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SÃO LUÍS
2017
WILSON FERNANDO SILVA SOUSA
SÃO LUÍS
2017
Sousa, Wilson Fernando Silva
Sustentabilidade empresarial: uma análise teórica sobre a
conscientização de empresas na produção de bens e serviços como
diferencial competitivo/Wilson Fernando Silva Sousa – São Luís- MA, 2017
72f.:il
Impresso por computador(fotocópia)
Orientadora: Regina Célia Miranda de Freitas.
BANCA EXAMINADORA
________________________________________________
Prof. ª Regina Célia Miranda de Freitas. (Orientadora)
Mestre em Ciências
________________________________________________
Examinador
________________________________________________
Examinador
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus pelo dom da vida e por todos os dias que
passei nessa instituição, pois ele soube das dificuldades que vivi e sempre me ajudou
em todas horas e agradeço por ter chegado a essa reta final e ter a benção de uma
formatura em um bom curso de nível superior.
Aos meus pais Wilson e Edna que sempre me apoiaram e me incentivaram
para que eu nunca desistisse dos meus sonhos e que eu pudesse sempre alcançar
algo melhor, pois eles sempre foram minha base ao qual eu tenho total apoio, pois
além de realizar um sonho meu, estou realizando também um dos sonhos deles que
é ter um filho formado no ensino superior.
Aos meus avós que sempre me deram bons concelhos para que elas
continuassem acreditando que eu sou capaz e que eu possa fazer algo melhor para a
minha família.
Aos meus irmãos Rafael e Tânia que sempre ajudei no que tivesse ao meu
alcance, pois mesmo não sem trabalhar, eu também eu estou ajudando a minha irmã
a se formar também, para que ela também se torne uma ótima profissional na área de
fisioterapia, apesar de ela estar passando dificuldades durante esse processo
acadêmico.
Aos meus colegas de turma pelo companheirismo e em especial Cleyciane,
pois durante esses quatro anos que passamos em sala de aula juntos, ela sempre me
apoiou e me incentivou a nunca desistir, é uma das pessoas que desde que se formou
os grupos, ela esteve sempre do meu lado.
A minha orientadora Regina Célia, por toda sua dedicação, compromisso e
auxilio até mesmo em seus dias de descanso a está sempre me ajudando a concluir
essa monografia que não foi fácil fazer.
À Faculdade do Maranhão e aos professores por transmitir conhecimento
e apoio para a realização e execução deste trabalho com êxito.
“Não é o mais forte que sobrevive, nem o
mais inteligente, mas o que melhor se
adapta ás mudanças”
(Charles Darwin)
RESUMO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 10
2 RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS: histórico e
Atuação.............................................................................................................13
2.1 Responsabilidade Social no Brasil ............................................................... 18
3 SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL... ....................................................... 23
3.1 Breve Histórico da Sustentabilidade Empresarial no Mundo ................... 23
3.1.1 União europeia. .............................................................................................. 26
3.1.2 Mercosul. ........................................................................................................ 28
3.1.3 Nafta. .............................................................................................................. 31
3.2 No Brasil: Aspectos da Sociedade Contemporânea. ................................ 33
3.2.1 Na atualidade ................................................................................................. 33
3.2.2 Dentro das empresas. .................................................................................... 34
3.3 Medidas de Como uma Empresa Pode se Tornar
Sustentável.......................................................................................................36
3.3.1 Sistema de Gestão Ambiental na Empresa.......................................................36
3.3.2 Auditoria e Certificação Ambiental....................................................................43
3.3.3 Outras Medidas.................................................................................................51
4 DIMENSÃO SOCIAL E ECOLÓGICA DA SUSTENTABILIDADE
EMPRESARIAL.................................................................................................53
4.1 Impactos da Sustentabilidade nas Organizações.........................................55
