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FACULDADE DO MARANHÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

WILSON FERNANDO SILVA SOUSA

SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL: uma análise teórica sobre a


conscientização de empresas na produção de bens e serviços como
diferencial competitivo.

SÃO LUÍS
2017
WILSON FERNANDO SILVA SOUSA

SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL: uma análise teórica sobre a


conscientização de empresas na produção de bens e serviços como
diferencial competitivo.

Monografia apresentada ao curso de


Administração da Faculdade do
Maranhão para a obtenção do grau de
Bacharel em Administração.
Orientadora: Prof.ª MSC. Regina Célia
Miranda de Freitas.

SÃO LUÍS
2017
Sousa, Wilson Fernando Silva
Sustentabilidade empresarial: uma análise teórica sobre a
conscientização de empresas na produção de bens e serviços como
diferencial competitivo/Wilson Fernando Silva Sousa – São Luís- MA, 2017

72f.:il
Impresso por computador(fotocópia)
Orientadora: Regina Célia Miranda de Freitas.

Monografia (Graduação em Administração) – Curso de


Administração, Faculdade do Maranhão, 2017.

1.Desenvolvimento Sustentável. 2. Meio Ambiente. 3.Sustentabilidade


empresarial. I. Titulo
CDU: 005.35
WILSON FERNANDO SILVA SOUSA

SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL: uma análise teórica sobre a


conscientização de empresas na produção de bens e serviços como diferencial
competitivo.

Monografia apresentada ao curso de


Administração da Faculdade do Maranhão
para a obtenção do grau de Bacharel em
Administração.

Aprovada em: ____ / _____ / ______

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________
Prof. ª Regina Célia Miranda de Freitas. (Orientadora)
Mestre em Ciências

________________________________________________
Examinador

________________________________________________
Examinador
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus pelo dom da vida e por todos os dias que
passei nessa instituição, pois ele soube das dificuldades que vivi e sempre me ajudou
em todas horas e agradeço por ter chegado a essa reta final e ter a benção de uma
formatura em um bom curso de nível superior.
Aos meus pais Wilson e Edna que sempre me apoiaram e me incentivaram
para que eu nunca desistisse dos meus sonhos e que eu pudesse sempre alcançar
algo melhor, pois eles sempre foram minha base ao qual eu tenho total apoio, pois
além de realizar um sonho meu, estou realizando também um dos sonhos deles que
é ter um filho formado no ensino superior.
Aos meus avós que sempre me deram bons concelhos para que elas
continuassem acreditando que eu sou capaz e que eu possa fazer algo melhor para a
minha família.
Aos meus irmãos Rafael e Tânia que sempre ajudei no que tivesse ao meu
alcance, pois mesmo não sem trabalhar, eu também eu estou ajudando a minha irmã
a se formar também, para que ela também se torne uma ótima profissional na área de
fisioterapia, apesar de ela estar passando dificuldades durante esse processo
acadêmico.
Aos meus colegas de turma pelo companheirismo e em especial Cleyciane,
pois durante esses quatro anos que passamos em sala de aula juntos, ela sempre me
apoiou e me incentivou a nunca desistir, é uma das pessoas que desde que se formou
os grupos, ela esteve sempre do meu lado.
A minha orientadora Regina Célia, por toda sua dedicação, compromisso e
auxilio até mesmo em seus dias de descanso a está sempre me ajudando a concluir
essa monografia que não foi fácil fazer.
À Faculdade do Maranhão e aos professores por transmitir conhecimento
e apoio para a realização e execução deste trabalho com êxito.
“Não é o mais forte que sobrevive, nem o
mais inteligente, mas o que melhor se
adapta ás mudanças”

(Charles Darwin)
RESUMO

Este trabalho apresenta a importância da sustentabilidade nas empresas em relação


as mudanças de comportamento dos gestores perante a escassez dos recursos
naturais. Tendo em vista que a cada dia que passa, o planeta vem sofrendo devido
aos processos de produção atuais que vem gerando grandes impactos ao meio
ambiente. O estudo objetiva mostrar os benefícios que a sustentabilidade tem para
oferecer tanto para as empresas quanto para o meio ambiente. Tendo em vista que
os recursos naturais são limitados, as empresas estão a cada dia focado em reduzir
o desperdício e assim beneficiar o meio ambiente em relação a usar as matérias
primas de forma responsável. Desse modo as empresas buscam novas alternativas
nos seus processos de produção, com o objetivo de evitar custos e desperdícios, além
de gerar produtos produzidos por meios sustentáveis aos quais beneficiam as
empresas por agregar valor para aquele produto ou serviço e também ao consumidor
consciente que sabe que aquele produto ou serviço vai proporcionar uma melhor
qualidade de vida e que vai atender suas necessidades. Por isso muitas empresas
adotam sistemas que ajudam no seu desempenho ambiental, sistemas esses que
fazem o controle de todos os processos que venha a causar algum impacto ao meio
ambiente. Apesar disso, uma empresa deve manter seu padrão de excelência e
qualidade ambiental, pois as leis ambientais estão cada dia mais exigentes em relação
ao meio ambiente. Tendo em vista que muitas empresas estão procurando obter os
certificados adequados as suas necessidades e com isso solicitam auditorias tanto
para se adequar as normas, quanto para a obtenção dos certificados ou até mesmo
para renovar sua certificação e isso faz com que melhore ainda mais a imagem da
organização.

Palavras-chaves: Desenvolvimento Sustentável; Empresas; Meio Ambiente;


Sustentabilidade Empresarial; Vantagem Competitiva.
ABSTRACT

This paper presents the importance of sustainability in companies in relation to the


behavioral change of managers in the face of scarcity of natural resources.
Considering that with each passing day, the planet has been suffering due to the
current production processes that have been generating great impacts to the
environment. The objective of this study is to show the benefits that sustainability has
to offer both of companies and for the environment. Given that natural resources are
limited, companies are increasingly focused on reducing waste and thus benefiting the
environment from using raw materials responsibly. In this way, companies seek new
alternatives in their production processes, with the objective of avoiding costs and
waste, besides generating products produced by sustainable means to which
companies benefit by adding value to that product of service and also to the conscious
consumer who knows that this product or sennpo will provide a better quality of life and
that will meet their needs. So many companies adopt systems that help in their
environmental performance, systems that make the control of all the processes that
will cause some impact to the environment. In spite of this, a company must maintain
its standard of excellence and environmental quality, since environmental laws are
more demanding in relation to the environment. Given that, many companies are
seeking to obtain the certificates appropriate to their needs and require audits both for
the rules for obtaining the certificates or even to renew its certification and this makes
it improve even more the design of the organization.

Keywords: Sustainable Development. Companies. Environment. Business


sustainability. Competitive Advantage.
LISTA DE SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas


ADCE – Associação dos Dirigentes Cristãos em Empresas
CEBDS – Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável
CEE – Comunidade Econômica Europeia
CFC – Clorofluorcarbono
CNUMAD – Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento
EMAS – Eco Management and Audit
GMC – Grupo do Mercado Comum
ICC – International Chamber of Commerce
INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
ISO – International Organization for Standardization
MERCOSUL – Mercado Comum do Sul
NAFTA – Área de Livre Comércio das Américas (North American Free Trade
Agreement)
NBR – Norma Brasileira Regulamentadora
OCC – Organismo de Certificação Credenciado
ONGS – Organização Não-governamentais
ONU – Organização das Nações Unidas
REMA – Reunião Especializada em Meio Ambiente
RES – Responsabilidade Social
RSE – Responsabilidade Social Empresarial
PDCA - Ciclo PDCA = Planejar (Plan), Fazer (Duo), Verificar (Check) e Agir (Act)
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Assistência para as Micro e Pequenas Empresas
SGA – Sistema de Gestão Ambiental
WBCDS – World Business Council for Sustainable Development (Conselho
Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 10
2 RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS: histórico e
Atuação.............................................................................................................13
2.1 Responsabilidade Social no Brasil ............................................................... 18
3 SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL... ....................................................... 23
3.1 Breve Histórico da Sustentabilidade Empresarial no Mundo ................... 23
3.1.1 União europeia. .............................................................................................. 26
3.1.2 Mercosul. ........................................................................................................ 28
3.1.3 Nafta. .............................................................................................................. 31
3.2 No Brasil: Aspectos da Sociedade Contemporânea. ................................ 33
3.2.1 Na atualidade ................................................................................................. 33
3.2.2 Dentro das empresas. .................................................................................... 34
3.3 Medidas de Como uma Empresa Pode se Tornar
Sustentável.......................................................................................................36
3.3.1 Sistema de Gestão Ambiental na Empresa.......................................................36
3.3.2 Auditoria e Certificação Ambiental....................................................................43
3.3.3 Outras Medidas.................................................................................................51
4 DIMENSÃO SOCIAL E ECOLÓGICA DA SUSTENTABILIDADE
EMPRESARIAL.................................................................................................53
4.1 Impactos da Sustentabilidade nas Organizações.........................................55
5 A SUSTENTABILIDADE COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO....................57
5.1 As Vantagens da Sustentabilidade Empresarial...........................................58
5.1.1 Maior Satisfação dos Clientes...........................................................................59
5.1.2 Melhoria da Imagem da Organização...............................................................59
5.1.3 Conquista de Novos Mercados.........................................................................60
5.1.4 Redução de Custos...........................................................................................61
5.1.5 Melhoria do Desempenho da Empresa.............................................................62
5.1.6 Redução de Riscos...........................................................................................63
5.1.7 Maior Facilidade na Obtenção de Financiamento.............................................64
5.1.8 Maior Facilidade na Obtenção de Certificado...................................................68
5.1.9 Demonstração dos Resultados da Sustentabilidade na Empresa....................65
6 METODOLOGIA. ............................................................................................. 66
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 67
REFERÊNCIAS ................................................................................................... 69
10

1 INTRODUÇÃO

Até a primeira metade do século XX, as empresas surgiam e se expandiam


sem grandes preocupações com os impactos ambientais e sociais por elas geradas.
Progresso era visto como consequência de crescimento e desenvolvimento
econômico. A ampliação dos mercados consumidores e do número de empresas
gerou um aumento na produção de resíduos e no consumo de matérias-primas e se
baseando na ideia de que os recursos naturais e capacidade de absorção da poluição
pelo planeta são ilimitados.
Ao longo do tempo a sociedade vem sofrendo com os efeitos do modelo de
consumo, produção e desenvolvimento por nós escolhidos desde a revolução
industrial, ou seja, os meios de produção que elas se utilizam para produzir bens e
serviços, estão de forma direta ou indiretamente degradando o meio ambiente e
devido a isso as questões ambientais vêm sendo bastante discutidas sobre esses
efeitos para que se possa fazer o máximo para minimizá-los.
Atualmente as organizações vêm se adaptando as exigências em que o
mercado as impõe, pois, o mundo estar se transformando muito rápido e as empresas
estão tendo que aceitar essas exigências para que possam sobreviver no mercado
que ao passar do tempo continua cada vez mais competitivo.
As empresas estão vendo essa questão ambiental como uma forma de
vantagem competitiva diante das outras empresas que não praticam atos sustentáveis
e devido a isso as pessoas percebem esse diferencial que as empresas desenvolvem
e agregam valor aquela organização como sendo uma empresa que investe na
manutenção e preservação do meio ambiente.
Mas, para isso as empresas têm que seguir algumas normas e leis que
foram feitas por órgãos que executam, fazem o controle, fiscalizam e certificam para
que elas possam funcionar de forma correta e também serem acompanhadas para
garantir que as organizações estejam cumprindo o que foi determinado.
Empresas que seguem a sustentabilidade empresarial, tendem a crescer
mais e mais, tendo vida longa no mercado, deixando sua marca registrada como
exemplo a ser seguido e ser vista como uma empresa que se preocupa com o meio
ambiente.
Devido as alterações do clima no planeta ocasionado pela poluição e a
degradação do meio ambiente pelos meios de produção das empresas, medidas
11

sustentáveis são realizadas com o intuito de amenizar esses efeitos causados por
esses agentes nocivos ao meio ambiente e com isso as empresas estão mudando
seus meios de produção. Além de ser ter respeito pela natureza, a sustentabilidade
empresarial tem a competência de transformar de forma positiva a imagem de uma
organização junto aos seus clientes. Com o avanço dos problemas ambientais
provocados pelo aumento desordenado nas últimas décadas, os consumidores
ficaram mais conscientes da importância da defesa do meio ambiente. Cada vez mais
os consumidores vão buscar produtos e serviços de empresas sustentáveis, pois é
mais vantajoso produzir sustentavelmente, de forma limpa do que sofrer com falta de
recursos para a sua produção e perda de lugar no mercado e até fechamento da
empresa, pois os recursos naturais são limitados e que uma hora ou outra deverão
ser criadas novas formas de produção.
Dessa forma, se faz necessário fazer a pesquisa para que se possa
entender a importância da sustentabilidade tanto para a empresa, quanto para a
sociedade no que se diz respeito ao desenvolvimento sustentável como fator de
competitividade. Perante o argumento feito, surge o problema em que este trabalho
se tem como base: De que forma a questão ambiental favorece a sustentabilidade das
empresas na produção de bens e serviços?
Para esse estudo temos como objetivo geral, analisar a importância da
sustentabilidade empresarial como diferencial competitivo, mas para que esse estudo
aconteça temos como base nos objetivos específicos aos quais vale enfatizar em
entender como uma empresa pode se tornar sustentável; explicar quais medidas as
empresas devem seguir para se tornar sustentável; identificar as vantagens da
sustentabilidade empresarial e demonstrar os impactos da sustentabilidade nas
organizações.
Vale justificar a importância da sustentabilidade para o crescimento da
empresa visando não somente ao lucro, mas também fazendo com ela faça sua parte
socioambiental perante a comunidade e os stakeholders, ou seja, são aqueles que
afetam e são afetados pelas atividades empresarias e que são os interessados pela
empresa. A sustentabilidade proporciona uma melhor produtividade, uma melhor
qualidade de vida no que se refere ao bem-estar social e ambiental, muda o
comportamento das pessoas em relação ao uso consciente dos recursos naturais,
fazendo com que eles se preocupem com o futuro, preservando o que se tem no
presente para que as próximas gerações possam também usufruir. A pesquisa
12

acrescenta maior noção sobre o assunto, pois como ele é pouco conhecido, faz com
que ele seja a cada dia valorizado.
No referido trabalho utilizou-se da pesquisa, quanto ao objetivo a pesquisa
exploratória no que consiste em uma melhor familiaridade com o tema, quanto aos
procedimentos optou-se pela revisão de literatura ou pesquisa bibliográfica em fontes
secundárias como por exemplo fazendo um levantamento bibliográfico, através de
livros especializados, artigos, periódicos, monografias e de publicações de pessoas
renomadas no assunto do objeto em questão, para que se possa garantir a
fundamentação lógica da pesquisa.
Diante do que foi exposto a estrutura da pesquisa encontra-se dividida em
7 seções em que a primeira seção se refere ao conteúdo a ser tratado no decorrer da
monografia.
A segunda seção trata-se do histórico e atuação da responsabilidade social
das empresas no contexto mundial.
A seção três se refere a sustentabilidade empresarial onde se relatará
sobre seu histórico pelo mundo, no Brasil e algumas medidas que as empresas devem
seguir para se tornar sustentáveis.
Na seção quatro veremos as dimensões sociais, econômicas e ambientais
(ecológicas) e os impactos da sustentabilidade nas empresas.
Na seção cinco falaremos sobre a sustentabilidade como um diferencial
competitivo e suas vantagens. Na seção seis abordaremos os métodos utilizados na
pesquisa e mostrando como ela foi desenvolvida.
Finalizando, a seção sete compreende as considerações finais, onde serão
apresentados os resultados da pesquisa.
13

