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SÃO PAULO
2009
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SÃO PAULO
2009
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Prof. º Dr. Wilson Shoji Iyomasa
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Prof. º Me. Cláudio Luiz Ridente Gomes
Comentários:_________________________________________________________
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SÃO PAULO
SÃO PAULO
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AGRADECIMENTOS
Geofix fundações;
RESUMO
ABSTRACT
This paper presents in detail the method of containment wall diaphragm shaped
cable-stayed on the spot, which is one of the solutions used today in contention in
Brazil. In the literature review was presented to the diaphragm wall and tie in detail,
their stages of implementation, equipment and materials. They argue - is also
relevant factors in the collapse of the diaphragm wall shaped''spot''in the work of
Avenida Brigadeiro Faria Lima n º 4440 - Bairro Vila Olimpia - Sao Paulo and the
solution adopted for recovery of the problem.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SÍMBOLOS
cm centímetro
cm³ centímetro cúbico
g grama
kg quilo
MPa mega pascal
m metro
m³ metro cúbico
ml milílitro
mm milímetro
tf tonelada força
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SUMÁRIO
p.
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 15
2. OBJETIVOS ....................................................................................................... 16
4. JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 18
8. CONCLUSÕES ..................................................................................................... 54
14
9. RECOMENDAÇÕES ............................................................................................. 56
APÊNDICE A .............................................................................................................. 1
ANEXO A .................................................................................................................... 2
ANEXO B .................................................................................................................... 3
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1. INTRODUÇÃO
A parede diafragma atirantada tem como função conter a água do lençol freático e
também o solo.
Desde então, o uso das paredes diafragma atirantada tem crescido na construção
civil, por resolver problemas de difícil solução pelos métodos mais utilizados de
contenção, principalmente onde houver água do lençol freático. A parede diafragma
atirantada é executada ao longo do perímetro da divisa do terreno, com variação de
espessura.
2. OBJETIVOS
3. MÉTODO DE TRABALHO
A ilustração foi feita com fotos de obras que utilizaram o método de contenção em
parede diafragma atirantada.
4. JUSTIFICATIVA
5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Este muro pode absorver empuxos, cargas axiais e momentos fletores, bem como
ser utilizado como elemento de fundação absorvendo cargas normais, podendo ser
executado com a presença ou não de lençol freático.
pH 7 a 11 papel de pH
Uma das funções básicas da lama é criar película impermeável nas paredes
da escavação, o chamado “cake”, formado pela penetração da lama nos
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vazios do solo. Esta película permite que a lama exerça empuxo contra as
paredes da escavação, para estabilizá-la. A espessura da penetração vai
depender da diferença entre o nível da lama da trincheira e o nível da água no
terreno (deve ser no mínimo 1,5m), da permeabilidade do solo e da
viscosidade da lama. A penetração excessiva da lama é inconveniente para a
estabilidade da trincheira e, em solos de permeabilidade muito alta, pode
haver perda de lama, impossibilitando a utilização do processo das paredes
moldadas nestes solos. Em argilas intactas, não há formação do “cake”,
porém, sem prejuízo para o processo de estabilização. A lama tem por função
ainda impedir o desprendimento de grãos de areia das paredes da trincheira.
Mureta Guia
Chapa Junta
1 - Mureta Guia
Painel ou Lamela 2 - Escavação do Painel
3 - Colocação da Armadura
4 - Concretagem
• Mureta guia
• Escavação
Utiliza-se para escavação (Figura 5.9) uma ferramenta denominada clamshell. Essa
ferramenta pode executar paredes com espessura entre 30 e 120cm. A largura
padrão de cada lamela é de 2,5m.
A mureta guia serve como referência para faces de 3 a 4cm maior que a espessura
da parede, servindo também como apoio das ferragens e tubo tremonha
(GEOFIX,2009).
Se ocorrer uma perda acentuada da lama no solo, tal que não permita manter o nível
estável da lama, a escavação deverá ser interrompida imediatamente para uma
análise do motivo que está provocando a anormalidade constatada.
• Montagem do painel
Para os painéis iniciais, a largura da armação deve ser de 2,5m menos 20cm de
cobrimento no sentido do comprimento (10cm para cada lado) e menos a altura das
duas chapas-junta somadas.