5 A SUSTENTABILIDADE COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO....................57
5.1 As Vantagens da Sustentabilidade Empresarial...........................................58
5.1.1 Maior Satisfação dos Clientes...........................................................................59
5.1.2 Melhoria da Imagem da Organização...............................................................59
5.1.3 Conquista de Novos Mercados.........................................................................60
5.1.4 Redução de Custos...........................................................................................61
5.1.5 Melhoria do Desempenho da Empresa.............................................................62
5.1.6 Redução de Riscos...........................................................................................63
5.1.7 Maior Facilidade na Obtenção de Financiamento.............................................64
5.1.8 Maior Facilidade na Obtenção de Certificado...................................................68
5.1.9 Demonstração dos Resultados da Sustentabilidade na Empresa....................65
6 METODOLOGIA. ............................................................................................. 66
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 67
REFERÊNCIAS ................................................................................................... 69
10
1 INTRODUÇÃO
sustentáveis são realizadas com o intuito de amenizar esses efeitos causados por
esses agentes nocivos ao meio ambiente e com isso as empresas estão mudando
seus meios de produção. Além de ser ter respeito pela natureza, a sustentabilidade
empresarial tem a competência de transformar de forma positiva a imagem de uma
organização junto aos seus clientes. Com o avanço dos problemas ambientais
provocados pelo aumento desordenado nas últimas décadas, os consumidores
ficaram mais conscientes da importância da defesa do meio ambiente. Cada vez mais
os consumidores vão buscar produtos e serviços de empresas sustentáveis, pois é
mais vantajoso produzir sustentavelmente, de forma limpa do que sofrer com falta de
recursos para a sua produção e perda de lugar no mercado e até fechamento da
empresa, pois os recursos naturais são limitados e que uma hora ou outra deverão
ser criadas novas formas de produção.
Dessa forma, se faz necessário fazer a pesquisa para que se possa
entender a importância da sustentabilidade tanto para a empresa, quanto para a
sociedade no que se diz respeito ao desenvolvimento sustentável como fator de
competitividade. Perante o argumento feito, surge o problema em que este trabalho
se tem como base: De que forma a questão ambiental favorece a sustentabilidade das
empresas na produção de bens e serviços?
Para esse estudo temos como objetivo geral, analisar a importância da
sustentabilidade empresarial como diferencial competitivo, mas para que esse estudo
aconteça temos como base nos objetivos específicos aos quais vale enfatizar em
entender como uma empresa pode se tornar sustentável; explicar quais medidas as
empresas devem seguir para se tornar sustentável; identificar as vantagens da
sustentabilidade empresarial e demonstrar os impactos da sustentabilidade nas
organizações.
Vale justificar a importância da sustentabilidade para o crescimento da
empresa visando não somente ao lucro, mas também fazendo com ela faça sua parte
socioambiental perante a comunidade e os stakeholders, ou seja, são aqueles que
afetam e são afetados pelas atividades empresarias e que são os interessados pela
empresa. A sustentabilidade proporciona uma melhor produtividade, uma melhor
qualidade de vida no que se refere ao bem-estar social e ambiental, muda o
comportamento das pessoas em relação ao uso consciente dos recursos naturais,
fazendo com que eles se preocupem com o futuro, preservando o que se tem no
presente para que as próximas gerações possam também usufruir. A pesquisa
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acrescenta maior noção sobre o assunto, pois como ele é pouco conhecido, faz com
que ele seja a cada dia valorizado.
No referido trabalho utilizou-se da pesquisa, quanto ao objetivo a pesquisa
exploratória no que consiste em uma melhor familiaridade com o tema, quanto aos
procedimentos optou-se pela revisão de literatura ou pesquisa bibliográfica em fontes
secundárias como por exemplo fazendo um levantamento bibliográfico, através de
livros especializados, artigos, periódicos, monografias e de publicações de pessoas
renomadas no assunto do objeto em questão, para que se possa garantir a
fundamentação lógica da pesquisa.
