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Mecânica dos

Fluidos

Tesla Concursos Públicos para Engenharia


Av. Albino José de Oliveira, 2039
Jardim Afe  Barão Geraldo
Campinas  SP
Telefone: (19) 4141 2199
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Carta da edição

Prezados candidatos,

O material do Tesla Concursos Púbicos para Engenharia é preparado tendo

em vista os editais dos concursos recentes e, além de exercícios resolvidos e questões propostas

com gabaritos, o material possui um resumo de todos os tópicos da teoria necessários.

Nesta revisão do material levou-se em conta o último concurso realizado para

as vagas de nível superior da Petrobras e inclui algumas questões resolvidas desta prova, bem

como a teoria atualizada para contemplá-las.

Desejamos que o material seja o mais proveitoso possível para aumentar suas chances

de sucessos nos concursos de engenharia. Havendo dúvidas ou críticas, sinta-se à vontade para

se dirigir à nossa equipe didática através de email contato@teslaconcursos.com.br.

Boa sorte e bons estudos,

Tesla Concursos Públicos para Engenharia

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Sobre o autor: Coordenação:

Bruno Fagundes Flora Alysson Fernandes Mazoni

Engenheiro de Controle e Automação for- Graduado em Engenharia de Controle e Au-

mado pela Unicamp (2008), com experiência tomação pela Unicamp, mestrado em con-

na Indústria, e Mestre em Engenharia Mecâ- trole de vibrações em estruturas exíveis e

nica pela Unicamp (2011) no Departamento doutorando na mesma área. Trabalha com

de Energia. Membro da SPE (Society of Pe- teoria e prática de sistemas dinâmicos. Mi-

troleum Engineers). nistras as disciplinas em nível superior de

Controle, Processamento de Sinais, Vibra-

ções, Máquinas Elétricas e Projeto em Com-

putador.

Edição:

Filipo Pires Figueira

Graduando em Letras Licenciatura pela Uni-

versidade Estadual de Campinas (Unicamp).


Sumário

1 Fundamentos de Mecânica dos Fluidos 4

1.1 Fundamentos de mecânica dos uidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

1.1.1 Classicação dos uidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

1.1.2 Métodos de Descrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

1.2 Denição de uido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

1.3 Fluidos compressíveis e incompressíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

1.4 Campo de velocidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

1.5 Linhas de corrente e campo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

1.6 Classicação de escoamento: laminar e turbulento . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

1.7 Fluidos newtonianos e não-newtonianos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

1.8 Lei de Newton da viscosidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

1.9 Viscosidade dinâmica e cinemática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

2 Aplicações do conceito de pressão 17

2.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

2.2 Pressão absoluta, manométrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

2.3 Manômetro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

2.4 Manômetro diferencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

2.5 Pressão estática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

1
2.5.1 O Elemento de Fluido: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

2.5.2 A Força de Campo (Peso): . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

2.5.3 A Força de Superfície (Pressão): . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

2.6 Pressão de estagnação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

2.7 Empuxo e estabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

3 Regime de Escoamento 31

3.1 Denição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

3.1.1 Direção da trajetória das partículas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

3.1.2 Variação no tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

3.1.3 Variação na trajetória das partículas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

3.1.4 Movimentos de rotação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

3.2 Equação da Continuidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

3.3 Equação de Bernoulli . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

3.4 Perda de carga em dutos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

3.5 Fator de atrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

3.6 Perda de carga localizada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

4 Bombeamento 43

4.1 Sistemas de bombeamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

4.2 Cavitação em dutos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

4.3 Carga positiva de sucção  NPSH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

4.4 Rendimento hidráulico e rendimento mecânico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

4.5 Curvas de bomba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

4.6 Curvas de sistemas de bombeamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

4.7 Ponto de operação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

2
4.8 Associação de bombas em série e paralelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50

5 Máquinas de uxo 58

5.1 Denições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

5.2 Turbinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

5.3 Bombas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

5.4 Semelhança aplicada a máquinas de uxo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

6 Tópicos Especiais 65

6.1 Tubo de Pitot . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

6.2 Análise de semelhança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

6.3 Grupos adimensionais: Reynolds, Euler, de cavitação, Froude, Weber e Mach . . 67

6.3.1 Número de Reynolds: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

6.3.2 Número de Euler: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

6.3.3 Número de Cavitação: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

6.3.4 Número de Froude: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

6.3.5 Número de Weber: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

6.4 Sistema Internacional de Unidades (SI) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

6.5 Sistema MLT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69

6.6 Magnitudes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

6.7 Sistema Inglês de unidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

7 Banco de Exemplos 77

8 Banco de Questões Petrobrás 89

9 Banco de Questões Cesgranrio 111

3
1 Fundamentos de Mecânica dos Fluidos

1.1 Fundamentos de me-


Tópicos
cânica dos uidos

A mecânica dos uidos é a parte da física que

1.1 Fundamentos de mecâ- estuda o efeito de forças em uidos. Os ui-


nica dos uidos . . . . . 4 dos em equilíbrio estático são estudados pela

hidrostática e os uidos sujeitos à forças ex-


1.2 Denição de uido . . . . 6
ternas diferentes de zero são estudados pela

1.3 Fluidos compressíveis e hidrodinâmica.


incompressíveis . . . . . . 7
Os uidos respeitam a conservação de massa,

1.4 Campo de velocidades . . 8 quantidade de movimento ou momentum li-

near e momentum angular, de energia, e de


1.5 Linhas de corrente e campo 8
entropia. A conservação de quantidade de

1.6 Classicação de escoa- movimento é expressa pelas equações de Na-

mento: laminar e turbu- vier Stokes. Estas equações são deduzidas

lento . . . . . . . . . . . 8 a partir do balanço de forças/quantidade de

movimento aplicado a um volume innitesi-


1.7 Fluidos newtonianos e
mal de uido, também denominado de ele-
não-newtonianos . . . . . 9
mento representativo de volume.

1.8 Lei de Newton da visco-


sidade . . . . . . . . . . 9
1.1.1 Classicação dos uidos
1.9 Viscosidade dinâmica e
cinemática . . . . . . . . 10
No escoamento de uidos não viscosos, a vis-

cosidade µ é supostamente nula. Este uido

é idealizado e, portanto não existe. No en-

Teoria tanto a hipótese µ = 0, pode ser adotada

em alguns casos, o que simplica a análise e

4
conduz a resultados satisfatórios.

A densidade (também massa especíca ou

massa volumétrica) de um corpo é denida

como o quociente entre a massa e o volume

desse corpo. Desta forma pode-se dizer que

a densidade mede o grau de concentração de

massa em determinado volume. O símbolo

para a densidade é ρ (a letra grega rho) e a

unidade SI para a densidade é quilogramas

3
por metro cúbico (kg/m ).

A mecânica dos uidos é baseada no conceito A variação da densidade conforme o tamanho

de um contínuo, que admite que cada propri- de σ∀ vária é apresentado no gráco abaixo.

edade do uido seja considerada como tendo

um valor denido em cada ponto do espaço.

O conceito de propriedade de um ponto é

apresentado na gura ao lado, onde se pode

notar que pela denição de densidade, que

no volume ∀ a densidade média é dada por

ρ = m/∀. Enquanto que para determinar

a densidade em C, um volume innitesimal

σ∀ é adotado e a densidade é calculada como


ρ = σm/σ∀, que em geral irá resultar em um
valor diferente do calculado para ∀. 1.1.2 Métodos de Descrição

Temos então a relação entre o referencial la-

grangeano e o referencial euleriano: No refe-

rencial euleriano o observador (estático) é o

referencial, mas no referencial lagrangeano, o

observador é móvel, e ca acompanhando o

objeto em movimento.

No referencial Euleriano temos:

t = to ,

5
são de cisalhamento, não importando o quão

r(to ) = a~i + b~j + c~k pequena possa ser essa tensão. Eles repre-

sentam um subconjunto das fases da matéria,

tais como os líquidos, os gases, os plasmas e,

x = x(a,b,c,t) de certa maneira, os sólidos plásticos.

Os uidos compartilham a propriedade de

não resistir à deformação e apresentam a ca-


y = y(a,b,c,t)
pacidade de uir (também descrita como a

habilidade de tomar a forma de seus recipi-

z = z(a,b,c,t) entes). Estas propriedades são tipicamente

em decorrência da sua incapacidade de su-

E as seguintes velocidades: portar uma tensão de cisalhamento em equi-

líbrio estático, isto é, se manter em repouso.

dx dy dz Enquanto em um sólido, a resistência é fun-


u= ,v= ,w=
dt dt dt ção da deformação, em um uido a resistên-

cia é uma função da razão de deformação.

Uma consequência deste comportamento é o

Princípio de Pascal, que caracteriza o impor-


1.2 Denição de uido tante papel da pressão na caracterização do

estado uido.
Um uido é uma substância que se deforma

continuamente quando submetida a uma ten- Fluidos podem ser classicados como ui-

6
dos newtonianos ou uidos não-newtonianos, • b) O sólido se deforma, mas não conti-

uma classicação associada à caracterização nuamente.

da tensão, como linear ou não-linear no que


• c) O uido existe nos estados termodi-
diz respeito à dependência desta tensão com
nâmicos: líquido, vapor ou gás.
relação à taxa de deformação, que é dada

pela sua derivada em relação ao espaço.

1.3 Fluidos compressíveis


e incompressíveis
Os uidos podem ser classicados, no que diz

respeito à compressibilidade, em duas gran-

Da gura acima, pode-se constatar as seguin- des classes: líquidos e gases. Um líquido é

tes propriedades: praticamente incompressível com um volume

denido, tomando a forma do recipiente em

• a) O uido se deforma continuamente. que está contido, o mesmo apresenta uma su-

7
perfície livre. Os gases na maioria dos casos é 1.5 Linhas de corrente e
campo
compressível e expande-se indenidamente se

não existirem esforços externos; o equilíbrio

é possível apenas quando ele está completa-


São tangentes à direção do escoamento em
mente envolvido num recipiente. A classi-
cada ponto do campo. Isto é, num dado
cação compressíveis ou incompressível é
ponto, a tangente a linha de corrente é pa-
usada para caracterizar o escoamento, e não
ralela ao vetor velocidade naquele ponto. As
o uido. Uma vez, que tal classicação de-
linhas ou funções de corrente são geralmente
pende de parâmetro de escoamento.
representadas por ψ (a letra grega Psi).

Uma das características mais impor-tante do


Desta forma, pela denição de campo, abor-
escoamento incompressível é que nestes ca-
dada anteriormente, temos que:
sos, pode-se considerar que a densidade do

uido é constante, portanto não altera com o


σψ σψ
tempo e espaço. Tal simplicação não pode u= e v=
σy σx
ser adotada para o caso de escoamento com-

pressível.

1.4 Campo de velocidades

Temos pelo referencial Euleriano:

V~ = V~ (x,y,z,t)
1.6 Classicação de esco-
Ou em termos das suas componentes:
amento: laminar e
V~ = uî + v ĵ + wk̂ turbulento
onde (u, v, w), também dependem de x, y , z Escoamento laminar: a estrutura do escoa-

e t. mento é caracterizada pelo movimento suave

8
Comparação entre uidos Newtonianos, não-
em lâminas ou camadas.
Newtonianos e Viscoelásticos
Material de Kelvin Combinação linear en-
Viscoelástico
Escoamento turbulento: a estrutura do esco- tre efeitos viscosos e
efeitos elásticos
amento é caracterizada por movimentos tri- Anelástico Material possui um
ponto de descanso
bem denido
dimensionais aleatórios de partículas uidas,
Viscosidade dependendo Reotético A viscosidade apa-
do tempo rente aumenta com a
em adição ao escoamento médio.
dura-ção da tensão
Tixotrópico A viscosidade apa-
rente diminui com a
dura-ção da tensão
Dilatante A viscosidade apa-
Viscosidade independente
rente aumenta com o
do tempo
au-mento da tensão
Pseudoplástico A viscosidade apa-
rente diminui com o
aumento da tensão
Plástico de Bingham Uma mínima tensão é
necessária para o des-
lizamento
Viscosidade é cons-
Fluidos Newtonianos generalizado
tante
O estresse de deforma-
ção depende das taxas
de deformação normal
e cisalhamento e da
pressão aplicada

1.7 Fluidos newtonianos e


não-newtonianos
1.8 Lei de Newton da vis-
cosidade

Um uido newtoniano é um uido em que

A tensão de cisalhamento é diretamente pro-


cada componente da tensão cisalhante é pro-

porcional à variação da velocidade ao longo


porcional ao gradiente de velocidade na dire-

da direção normal às placas


ção normal a essa componente. A constante

de proporcionalidade é a viscosidade dinâ-

mica. Nos uidos newtonianos a tensão é


du
τ =µ
dy
diretamente proporcional à taxa de deforma-

ção. Como exemplo, pode-se citar a água, o Onde a constante µ é o coeciente de visco-

ar, óleos e outros ui-dos com comportamen- sidade, viscosidade absoluta ou viscosidade

tos "normais", newtonianos. dinâmica.

9
1.9 Viscosidade dinâmica Fluido ComportamentoFenômeno

e cinemática Líquidos A viscosidade Observa-se um

diminui com a pequeno espa-

temperatura çamento entre

moléculas e

ocorre a redu-

ção da atração

molecular com

o aumento da

temperatura.

Gases A viscosidade Observa-se

aumenta com a um grande

temperatura espaçamento

entre molé-

culas e ocorre

o aumento do

choque entre

moléculas com

o aumento da

temperatura.

Essa relação é denominada lei da viscosidade

de Newton (por isso, um uido que obedece

a essa lei é deno-minado uido newtoniano).

O fator de proporcionalidade µ é a visco-

sidade absoluta ou viscosidade dinâmica do

uido.

A viscosidade cinemática v é a relação entre

a viscosidade dinâmica e a massa especíca

Unidade SI
Ns
Viscosidade
m2
ou P a × s. Equiva-

dinâmica lente a 10 poise)

m2
Viscosidade
s

cinemática

10
A viscosidade cinemática é

µ 0,65cP 0,65.10−2 .10−1


v= = = =
ρ 0,9.103 0,9.103

7,2.10−4 m2 /s

Resposta: A

Exemplo
Exemplo

Um uido em repouso é um meio conside-

rado isótropo, relativamente à distribuição

das pressões a que está sujeito. Havendo

movimento, surgem forças tangenciais devido

Exemplo à viscosidade do uido em questão. Sobre

Exemplo o tema, o gráco a seguir mostra um dia-

grama cartesiano com várias situações, tendo


Um líquido possui viscosidade dinâmica (µ)
na ordenada às tensões de cisalhamento (σ =
igual a 0,65cP e densidade relativa igual a
F/S ) e na abscissa os gradientes de veloci-
0,90. A viscosidade cinemática (v) é:
dade ∆V /∆n, onde F é força, S é área de
−4 2
a) 7,2.10 m /s elementos planos no sentido do uxo, V é a
−5 2
b) 7,2.10 m /s velocidade e n, a distância entre dois elemen-
−6 2
c) 7,2.10 m /s tos planos.
−7 2
d) 7,2.10 m /s
e) 7,2.10−8 m2 /s

Solução:

Um poise (1P) é igual a 1g/(cm.s) = 0,1

kg/(m.s) em unidades do SI. A densidade do

3 3
uido é 0,9 da densidade da água (10 kg/m )

11
quanto à viscosidade.

Associando-se o enunciado com o gráco

acima, pode-se armar que a linha Em que se nota que o uido A é um uido

não newtoniano plástico de Bingham, B é um


a) C representa um uido Newtoniano e o
uido pseudoplástico e C é um uido newto-
eixo y, um sólido elástico.
niano.
b) B representa um sólido elástico e A, um

plástico. O uido ideal, por denição é aquele que

c) A representa um plástico e B, um uido não possui viscosidade, e portanto não pos-

Newtoniano. sui também tensão de cisalha-mento, e desse

d) A representa um uido Não-Newtoniano modo seu gráco é o próprio eixo x, neste

e o eixo x, um uido ideal. caso. Assim a alternativa correta é a alter-

e) A representa um uido Newtoniano e C, nativa d).

um uido ideal.
Resposta: D

Solução:

Os uidos newtonianos são aqueles que res-

peitam uma relação proporcional entre o gra-


Exemplo
diente de velocidade e a tensão de cisalha-
Exemplo
mento entre as camadas de uido. A cons-

Acerca dos uidos reais e dos uidos perfei-


tante de proporcionalidade é a viscosidade

tos, julgue os seguintes itens.


dinâmica. Os uidos não newtonianos não

respeito a essa relação e não possuem geral-

mente bem denidos para a viscosidade, o • I. Ambos devem obedecer à lei de New-

gráco mostra comparativamente os uidos ton da viscosidade.

12
• II. Ambos são regulados pela segunda lei • III  certo. A lei de conservação da

de Newton. massa é universal para uidos, a massa

não é criada nem destruída.


• III. Ambos obedecem à lei de conserva-

ção de massa.
• IV  errado. O uido perfeito tem

campo de tensões nulo, pois não pos-

• IV. Em ambos os uidos, o campo de sui viscosidade. O uido real possui um

tensões é dado pela viscosidade molecu- campo de tensões que pode inclusive de-

lar e pelos gradientes de velocidade. pender do tempo e não se trata de ten-

sões moleculares.
• V. Ambos os uidos devem atender à

condição de não deslizamento.


