade
Social Corporativa, que se trata de uma abordagem que pode
contribuir significativamente para a Produção Sustentável nas
organizações.
Vamos iniciar esse desafio? Convido você a percorrer as
unidades de estudo, tendo sempre em mente o objetivo de ob-
ter uma formação crítica e investigadora, para se tornar, assim,
um profissional capaz de contribuir para a melhoria ambiental
necessária no mundo empresarial atual.

2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e
precisa das definições conceituais, possibilitando um bom domí-
nio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conheci-
mento dos temas tratados:
1) Aspecto ambiental: "elemento das atividades, produ-
tos ou serviços de uma organização que pode interagir
com o meio ambiente" (BRASIL, 2002).
2) Avaliação de Impacto Ambiental: pode-se definir AIA,
conforme citado por Sánchez (2008), como um instru-
mento utilizado para descrever, classificar e propor
medidas que minimizem impactos ambientais decor-
rentes de um projeto de Engenharia, de obras ou ati-

10 © PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

vidades humanas. Canter (1996) ainda menciona que


a AIA identifica e avalia sistematicamente o impacto
potencial (efeitos) dos projetos propostos, planos, pro-
gramas ou medidas legislativas sobre os componentes
físico-químicos, biológicos, culturais e socioeconômi-
cos do ambiente.
3) Gestão Ambiental Pública: pode ser conceituada, se-
gundo apresentado no Seminário sobre Formação do
Educador promovido pelo Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBA-
MA, 1995), como "[...] um processo de mediação de
interesses e conflitos entre atores sociais que agem
sobre os meios físico-natural e construído. Este pro-
cesso de mediação define e redefine, continuamente,
o modo como os diferentes atores sociais, através de
suas práticas, alteram a qualidade do meio ambiente e
também como se distribuem os custos e os benefícios
decorrentes da ação destes agentes". Barbieri (2006)
complementa ao mencionar que a Gestão Ambiental
Pública é uma ação do Poder Público, dirigida confor-
me uma política pública ambiental estabelecida.
4) Impacto Ambiental: qualquer modificação (efeito)
causada (ou que pode ser causada) no meio ambiente,
adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte,
das atividades, produtos ou serviços de uma organiza-
ção (ABNT, 2004, p. 1).
5) Licenciamento Ambiental: Kirchhoff et al. (2007) cita
que o Licenciamento Ambiental é um procedimento
administrativo que permite que o órgão ambiental
aprove ou não, por meio de licenças (prévia, de instala-
ção e operação), o desenvolvimento de atividades que

© PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL 11
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

possam causar impactos sobre a qualidade do ambien-


te. A licença só deverá ser concedida após a verificação
da compatibilidade entre a atividade proposta e a qua-
lidade ambiental garantida pelo projeto. O processo
de Licenciamento Ambiental é um processo adminis-
trativo, que se desenvolve em três fases e resultará na
emissão de três licenças (uma em cada fase), conforme
estabelecido na Resolução CONAMA nº 237, em seu
art. 8º (BRASIL, 1997): Licença Prévia, Licença de Insta-
lação e Licença de Operação.
6) Matéria-prima: material primário ou secundário que é
utilizado para produzir um produto (ABNT, 2004, p. 9).
7) Métodos de Avaliação de Impacto Ambiental: foram
desenvolvidos para realizar o levantamento e a avalia-
ção dos impactos, dentro do processo do EIA, podendo
ser divididos, conforme a atividade para a qual a sua
utilização é mais adequada, em dois grandes grupos,
sendo esses: Métodos para a Fase de Identificação e
Sumarização e Métodos para a Fase de Avaliação.
8) Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA): no Bra-
sil, é o documento de maior importância para a Gestão
Ambiental Pública, sendo instituída pela Lei n. 6.938,
de 1981. Tem por objetivo "a preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental propícia a vida,
visando assegurar, no País, condições ao desenvolvi-
mento socioeconômico, aos interesses da segurança
nacional e à proteção da dignidade da vida humana"
(BRASIL, 1981).
9) Poluição: alteração indesejável das características físi-
cas, químicas ou biológicas da atmosfera, litosfera, ou
hidrosfera que cause ou possa causar prejuízo à saúde,

12 © PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

à sobrevivência ou às atividades dos seres humanos e


outras espécies ou ainda deteriorar materiais (BRAGA
et al., 2011, p. 6).

3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE


O Esquema a seguir possibilita uma visão geral dos
conceitos mais importantes deste estudo.

Figura 1 Esquema de Conceitos-chave de Produção Sustentável.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10004: resíduos sólidos –
classificação. Rio de Janeiro, 2004.
BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. São
Paulo: Saraiva, 2006.

© PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL 13
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO

BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental: o desafio do desenvolvimento


sustentável. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
CANTER, L. W. Environmental impact assessment. 2nd ed. New York: Irwin McGraw-Hill,
1996.
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS
– IBAMA. Anais do Seminário sobre a formação do Educador para atuar no Processo
de Gestão Ambiental. Série Meio Ambiente em Debate, n. 1, Brasília, Distrito Federal,
1995.
KIRCHHOFF, D. et al. Limitations and drawbacks of using Preliminary Environmental
Reports (PERs) as an input to Environmental Licensing in São Paulo State: a case study
on natural gas pipeline routing. Environmental impact assessment review, v. 27, p. 301-
318, 2007.
SÁNCHEZ, L. H. Avaliação de ampacto ambiental: conceitos e métodos. São Paulo:
Oficina de Textos, 2008.

5. E-REFERÊNCIAS
BRASIL. Casa Civil. Subchefia para assuntos jurídicos. Lei 6.938, de 31 de agosto de
1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos
de formulação e aplicação, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Brasília, DF, 31 ago. 1981. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>. Acesso em: 23 jun. 2016.
______. Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA. Resolução nº 237, de 19
de dezembro de 1997. Dispõe sobre a revisão e complementação dos procedimentos
e critérios utilizados para o Licenciamento Ambiental. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Brasília, DF, 22 dez. 1997. Disponível em: <http://www.mma.gov.
br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=237>. Acesso em: 23 jun. 2016.
______. Resolução CONAMA nº 306, de 5 de julho de 2002. Estabelece os requisitos
mínimos e o termo de referência para realização de auditorias ambientais. Diário Oficial
[da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 19 de julho de 2002, Seção 1, p. 75-76.
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=306>.
Acesso em: 23 jun. 2016.

14 © PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
UNIDADE 1
ENERGIA E MEIO AMBIENTE

Prof. Ms. Eng. Diogo Aparecido Lopes Silva

Objetivos
• Compreender o que é meio ambiente e porque se deve preservá-lo.
• Diferenciar energia renovável de energia não renovável.
• Compreender como o consumo de recursos energéticos pode afetar o
meio ambiente.
• Conhecer as principais Tecnologias Limpas em Energia.

Conteúdos
• Relação entre energia e meio ambiente.
• Formas de energia renovável.
• Tecnologias em energia.

Orientações para o estudo da unidade


Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:

1) Você entrará em contato com o Conteúdo Básico de Referência (CBR), no


qual não há a pretensão de esgotar todos os conceitos dos temas apre-
sentados. Por isso, para que seus estudos logrem o sucesso desejado, é
fundamental que você, além da leitura desse material, também acesse o
Conteúdo Digital Integrador (CDI).

2) Não deixe de recorrer aos materiais complementares descritos nas E-refe-


rências e Referências Bibliográficas.

15
UNIDADE 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE

3) Procure instigar seus colegas a refletirem sobre a importância de estu-


dar os conteúdos aqui apresentados. Reflita sobre como o meio ambiente
pode ser afetado pelo consumo excessivo de recursos energéticos. Faça
uma autoavaliação sobre as Tecnologias Limpas apresentadas nesta uni-
dade, e sobre como elas podem contribuir para a preservação do meio
ambiente. Utilize a Sala de Aula Virtual (SAV) para isso.

4) Tenha sempre à mão o significado dos conceitos explicitados no Glossário


de Conceitos e suas ligações pelo Esquema de Conceitos-Chave durante
os estudos das unidades. Isso poderá facilitar sua aprendizagem e o seu
desempenho.

16 © PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
UNIDADE 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE

1. INTRODUÇÃO
Vamos iniciar a nossa primeira unidade de estudo. Você
está preparado?
Nesta unidade, iniciaremos nossos estudos sobre o que
é meio ambiente e a sua relação com o consumo de recursos
naturais. Entre os recursos naturais existentes, um maior foco
será dado aos recursos energéticos. Dessa maneira, o conceito
de energia será apresentado, assim como as diversas formas em
que ela se mostra disponível no meio ambiente.
O uso da energia para fins industriais será destacado ao lon-
go desta unidade, pois, como futuro profissional, é importante
que você conheça as principais aplicações industriais envolvendo
o uso de energia, assim como as tecnologias em energia tidas
como "limpas" ou ambientalmente sustentáveis à disposição.

2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA


O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma su-
cinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão
integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteú-
do Digital Integrador.