2 RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS: HISTÓRICO E ATUAÇÃO

Os primeiros indícios de responsabilidade social que podemos citar,


decorrem de ações como a filantropia, que eram decorrentes da boa vontade dos
empresários e donos de empresas, sendo que ao decorrer do tempo e devido as
grandes transformações que as empresas passavam, a temática da responsabilidade
social empresarial foi evoluindo até os dias atuais e hoje dia se faz o uso das práticas
sociais nas empresas como um diferencial competitivo nas estratégias empresarias
como vantagem diante dos concorrentes no mercado.
Para melhor explicar a evolução do desenvolvimento da Responsabilidade
Social empresarial, o autor dividiu em dois momentos diferentes, sendo que o primeiro
momento se referindo a era antiga, ou seja, o início da responsabilidade social
empresarial onde se era limitado a certas atividades sociais no sentido de filantropia
com base na ética e moral de cada indivíduo, já a era moderna da responsabilidade
social empresarial que se inicia com a publicação do livro Responsabilities Of The
Businessman do autor Howard Bowen em 1953 em que explica de forma descritiva a
finalidade específica da responsabilidade social dos homens de negócios “Conseguir
melhores relações com os trabalhadores e maior produção destes”( BOWEN apud
ALVES ,2003, p. 41), tendo melhor comunicação com seus colaboradores para que
se possa harmonizar o local de trabalho para ter uma maior e melhor produtividade,
pois naquele período a responsabilidade social estava ligado a uma ideia de caráter
religioso, onde se pode notar na firmação de (BOWEN apud ALVES, 2003,p.44), onde
afirma que o dever cristão do homem de negócios “deve estar imbuído de respeito
pela dignidade e pelo valor essencial de todos os homens, e de um espírito de
compaixão revelado em suas relações com os operários, fregueses, fornecedores,
competidores e outros com quem tenha transações comerciais”.
A partir dessas referências, buscaram-se apresentar os principais motivos
do surgimento desse tipo de movimento de âmbito empresarial durante os
acontecimentos daquela época.
Segundo Carmo (2016), a revolução industrial que deu-se início no século
XVIII na Inglaterra, foi o período em que o mundo observou em que se teve um
grande avanço econômico na indústria devido as novas formas de produção daquela
época sem nenhuma preocupação tanto para o meio ambiente, como para a
sociedade em geral, era o lucro a qualquer custo e que os acordos entre patrões e
14

empregados foram marcados por longas jornadas de trabalho exaustivas em


ambientes insalubres, trabalhadores sem nenhuma condição de trabalho, e pouca
preocupação com as condições físicas e psicológicas dos mesmos e sendo
pressionado a dar conta da produção que nessa época fez o uso excessivo de
matérias primas de fontes não renováveis, esgotando os recursos naturais e
degradando o meio ambiente e sendo conhecido como um período de intenso uso
desses mesmos recursos não renováveis de forma irresponsável.
Ainda com base em Carmo (2016), foi nesses cenários que surgem as
primeiras ideias sobre a responsabilidade social nas empresas indo na contradição da
revolução industrial, fazendo surgir os primeiros pensamentos do comprometimento
das empresas em não só atender as atividades voltadas ao lucro, mas também se
preocupar com aqueles que eles afetam e por eles afetados pelas atividades
empresariais tanto internamente quanto externamente.
A partir desse ponto a responsabilidade social empresarial passa de ser
uma obrigação e começa a fazer parte das questões éticas e da cultura da empresa,
ou seja, a empresa incorpora a responsabilidade social como parte de seus princípios
em que ela utiliza para que seus produtos ou serviços tenham sejam bem vistos pelos
stakeholders, além de ser reconhecida como uma empresa que se preocupa com o
bem-estar de todos por ela afetados.
Carmo (2016), também corrobora, entre os que defendem a
responsabilidade social empresarial inicialmente, temos como destaque o empresário
do ramo têxtil Robert Owen (1771-1858) ,um intelectual e defensor do socialismo
utópico, que acumulou uma boa parte de suas riquezas devido não apenas por sua
experiência em trabalhar com desafios técnicos e matérias naquele tempo, mas
também por desenvolver e saber gerenciar as demandas internas de sua empresa no
que se diz respeito ao conceito de responsabilidade e eficiência em relação aos seus
operários no que se diz respeito a questões das condições sanitárias e da educação
dos mesmos e não sendo de acordo com o trabalho infantil (DIAS, 2012).
Na linha do tempo dos acontecimentos, grandes empresários norte-
americanos influenciados pela RES, começam a fazer o uso da filantropia. Segundo
Carmo, para Barbieri e Cajazeiras (2012) citam como exemplo empreendedores
sociais Henry Ford que realizou investimentos que veio a beneficiar seus funcionários
da Ford Motor Company.
15

De acordo com Dias (2012) uma boa parte da universidades americanas


foram construídas e se desenvolveram por meio das doações nas quais podemos citar
as universidades de Yale, Princeton, Harvard, Columbia, Cornell, entre outras.
Responsabilidade social empresarial apesar de ser um tema recente, mas
sua origem é relativamente antiga, pois se data a partir do final do século XIX e início
do século XX, para Melo Neto ele um dos pioneiros nesta área foi o empresário norte
americano Andrew Carnegie (1835-1919), dono de um aglomerado industrial que se
destacou como um dos maiores filantropos da história que durante sua vida doou a
maior parte de sua fortuna com a intenção de que pudesse incentivar o crescimento
de outras pessoas como ele pelo mundo, onde ele investiu nas áreas de educação e
de interesse social, sendo um dos mais exaltados pela imprensa especializada e com
suas ideias influenciou vários empresários assim como Bill Gates dentre outros na
quais adotaram a filantropia como questão ética e de grande virtude segundo o autor.
Carmo (2016), retrata que do final do século XIX e início do XX houveram
algumas mudanças de ordem política nos Estados Unidos onde as ideias da
legislação a respeito das organizações passou ser a necessidade de lucros aos
acionistas e esse pensamento de caráter capitalista influenciou teoricamente na
produção até final da década de 70, ou seja, aqueles que investiam na organização
tinha prioridade no que se diz respeito aos lucros, pois essa lei os beneficiavam por
ser a favor deles.
Para Morcelli (2016), a responsabilidade e a ética estão presentes no
ramos dos negócios desde o século XIX, só que a partir do ano de 1919 esses temas,
começaram a ser mais divulgado devido ao julgamento entre Henry Ford e Horace
Dodge, onde Henry Ford, presidente e acionista majoritário da Ford veio a contrariar
os interesses dos outros acionistas, no caso John e Horace Dodge afirmando para
isso, as causas sociais, onde ele defendia a não distribuição da parte dos lucros para
que se fosse investido na produção e aumentos de salários.
Como resultado do julgamento, a suprema corte de Michigan concedeu a
causa ganha aos irmãos Dodge, pois teve como justificativa, que a existência da
organização é para o benefício de seu acionista e que o lucro não deveria ser utilizado
para outra finalidade a não ser para o benefício dos mesmos e que a filantropia
empresarial os investimentos com a imagem da empresa só poderiam ser efetivados
na proporção que melhorassem os lucros dos acionistas.
16

De acordo com Morcelli (2016), em um contexto mais moderno, onde se


deu início para as preocupações relacionadas as causas socioambientais no que se
refere a importância da responsabilidades sociais para as organizações, o bisneto de
Henry Ford, Argila Ford Jr, atual presidente daquela organização naquela época, teve
o apoio dos acionistas da empresa e das outras partes interessadas, ou seja os
stakeholders, ao retomar a ideia de seu avô que consistia que seus negócios eram
importante para a sociedade com o pensamento de tornar o mundo muito melhor para
todos.
De acordo com Ashley (2005), houve outros acontecimentos com relação
a ética e responsabilidade social que aconteceu no ano de 1953, envolvendo a A.P.
Smith Manufacturing Companhy e Barlow, onde o motivo era relacionado a doação de
recursos corporativos para a Universidade de Princeton, motivo esse que era ao
contrário do interesses de um grupo de acionistas, mas a corte de New Jersey
concedeu a causa a favor das doações, alegando de vim a trazer benefícios ao país,
pois tal atitude já fazia parte de um novo contexto em que ações desse tipo seria uma
boa oportunidade para os interesses dos acionistas.
Seguindo lado a lado aos grandes acontecimentos em relação a
sustentabilidade a partir da década de 1970, a responsabilidade social empresarial
passa a ser constantemente disseminada ao público nos debates em relação aos
problemas da sociedade, como pobreza, desemprego, diversidade, desenvolvimento,
crescimento econômico, distribuição de renda, poluição dentre outros.
Essa difusão da responsabilidade social se deve aos stakeholders, ou seja,
são aqueles que afetam e são afetados pelas atividades empresariais fazendo com
que as mesmas sigam regras beneficiando ambas as partes, tanto aos empresários,
quanto a sociedade e o meio ambiente.
Após a incorporação da responsabilidade social empresarial firmando um
compromisso ético com os stakeholders para definir propósitos para a construção de
uma sociedade sustentável, define-se as dimensões de atuação da responsabilidade
social.
Para Silveira de Mendonça (2002), ao se inserir uma oportunidade para que as
empresas se auto avalie em relação ao grau de comprometimento delas com os
valores da RSE, faz com que seja descrita algumas dimensões ou temas.
a) Público interno
17

O público interno vem fortificar a atividade empresarial em relação a


questões da sustentabilidade social, política e cultural do processo de
desenvolvimento, ou seja, essa dimensão faz com que a empresa construa ambientes
em que seja favorável para o bem-estar de seus trabalhadores e seus familiares,
assumindo para o combate a todas as formas de discriminação aproveitando dessa
proposta a riqueza étnica e cultural da sociedade.
Um colaborador vai se sentir bem trabalhando em um ambiente
harmonioso, onde seu trabalho se torna produtivo e satisfatório, pois não se tem algo
que venha a interferir nas realizações das atividades.

b) Meio ambiente

Nesta dimensão a empresa tem o compromisso para com a


sustentabilidade ambiental. As empresas que são socialmente responsáveis se
preocupa com os impactos ambientais que elas podem vir a causar ao meio ambiente
devido as suas atividades no processo de produção e agir de forma preventiva nas
etapas de produção que venham oferecer risco em potencial a saúde e segurança de
seus colaboradores assim como várias medidas que se possa reduzir a emissão de
resíduos, fazendo o uso de embalagens retornáveis e estabelecendo uma política de
forma correta do uso de recursos naturais e materiais.
Desse modo, a empresa tem mais a ganhar quando produz de forma
sustentável, verificando e analisando todos os processos de produção para que nada
venha a impactar de forma negativa o meio ambiente.

c) Fornecedores e consumidores

Uma atuação socialmente responsável faz com seus fornecedores e


consumidores sejam tratados de forma igual em forma de parceria fazendo a
satisfação de todos e se preocupando com a criação de hábitos dos consumidores
passando uma imagem de credibilidade e confiança. Em suma, entende-se que:

A valorização das relações com os fornecedores oferece à organização uma


oportunidade ímpar de intermediá-la em prol dos seus clientes, garantindo-se
assim equilíbrio e equidade no desdobramento dos processos de
comercialização. Entende-se também que agir com probidade e equilíbrio na
consecução dos negócios assume um viés diferenciado nos relacionamentos
verificados entre aqueles atores. Portanto, ao praticar para com seus clientes
o mesmo leque de atributos obtidos junto aos fornecedores, a organização
passa a demonstrar de forma clara, objetiva e inequívoca que está
angariando e concomitantemente disseminando valores, sob os quais o
mundo dos negócios ainda a crescer de um maior grau de amadurecimento”
(SILVEIRA DE MENDONÇA, 2002, p.10).
18

De acordo com a citação, feita por Dallabrida (2006), as relações entre os


fornecedores e a organização, cria grandes oportunidades para que se possa
intermediar uma comercialização em favor de seus clientes, já que a mesma
valorização de relação que se tem entre as organizações e as empresas fornecedoras
de bens e serviços, também pode ser feita entre os clientes e as organizações,
fazendo com o mundo dos negócios venha a prosperar.

d) Comunidade

Essa dimensão se refere a questões da sustentabilidade espacial, social,


cultural e política, já que a comunidade já era bastante assistida pela filantropia e a
caridade na década de 1970 e nesse sentido, as empresas por meio de oferecer a
justiça social, elas terminam fazer o uso do assistencialismo e se sabe que a filantropia
é uma forma a curto prazo de assistencialismo de forma individual e a
responsabilidade social se caracteriza como uma forma de estimular o
desenvolvimento do cidadão.
Pessoas pelas quais são afetadas pela organização e por isso a empresa
deve lhes oferecer uma qualidade de vida melhor, fazendo o uso da responsabilidade
social e acolher aqueles aos quais estão ao redor de suas instalações, proporcionando
o desenvolvimento do cidadão.

e) Governo e sociedade

Essa dimensão a início se vincula a sustentabilidade social, política e


institucional, assim como afirma Grajew (2000. p.40), “toda empresa é uma força
transformadora poderosa, é um elemento de criação e exerce grande ascendência na
formação de ideias, valores, nos impactos concretos na vida das pessoas, das
comunidades, da sociedade em geral”.
Segundo Silveira de Mendonça (2002) citado pelo autor, o papel de
disseminar esses valores faz com que a empresa seja reconhecida pelo seu
comportamento ético assim como outras formas de se valorizar faz com que esse seu
comportamento ético tenha muita influência no meio político, sendo que empresas que
não venham a ter essas atitudes éticas são mal vistas pela sociedade.
Na mesma linha de raciocínio, as empresas que tem o comprometimento e
atendem os requisitos legais que são impostas para que elas possam estar
funcionando de forma regular, tem sido bem recompensadas pela sociedade como
19

empresas que se importam com as questões sociais elaborando programas e


propostas de interesses da sociedade em geral.
Quando a empresa apresenta padrões éticos desde o seu surgimento até
a sua operação, ela é bem vista por aqueles que interessam a ela e vice-versa, pois
ela é bem vista e valorizada no mercado decorrente de seu comportamento ético.

f) Estratégia de transparência

Para Silveira de Mendonça (2002) apud Dallabrida (2006), a


responsabilidade social por ser uma medida de gestão, entende-se que seja divulgada
os resultados de seus trabalhos, pois não basta trabalhar com as questões sócias,
sem que seja externado para os mesmo os resultados de seu trabalho e se utilizando
dos mesmo para que se possa sempre estar melhorando e dessa forma fazendo com
que os stakeholders possam analisar os demonstrativos de seus trabalhos assim
fazendo com a sociedade participe gerando opiniões para que a organização continue
sempre a melhorar.
Conforme a citação acima, a responsabilidade por ser uma forma de
gestão, isso subtende-se que os resultados obtidos do trabalho das ações sociais
devem ser divulgados, pois dessa maneira as partes interessadas pela empresa
possam estar fazendo uma avaliação melhor do que a empresa estar fazendo pelo
social e dessa forma fazer com que seja gerada opiniões para que a organização
melhore a cada dia.