• V  errado. O uido ideal não atende a

condição de não deslizamento, uma vez

• VI. Tais uidos são capazes de penetrar que a viscosidade dele é nula.

superfícies sólidas.
• VI  certo. Qualquer uido pode pene-

trar superfícies sólidas dependendo dos

Estão certos apenas os itens


orifícios do sólido e da viscosidade do

a) I, IV, e V. uido.

b) I, IV, e VI.
Resposta: D
c) II, III e V.

d) II, III e VI.

e) III, V e VI.

Exemplo
Solução:
Exemplo

Ao estudar uidos em movimentos, é interes-

sante conhecer a descrição de um campo de


• I  errado. A lei de Newton da viscosi-

velocidade. Em se tratando de escoamentos


dade só se aplica a uidos newtonianos

é correto armar que:


(é a relação linear entre gradiente de ve-

locidade e tensão).
• I  Embora a velocidade seja uma quan-

• II  certo. Qualquer uido é composto tidade vetorial, exigindo uma magnitude

de partículas com massa e responde à e uma direção para uma completa des-

lei de proporcionalidade entre força re- crição, o campo de velocidades é um

sultante e aceleração: F = m.a. campo escalar.

13
• II  Se as propriedades em cada ponto Resposta: E

de um campo de escoamento não mu-

dam com o tempo, o escoamento é de-

nominado permanente.

• III  Linhas de corrente são aquelas de-


Exemplo
Exemplo
senhadas no campo de escoamento de

forma que, num dado instante, são per- Considere que o gráco abaixo mostre o re-

pendiculares à direção do escoamento sultado de um experimento realizado com os

em cada ponto do campo. uidos A, B, C e D, para os quais foi medida,

nas mesmas condições, a variação da velo-

Estão corretas as alternativas: cidade do escoamento com a temperatura.

Nessa situação, qual dos uidos irá apresen-


a) II e III apenas.
tar a menor viscosidade, para temperaturas
b) I e II apenas.

acima de 15 C
c) III apenas.

d) I e III apenas.

e) II apenas.

Solução:

• I  errado. Uma vez que a velocidade

é uma quantidade vetorial, que para a

sua completa descrição exige uma mag-

nitude e direção, o campo de velocidades

é um campo vetorial.

a) A
• II  correto. Se as propriedades em cada
b) B
ponto de um campo de escoa-mento não
c) C
mudam com o tempo, o escoamento é
d) D
denominado permanente.
e) Todos apresentam a mesma viscosidade

• III  errado. Num dado instante, as li-

nhas de corrente são tangentes à direção Solução:

do escoamento em cada ponto do campo. Em um escoamento, a viscosidade está re-

14
lacionada com a dissipação do uido, desta e a taxa de deformação, é denominado

forma quanto menor a viscosidade, maior plástico de Bingham ou plástico ideal.

será a velocidade do escoamento, uma vez

que as perdas por fricção serão menores. Por-


Estão corretas APENAS as armativas
tanto, alternativa a).
a) I e II.
Resposta: A
b) I e IV.

c) II e III.

d) I, II e III.

e) II, III e IV.

Caiu no concurso!
Petrobras  2011  Engenharia Mecâ-
Resposta: B
nica - 28

Em relação a algumas característi-cas dos

uidos analise as armativas a seguir.

• I. Os uidos newtonianos são aqueles em

que a tensão de cisalhamento é direta-

mente proporcional à taxa de deforma-

ção.

• II. A lei de Newton da viscosidade para

um escoamento unidimensional dada

por τyx = µ du , onde τ é a tensão de


Caiu no concurso!
dy

cisalhamento, u é a velocidade e µ é a

viscosidade cinemática.
PETROBRAS  Engenharia de Pro-
cessamento  2010 - 26
• III. Nos líquidos, a viscosidade aumenta
Um uido newtoniano de viscosidade abso-
com o aumento da temperatura, en-
luta/dinâmica µ escoa entre duas placas ple-
quanto, nos gases, a viscosidade diminui
nas paralelas que estão separadas por um dis-
com o aumento da temperatura.
tância 2 h, com o seguinte perl de velocida-

• IV. Um uido que se comporta como um des: v = vmax [1 − (y/h)2 ], em que v é velo-

sólido até que uma tensão limítrofe seja cidade, vmax é velocidade máxima e y é dis-

excedida, e em seguida, exibe uma rela- tância medida perpendicularmente às placas.

ção linear entre a tensão de cisalhamento O módulo da tensão cisalhante no uido, a

15
uma distância h/10 das placas, é

a) 0,1µvmax /h
b) 0,2µvmax /h
c) 1,8µvmax /h
d) 2,0µvmax /h
e) 2,2µvmax /h

Resposta: C

16
2 Aplicações do conceito de pressão

Princípio de Pascal:

Tópicos
∆p = ρg(∆h)

2.1 Introdução . . . . . . . . 17 Se o uido é incompressível (como a maioria

dos líquidos são), a massa especíca não se


2.2 Pressão absoluta, mano-
altera. A variação da pressão (∆p) depende
métrica . . . . . . . . . . 18
de duas constantes (massa especíca (ρ) e
2.3 Manômetro . . . . . . . 19
gravidade (g )) e de uma variável (diferença
2.4 Manômetro diferencial . . 19
de altura (∆h)). Logo quanto mais profundo

2.5 Pressão estática . . . . . 20 for um ponto no uido, maior será a pressão

2.6 Pressão de estagnação . . 21 exercida neste ponto. Como mostrado na -

2.7 Empuxo e estabilidade . . 22


gura abaixo, P b > P a.

Teoria

2.1 Introdução
Esta equação será suciente para a resolu-

ção de todos os problemas que envolvam


Em um uido parado, a pressão exercida au-
manômetros ou assuntos associados ao uso
menta de acordo com o tamanho da coluna
da equação F = P × A, aplicada na reso-
de líquido. Vemos isto no dia-a-dia quando
lução de problemas de forças hidrostáticas e
no fundo de uma piscina sentimos no ouvido
empuxo.
a pressão mais alta ou na decolagem de um

avião sentimos a pressão mais baixa. O prin- No caso dos uidos em repouso, as tensões de

cípio que rege esta observação quotidiana é o cisalhamento são zero, de forma de à única

17
força de superfície é a de pressão. Conside- 2.2 Pressão absoluta, ma-
nométrica
rando que a única força de campo é decor-

a
rente da gravidade. Aplicando a 2 Lei de

Newton, temos que o gradiente de pressão é


Como sabemos que e pressão varia de acordo
dado pela equação a seguir, também conhe-
com a altura da coluna do uido, podemos
cida como princípio de Pascal:
denir pressão absoluta e manométrica. Ima-

gine um aparelho que meça a pressão de uma

∇p = ρ~g tubulação de ar. Este aparelho chama-se

manômetro. Ele pode ser construído de di-


A variação de pressão apresentada no for-
versas formas. Uma das formas é o manôme-
mato vetorial traz uma informação impor-
tro ser construído com uma membrana que
tante, que deve ser mais bem elucidada. Uma
compara a pressão a ser medida com a pres-
vez sabido que o campo gravitacional atua
são atmosférica. Quanto mais a membrana se
apenas na vertical e, portanto é diferente de
exionar para um lado ou outro, maior será a
zero apenas nessa direção, pode-se conside-
diferença de pressão. Logo, a medida é rela-
rar que o gradiente de pressão será zero nas
tiva, pois compara a pressão de trabalho com
direções horizontais.
a pressão atmosférica. A este tipo de me-

Logo, a variação de pressão gerada pela gra- dida dá-se o nome de pressão manométrica.

vidade é no sentido e direção da gravidade A pressão absoluta por sua vez é dada pela

e todo o ponto de um mesmo uido, com soma da pressão atmosférica com a pressão

mesma altura, tem pressões iguais. Assim, manométrica, pois esta tinha sido utilizada

podemos memorizar que: como medida de referência no manômetro:

Em um uido estático, a pressão é menor

na superfície (pressão atmosférica) e maior

no fundo do recipiente que contém o uido.

Todas as alturas intermediárias têm pressões

também intermediárias e pontos com mesma

altura tem uma mesma pressão.

pmanométrica = pabsoluta − patmosf érica

18
2.3 Manômetro

Os manômetros são equipamentos usados na

medição de pressão de uidos. Um dos tipos

mais simples é o de tubos em U. Em geral,

são utilizados 2 uidos diferentes de forma a

aumentar a sensibilidade do equipamento. O

funcionamento deste equi-pamento é baseado

no princípio de Pascal, uma vez que a pressão


Para resolver problemas de manômetros
é dada pela diferença de altura entre as duas

colunas.
• 1) Indique cada ponto relevante com um

índice. Os pontos importantes são os

pontos a serem medidos, as interfaces

entre 2 uidos ou pontos com a mesma

altura de outros pontos.

• 2) Indique a diferença de pressão entre

cada 2 pontos vizinhos utilizando o Prin-

cípio de Pascal.

• 3) Some todas as equações que foram

encontradas no passo 2.

• 4) O lado esquerdo indicará a diferença

de pressão entre os pontos a serem medi-

Em geral, os manômetros em tubo em dos e o lado direito seu valor numérico.

U apresentam umas das suas extremidades

aberta, desta forma ele utilizará a pressão at-

mosférica como referência e medirá a pressão 2.4 Manômetro diferen-


manométrica.
cial
Um dos casos particulares de manômetros em

U são os manômetros diferenciais, em que o Os manômetros diferenciais são construídos

manômetro é conectado em 2 pontos próximo de aço inox, adequados para aplicações em

de uma tubulação e o uido manométrico in- meios corrosivos, processos gasosos ou líqui-

dicará a diferença de pressão entre esses 2 dos. Indicados para medição de pressões di-

pontos. ferenciais entre duas pressões de forma direta

19
ou para medição indireta de nível ou de va-

zão.

2.5 Pressão estática

Enquanto que as tensões normais (pressão)

agem na superfície de um elemento existem Forças de superfície agem na superfície do

forças que agem em todo elemento ou volume elemento. Um exemplo são as tensões. Em

de uido; particular a pressão é um agente de força de

superfície.
A gravidade é um exemplo; todo o volume

de uido está submetido à mesma aceleração

da gravidade, i.e., à força peso;


2.5.1 O Elemento de Fluido:

O balanço de forças para um elemento inni-

tesimal de uido com dimensões dx, dy e dz ,


de densidade ρ e massa dm:

A gravidade é uma força gerada pelo campo

gravitacional U = −gz , daí o nome de força

de campo = ∇U = −g .

Equilíbrio entre Forças de Superfície e Forças

de Campo:
2.5.2 A Força de Campo
Para o uido estar sem movimento relativo (Peso):
é necessário que a resultante das forças de

~S ) e de campo, (F~B ), seja nula.


superfície, (F A força de campo gravitacional:

20
Desta forma, tem-se que a força resultante

dF~B = ~g .dm = ~g ρd∇ será a soma da força de campo devido dF~B e

a força de superfície dF~S .


onde:
Aplicando a segunda lei de Newton, temos

~g é a aceleração da gravidade local; que a força resultante deve ser zero, uma vez

que o uido está em repouso. Portanto, o


ρ é a densidade do uido;

equilíbrio de forças, resulta em:


d∇ é o volume elementar do uido.

Sabendo ainda que o volume pode ser escrito


−∇p + ~g .ρ = 0
como:

sendo o primeiro termo referente a força de

d∇ = dxdydz pressão, e o segundo termo a força de campo.

Ambas as forças estão por unidade de volume

pode-se reescrever a equação da força de em um ponto.

campo gravitacional:

dF~B = ~g .ρ.dx.dy.dz

2.6 Pressão de estagna-


2.5.3 A Força de Superfície ção
(Pressão):
Quando um uido é levado completamente

Como visto anteriormente, para um uido


à situação de velocidade zero em um ponto,

em repouso, as tensões de cisalhamento são


este é conhecido como ponto de estagnação,

zero. Desta forma, as únicas forças super-


e a pressão deste local é denominada pressão

ciais existentes em um elemento innitesimal


total ou de estagnação. Assim se conside-

de uido são as forças de pressão, dadas por:


rarmos que o escoamento é levado completa-

mente à condição de estagnação no nariz do

dF~S = −∇p.dx.dy.dz tubo de Pitot, através da diferença entre as

pressões total e estática em um manômetro,

Fisicamente, o gradiente de pressão é o ne- e conhecendo-se a massa especíca do uido

gativo da força de superfície por unidade de no local, podemos determinar a sua veloci-

volume devida à pressão. dade.

21
2.7 Empuxo e estabili- Como o hbaixo > hcima (tomando-se como re-

dade
ferencial a superfície livre), a pressão exer-

cida pelo uido na superfície de baixo é maior

que a pressão exercida na pressão de cima:


O princípio do empuxo é, ainda, baseado em

Pascal. Visualize um corpo regular imerso na

vertical em um uido qualquer: Pbaixo > Pcima

Utilizando a denição de pressão

F
P = → F = PA
A

Temos que,

Fbaixo = Pbaixo × A

Fcima = Pcima × A

Como há diferença de valor entre as pressões,


Observe que há pressão em toda a superfí-
chegamos a
cie, e como vimos através do gradiente da

pressão, estes vetores são perpendiculares a

superfície. Fbaixo > Fcima

Como o corpo é regular, as pressões laterais


A diferença entre essas duas forças é cha-
se cancelarão, porque tem o mesmo valor e
mada de Empuxo.
direção, porém sentidos opostos.

A pressão na superfície de cima e a pressão na

superfície de baixo não se cancelam porque a

pressão varia de acordo com a altura. Logo:

Pcima = ρghcima

Pbaixo = ρghbaixo

22
O procedimento para se encontrar o valor do

empuxo é:

• 1) Encontre o volume imerso do corpo.

Em casos em que o corpo está submerso,

o volume imerso é igual ao volume total

do corpo.

• 2) Encontre a massa especíca do uido.

Não confunda utilizando a massa espe-

cíca do corpo.

Podemos facilmente mostrar que para este


• 3) Aplique a equação
mesmo corpo regular, temos

Se um corpo imerso na vertical permanecer

FE = (pbaixo − pcima ) × A na vertical diz-se que ele está estável.

O empuxo em geral ajuda na estabilidade

destes corpos. Isto acontece porque o em-


FE = ρg(hbaixo − hcima ) × A
puxo aplicado pelo uido no corpo é sempre

aplicado no centro de massa do uido deslo-

FE = ρg(∆h) × A cado.

Quando o corpo está totalmente na vertical,


Como área vezes altura é igual ao volume do
peso e empuxo terão o mesmo valor e atuarão
corpo (V = (∆h) × A) temos que
na mesma linha.

Para pequenos ângulos de rotação, o empuxo


FE = ρgV
realizará um momento contrário ao momento

causado pelo peso. Depois de um determi-


sendo ρ a densidade do uido e V o volume
nado ângulo, o empuxo fará momento no
do corpo que está imerso no uido, como des-
mesmo sentido do peso, e então o corpo não
crito abaixo pelo subscritos.
estará mais estável e capotará. A equação

relacionada ao giro possível dentro da esta-


FE = ρf luido gVimerso bilidade é:

Esta é uma forma mais simples de se traba-


Io
lhar com o Empuxo do que pela denição.
MG = − GE
vs ub

23
em que: Solução:

O manômetro PC mede a pressão de 2 atm


vsub  volume submerso do corpo
acima da atmosférica (1 atm), o manômetro
GE  distância entre o centro de gravidade e
PB mede a pressão 2,8 atm acima da pressão
o ponto de aplicação do empuxo
PC e o manômetro PA mede 3 atm acima do

MG  altura metacêntrica anterior. Logo a pressão absoluta

Io  Momento de inércia de área

P = 1 + 2 + 2,8 + 3
Exemplo
P = 8,8atm
Manômetros de Bourdon são colo-cados no

sistema dado a seguir.

Resposta: D

Exemplo

Se as pressões manométricas forem respecti-

vamente 3,0 atm, 2,8 atm e 2,0 atm, sabendo-

se que a pressão atmosférica é 1atm qual a

pressão absoluta do recipiente A?

a) 2 atm

b) 5 atm

c) 6 atm

d) 6,8 atm

e) 8,8 atm

24
Solução:

Uma vez que a janela se encontra em uma

região, onde existe apenas óleo, a força re-

sultante atuando sobre a janela pode ser cal-

culada como a pressão atuando no meio da

janela vezes a sua área. F = P.A.

A pressão no meio da janela é a pressão me-

dida pelo manômetro (que está sujeito à pres-

são atmosférica assim como a janela e, por-

tanto essa inuência se anula na força sobre

a janela) somada com a coluna de óleo acima

dela (ρgh).