Para os painéis sequenciais a largura da armação deve ser de 2,5m menos 20cm de
cobrimento no sentido do comprimento, e menos a altura de uma chapa- junta, visto
que nestes painéis só utiliza-se chapa do lado em que se seguirá a escavação.
As armaduras devem ficar imersas na lama bentonítica por no máximo 4 horas antes
da concretagem. Um período superior a este faz com que as partículas de bentonita
colem no aço da armação, prejudicando sua aderência ao concreto.
• Concretagem
O concreto utilizado deve ter alta trabalhabilidade e fluidez para sair do tubo
tremonha e se espalhar por toda a escavação, para cima e para o lado, e nesse
movimento deslocar a lama bentonítica.
O concreto deve ter alta trabalhabilidade, para ser capaz de executar a função
descrita acima, e deve ter as seguintes características:
O concreto do topo da parede vem misturado com lama bentonítica e deve ser
removido. Essa camada geralmente é extraída quando retira-se no máximo 50cm do
mesmo (GEOFIX, 2009).
O volume de concreto lançado no painel deve ser sempre maior do que o volume
teórico da escavação. De acordo com o tipo de terreno encontrado durante a
escavação, vamos ter uma sobre consumação maior ou menor de concreto
“overbreak”. Um volume lançado menor que o volume teórico sinaliza um
estrangulamento da escavação.
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5.2.1 Saúde
Para que possa se explicar, os danos causados a saúde do trabalhador que mantém
contato direto com a bentonita, primeiro é necessário conhecer um pouco sobre a
sílica (SiO2) que é um dos componentes presentes na bentonita, em até 1% do
peso.
Como qualquer outro tipo de poeira, o contato com o pó de bentonita também pode
provocar irritação e coceira nos olhos e na pele. Neste caso lava-se a região com
água e sabão. Caso ingerida pode provocar bloqueio intestinal (CASQUÍMICA,
2008).
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Para minimizar e até eliminar estes riscos a saúde, o trabalhador deve estar sempre
fazendo uso dos EPI’s adequados, como a máscara com filtro, óculos de proteção e
luvas (CASQUÍMICA, 2008).
• As áreas utilizadas devem ser isoladas para que o produto não seja carreado
para os cursos d’água.
• Todo material usado deve ser recolhido e destinado ao depósito de material
excedente previamente aprovado.
• É proibido o escoamento da lama bentonítica no sistema de drenagem,
provisório ou definitivo, e nos corpos d’água
• A área afetada pelas operações de construção e execução deve ser
recuperada, mediante a limpeza do canteiro de obras, e efetuando a
recomposição ambiental (DER/SP, 2006).
Por culpa de uma restrição crescente pelos órgãos ambientais ao uso de lama
bentonítica, gerou-se uma necessidade por uma nova tecnologia de estabilização de
escavações. O uso dos polímeros em substituição à bentonita está associada ao fato
do polímero ser um produto biodegradável, facilitando a disposição dos materiais
provenientes das perfurações.
O Polímero (Figura 5.10) é uma longa molécula formada pela soma da simples
repetição de grupos denominados monômeros, que se unem pelas extremidades, de
forma parecida as ligações dos elos de uma corrente.
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A água em contato com o polímero (Figura 5.11) faz com que suas moléculas fiquem
presas pelas longas cadeias do polímero, fazendo com que sua estrutura aumente o
volume, o que caracteriza uma maior viscosidade ao material.
5.4 Tirantes
Tirante com barra (Figura 5.12 e 5.13): tem como elemento principal uma barra única
laminada a quente de até 12m, com uma rosca contínua com passo de rosca grossa.
Tem como vantagem a eliminação do desperdício de aço, sendo que após ser
protendido pode-se cortar a barra no comprimento desejado.
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Tirante com fios ou cordoalhas (Figura 5.14 e 5.15): os tirantes de fios têm como
elemento principal o aço CP 150 RB, e as cordoalhas o aço CP 190 RB tendo como
metodologia executiva o mesmo processo. Os tirantes de fios e cordoalhas apenas
se diferem pela resistência do aço de acordo com a carga do tirante.