2.1 Responsabilidade Social no Brasil

Devido a problemas sociais como a fome, o desemprego, a falta de


segurança, a falta de uma estrutura firme na saúde e na educação entre outros
problemas, as empresas se deparam com responsabilidades que antes não faziam
parte de seu dia a dia, ou seja, as empresas antigamente só se preocupavam com o
lucro a qualquer custo sem se preocupar com suas consequências dos seus meios de
produção, mas com o decorrer dos anos a visão das empresas começaram a mudar
devido as transformações em que o mundo passava, desde o crescimento industrial,
passando pelas transformações da tecnologia junto com o crescimento populacional
em que uma minoria tinha acesso a bens e serviços e outras sem a oportunidade de
20

usufruir dos mesmos e devido a essas desigualdades, as empresas se vem a fazer


uma função em que o governo não tem como suprir.
Para Alessio (2003), a quantidade de problemas sociais em que o país vive
geralmente é de responsabilidade do governo que no decorrer do tempo vem fazendo
investimentos na área social, mas não surte efeito devido a outros tipos de problemas
assim como a má gestão dos serviços e a má eficiência dos programas
governamentais pois o Brasil gasta muito com programas sociais, mas só que não
sabe utilizar de forma correta, ou seja, má administração dos recursos públicos.
De acordo com o que foi citado, o governo até tenta resolver os problemas
sociais fazendo investimentos na área, só que não surte efeito por causa de outros
problemas, como a falta de gestão dos recursos destinados a área social e a má
qualidade dos programas do governo, ou seja, gasta muito e de forma errada.
Segundo Carmo (2016), a origem da responsabilidade social no Brasil
ainda não é exata, pois apesar de se ter pouca informações a respeito de sua origem,
outras fontes literárias que fala sobre o tema cita a “Carta de Princípios dos Dirigentes
Cristãos de Empresas” publicada no ano de 1965 pela Associação dos Dirigentes
Cristãos em Empresas do Brasil (ADCE), Brasil como o início da responsabilidade
social no Brasil, pois segundo (MORCELLI, 2016), pois nos anos 90, foi onde se teve
a maior disseminação da responsabilidade social a nível nacional, sendo que a
produção acadêmica sobre o tema teve um crescimento considerado nesse período,
assim como o surgimento de organizações e associações que tem como objetivo fazer
avançar o debates da responsabilidade social .
Conforme o que foi citado, a inicio da responsabilidade social no Brasil não
é exata, mesmo que se tenha poucas informações sobre sua origem, outras fontes
relatam que foi com a publicação da “Carta de Princípios dos Dirigentes dos Dirigentes
Cristãos de Empresa” no ano de 1965 pela ADCE do Brasil como sendo o início da
responsabilidade social no Brasil, sendo que só na década de 90 foi que foi mais
disseminado no país todo.
Com base em Carmo (2016), a primeira vez em que se ouviu falar sobre
responsabilidade social no Brasil, foi na década de 1970 por organizações que
começaram a se preocupar com os problemas sócias do país e alguns dirigentes
cristãos de algumas empresas que se uniram para fundar a Associação dos Dirigentes
Cristãos de Empresa (ADCE) em que se consolidou em 1977 como uma entidade em
que o papel do pensamento social cristão congregava empresários comprometidos
21

com a transformação de seu local de trabalho como um ambiente de melhoria pessoal


para que se possa contribuir para uma sociedade melhor, humana, solidária e justa.
De acordo com o que foi citado, os primeiros registros de que se tenha se
falado de responsabilidade social no Brasil, foi quando algumas organizações e
dirigentes cristãos de empresas se uniram para fundar a ADCE, que depois de
consolidou logo depois como uma entidade de pensamento cristão que agrupava
decorrente das preocupações sociais que afligiam o país naquela época.
Para Carmo (2016) a ADCE Brasil, se refere a uma organização formada
por dirigentes cristãos e se baseia nas doutrinas sociais da igreja como o objetivo de
externar entre os integrantes da organização, em assumir responsabilidades que vão
além dos assuntos econômicos e financeiros dos negócios da empresa e colaborando
para melhoria continua da vida cívica e política da sociedade.

Em uma proposta inovadora e além de seu tempo, o documento intitulado


Decálogo do empresário de 1974, publicado pela ADCE Brasil, descreve que
as empresas devem assumir compromissos que vão além dos objetivos
financeiros e legais, devendo adotar uma política responsável diante das
expectativas dos públicos envolvidos ao negócio. O respectivo documento
adiantou em dez anos as ideias de gestão dos stakeholders proposta por
Edward Freeman em 1984, prescrevendo um início bastante promissor no
ponto de vista teórico no Brasil (CARMO, 2016, p.133).

Com base no que foi citado, a ADCE Brasil faz a descrição de que toda
empresa deve assumir compromissos que estão além dos seus objetivos financeiros
e econômicos, ou seja, inserir as causas sociais na política social da empresa no que
se refere ao desenvolvimento do seu negócio, desde os seus funcionários com
programas de incentivo e motivação no trabalho pra que se possa se trabalhar de
forma harmoniosa e produtiva até aqueles que são sua razão de existir, que são seus
clientes, fornecedores, concorrentes e a comunidade e arredores.
Segundo Ashley (2005), é de se esperar que a empresa esteja realmente
preocupada em contribuir para a resolver os problemas pelos quais a sociedade vem
enfrentando e que o governo não consegue suprir, além de incorporar a
responsabilidade social como uma política institucional de forma estruturada, ética,
dinâmica e empreendedora para que se torne um processo natural que cresça de
dentro pra fora, fluindo com a responsabilidade individual de cada cidadão.
O autor quis dizer que, a empresa que venha adotar a responsabilidade
social, tem que demonstrar que estar preocupada com as causas sociais e envolvida
por inteiro para poder vim a minimizar os problemas básicos que a sociedade vem
22

enfrentando e que o poder público não consegue resolver, além de fazer com que a
responsabilidade social faça parte da política institucional da empresa.

Para que a responsabilidade social exista é necessário, antes de tudo, que


as técnicas e filosofias das empresas sejam repensadas, que o fim social não
seja massacrado pelo desejo de lucro – lucro este que não deve ser um fim
em si, e sim o viabilizador de uma atitude mais ética responsável por parte
das empresas (PATRICIA ALMEIDA, 2005, p.62).

De acordo com Ashley (2005), não basta dizer que a empresa tem o
compromisso com a sociedade e não resolver seus problemas de forma eficaz, para
isso deve se colocar a “RES” como uma de suas diretrizes do seu plano social
empresarial e fazer acontecer, pois órgãos fiscalizam essas empresas pra saber se
elas estão cumprindo com suas obrigações sociais perante aqueles que são afetados
por ela e se caso isso não esteja acontecendo, a empresa sofre sanções tributárias
pois as mesmas quando incorporam a “RES” em seus negócios, elas são bonificadas
em alguns tributos, ou seja, a tributação sobre os impostos que as empresas pagam
podem ser diminuídas ou isentas, da mesma forma acontece em relação ao
comprometimento com o meio ambiente no que se diz respeito a questão ambiental.
23

3 SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL

É um conjunto de ações que uma empresa toma, visando o respeito ao


meio ambiente e o desenvolvimento sustentável da sociedade. Logo, para que uma
empresa seja considerada sustentável ambientalmente e socialmente, ela deve adotar
atitudes éticas, práticas ambientais que visem seu crescimento econômico sem
agredir o meio ambiente e também colaborar para o desenvolvimento da sociedade.
Para Fonseca (2014), sustentabilidade empresarial é um termo utilizado
para determinar as atividades que tem como objetivo prover as necessidades dos
seres humanos sem que comprometa o futuro das próximas gerações, sendo que a
sustentabilidade empresarial possui uma ligação com o desenvolvimento econômico
de forma que não venha a causar algum dano ao meio ambiente.
Segundo a Cartilha de Sustentabilidade do Sebrae (2015), a primeira vez
que a sustentabilidade foi mencionada, foi no ano de 1986, quando a Organização
das Nações Unidas (ONU) solicitou que fosse feito um estudo com a finalidade de
compreender que a interferência do homem no meio ambiente gerava impactos na
vida na terra e com isso se conclui que os recursos naturais que o planeta dispõe,
são limitados e que deve-se ser utilizado de forma responsável para que sejam
preservados para as futuras gerações e não somente para as necessidades atuais.
De acordo com Cartilha de Gestão Sustentável nas Empresas do Sebrae
(2015), o conceito de desenvolvimento sustentável é muito atual, pois o seu processo
de disseminação deu início há poucas décadas, mais precisamente no ano de 1987,
no momento que a ONU publicou um relatório inovador chamado Nosso Futuro
Comum e desde esse momento o interesse pelo tema vem crescendo e se
expandindo.
De acordo com o que foi citado, o conceito de sustentabilidade começou a
ganhar força devido ao relatório “Nosso Futuro Comum” também conhecido como
Relatório Brundtland que ajudou a disseminar o conceito de sustentabilidade.

3.1 Breve histórico no mundo

A consciência sobre as questões ambientais começaram a ganhar força a


partir da década de 60, pois nesse período alguns recursos naturais começaram a e
ser valorizar mais ainda devido ao crescente aumento da população e do auto
24

consumo , prevendo uma possível escassez dos recursos necessários que a


humanidade extrai para a sobrevivência e de possíveis desastres ambientais que
pode colocar a humanidade em alerta devido as agressões sofridas pela à natureza
que poderá vim a causar algum prejuízo para a vida.
Segundo Nascimento (2012), no fim dos anos 60, um grupo de cientistas
ajudaram o chamado Clube de Roma que se utilizando de cálculos matemáticos
fizeram projeções em relação ao crescimento econômico continuo com base nos
recursos não renováveis. No ano de 1972, os mesmos cientistas divulgam um relatório
intitulado de “Limites para o Crescimento”, relatório esse que serviu de alerta na qual
algumas projeções não se cumpriram, mas serviu para que as pessoas se
conscientizassem sobre fazer os usos dos recursos naturais com responsabilidade.
Esse relatório foi grande importância para que se despertasse o pensamento para as
questões ambientais
De acordo com o que foi citado, o Clube de Roma foi muito importante para
começar a fazer as pessoas a se conscientizarem sobre a exploração dos recursos
naturais de forma responsável, pois devido ao relatório Limites ao Crescimento que
mesmo que algumas projeções que continha nesse relatório não se cumpriram, mas
fez com que despertasse a ideia dos recursos naturais um dia poderem vim acabar,
caso não se utilizar de forma correta.
Para Moura (2011), a década de 70 foi a que deu início ao aumento da
diligências do controle e a regulamentação ambiental, sendo que neste mesmo
período no ano de 1972 ocorreu a Conferência das Nações Unidas para o Meio
Ambiente em Estocolmo onde se teve a presença de 113 países participantes aos
quais os países mais ricos achavam que se tinha que ter um controle internacional
mais rigoroso para reduzir a poluição, já os mais pobres não aceitavam esse controle
por pensar que isso poderia parar o desenvolvimento dos países do terceiro mundo e
com isso os países pobres não cresceriam. Ainda na década de 70, a crise energética
que teve como causa o aumento do preço do petróleo fez com novos temas
aparecessem, no caso o uso consciente das fontes de energia e criação de novas
fontes de energia limpa.
Conforme com o que foi citado, a década de 70, a Conferência de
Estocolmo fez com as nações a estruturar seus órgãos ambientais e a formar suas
legislações para se fazer o controle dos impactos ambientais.
25

Na visão de Moura (2012), a década de 80 teve como destaque a criação


em grande parte dos países, leis que regulamentam as atividades industriais no que
se refere a emissão de poluentes sendo que nessa mesma década teve como avanço
a criação de empresas especializadas na elaboração de Estudos de Impactos
Ambientais (EIA-RIMA), ocorrendo também audiências públicas e aprovações de
licenças ambientais que foi descentralizado e atribuindo essas ações aos estados e
municípios.
Com isso, a mister do que foi citado, nessa década as leis referentes aos
processos de instalação e operação das indústrias começaram a entrar em vigor tendo
como objetivo o controle das emissões de poluentes.
Segundo Nascimento (2012), no final da década de 80 a preocupação
referente as questões ambientais, ganharam proporções globais devido a dois
acontecimentos, o Protocolo de Montreal consolidado no ano de 1987 que faz com
que todo produto químico que possui clorofluorcarbono(CFC) em sua composição,
seja retirado de circulação e estabelece um prazo para que se faça a substituição e o
outro acontecimento se refere ao “Relatório da Comissão Mundial sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento”, também conhecido como Relatório Brundtland que
devido ao nome de sua coordenadora a Sra. Gro Harlem Brundtland que foi divulgado
em 1987 como título de “Nosso Futuro Comum” que fez com que o conceito o conceito
de desenvolvimento sustentável fosse difundido.
Conforme o descrito, a preocupação em relação as questões ambientais
tomaram dimensões globais por causa das emissões de clorofluorcarbono na
atmosfera que estava provocando a destruição da camada de ozônio e fez com que o
Protocolo de Montreal que foi firmado em 1987, restringisse produtos que continha
CFC em seus componentes, além de estabelecer prazos para sua substituição.
De acordo com Nascimento (2012), o Relatório de Brundtland foi pontapé
inicial para as discursões entre o desenvolvimento e as questões ambientais, pois ele
faz um alerta que a humanidade encontre novas formas sustentáveis para que se
possa alcançar o desenvolvimento e ele comprova também que não considera
desenvolvimento, o crescimento econômico que não favorece a qualidade de vida da
comunidade.
Segundo a citação acima, o Relatório de Brundtland faz com que as
questões ambientais e a sustentabilidade sejam mais disseminadas no mundo todo
para que se tenha a consciência das causas dos impactos ambientais provocados
26

pelos meios de produção adverte para que a humanidade procure novas alternativas
para que se possa se alcançar o desenvolvimento para que se tenha uma qualidade
de vida melhor.
De acordo com Moura (2011), na década de 90 as pessoas passaram a ter
mais consciência em manter o equilíbrio ambiental e a compreender que os efeitos
dos resíduos vão além do local de onde se originou ou onde foi depositado, sendo
muitas empresas começaram a se preocupar com o uso responsável da energia e de
matérias primas fazendo o uso da reciclagem e a reutilização de materiais evitando
assim os desperdícios.
Conforme com o que foi citado acima, as pessoas tiveram a consciência
sobre o que a geração de um resíduo pode vim a causar quando se destina de forma
errada e isso fez com eles tivessem mais responsabilidade no que se diz respeito ao
descarte regular de resíduos, já as empresas estão preocupadas em fazer o uso
racional de energia e das matérias primas de forma responsável e adotando a
reciclagem a reutilização de resíduos para evitar que sejam desperdiçados.
Segundo Nascimento (2012), foi na década de 90, precisamente no ano de
1992, um evento importante que foi a “Conferência das Nações Unidas sobre meio
Ambiente”, que também é conhecida como Cúpula da Terra ou Rio 92 que foi realizada
na cidade do Rio de Janeiro e que gerou dois documentos de grande importância, a
Carta da Terra e a Agenda 21.
Essa Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente foi um evento
muito importante, se fez mais um alerta sobre as questões ambientais e que resultou
em dois documentos de grande valor, que foi a Carta da Terra ou também chamada
de Declaração do Rio que consta com 27 princípios que guia as ações do governo
para métodos mais recomendáveis na preservação dos recursos naturais e alcançar
o desenvolvimento sustentável. O segundo documento foi a Agenda 21 que abrange
um plano de ação em que deve ser implantado pelo governo e demais órgãos nas
áreas em que encontrasse atividades humanas que venham a prejudicar o meio
ambiente.

3.1.1 União Europeia

No início do tratado de Roma na qual se instituiu a Comunidade Econômica


Europeia (CEE), a questão relacionado ao meio ambiente ainda não era de grande
27

relevância, pois naquela época a principal preocupação era em reconstruir a economia


afetada por causa da segunda guerra mundial por aqueles países naquele período,
mas devido à influência da conferência de Estocolmo em 1972, o concelho da
comunidade europeia fez vigorar os primeiros programas relacionados ao meio
ambiente, mas somente no começo do quarto programa foi que a questão ambiental
passou a ser incorporada de uma vez no tratado de Roma através do Ato Único
Europeu. Esse ato introduziu disposições específicas sobre o meio ambiente e
determinou que os processos de harmonizações a legislações nacionais sobre saúde,
segurança, meio ambiente e defesa do consumidor se baseava num nível de proteção
elevado.

A partir de então, o Tratado de Roma estabelece que a ação da CEE em


matéria ambiental terá por objetivo preservar, proteger, e melhorar a
qualidade do meio ambiente; contribuir para a proteção da saúde das
pessoas; e assegurar uma utilização prudente e racional dos recursos
naturais. Para alcançar esses objetivos as ações devem se fundamentar no
princípio da ação preventiva, da reparação dos danos na fonte e do poluidor-
pagador. (BARBIERI, 2011, p.53).