P = 64KP a + ρgh = 64.103 + 8.103 .2,25

A gura acima representa um tanque fechado


P = 82KP a
e pressurizado, exposto ao ar atmosférico,

contendo ar e óleo. (Peso especíco igual


A força resultante
3
a 8 kN/m ). O tanque possui uma janela

de inspeção quadrada com 0,5m de lado cuja


F = P.A = 82.103 .0,25 = 20,5KN
borda superior está localizada 2m abaixo da

superfície do óleo. Um manômetro instalado

no topo do tanque indica uma pressão de 64


Resposta: C
kPa. Nessa situação, arma-se que o módulo

da força resultante (kN) que atua na janela

é de:

(A) 19,5
Exemplo
(B) 20

(C) 20,5

(D) 45,5

(E) 82

25
Exemplo

Uma corrente de solução salina (µ =


1100kg/m3 ) tem sua vazão medida por um

medidor de orifício dotado de manômetro in-


Qual a condição que deve existir para que
vertido, como se verica no esquema acima.
a pressão manométrica em A seja igual a
Qual a queda de pressão corresponde à lei-
ρB gl2 ?
tura manométrica indicada em Pa, sabendo-

a) pa >>> pB se que o uido manométrico é um óleo com

b) pB >>> pA 3
massa especíca igual a 900kg/m e que g=

c) pA = pB 2
10 m/s ?

d) l1 = l2
a) 180
e) l1 >>> l2
b) 200

c) 400

Solução: d) 1800

A pressão manométrica em B é e) 2200

pB = ρB gl2 Solução:

Seguindo o procedimento apresentado ante-


Por comparação, para obter o valore desejado
riormente:
para a pressão em A, é preciso que ela seja

igual à pressão em B.
• 1) Indique cada ponto relevante com um

Resposta: C índice. Os pontos importantes são os

pontos a serem medidos, as interfaces

26
entre 2 uidos ou pontos com a mesma ρoleo g0,2 + ρsalina gh − ρsaline g0,2
altura de outros pontos.
• 4) O lado esquerdo indicará a diferença

de pressão entre os pontos a serem medi-

dos e o lado direito seu valor numérico.

P2 − P1 = g0,2(ρoleo − ρsalina ) =

= 10.0,2(900 − 1100) = −400P a

Resposta: C

Os pontos 1 e 2 se referem aos pontos

a serem medidos. Os pontos A e B re-

presentam a interface entre a solução sa-

lina e o óleo, e o ponto A' representa o


Exemplo
ponto de mesma altura de A e, portanto

de mesma pressão.

• 2) Indique a diferença de pressão entre

cada 2 pontos vizinhos utilizando o Prin-

cípio de Pascal

PA − P1 = ρsalina gh

PB − PA = ρoleo g0,2

P2 − PB = ρsalina g(h − 0,2)


O esquema acima descreve um Tubo de Pitot

• 3) Some todas as equações que foram localizado no centro de um duto de 200mm

encontradas no passo 2. de diâmetro, empre-gado para transferência

de gasolina. Considerando o coeciente do

medidor como unitário e a razão entre as ve-

PA −P1 +PB −PA +P2 −PB = ρsalina gh+ locidades média e máxima como 0,8 para o

27
intervalo de interesse, a vazão de gasolina,

3
em m /s, é: Pestag = Pestat + Pdinam
2
(Dados g=10m/s )
e que,

a) 0,025

b) 0,035 1
Pdinam = ρgasolina V 2
c) 0,042 2
d) 0,050
temos que:
e) 0,065
s
2 × (Pestag − Pestat )
V =
Solução: ρgasolina
Pela gura pode-se observar que o tubo de pi-
r
tot não apresenta nenhum orifício ou tomada 2 × (1000 − 667)
V = = 1m/s
que meça a pressão estática, desta forma o
667

equipamento mede apenas a pressão total ou A partir da informação de que a razão entre

de es-tagnação, que será dada pelo manô- a velocidade média e a velocidade máxima é

metro acoplado ao tubo de pitot. 0,8, temos que:

Pestag = ρH2 O ghmanom


Vmedio
= 0,8 ⇒ Vmedio = 0,8 × 1 = 0,8m/s
Vmax
A pressão estática é dada pela altura da to-

mada do tubo de pitot até a parede do ci-


Uma vez que o tubo de pitot mede ao centro
lindro pela qual passa o instrumento. Neste
do tubo, pode-se considerar que a velocidade
caso, como o tubo de pitot está medindo no
medida será a máxima.
centro do tubo, a altura que deve ser utili-
D Por m, a vazão média de gasolina será:
zada para o cálculo da pressão estática é .
2

Assim, a pressão estática é dada por:

π0,22
Qgasolina = Vmedia A ⇒ 0,8× = 0,025m3 /s
4
D
Pestat = ρgasolina g = 667.10.0,1 = 667 P a
2

Resposta: A
Sabendo que:

28
Caiu no concurso!
Petrobras  2010  Engenheiro de Pe-
tróleo - 56 Caiu no concurso!
Petrobras - 2010  Engenheiro de Pro-
cessamento  13

A gura acima representa quatro recipien-

tes diferentes preenchidos com um mesmo

líquido, a mesma temperatura. Sabendo-se

Uma pedra de massa 0,2 kg está em equilí- que os quatro recipientes estão abertos para

brio, totalmente submersa na água e parcial- a atmosfera, conclui-se que a(s) pressão(ões)

mente sustentada por um dinamômetro, que no fundo do(s) recipiente(s)

marca 1,5 N. Sabendo-se que a densidade da


a) X é maior que no fundo dos de-mais
3
água é 1000 kg/m e considerando-se que a
recipientes.
2
gravidade local igual a 10 m/s , o volume da
b) Y é maior que no fundo dos de-mais
3
pedra, em cm , vale
recipientes.

a) 30 c) Z é maior que no fundo dos de-mais

b) 35 recipientes.

c) 40 d) Q é maior que no fundo dos de-mais

d) 45 recipientes.

e) 50 e) X,Y,Z e W são iguais.

Resposta: E Resposta: E

29
Caiu no concurso!
Petrobras 2010/2  Engenheiro de
Equipamentos Mecânico - 30

A gura acima ilustra um manômetro com

tubo em U, muito utilizado para medir di-

ferenças de pressão. Considerando que os

pesos especícos dos três uidos envolvidos

estão indicados na gura por , a diferença de

pressão corresponde a

a) γ1 h1 + γ2 h2 + γ2 h3
b) γ1 h1 − γ2 h2 + γ3 h3
c) γ2 h2 + γ3 h3 + γ1 h1
d) γ2 h2 − γ3 h3 − γ1 h1
e) (γ1 h1 + γ2 h2 + γ3 h3 )/3

Resposta: C

30
3 Regime de Escoamento

compõe, em relação a dependência do estado

Tópicos de organização do escoamento em:

• a) Escoamento laminar (regime laminar,

também chamado de lamelar ou trân-


3.1 Denição . . . . . . . . . 31
quilo) - no qual as partículas do uido
3.2 Equação da Continuidade 34
tendem a percorrer trajetórias paralelas.
3.3 Equação de Bernoulli . . 34

3.4 Perda de carga em dutos 35


• b) Escoamento turbulento (regime tur-

bulento, no qual as trajetórias das par-


3.5 Fator de atrito . . . . . . 35
tículas são curvilíneas, não paralelas,
3.6 Perda de carga localizada 36
alteram-se em sentido, sendo irregula-

res. Apresentam entrecruzamento, for-

mando uma série de minúsculos rede-

Teoria moinhos ou vórtices. O escoamento tur-

bulento é também conhecido como "tur-

bilhonário"ou "hidráulico". Na prática,

o escoamento dos uidos quase sem ex-


3.1 Denição ceção é turbulento. É o regime típico

das obras de engenharia, tais como adu-


Regime de escoamento diz respeito, em me-
toras, tubulações industriais, vertedores
cânica dos uidos, a como os uidos se com-
de barragens, fontes ornamentais, etc.
portam em relação a diversas variáveis.

Se as velocidades dos pontos de uma seção

3.1.1 Direção da trajetória das do escoamento em um ponto são desenhadas

partículas como vetores têm-se o que se chama perl

de velocidades. Para um escoamento ideal,

Um uxo de uido pode se comportar quanto sem atrito com as paredes do tubo, tem-se

à direção da trajetória das partículas que o um perl de velocidades constante. No caso

31
do escoamento em regime laminar, o perl de O perl de velocidades para o escoamento

escoamento tem formato parabólico. turbulento é descrito por

Para regime turbulento, o formato do per-


v r 1
l de velocidades é um pouco mais achatado = 1 − ( )n
vmax R
devido à distribuição de quantidade de mo-

vimento que ocorre com os vórtices. onde o parâmetro n depende do número de

Reynolds.

3.1.2 Variação no tempo

Um uxo de uido pode se comportar quanto

à sua variação no tempo em:

• a) Escoamento permanente, ou estacio-

nário , no qual a velocidade e a pres-

são num determinado ponto, não variam

com o tempo. A velocidade e a pressão

No escoamento ideal, a velocidade é apenas a podem variar de um ponto para outro

vazão volumétrica dividida pela área de seção do uxo, mas se mantêm constantes em

cada ponto imóvel do espaço, em qual-

Q quer momento do tempo, fazendo a pres-


v=
A
são e a velocidade em um ponto serem

No caso do escoamento laminar, o perl de funções das coordenadas do ponto e não

velocidades parabólico é dado por dependentes do tempo. No escoamento

permanente a corrente uida é dita "es-

v r tável".
= 1 − ( )2
vmax R
• b) Escoamento não permanente, no qual
em que r é a distância do centro às paredes
a velocidade e a pressão, em determi-
do duto e R é o raio do duto. Sabe-se tam-
nado ponto, são variantes com o tempo,
bém que a velocidade máxima é o dobro da
variando também de um ponto a outro.
velocidade média.
Este tipo de escoamento é também cha-

mado de "variável"ou "transitório", e a


Q
vmax =2 corrente é dita "instável". A pressão e a
A

32
velocidade em um ponto são dependen- versos pontos de uma mesma trajetó-

tes tanto das coordenadas como também ria não apresentam constância da ve-

do tempo. Um exemplo de um escoa- locidade num intervalo de tempo con-

mento não permanente é o esvaziamento siderado. Este escoamento ocorre, por

de um recipiente qualquer através de um exemplo, nas correntes convergentes,

orifício, à medida que a superfície livre originárias de orifícios (um exemplo se-

vai baixando, pela redução do volume de riam esguichos de chuveiro, paralelos e

uido, a pressão da coluna de uido di- laminares, mas em aceleração em dire-

minui, assim como a velocidade do uido ção ao solo) e nas correntes de seção

passando pelo orifício. (as seções mais externas de um uxo

numa tubulação, à medida que o uxo

3.1.3 Variação na trajetória das total avança, a velocidade diminui com

o tempo).
partículas

Um uxo de uido pode se comportar quanto 3.1.4 Movimentos de rotação


à variação na trajetória das partículas como:

Um uxo de uido pode também se compor-

• a) Escoamento uniforme, no qual todos tar quanto aos seus movimentos de rotação

os pontos da mesma trajetória que se- como:

guem as partículas apresentam a mesma

velocidade. Trata-se de um caso especí- • a) Escoamento rotacional, no qual a

co do escoamento permanente, Existe partícula está sujeita a uma velocidade

a variação da velocidade entre as traje- angular, em relação ao seu centro de

tórias, mas na mesma trajetória, todos massa. Um exemplo deste escoamento

os pontos têm a mesma velocidade. Em é característico no fenômeno do equilí-

outras palavras, entre os pontos de uma brio relativo em um recipiente cilíndrico

mesma trajetória, não há variação da ve- aberto, que contenha um líquido e que

locidade (seu módulo, direção e sentido gira em torno de seu eixo vertical. Em

permanecem constantes). Neste escoa- virtude da viscosidade, o escoamento de

mento, a seção transversal da corrente uidos reais sempre se comporta como

de uido é invariável. Um exemplo deste um escoamento rotacional.

tipo de escoamento é percebido em tubu-


• b) Escoamento irrotacional, que na prá-
lações longas com diâmetro constante.
tica é uma aproximação, em que se des-

• b) Escoamento variado, no qual os di- considera o comportamento rotacional

33
dos escoamentos, considerando-se o es- ou

coamento em tratamento como irrotaci-

onal, através dos princípios clássicos da


Q1 = Q2
uidodinâmica. Num escoamento teori-

camente irrotacional, as partículas são

consideradas indeformáveis, despreza-se

a inuência da viscosidade e faz-se uma

concepção matemática do escoamento.

3.3 Equação de Bernoulli


3.2 Equação da Continui-
dade A equação de Bernoulli é uma forma adap-

tada à hidráulica de conservação de energia.

Ela relaciona a energia associada ao trabalho


A equação da continuidade em sua forma
realizado pela pressão do uido com sua al-
completa para um escoamento unidimensio-
tura (energia potencial gravitacional) e ener-
nal é descrita como abaixo:
gia cinética.

A equação de conservação de energia escrita


σρ σρv
+ =0
σt σx por unidade de volume por se aplicar a um

uido deve ser (entre dois pontos, 1 e 2, de


Considerando um escoamento em regime per-
escoamento do uido):
manente entrando com densidade ρ1 numa

seção de área A1 , e saindo com densidade ρ2


ρv12 ρv 2
e área A2 . Se integrarmos ao longo desse vo- p1 + + ρgz1 = p2 + 2 + ρgz2
2 2
lume de controle, temos que:
A hidráulica costuma expressar a energia em

termos de altura equivalente de coluna de


ρ1 v1 A1 = ρ2 v2 A2
uido. Assim, escreve-se a equação de con-

servação dividida pelo termo ρg . Isso produz


Para o mesmo escoamento em regime perma-
a equação de Bernoulli.
nente, se considerarmos que o escoamento é

incompressível, temos que:


p1 v2 p2 v2
+ 1 + z1 = + 2 + z2
ρg 2g ρg 2g
v1 A1 = v2 A2

34
3.4 Perda de carga em du- do duto dene se o escoamento é laminar

tos
ou turbulento. Essa relação é a equação de

Darcy-Weisbach e dene o fator de atrito.

A perda de carga devido a variações de esco-


Para contemplar a perda de energia devida
amento, chamada também de perda de carga
ao atrito e irregularidades de escoamento,
localizada é modelada também proporcional
acrescenta-se um termo na equação de Ber-
ao quadrado da velocidade e a constante de
noulli. Esse termo pode ser escrito em termos
proporcionalidade é ajustada experimental-
de coluna de água equivalente.
mente para cada tipo de perda ou elemento

Costuma-se dividir a perda de energia (cha-


de restrição do escoamento.

mada correntemente de perda de carga) em

um termo devido ao atrito do uido com


v2
hL = K
a rugosidade das paredes dos dutos e um 2g
termo devido às variações e descontinuidade

no campo de velocidades do uido.

O termo de perda devido ao atrito é mode- 3.5 Fator de atrito


lado como proporcional ao quadrado da ve-

locidade (associado à energia cinética, que é


O fator de atrito de Darcy da relação para
o mesmo que ser proporcional ao quadrado
a perda de carga é usualmente obtido pelo
da vazão), também proporcional ao compri-
diagrama de Moody: um gráco logarítmico
mento do escoamento e inversamente propor-
relacionando o fator de atrito e o número de
cional ao diâmetro da seção do duto, pois
Reynolds do escoamento para diferentes ru-
há um comprimento menor de contato entre
gosidades.
uido e duto para dutos mais largos. Assim,
O número de Reynolds é calculado como
a perda de carga em termos de altura devido

ao atrito escreve-se
ρvD
Re =
µ
L v2
hL = f
D 2g com ρ a densidade do uido, v a velocidade

de escoamento, D é o diâmetro equivalente


em que f é o fator de atrito obtido por re-
do duto.
lações empíricas, que dependem do escoa-

mento. O tipo de escoamento será determi- O número de Reynolds permite denir o tipo

nado através do número de Reynolds, visto de escoamento. Para escoamento laminar

adiante, que em conjunto com a rugosidade tem-se:

35
de escoamento ou da sua velocidade (inde-

Re < 2300 pende do número de Reynolds).

Existem diversas expressões analíticas ajus-


para regime turbulento:
tadas experimentalmente para trechos e in-

clusive para todo o gráco.

Re > 4000

e há uma região de transição para os valores

de Re entre 2300 e 4000. 3.6 Perda de carga locali-


Observa-se no gráco em escala logarítmica zada
que o fator de atrito para pequenos número

de Reynolds é inversamente proporcional ao As perdas de carga localizadas ou acidentais

número de Reynolds (reta em escala logarít- são expressas como uma fração ou um múl-

mica). A relação para esse trecho é tiplo da chamada "altura de velocidade"da

forma:

64
f=
Re V2
hv = K( )
2g
que corresponde ao regime de escoamento la-

minar. Onde:

Após esse trecho há uma região de transição hv = perda de carga localizada;

em que o fator de atrito é pouco denido e se V = velocidade média do uido, antes ou

segue uma região de regime turbulento de es- depois do ponto singular, conforme o caso;

coamento. Nessa região há várias curvas em K = Coeciente determinado de forma

vez de uma, pois o fator de atrito depende empírica para cada tipo de ponto singular

da rugosidade das paredes internas do duto.