Diante do que foi exposto a estrutura da pesquisa encontra-se dividida em
7 seções em que a primeira seção se refere ao conteúdo a ser tratado no decorrer da
monografia.
A segunda seção trata-se do histórico e atuação da responsabilidade social
das empresas no contexto mundial.
A seção três se refere a sustentabilidade empresarial onde se relatará
sobre seu histórico pelo mundo, no Brasil e algumas medidas que as empresas devem
seguir para se tornar sustentáveis.
Na seção quatro veremos as dimensões sociais, econômicas e ambientais
(ecológicas) e os impactos da sustentabilidade nas empresas.
Na seção cinco falaremos sobre a sustentabilidade como um diferencial
competitivo e suas vantagens. Na seção seis abordaremos os métodos utilizados na
pesquisa e mostrando como ela foi desenvolvida.
Finalizando, a seção sete compreende as considerações finais, onde serão
apresentados os resultados da pesquisa.
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b) Meio ambiente
c) Fornecedores e consumidores
d) Comunidade
e) Governo e sociedade
f) Estratégia de transparência
Com base no que foi citado, a ADCE Brasil faz a descrição de que toda
empresa deve assumir compromissos que estão além dos seus objetivos financeiros
e econômicos, ou seja, inserir as causas sociais na política social da empresa no que
se refere ao desenvolvimento do seu negócio, desde os seus funcionários com
programas de incentivo e motivação no trabalho pra que se possa se trabalhar de
forma harmoniosa e produtiva até aqueles que são sua razão de existir, que são seus
clientes, fornecedores, concorrentes e a comunidade e arredores.
Segundo Ashley (2005), é de se esperar que a empresa esteja realmente
preocupada em contribuir para a resolver os problemas pelos quais a sociedade vem
enfrentando e que o governo não consegue suprir, além de incorporar a
responsabilidade social como uma política institucional de forma estruturada, ética,
dinâmica e empreendedora para que se torne um processo natural que cresça de
dentro pra fora, fluindo com a responsabilidade individual de cada cidadão.
O autor quis dizer que, a empresa que venha adotar a responsabilidade
social, tem que demonstrar que estar preocupada com as causas sociais e envolvida
por inteiro para poder vim a minimizar os problemas básicos que a sociedade vem
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enfrentando e que o poder público não consegue resolver, além de fazer com que a
responsabilidade social faça parte da política institucional da empresa.
De acordo com Ashley (2005), não basta dizer que a empresa tem o
compromisso com a sociedade e não resolver seus problemas de forma eficaz, para
isso deve se colocar a “RES” como uma de suas diretrizes do seu plano social
empresarial e fazer acontecer, pois órgãos fiscalizam essas empresas pra saber se
elas estão cumprindo com suas obrigações sociais perante aqueles que são afetados
por ela e se caso isso não esteja acontecendo, a empresa sofre sanções tributárias
pois as mesmas quando incorporam a “RES” em seus negócios, elas são bonificadas
em alguns tributos, ou seja, a tributação sobre os impostos que as empresas pagam
podem ser diminuídas ou isentas, da mesma forma acontece em relação ao
comprometimento com o meio ambiente no que se diz respeito a questão ambiental.
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3 SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL
pelos meios de produção adverte para que a humanidade procure novas alternativas
para que se possa se alcançar o desenvolvimento para que se tenha uma qualidade
de vida melhor.
De acordo com Moura (2011), na década de 90 as pessoas passaram a ter
mais consciência em manter o equilíbrio ambiental e a compreender que os efeitos
dos resíduos vão além do local de onde se originou ou onde foi depositado, sendo
muitas empresas começaram a se preocupar com o uso responsável da energia e de
matérias primas fazendo o uso da reciclagem e a reutilização de materiais evitando
assim os desperdícios.