2.1. MEIO AMBIENTE E OS RECURSOS ENERGÉTICOS

Inicialmente, faremos uma breve introdução à questão


ambiental. Para isso, é necessário primeiramente definirmos o
que é meio ambiente.
Como definição formal, no Brasil, a Política Nacional do
Meio Ambiente (PNMA), de 31 de agosto de 1981, conforme a

© PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL 17
UNIDADE 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE

Lei n. 6.938, estabelece que meio ambiente é "O conjunto de


condições, leis, influências e interações de ordem física, química
e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas
formas" (BRASIL, 1981).
Assim, o meio ambiente (ou simplesmente ambiente) pode
ser entendido como "a composição de quatro esferas: litosfera,
hidrosfera, atmosfera e biosfera, correspondendo respectiva-
mente às rochas, água, ar e vida" (SILVA, 2014, p. 21).
O meio ambiente envolve os seres humanos e os recursos
na forma viva, como, por exemplo, vegetação, animais, micro-
-organismos, e na forma não viva, como ventos, radiação solar,
ondas do mar, rochas, solo, água etc.
Segundo Curi (2012, p. 3), o meio ambiente sempre foi
tido como fonte de recursos naturais responsável por suprir as
demandas de matérias-primas e de energia para a produção
dos mais diversos produtos (bens e serviços) requeridos pela
sociedade.
Em relação às fontes de recursos naturais, Silva (2014, p. 25)
menciona que elas podem ser do tipo material, como, por exem-
plo, vegetais, água, solo; ou energia, como radiação solar, energia
geotérmica, combustíveis. Esses recursos são parte da forma viva
e não viva do meio ambiente, utilizados como matérias-primas
para a manutenção de organismos, ecossistemas e populações,
podendo ser classificados nas categorias de recursos renováveis e
não renováveis, os quais veremos detalhadamente a seguir.

Recursos renováveis
Os recursos renováveis são aqueles que podem ser reco-
locados na natureza se utilizados de forma correta. Esses recur-

18 © PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
UNIDADE 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE

sos podem se regenerar a uma taxa maior ou equivalente ao seu


consumo. Entretanto, um recurso natural renovável pode vir a
se tornar não renovável quando a taxa de sua utilização supera
a máxima capacidade de sustentação do sistema (ou capacidade
suporte do meio ambiente). Entre os principais exemplos de re-
cursos renováveis, têm-se: a energia eólica, a hidroeletricidade,
a biomassa, a água, os ventos, as ondas do mar e a radiação solar.

Recursos não renováveis


Ao contrário dos recursos renováveis, os recursos não re-
nováveis não podem ser regenerados ou reutilizados numa es-
cala que possa sustentar a sua taxa de consumo pela população.
Portanto, tratam-se de recursos que, uma vez extintos, desapa-
recem para sempre. Os principais exemplos são os combustíveis
fósseis, como o gás natural, o carvão mineral e os derivados do
petróleo.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Mais detalhes sobre a classificação dos recursos naturais em renováveis e
não renováveis podem ser encontrados em Braga et al. (2011, p. 5) e Jannuzzi
(2001).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Com relação aos recursos energéticos, torna-se relevante
entender suas principais formas existentes.
Segundo Goldemberg e Villanueva (2003, p. 35), as prin-
cipais formas de energia existentes são: química, mecânica, tér-
mica, eletromagnética, nuclear e elétrica. A seguir, abordaremos
cada uma delas.

© PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL 19
UNIDADE 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE

Energia química
A energia química é a energia intrínseca aos átomos e mo-
léculas, ou seja, é a energia existente nas ligações químicas de
qualquer material. Ela também está presente em muitos dos
aparelhos e das máquinas que utilizamos no nosso dia a dia para
satisfazer às nossas necessidades e prover conforto. Por exem-
plo, as pilhas são fontes de energia química, sendo utilizadas
nos mais diversos aparelhos eletroeletrônicos, como controles
remotos, calculadoras, rádios portáteis etc. Outros exemplos de
fontes de energia química são os combustíveis, como a gasolina,
o álcool, o gás de cozinha utilizados nas residências, comércios
e indústrias.

Energia mecânica
A mecânica contempla a energia cinética e a energia po-
tencial. A energia cinética está associada ao movimento de um
corpo qualquer. Alguns exemplos de energia mecânica são: a
movimentação da hélice de um avião ou de um helicóptero, a
queda da água de uma cachoeira, a movimentação de um auto-
móvel etc.
Já a energia potencial se refere à energia que um corpo
apresenta numa determinada posição. A energia contida em um
peso preso a uma mola deformada é um exemplo de um corpo
com energia potencial (potencial elástica), assim como um corpo
preso a certa altura em relação ao solo também apresenta ener-
gia potencial (potencial gravitacional).
Na indústria, a energia mecânica também é muito impor-
tante, pois é a partir dela que são produzidos muitos produtos
utilizados pela sociedade. Por exemplo, a montagem de um mo-

20 © PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
UNIDADE 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE

tor de um carro é realizada em diversas operações de fabricação,


muitas das quais empregam robôs e sistemas automáticos para o
transporte do motor em fase de montagem ao longo do proces-
so produtivo. A movimentação dos robôs e do motor ao longo do
processo é outro exemplo de energia mecânica.