Há uma curva para cada valor de rugosidade


Tipo de singularidade K
relativa (razão entre o pico da rugosidade e
Válvula de comporta totalmente aberta 0,2
o diâmetro do duto). Algumas curvas são
Válvula de comporta metade aberta 5,6
apresentadas em um gráco de Moody, de- ◦
Curva de 90 1,0
pendendo da riqueza de detalhes fornecida. ◦
Curva de 45 0,4

Nota-se também no gráco que o fator de Válvula de pé 2,5

atrito para valores de rugosidade muito ele- Emboque (entrada em um tubo) 0,5

vados torna-se constante e independe do tipo Saída de um tubo 1,0

36
Figura 3.1: Gráco em escala logarítimica.

de Reynolds de 2500 a 4000. Isso pode ser

Exemplo observado inclusive no ábaco de Moody apre-

Exemplo sentado. Isso está incluído em 2500 a 5000.

Qual dos intervalos indicados abrange a tí- Resposta: B

pica transição entre escoamentos laminar e

turbulento?

a) 500<Re<1000

b) 2500<Re<5000 Exemplo
c) 10000<Re<20000

d) 50000<Re<100000
Camada limite é a região
e) 100000<Re<150000

a) Adjacente a uma superfície sólida na qual

as forças de inércia são importantes.


Solução:
b) Adjacente a uma superfície sólida na
A transição entre os regimes laminar e tur-
qual as forças de inércia sãos superiores às
bulento acontece entre os valores de número

37
p
viscosas. e)
2A21
( A1A−A
2
2
)
2

c) Adjacente a uma superfície sólida na qual

as forças viscosas são importantes.


Solução:
d) Adjacente a uma superfície sólida na qual
Queda de pressão: ∆p = p1 − p2
as forças de viscosa são superiores às de

inércia e gravitacional.
p
e) Limítrofe entre o escoamento laminar e
∆p = pg(z2 − z1 ) + (V22 − V12 )
2
turbulento.
Ao usar a equação da continuidade:

Solução:
Q = V1 A1 = V2 A2
A camada limite é a região do uido que so-

fre inuência das forças viscosas devido ao

contato com uma superfície sólida rugosa. p 1 1


∆p = pg(z2 − z1 ) + ( 2 − 2 )Q2
2 A2 A1
Resposta: C

Usando apenas a relação entre a vazão e a

queda de pressão (o caso que seria para altu-

ras de entrada e saída iguais).

Exemplo
p 1 1
∆p = ( 2 − 2 )Q2
2 A2 A1
A equação constitutiva que relaciona a queda

de pressão de um uido incompressível entre p A21


∆p = ( − 1)Q2
a entrada e a saída de um bocal em um es- 2A21 A22
coamento permanente pode ser obtida pela
P1 V12 P2 ∆p p A21
equação de Bernoulli,
p
+ 2
+ gz1 = p
+ K= = ( − 1)
V22 Q2 2A21 A22
2
+ gz2 , e é representada por ∆p = KQ2 ,
onde Q é a vazão do uido através do bo-

cal. Considerando as áreas de entrada (A1 ) Resposta: B

e saída (A2 ), a constante K é expressa por:

p A21
a) ( + 1)
A21 A22
p A21
b) (
2A1 A22
2 − 1)
c)
p A1
( − 1)
2A21 A2
Exemplo
p A1
d) 2 ( + 1)
A1 A2

38
Um bocal horizontal é alimentado com ar a temos que:

uma determinada velocidade . O escoamento

ocorre em regime permanente, e o ar é des-


Q = V1 A1 = V2 A2
carregado para a atmosfera a uma velocidade

= 60 m/s. Na entrada do vocal, a área é 0,2

2 2
m e na saída, 0,04 m . A massa especíca
V1 .0,2 = 60.0,04
3
do ar corresponde a 1,20 kg/m , conforme

esquematizado na gura abaixo.


60.0,04
V1 = = 12m/s
0,2

Agora, utilizamos a equação de Bernoulli

para encontrar a pressão manométrica no

ponto 1,

P1 V12 P2 V22
+ + gz1 = + + gz2
p 2 p 2

Pela gura podemos observar que os pontos


A pressão manométrica necessária na en-
1 e 2 estão na mesma altura, dessa forma
trada do bocal, em kPa, vale, aproximada-
podemos considerar que z1 = z2 .
mente,

Substituindo os valores Eq. De Bernoulli,


a) 0,8

b) 2,1
ρ(V22 − V12 )
c) 10,6 (p1 − pmin ) =
2
d) 54,0

e) 82,2
1,2(602 − 122 )
(p1 − pmin ) =
2

Solução:

Sabendo que a velocidade do som no ar é (p1 − pmin ) = 2073 P a ≈ 2,1 kP a


da ordem de 340m/s, o valor do número de

Mach é da ordem de Ma=60/340 = 0,176, Uma vez que queremos encontrar a pressão

que é menor que 0,3. Dessa forma, podemos manométrica no ponto 1, basta subtrairmos

considerar que o escoamento é incompressí- a pressão atmosférica do resultado obtido

vel. acima, o que resultará em 2,1 kPa.

Sendo assim, pela equação da continuidade, Resposta: B

39
ρ1 V1 A1 = ρ2 V2 A2

Exemplo ρ1 V1 A1
V2 =
ρ2 A 2

A gura a seguir ilustra o escoamento de um


5.30.10−4 .40
gás em regime permanente através de um tre- V2 =
16.15.10−4
cho de uma tubulação.

V2 = 25m/s

Resposta: B

Exemplo
Considerando os dados apresentados referen-

tes à seção 1 e a à seção 2, têm-se para a


A respeito de perda de carga em escoamen-
velocidade , em m/s,
tos, é INCORRETO armar que:

a) 20
a) No escoamento laminar, o fator de atrito é
b) 25
uma função de Número de Reynolds apenas.
c) 30
b) Para escoamento laminar, o fator de
d) 35
atrito é igual a 46/Re.
e) 40
c) No escoamento turbulento, o fator de

atrito é dependente do Número de Reynolds

Solução: e da rugosidade relativa.

Pelos dados fornecidos no enunciado pode- d) Válvulas e acessórios são exemplos de

mos notar que se trata de um escoamento perdas de carga localizadas.

compressível, uma vez que a densidade na e) Para escoamento turbulento em tubos

entrada é diferente da densidade na saída, não circulares, são utilizadas as mesmas

correlações adotadas para os circulares,

introduzindo-se o conceito de diâmetro


m1 = m2

40
hidráulico. b) -16

c) 16

d) 28
Solução:
e) 44
b) errado. No regime laminar o fator de

atrito é calculado como f = 64/Re.


Resposta: C
No regime turbulento, por sua vez, há diver-

sas curvas para o fator de atrito, uma para

cada rugosidade e o fator de atrito passa a

ser constante para valores elevados de rugo-

sidade.

O ábaco de Moody é traçado em função do

número de Reynolds , que depende do diâme-

tro do duto. Para dutos de formas diferentes,

usa-se um comprimento padronizado equiva-

lente chamado diâmetro hidráulico.

Resposta: B

Caiu no concurso!
Petrobras - 2010  Engenheiro de Pro-
cessamento - 15
Caiu no concurso! Um uido newtoniano incompressível escoa
Petrobras  2010  Engenheiro de Pro- numa certa temperatura em uma tubulação
cessamento - 14 vertical, de baixo para cima, com dada va-

Um oleoduto com 6 km de comprimento e di- zão. Nesse caso, a queda de pressão (maior

âmetro uniforme opera com um gradiente de pressão  menor pressão) e a perda de carga

pressão de 40 Pa/m transportando um de- associadas são, respectivamente, x e y. Se o

rivado de petróleo de massa especíca 800 mesmo uido escoar com as mesmas vazão e

3
kg/m . Se a cota da seção de saída do oleo- temperatura, na mesma tubulação, de cima

duto situa-se 14 m acima da cota de entrada, para baixo, a queda de pressão e a perda de

e considerando que a aceleração local é de carga associadas são, respectivamente, z e w,

10 m/s
2
a perda de carga total associada ao donde se conclui que

escoamento, em m, é
a) x < z

a) -44 b) x = z

41
c) x > z

d) y > w

e) y <w

Resposta: C

42
4 Bombeamento

que conduzem uidos de um ponto a outro,

Tópicos usualmente entre tanques de armazenamento

ou entre pontos de utilização do uido em

processos.

4.1 Sistemas de bombeamento 43 Um sistema de bombeamento é dimensio-

4.2 Cavitação em dutos . . . 44 nado ou analisado usando a conservação de

energia na forma da equação de Bernoulli:


4.3 Carga positiva de sucção
 NPSH . . . . . . . . . 45
p1 v2 p2 v2
4.4 Rendimento hidráulico e + 1 + z1 = + 2 + z2 + hL
ρg 2g ρg 2g
rendimento mecânico . . 46
A equação descreve a conservação de energia
4.5 Curvas de bomba . . . . 47
entre dois pontos de uma tubulação (chama-
4.6 Curvas de sistemas de
dos 1 e 2). A energia associada à pressão
bombeamento . . . . . . 47
somada à energia cinética do escoamento e
4.7 Ponto de operação . . . . 49
à energia potencial deve se conservar entre
4.8 Associação de bombas
quaisquer dois pontos de um escoamento a
em série e paralelo . . . . 50
menos de perdas (hL ). Dividida pelo produto

densidade vezes aceleração da gravidade, a

equação passa de energia para ser escrita em


Teoria termos de altura.

A equação é usada em condição de regime

permanente, em que a quantidade de uido

4.1 Sistemas de bombea- entrando em um sistema de tubulação por

unidade de tempo se iguala à saída. Isso


mento permite escrever a equação de continuidade

(vazão de entrada igual à vazão de saída).


Um sistema de bombeamento é uma associ-
Neste caso, considerou-se que o escoamento
ação de dutos, bombas, válvulas e restrições

43
é incompressível. luna d'água até esses pontos e o resultado

seria o mesmo. Ou seja, as alturas na gura

para o sistema de bombeamento todo são en-


Q1 = A1 v1 = A2 v2 = Q2
tre os pontos 1 e 4. O ponto 3 é a saída da

bomba, onde se terá o ponto de maior pressão


em que se dene a vazão como o número de

no sistema e o ponto 2 é o ponto de menor


litros por segundo (sistema internacional).

pressão do sistema, a entrada de sucção da


Dessa forma, se a tubulação do sistema tem
bomba. Nesse ponto deve-se dimensionar o
área de seção constante, a velocidade em
sistema para evitar a cavitação, como se ex-
todo o escoamento é também constante e a
plica a seguir.
equação simplica para

p1
ρg
+ z1 =
p2
ρg
+ z2 + hL 4.2 Cavitação em dutos
ou A cavitação é o fenômeno da vaporização do

uido dentro de um duto devido à queda de

pressão no interior do duto. A queda de pres-


p2 − p1 = ρg(∆z + hL )
são baixa a temperatura de vapor e os uidos

em que se escreve a diferença de alturas ou vaporizam. Isso pode acontecer na entrada

pressão. de bombas em que há uma variação grande

de pressão da entrada para a saída do equi-


Um exemplo simples de instalação de bom-
pamento.
beamento é mostrado na gura a seguir:

A cavitação é prejudicial porque a formação


Na gura h é a altura total do sistema de
de bolhas de vapor no inte-rior do duto faz o
bombeamento, hs é a altura de sucção e hr é
uido fechar as bolhas sob pressão e provocar
a altura de recalque.
ondas de choque por pressão que danicam o

A bomba é usada como referência para de-


sistema de bombeamento, provoca vibração

nição das alturas, já que h = hs + hr . e erosão das paredes do uido.

As alturas para o equacionamento de siste-


O cuidado com a cavitação resume-se a ga-

mas de bombeamento são sempre medidas


rantir que a pressão do uido da entrada de

entre as alturas livres (para a pressão am-


bombas esteja acima da pressão de vapor do

biente) do uido. Caso as altura fossem con-


uido. Isso requer avaliar a pressão nesses

tabilizadas a partir das entradas e saídas dos


pontos usando uma forma da equação de Ber-

dutos, seria necessário levar em conta a co-


noulli.

44
Figura 4.1: .

4.3 Carga positiva de suc- pv  é a pressão de vapor do uido em

ção  NPSH
escoamento na condição de trabalho.

∆v  altura de sucção, é a altura de que o

uido deve ser bombeado, é uma caracterís-

A sigla em inglês para carga positiva de tica da instalação hidráulica.

sucção NPSH signica Net Positive Suction hL  perdas de cargas da instalação. É

Head. Ela mede a energia disponível no sis- a energia perdida devido ao atrito e des-

tema de bombeamento em termos de altura, continuidades de escoamento ao longo da

ou seja, a folga energética entre a energia en- tubulação medida em metros de coluna

tregue pelas bombas e a energia consumida d'água.

pelo bombeamento acima da condição de va-

por que produziria a cavitação.


O NPSH é avaliado tanto para a instala-

Assim, ção de bombeamento quanto para a bomba

(ou bombas) usadas no sistema de bombea-

p 0 − pv mento.
N P SH = + ∆z − hL
ρg
O NPSH avaliado para a instalação é a ener-
p0  é a pressão atmosférica local.

45
gia disponível pela instalação no ponto de de bombeamento acima.

entrada de sucção da bomba. É chamado


Dene-se também a altura hidráulica como
NPSHd , NPSH disponível.
a soma da altura útil com as perdas internas

O NPSH avaliado para a bomba é um pa- da bomba.

râmetro de fábrica obtido através de ensaios

com a bomba e deve ser fornecido através


hh = hu + hp b
de curvas características de NPSH para cada

modelo. Esse valor é o NPSHr , NPSH reque-


E ainda, a altura motriz, é a soma da altura

rido. s O objetivo de evitar cavitação leva a


hidráulica com outras perdas devido ao esco-

concluir que o NPSH disponível pela instala-


amento ao longo do sistema.

ção deve superar aquele que a bomba requer

para funcionar sem cavitação, portanto


hm = hh + hp m

N P SHd > N P SHr Com essas denições pode-se escrever o ren-

dimento hidráulico de um sistema de bombe-

Alguns fabricantes podem adotar número po-


amento.

sitivo na inequação para garantir uma mar-


Rendimento hidráulico:
gem de segurança de cavitação.

hu
ηh =
hh
4.4 Rendimento hidráu-
Rendimento mecânico:
lico e rendimento
mecânico ηm =
hh
hm

Dene-se como altura útil da bomba a ener- em que o rendimento total do sistema é

gia fornecida por ela para o sistema de bom-

beamento em termos de altura. Pode ser cal-


η = ηh ηm
culada usando a equação de Bernoulli entre

a entrada e saída da bomba (hu ):

p2 v2 p3 v2
+ 2 + z2 + hu = + 3 + z3
ρg 2g ρg 2g

usando os pontos 2 e 3 da gura do sistema

46
4.5 Curvas de bomba
H = H0 − KQ2

com H0 a altura inicial, Q a vazão e K uma


A operação de uma bomba congura uma
constante característica.
relação entre energia que consegue entregar

ao uido bombeado e a vazão (ou a veloci-

dade de escoamento). Em termos de altura, a

energia entregue pela bomba é teoricamente

linear com a vazão, pois para uma poten-

cia constante, escoar a uma velocidade maior

corresponde a transportar o uido a uma al-

tura menor. Ainda, para vazões maiores, a

perda de carga tende a aumentar e a bomba

entrega uma energia total menor para o sis-

tema.

As perdas são geralmente divididas entre per-


4.6 Curvas de sistemas de
das devidas ao atrito e recirculação no inte-
bombeamento
rior da bomba e as perdas devido a choques

e turbulência, conforme mostrado na gura


As perdas de emergia devido aos atritos e
a seguir.
restrições do escoamento são usualmente mo-

Teoricamente, a altura entregue pela bomba deladas como funções da energia cinética do

é uma função da sua velocidade de rotação e uido. As perdas devido ao atrito na tubu-

da vazão como lação são calculadas como

L v2
H = Aω 2 − BωQ f
D 2g

sendo ω a rotação, Q a vazão e A e B são com L como o comprimento da tubulação,

constantes características da bomba. D é o diâmetro e f é o fator de atrito, que

depende da rugosidade e do número de Rey-


Na prática, devido às perdas, a curva de
nolds e é obtido do gráco de Moody.
uma bomba centrífuga parece-se com uma

parábola como uma altura inicial (para va- No caso de restrições de escoamento como

zão nula) chamada shuto. E sua operação válvulas, expansões, afunilamentos e cotove-

é melhor descrita por uma equação do tipo los, a perda é avaliada como

47
Figura 4.2: .

A curva tem um formato característico de


v2
K uma parábola pois as perda de carga varia
2g
com o quadrado da velocidade e tem a ori-

em que a constante K depende do tipo de gem na diferença de alturas entre o ponto

restrição e é um valor avaliado experimental- nal e inicial. Representa a energia neces-

mente e tabelado para cada tipo. sária para bombear o uido naquela altura

(em termos de altura) em função da veloci-


A perda total o sistema é uma soma das per-

dade do escoamento. Uma vez que a área


das devido a todas as restrições e ao atrito

de seção dos dutos é usualmente constante,


em todos os dutos.

pode-se escrever a curva em função da vazão.


Ao escrever a equação de Bernoulli, incluindo

Na gura acima, pode-se notar o efeito da


as perdas de carga tem-se uma relação entre

variação da perda de carga localizada que se


as alturas e a velocidade de escoamento do

deveria à variação na abertura de uma vál-


uido no sistema de bombeamento. Essa re-

vula ou troca de um elemento de restrição.


lação é a curva característica do sistema de

bombeamento.