Conforme com o que foi citado acima, as pessoas tiveram a consciência
sobre o que a geração de um resíduo pode vim a causar quando se destina de forma
errada e isso fez com eles tivessem mais responsabilidade no que se diz respeito ao
descarte regular de resíduos, já as empresas estão preocupadas em fazer o uso
racional de energia e das matérias primas de forma responsável e adotando a
reciclagem a reutilização de resíduos para evitar que sejam desperdiçados.
Segundo Nascimento (2012), foi na década de 90, precisamente no ano de
1992, um evento importante que foi a “Conferência das Nações Unidas sobre meio
Ambiente”, que também é conhecida como Cúpula da Terra ou Rio 92 que foi realizada
na cidade do Rio de Janeiro e que gerou dois documentos de grande importância, a
Carta da Terra e a Agenda 21.
Essa Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente foi um evento
muito importante, se fez mais um alerta sobre as questões ambientais e que resultou
em dois documentos de grande valor, que foi a Carta da Terra ou também chamada
de Declaração do Rio que consta com 27 princípios que guia as ações do governo
para métodos mais recomendáveis na preservação dos recursos naturais e alcançar
o desenvolvimento sustentável. O segundo documento foi a Agenda 21 que abrange
um plano de ação em que deve ser implantado pelo governo e demais órgãos nas
áreas em que encontrasse atividades humanas que venham a prejudicar o meio
ambiente.
3.1.2 Mercosul
Paraguai e Uruguai, sendo nesse tratado, o meio ambiente é citado apenas no início,
ou seja, como uma parte anterior através da qual se consegue anunciar a
promulgação de uma lei ou de um decreto.
Em relação as questões ambientais, só começaram a ser discutidas após
a criação da Reunião Especializada em Meio Ambiente (REMA), no ano de 1992 e
que no ano de 1996 se transformou em um subgrupo de trabalho executivo do
Mercosul denominado de Grupo do Mercado Comum (GMC). Tudo que era
relacionado a questões ambientais deveriam ser aprovadas pelo GMC para se
transformar em resolução que necessitavam da aprovação dos legisladores dos
países-membros, isso quando envolvesse disponibilidades legislativas e não sendo
aplicáveis diretamente como nos regulamentos da União Europeia, com exceção de
resoluções sobre matérias de teor administrativo que são aplicadas diretamente como
portarias expedidas pelos ministérios envolvidos, pois a gestão ambiental no
Mercosul ainda é muito tímida devido o bloco econômico não ser considerado sólido
por causas das crises que passam pelos países-membros.
Com isso foi criado em 2001 um Acordo-Quadro sobre o meio ambiente
que foi assinado pelos países que compõe o Mercosul com o objetivo de
desenvolvimento sustentável e a proteção ao meio ambiente diante as articulações e
dimensões de caráter econômico, social e ambiental para que se tenha uma melhor
qualidade tanto para o meio ambiente, quanto para a vida das populações. E para que
esses objetivos do Acordo-Quadro sejam alcançados foram enunciados os seguintes
princípios segundo Barbieri, (2011, p.55):
do Mercosul. O quadro a seguir traz essas áreas e suas subáreas gerando uma
relação explicativa das questões ambientais.
Contabilidade ambiental
Gerenciamento ambiental de empresas
Tecnologias ambientais (pesquisa, processos e
produtos)
Sistemas e informação
Emergências ambientais
Valorização de produtos e serviços ambientais
Com base no quadro acima, cada divisão dessa representa uma área ou subárea,
onde a área 1 representa a gestão dos recursos naturais com responsabilidade, a área
2 representa as ações para que se tenha uma qualidade de vida, a área 3 representa
as normas e legislações que que as empresas devem cumprir e a área 4 representa
os negócios que podem ser feitos se utilizando os meios sustentáveis através do meio
ambiente
3.1.3 Nafta
Criado em 1992 como zona livre de comércio entre EUA, Canadá e México,
contempla o tratamento das questões ambientais desde a sua fundação. Típico dos
blocos econômicos, a harmonização das leis ambientais, se torna uma das questões
centrais enfoque se refere as questões já mencionadas.