Energia térmica
A energia térmica (ou simplesmente calor) é o resultado
do movimento dos átomos e das moléculas de qualquer corpo
aquecido. Na maioria das vezes, a energia térmica surge como
resultado de outras formas de energia, como a partir de uma
reação química (energia química). Um bom exemplo de energia
térmica é a liberação de calor durante a reação de combustão
da gasolina ou do diesel no motor de um veículo, ou durante a
queima de carvão vegetal numa churrasqueira. Outros exemplos
diariamente presentes nas residências das pessoas são a energia
térmica que vem das resistências elétricas e das bobinas de indu-
ção, muito comuns nos chuveiros elétricos, fornos elétricos e nos
ferros de passar roupa.

Energia eletromagnética
A energia eletromagnética está diretamente associada às
ondas eletromagnéticas, e é emitida por qualquer corpo que
tenha temperatura acima de zero absoluto. As duas principais
fontes naturais de energia eletromagnética são o Sol e a Terra.

Energia nuclear
Energia nuclear está associada às partículas de prótons e
de nêutrons dentro dos núcleos atômicos. Reações nucleares

© PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL 21
UNIDADE 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE

como a fusão, que ocorre na superfície do solo, e a fissão, utili-


zada nos reatores nucleares são os principais exemplos de fontes
de energia nuclear. Uma característica das reações nucleares é a
sua capacidade de liberar uma quantidade de energia por unida-
de de massa, incomparavelmente superior à liberada em reações
químicas.

Energia elétrica
Também conhecida por eletricidade, trata-se da forma de
energia associada ao movimento das partículas de elétrons. A
eletricidade pode ser considerada o tipo de energia mais versátil
disponível, pois ela é utilizada numa ampla gama de aplicações
residenciais e comerciais, como, por exemplo, o funcionamento
de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, lâmpadas, entre outras.
Já na indústria, a energia elétrica também se mostra essen-
cial, pois ela é necessária para suprir a demanda de energia na
maior parte dos processos de fabricação existentes, como, por
exemplo, na movimentação de robôs, no funcionamento de ma-
quinário industrial, na iluminação.
Apesar das múltiplas formas de energia existentes, acre-
dita-se que todas elas se originem de apenas três tipos funda-
mentais: a gravitacional, a eletromagnética e a nuclear. As inte-
rações desses três tipos de energia apresentam a capacidade de
originar as demais.
Em relação ao consumo de energia, nos países desenvol-
vidos como Estados Unidos, a indústria e o setor de transportes
ocupam posições de destaque por demandarem maiores quan-
tidades de energia do que os setores residencial e comercial,
conforme podemos observar na Figura 1. Porém, projeções rea-

22 © PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
UNIDADE 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE

lizadas por U. S. Energy Information Administration (2013, p. 3)


mostram que o setor industrial deverá ocupar posição de lide-
rança no consumo global de energia a partir de 2020.

Fonte: adaptado de U. S. Energy Information Administration (2013, p. 3).


Figura 1 Consumo de energia nos Estados Unidos por setor entre 1980 e 2040, em
quadrilhões de Btu.

Na indústria, a energia pode ser consumida de duas manei-


ras – pelo consumo direto e pelo consumo indireto.

Consumo direto
Como fontes de energia caracterizadas pelo consumo dire-
to, temos os óleos derivados do petróleo (diesel, óleo pesado), o
carvão mineral e o gás natural. O uso dessas fontes de energia é
comum especialmente para as atividades de geração de calor de
processo, no aquecimento direto e na movimentação de cargas
no ambiente fabril. A geração de calor de processo pode ocorrer

© PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL 23
UNIDADE 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE

por meio da combustão de recursos energéticos para a geração


de vapor para uso em reatores químicos industriais, tratamentos
térmicos, hidratação, movimentação de turbinas etc. Já o aque-
cimento direto refere-se à geração de calor, por exemplo, com a
finalidade de processar alimentos (cocção), secar materiais úmi-
dos e o uso em estufas (BRASIL, 2010, p. 20-25).