Observa-se que o tratado de Roma veio para estabelecer que as ações da


CEE no que se refere a questão ambiental venha trazer uma melhor qualidade de vida
aos seus habitantes assim como preservar a saúde ambiental, além de melhorar a
qualidade dos recursos naturais disponíveis e fazer a utilização dos mesmos de forma
consciente para que as futuras gerações possam usufruir de forma racional o que a
natureza possa lhe oferecer, mas para que esses objetivos sejam alcançados, eles
deveram se fundamentar na prevenção e da reparação dos efeitos nocivos
provocados pelo o homem e no conceito de poluidor-pagador, ou seja, se caso venha
a cometer algum dano ao meio ambiente, ele deverá custear os reparos causados
por suas ações.
Nesse parâmetro histórico, percebe-se que os acordos são sempre feitos
antes da implantações de grandes empreendimentos no que se referem as empresas
de produção de bens e serviços que são instaladas em locais em que é preciso fazer
algumas intervenções ambientais, e pra isso essa as empresas devem seguir normas
que são estabelecidas pelas órgãos de defesa do meio ambiente, nos quais a empresa
fica responsável por qualquer tipo de ação que venha a degradar o meio ambiente e
gerando problemas para aqueles que vivem ao seu redor.
28

Para Barbieri (2011), já no quinto Programa de Meio Ambiente que datou


de 1993 a 2000 onde o mesmo foi influenciado por conceitos que tem como relação o
de desenvolvimento sustentável que foram discutidos na CNUMAD onde se
dedicaram com atenção especial aos problemas globais ambientais que resultaram,
acordos de vários os lados que visa a utilização dos recursos naturais de forma
prudente.
Já no quinto Programa de Meio Ambiente que datou de 1993 a 2000, o
mesmo foi influenciado por conceitos que tem como relação o de desenvolvimento
sustentável que foram discutidos na CNUMAD onde se dedicaram com atenção
especial aos problemas globais ambientais que resultaram, acordos de vários os lados
que visa a utilização dos recursos naturais de forma prudente.
O tratado de Maastricht, de 1992, que funda a União Europeia e acrescenta
entre os objetivos do bloco o crescimento sustentável e não inflacionário que respeite
o meio ambiente. A gestão ambiental é implementada com intermédio de instrumentos
de regulação pública que seguem uma sistemática que estabelece a regularização de
qualquer matéria no âmbito da União Europeia e são os seguintes:

1) Os regulamentos, obrigatórios para todos os países em todos os seus


elementos que adquirem eficácia direta sem a necessidade de serem
transformados em leis nacionais;
2) As decisões, idênticas aos regulamentos, porém restritas aos países
indicados ou até mesmo organizações específicas;
3) As diretivas, que só entram em vigor em determinado país após serem
convertidas em leis segundo seu processo legislativo, deixando às
instâncias nacionais decidir quanto às formas e meios; e
recomendações e pareceres de caráter não obrigatório.
De acordo com o que foi citado, é regularizada qualquer decisão a todos os
países da união Europeia no que se refere a implementação da gestão ambiental de
forma sistêmica.

3.1.2 Mercosul

Criado em 1991 pelo tratado de assunção, é um bloco que objetiva


estabelecer uma zona de livre comércio e união aduaneira entre Argentina, Brasil,
29

Paraguai e Uruguai, sendo nesse tratado, o meio ambiente é citado apenas no início,
ou seja, como uma parte anterior através da qual se consegue anunciar a
promulgação de uma lei ou de um decreto.
Em relação as questões ambientais, só começaram a ser discutidas após
a criação da Reunião Especializada em Meio Ambiente (REMA), no ano de 1992 e
que no ano de 1996 se transformou em um subgrupo de trabalho executivo do
Mercosul denominado de Grupo do Mercado Comum (GMC). Tudo que era
relacionado a questões ambientais deveriam ser aprovadas pelo GMC para se
transformar em resolução que necessitavam da aprovação dos legisladores dos
países-membros, isso quando envolvesse disponibilidades legislativas e não sendo
aplicáveis diretamente como nos regulamentos da União Europeia, com exceção de
resoluções sobre matérias de teor administrativo que são aplicadas diretamente como
portarias expedidas pelos ministérios envolvidos, pois a gestão ambiental no
Mercosul ainda é muito tímida devido o bloco econômico não ser considerado sólido
por causas das crises que passam pelos países-membros.
Com isso foi criado em 2001 um Acordo-Quadro sobre o meio ambiente
que foi assinado pelos países que compõe o Mercosul com o objetivo de
desenvolvimento sustentável e a proteção ao meio ambiente diante as articulações e
dimensões de caráter econômico, social e ambiental para que se tenha uma melhor
qualidade tanto para o meio ambiente, quanto para a vida das populações. E para que
esses objetivos do Acordo-Quadro sejam alcançados foram enunciados os seguintes
princípios segundo Barbieri, (2011, p.55):

1) Promoção da proteção do meio ambiente e aproveitamento mais eficaz


dos recursos disponíveis mediante a coordenação de políticas do setor, com
base nos princípios de gradualidade, flexibilidade e equilíbrio,
desenvolvimento sustentável por meio do feedback entre os setores
ambientais e econômicos, evitando à aceitação de medidas que restrinjam e
distorçam de forma ditatorial e injustificável a livre circulação de bens e
serviços no Mercosul, promover de forma efetiva a participação da sociedade
civil no tratamento das questões ambientais;
2) Tratamento prioritário e integral ás causas e fontes dos problemas
ambientais;
3) Fomentar a internalização dos custos ambientais por meio do uso de
instrumentos econômicos e regulação econômica e de gestão;
4) Incorporação do componente ambiental nas políticas do setor e a inclusão
das considerações ambientais nas tomadas de decisões adotadas no âmbito
no Mercosul para fortalecimento da integração.

O Acordo-Quadro foi estabelecido em quatro áreas temáticas ou questões


ambientais que deverão estar de acordo com a programação de trabalho ambiental
30

do Mercosul. O quadro a seguir traz essas áreas e suas subáreas gerando uma
relação explicativa das questões ambientais.

Quadro 1 - Acordo Quadro sobre o meio ambiente do Mercosul: áreas temáticas

1.Gestão sustentável dos recursos naturais 2.Qualidade de vida e

 Fauna e flora planejamento ambiental


 Florestas
 Áreas protegidas  Saneamento básico e
 Diversidade biológica água potável
 Biossegurança  Resíduos urbanos e
 Recursos hídricos industriais
 Recursos ictícolas e aquícolas  Resíduos perigosos
 Conservação do solo  Substâncias e produtos
perigosos
 Proteção da atmosfera e
qualidade do ar
 Planejamento do uso do
solo
 Transporte urbano
 Fontes renováveis e/ou
alternativas de energia

3.Instrumentos de política ambiental 4.Atividades produtivas


ambientalmente sustentáveis
 Legislação ambiental
 Instrumentos econômicos  Ecoturismo
 Agropecuária sustentável
 Educação, informação e comunicação  Gestão ambiental
ambiental empresarial
 Manejo florestal
 Instrumentos de controle ambiental sustentável
 Avaliação de impacto ambiental  Pesca sustentável

 Contabilidade ambiental
 Gerenciamento ambiental de empresas
 Tecnologias ambientais (pesquisa, processos e
produtos)
 Sistemas e informação
 Emergências ambientais
 Valorização de produtos e serviços ambientais

Fonte: Concelho do Mercado Comum, (2001).


31

Com base no quadro acima, cada divisão dessa representa uma área ou subárea,
onde a área 1 representa a gestão dos recursos naturais com responsabilidade, a área
2 representa as ações para que se tenha uma qualidade de vida, a área 3 representa
as normas e legislações que que as empresas devem cumprir e a área 4 representa
os negócios que podem ser feitos se utilizando os meios sustentáveis através do meio
ambiente

3.1.3 Nafta

Criado em 1992 como zona livre de comércio entre EUA, Canadá e México,
contempla o tratamento das questões ambientais desde a sua fundação. Típico dos
blocos econômicos, a harmonização das leis ambientais, se torna uma das questões
centrais enfoque se refere as questões já mencionadas.
Segundo Barbieri (2011), como é comum entre os blocos econômicos, o
equilíbrio das questões ambientais se torna o centro de suas preocupações as
entidades ambientalistas dos Estados Unidos e Canadá se manifestaram sob o temor
de que ocorresse uma fuga das empresas de seus países para o México para que se
beneficiassem de alguma regulamentação ambiental menos incontestável e do receio
de que a harmonização diminuísse os padrões de exigência que se elevou a custo de
muito esforço.
De acordo com o que foi citado, assim como é em qualquer bloco
econômico, as questões ambientais são sempre o centro das atenções e diante disso,
as entidades ambientalistas dos Estados Unidos e Canadá, demonstraram
preocupação com o que pudesse acontecer caso as empresas desses países fossem
fugidos para outros países, para se beneficiar de leis menos exigentes do que as do
país de origem, além de temer que para se igualar aos outros países, fossem
necessário diminuir as exigências padrões que se teve um grande trabalho para
conseguir a um custo muito alto.
Dentre os instrumentos de gestão utilizados pelo Nafta, se destaca o
Integrad Enviroment Plan for The Mexican-US Border Area que tem como objetivo
aumentar cada vez mais as ações das agências ambientais por parte dos agentes
econômicos e desenvolver programas de formação de pessoas e de educação
ambiental.
32

Barbieri (2011), pontua que a preocupação ambiental no Nafta está em


reduzir as diferenças nas legislações nacionais e os desníveis de competitividade
entre as empresas dos países que compõe o Nafta, poiso tratamento ambiental
distinto resultaria no diferencial de custo, de competitividade em favor dos produtores
que estão situados nos países com leis menos branda.
De acordo com o que foi citado acima, o Nafta tem como preocupação fazer
a redução das diferenças em que se encontra nas legislações nacionais entre os
países que compõe o bloco, pois devido aos interesses ambientais distintos pode vim
a ocorrer uma diferença nos custos e como consequência na competitividade
favorecendo os países onde as leis ambientais não são muito incontestáveis.

3.2 No Brasil: aspectos da sociedade contemporânea.

O desenvolvimento sustentável no Brasil deu-se início no ano de 1913,


quando se foi criado o primeiro parque nacional brasileiro para a preservação do meio
ambiente, o Parque Nacional de Itatiaia, localizado na divisa do Estado do Rio de
Janeiro com minas Gerais. Outros dois parques foram criados em 1915, Cataratas do
Iguaçu, no Paraná e Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro.
Com o aumento na mídia sobre assuntos relacionados as questões
ambientais, principalmente aqui no Brasil que se tem recursos naturais em
abundância, fez com que chamassem a atenção dos cientistas, jornalistas e políticos
aos quais iniciaram fóruns para discutir sobre as questões ambientais com o intuito de
sensibilizar a comunidade sobre o processo de aceleração da degradação do meio
ambiente (ALMEIDA, 2002).
Conforme o que foi citado, qualquer assunto referente as questões
ambientais, o foco se volta para o Brasil pois é onde se concentra a maior quantidade
de recursos naturais e isso fez com os órgãos que se discutisse sobre a preservação
e conservação e o uso consciente desses recursos.
Sobre o resultado dos fóruns, em 1958, surge a Fundação Brasileira para
a Conservação da Natureza, sendo considerada a primeira organização ambiental que
conseguiu criar e manter uma presença nacional. Essa fundação contava com
associados que eram capazes de influenciar diretamente em medidas governamentais
em relação a proteção da natureza.
33

Cinco anos depois a Rio 92 o Concelho Empresarial Brasileiro para o


Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), entidade sem fins lucrativos que integra a
uma rede de concelhos vinculados ao World Business Council for Sustainable
Development (WBCSD). O CEBDS agrupa 56 grupos empresariais com muita
expressão no Brasil, representando 450 unidades produtivas.
É importante lembrar que o CEBDS tem um papel importante na defesa do
desenvolvimento sustentável no Brasil junto as empresas, promovendo seminários e
reuniões, participa de debates, trabalhando em parceria com as ONGs e conforme
Almeida (2002) algumas delas já estão experimentando ações no sentido do
desenvolvimento sustentável, por entender que essa prática sustentável poderá
propiciar sua sobrevivência.

3.2.1 Na atualidade

Para diferentes causas foram apontadas para explicar essa dinâmica de


degradação, tais como o incremento populacional, a moderna indústria e o
consumismo supérfluo, os sistemas de dominação hierárquicos próprios da sociedade
industrial, o sistema capitalista, a distribuição de riquezas entre países e de
populações.
Segundo Moura (2011), a situação no Brasil a respeito do cenário ambiental
é crítica em alguns setores e com efeitos negativos de domínio global, na proporção
que outras empresas vêm concretizando trabalhos com discernimento incontestável e
com melhorias expressivas de desempenho ambiental em relação aos seus processos
produtivos e também nos seus produtos e serviços prestados.
Com base na citação acima, o Brasil estar muito atrasado em relação aos
outros países no que refere em melhorias no desempenho ambiental a respeito dos
processos produtivos e ao que se esteja oferecendo em serviços e produtos.
Moura (2011), esclarece que o Brasil vem mostrando um grande
crescimento econômico e populacional durante as últimas décadas causando grandes
impactos ao meio ambiente, devido ao aumento das atividades agrícolas, mineral e
agroindustrial que faz com que para que o país cresça, se faz necessário a construção
de estradas, hidrelétricas, entre outras obras que venham causar danos ao meio
ambiente, pois o Brasil é um pais visto pelo o mundo todo como um país irresponsável
em relação as questões ambientais.
34

Assim, o Brasil vem mostrando um grande crescimento econômico e


populacional nas últimas décadas aos negócios agrícolas, agroindustrial e mineral,
mas de forma a causar grandes impactos ao meio ambiente, fazendo com que para
se ecoar a produção produzir energia se faz necessário a construção de rodovias,
hidrelétrica e outras obras que venha a causar algum dano ao meio ambiente.

3.2.2 Dentro das empresas

As empresas que pretendem fazer exportações de seus produtos para


outros países, necessitam a se adequarem as normas de exportações, devido as
exigências do mercado.
Segundo a cartilha do Sebrae de sustentabilidade (2015), nos últimos anos
a consciência de se combinar a lucratividade com a preservação ambiental e o bem
estar social, mudou muito ao longo do tempo, pois antigamente se dizia que a
sustentabilidade custava caro, ou que era coisa só para as grandes empresas, só que
esse ideia foi sendo abandonada e hoje em dia a temática da sustentabilidade vem
sendo muito discutida entre as empresas e a sociedade em geral pois os
consumidores estão cada dia exigentes sobre as questões ambientais e os efeitos
causados pelo processos de produção das empresas aos quais são de se preocupar
devido as constantes mudanças climáticas que o planeta vem sofrendo.
Com isso, observa-se que para algumas pessoas, a sustentabilidade era
vista como onerosa para as organizações, fazia com que se perdesse competitividade
em relação as outras empresas e que só empresas grande poderia ter, mas essa ideia
foi abandonada ao decorrer do tempo e a conscientização de se obter lucros fazendo
o uso da preservação ambiental promovendo o bem-estar social, ficou a mais
harmoniosa, pois a temática da sustentabilidade vem sem muito debatida entre as
empresas e a sociedade em geral, pois os consumidores estão cada vez mais
consciente e exigentes em relação as questões ambientais e com isso as empresas
vem se adaptando a cada dia para que se possa evitar ou minimizar os efeitos
causados por seus processos de produção.
Segundo Moura (2011), devido as questões ambientais sendo bastante
difundida, as empresas perceberam que ao fazer o uso da qualidade ambiental em
tudo que ela produz, tem-se grande importância para seus clientes, pois os mesmos
hoje em dia são muito bem mais informadas e interessadas a respeito do assunto,
35

pois a todo o momento os meios de comunicação estão abordando com frequência


algum caso relacionado ao meio ambiente, desde desmatamento, queimadas e outros
casos de desrespeito com o meio ambiente, até demonstrando o que as empresas e
a própria sociedade em geral estão fazendo para que se possa melhorar ou amenizar
os efeitos causados pelo o progresso.
Neste cenário, os consumidores estão a cada dia conscientes e informados
sobre as questões ambientais e isso faz com que as empresas de adaptem as
necessidades de seus clientes, pois assuntos relacionados as questões ambientais
estão sendo abordados quase a toda hora pelos os veículos de comunicação e por
isso deve-se inseri a temática ambiental em seus negócios.
Segundo a cartilha de gestão sustentável nas empresas do Sebrae (2015),
empresas de todos os ramos e segmentos estão muito preocupadas em obter seu
desempenho ambiental de forma correta, para que se possa fazer o controle dos
impactos causados por seus processos de produção, seus produtos e serviços
prestados em de acordo com suas políticas ambientais e com o que se foi planejado.
Esse tipo de comportamento está contido de acordo com que as normas,
regulamentações e legislações vigentes exigem no que se diz respeito em se ter um
desenvolvimento de suas políticas econômicas e de medidas de conservação e
preservação do meio ambiente para que incentivem outras empresas no que se refere
às preocupações com as questões ambientais e a sustentabilidade das mesmas.
Segundo o que foi citado, as empresas de diversos ramos e segmentos do
mercado, estão interessadas e preocupadas em garantir seu desempenho da forma
mais correta possível para que se possa fazer o controle dos impactos de suas
atividades, sendo que esse comportamento estar contido de acordo com que as
normas e regulamentações exigem.
Moura (2011), descreve que no Brasil é observado, uma grande quantidade
de empresas, que estão demonstrando interesse em adotar medidas sustentáveis e
investindo em seu desempenho ambiental, sendo que a maioria dessas empresas são
filiais de multinacionais e que estão seguindo as mesmas diretrizes vindas das
matrizes no exterior para que elas possam se adaptar aos padrões da matriz, com o
objetivo de manter o nome da empresa e proteger de possíveis problemas.
Conforme com o que foi citado acima, que as empresas brasileiras estão
se adaptando as necessidades de seus consumidores aditando medidas sustentáveis
fazendo investimentos para melhorar ainda mais seus desempenhos ambientais, só
36

que essas empresas são apenas filiais de multinacionais e seguem os mesmos


padrões que a matriz para que elas possam se adaptar esse padrões para que se
possa manter o nome da empresa em caso de algum problema que venha acontecer.