Segundo Barbieri (2011), como é comum entre os blocos econômicos, o
equilíbrio das questões ambientais se torna o centro de suas preocupações as
entidades ambientalistas dos Estados Unidos e Canadá se manifestaram sob o temor
de que ocorresse uma fuga das empresas de seus países para o México para que se
beneficiassem de alguma regulamentação ambiental menos incontestável e do receio
de que a harmonização diminuísse os padrões de exigência que se elevou a custo de
muito esforço.
De acordo com o que foi citado, assim como é em qualquer bloco
econômico, as questões ambientais são sempre o centro das atenções e diante disso,
as entidades ambientalistas dos Estados Unidos e Canadá, demonstraram
preocupação com o que pudesse acontecer caso as empresas desses países fossem
fugidos para outros países, para se beneficiar de leis menos exigentes do que as do
país de origem, além de temer que para se igualar aos outros países, fossem
necessário diminuir as exigências padrões que se teve um grande trabalho para
conseguir a um custo muito alto.
Dentre os instrumentos de gestão utilizados pelo Nafta, se destaca o
Integrad Enviroment Plan for The Mexican-US Border Area que tem como objetivo
aumentar cada vez mais as ações das agências ambientais por parte dos agentes
econômicos e desenvolver programas de formação de pessoas e de educação
ambiental.
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3.2.1 Na atualidade
Para o autor, um bom sistema faz com que se tenha um maior número de
pessoas envolvidas sobre as questões ambientais e que estejam engajadas em
participar efetivamente para que a organização tenha um bom desempenho sobre a
as questões ambientais, mas para que isso ocorra alguns elementos são de grande
importância, assim como uma boa política ambiental da empresa, as avaliações que
são feitas para medir os impactos ambientais gerados pela mesma, os objetivos que
ela necessita alcançar para se possa atender todas as funções do SGA, metas a
serem cumpridas a curto, médio e longo prazo seguindo um plano de ação para que
isso ocorra da forma que se foi planejado e usar ferramentas adequadas para que se
possa acompanhar todo o processo do começo ao fim e avaliar todas as ações
realizadas e apurar os resultados do desempenho ambiental e do próprio SGA.
Barbieri (2011), afirma que uma empresa pode vim a criar seu próprio
sistema de gestão ambiental ou seguir um modelo já criado por uma outra entidade
como por exemplo o SGA proposto pela International Chamber of Commerce (ICC),
que é uma entidade não governamental que se dedica ao comércio internacional onde
propõe um modelo de SGA e uma auditoria ambiental que pode ser adotada de forma
voluntária em contra partida as preocupações com o efeito das questões ambientais
com referência a competição entre as empresas no mercado internacional.
Logo, a própria empresa tem a opção de criar seu próprio sistema de gestão
ambiental ou até mesmo seguir um já formado assim como exemplo o SGA proposto
pelo ICC, que também propõe uma auditoria ambiental que pode ser aceita de forma
voluntária em razão aos efeitos das questões ambientais.
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periodicamente para que se possa saber se a empresa atendeu aos requisitos que as
normas, regulamentos e legislações exige.
Segundo Barbieri (2011), inicialmente as auditorias ambientais tinha como
metas básicas, garantir as situações das empresas de acordo com as leis ambientais
com o objetivo de proteção, ou seja, procuravam encontrar possíveis problemas nas
questões ambientais com finalidade de evitar multas, indenizações e outras
penalidades ou restrições que estavam contidas nas várias leis das esferas federais,
estaduais e locais e com isso muitas empresas passaram a fazer auditorias de forma
voluntária e com isso os órgãos do governo passaram a incentivar essa prática.
Com isso, as auditorias ambientais tinham como objetivo garantir que a
empresa estivesse de acordoas normas e leis vigentes com a finalidade de se
resguardar de multas, penalidades, pagamentos de indenizações reparar os danos
causados por possíveis acidente ambientais que possam vim a acontecer.