48
Figura 4.3: .

4.7 Ponto de operação que em regime permanente, a bomba tam-

bém não deve entregar mais energia do que

A colocação de uma bomba e um sis-tema de o necessário, pois isso aceleraria o uido.

bombeamento signica que essa bomba deve


Portando, o cruzamento das curvas da
atender à energia necessária para bombear o
bomba e do sistema corresponde ao ponto de
uido nas condições de altura e perdas do sis-
operação do sistema de bombeamento. En-
tema de dutos. Em vista das curvas caracte-
contrar esse ponto permite dimensionar bom-
rísticas vista, isso corresponde a um ponto de
bas para um sistema e também ajustar sua
vazão e altura que satisfaça tanto à curva da
rotação para uma vazão desejada.
bomba quando à curva do sistema, uma vez

49
É comum desenhar nesse gráco a eciência A associação em paralelo faz que o escoa-

do sistema em função da vazão, como mos- mento seja dividido em dois ramos que pas-

trado a seguir. sam por duas bombas separadas. Para que

isso funcione e não haja uxo de um ramo

do escoamento paralelo para o outro, as altu-

4.8 Associação de bom- ras entregues pelas bombas devem ser iguais.

bas em série e paralelo


Isso pode ser resolvido usando o mesmo tipo

de bomba nos dois ramos. A curva caracte-

rística resultante vem da soma das duas cur-


É possível que uma única bomba seja insu-
vas no eixo da vazão, ou seja, as vazões se
ciente para atender a um sistema de bombe-
somam para a mesma altura. Como resul-
amento. Nesse caso, associam-se várias bom-
tado, o ponto de operação também aumenta
bas. As ideias e método de dimensionamento
em altura e vazão.
para associar várias bombas são as mesmas

da associação de duas. Ao relacionar as alturas e as vazões para a

associação em paralelo:
Pode-se associar duas bombas em série ou em

paralelo.

Q = Q1 + Q2
A associação em série, ou seja, colocação de

duas bombas em sequência no duto de modo

que o mesmo escoamento passa pelas duas,


H = H1 = H2
somas as energias das duas bombas para o

escoamento. Assim, na curva característica

para o sistema, as duas alturas entregues pe-

las duas bombas se somam. Desse modo, o Exemplo


ponto de operação do sistema para um valor Petrobras  2008  Engenheiro Mecâ-
mais elevado de vazão e também de altura. nico - 43

Ou seja,

Q = Q1 = Q2

H = H1 + H2

para relacionar as vazões e as alturas.

50
Figura 4.4: .

bombeamento que transfere um líquido do re-

servatório A para o reservatório B. A perda

de carga na linha e acessórios de descarga,

incluindo a perda na saída do líquido da tu-

bulação, é 3 metros. Por outro lado, a perda

de carga na linha e acessórios de sucção, in-

cluindo a perda na entrada da tubulação, é

1 metro. Sabendo-se que a linha de recalque

encontra-se cheia de líquido e a bomba está

escorvada, então a altura manométrica total

do sistema, em metros, é:

A gura acima representa um sistema de

51
a) 2 Em determinada indústria, a bomba centrí-

b) 6 fuga X será substituída pela Y que, sabe-se

c) 10 de antemão, vai operar com uma vazão 30%

d) 13 maior que a de X. Designando a carga posi-

e) 14 tiva de sucção disponível de X e Y por, res-

pectivamente, CPSX e CPSY, considerando

que o regime de escoamento com a bomba X


Solução:
era plenamente turbulento e mantidas inalte-
Primeiramente, vamos denir o processo de
radas as demais variáveis envolvidas, a razão
escorvar a bomba, que consiste, na elimina-
CPSY/CPSX é
ção do ar existente no interior da bomba e da

tubulação de sucção. Isto é obtido através do Dado: a carga positiva de sucção (CPS) cor-

preenchimento com o uido a ser bombeado responde ao termo da língua inglesa Net Po-

todo o interior da bomba e da tubulação de sitive Suction head (NPSH).

sucção, antes do acionamento da mesma. 1


a) (1,3) 2
A altura manométrica é a energia total en- b) 1,3
tregue pela bomba em termos de altura. Isso c) (1,3)2
é a altura total de sucção a recalque mais as d) (1,3)3
alturas da perda de carga. Isso corresponde: e) <1

6 + 4 + 1 + 3 = 14m Solução:

Sabemos de antemão que o NPSH é dado por:

Observe que uma vez que a linha de recal-

que está completamente cheia de líquido, não p0 − p v


N P SH = + ∆z − hL
é necessário considerar no dimensionamento ρg
da bomba os 3 metros acima do reservatório.
Agrupando os termos do cálculo do NPSH

Resposta: E em:

p0 − pv
A= + ∆z
ρg

Exemplo
L v2 L Q2
Petrobras Biocombustível  2010  En- B = hL = f =f
D 2g D 2A2 g
genheiro de Processamento Júnior - 32
Então:

52
Resposta: E

N P SH = A − B

e portanto para a bomba X, temos:

Exemplo
CP SX = N P SHX = AX − BX Petroquímica Suape  2010 - Enge-
nheiro de Equipamentos Júnior  Me-
e para a bomba Y, temos:
cânica - 54

Uma bomba centrífuga de uma determinada

CP SY = N P SHY = AY − BY instalação possui 20kW de potência. Con-

sidere que essa bomba opera, em regime


Uma vez que o sistema será o mesmo, e ape-
permanente com um uido de peso especí-
nas a bomba que será alterada, então se pode
co de 104 N/m3 , uma vazão volumétrica de
considerar que AX = AY .
0,1 m3 /s e produz uma altura manométrica

No entanto, uma vez que a vazão para a de 14 m. O rendimento dessa bomba, em %,

bomba Y será 30% maior que a de X, tem-se é

que:
(A) 48

(B) 52
L Q2
BX = f (C) 64
D 2A2 g
(D) 70

e (E) 80

L (1,3Q)2
BY = f = 1,32 BX Solução:
D 2A2 g
Uma vez que a potência útil de uma bomba
Logo, podemos concluir que:
é dada por:

CP SY < CP SX
P u = γQH

e,
então substituindo os valores temos que, a

potencia útil é igual a:


CP SY
<1
CP SX
P u = 104 .0,1.14 = 14000 W

53
Sabendo que o rendimento de uma bomba é bomba

dado pela razão da potência útil e a potência


Dado: a carga positiva de sucção (CPS) cor-
total da bomba:
responde ao termo da língua inglesa Net Po-

sitive Suction head (NPSH).


Pu 14
η= = = 0,7 = 70%
Pt 20 a) Pode ter operado sob cavitação entre 10

h e 16 h.

b) Operou as 24 horas sobre cavitação.


Resposta: D
c) Operou as 24 horas sem cavitação.

d) Operou sob cavitação entre 0 h e 10 h e

entre 16 h e 24 h.

e) Operou sob cavitação entre 2 h e 4


Exemplo
Petrobras  2011  Químico de Petró-
Solução:
leo Júnior - 68
Sabendo que o NPSH ou CPS é calculado
Usa-se uma bomba centrifuga para transferir
pela equação abaixo:
um solvente volátil de um tanque para ou-

tro. O solvente é um uido newtoniano e in-

compressível e escoa na tubulação em regime p 0 − pv


N P SH(CP S) = + ∆z − hL
permanente turbulento. O relatório técnico ρg
das últimas 24 horas mostra que, às 10 ho-
e que a pressão de vapor (pv) aumenta com o
ras, a referida bomba operava com carga po-
aumento da temperatura, podemos concluir
sitiva de sucção (CPS) disponível igual à re-
que NPSH disponível diminui com o aumento
querida, e que, no referido período, a tempe-
da temperatura.
ratura ambiente variou, conforme mostra a

tabela abaixo. Além disso, sabe-se que para se evitar a ca-

Tempo (horas) 0 2 4 6 8 10 12 vitação da bomba, o N P SHd > N P SHr .


Temperatura (◦ C) 20 17 17 24 30 34 41
Dessa forma, pode-se concluir o seguinte das
Tempo (horas) 14 16 18 20
alternativas:
Temperatura ( C)

38 34 30 27
a) Verdadeira. Uma vez que às 10 horas,
Sabendo-se que os tanques, a tubulação e a
N P SHd = N P SHr ., nesta condição a
bomba estão permanentemente expostos ao
bomba já pode estar sob cavitação. E no
meio ambiente, e que as demais variáveis per-
período, entre 10 e 16 horas, a temperatura
manecem inalteradas no referido período, a
do ambiente não cou a nenhum momento

54
abaixo dessa temperatura. O que nos leva rior à necessária. Uma possível solução para

a concluir que a bomba pode ter operado tal problema é

durante todo esse tempo sobre cavitação.


a) Adicionar uma bomba semelhante em
b) Falsa. A tabela mostra que durante
série, com a saída alimentando diretamente
as 24 horas houve momentos em que a
o lado de aspiração da outra bomba.
bomba operou abaixo da temperatura das
b) Associar duas bombas semelhantes em
10 horas, momento no qual N P SHd =
paralelo.
N P SHr . Logo, houve momentos em que
c) Aumentar a potência de eixo de bomba.
N P SHd > N P SHr ., e que portanto não
d) Utilizar um uido de maior viscosidade.
houve cavitação.
e) Diminuir a potência fornecida ao uido.
c) Falsa. Como podemos ver pela alter-

nativa a), houve momentos que pode ter


Solução:
havido cavitação.

d) Falsa. Entre as 0h e 8h, a bomba


Uma vez que a vazão está correta, a melhor

medida que permitirá a altura manométrica


operou abaixo da temperatura das 10 horas,
é a associação em série de bombas. Nessa
portanto N P SHd > N P SHr e a bomba não
conguração, a vazão é a mesma para as duas
operou sob cavitação.

e) Falsa. Entre as 2h e 4h, a bomba


bombas e as alturas manométricas se soma.

Isso resulta na alternativa a).


operou abaixo da temperatura das 10 horas,

portanto N P SHd > N P SHr e a bomba não Resposta: A

operou sob cavitação.

Resposta: A

Exemplo
Petrobras Distribuidora - 2010 - Pros-
sional Júnior  Engenharia Mecânica -
60

Uma bomba é utilizada em um determinado

sistema, fornecendo a vazão correta, porém

apresentando uma altura de carga muito infe-

55
Figura 4.5: .

56
Figura 4.6: .

57
5 Máquinas de uxo

como transformadores de energia. São cons-

Tópicos tituídas de um motor e um gerador, nor-

malmente acoplados através de um eixo. O

motor é acionado por uma dada modalidade

de energia, transforma-a em trabalho, que


5.1 Denições . . . . . . . . 58
é transmitido, através do eixo, ao gerador.
5.2 Turbinas . . . . . . . . . 59
Este, por seu lado, transforma-o na moda-
5.3 Bombas . . . . . . . . . 59 lidade nal de energia desejada. Exemplos

5.4 Semelhança aplicada a típicos: turbina hidráulica, bomba centrí-

máquinas de uxo . . . . 60 fuga, ventiladores, compressores frigorícos,

bomba de ar manual, freio hidráulico de um

veículo.

Teoria As máquinas de uxo podem ser classicadas

segundo a direção do escoamento.

5.1 Denições
• a) RADIAIS: o escoamento é predo-

Máquina de Fluxo é uma máquina de ope- minantemente radial. Ex.: bombas cen-

ração em uidos, em que o escoamento uí trífugas.

continuamente, ocorrendo transferência de

quantidade de movimento de um rotor para

o uido que atravessa.


• b) MISTAS: o escoamento é dito diago-

nal, isto é, parte axial e parte radial.


As transformações que ocorrem são do tipo:
Ex.: turbina Francis.

Emecânica ↔ Ecinética ↔ Epressão .


• c) AXIAIS: o escoamento é axial. Ex.:

As máquinas, neste módulo, são entendidas ventiladores axiais, hélices.

58
Fluido de tra- Designação H = Altura Especíca

2 2
balho E = Energia Especíca [m /s ] = [J/kg]

líquido turbina hidráulica e


P = Potência = [W],

bomba centrífuga

gás (neutro) ventilador, turbocom-

pressor

vapor (água, turbina a vapor, tur-

freon, etc) bocompressor frigorí-

co

gás de combus- turbina a gás, motor


5.3 Bombas
tão de reação

Bombas são máquinas destinadas a promo-

5.2 Turbinas ver o transporte de líquidos. De acordo com

nossas classicações iniciais, são máquinas

de uxo, semelhantes, em termos dos princí-


A análise de semelhança é usada para com-
pios operacionais, aos ventiladores e, de certa
parar os modelos em escala reduzida com os
forma, às turbinas hidráulicas. As bombas
resultados esperados de sistemas em escala
promovem o deslocamento de líquidos, os
maior. Ela é realizada garantindo que certos
ventiladores propiciam a movimentação de
parâmetros, chamados grupos adimensionais
gases, am-bos transferindo energia a estes
(que são números adimensionais formados
uidos de trabalho. As turbinas hidráuli-
do produto de grandezas físicas) mantêm-
cas retiram energia do uido de tra-balho.
se constantes entre o sistema investigado e
Neste sentido, os ventiladores não deixam de
o modelo em escala reduzida.
ser bombas de gases. Entretanto, a desig-

Temos a equação dada, considerando nação corrente no meio prossional discri-

a bomba e a equação de Bernoulli, mina bombas de ventiladores, de acordo com

energia total 1 − energia da turbina = o uido de trabalho de cada um.

energia total 2:
Temos a equação dada, considerando

a bomba e a equação de bernoulli,

ET1 − Et = ET2 energia total 1 + energia da bomba =


energia total 2:

Classicação das bombas hidráulicas:


p1 v 2 p2 v 2
( + 1 + z) − H1 = ( + 2 + z2 ) As bombas podem ser classicadas como:
γ 2g γ 2g

59
Figura 5.1: .

5.4 Semelhança aplicada lação constante entre seus módulos, segundo

a máquinas de uxo
um dada escala dinâmica.

Da Teoria dos Modelos, obtém-se que duas

máquinas serão dinamicamente semelhantes


A semelhança geométrica implica na propor-
quando tiverem o mesmo número de Rey-
cionalidade de todas as dimensões lineares e
nolds, Mach, Froude, Weber e Euler. Para
angulares entre protótipo e modelo de uma
evitar um grande número de condições a se-
turbomáquina, segundo um certo fator de es-
rem atendidas, são analisadas qual das forças
cala. Já a semelhança cinemática implica que
é preponderante no fenômeno abordado. No
as velocidades e acelerações de pontos corres-
caso das turbomáquinas, em geral, a igual-
pondentes sejam vetores paralelos e possuam
dade do número de Reynolds é a condição
uma relação constante entre seus módulos,
mais relevante a ser imposta. Entretanto, a
segundo um dada escala de velocidade. Fi-
igualdade do Reynolds, bem como o escala-
nalmente, a semelhança dinâmica impõe que
mento da rugosidade, espessura e folgas entre
tipos idênticos de forças aplicados em pon-
modelo e protótipo nem sempre são exeqüí-
tos correspondentes do modelo e protótipo
veis, inuenciando, dessa maneira, o rendi-
sejam vetores paralelos e possuam uma re-

60
mento da máquina  o chamado efeito de es- amente com a velocidade de rotação do

cala. Logo, a experimentação com modelos impelidor.

não consegue prever com precisão o rendi-

mento do protótipo, sendo obrigatório a apli- Está correto o que se arma em

cação de correlações empíricas para correção


(A) I, apenas.

do rendimento. No caso das bombas, a fór-


(B) II, apenas.

mula de Moody (STEPANOFF, 1957), for-


(C) III, apenas.

nece a expressão:
(D) I e II, apenas.

(E) I, II e III.
1 − ηtp Dm 1 Hm 1
=( )4 ( ) 10
1 − ηtm Dp Hp
Solução:
onde htp é o rendimento total ótimo do
Aplicando a análise dimensional e fazendo a
protótipo, htm é o rendimento total ótimo
semelhança entre as bombas, temos as se-
do modelo, Dm o diâmetro característico
guintes relações:
do rotor do modelo em m Dp o diâmetro

característico do rotor do protótipo em m,


Q1 Q2
Hm a altura de elevação do modelo em m e 3
=
ω1 D1 ω2 D23
Hp a altura de elevação do protótipo.

H1 H2
Exemplo 2 2
ω1 D1
= 2 2
ω2 D2

P1 P2
No que se refere a bombas centrífugas e às
3 5
=
ρ1 ω1 D1 ρ2 ω23 D25
leias de semelhança par a determinação de

um novo ponto de trabalho, analise as ar- A partir disso, podemos vericar as arma-

mativas abaixo. ções do problema:

• I. Falsa. Como podemos ver pelas equa-


• I. A vazão volumétrica aumenta cubica-
ções acima a vazão volumétrica (Q) va-
mente com a velocidade de rotação do
ria linearmente com a velocidade de ro-
impelidor.
tação do impelidor (ω ).

• II. A carga hidráulica da bomba au-


• II. Verdadeira. Como podemos ver pelas
menta quadraticamente com a veloci-
equações acima a carga hidráulica (H )
dade de rotação do impelidor.
varia quadraticamente com a velocidade

• III. A potência da bomba aumenta line- de rotação do impelidor (ω ).