3.3 Medidas de como uma empresa pode se tornar sustentável

Com o avanço da tecnologia que vieram após a revolução industrial e o


com o crescente desenfreada da população mundial, os meios de produção que a
humanidade se utiliza passou a gerar mais impactos de forma negativa ao meio
ambiente, ao qual foi visto como fonte ilimitada de recursos disponíveis por muito
tempo para suprir as necessidades humanas que no momento passa a ser um
incomodo pelo motivo que os recursos naturais são limitados.
Devido a esta situação, as empresas buscam melhores formas para se
adequarem a essa realidade, pois as pressões e restrições que são impostas a elas
fazem com sejam obrigadas a criar novas formas para reduzir o impacto ambiental
causado pelas mesmas durante seus processos de produção e com isso melhorar sua
imagem frente a sua responsabilidade perante a sociedade em geral.
Uma empresa ambientalmente sustentável é aquela que trabalha com
processos de produção mais limpos, utiliza os recursos naturais com mais
responsabilidade, dar destinação correta para seus resíduos sólidos, adotando
instrumentos de gestão que vai desde os instrumentos de comando até os
instrumentos de política pública levando em questão o custo ambiental da própria
produção e isso implica na redução de custos e podendo ser uma vantagem
diferenciada da empresa, como um fator de competividade.

3.3.1 Sistema de gestão ambiental na empresa

As práticas ambientais consistem em uma postura em que todas as


empresas devem seguir e servir de exemplo para outras no que se diz respeito a
sustentabilidade.
Para tal feito se necessita da adoção de um sistema de gestão ambiental
que tem como função fazer o gerenciamento de tudo que estiver relacionado ao meio
ambiente no que se refere a fazer o controle a todos os processos de produção e
prestação de serviços que venha a causar qualquer tipo de impacto ao meio ambiente.
37

Dependendo do ramo ou tamanho da empresa, se faz necessário que se


tenha um setor específico para tratar dos assuntos referentes a processos, serviços e
produtos que a empresa venha a desenvolver.
Para Barbieri (2011), gestão ambiental empresarial são diferentes
atividades administrativas e operacionais realizadas pela empresa com o foco nos
problemas ambientais oriundos de suas ações ou para que se possa evitar que os
mesmos venham a ocorrer futuramente. Já um sistema é um conjunto de partes que
se inter-relaciona e (BARBIERI, 2011) ainda complementa que sistema de gestão
ambiental é uma parte maior que interliga as diferentes atividades administrativas e
operacionais da organização para que se possa cuidar dos problemas ambientais para
evitar ou minimizar os seus efeitos.
Segundo a citação acima, o sistema de gestão ambiental tem como objetivo
fazer o controle dos processos de produção para que se possa evitar os impactos
ambientais causados pela mesma, faz o controle de forma sistematizada fazendo uma
interligação com as diversas atividades administrativas e operacionais.

A solução dos problemas ambientais, ou a sua minimização, exige uma nova


atitude dos empresários e administradores, que devem passar a considerar o
meio ambiente em suas decisões e adotar concepções administrativas e
tecnológicas que contribuam para ampliar a capacidade de suporte do
planeta. Em outras palavras, espera-se que as empresas deixem de ser
problemas e façam parte das soluções. (BARBIERI, 2011, p.103).

De acordo com a citação acima, os gestores das grandes organizações


devem colocar a questão ambiental como prioridade nas suas decisões e com isso
adotar práticas administrativas e fazer o uso das tecnologias ao seu favor para que se
possa solucionar ou até mesmo minimizar a situação em que o planeta se encontra,
e como o próprio autor diz, que as empresas devem fazer parte das soluções e não
dos problemas, ou seja, os responsáveis pelas tomadas de decisões devem adotar
atitudes sustentáveis para que se tenha uma harmonia entre a natureza a qual se é
extraído seus recursos e que também sofre com os efeitos causados pelos vários
processos de produção que foram criados ao longo do tempo e a sociedade em geral
e com isso criar novas formas de produção que minimize os efeitos causados por suas
atividades.
A implementação de práticas ambientais corretas em qualquer organização
reflete uma postura sempre interessante e necessária, trazendo inúmeros
benefícios. Dependendo do porte da organização, passa a ser necessário
existir um setor específico voltado a essas atividades, que cuide dos aspectos
ambientais dos produtos, serviços e processos industriais, eventualmente
38

implantando-se um sistema de gerenciamento ambiental. (MOURA, 2011,


p.75).

Assim, a implementação de práticas ambientais seguindo todas as normas


e requisitos legais e fazendo o uso da ética, reflete uma preocupação muito
interessante a respeito do meio ambiente, ou seja, a empresa que possui essa
conduta, ela segue todas as normas e leis as quais está submetida desde ao
planejamento até sua operação, faz com que a organização seja bem vista pela
sociedade como uma empresa que se preocupa com as causas ambientais e segundo
a mesma, conforme seja o tamanho da organização, se ver necessário que seja criado
um setor dentro da própria empresa que seja específico para tratar desses assuntos
que envolve os aspectos dos seus produtos, serviços e processos industriais, no caso
a implementação de um sistema de gerenciamento ambiental (SGA).
Portanto, quando uma organização faz a o uso de práticas ambientais da
maneira certa, isso faz com que se reflete uma postura de que a organização tem uma
preocupação ambiental que pode vim a trazer benefícios e independentemente da
extensão da empresa, se faz necessário a criação de um departamento específico e
de um sistema de gerenciamento ambiental que trate dessas questões.
Segundo Andreoli (2002), a implementação de um SGA, significa ter uma
ferramenta na qual os empresários e gestores da organização possam identificar
oportunidades de melhorias para que se possa reduzir os impactos gerados pelas
atividades dos seus meios de produção ao meio ambiente de forma a melhorar os
investimentos para introduzir uma política ambiental eficaz com o objetivo de gerar
receita e novas oportunidades de negócio.
Com efeito, a organização que trabalha com um SGA bem estruturado,
possui uma ferramenta importante para que se possa identificar oportunidades de e
melhorais em seus processos de produção para que se possa fazer a redução dos
danos causados por suas atividades ao meio ambiente de forma que se possa gerar
receita e novas chances de novos negócios.
Para Barbieri (2011), qualquer tipo de sistema de gestão ambiental é
formado por vários conjuntos de elementos que não dependem da estrutura, do
tamanho ou do ramo em que a empresa atua, sendo que para o SGA funcionar de
forma efetiva, tem que haver um grau maior de comprometimento com o mesmo e
esse alto grau de comprometimento facilita um maior inter-relacionamento dos setores
39

da organização permitindo que as preocupações ambientais sejam externadas entre


seus funcionários, fornecedores, prestadores de serviços e seus clientes.
Em concordência, qualquer organização pode vim a implementar um
sistema de gestão ambiental, pois ele não depende das dimensões da empresa ou do
ramo em que ela atua, basta que se tenha um comprometimento e facilidade em se
adequar a ele.

Um bom sistema é aquele que consegue integrar o maior número de partes


interessadas para tratar as questões ambientais. Alguns elementos
essenciais são a política ambiental, a avaliação dos impactos ambientais, os
objetivos, metas e planos de ação, os instrumentos para acompanhar e
avaliar as ações planejadas e o desempenho ambiental da organização e do
próprio SGA. (Barbieri 2011, p.147).

Para o autor, um bom sistema faz com que se tenha um maior número de
pessoas envolvidas sobre as questões ambientais e que estejam engajadas em
participar efetivamente para que a organização tenha um bom desempenho sobre a
as questões ambientais, mas para que isso ocorra alguns elementos são de grande
importância, assim como uma boa política ambiental da empresa, as avaliações que
são feitas para medir os impactos ambientais gerados pela mesma, os objetivos que
ela necessita alcançar para se possa atender todas as funções do SGA, metas a
serem cumpridas a curto, médio e longo prazo seguindo um plano de ação para que
isso ocorra da forma que se foi planejado e usar ferramentas adequadas para que se
possa acompanhar todo o processo do começo ao fim e avaliar todas as ações
realizadas e apurar os resultados do desempenho ambiental e do próprio SGA.
Barbieri (2011), afirma que uma empresa pode vim a criar seu próprio
sistema de gestão ambiental ou seguir um modelo já criado por uma outra entidade
como por exemplo o SGA proposto pela International Chamber of Commerce (ICC),
que é uma entidade não governamental que se dedica ao comércio internacional onde
propõe um modelo de SGA e uma auditoria ambiental que pode ser adotada de forma
voluntária em contra partida as preocupações com o efeito das questões ambientais
com referência a competição entre as empresas no mercado internacional.
Logo, a própria empresa tem a opção de criar seu próprio sistema de gestão
ambiental ou até mesmo seguir um já formado assim como exemplo o SGA proposto
pelo ICC, que também propõe uma auditoria ambiental que pode ser aceita de forma
voluntária em razão aos efeitos das questões ambientais.
40

Segundo Barbieri (2011), o SGA que o ICC propõe, é uma estrutura ou


método que tem como objetivo alcançar um bom desempenho sustentável em relação
aos objetivos que são estabelecidos e com isso seguir a todas as mudanças nas
regulamentações, nos riscos ambientais e nas pressões sociais, financeiras,
econômicas e competitivas.
Por conseguinte, o SGA que o ICC sugere, se trata de uma estrutura de
gerenciamento com a finalidade de se alcançar um desempenho sustentável de
acordo com o que se foi planejado para que se possa atender todas as mudanças que
venham ocorrer no que se refere as questões ambientais.
Barbieri (2011) cita uma outra proposta de SGA como parte do Sistema
Comunitário da Ecogestão e Auditoria que foi estabelecida pelo conselho da
comunidade econômica europeia no ano de 1993, também conhecido pela sigla
Emas.
De acordo com Barbieri (2011), no início o Emas era um programa aberto
onde a participação se dava de forma voluntária, mas somente para empresas
industrias, só que a partir do ano de 2001 o programa ficou acessível a qualquer
empresa interessada no programa para melhorar seu desempenho ambiental.
Conforme com o que foi citado, o EMAS se trata de um programa aberto
que no início só empresas do ramo industrial poderiam participar caso elas optassem
em participar, mas depois de 2001, o programa ficou disponível para as outras
empresas de outros ramos que estivessem interessadas em participar.

O SGA é um componente do sistema global de gestão da organização, que


inclui a estrutura funcional, as atividades de planejamento, as
responsabilidades, as práticas, os processos, os procedimentos e os recursos
para definir, aplicar, consolidar, rever e manter a política ambiental. Esta
última envolve os objetivos e princípios globais de ação da organização em
matéria ambiental, incluindo a observância de todas as disposições legais
pertinentes e o desempenho na melhoria contínua do comportamento
ambiental. (Barbieri, 2011, p.150).

O autor retrata que o SGA é apenas parte de um sistema global de gestão


de uma organização e que o mesmo é formado por várias outras atividades que se
interligam entre si para que se tenha um bom desempenho em relação as questões
ambientais, ou seja, é um sistema dentro de um outro sistema maior onde a sua
política ambiental possui grande importância, pois nela se encontra os objetivos e
princípios gerais das ações de uma organização em relação ao meio ambiente na qual
41

se inclui todas as disposições de forma legal e o empenho na melhoria continua de


suas atitudes ambientais.

As principais vantagens do SGA são a minimização de custos, de riscos, a


melhoria organizacional e a criação de um diferencial competitivo. Os custos
são reduzidos pela eliminação de desperdícios, racionalização de recursos
humanos, físicos e financeiros e pela conquista da conformidade ambiental
ao menor custo. A implementação do SGA possibilita também a precisa
identificação dos passivos ambientais e fornece subsídios ao seu
gerenciamento. Esses procedimentos promovem a segurança legal, a
minimização de acidentes, passivos e riscos através de uma gestão
ambiental, sistematizada que permite a sua integração à gestão dos
negócios. Essa atitude melhora a imagem da empresa, aumenta a
produtividade, promove novos mercados e ainda melhora o relacionamento
com fornecedores, clientes e comunidade. (Andreoli, 2002, p.66).

Fica exposto assim, que a adoção do SGA pelas organizações, trazem


muitos benefícios tanto para ela quanto para a sociedade em geral, pois o custo fica
menor e isso faz com que se produza muito com menos recursos, ou seja, evita o
desperdícios do esforço humano e do uso da matéria prima gerando uma economia
para a empresa que pode ser usado para outras finalidades como por exemplo, em
programas voltadas as questões socioambientais para que os mesmos tenha um bom
relacionamento e melhorar a imagem da empresa diante da sociedade em relação a
preocupação com as questões socioambientais.
Segundo o autor a implementação do SGA, faz a identificação e o controle
dos passivos ambientais por ela produzido, além de fornecer informações para seu
gerenciamento fazendo com que acidentes relacionados aos passivos ambientais
sejam minimizados através de uma boa gestão ambiental.
Para Andreoli (2002), o SGA representa um ciclo continuo de planejamento,
implementação, revisão e melhorias das ações que a organização faz para que as
obrigações ambientais que ela tem com a sociedade em geral sejam cumpridas. E
para melhorar esse desempenho ambiental é necessário que não só se avalie o que
pode vim a prejudica-lo, mas sim o porquê desses problemas acontecerem e fazer o
uso de ferramentas que corrijam para que não volte a acontecer.
Logo, o SGA é representado por um ciclo continuo, pois assim como outros
sistemas, ele tem como base o ciclo PDCA, pois os mesmos ao completar o ciclo, ele
volta a fazer tudo de novo para que se tenha uma melhoria continua.
Assim como todos os modelos de gerenciamento, eles se baseiam no
princípio da melhoria contínua, no conhecido ciclo da qualidade ou PDCA.
42

Figura 1 – Modelo do SGA

Fonte: NBI ISSO 14.001 (1996).

Com base na figura 1 a empresa que possui um SGA bem estruturado e


que segue todos os requisitos pré-estabelecidos da sua implantação, é muito bem
visado pelo mercado e tem mais competitividade do que os concorrentes, sendo que
a adoção desse tipo de atitude e bem valorizada pelo mercado como uma empresa
que prática a sustentabilidade além de se obter uma importante vantagem competitiva.
De acordo com Andreoli (2002), o SGA deve ser dinâmico e de rápida
adaptação as inovações nos negócios ambientais sendo flexível e simples para que
ele seja bem compreendido e incorporado pelas pessoas que vão trabalhar na sua
implantação.
Conforme descrito, SGA deve ser de fácil entendimento, simples e que se
possa se adaptar de forma rápida para melhor ser compreendido, pelas pessoas que
vão trabalhar na sua implantação.
Para Andreoli (2002), seus principais estágios segundo a norma NBR
ISSO 14.001 são:

1) Comprometimento e Política ambiental – os gestores definem a política


ambiental da organização de acordo com o meio e o grau dos impactos que
ela vai causar, firmando uma melhoria contínua segundo a legislação,
garantindo o monitoramento e comunicação com seus colaboradores e
disponibilizando para a sociedade.
2) Planejamento – a empresa deve elaborar um plano de ação de acordo
com sua política ambiental identificando os aspectos e impactos ambientais
de acordo com a legislação ambiental vigente, estabelecendo objetivos
traçando metas e elaborando programas necessários para alcançar o que foi
determinado.
43

3) Implementação – a empresa dar início no desenvolvimento do plano de


ação estabelecendo, procedimentos de operação, fornecendo condições
adequadas para que o que foi estabelecido no plano de ação seja cumprido.
4) Avaliação – através do controle e monitoramento e medição dos
indicadores ambientais, a organização faz a avaliações com o objetivo de
saber se as metas estão sendo alcançadas, além de realizar procedimentos
para fazer os registros dos sinistros e das ações corretivas e preventivas
respectivamente.
5) Revisão - os gerentes e empresários deverão fazer revisões e
aperfeiçoamentos no SGA para que se possa fazer as modificações
necessárias para que as suas metas e objetivos sejam alcançadas para que
se possa ter sempre uma melhoria contínua.