Na visão de Andreoli (2011), para se avaliar a adequação do SGA, a
organização deve criar um programa de auditorias ambientais que podem ser:
necessário que esta auditoria seja feita em pequenos grupos para melhor rapidez e
agilidade com o objetivo de obter as informações necessárias para que a alta
administração busque sempre a uma melhoria continua no SGA e do seu desempenho
ambiental e que os mesmos não sejam responsáveis pelo setor ou área auditada para
que não influencie nos resultados da auditoria.
Para Barbieri (2011), a auditoria de segunda parte é feita nas organizações
com fornecedoras ou prestadoras de serviço, por clientes ou pessoas que as
representem. As auditorias que são realizadas por esses clientes nas empresas
fornecedoras de produtos e serviços, têm como objetivo fazer uma avaliação, com a
finalidade de verificar se o que está sendo fornecido estar causando ou vai causar
algum impacto ambiental e qual o grau desses impactos, além de avaliar todo os
processos de produção e execução dos serviços, ou seja, tudo que se fornece e de
que maneira se fornece.
De acordo com o que foi citado, a auditoria de segunda parte tem como
função fazer uma auditoria nos fornecedores com o objetivo de se verificar se o que
estar sendo produzido possa vim a causar algum impacto ao meio ambiente ou não e
dependendo do resultado a empresa que solicitou a auditoria pode vim a mudar de
fornecedor ou não.
Segundo Barbieri (2011), a auditoria de certificação ou de terceira parte tem
como finalidade fazer a verificação das conformidades do SGA com objetivo de
registro ou certificação. Essa auditoria é feita por Organismos de Certificação
Credenciado (OCC) pelo Inmetro para qual a empresa se interessa em adquirir os
certificados necessários para que se venha obter os resultados de seu desempenho
ambiental.
Esses organismos possuem uma semelhança ao atender aos
regulamentos do órgão acreditador, que no caso do Brasil é o Inmetro e às normas de
boas práticas de certificação, mas cada organismo possui seus próprios critérios e
métodos de como é feita esses trabalhos. Para que se possa realizar a auditoria de
certificação, é necessário que se faça uma pré-avaliação no SGA como objetivo de
confirmar se a partes que compõe o SGA estão em conformidade com o que a norma
exige e de imediato fazer as devidas correções antes de ser feita a auditoria de
certificação.
Assim, a auditoria de certificação ou de terceira parte além de emitir os
certificados, também tem como objetivo verificar as conformidades dos programas ou
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projetos assim como o SGA ajuda a melhor o desempenho ambiental, para que se
possa confirmar se as normas estabelecidas nas auditorias de certificação anteriores
estão sendo cumpridas, ou seja, as auditorias periódicas que faz tipos uma vistoria
naquilo precisa melhorar para que se possa manter o certificado.
Segundo Moura (2011), a auditoria de terceira parte também conhecida
como auditoria de certificação é realizada por empresas especializadas e que não
possua vínculos internos com alguém da empresa auditada na qual poderia vim a
prejudicar o andamento da auditoria fazendo com perdesse a credibilidade no trabalho
realizado. As empresas que são credenciadas pelo INMETRO e que são contratadas
pelas organizações para fazer a auditoria, também devem ser aprovadas quanto aos
seus critérios de auditoria e a qualidade em seus trabalhos por uma entidade de
renome internacional.
Nesse tipo de auditoria, a realização se efetiva por órgãos e entidades com
o objetivo de fazer a certificação daquela empresa auditada, ou seja, a empresa
certificadora deve estar credenciada por uma entidade acreditadora para que se possa
fazer a auditoria, sendo que a empresa certificadora tem que estar isenta de contato
com algum membro da empresa auditada para que se possa dar credibilidade a
auditoria.