61
• III. Falsa. Como podemos ver pelas Solução:

equações acima a potência da bomba Aplicando a análise dimensional e fazendo a

(P ) varia cubicamente com a velocidade semelhança entre as bombas, temos as se-

de rotação do impelidor (ω ). guintes relações:

Resposta: B Q1 Q2
3
=
ω1 D1 ω2 D23

H1 H2
=
ω12 D12 ω22 D22
Exemplo
P1 P2
3 5
=
No que se refere a bombas centrífugas e às ρ1 ω1 D1 ρ2 ω23 D25
leias de semelhança par a determinação de
A partir disso, podemos vericar as arma-
um novo ponto de trabalho, analise as ar-
ções do problema:
mativas abaixo.

• I. Falsa. Como podemos ver pelas equa-


• I. A vazão volumétrica aumenta cubica-
ções acima a vazão volumétrica (Q) va-
mente com a velocidade de rotação do
ria linearmente com a velocidade de ro-
impelidor.
tação do impelidor (ω ).

• II. A carga hidráulica da bomba au-


• II. Verdadeira. Como podemos ver pelas

menta quadraticamente com a veloci-


equações acima a carga hidráulica (H )

dade de rotação do impelidor.


varia quadraticamente com a velocidade

de rotação do impelidor (ω ).
• III. A potência da bomba aumenta line-

amente com a velocidade de rotação do


• III. Falsa. Como podemos ver pelas

impelidor.
equações acima a potência da bomba

(P ) varia cubicamente com a velocidade


Está correto o que se arma em
de rotação do impelidor (ω ).

(A) I, apenas.
Resposta: B
(B) II, apenas.

(C) III, apenas.

(D) I e II, apenas.

(E) I, II e III.

Caiu no concurso!

62
A respeito da classicação e das característi-

cas de bombas, assinale a armativa correta.

a) As bombas rotativas de parafusos são

bombas volumétricas ou de deslocamento po-

sitivas muito utilizadas para o transporte de

produtos de viscosidade elevada.

b) Nas bombas alternativas e nas turbobom-

bas, a vazão de bombeamento é constante

com o tempo. c) Nas bombas de uxo axial,

toda energia cinética é transmitida à massa

líquida por forças centrífugas e de arrasto,

sendo a direção de saída do líquido paralela

ao eixo.

d) Nas turbobombas, o movimento do líquido

dentro da bomba e o movimento do órgão

impulsionador (impelidor) são iguais, com

mesma natureza e a mesma velocidade, em

grandeza, direção e sentido.

e) Nas turbobombas, a energia é transmitida

ao órgão mecânico sob a forma exclusiva ciné-

tica, isto é, ocorre um aumento de velocidade

do uido bombeado.

Resposta: A

63
Figura 5.2: .

64
6 Tópicos Especiais

uma mesma seção de tubulação, de forma a

Tópicos obter-se o valor da velocidade do uido em

diversos pontos, a partir da pressão dinâmica

medida. O tubo de Pitot de média (ou an-

nubar) é uma variação do tubo de Pitot que


6.1 Tubo de Pitot . . . . . . 65
mede simultaneamente a velocidade do uido
6.2 Análise de semelhança . . 66
em 4, 6 ou 8 pontos e calcula a média entre

6.3 Grupos adimensionais: eles.


Reynolds, Euler, de ca-
Os tubos de Pitot têm, como grande van-
vitação, Froude, Weber
tagem em relação aos geradores de pressão
e Mach . . . . . . . . . . 67
diferencial, o fato de interferir muito menos
6.4 Sistema Internacional de
no uxo. Com isso provocam uma perda de
Unidades (SI) . . . . . . 68
carga pequena e podem ser inseridos na tu-
6.5 Sistema MLT . . . . . . 69
bulação sem necessidade de parada para ma-

6.6 Magnitudes . . . . . . . 70 nutenção. Uma grande desvantagem, no en-

6.7 Sistema Inglês de unidades 70 tanto, é o fato de cada fabricante usar uma

tecnologia própria, o que impede a padroni-

zação e gera a necessidade de calibração di-

Teoria nâmica no campo.

As fórmulas para cálculo da vazão com o uso

de tubos de Pitot são as seguintes:

6.1 Tubo de Pitot s


∆p
v= 2
ρ
Os tubos de Pitot, já estudados anterior-
para uidos incompressíveis, e
mente, também podem ser usados para medir

a vazão através do mesmo princípio básico.

Neste caso, são necessários alguns tubos em

65
s escoamento de uidos através da razão entre
k pe pe + ∆p k−1 forças devidas a fenômenos físicos diferentes.
v= 2 [( ) k − 1]
k−1 ρ ρ
Esses termos de força relacionam grandezas

para uidos compressíveis, onde v é a veloci- de comprimento em situações diferentes e são

dade do uxo, ∆p é a diferença de pressões os seguintes:

dinâmicas, ρ é a densidade do uido, pe é a


Força de Inércia: ρv 2 L2 , envolvendo a den-
pressão estática e k é a constante de compres- sidade de uido, velocidade do escoamento e
sãoa adiabática (ou seja, a relação entre as
uma grandeza de comprimento considerada.
capacidades calorícas especícas Cp e Cv ).
Força Viscosa: τ A = µ du
dy
A = µvL, envol-

vendo a viscosidade a velocidade de escoa-

mento e o comprimento do escoamento estu-


6.2 Análise de seme- dado.

lhança Força de Pressão: ∆pA = ∆pL2 , aplicando

a denição de força por unidade área para a

Análise dimensional é um método matemá- pressão.

tico para capturar a interação de quantida-


Força de gravidade mg = ρgL3 , o peso, es-
des físicas de fenômenos naturais, sem saber
crito como a densidade e o volume de uma
que a legalidade de uma fórmula processo fí-
medida de uido de comprimento escolhido.
sico subjacente ou precisa. Sua aplicação é

baseada em matemática aplicada, observação Força de Tensão Supercial: σL, com a ten-

prática, implementação e avaliação de testes são supercial σ e um comprimento escolhido


na compreensão física e intuitiva. para estudar o escoamento.

A análise de semelhança é usada para compa- A partir dessas forças denem-se grupos adi-

rar resultados experimentais de modelos em mensionais para o estudo de escoamento em

escala reduzida com resultados esperados de dutos:

sistemas em escala maior. Ela é realizada

garantindo que certos parâmetros, chamados

grupos adimensionais (que são números adi-

mensionais formados do produto de grande-

zas físicas) mantém-se constantes entre o sis-

tema investigado e o modelo em escala redu-

zida.

Os grupos adimensionais são obtidos para o

66
Figura 6.1: Tubo de Pilot.

6.3 Grupos adimensio- 6.3.2 Número de Euler:


nais: Reynolds, Euler, Mede a razão entre as forças de pressão e as

de cavitação, Froude, de inércia com a diferença de pressão entre

dois pontos do uido.

Weber e Mach
∆p
Eu = 1
2
ρv 2
6.3.1 Número de Reynolds:
6.3.3 Número de Cavitação:

Obtido relacionando as forças de inércia e as Representa a mesma relação que o número de

viscosas. Euler, porém a diferença de pressões tomada

é entre a pressão de um ponto e a pressão

ρvL de vapor, medindo a energia disponível que


Re =
µ afasta o escoamento da cavitação.

67
tam mesmo sentido e direção e são pro-
p − pv
Ca = 1 2 porcionais.
2
ρv

6.3.4 Número de Froude:

Razão entre as forças de inércia e de gravi-

dade no escoamento. 6.4 Sistema Internacional


de Unidades (SI)
v
Fr = √
gL
Temos as seguintes unidades fundamentais SI

6.3.5 Número de Weber: com as quais todas as outras grandezas físicas

são representadas:

Razão entre as forças de inércia e as de tensão

supercial.

ρv 2 L
We = Metro m
σ
Quilograma kg
Ao analisar o escoamento em um modelo re-
Segundo s
duzido, adota-se comparar os números adi-
Ampére A
mensionais que envolvem os fenômenos físi-
Kelvin K
cos em estudo. A análise de semelhança é
Mol Mol
dividida em três tipos:
Candela cd

• semelhança geométrica: quando mo-

delo reduzido e original sejam iguais em

forma com dimensões proporcionais;

A partir dessas unidades é possível exprimir


• semelhança cinemática: quando as velo-
qualquer grandeza física bem como analisar
cidades de escoamento em pontos consi-
a consistên-cia dimensional de qualquer re-
derados correspondentes entre o modelo
sultado. Desta forma nos faz de grande utili-
reduzido e o original possuem mesmo
dade o conhecimento e a aplicação delas em
sentido e valores proporcionais;
outras unidades ditas derivadas de forma a

• semelhança dinâmica: quando as forças nos permitir identicar a natureza do pro-

nos dois casos de escoamento apresen- blema e também vericá-lo.

68
Grandeza Unidade SI 6.5 Sistema MLT
Área m m

Volume l m3

−1
Frequência Hz s

Massa Especíca kg/m3 -

(densidade)

Velocidade m/s -

Velocidade An- rad/s -

gula

Aceleração m/s2 -

2
Aceleração An- rad/s -

gular

2
Força N kg m/s

2
Pressão Pa kg/(m s )

2
Trabalho, Ener- J kg m2/s

gia, Quantidade

de Calor

3
Potência W kg m2/s
Sistemas de base MLT são aqueles cujas uni-
Quantidade de C -
dades básicas são as grandezas físicas massa
Carga Elétrica
(M), comprimento (L) e tempo (T) e Tem-
Diferença de Po- V kg m2/(A
peratura (θ ).
3
tencial s )

Resistência Elé- Ω kg m2/(A2


Grandeza SI Unidade
2 0
3 Área L Mx
trica s )
3 3
Volume L m
Entropia J/K kg m2/(K
−1
2 Velocidade LT m/s
s )
−2 2
Aceleração LT m/s
Calor Especíco J/(Kg.K) kg m2/(Kg
−1 −2 2
2 Pressão ou Tensão (ML T ) Pa=N/m
K s )
−1 −1
Velocidade angular T s
Condutividade W/(m.K) kg m2/(m
2 −2
Termica
3
K s ) Energia ML T J=N.m

2 −3
Potência ML T W=J/s

−3 3
Densidade ML kg/m

−1 −1
Viscosidade ML T Kg/m.s

2 −2 −1 2 2
Calor especíco L T θ m /(s .K)

69
6.6 Magnitudes 6.7 Sistema Inglês de uni-
dades

Fator Prexo Símbolo


1024 yotta Y
Unidades da grandeza Comprimento
1021 zeta Z
Sistema Sistema In- Fator de
1018 exa E
Interna- glês conversão /
1015 peta P
cional de equivalência
1012 tera T
Unidades-
109 giga G
SI
106 mega M
milímetro - polegada - 1 polegada =
103 kilo k
mm inch (in) 25,4mm
102 hecto h
milímetro - pé - foot (ft) 1 pé =
101 deca da
mm 304,8mm
−1
10 deci d
centímetro polegada - 1 polegada =
−2
10 centi c
- cm inch (in) 2,54cm
−3
10 mili m
centímetro pé - foot (ft) 1 pé = 30,48cm
−6
10 micro µ
- cm
−9
10 nano n
metro - m pé - foot (ft) 1 pé = 0,3048
−12
10 pico p
m
−15
10 femto f
metro - m jarda - yard 1 jarda =
−18
10 atto a
(yd) 0,9144m
−21
10 zepto z
quilômetro milha - mile milha = 1,609
−24
10 yocto y
- km (mi) km

70
Unidades da grandeza Área Unidades da grandeza Volume
Sistema Sistema Fator de con- Sistema Sistema In- Fator de
Interna- Inglês versão / equi- Interna- glês conversão /
cional de valência cional de equivalência
Unidades- Unidades-
SI SI
centímetro polegada 1 polegada qua- litro - l polegada cú- 1 polegada cú-

2 3
quadrado - quadrada drada = 6.452cm bica - 1 inch bica = 0,01639

2 2
cm - 1 inch (cu.in) litro

(sq.in) mililitro - polegada cú- 1 polegada cú-

3
centímetro pé qua- 1 pé quadrado = ml bica - 1 inch bica = 16,39

2
quadrado - drado - 929,03cm (cu.in) ml

2 2
cm 1 foot centímetro polegada cú- 1 polegada cú-

(sq.ft)
3
cúbico - bica - 1 inch bica = 16,39

3 3
metro qua- pé qua- 1 pé quadrado = cm (cu.in) cm

2 2
drado - m drado - 0,092m milimetro polegada cú- 1 polegada
2 3
1 foot cúbico - bica - 1 inch cúbica =

(sq.ft)
3 3
mm (cu.in) 16.390mm

metro qua- milha qua- 1 jarda quadrada decímetro pé cúbico - 1 1 pé cúbico


2 2 3 3
drado - m drada - = 0,8361m cúbico - foot (cu.ft) = 28,32 dm
2 3 3
1 yard dm (1l=1dm )

(sq.yd) litro - l pé cúbico - 1 1 pé cúbico

metro qua- acre - acre 1 acre =


3
foot (cu.ft) = 28,32 li-tros
2 2 3
drado - m (ac) 4.046,9m (1.000l=1m )

hectare - acre - acre 1 acre = 0,4047ha metro cú- pé cúbico - 1 1 pé cúbico =

ha (ac)
3 3 3
bico - m foot (cu.ft) 0,02832 m

hectare - milha qua- 1 milha quadrada metro cú- jarda cúbica 1 jarda cúbica

ha drada - = 259,0 ha(


3 3 3
bico - m - 1 yard = 0,7646m
2 2
1 mile 1ha=10.000m ) (cu.yd)

(sq.mi)

quilômetro milha qua- 1 milha quadrada

2
quadrado - drada - = 2.590 km

2 2
km 1 mile

(sq.mi)

71
Unidades da grandeza Massa Unidades da grandeza Massa por
Sistema Sistema In- Fator de Unidades da grandeza Área
Interna- glês conversão / Sistema Sistema In- Fator de
cional de equivalência Interna- glês conversão /
Unidades- cional de equivalência
SI Unidades-
grama - g onça - 1 ounce 1 onça = SI
(oz) 28,35g grama onça x pé 1 onça/pé qua-

quilograma libra - 1 pound 1 libra = x metro quadrado - 1 drado = 305,15

2 2
- kg (lb) 0,4536kg quadrado - oz/ft g/m

2
quilograma tonelada - 1 1 tonelada = g/m

- kg ton 1.016,05kg quilograma libra x po- 1 li-

x metro legada qua- bra/polegada


Unidades da grandeza Capacidade
quadrado - drada - 1 quadrada =
Sistema Sistema In- Fator de 2 2
kg/m psi 703,07kg/m
Interna- glês conversão /
quilograma libra x pé 1 libra/pé
cional de equivalên-
x metro quadrado - 1 quadrado =
Unidades- cia 2
quadrado - psf 4.882kg/m
SI 2
kg/m
centímetro onça uida - 1 1 onça uida

3 3
cúbico - cm .oz = 28.413cm

litro - l quarto - 1 qt 1 quarto =

1,137 l

72
Unidades da grandeza Vazão Unidades da grandeza Compri-
Sistema Sistema In- Fator de mento por unidades da grandeza
Interna- glês conversão / Volume
cional de equivalência Sistema Sistema In- Fator de
Unidades- Interna- glês conversão /
SI cional de equivalência
litro x se- galão x se- 1 ga- Unidades-
gundo - l/s gundo - 1 lão/segundo = SI
gal./sec 4,5461 l/s quilometro milha x galão 1 mpg = 0,354

litro x se- galão x mi- 1 ga- x litro - - 1 mpg km/l

gundo - l/s nuto - 1 lão/minuto km/l

gal./min. = 0,07577 l/s litro x galão x milha 1 galão/milha

litro x hora galão x hora - 1 galão/hora = quilometro - 1 gpm = 2,825 l/km

- l/h 1 gl./hr 4,5461 l/h - l/km

mililitro x polegada cú- 1 polegada cú-

segundo - bica x segun- bica/segundo

3
ml/s do - 1 in /s = 16,39 ml/s

metro pé cúbico x 1 pé cú-

cúbico x segundo - 1 bico/segundo

3
segun-do - ft /s = 0,02832

3 3
m /s m /s

litro x se- pé cúbico x 1 pé cú-

gundo - l/s minuto - 1 bico/minuto =

3
ft /min 0,4791 l/s

73
Unidades da grandeza Velocidade Unidades da grandeza Energia
Sistema Sistema In- Fator de Sistema Sistema In- Fator de
Interna- glês conversão / Interna- glês conversão /
cional de equivalência cional de equivalência
Unidades- Unidades-
SI SI
milímetro polegada x 1 pole- joule - j Unidade Tér- 1 Btu = 1.055j

x segundo segundo - 1 gada/segundo mica Britâni-

- mm/s in./sec. = 25,4 mm/s ca - Btu

metro x pé x segundo 1 pé/segundo kilojoule - Unidade Tér- 1 Btu =

segundo - - 1 fps = 0,3048 m/s kj mica Britâni- 1,055kj

m/s ca - Btu

metro x pé x minuto - 1 pé/minuto =


Unidades da grandeza Potência
segundo - 1 fpm 0,00508 m/s
Sistema Sistema In- Fator de
m/s
Interna- glês conversão /
metro x pé x minuto - 1 pé/minuto =
cional de equivalência
minuto - 1 fpm 0,3048 m/min
Unidades-
m/min
SI
quilometro milhas x hora 1 milha/hora
watt - w Cavalo-vapor 1 hp = 745,7w
x hora - - 1 mph = 1,609 km/h
(horsepo-wer)
km/h
- hp

Unidades da grandeza Temperatura kilowatt - Cavalo-vapor 1 hp =

Sistema Sistema In- Fator de kw (horsepo-wer) 0,7457kw

Interna- glês conversão / - hp

cional de equivalência
Unidades- Exemplo
SI

Grau Cel- Grau Fahre- 1 C = 0,5556
A classicação do regime de escoamento em
◦ ◦ ◦
sius - C nheit - F ( F - 32)
tubos pode ser represen-tada pelo Número

Adimensional de:

a) Reynolds.

b) Weber.

c) Froude.