Consumo indireto
O consumo indireto está principalmente relacionado ao
consumo de eletricidade, pois a energia elétrica é uma forma
secundária de energia, gerada por meio de fontes primárias
(providas pela natureza). São exemplos de fontes primárias de
energia o petróleo, o carvão mineral, o gás natural, a energia
solar, a energia eólica, a biomassa, as ondas do mar. As fontes
primárias de energia podem ser convertidas em eletricidade por
meio de centros de transformação, tais como usinas hidrelétricas
e nucleares.
O Brasil destaca-se como exemplo na produção de eletrici-
dade devido ao amplo uso de fontes de energia renovável, espe-
cialmente por meio da hidroeletricidade. Além disso, de acordo
com a Confederação Nacional da Indústria – CNI (FMASE, 2012,
p. 46), fontes alternativas de energia renovável como a biomassa
e a energia eólica deverão desempenhar um papel essencial nos
próximos anos para a manutenção da matriz elétrica nacional.
O uso de fontes renováveis para a produção de eletricida-
de é importante, pois os combustíveis fósseis contêm elementos
como carbono, enxofre e nitrogênio, os quais geram poluentes
como o dióxido de carbono, o dióxido de enxofre e os óxidos
de nitrogênio. Estes poluentes geram impacto sobre o meio am-
biente, gerando efeitos adversos, como as mudanças climáticas.

24 © PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
UNIDADE 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE

Assim, fontes renováveis de energia devem ser integradas ao mix


elétrico para a minimização dos problemas ambientais.
Todavia, apenas substituir fontes não renováveis por fon-
tes renováveis de energia no mix elétrico não é suficiente para
reduzir substancialmente os impactos ambientais, especialmen-
te na indústria. Afinal, a indústria pode apresentar um perfil
de consumo de eletricidade mais intensivo (eletrointensivo) se
comparado a outros setores da economia, como pode ser visto
na Figura 2, para o caso do Brasil.

Fonte: Brasil (2012, p. 12).


Figura 2 Consumo de energia elétrica no Brasil por setor entre 2009 e 2011, em GWh.

Apesar de o mix elétrico brasileiro ser basicamente com-


posto por fontes renováveis de energia, a indústria destaca-se
como a maior consumidora de eletricidade em relação aos de-
mais setores visualizados na Figura 2. Entre as principais indús-

© PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL 25
UNIDADE 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE

trias consumidoras de eletricidade no Brasil, destacam-se as side-


rúrgicas, as indústrias químicas fina e de base e as mineradoras.
Assim, a redução no consumo de eletricidade também
deve ser um objetivo principal visando à minimização de impac-
tos ambientais. Para isso, é importante aumentar a eficiência
energética dos processos mais eletrointensivos e reduzir as per-
das de energia, como, por exemplo, na forma de calor e de ruído
(EPE, 2010, p. 27-28). Outra alternativa em prol da sustentabili-
dade na indústria (ou Produção Sustentável) é a adoção cada vez
maior de Tecnologias Limpas, conforme será discutido a seguir.

Nas leituras propostas no Tópico 3. 1., você conhecerá


de forma detalhada as principais relações entre energia e o
meio ambiente, bem como os principais problemas ambien-
tais decorrentes da extração, produção e consumo de energia
no contexto brasileiro. Antes de prosseguir para o próximo as-
sunto, realize as leituras indicadas.

2.2. TECNOLOGIAS LIMPAS EM ENERGIA

Como visto até aqui, o consumo de energia na indústria


é relevante, especialmente quanto ao uso de energia não re-
novável e o consumo de eletricidade. O uso intensivo de ener-
gia, além de contribuir para a escassez de recursos energéticos,
também causa a geração de poluentes, e os seus efeitos nocivos
não se restringem ao nível local onde se realizam as atividades
de produção ou de consumo de energia, mas também possuem
efeitos regionais e globais.

26 © PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
UNIDADE 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE

Para Jannuzzi (2001), na escala regional, pode-se men-


cionar, por exemplo, o problema de chuvas ácidas, ou ainda o
derramamento de petróleo em oceanos, que pode atingir vastas
áreas.
Na escala global, o exemplo mais contundente é o aqueci-
mento global (ou mudanças climáticas) devido especialmente ao
acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera. Além disso, ati-
vidades de extração de recursos energéticos como o petróleo ou
o carvão têm implicações sérias sobre as mudanças nos padrões
de uso do solo, dos recursos hídricos e até mesmo na composi-
ção atmosférica, gerando impactos ambientais negativos.
Dessa forma, de modo a minimizar tais problemas ambien-
tais, na Figura 3, são elencadas algumas tecnologias tidas como
"limpas" para a produção de energia, conforme Goldemberg e
Villanueva (2003, p. 130). Observe:

Figura 3 Tecnologias Limpas em Energia.

© PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL 27
UNIDADE 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE

O conceito de Tecnologia Limpa pode ser entendido como


sendo um conjunto de soluções tecnológicas que viabilizem no-
vos modelos de se pensar e de se usar os recursos naturais do
meio ambiente. Portanto, o uso de Tecnologias Limpas pode
contribuir para a Produção Sustentável, conforme destacado por
Hart e Milstein no artigo Criando valor sustentável (2004, p. 67).
A seguir, detalharemos cada uma delas.

Energia solar fotovoltaica (Photovoltaic – PV)


Esta tecnologia visa à produção de energia elétrica por
meio das chamadas placas ou painéis fotovoltaicos. Cada placa/
painel é composto por células fotovoltaicas feitas de materiais
capazes de absorver a radiação solar e de transformá-la em ele-
tricidade por meio do chamado "efeito fotovoltaico". Cada placa
fotovoltaica é composta por diversos componentes, com desta-
que para o silício.
Uma limitação da tecnologia PV é que, em períodos de
baixa radiação solar (dias muito nublados, chuvosos e durante a
noite), a produção de eletricidade é interrompida. Porém, é pos-
sível armazenar a energia solar convertida em eletricidade a par-
tir do uso de baterias que são conectadas ao sistema. Este tipo
de sistema vem sendo empregado em vários países, inclusive no
Brasil, para o aquecimento de água em casas e edifícios, possibi-
litando assim a economia no consumo de eletricidade disponível
na rede de abastecimento.

Energia solar de concentração (Concentrated Solar Power – CSP)


Também utiliza do efeito fotovoltaico para transformar a
energia solar em elétrica, porém, diferentemente do sistema PV,

28 © PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
UNIDADE 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE

o sistema Concentrated Solar Power (CSP) utiliza espelhos para


concentrar a luz solar sobre um encanamento ou em uma torre,
aquecendo uma mistura de sal fundido que, em contato com a
água, produz vapor em seu interior. O vapor, então, aciona as
turbinas e os geradores de eletricidade.
Para estocar calor e operar por longos períodos initer-
ruptamente produzindo eletricidade mesmo em dias de pouca
radiação solar, as usinas empregam um processo de armazena-
mento térmico que mantém o sal fundido a temperaturas ele-
vadas, permitindo assim manter as turbinas a vapor operantes
mesmo durante a noite.
Em geral, as tecnologias CSP são empregadas visando à
produção de grandes quantidades de energia, por exemplo, para
abastecer centros industriais, cidades, enquanto a tecnologia PV
é mais empregada na produção de energia em menor escala,
para abastecimento de residências e centros comerciais.

Energia eólica
Refere-se à energia obtida pelo movimento do ar (vento).
É uma fonte de energia encontrada em todos os lugares, mas a
quantidade de energia disponível no vento varia de acordo com
as estações do ano e as horas do dia. Além disso, a topografia e
a rugosidade do solo também são fatores que podem limitar a
geração de energia eólica.
A energia eólica é um tipo de energia mecânica cinética, re-
sultante das deslocações de massas de ar, a qual é antes conver-
tida em trabalho mecânico durante a movimentação dos rotores
da turbina eólica, e posteriormente convertida em eletricidade.

© PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL 29
UNIDADE 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE

Existem dois tipos de turbinas eólicas, a de eixo horizon-


tal e a de eixo vertical. A turbina eólica de eixo horizontal é a
mais comumente empregada, sendo composta basicamente por
três elementos: a torre, a nacele e o rotor. A torre tem a função
básica de sustentar todo o sistema; a nacele contempla toda a
carcaça montada sobre a torre, na qual se encontram o gerador,
os sistemas de transmissão de energia, os sistemas de medição e
de controle do vento, os motores etc.; e o rotor é composto pelo
conjunto de pás com perfis aerodinâmicos especialmente desen-
volvidos para interagirem com o vento e possibilitar a conversão
de sua energia cinética em trabalho mecânico.

Energia da biomassa
Trata-se de uma forma de armazenamento da energia so-
lar, pois a fotossíntese é o processo do qual as plantas e alguns
organismos transformam a energia solar em energia química.