Segundo Andreoli (2002), para que uma organização possa obter uma
certificação, é de grande importância que seja feita uma auditoria por uma empresa
certificadora onde a mesma deve ser reconhecida e credenciada por uma entidade
acreditadora assim como a ISSO.
Logo, uma empresa que queira obter uma certificação, se faz necessário
solicitar a uma empresa certificadora que seja credenciada por uma entidade
acreditadora para que se possa fazer a auditoria de acordo a qual norma a empresa
vai ser certificada.
Para Moura (2011), a certificação é um processo formal que tem como
objetivo fazer avaliações para atestar determinadas organizações, ou uma parte dela
ou ainda em determinados produtos para verificar eles se encontram em conformidade
com alguma norma específica.
Portanto, a auditoria é só um processo para que se possa constar as
conformidades de alguma norma ou regulamentação de organizações aos quais a
solicitou para que seja feita tipo um check-up ou para a obtenção de uma cerificação.
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Antes de tudo se faz necessário que a empresa que vai ser certificada, faça
uma pré auditoria antes, para que se possa corrigir pequenas coisas que podem vim
atrapalhar na auditoria, deixando a empresa pronta e principalmente entender todos
os passos que vão ser seguidos no processo de auditoria. Como se descreve abaixo:
1º Passo: adquirir a norma
Primeiramente ao se dar início a um processo de certificação, se faz
necessário a parte interessada ler toda documentação necessária sobre a auditoria e
escolher qual é mais viável e interessante para o seu negócio e qual mercado alvo
deseja alcançar e adquirir a norma em sua totalidade.
2º Passo: Levantar informações.
Após a leitura de toda documentação e ter bastante conhecimento sobre
as regras e procedimentos exigidos para a auditoria, a organização deve entrar em
contato com uma certificadora e informando sobre o tempo e os investimentos
necessários para realizar as auditorias de certificação ou testes de ensaio para o caso
de produtos e provas para casos de habilidades profissionais esse caso for preciso se
preparar para a auditoria, contrate um treinamento específico para determinada norma
a ser adquirida.
3º Passo: Pré-auditoria
Primeiramente é feita uma pré-auditoria para poder preparar a empresa
para auditoria propriamente dita fazendo a avaliação do SGA e focalizando toda
documentação para melhor conhecer a empresa e informar a mesma se ela está em
condições adequadas para ser auditada ou se é preciso fazer alguma coisa antes da
pré-auditoria começar.
4º Passo: Auditoria.
Depois que é feita uma reunião entre as partes, no caso entre a equipe
que vai conduzir a auditoria e os responsáveis pela organização, no caso gerentes ou
até mesmo os donos para que seja conhecida as etapas da auditoria e quais meios
vão ser utilizados para realizá-la, se dar início a auditoria com base nas normas e
requisitos que a entidade credenciadora exige e após a realização da mesma, é feita
uma outra reunião para que o relatório da auditoria seja revisado e fazer as indicações
necessárias e fazer a certificação.
5º passo: Manutenção ou pós-avaliação.
Logo após a obtenção do certificado, é realizada visitas periódicas para
fazer um acompanhamento e atestar se o seu desempenho e o que foi auditado estão
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Uma empresa que pretende ficar muito tempo no mercado, deve manter
uma boa imagem diante daqueles que eles afetam e que também podem lhe afetar,
ou seja, os stakeholders. Uma empresa que cria sua imagem devido ao uso da
sustentabilidade em seus processos, produtos e serviços.
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Para Moura (2011), muitas empresas para manter sua imagem perante a
sociedade em geral na qual engloba, o governo, as entidades de proteção ambiental
e dos direitos humanos, as Ongs e etc, estão sendo mais eficientes do que o
necessário quando se trata de ir além do que as regulações ambientais exigem, pois
em relação as leis vigentes e os regulamentos, as empresas estão mais prudentes e
tendo mais atenção para as regulamentações restritas, pois qualquer acidente de
caráter ambiental que venha acontecer na empresa ou ao redor da mesma, pode vim
a prejudicar a sua imagem.
