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Depreciação corresponde ao encargo periódico que determinados bens sofrem, por uso,
obsolescência ou desgaste natural.
A taxa anual de depreciação de um bem, será fixada em função do prazo, durante o qual
se possa esperar utilização econômica.
Observe-se que o limite de depreciação é o valor do próprio bem. Desta forma, deve-se
manter um controle individualizado, por bem, do tipo “ficha do imobilizado” ou “planilha
de item do imobilizado” para que o valor contabilizado da depreciação, somado ás quotas
já registradas anteriormente, não ultrapasse o valor contábil do respectivo bem.
Os seguintes fatores devem ser considerados ao se estimar a vida útil, período de uso e
volume de produção de um ativo:
a) o uso esperado do ativo, que deve ser avaliado com base na capacidade esperada ou na
produção física do ativo;
b) o desgaste físico esperado, que depende de fatores operacionais, tais como o número
de turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparo e manutenção,
inclusive enquanto estiver ocioso;
c) a obsolescência tecnológica resultante de mudanças ou aperfeiçoamentos na produção
ou mudanças na demanda no mercado pelo produto ou serviço produzido pelo ativo; e
d) os limites legais ou semelhantes sobre o uso do ativo, tais como datas de expiração dos
respectivos arrendamentos, permissões de exploração ou concessões.
Observe que a legislação do imposto de renda fixa limites máximos de depreciação para
os bens, constantes no anexo 1 da IN SRF 162/1998.
Exemplo:
O registro contábil do encargo de depreciação será feito a débito de uma conta de custo
ou despesa operacional e a crédito da conta redutora do ativo imobilizado intitulada
depreciação acumulada.
Exemplo:
Bens depreciáveis
No Brasil, de acordo com o art.25 da IN SRF nº 11/96, os bens depreciáveis são:
Depreciação Acelerada
Bens que são utilizados por períodos maiores do que as oito horas previstas na
legislação vigente, por sofrerem maiores desgastes, são beneficiados com a depreciação
acelerada que se dá mediante aplicação de coeficientes a saber:
Métodos de depreciação
Método Linear
O método linear consiste na aplicação de taxas constantes durante o tempo de vida útil
estimado para o bem e é o mais frequentemente utilizado.
Exemplo: Um bem tem vida útil de 10 anos, com taxa de depreciação de 10%.
Taxa de Depreciação=100% dividida por tempo de vida útil.
100% dividido por 10 anos=10% a.a.
Método da Soma dos Algarismos dos Anos
Este método consiste em estipular taxas variáveis, durante o tempo de vida útil do bem,
adotando-se o seguinte critério: somam-se os algarismos que formam o tempo de vida
útil do bem, obtendo-se assim, o denominador da fração que determinará o valor da
depreciação em cada período.
Método das Horas de Trabalho
Este método consiste em estimar o número de horas de trabalho durante o tempo de vida
útil previsto para o bem.
A cota de depreciação será obtida dividindo-se o número de horas trabalhadas no
período, pelo número de horas de trabalho estimado durante a vida útil do bem. Este
método é próprio das empresas industriais.
Métodos das Unidades Produzidas
Também é utilizado por empresas industriais, e consiste em estimar o número total de
unidades que devem ser produzidas pelo bem ao longo de sua vida útil.
A cota de depreciação de cada período será obtida dividindo-se o número de unidades
produzidas no período pelo número de unidades estimadas a serem produzidas ao longo
de sua vida útil.