74
d) Mach. c) III.

e) Euler. d) I e II.

e) I e III.

Solução:

O número de Reynolds é uma relação entre Solução:

as forças inerciais e viscosas do escoamento. Como visto anteriormente:

E é partir deste dado que nós identicamos


A semelhança geométrica é a semelhança
se um escoamento esta em regime laminar ou
de forma, onde a razão entre qualquer com-
turbulento.
primento do modelo e o seu comprimento em

Resposta: A um protótipo é uma constante, dada por um

fator de escala.

A semelhança cinemática é a semelhança


do movimento, o que implica que necessari-

Exemplo amente semelhança de comprimento (seme-

lhança geométrica) e semelhança de intervalo

de tem-pos.
Sobre a análise dimensional e relações de se-

melhança em mecânica dos uidos, analise as A semelhança dinâmica é a semelhança

armativas abaixo. das forças, e assim como a se-melhança cine-

mática, a semelhança geométrica é necessária

• I. Escoamentos dinamicamente seme- para a sua obtenção.

lhantes são geometricamente semelhan-


Desta forma, podemos concluir que as ar-
tes.
mativas I e II estão corretas. Já a armativa

• II. Escoamentos cinematicamente seme- III é falsa, uma vez que como visto anteri-

lhantes são geometricamente semelhan- ormente, o fator de atrito dependerá do nu-

tes. mero de Rey-nolds e da rugosidade do tubo

(Diagrama de Moody).
• III. O número de Reynolds é o único

grupo adimensional necessário no cál- Resposta: D

culo da perda de carga em tubulações.

Está correto APENAS o que se arma em

a) I.
Exemplo
b) II.

75
Qual a vazão com que a água escoa em uma
π0,022
tubulação de 2cm de diâmetro, sabendo-se Q = 10. = 3,14.10−3 m3 /s
4
que o número de Reynolds do escoamento é

igual a 2 × 105 ?
Q = 3,14L/s
Dados: massa especíca da água:

1000 kgm−3
Viscosidade da água na temperatura de
Resposta: E
escoamento: 10−3 P a.s

a) 31,4 m3 .s−1
b) 3,14 m3 .s−1
c) 2,0 m3 .s−1
d) 31,4 L.s−1
e) 3,14 L.s−1

Solução:

Uma vez que o valor do numero de Reynolds

é conhecido, e o diâmetro do tubo e as pro-

priedades do uido também o são, podemos

aplicar a equação para o número de Reynolds

para calcular a velocidade do escoamento:

ρvD
Re =
µ

Reµ
v=
ρD

2.105 10−3
v= = 10m/s
1000.0,02

Dessa forma, a vazão é dada por:

πD2
Q = V.A = V.
4

76
7 Banco de Exemplos

ρV L
O número de Reynolds é Re = η

Exemplo
103 .0,01.0,01
Petrobras  2012  Engenheiro(a) de Re = = 102
10−3
Petróleo Júnior - 32

O número de Reynolds, Re, é uma quanti-


Resposta: B
dade adimensional para um uido em uxo,

obtida pela combinação (apenas usando po-

tências do tipo 0, 1 ou -1) da viscosidade η, a


densidade do uido ρ, de uma velocidade tí-

pica V e um comprimento típico L, e apenas


Exemplo
Petrobras  2012  Engenheiro(a) de
pela combinação dessas quatro variáveis.
Petróleo Júnior - 33
Para um dado sistema, tem-se
Usando um dinamômetro, verica-se que um
−3
η = 1,0 × 10 P a.s corpo de densidade dc e de volume V=1,0
kg
ρ = 1,0 × 103 m 3
litro possui um peso que é o triplo do
V = 0,010 ms peso aparente quando completamente mer-
L = 0,010 m gulhado em um líquido de densidade dL.
dc
Sabendo que Re é proporcional a V, o valor Qual é a razão ?
dL

de Re para esse sistema é


(A) 1/6

(A) 1,0 × 103 (B) 1/3

(B) 1,0 × 102 (C) 1

(C) 10 (D) 2/3

(D) 1,0 (E) 3/2

(E) 0,10

Solução:

Solução: O peso aparente é a força para sustentar

77
o corpo dentro do uido, ou seja, seu peso de modo a ter, a partir desse ponto, o lado

menos o empuxo do uido. L2 = 6,0 cm.

Sabendo que a vazão do tubo é de 3,6 litros/s,

Pa = P − E a variação da pressão ∆P = P2 −P1 , em kPa,


é de

O empuxo é igual ao peso do líquido deslo-


Dado: densidade do uido ρ = 1,0 ×
cado pelo corpo,ou seja, E = dL .V
103 kg/m
3

1 1 (A) 400
PA = dc V − dL V = P = dc V
3 3 (B) 40

(C) 4,0

1 1 (D) 0,40
dc V − dL V = P = dc V
3 3
(E) 0,040

3dc − 3dL = dc Solução:

Esquema representativo da situação

2dc = 3dL

dc 3
=
dL 2

Resposta: E

Exemplo
Petrobras - 2012 - Engenheiro de Equi-
pamentos - Mecânica - 26

Um uido ideal, sem viscosidade e incom-

pressível, escoa por um tubo horizontal de


A gura esquematiza o duto descrito na ques-
seção quadrada de lado L1 = 2,0 cm. Esse
tão, e suas respectivas áreas de secção trans-
tubo, a partir de um certo ponto, se expande
versais quadradas.

78
s Seja o uxo, de velocidade característica V,
2(P2 − P1 )
Q = A2 de um uido de viscosidade η e densidade ρ
ρ(1 − ( A
A1
2 2
))
por um tubo cilíndrico horizontal de seção

Primeiramente vamos transformar a vazão reta uniforme de diâmetro D.


para metros cúbicos, e calcular as áreas.
A respeito desse uido tem-se que

DV ρ
Dado: número de Reynolds Re = η
3,6l = 3,6.10−3 m3
(A) o uxo laminar plenamente desenvolvido

corresponde à velocidade uniforme e cons-

tante do uido em cada ponto do interior do


A2 = 0,022 = 4.10−4 m2
tubo.

(B) o valor crítico de Re para o aparecimento

A1 = 0,062 = 3,6.10−3 m2 de uxo turbulento em um comprimento

relativamente pequeno de um tubo retilíneo,

Elevando os 2 lados da equação que nos da independe da geometria de entrada do uxo

a vazão ao quadrado, e substituindo valores no tubo.

temos: (C) a velocidade mais baixa do uido se

situa ao longo do eixo do tubo.

(D) a velocidade da camada de uido em


2(P2 − P1 )
(3,6.10−3 )2 = (4.10−4 )2 4.10−4 2
contato com as paredes do tubo é metade do
1.103 (1 − ( 3,6.10−3 ) )
valor, em relação ao centro do tubo.

(E) a velocidade do uido, ao dobrar a vazão


Resolvendo temos que:
de equilíbrio do tubo, em cada ponto do

interior do tubo, dobra.


3
P2 − P1 = 40.10 P a = 40 KP a

Solução:

(A) Errada pois a denição para qual a velo-


Resposta: B
cidade é constante em qualquer secção nor-

mal ao escoamento, é a de escoamento uni-

forme, não escoamento laminar

Exemplo
(B) Errada pois para a determinação do nú-

mero de Reynolds como mostra a fórmula


Petrobras - 2012 - Engenheiro de Equi-
dado no enunciado, depende do diâmetro do
pamentos - Mecânica - 29
tubo, portanto o número crítico também de-

79
2
pende das dimensões características do tubo. Dado: considere g = 10,0 m/s .

(C) Errada pois para escoamento unidimen-


(A) 0,42
sional não uniforme, ao longo do eixo do tubo
(B) 0,98
situam-se as velocidades mais altas, pois é a
(C) 1,40
região com menor inuencia do atrito exer-
(D) 2,40
cido pelas paredes do tubo.
(E) 4,60
(D) Errado pois para um escoamento unidi-

mensional com simetria axial, o perl de ve-


Solução:
locidades em função do raio pode ser descrito
O esquema a seguir ilustra o sistema descrito
pela equação abaixo:
anteriormente.
V = V m(1 − Rr )2

(E) Correta, pois para um uido incompres-

sível deve-se respeitar o princípio de conser-

vação de massas.

Segundo a equação que relaciona a vazão com

a velocidade Q = V A, a velocidade e direta-

mente proporcional a vazão, considerando-se

uma mesma área uma vez que é o mesmo

tubo, ao dobrar a vazão de equilíbrio a velo-

cidade deve ser dobrada.


Assim de acordo com com a segunda lei de

Resposta: E Newton tem-se a a seguinte equação:

X
Forças atuantes no corpo = m.a
Exemplo
Petrobras - 2012 - Engenheiro de Equi-
pamentos Júnior - Mecânica - 27 Peso − Forca resistiva = m.a
Uma partícula de massa 140,0 g é vista afun-

dando, totalmente submersa, em um copo

2
de água, com a aceleração de 7,0 m/s . A
F r = m(g − a)

força de resistência ao movimento, em new-

tons, que atua na partícula é


F r = 0,14(10 − 7)

80
dados .

F r = 0,42N

viscosidade do ar
velocidade = [m/s]
Resposta: A
(densidade do ar)(Largura)

Esta largura pode representar, de modo di-

dático, o tamanho da asa do avião. Portanto

percebe-se que a largura da asa é inversa-


Exemplo mente proporcional ao a velocidade que o
Petrobras - 2012 - Engenheiro de Equi-
avião voará ou o túnel de vento produzirá,
pamentos Júnior - Mecânica -28
assim tem-se que.

Um construtor de aviões deseja construir um

modelo em escala reduzida de um avião real η


V = L
na razão de 10:1 para poder realizar testes
ρ 10

em um túnel de vento. O avião real voa a


V: velocidade do túnel de vento
108 km/h, enquanto que a velocidade do ar,
L: largura do avião real
no túnel onde se encontra o modelo, é dada

por V. η
V = 10 = 10v
ρL
As performances dos dois serão equivalentes

para um valor de V igual a v: velocidade real de um avião

Dados:
108
viscosidade do ar η = 1,8 × 10−5 kg/(m.s) V = 10 × = 10 × 30
3,6
densidade do ar ρ = 1,3kg/m3

(A) 1.800 m/s


V = 300m/s
(B) 600 m/s

(C) 500 m/s

(D) 300 m/s


Resposta: D
(E) 108 m/s

Solução:

É necessário estimar a velocidade dado uma


Exemplo
análise dimensional do problema a partir dos
Petrobras - 2012 Eng. de Equipamen-

81
tos Júnior - Terminais e Dutos - 22 (E) 0

Um tubo de Venturi mede a velocidade de

um uxo de gás, como mostrado na gura. Solução:

O tubo por onde passa o gás sofre um es- De acordo com a gura a seguir temos os

treitamento para metade de seu diâmetro. pontos A e B que estarão sujeitos a mesma

Uma diferença de pressão entre o uxo de a mesma pressão para que haja o equilíbrio

velocidade V1 (antes do estreitamento) e V2 estático da água, no entato como as pressões

(depois do estreitamento) é medida pela dife- nos pontos C e D são diferentes devido às di-

rença de altura H da coluna de água no fundo ferentes velocidades do do gás nestes pontos.

do tubo.

Para que haja o equilíbrio e possa-se observar

a altura H estática tem-se que as pressões em


Dados: densidade da água ρágua =
A e em B sejam idênticas:
1,0 × 103 kg/m3
densidade do gás ρ = 1,0kg/m3
constante da gravitação g = 10m/s2 PA = P B

Sendo que H = 7,5 cm, o uxo de velocidade

V1, em m/s, é
ρgás vC2 2
ρgás vD
= (equação 1)
2 2 + ρágua gH
(A) 15

(B) 10 Onde vC e vD são, respectivamente, as velo-

(C) 1,50 cidades nos pontos C e D, no entanto é neces-

(D) 0,75 sário descobrir uma relação entre vC e vD que

82
é dada sabendo que os uxos nesses pontos

são idênticos. Exemplo


Petrobras - 2012  Eng. de Equipamen-
tos Júnior - Terminais e Dutos - 23
ΦC = ΦD
Uma esfera metálica oca utua com 1/3 do

seu volume acima da água.

vC (Área no tubo no ponto C) =


Qual a fração de volume da esfera ocupada

vD (Área no tubo no ponto D) pelo metal?

Dados:
Sabendo que o diâmetro do tubo no ponto C
densidade da água ρágua = 1,0 × 103 kg/m3
é 'd' e que o diâmetro do tubo no ponto D é
densidade do metalρmetal = 8,0 × 103 kg/m3
'2d' então tem-se que:

(A) 1,0

 d 2  (B) 0,66
vC π = vD [π(d)2 ]
2 (C) 0,017

(D) 0,083

(E) 0
vC = 4vD (equação 2)

Substituindo a equação 2 na equação 1 Solução:

obtem-se a seguinte relação: Para ilustrar o caso descrito anteriormente

tem-se a gura a seguir.


s
2ρágua gH
vD = =
15ρgás

2 × (103 ) × 10 × (7,5 × 10−2 ) √


r
= = 100
15 × 1

vD = 10 m/s

Resposta: B

Assim para ter-se um equilíbrio estático da

83
esfera metálica oca na água de modo que 2/3
VM etal
da esfera esteja submersa obtem-se a seguinte = 0,083
VR
relação:

X Resposta: D
Forças na vertical =0

Empuxo − Peso = 0
Exemplo
Petrobras - 2012  Eng. de Equipamen-
tos Júnior - Terminais e Dutos - 25
E = P ∴ ρágua g(V olumesubmerso) = mg
Uma lata fechada contém água sob pressão

P = 1,49 × 105 P a. Um pequeno furo é feito

na lata a uma profundidade de 10 cm da su-


2
ρágua g( VR ) = (VR − Vr )ρmetal g
3 perfície da água, como mostra a gura. O

jato de água jorra para o exterior, que se en-


Onde VR e Vr são, respectivamente, o volume
contra na pressão atmosférica.
da esfera de raio R e o volume da esfera de
Vr A velocidade de saída do jato no ponto A,
raio r. Portanto isola-se e chega-se à se-
VR

guinte expressão: em m/s, é de

Dados:

3
densidade da água ρágua = 1,0 × 103 kg/m3
Vr 2 ρmetal 2 1 × 10
=1− =1− × constante da gravitação g = 10m/s2
VR 3 ρágua 3 8 × 103
pressão atmosférica 1,0 × 105 Pa

(A) 0
Vr
= 0,917 (B) 1,4
VR
(C) 2,0
Esta é a fração que a parte oca da esfera
(D) 10
ocupa. Portanto o restante desta fração será
(E) 20
o que metal ocupa, assim tem-se:

VM etal Vr Solução:
=1−
VR VR Para descobrir qual a velocidade de saída no

ponto A tem-se que utilizar a equação de Ber-

84
noulli dada a seguir:

ρf luido v12
P1 + ρf luido gH1 + =
2
Exemplo
ρf luido v22
P2 + ρf luido gH2 +
2
Petrobras - 2012  Eng. de Equipamen-
tos Júnior - Terminais e Dutos 33
Considerando a velocidade v1 nula (pelo fato
Uma turbina opera sob pressão de 6,0 m de
de ser muito menor que v2 ) e a altura H2
3
água a uma vazão de 8,0 m /s.
nula (por não haver coluna hidrostática de

pressão do lado de fora do recipiente) tem-se Dado: Considere g = 10,0m/s2


que: ρágua = 1,0 × 103 kg/m3

A potência hidráulica fornecida pela turbina,


ρf luido v22
P1 + ρf luido gH1 = P2 + em kW, é
2
(A) 13,3
P1 : Pressão no interior do recipiente
(B) 48,0
H1 : Altura da coluna de água
(C) 60,0
P2 : Pressão atmosférica
(D) 240,0
v2 : Velocidade de saída do jato no ponto A
(E) 480,0

Ao isolar-se v2 obtem-se a seguinte expressão:

Solução:

A Potência produzida pela bomba é, basica-


s
2
v2 = (P1 − P2 + ρf luido gH1 ) mente, a variação de energia pelo tempo.
ρf luido

∆E
P otência =
∆t
2
v2 = ( (1,49 × 105 − 1,0 × 105 +
1,0 × 103 E a variação de energia produzida é dada pelo

1
produto da pressão e volume, assim é possível
+(1,0 × 103 ) × 10 × (10 × 10−2 ))) 2
formular a seguinte equação.

v2 = 10m/s
V olume
P otência = P ressão× = P ressão×Φ
∆t

Resposta: D

85
Esta pressão é consequência da coluna entre as pressões atuantes nas janelas 2 e 1

d'água, logo tem-se que: (p2 − p1 ) é

(A) ρH2 O gh2


(B) ρH2 O g(h1 + h2 )
3
P otência = ρghΦ = (10 × 10 × 6) × (8) (C) ρH2 O g(h1 + h3 )
(D) ρH2 O g(h2 + h3 )
Portanto a potência da hidráulica fornecida (E) ρH2 O g(h1 + h2 + h3 )
pela turbina será de:

Solução:

P otência = 480KW Dado que a pressão exercida por uma coluna

d'água é de:

Resposta: E
P = ρágua gh

Então a diferença (p2 − p1 ) que se deseja en-

contrar é dada pela seguinte expressão:

Exemplo
Petrobras - 2012 - Engenheiro de Equi-
pamentos Júnior - Eletrônica - 54 (p2 − p1 ) = ρágua g(h2 + h3 ) − ρágua gh3

(p2 − p1 ) = ρágua g(h2 + h3 − h3 )4

(p2 − p1 ) = ρágua gh2

Resposta: A

Duas pequenas janelas de observação são ins-

Exemplo
taladas em um reservatório de água cilín-

drico, conforme mostrado na gura. Sendo g


Petrobras - 2012 - Engenheiro de Equi-
a aceleração da gravidade local, a diferença

86
pamentos - Elétrica - 63 é somada.