Energia de biomassa–––––––––––––––––––––––––––––––––
Para maiores detalhes sobre o tema de energia de biomassa, consulte Lopes,
Barboza e Silveira (2013).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Biomassa pode ser entendida como a parte biodegradá-
vel de produtos e de resíduos de origem vegetal ou animal, com
destaque para os produtos da agricultura, madeira, e resíduos
sólidos industriais e urbanos. Em geral, o uso da biomassa serve
para a geração de energia térmica (calor) e/ou eletricidade, via
algum dos processos: físico, termoquímico ou biológico.
Os processos físicos de transformação da biomassa visam
basicamente reduzir as dimensões, retirar a umidade e concen-
trar a massa do material, pois isso pode melhorar significativa-

30 © PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
UNIDADE 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE

mente o desempenho energético da biomassa, por exemplo,


como é o caso dos pellets e briquetes feitos a partir de resíduos
de madeira.
Os processos termoquímicos envolvem a combustão dire-
ta (por exemplo, queima em caldeiras industriais ou fornalhas), a
liquefação, a pirólise (por exemplo, produção do carvão vegetal)
e a gaseificação (processo que converte a biomassa sólida em
gás).
E, por fim, os processos biológicos contemplam especial-
mente a fermentação, como, por exemplo, a produção do etanol
a partir da cana-de-açúcar e a digestão anaeróbica, cuja produ-
ção de biogás ocorre via decomposição da biomassa.
Todo o sistema produtivo apresenta vantagens e desvanta-
gens: por exemplo, o sistema de energia solar CSP possui a limi-
tação de que os espelhos utilizados para refletir a luz do sol até
o receptor de energia devem estar sempre limpos e isentos de
defeitos para garantir um funcionamento adequado.
Já o sistema eólico apresenta como desvantagem sua alta
dependência da disponibilidade de vento no local onde foi ins-
talado, e ainda o custo e a complexidade na manutenção espe-
cialmente do sistema de turbina horizontal, por operarem em
grandes altitudes. Já a umidade presente na biomassa é um fator
limitante na produção de energia, sendo necessário um processo
prévio de secagem do material, por exemplo, antes de sua com-
bustão direta em caldeiras industriais.
Contudo, apesar dessas limitações supracitadas, todas as
tecnologias do esquema da Figura 3 apresentam as vantagens
de serem baseadas em fontes renováveis de energia, e de terem
um baixo potencial de impacto sobre o meio ambiente. Desse

© PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL 31
UNIDADE 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE

modo, tais alternativas tecnológicas apresentam potencial de


significativas contribuições em prol da sustentabilidade no ramo
de energia.

Antes de realizar as Questões Autoavaliativas propostas


no Tópico 4, você deve fazer as leituras propostas no Tópico 3.
2. para compreender a funcionalidade da energia solar foto-
voltaica e a relação entre a energia eólica e o meio ambiente.
Realize as leituras indicadas, procurando assimilar o conteúdo
estudado.

Vídeo complementar ––––––––––––––––––––––––––––––––


Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar.
• Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique na funcionalidade
Videoaula, localizada na barra superior. Em seguida, digite o nome do vídeo
e selecione-o para assistir.
• Para assistir ao vídeo pelo seu CD, clique no botão "Vídeos" e selecione:
Produção Sustentável – Vídeos Complementares – Complementar 1.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR


O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição
necessária e indispensável para você compreender integralmen-
te os conteúdos apresentados nesta unidade.

3.1. MEIO AMBIENTE E OS RECURSOS ENERGÉTICOS

Os dois artigos indicados a seguir detalham as principais


relações entre energia e meio ambiente. Os principais proble-
mas ambientais decorrentes da extração, produção e consumo

32 © PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
UNIDADE 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE

da energia são apresentados e discutidos, especialmente, sob a


óptica do contexto brasileiro.
• JANNUZZI, G. M. Energia e meio ambiente. 2001. Dis-
ponível em: <http://www.comciencia.br/reportagens/
energiaeletrica/energia12.htm>. Acesso em: 27 jun.
2016.
• GOLDEMBERG, J.; LUCON, O. Energia e meio ambien-
te no Brasil. Estudos Avançados, v. 21, p. 7-20, 2007.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ea/v21n59/
a02v2159.pdf>. Acesso em: 27 jun. 2016.

3.2. TECNOLOGIAS LIMPAS EM ENERGIA

No primeiro artigo indicado a seguir, objetivamos apresen-


tar o contexto brasileiro de uso de energia solar fotovoltaica, e
também explicaremos detalhadamente como funciona a tecno-
logia fotovoltaica.
Já no segundo artigo são abordadas as relações entre a
energia eólica e o meio ambiente. Os principais benefícios am-
bientais e as limitações tecnológicas também são discutidos.
• ZILLES, R. Energia solar fotovoltaica. Disponível em:
<http://ws1.iee.usp.br/biblioteca/producao/2012/Li-
vros/zillesenergiasolar.pdf>. Acesso em: 26 fev. 2016.
• TERCIOTE, R. A energia eólica e o meio ambiente. En-
contro de energia no meio rural. 2002. Disponível
em: <http://www.proceedings.scielo.br/pdf/agrener/
n4v1/002.pdf>. Acesso em: 27 jun. 2016.

© PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL 33
UNIDADE 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE

4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Quais são as principais formas de energia existentes?