Segundo Andreoli (2002), em algumas organizações, a implementação do


SGA pode vim causar resistência por parte de alguns colaboradores por considerar
esse sistema ser burocrático, oneroso, por aumentar a jornada de trabalho e por não
se comprometerem com novas responsabilidades.
Para isso é necessário que todos entendam a importância desse sistema
para a organização efetivamente e de como ele possa vim ajudar a controlar os
impactos ambientais por ela causados, além da redução de custos. Fazer com que as
pessoas fiquem envolvidas no projeto e implementação do SGA, é uma forma de
demonstrar a responsabilidade da organização com a natureza agregando valor a
empresa.
Neste âmbito, a implementação do SGA fez com que se criasse uma
resistência por parte de alguns colaboradores por se tratar de um sistema que vinha
para aumentar a carga de trabalho e que além disso custava muito, dificuldade a se
adaptar e não queriam assumir outras responsabilidades.

3.3.2 Auditoria e certificação ambiental

As auditorias possuem várias funções, desde a verificar andamentos de


processos de fabricação, qualidade dos produtos ou serviços ofertados,
conformidades de sistemas de gestões, fazer a o check-up nas empresas que
possuem algum certificado para que se possa verificar se as normas estabelecidas
estão sendo executadas conforme o que foi estabelecido, além de fazer do processo
de certificação ambiental das organizações.
A certificação ambiental tem como função fazer o registro da auditoria de
alguma norma cujo foi solicitada pela empresa, sendo que essa certificação ambiental
dependendo de qual norma a empresa estar submetida, é feita auditorias
44

periodicamente para que se possa saber se a empresa atendeu aos requisitos que as
normas, regulamentos e legislações exige.
Segundo Barbieri (2011), inicialmente as auditorias ambientais tinha como
metas básicas, garantir as situações das empresas de acordo com as leis ambientais
com o objetivo de proteção, ou seja, procuravam encontrar possíveis problemas nas
questões ambientais com finalidade de evitar multas, indenizações e outras
penalidades ou restrições que estavam contidas nas várias leis das esferas federais,
estaduais e locais e com isso muitas empresas passaram a fazer auditorias de forma
voluntária e com isso os órgãos do governo passaram a incentivar essa prática.
Com isso, as auditorias ambientais tinham como objetivo garantir que a
empresa estivesse de acordoas normas e leis vigentes com a finalidade de se
resguardar de multas, penalidades, pagamentos de indenizações reparar os danos
causados por possíveis acidente ambientais que possam vim a acontecer.
Na visão de Andreoli (2011), para se avaliar a adequação do SGA, a
organização deve criar um programa de auditorias ambientais que podem ser:

1) Auditoria interna ou de primeira parte, que é realizada pela própria


organização para que seja feita a auto avaliação do SGA.
2) Auditoria externa de segunda parte, é feita por seus clientes em seus
fornecedores.
3) Auditoria externa de terceira parte, é aquela feita por terceiros por meio
de força legal ou para a obtenção de alguma certificação.

Para Barbieri (2011), a auditoria interna ou de primeira parte, ela é feita


pela própria organização, por pessoal contratado para isso, ou uma combinação dos
dois com o objetivo de fazer o aperfeiçoamento do SGA e do melhoramento do
desempenho ambiental.
Os resultados da auditoria dependem muito dos os objetivos específicos
tendo como base a análise criteriosa feita pela administração, a emissão de auto
declaração de conformidade com os requisitos que a norma exige, recomendações
de ações para prevenir as não conformidades ou até mesmo revisar os objetivos e
metas estabelecidas.
Moura (2011), pontua que a auditoria de primeira parte deve ser feita por
colaboradores que conheçam bem a empresa e de como funciona seus processos
para que se possa dar início a preparação de um questionário que deverá ser
preenchido nas diversas áreas da empresa tendo como fundamento a análise bem
detalhada em sua política ambiental, nos seus objetivos e nas etapas do SGA. É
45

necessário que esta auditoria seja feita em pequenos grupos para melhor rapidez e
agilidade com o objetivo de obter as informações necessárias para que a alta
administração busque sempre a uma melhoria continua no SGA e do seu desempenho
ambiental e que os mesmos não sejam responsáveis pelo setor ou área auditada para
que não influencie nos resultados da auditoria.
Para Barbieri (2011), a auditoria de segunda parte é feita nas organizações
com fornecedoras ou prestadoras de serviço, por clientes ou pessoas que as
representem. As auditorias que são realizadas por esses clientes nas empresas
fornecedoras de produtos e serviços, têm como objetivo fazer uma avaliação, com a
finalidade de verificar se o que está sendo fornecido estar causando ou vai causar
algum impacto ambiental e qual o grau desses impactos, além de avaliar todo os
processos de produção e execução dos serviços, ou seja, tudo que se fornece e de
que maneira se fornece.
De acordo com o que foi citado, a auditoria de segunda parte tem como
função fazer uma auditoria nos fornecedores com o objetivo de se verificar se o que
estar sendo produzido possa vim a causar algum impacto ao meio ambiente ou não e
dependendo do resultado a empresa que solicitou a auditoria pode vim a mudar de
fornecedor ou não.
Segundo Barbieri (2011), a auditoria de certificação ou de terceira parte tem
como finalidade fazer a verificação das conformidades do SGA com objetivo de
registro ou certificação. Essa auditoria é feita por Organismos de Certificação
Credenciado (OCC) pelo Inmetro para qual a empresa se interessa em adquirir os
certificados necessários para que se venha obter os resultados de seu desempenho
ambiental.
Esses organismos possuem uma semelhança ao atender aos
regulamentos do órgão acreditador, que no caso do Brasil é o Inmetro e às normas de
boas práticas de certificação, mas cada organismo possui seus próprios critérios e
métodos de como é feita esses trabalhos. Para que se possa realizar a auditoria de
certificação, é necessário que se faça uma pré-avaliação no SGA como objetivo de
confirmar se a partes que compõe o SGA estão em conformidade com o que a norma
exige e de imediato fazer as devidas correções antes de ser feita a auditoria de
certificação.
Assim, a auditoria de certificação ou de terceira parte além de emitir os
certificados, também tem como objetivo verificar as conformidades dos programas ou
46

projetos assim como o SGA ajuda a melhor o desempenho ambiental, para que se
possa confirmar se as normas estabelecidas nas auditorias de certificação anteriores
estão sendo cumpridas, ou seja, as auditorias periódicas que faz tipos uma vistoria
naquilo precisa melhorar para que se possa manter o certificado.
Segundo Moura (2011), a auditoria de terceira parte também conhecida
como auditoria de certificação é realizada por empresas especializadas e que não
possua vínculos internos com alguém da empresa auditada na qual poderia vim a
prejudicar o andamento da auditoria fazendo com perdesse a credibilidade no trabalho
realizado. As empresas que são credenciadas pelo INMETRO e que são contratadas
pelas organizações para fazer a auditoria, também devem ser aprovadas quanto aos
seus critérios de auditoria e a qualidade em seus trabalhos por uma entidade de
renome internacional.
Nesse tipo de auditoria, a realização se efetiva por órgãos e entidades com
o objetivo de fazer a certificação daquela empresa auditada, ou seja, a empresa
certificadora deve estar credenciada por uma entidade acreditadora para que se possa
fazer a auditoria, sendo que a empresa certificadora tem que estar isenta de contato
com algum membro da empresa auditada para que se possa dar credibilidade a
auditoria.
Segundo Andreoli (2002), para que uma organização possa obter uma
certificação, é de grande importância que seja feita uma auditoria por uma empresa
certificadora onde a mesma deve ser reconhecida e credenciada por uma entidade
acreditadora assim como a ISSO.
Logo, uma empresa que queira obter uma certificação, se faz necessário
solicitar a uma empresa certificadora que seja credenciada por uma entidade
acreditadora para que se possa fazer a auditoria de acordo a qual norma a empresa
vai ser certificada.
Para Moura (2011), a certificação é um processo formal que tem como
objetivo fazer avaliações para atestar determinadas organizações, ou uma parte dela
ou ainda em determinados produtos para verificar eles se encontram em conformidade
com alguma norma específica.
Portanto, a auditoria é só um processo para que se possa constar as
conformidades de alguma norma ou regulamentação de organizações aos quais a
solicitou para que seja feita tipo um check-up ou para a obtenção de uma cerificação.
47

Segundo Moura (2011), no Brasil existe o Comitê Brasileiro de Certificação


na qual o Comitê de Cerificação ambiental que faz parte, é responsável por
estabelecer os critérios de conformidade para o setor ambiental. Nesse comitê estão
participando 32 entidades, incluindo também as entidades não-governamentais aos
quais nesse comitê são definidos também os critérios que os organismos irão seguir
para que se possa fazer as certificações nas empresas, critérios esses para habilitar
quais pessoas irão fazer as auditorias nas quais também deveram ser feitas os
credenciamentos dos auditores ambientais e dos organismos que irão fazer o
treinamento dos mesmos, além dos requisitos e os procedimentos adicionais a ISSO
assim como as legislações que atua nas esferas federal, municipal e municipal, além
de estudos em relação as formas de realização da certificação dos produtos.
Conforme o que foi mencionado, 32 entidades fazem parte dos comitês que
foram descritos, inclusive entidades não governamentais, comitês esses que são
responsáveis em estabelecer os critérios para as conformidades na área ambiental e
também os critérios em que os organismos certificadores devem seguir para que
possam fazer as certificações necessárias solicitadas pelas empresas, critérios para
que se possa habilitar as pessoas que vão fazer as auditorias e credenciar os mesmos
e fazer credenciamento dos organismos que faram os treinamentos desses auditores
além de receber os requisitos e procedimentos adicionais oriundo da ISO.
De acordo com Moura (2011), os organismos que estão envolvidos nas
auditorias são:
1) Organismo Credenciador: No caso do Brasil se trata do INMETRO que
é um órgão de grande importância e de respeitada atuação tendo como
função fazer a habilitação dos organismos certificadores, estabelecer
critérios a serem seguidos pelas organizações certificadoras, além de
verificar o desempenho das mesmas para que se possa manter o
credenciamento dessa organização.
2) Organismo Normalizador: Representado pela ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas) se trata de uma entidade sem fins de
lucratividade que é mantida por empresas associadas e pelo o que se
arrecada pelas vendas das normas, pois é a única entidade no Brasil
que estar autorizada na emissão de normas técnicas, pois é a
representante da ISSO no Brasil do início da sua fundação.
48

3) Organismo Certificador: são também organismos sem fins de


lucratividade, pois se trata de uma exigência legal e que segue os
critérios estabelecidos pelo organismo credenciador que no caso é o
INMETRO e segue também as normas da ABNT ou que venham da
ISSO 14001, além de fazer as auditorias nas empresas, verificam as
conformidades e caso estejam de acordo com os critérios e normas
estabelecidas, emitem o certificado.
A mister do exposto, temos que:

Caso seja adotada a Norma NBR ISSO 14.001, a organização deverá


estabelecer, documentar, implementar, manter e melhorar continuamente um
sistema de gestão ambiental, determinando a maneira de como ele irá
atender aos requisitos estabelecidos naquela norma, de forma a atingir aos
propósitos da organização em sua vontade de aprimorar o seu desempenho
ambiental. (MOURA, 2011, p.75).

De acordo com a citação acima, caso a organização venha a se interessar


em obter uma certificação de alguma norma, ela primeiramente deverá estabelecer
quais normas ela vai adotar pra depois documentar, implementar, além de manter e
melhorar de forma continua um sistema de gestão ambiental, para que a empresa
venha determinar as melhores formas para que se possa atender todos os requisitos
que a norma exige com o objetivo de que se possa alcançar os interesses que a
organização almeja e que se possa melhorar ainda mais o seu desempenho
ambiental.
E dependendo de um interesse ainda maior por parte dos envolvidos, seria
importante se obter uma certificação ambiental com relação cumprimento de algum
tipo de norma relacionada aos interesses de seus clientes ou relacionado a outras
atividades a exportação, fazendo com que muitos benefícios sejam gerados por essas
práticas.
Segundo a cartilha de certificação do Sebrae (2015), para que uma
empresa obtenha uma certificação, é necessário que ela adote e siga as normas de
fabricação ou serviço da área em que vai atuar que geralmente é feita por em fóruns
colaborativos nos quais envolvem especialistas e autoridades do meio acadêmico e
autoridades públicas.
Depois que a empresa se encontra adequada as normas e diretrizes
estabelecidas, é feita a solicitação da visita de auditores profissionais e especializados
nas normas que são adotadas pela organização pertencentes a uma empresa
49

credenciada para fornecer a certificação. Essas empresas certificadoras devem ser


habilitadas para que se façam esses trabalhos pelas entidades acreditadoras que seja
credenciada pelas empresas normalizadoras.
Conforme o que se diz nessa cartilha, todo os procedimentos necessários
para a certificação devem ser cumpridos, ou seja, a empresa deve estar preparada
para receber uma auditoria de certificação por uma empresa ou órgão credenciado
por uma entidade acreditadora e que ela siga todas as normas necessárias de acordo
com a certificação pretendida para que se possa dar início ao processo de certificação
depois que a empresa auditada esteja pronta e que se dar início por pré-auditoria e
termina com um relatório onde vai constar se a empresa vai receber o certificado ou
não, e depois disso é só continuar mantendo o que foi acordado na auditoria para que
a certificação seja renovada a cada determinado período onde se faz uma auditoria
periódica só para verificar se a empresa estar seguindo o que foi estabelecido no
acordo.
A cartilha de certificação do Sebrae (2015) cita 5 passos fundamentais
como mostra a figura 2 para a obtenção de uma certificação de alguma norma, que
são os seguintes:

Figura 2 - Passos básicos para a obtenção de uma certificação.

Fonte: Sebrae de Certificação (2015 p.6)


50

Antes de tudo se faz necessário que a empresa que vai ser certificada, faça
uma pré auditoria antes, para que se possa corrigir pequenas coisas que podem vim
atrapalhar na auditoria, deixando a empresa pronta e principalmente entender todos
os passos que vão ser seguidos no processo de auditoria. Como se descreve abaixo:
1º Passo: adquirir a norma
Primeiramente ao se dar início a um processo de certificação, se faz
necessário a parte interessada ler toda documentação necessária sobre a auditoria e
escolher qual é mais viável e interessante para o seu negócio e qual mercado alvo
deseja alcançar e adquirir a norma em sua totalidade.
2º Passo: Levantar informações.
Após a leitura de toda documentação e ter bastante conhecimento sobre
as regras e procedimentos exigidos para a auditoria, a organização deve entrar em
contato com uma certificadora e informando sobre o tempo e os investimentos
necessários para realizar as auditorias de certificação ou testes de ensaio para o caso
de produtos e provas para casos de habilidades profissionais esse caso for preciso se
preparar para a auditoria, contrate um treinamento específico para determinada norma
a ser adquirida.
3º Passo: Pré-auditoria
Primeiramente é feita uma pré-auditoria para poder preparar a empresa
para auditoria propriamente dita fazendo a avaliação do SGA e focalizando toda
documentação para melhor conhecer a empresa e informar a mesma se ela está em
condições adequadas para ser auditada ou se é preciso fazer alguma coisa antes da
pré-auditoria começar.
4º Passo: Auditoria.
Depois que é feita uma reunião entre as partes, no caso entre a equipe
que vai conduzir a auditoria e os responsáveis pela organização, no caso gerentes ou
até mesmo os donos para que seja conhecida as etapas da auditoria e quais meios
vão ser utilizados para realizá-la, se dar início a auditoria com base nas normas e
requisitos que a entidade credenciadora exige e após a realização da mesma, é feita
uma outra reunião para que o relatório da auditoria seja revisado e fazer as indicações
necessárias e fazer a certificação.
5º passo: Manutenção ou pós-avaliação.
Logo após a obtenção do certificado, é realizada visitas periódicas para
fazer um acompanhamento e atestar se o seu desempenho e o que foi auditado estão
51

em conformidade com todas as normas e requisitos estabelecidos inicialmente, além


de realizar a renovação da certificação ou não, pois sua validade varia entre três a
cinco anos e dependendo das análises das visitas de acompanhamento realizadas, o
certificado pode vim a ser suspenso, cancelado ou revogado.