Segundo o que foi citado, para que a organização não fique fora do
mercado ou até mesmo encerre suas atividades, elas estão se adaptando ao que as
leis vigentes exigem, e para isso elas estão fazendo além do que as leis e
regulamentos exigem para que tenha uma melhor imagem no mercado como uma
organização que se preocupa com as causas ambientais, ou seja, estão tendo mais
cuidados para que se possa se manter no mercado por muitos anos.
meio ambiente até um ponto que foi preciso rever seus pensamentos em relação a
sustentabilidade, pois seus clientes eram cada vez mais exigentes em relação as
questões ambientais e como isso as empresa tiveram que se adaptar as necessidades
do mercado e de seus clientes, clientes esses que preferem pagar um valor a mais
por esses produtos sustentáveis.
Quando a empresa se preocupa com a sustentabilidade em seus negócios,
é um sinal de que a alta administração estar fazendo um bom trabalho por possuir um
senso estratégico com mais qualidade do que os concorrentes, além de melhora seu
desempenho ambiental que serve para ultrapassar barreiras comerciais em relação a
questões ambientais impostas por alguns países.
Quando se é feita uma boa analise nos processos de fabricação, fica mais
fácil fazer o uso responsável dos recursos naturais e como consequência a diminuição
da produção de resíduos e da poluição nas quais podem vim a contribuir com a
redução de gastos com ações corretivas.
De acordo com Moura (2011), quando se é bem elaborado um projeto e
fazendo uma avaliação de forma criteriosa nos processos de fabricação se utilizando
dos materiais corretamente, se evita retrabalhos que poderiam vim a virar um custo
desnecessário aos quais poderia ser usado de outras formas, pois a empresa adquire
as matérias primas, gastam com o transporte e armazenamento e ainda tem os gastos
operacionais nos processos de fabricação do produto e durante todo processo
produtivo e parte desses materiais são perdidos na forma de resíduos que também se
caracteriza como custo até para se fazer a remoção até seu destino final de forma
adequada.
Conforme o que foi citado, quando se faz uma boa analise nos processos
de fabricação se utilizando das ferramentas necessárias para isso e também fazendo
o uso responsável dos recursos naturais, se tem a redução dos custos com
retrabalhos e pela perda de material, além de arcar com possíveis passivos
ambientais.
Citado por Moura (2011), os passivos ambientais são um dos custos mais
caros para uma empresa, pois as leis e os regulamentos ambientais a cada dia que
passam estão cada mais criteriosos quanto ao descarte irregular de resíduos. A
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esses tipos de ações façam com que os mesmos estejam estimulados a trabalhar em
um ambiente harmonizado e que possam a ter um bom trabalho em equipe que pode
vim a ser utilizados para outras atividades, gerando uma interação entre os mesmos
fazendo com que se tenham uma boa produtividade devido as pessoas estarem
motivadas no trabalho.
Moura (2011), também corrobora que muitos profissionais com boas
qualificações buscam empresas em que possui um ambiente de trabalho harmonioso,
onde ele se sinta bem quando estar trabalhando e devido ao bom desempenho da
empresa, fica mais fácil fazer o recrutamento e retenção de profissionais qualificados
de alto desempenho.
Diante do que foi descrito, que os grandes profissionais preferem trabalhar
em uma empresa que respeita o meio ambiente e que tenha um bom clima para
trabalhar de forma que se possa gerar grandes resultados, mas de forma sustentável,
pois o colaborador se sente bem em trabalhar em uma empresa responsável e que
contribui para que se tenha um bom desempenho ambiental e servindo de referência
para outras empresas fazer o mesmo.
6 METODOLOGIA
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. -5. reimpr. São
Paulo: Atlas, 2012.
MOURA, Luiz Antônio Abdalla de. Qualidade e gestão ambiental. 6ª ed.- Belo
Horizonte: Del Rey, 2011.