2) Como o consumo de energia pode afetar negativamente o meio ambiente?

3) Quais são os principais tipos de tecnologias tidas como limpas? Qual delas
você considera a mais interessante sob o ponto de vista da preservação do
meio ambiente? Justifique sua resposta.

Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) As principais formas de energia são: química, mecânica, térmica, eletro-
magnética, nuclear e elétrica.

2) O consumo excessivo de energia pode gerar escassez de recursos energé-


ticos (renováveis ou não renováveis) no meio ambiente.

3) As principais formas de energia são: energia solar (PV e CSP), energia eó-
lica e energia da biomassa. Todas são relevantes sob o ponto de vista de
preservação do meio ambiental, pois são consideradas tecnologias de bai-
xo impacto sobre o meio ambiente. Contudo, cada uma delas apresenta
também suas limitações. Por exemplo, a energia de biomassa pode ser
limitada em função do alto teor de umidade presente nos materiais de
origem vegetal; a energia eólica é altamente dependente da disponibi-
lidade de vento na região onde o sistema estiver instalado; e a energia
solar só produz energia enquanto houver luz solar incidindo sobre o siste-
ma. Por outro lado, é possível superar tais limitações por meio de avanços
científicos envolvendo as tecnologias de energia solar, eólica e energia de
biomassa.

34 © PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
UNIDADE 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE

5. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final da primeira unidade, na qual você teve
a oportunidade de conhecer um pouco a respeito do meio am-
biente, dos recursos naturais, das formas de energia e sua rela-
ção com os impactos sobre o meio ambiente. Ao mesmo tempo
foram introduzidas as Tecnologias Limpas em Energia, as quais
atualmente têm sido estudadas em prol da Produção Sustentável.
A seguir, para dar continuidade ao tema de Produção Sus-
tentável, a Unidade 2 abordará como deve ser realizado um Es-
tudo de Impacto e Licenciamento Ambiental, que é um instru-
mento de gestão ambiental necessário para a implementação de
empreendimentos, como, por exemplo as instalações industriais
e empresariais.

6. E-REFERÊNCIAS

Sites pesquisados
BRASIL. Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do
Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências. Política Nacional do Meio Ambiente. Brasília, 1981. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>. Acesso em: 27 jun. 2016.
______. Nota Técnica DEA 14/10 – avaliação da eficiência energética na indústria e nas
residências no horizonte decenal (2010-2019). Ministério de Minas e Energia: Rio de
Janeiro, 2010. Série Estudos da Demanda. Disponível em: <http://www.epe.gov.br/
mercado/Documents/S%C3%A9rie%20Estudos%20de%20Energia/20100809_4.pdf>.
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______. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Secretaria
do Desenvolvimento da Produção. Anuário Estatístico, Brasília: SDP, 2012.
Disponível em: <http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.
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© PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL 35
UNIDADE 1 – ENERGIA E MEIO AMBIENTE

FMASE – FÓRUM DE MEIO AMBIENTE DO SETOR ELÉTRICO. Diversificação e diferenciais


sustentáveis da matriz elétrica brasileira. Encontro da Indústria para a Sustentabilidade,
2012, Brasília. Anais eletrônicos... Brasília: Confederação Nacional da Indústria – CNI,
2012. Disponível em: <http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_18/2
013/09/23/4970/20131201310031039266u.pdf>. Acesso em: 27 jun. 2016.
JANNUZZI, G. Energia e meio ambiente. Energia – crise e planejamento. 2001.
Disponível em: <http://www.comciencia.br/reportagens/energiaeletrica/energia12.
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HART, S. L.; MILSTEIN, M. B. Criando valor sustentável. RAE executivo, São Paulo, v. 3, n.
2, maio-jul. 2004. Disponível em: <http://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/3363.
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LOPES, F. S.; BARBOZA, K.; SILVEIRA, J. Energia da biomassa. Bolsista de valor, 2013.
Disponível em: <http://essentiaeditora.iff.edu.br/index.php/BolsistaDeValor/article/
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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sustentável. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
CURI, D. Gestão ambiental. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.
GOLDEMBERG, J.; VILLANUEVA, L. D. Energia, meio ambiente & desenvolvimento. 2.
ed. São Paulo: Edusp, 2003.
MAZARROTO, A. S.; BERTE, R. Gestão ambiental no mercado empresarial. Curitiba:
Intersaberes, 2013.
SILVA, D. A. L. Ciências do ambiente. Batatais: Claretiano, 2014.
U. S. ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION. Energy Consumption by Sector,
AEO 2013. Early Release Overview, Independent Statistics and Analysis, U. S. Energy
Information Administration, USA, 2013.

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