3.3.3 Outras medidas.

Algumas medidas simples e práticas pode vim a ajudar na sustentabilidade


e no seu desempenho econômico, pois com a economia feita com essas medidas,
podem vim a ser usadas em outras partes da empresas ou em programas que
venham a gerar receita, melhorar a imagem da organização frente ao seus clientes,
fornecedores e a sociedade em geral, medidas essas em que empresas nos seus
primeiros anos de vida, fazem bastante diferença, pois elas necessitam muito
aproveitar de uma forma ética essas atitudes para que com o pouco que se venha
investir, possa vim a economizar e assim investir em projetos futuros e algumas
dessas medidas que até mesmo no local de trabalho pode se fazer são:
1) Investir em projetos ambientais como plantio de árvores,
conscientização ambiental com seus colaboradores, fornecedores e
clientes.
2) Manter programas de incentivo aos colaboradores a fazer o uso
consciente dos materiais de escritório, como, por exemplo, fazer e
reutilização do papel que ia ser jogado fora.
3) Desligar as luzes e o condicionador de ar nos locais onde não tenha
ninguém trabalhando.
4) Fazer o uso 5 S e de outras formas para harmonizar o local de trabalho
e dar fluidez nas atividades.
5) Não deixar a torneira dos banheiros aberta ou semiaberta e caso esteja
com defeito, avisar o responsável pelo setor.
6) Fazer o reuso da água que já foi utilizada através de sistemas estações
de tratamento de água e esgoto da própria empresa.

Outros sistemas e métodos que também podem ser utilizados:


52

1) Just In time- Basicamente o sistema Just in time evita ter estoque, só é


adquirido a matéria prima quando se sabe a quantia exata a ser
produzida. Este é o principal pilar do sistema Toyota de produção.
2) Kanban- Este sistema está estreitamente ligado ao sistema Just in time,
na qual necessita de um controle. O sistema kanban basicamente
resume-se: em quanto, quando e o que, ele permite um controle
detalhado da produção.
3) Muda- É um sistema que busca a eliminação total de desperdícios.
4) Kaisen- Basicamente busca melhoria contínua, na qual permite
melhoria a produtividade e baixar os custos.
Neste sistema nem um dia deve se passar sem que alguma melhoria seja
implantada, ou seja, é sempre possível fazer o melhor, “Kaizen significa mudança para
melhor, e é uma palavra de origem japonesa e tem o significado de melhoria contínua
na vida em geral, seja ela pessoal, familiar, social e no trabalho”.
Com base no que foi citado, esses pequenos gestos realizados no trabalho
de forma responsável, gera uma grande economia que poderá ser usada para a
melhoria do desempenho da empresa que agregue valor aos seus produtos e a ter
mesmo melhorar a imagem da empresa diante de toda a sociedade em geral.
53

4 DIMENSÃO ECONÔMICA, SOCIAL E ECOLÓGICA DA SUSTENTABILIDADE

As empresas por muito tempo se utilizaram dos recursos naturais de forma


excessiva e não se importando com suas consequências, pois com o resultado dos
seus vários tipos de produção, afetaram o meio ambiente de forma muito agressiva
fazendo com a sociedade sofresse com isso, mas depois que a sociedade em geral
percebeu que todo esse modo de produção estava fazendo ao planeta, as
organizações sofreram muitas pressões por parte das organizações que defendem o
meio ambiente e da população consumidora.
Com isso as empresas foram forçadas a mudar seu modo de produção,
procurando cada vez mais novas formas de se fazer uma produção limpa e que fosse
benéfico a todos, inclusive para seus colaboradores, pois eles eram os primeiros
afetados por esse modo de produção, já que as condições de trabalho a que eles
submetidas no início não eram das melhores, pois eles não tinham os direitos
trabalhistas que tem hoje.
Pensando nisso, as empresas a cada dia que passa vêm se aperfeiçoando
e se apoiando em três pilares básicos da sustentabilidade para que se possa se
manter no mercado a longo prazo. Esse apoio se baseia nos pilares das dimensões
econômicas, sociais e ambiental (Ecológicas), pilares esses onde se devem sempre
um equilíbrio em tudo para que se tenha uma harmonia entre si.
O triple botton line, nome dado ao novo conceito de sustentabilidade é
representado pelas dimensões econômicas, sociais e ambiental, que deve estar em
equilíbrio nos resultados da empresa, pois não se pode uma dimensão estar maior
que a outra pois como já foi dito, tem que haver um equilíbrio entre essas três
dimensões para que se tenha bons resultados.

Figura 3 - Tripé da sustentabilidade.

Fonte: Sebrae de Sustentabilidade (2015 p.5).


54

Para Moura (2011), as três dimensões ou pilares que constitui o tripé da


sustentabilidade também conhecido como triple-bottom line (figura 3) são:
a) Dimensão Econômica.
Essa dimensão estar relacionada ao que a empresa necessita fazer para a
produção bens e prestação de serviços com qualidade e fazendo o uso de uma boa
gestão administrativa no que se diz respeito à adoção de métodos e práticas que
venham a reduzir os custos dos seus meios de produção, tanto na parte operacional,
como no uso dos recursos que devem ser aproveitados de uma forma consciente,
além de fazer de forma adequada a distribuição do lucro entre os proprietários e os
acionistas.
Lucro esse que toda empresa pretende atingir e que na verdade é apenas
fruto do seu trabalho realizado em função de seu desempenho, pois o seu cliente é
que mantem os seus negócios enquanto se atende as suas necessidades de forma
exemplar, alcançando as expectativas dos mesmos, pois só assim se consegue
vender mais com melhores preços e fidelizar os mesmos, ao contrário daqueles que
não supri as necessidades que seus clientes esperam, e como consequência, tem
poucas vendas por seus clientes encontrarem na concorrência o que eles necessitam
e assim vão se acumulando prejuízos por causa das baixas vendas até que ele ou
mude sua forma administrar seu negócio ou feche as portas.
b) Dimensão Ambiental ou Ecológica.
Essa dimensão estar relacionada aos impactos ambientais que podem vim
a ser causados pelos processos de produção, produtos e serviços ao meio ambiente
e a sociedade em geral pois isso pode definir o futuro da organização no mercado
caso ela não esteja cumprindo com as legislações vigentes e isso pode vim a acarretar
pressão pelos órgão de defesa do meio ambiente, sanções do governo como perda
de benefícios, pagamentos de multa, e até punições e penalidades de natureza
jurídica além de indenizações e fechamento.
c) Dimensão Social.
Essa dimensão estar relacionada como comportamento das empresas em
relação aos direitos sociais e humanos no que se refere ao tratamento igualitário ao
acesso a bens e serviços para que se tenha uma boa qualidade de vida sem a
privação de sua liberdade como falta de oportunidades, má qualidade nos serviços
públicos e etc.
55

Segundo Moura (2011), essas três dimensões necessitam ser cumpridas


de uma forma a atender as necessidade e desejos de seus clientes, ou seja, fornece
com qualidade produtos e serviços gerando satisfação e bem-estar a quem adquire.
Se faz o complemento do que foi citado em que as três dimensões devem
estar em equilíbrio para que se possa atender todas as necessidades de forma igual,
tanto economicamente, socialmente e ambientalmente.
A sustentabilidade empresarial depende de que esses três pilares se
encontre em perfeita harmonia para que se tenha bons resultados, pois não se deve
dar mais prioridade no pilar econômico por exemplo e esquecer que cada depende do
outro.

4.1 Impactos da sustentabilidade nas organizações.

Ao escolher a sustentabilidade para fazer parte da política institucional da


empresa, o empresário estará sujeito a cumprir com todas obrigações referentes as
questões socioambientais e assumir novas responsabilidades além daquelas que ela
dos tem com seus acionistas.
E com isso se abre um leque de benefícios que vem a impactar de forma
positiva e trazer grandes vantagens para o seu negócio crescer e beneficiar outras
pessoas assim como:
Os grandes impactos da sustentabilidade para as organizações são:
1) A grande aceitação do mercado devido agregar valor à sua marca por
ser uma empresa sustentável.
2) Melhoras no seu sistema de logísticas em relação a compras,
transporte, armazenamento e gestão de estoque.
3) Economia e redução de custos, despesas e desperdícios no processo
de produção.
4) Economia, com redução dos custos de produção. Isto é obtido, por
exemplo, através da reciclagem, reutilização da água,
reaproveitamento de sobras de matéria-prima e medidas de economia
de energia elétrica.
5) Melhoria nas condições ambientais do planeta. Afinal de contas, os
empresários possuem filhos e netos que viverão num mundo futuro
melhor ou pior, dependendo do que for feito na atualidade.
56

6) Satisfação dos funcionários e colaboradores. Em função da


consciência ambiental, muitas pessoas têm satisfação em trabalhar em
empresas sustentáveis.
7) Valorização das ações em bolsas de valores. Cada vez mais,
investidores tem procurado dar mais atenção para a compra de ações
de empresas sustentáveis socialmente e ambientalmente.
8) Melhoria da imagem da empresa junto aos consumidores e
comunidade em geral.
Todos esses benefícios ou vantagens bem para contribuir com o
crescimento econômico da empresa, pois ela se torna mais competitiva por adotar
práticas sustentáveis e devido isso ela se valoriza no mercado, o consumidor agrega
valor a marca da empresa por ela ter princípios sustentáveis que vem a contribuir com
a qualidade de vida daqueles que por ela são afetados.
57

5 A SUSTENTABILIDADE COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO

Desde o período da revolução industrial, o meio ambiente vem sofrendo ao


longo do tempo com os problemas causados pelos seus meios de produção e desde
esse tempo até os dias atuais, as organizações vêm se esforçando para demonstrar
a sociedade o seu grau de comprometimento com as questões socioambientais.
Algumas empresas ainda não tiveram a oportunidade de adotar programas
de sustentabilidade em seus negócios, pois muitos ainda tem o pensamento de que
adotar medidas sustentáveis é caro, inviável, ou que não se enquadra nas suas
políticas administrativas e pelo fato de desconhecer de que retorno que essas
medidas podem vim a trazer como benefício a suas empresas e a sociedade em geral,
faz com que muitos deles percam uma grande fatia do mercado, pois os consumidores
conscientes já identificam que as empresas que vem adotando essas medidas, são
empresas que se preocupam com as causas socioambientais e que ajudam na
qualidade de vida de seu clientes, oferecendo produtos ou serviços de qualidade que
não venham a degradar o meio ambiente, e isso é o que se difere das outras empresas
que não possui este pensamento.
Devido à alta concorrência no mercado, muitas empresas fazem de tudo
para se diferenciar de suas concorrentes, seja mudando seu modo de administrar,
adotando medidas de redução de custos, adotando sistemas, métodos e práticas de
caráter sustentável, fazendo investimento a longo prazo em tecnologias para uma
produção limpa, treinamentos de seus colaboradores para que se tenha eficiência
administrativa, apoiando ou criando projetos que incentivem a proteção e conservação
do meio ambiente e que incentivem a cultura para que seu desempenho
socioambiental e sua imagem seja reconhecida no mundo todo por abraçar a
sustentabilidade em sua totalidade como parte de seus negócios.
O diferencial competitivo que existe entre uma empresa e outra, é a forma
de como se é feito tal processo, de quais ferramentas se utilizam para melhor chegar
nos resultados, é transformar uma situação em uma oportunidade de crescimento de
forma ética, ética essa que faz muita diferença de uma empresa que funciona de forma
certado que outra que se usa de métodos para que se possa crescer de forma irregular
e as vezes causando prejuízos nos pilares econômicos, social e ambiental.
58

5.1 As vantagens da sustentabilidade empresarial

Hoje em dia as empresas estão ficando mais consciente em relação aos


problemas que o meio ambiente andou passando desde a revolução industrial, pois
daquele tempo até os dias atuais o consumidor ficou mais exigente em relação aos
produtos e serviços que são oferecidos e pensando nisso as empresas estão cada
vez mais se adaptando ao mercado para que possa satisfazer as necessidades de
seus clientes, sociedade em geral e ao meio ambiente, fazendo o uso dos recursos
naturais que estão disponíveis pela natureza de forma responsável.
Nos dias atuais as empresas que fazem o uso da sustentabilidade estão
tendo mais vantagens do que as outras, pois elas se utilizam de sistemas, projetos,
métodos e práticas sustentáveis que vem para contribuir na melhoria de seu
desempenho em seus diversos setores e ainda ajudando a minimizar os efeitos
ambientais causados por elas.
Segundo Moura (2011) o que faz uma empresa ter vantagem sobre as
outras, é o que ela faz de melhor e de forma diferenciada do que as outras empresas,
ou seja, inovar nos seus processos, produtos e serviços afim de que o cliente valorize
o que estar sendo ofertado, como por exemplo, fazer o uso de novas tecnologias no
processo de produção que não venha a causar efeitos nocivos ao meio ambiente,
produtos feitos do chamado plástico verde assim como produtos que venham a reduzir
os impactos causados pela poluição assim como os carros elétricos e fazer o uso
fontes limpas de energia que facilitaria bastante a situação do planeta, fazer as
análises necessárias do mercado, observando o comportamento de seus clientes
diante de uma compra de um produto, da prestação de um serviço ou de como todo
esse processo acontece do início até o fim, para que ela se adequa ao que estar
acontecendo ao seu redor, pois a questão da sustentabilidade é um tema muito
divulgado atualmente e qualquer que seja
De acordo com o que foi descrito, para que uma empresa tenha vantagem
sobre as outras, elas devem se diferenciar melhor naquilo em que as outras deixam
de fazer, agregando valor ao seu produto ou serviço, como por exemplo, todo o
processo de produção e até mesmo os produtos que são fabricados de forma
sustentável e que não venham a causar algum impacto ao meio ambiente, pois a
sustentabilidade é um tema que vem crescendo ao longo do tempo e organizações
que se utilizam da sustentabilidade ganham mais vantagens e mais tempo no
59

mercado, pois os consumidores estão a cada dia exigente em relação as questões


ambientais.
Moura (2011), cita alguns motivos para que as empresas façam uma
inovação nos seus produtos e melhore o seu desempenho ambiental, além de se obter
vantagens em relação aos concorrentes, são eles:

5.1.1 Maior satisfação dos clientes

Na visão de Moura (2011), os consumidores estão cada vez mais


conscientes e exigentes no que se diz respeito a produtos e serviços sustentáveis que
favorecem ao desempenho ambiental das empresas e a qualidade de vida da
sociedade em geral.
Quando as empresas satisfazem as necessidades que seus clientes
esperam, quando o preço é equivalente a qualidade dos produtos e serviços ofertados
e quando a quantidade de produtos que estar sendo solicitada e as condições do
tempo de entrega estão de acordo com as necessidades do cliente, a empresa é bem
valorizada.
Diante do que foi citado, as organizações são valorizadas quando elas
conseguem atender as necessidades de seus consumidores quanto aos produtos e
serviços prestados com preços equivalentes a qualidade do que estar sendo ofertada
e de forma ética.
Fazer com que as pessoas que participam desse processo todo estejam
preparadas e engajadas em atender as expectativas e necessidades dos
consumidores, fazer com que aquele produto ou serviço ultrapassem as expectativas
de seus clientes é uma vantagem que faz com que o mesmo fique satisfeito e
fidelizado, além de fazer uma boa propaganda da empresa e de seus produtos ou
pelos serviços prestados.