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Perfuração
Após a locação dos tirantes e com drenagem para água, inicia-se a perfuração
(Figura 5.16) com equipamento devidamente nivelado e ancorado no terreno na
inclinação especificada em projeto, geralmente com ângulo de 20° a 25°, o ângulo
reduz a possibilidade de atingir alguma interferência no vizinho. As bombas d’ água
injetam água sob pressão para limpeza do furo. Os diâmetros de perfuração serão
aqueles que garantam como mínimo os cobrimentos normalizados. A atividade será
desenvolvida com utilização de sonda rotativa ou equipamento de extração de
amostras de concreto para o trecho em concreto e perfuratriz sobre esteiras para o
trecho em solo. Essa perfuratriz é capaz de perfurar em qualquer ângulo e direção
com torque e força de avanço suficientes para perfurações revestidas em solo a
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Instalação do tirante
Injeção
Protensão
Na fase de protensão dos tirantes, corre o risco do tirante não suportar a carga
(Tabela 5.2) e ser arrancado durante a protensão. Se ocorrer será efetuada nova
injeção de nata e posterior cura da nata.
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Tirantes Tirantes
provisórios permanentes
Tipo Aço Quantidade
Carga (tf)
Carga (tf)
15 13 Barra CA50 1 Ø 1”
24 21 Fios CP-150RB 6 Ø 8 mm
33 28 Fios CP-150RB 8 Ø 8 mm
41 35 Fios CP-150RB 10 Ø 8 mm
49 41 Fios CP-150RB 12 Ø 8 mm
6. ESTUDO DE CASO
O estudo de caso tem como objetivo analisar e discutir os fatores que levaram ao
problema da obra em questão.
AL
LOC
.
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6.2 Projetos
No que se diz respeito ao projeto de fundações, foi projetado para o corpo do edifício
estacas escavadas de grande diâmetro (estacões) e na estrutura de periferia
sapatas.
Quanto ao projeto de contenção (Figura 6.2), foi projetada uma parede diafragma
atirantada provisoriamente, com espessura de 40cm, 14m de altura e 132m de
comprimento, que corresponde ao desnível entre o pavimento térreo e o 3º subsolo,
acrescidos de 3,80m de altura de ficha. Foi especificado um concreto com
resistência característica maior ou igual a 20MPa e consumo de 400kg de cimento
por metro cúbico de concreto.
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RUA CHIPRE
RUA CHIPRE
Tendo como resultado uma diferença de alinhamento dos painéis, o que caracteriza
o abaulamento contrário na parede conforme ilustrado na (Figura 6.2).
O segundo episódio (Figura 6.3) ocorrido foi precedido de uma forte precipitação
pluviométrica no fim do dia 11 de agosto de 2009. Chegando na obra por volta das
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Na segunda ocorrência houve alguns danos na obra e aos imóveis vizinhos, pelo
fato da parede diafragma nessa lateral da obra não estar alinhada à divisa do
terreno (. O dano para a obra, no caso do segundo acidente foi o afundamento do
piso localizado atrás da parede diafragma e perda do material que se encontrava
sob o piso de concreto.
No trecho onde ocorreu o colapso parcial (segunda ocorrência) foi projetada uma
nova parede, composta por estacas tipo raiz com diâmetro de 40cm, justapostas em
linha ao longo da extensão da parede e travadas ao nível do piso do último subsolo,
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O processo de recuperação e todo seu projeto foi uma solução sugerida pelo
projetista de fundações e contenção, aceita de comum acordo pelos profissionais da
incorporadora e construtora que está executando a obra.
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São apresentados na sequência, dados dos relatórios feitos pela construtora e pela
incorporadora, com a análise que possa ter contríbuido para a ocorrência dos fatos.
Por fim, o engenheiro concluiu que a parede diafragma, foi executada conforme o
projeto original, além de apresentar os resultados das análises, as seguintes
normalidades:
engenheiro da construtora julgou não ser possível apontar o conjunto de causas que
levaram a ocorrência.
O engenheiro da incorporadora conclui por fim que diante dos fatos possa ter
ocorrido um estrangulamento da seção da parede diafragma no trecho em questão.
Mesmo diante da demora para apresentar o relatório de acompanhamento da
execução, o que gerou a hipótese de fraude, não houve como comprovar de fato o
que aparentemente aconteceu.
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8. CONCLUSÕES
9. RECOMENDAÇÕES
REFERÊNCIAS
ANEXO A
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ANEXO B