5.1.2 Melhoria da imagem da organização

Uma empresa que pretende ficar muito tempo no mercado, deve manter
uma boa imagem diante daqueles que eles afetam e que também podem lhe afetar,
ou seja, os stakeholders. Uma empresa que cria sua imagem devido ao uso da
sustentabilidade em seus processos, produtos e serviços.
60

Para Moura (2011), muitas empresas para manter sua imagem perante a
sociedade em geral na qual engloba, o governo, as entidades de proteção ambiental
e dos direitos humanos, as Ongs e etc, estão sendo mais eficientes do que o
necessário quando se trata de ir além do que as regulações ambientais exigem, pois
em relação as leis vigentes e os regulamentos, as empresas estão mais prudentes e
tendo mais atenção para as regulamentações restritas, pois qualquer acidente de
caráter ambiental que venha acontecer na empresa ou ao redor da mesma, pode vim
a prejudicar a sua imagem.
Segundo o que foi citado, para que a organização não fique fora do
mercado ou até mesmo encerre suas atividades, elas estão se adaptando ao que as
leis vigentes exigem, e para isso elas estão fazendo além do que as leis e
regulamentos exigem para que tenha uma melhor imagem no mercado como uma
organização que se preocupa com as causas ambientais, ou seja, estão tendo mais
cuidados para que se possa se manter no mercado por muitos anos.

5.1.3 Conquista de novos mercados

As questões ambientais estão fazendo com que novos mercados sejam


expandidos ou adaptados, as empresas que vim a explorar esse setor conseguirá
conquistar os clientes que os concorrentes que não conseguem manter.
Moura (2011), pontua que antigamente fazer investimentos para se ter
melhorias ambientais, era considerado como um gasto desnecessário, e que não
contribuía em nada, além da perda de competitividade com as outras empresas.
Devido as novas mentalidades dos consumidores em relação as questões
ambientais, eles pagam até mais um pouco a mais por um produto ou serviço que
venham a contribuir para uma melhor qualidade de vida, pois empresas que se
adaptam a esses novos mercados produzindo novos produtos e ofertando serviços
diferenciados e inovadores, vão conquistar grandes oportunidades de negócios e ter
sua marca reconhecida, além de uma melhor imagem diante aos seus consumidores
e stakeholders.
Com base no que foi citado, as empresas não investiam em questões
ambientais por motivos de não trazer retornos financeiros aos mesmos, que se teria
muito custo, perda de competitividade diante as outras empresas, mas o tempo foi
passando e as causas dos seus processos de produção veio agravando a situação do
61

meio ambiente até um ponto que foi preciso rever seus pensamentos em relação a
sustentabilidade, pois seus clientes eram cada vez mais exigentes em relação as
questões ambientais e como isso as empresa tiveram que se adaptar as necessidades
do mercado e de seus clientes, clientes esses que preferem pagar um valor a mais
por esses produtos sustentáveis.
Quando a empresa se preocupa com a sustentabilidade em seus negócios,
é um sinal de que a alta administração estar fazendo um bom trabalho por possuir um
senso estratégico com mais qualidade do que os concorrentes, além de melhora seu
desempenho ambiental que serve para ultrapassar barreiras comerciais em relação a
questões ambientais impostas por alguns países.

5.1.4 Redução de custos

Quando se é feita uma boa analise nos processos de fabricação, fica mais
fácil fazer o uso responsável dos recursos naturais e como consequência a diminuição
da produção de resíduos e da poluição nas quais podem vim a contribuir com a
redução de gastos com ações corretivas.
De acordo com Moura (2011), quando se é bem elaborado um projeto e
fazendo uma avaliação de forma criteriosa nos processos de fabricação se utilizando
dos materiais corretamente, se evita retrabalhos que poderiam vim a virar um custo
desnecessário aos quais poderia ser usado de outras formas, pois a empresa adquire
as matérias primas, gastam com o transporte e armazenamento e ainda tem os gastos
operacionais nos processos de fabricação do produto e durante todo processo
produtivo e parte desses materiais são perdidos na forma de resíduos que também se
caracteriza como custo até para se fazer a remoção até seu destino final de forma
adequada.
Conforme o que foi citado, quando se faz uma boa analise nos processos
de fabricação se utilizando das ferramentas necessárias para isso e também fazendo
o uso responsável dos recursos naturais, se tem a redução dos custos com
retrabalhos e pela perda de material, além de arcar com possíveis passivos
ambientais.
Citado por Moura (2011), os passivos ambientais são um dos custos mais
caros para uma empresa, pois as leis e os regulamentos ambientais a cada dia que
passam estão cada mais criteriosos quanto ao descarte irregular de resíduos. A
62

redução de passivos ambientais em uma empresa gera uma grande economia de


custos, pois quando se faz uma análise criteriosa nos processos de produção e se
utiliza as matérias primas corretamente faz com que a geração de resíduos se reduza
e os custos com pagamentos de seguros e indenizações causados pelos passivos e
outras despesas em relação a acidentes.
Conforme o que foi citado, a geração de passivos ambientais gera muitos
custos para a organização, pois a cada tempo que passa as leis e regulamentações
estão mais rigorosos em relação a essa questão e a empresa tem que ter programas
e projetos que venham a reduzir esses passivos ambientais.

5.1.5 Melhoria do desempenho da empresa

É obtida quando se implementa medidas sustentáveis, no que se diz


respeito às mudanças relacionadas aos processos de produção, fazendo uma
remodelação na engenharia de projetos de fabricação desde a sua implantação até a
sua operação, além fazer o uso de projetos, métodos e práticas com o objetivo de
redução de custos com devido a geração de resíduos e durante seus processos de
produção que começa com controle dos recursos que são utilizados na fabricação do
produtos até a entrega a finalização da compra.
Ainda na visão de Moura (2011), as melhorias de desempenho ambiental
acontecem devido as boas ações gerenciais que são realizadas de forma bem
estruturada e que se tem como apoio, os programas de treinamentos, aos quais se
devem aprender sobre técnicas de administração e conceitos de qualidade que serão
usados por todos nas demais atividades de sua vida profissional, gerando melhorias
gerais de desempenho da empresa.
Ações como essas estimulam o trabalho em equipe que serve de exemplo
para outras atividades na organização, gerando uma melhor interação entre seus
colaboradores resultando em grandes resultados de produtividade e eficácia, pois só
se consegue uma ótima produtividade quando as pessoas estão motivadas e bem
capacitadas, fazendo com que o índice de absenteísmo, rotatividade de pessoal e de
conflitos decorrentes da não conformidade legais ao meio ambiente venha a diminuir.
Conforme o que foi colocado, a melhoria do desempenho da empresa,
depende de uma boa gestão que busque das melhores formas possíveis fazer com
que seus colaboradores estejam preparados, treinados e capacitados de forma que
63

esses tipos de ações façam com que os mesmos estejam estimulados a trabalhar em
um ambiente harmonizado e que possam a ter um bom trabalho em equipe que pode
vim a ser utilizados para outras atividades, gerando uma interação entre os mesmos
fazendo com que se tenham uma boa produtividade devido as pessoas estarem
motivadas no trabalho.
Moura (2011), também corrobora que muitos profissionais com boas
qualificações buscam empresas em que possui um ambiente de trabalho harmonioso,
onde ele se sinta bem quando estar trabalhando e devido ao bom desempenho da
empresa, fica mais fácil fazer o recrutamento e retenção de profissionais qualificados
de alto desempenho.
Diante do que foi descrito, que os grandes profissionais preferem trabalhar
em uma empresa que respeita o meio ambiente e que tenha um bom clima para
trabalhar de forma que se possa gerar grandes resultados, mas de forma sustentável,
pois o colaborador se sente bem em trabalhar em uma empresa responsável e que
contribui para que se tenha um bom desempenho ambiental e servindo de referência
para outras empresas fazer o mesmo.

5.1.6 Redução de riscos

Uma empresa bem preparada, que segue todas as normas,


regulamentações e leis ambientais vigentes no que se diz respeito para tratamento
dos aspectos ambientais, correm menos risco de vim a ser penalizada com multas,
com ações da lei pelo o não cumprimento das legislações, menores chances de
acidentes ambientais graves, menores riscos para os acionistas em caso de alguma
auditoria encontrar possíveis riscos que não eram visíveis, podendo os mesmos
responder criminalmente mesmo sem eles saberem desses riscos ou não e arcar com
indenizações em relação a ocorrência de acidentes, fazendo assim com que seu
patrimônio se reduza.
Segundo Moura (2011), durante o período da implementação do SGA,
umas das partes importantes desse processo, é fazer a identificação daquilo que
podem vim a causar acidentes e inclusive os de grande potencial, caso a empresa
estar preparada para essas situações devido a grandes investimentos, certamente
seus riscos de se ter um acidente ambiental ela se reduzirá.
64

De acordo como que foi descrito, se faz necessário que a organização


esteja de acordo com as normas e regulamentações para que não venha a ter
problemas em sofrer sanções, punições e multas por descumprir as leis e como
consequência ver a sua organização ter a imagem manchada e perdendo receita com
indenizações e reparos ao meio ambiente.

5.1.7 Maior facilidade na obtenção de financiamento

Empresas que se preocupam com as questões ambientais e faz o uso de


sistemas de gestão ambiental para que seu desempenho ambiental venha a cada dia
melhorar, possui mais facilidade para adquirir crédito de financiamento com bancos e
órgãos ambientais para manter o funcionamento da organização nos seus diversos
setores.
Para Moura (2011), devido a empresa apresentar uma boa imagem, os
riscos de se ter problemas relacionados a indenizações causados por acidentes se
reduzem e faz com a chance de se obter financiamento venha aumentar aumenta,
pois para fazer uma implementação de um sistema de gestão ambiental, já existem
linhas especiais para fazer o financiamento a juros baixos tanto internacional como
nacional que dispõe dos recursos necessários para que se possa estimular esses
tipos de ações que venha a trazer uma série de vantagens e benefícios tanto para a
organização quanto para a sociedade em geral que só tem a ganhar com produtos e
serviços de qualidade e de forma sustentável.
Segundo o que foi citado, quanto mais a organização estiver de acordo com
as legislações, regulamentação e normas, mais facilidade ele terá de se obter
financiamento para que se possa dar continuidade aos programas de sustentabilidade
da empresa.

5.1.8 Maior facilidade na obtenção de certificação

Quando uma empresa apresenta uma gestão administrativa que se


preocupa com as questões relacionadas ao meio ambiente e possui um bom sistema
de gestão ambiental firme e estruturado e apresenta bons resultados de desempenho
relacionado a sustentabilidade ambiental, a chances de se adquirir os certificados
ambiental fica aumentam.
65

De acordo com Moura (2011), seria de grande importância que as


empresas que ainda não estão interessadas em obter uma certificação no momento,
que venham a se utilizar métodos e práticas de melhoramento do seu desempenho
ambiental, pois no futuro possa ser que se tenha um interesse maior em obter uma
certificação.
Conforme com o que foi citado acima, fazendo o uso de técnicas e
adotando métodos, práticas para melhoramento de seu desempenho, como fazer o
monitoramento de todos os processos que venham gerar algum impacto ambiental,
as etapas para se ter os devidos certificados fica mais rápido, limitando-se apenas a
fazer uns ajustes a alguns pontos em específico e realizando as auditorias de rotina
para fazer os check-ups necessários para que se possa estar de acordo com que os
requisitos que as normas, legislações e regulamentos exigem.

5.1.9 Demonstração dos resultados da sustentabilidade na empresa

A organização que se faz do uso de um sistema de gestão ambiental que


tem como objetivo de melhorar ainda mais o seu desempenho, possui o interesse em
demonstrar para as partes interessadas na empresa, de como funciona e o que ele
pode vim a trazer de benefícios aos interessados, pois a mesma evidencia que seus
procedimentos e objetivos estão sendo alcançados e dando mais prioridade às ações
preventivas do que as corretivas para que se tenha um melhoramento continuo dos
processos ou produtos e com a segurança, ou seja, para o autor a organização adota
medidas com que se evite ou minimize os impactos ambientais e caso venha ocorrer
algum problema relacionado a acidentes ambientais, ela monta toda uma organização
com materiais apropriados para diminuir as consequências.
Com base no que foi citado, a demonstração de um sistema de gestão de
uma empresa para seus consumidores e sociedade em geral, reflete o compromisso
da empresa em ser transparente com aqueles que são afetados por ela e isso faz com
que melhore e agregue valor a organização devido a percepção dos clientes no que
se refere as ações da empresa em relação ao que ela oferece o consumidor final.
66

6 METODOLOGIA

Para este estudo, foram utilizados mecanismos dispostos na metodologia


científica que contribuíram para a abordagem do tema proposto.
Neste estudo a pesquisa foi delimitada com o objetivo de aprofundar
conhecimento da temática “Sustentabilidade Empresarial, uma análise teórica sobre
a conscientização de empresas na produção de bens e serviços como diferencial
competitivo, ”. Possibilitando, assim, o conhecimento e análise das contribuições mais
relevantes sobre o problema.
Quanto aos procedimentos se utilizou da pesquisa bibliográfica ou revisão
da literatura, em fontes secundárias tais como: levantamento bibliográfico, através de
livros específicos, artigos, periódicos e publicações de estudiosos renomados
relacionadas ao assunto do objeto em questão, tudo para que se possa se ter uma
fundamentação lógica da pesquisa, “à pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza
a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos
impressos, como livros, artigos, teses etc.” (SEVERINO, 2007, p. 122).
O estudo também utilizou a pesquisa exploratória que segundo Gil (2012,
p.27), são desenvolvidas com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo
aproximativo, acerca de determinado fato. Esse tipo de pesquisa é utilizada quando o
assunto é pouco conhecido.
Quanto aos procedimentos técnicos foi utilizado a pesquisa Bibliográfica no
que consiste em se utilizar de materiais já publicados sobre determinado assunto ou
tema buscando conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do
passado existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema para que se
possa expandir se disseminar o mesmo pra que se possa ser melhor trabalhado pelos
futuros pesquisadores.
67

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode se afirmar a partir dos estudos, que a sustentabilidade nas empresas


tem como objetivo de sempre estar melhorando os meios de produção e
relacionamento na questão de bens e serviços que são dispostos aos seus clientes e
comunidade em geral e agregando valor a seus produtos. Sabemos que as empresas
visam ao lucro, mas também eles tem direitos e deveres relacionados ao o que lhes
foi imposto desde o momento de suas licenças para operar até quando começar as
suas atividades, pois toda empresa tem seguir normas e leis que são impostas para
poder exercer suas funções, assim como criar programas que incentivem a
sustentabilidade ambiental e a conscientização de seus colaboradores, clientes,
fornecedores e a sociedade ao redor de suas instalações para poder contribuir na
preservação dos recursos naturais com os quais se reutilizam e minimizem os
impactos ambientais causados pelos mesmas.
De acordo com os estudos feitos, foi possível analisar a importância da
sustentabilidade empresarial como um diferencial competitivo durante todo o trabalho,
pois devido algumas medidas que podem ser adotadas para que se possa chegar a
um bom desempenho ambiental, faz com que a empresa elimine os desperdícios tanto
de matéria prima, quanto de energia elétrica e humana, gerando receita que pode ser
utilizada em programas ou aperfeiçoamento de projetos que venha trazer benefícios
tanto para a empresa quanto para a sociedade, pois em todo trabalho teve como
entender de várias maneiras como uma empresa possa vim a ser sustentável devido
as essas medidas por ela adotada gerando uma grande vantagem competitiva em
relação aos seus concorrentes, pois foi demonstrado os impactos da sustentabilidade
nas organizações devido as suas atitudes sustentáveis.
A empresa ao adotar práticas sustentáveis, faz com que ela seja bem vista
pelo mercado, por seus clientes e a sociedade em geral, ou seja todos aqueles que
ela afeta direta ou indiretamente assim como ela também é afetada. No decorrer do
trabalho foi exemplificado as vantagens que a organização pode vim a ter devido a
essas práticas, pois devido a situação em que o planeta se encontra, devemos fazer
o máximo para se utilizar dos recursos naturais de forma prudente para que mais
adiante não tenhamos que sofrer por causa da falta desses recursos.
Dessa forma, conclui-se que a sustentabilidade nas empresas abre um
leque de vantagens para as partes envolvidas, sendo o ponto de partida para o
68

alcance do desenvolvimento sustentável. Portanto para que se tenha uma vantagem


competitiva maior em relação a outras empresas se faz necessário que se adote
medidas que possa vim se diferenciar das outras, fazer o que as outras empresas
estão deixando de fazer por não mudar seu modo de gestão e isso faz com que se
tenha vantagem sobre as outras, além de trazer outros benefícios que só vem agregar
valor à empresa, pois uma empresa que adota um posicionamento sustentável tem
mais chances de permanecer no mercado do que as outras, já que a sustentabilidade
é uma das principais formas de se ter um crescimento econômico de forma limpa.
69

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