A associação de bombas em série é uma solu- Desta forma, a altura manométrica de uma

ção utilizada quando há a instalação de altu- associação de bombas em série, é dada por

ras manométricas relativamente altas. Nesse H1 + H2 .


tipo de instalação, torna-se necessário o de-
Resposta: A
senvolvimento de grandes pressões. Para a

mesma vazão, sendo H1 a altura manomé-

trica da bomba 1 e H2 a altura manométrica

da bomba 2, qual é a expressão que dene a

altura manométrica total do arranjo dessas


Exemplo
Petrobras - 2012  Engenheiro de Pro-
duas bombas em série?
cessamento  53
(A) H1 + H2
H1 +H2
(B)
2

(C) H1 .H2
(D) H1 (1 + H2 )
H1 .H2
(E)
H1 +H2

Solução:

Em um duto que contém um uido, a pressão Considere um escoamento na tubula-ção des-

depende apenas da profundidade (altura). crita na gura, onde A1 e A2 são as áreas das

Desta forma, a uma mesma altura, há a seções transversais 1 e 2, respectivamente, e

mesma pressão. Quando uma bomba é utili- A1 é 1/3 de A2 . Se V1 e V2 são as velocidades

zada em um duto, a pressão aumenta como de escoamento, e Q1 e Q2 as vazões em 1 e

uma soma da pressão inicial com a pressão 2, respectivamente, então:

feita pela bomba.


(A) V1 = V2
A altura manométrica indica a pressão no lo- (B) V1 = 3V2
cal escolhido. Para a primeira bomba, a al- (C) V1 = V2 /3
tura manométrica é indicada como H1 . (D) Q1 > Q2
(E) Q1 < Q2
Se outra bomba (de altura manométrica H2 )
for associada em série, a pressão dentro do

duto aumentará, também, como uma soma Solução:

e, consequentemente, a altura manométrica Como a vazão é constante, já que há apenas

variações geométricas, então Q1 = Q2 , por-

87
tanto, pelo princípio de Arquimedes:

A1 × V1 = A2 × V2

A2
Como A1 = 3
, então:

V1 = 3.V2 ;

Resposta: B

88
8 Banco de Questões Petrobrás

Caiu no concurso!
Petrobras  2008 - Engenheira(o) de
Equipamentos Júnior - Terminais e Du-
tos - 50

A diferença de pressões devida ao atrito en-

tre duas seções de uma tubulação que con-

duz água é monitorada por um manômetro

de mercúrio, conforme mostrado na gura.

Caiu no concurso!
Petrobras  2008 - Engenheira(o) de
Equipamentos Júnior - Terminais e Du-
tos - 51

A equação constitutiva que relaciona a queda

Considerando que as massas especícas de de pressão de um uido incompressível entre

água e do mercúrio são ρH2 O e ρHg , respec- a entrada e a saída de um bocal em um es-

tivamente, a diferença de pressões ρA − ρB coamento permanente pode ser obtida pela


p1 V12 p2
vale equação de Bernoulli,
ρ
+ 2
+ gz = ρ
+
V22
2
+ gz2 , e é representada por ∆ρ = KQ2 ,
a) (ρHg − ρH2 O )gh
onde Q é a vazão do uido através do bo-
b) (ρHg + ρH2 O )gh
cal. Considerando as áreas de entrada (A1 ),
c) ρHg gh
e saída (A2 ), a constante K é expressa por
d) ρH2 O gh
p A21 
e) ρHg gh/2 a)
A21 A22 + 1
p A21 
b)
2A21 A2 2 − 1
p A1

c)
2A21 A2
+ 1
Resposta: A

89
p A21

d)
A1 A22
+1 Resposta: E

p A1 −A2

e) 2
A1 A22
+ 1

Resposta: B

Caiu no concurso!
Petrobras - 2008  Prossional Júnior
 Engenharia Mecânica - 40

Caiu no concurso! A perda de carga que ocorre no escoamento

Petrobras - 2008  Prossional Júnior de uidos em tubulações pode ser calculada

 Engenharia Mecânica - 39 com o auxílio do Diagrama de Moody, que

relaciona o fator de atrito com o Número de


A carcaça de uma turbobomba é o compo-
Reynolds e a rugosidade relativa da tubula-
nente responsável pela contenção do uido
ção. No Diagrama de Moody, pode-se veri-
bombeado, bem como, sob certo aspecto,
car que
provê oportunidades para a conversão de

energia cinética em energia de pressão. Even- a) O fator de atrito diminui se o Número

tualmente, em vazão de projeto, utiliza-se, de Reynolds e/ou a rugosidade relativa da

como artifício para atenuar o empuxo radial, tubulação diminuem.

carcaça b) O fator de atrito e a perda de carga

dependem apenas da rugosidade relativa da


a) Em voluta.
tubulação em estudo no regime laminar.
b) Em dupla voluta.
c) As linhas correspondentes aos diversos
c) Com pás difusoras.
valores de rugosidade relativa tornam-se
d) Concêntrica.
horizontais e o fator de atrito é indepen-
e) Mista.
dente do Número de Reynolds no regime

completamente turbulento.

90
d) Existe uma linha de tubo comple-tamente c) Nas bombas de uxo axial, toda energia

rugoso, denida teoricamen-te como um cinética é transmitida à massa líquida por

tubo cuja rugosidade atravessa a subcamada forças centrífugas e de arrasto, sendo a

laminar em um escoamento turbulento. direção de saída do líquido paralela ao eixo.

e) Existem duas zonas demarcadas: laminar d) Nas turbobombas, o movimento do

e turbulenta, sendo esta sub-divida em duas líquido dentro da bomba e o movimento do

sub-zonas (pouco turbulenta e completa- órgão impulsionador (impelidor) são iguais,

mente turbulenta). com mesma natureza e a mesma velocidade,

em grandeza, direção e sentido.

e) Nas turbobombas, a energia é transmitida


Resposta: C
ao órgão mecânico sob a forma exclusiva

cinética, isto é, ocorre um aumento de

velocidade do uido bombeado.

Resposta: A

Caiu no concurso!
Petrobras - 2008  Prossional Júnior
 Engenharia Mecânica - 41

A respeito da classicação e das característi-

cas de bombas, assinale a armativa correta.


Caiu no concurso!
a) As bombas rotativas de parafusos são
Petrobras - 2008  Prossional Júnior
bombas volumétricas ou de deslocamento
 Engenharia Mecânica - 43
positivas muito utilizadas para o transporte

de produtos de viscosidade elevada.

b) Nas bombas alternativas e nas turbobom-

bas, a vazão de bombeamento é constante

com o tempo.

91
Caiu no concurso!
Petrobras - 2008  Prossional Júnior
 Engenharia Mecânica - 66

A gura acima representa um sistema de

bombeamento que transfere um líquido do re-

servatório A para o reservatório B. A perda

de carga na linha e acessórios de descarga,

incluindo a perda na saída do líquido da tu- Um acumulador hidráulico é projetado para

bulação, é 3 metros. Por outro lado, a perda reduzir as variações bruscas de pressão no sis-

de carga na linha e acessórios de sucção, in- tema hidráulico de uma máquina. Conside-

cluindo a perda na entrada da tubulação, é rando que o uido de trabalho seja um óleo

3
1 metro. Sabendo-se que a linha de recalque com massa especíca de 1.000 kg/m , no ins-

encontra-se cheia de líquido e a bomba está tante indicado na gura, a taxa de acúmulo

escorvada, então a altura manométrica total ou perda de óleo hidráulico no acumulador,

do sistema, em metros, é: em kg/s, vale

a) 2 a) 0,01

b) 6 b) 0,05

c) 10 c) 0,10

d) 13 d) 0,30

e) 14 e) 0,50

Resposta: E Resposta: B

92
Caiu no concurso!
Petrobras  2010  Prossional Júnior
Caiu no concurso!  Engenharia Mecânica - 53
Petrobras - 2008  Prossional Júnior
Um bocal horizontal é alimentado com ar a
 Engenharia Mecânica - 68
uma determinada velocidade V1 . O escoa-

Uma tubulação considerada ideal (sem per-


mento ocorre em regime permanente, e o ar

das de carga), possuindo uma área de saída


é descarregado para a atmosfera a uma velo-

igual à metade da área de entrada, é posici-


cidade V2 = 60 m/s. Na entrada do vocal, a

onada na horizontal. Considerando um esco- 2 2


área é 0,2 m e na saída, 0,04 m . A massa

amento no interior da tubulação em regime 3


especíca do ar corresponde a 1,20 kg/m ,

permanente de água (ρ = 1.000kg/m3 ) in-


conforme esquematizado na gura abaixo.

compressível e uniforme, a Equação de Ber-

noulli estabelece que, para uma velocidade

de saída de 2 m/s, a pressão na entrada da

tubulação relativamente à saída para a at-

mosfera, em kPa, vale

a) 0,8

b) 1,0

c) 1,2

d) 1,5

e) 2,0

A pressão manométrica necessária na en-

trada do bocal, em kPa, vale, aproximada-


Resposta: D
mente,

a) 0,8

b) 2,1

c) 10,6

d) 54,0

e) 82,2

Resposta: B

93
Caiu no concurso! Caiu no concurso!
Petrobras  2010  Prossional Júnior Petrobras  2010  Prossional Júnior
 Engenharia Mecânica - 54  Engenharia Mecânica - 55

A gura a seguir ilustra o escoamento de um

gás em regime perma-nente através de um

trecho de uma tubulação.

Um engenheiro necessita determinar a dee-

xão L de um manômetro de dois uidos como

mostra a gura acima. A massa especíca do


Considerando os dados apresentados referen- 3
uido 1 vale 1000kg/m e a do uido 2 vale
tes à seção 1 e a à seção 2, têm-se para a 3
3000kg/m . A aceleração da gravida-de cor-
velocidade , em m/s, 2
responde a 10 m/s . Sabendo que a diferença

2
a) 20 de pressão (PA − PB ) é de 650 N/m , após

b) 25 os cálculos, o engenheiro obtém para L, em

c) 30 mm,

d) 35
a) 25,7
e) 40
b) 32,5

c) 45,6

Resposta: B d) 63,5

e) 72,0

94
Resposta: B

Caiu no concurso!
Petrobras  2010  Prossional Júnior
 Engenharia Mecânica - 64

Um engenheiro consulta os resultados de en-

saio de uma bomba centrífuga trabalhando

com uma velocidade constante de 875 rpm.

Esses resultados são representados em um

diagrama com as curvas características de

carga, rendimento e potência absorvida, em

relação à vazão. Através deste diagrama, ele

Caiu no concurso! observa o comportamento de uma bomba de

Petrobras  2010  Prossional Júnior 75 HP, 340 l/s e 13,5 m de altura manomé-

 Engenharia Mecânica - 60 trica. O engenheiro decide, então, vericar

o que ocorreria, caso fosse introduzida uma


Uma bomba centrífuga é utilizada em um de-
determinada alteração na condição de funci-
terminado sistema, fornecendo a vazão cor-
onamento da bomba, no caso, uma redução
reta, porém apresentando uma altura de
de velocidade para 700 rpm. Para essa situa-
carga muito inferior à necessária. Uma pos-
ção especíca, quais são, respectivamente, os
sível solução para tal problema é
novos valores de potência (HP), vazão (l/s)
a) Adicionar uma bomba semelhante em
e de altura manométrica (m)?
série, com a saída alimentando diretamente
a) 35,2 ; 250,4 e 7,4
o lado de aspiração da outra bomba.
b) 38,4 ; 272,0 e 8,6
b) Associar duas bombas semelhantes em
c) 52,5 ; 272,0 e 9,5
paralelo.
d) 60,0 ; 292,0 e 10,8
c) Aumentar a potência de eixo de bomba.
e) 67,5; 272,0 e 12,2
d) Utilizar um uido de maior viscosidade.

e) Diminuir a potência fornecida ao uido.

Resposta: B

Resposta: A

95
a) I e II.

b) III e IV.

c) I, II e III.

Caiu no concurso! d) I, II e IV.

Petrobras  2010  Prossional Júnior e) I, III e IV.

 Engenharia Mecânica - 66
Resposta: D
Considere as seguintes armativas sobre

bomba centrifuga.

• I. A sigla NPSH, adotada universal-

mente, indica a energia disponível na

sucção, ou seja, a carga positiva e efe-

tiva na sucção.

• II. Antes de ser colocada em funciona-

mento, deve-se encher sua carcaça e toda

a tubulação de sucção com o líquido a ser

bombeado para que ela entre em funcio-

namento sem possibilidade de bolhas de

ar em seu interior, denominando-se tal


Caiu no concurso!
processo escorvamento.
Petrobrás Biocombustível  2010  En-
genheiro de Processamentos Júnior -
• III. A cavitação pode ser evitada, se a
23
pressão, em todos os pontos da bomba,
Considere um uido incompressível escoando
for mantida abaixo da pressão de vapor
através de um tubo com área de seção trans-
do líquido de trabalho.
versal constante. Nessas condições, para um

• IV. O ponto de operação é denido pela escoamento irreversível, adibático em estado

interseção de das curvas do sistema e do estacionário, a

desempenho da bomba e corresponde à


a) Velocidade do uido e a pressão aumen-
única condição em que as vazões do sis-
tam no sentido do escoamento.
tema e da bomba e as alturas de carga
b) Velocidade do uido e a temperatura
do sistema e da bomba são simultanea-
diminuem no sentido do escoamento.
mente iguais.
c) Pressão e a temperatura aumentam no

sentido do escoamento.
Estão corretas SOMENTE as armativas

96
d) Velocidade do uido e a temperatura c) 2,0 m3 .s−1
permanecem constantes. d) 31,4 L.s−1
e) Temperatura aumenta e a pressão diminui e) 3,14 L.s−1
no sentido do escoamento.

Resposta: E

Resposta: E

Caiu no concurso!
Caiu no concurso! Petrobrás Biocombustível  2010  En-
Petrobrás Biocombustível  2010  En- genheiro de Processamentos Júnior -
genheiro de Processamentos Júnior - 30
29
Fluidos podem escoar nos regimes laminar

Qual a vazão com que a água escoa em uma ou turbulento. Nesse sentido, considere as

tubulação de 2cm de diâmetro, sabendo-se armativas abaixo.

que o número de Reynolds do escoamento é

igual a 2 × 105 ? • I. No escoamento laminar, a transferên-

Dados: cia de momento ocorre exclusivamente

massa especíca da água: 1000kgm−3 de forma convectiva.

Viscosidade da água na temperatura de


• II. Um uido perfeito é aquele que pro-
escoamento: 10−5 Pa
voca baixas perdas de carga quando em

escoamento.
3 −1
a) 31,4 m .s
b) 3,14 m3 .s−1 • III. A viscosidade de um líquido diminui

com o aumento da temperatura.

97
• IV. Manômetros diferenciais são empre- pectivamente, CPSX e CPSY, considerando

gados para medir a diferença de pressão que o regime de escoamento com a bomba X

estática entre dois pontos de um uido era plenamente turbulento e mantidas inalte-

em escoamento. radas as demais variáveis envolvidas, a razão

CPSY/CPSY é

São corretas APENAS as armativas Dado: a carga positiva de sucção (CPS) cor-

responde ao termo da língua inglesa Net Po-


a) I e II.
sitive Suction head (NPSH).
b) I e III.
1
c) II e III. a) (1,3) 2
d) II e IV. b) 1,3
e) III e IV. c) (1,3)2
d) (1,3)3
e) <1
Resposta: A

Resposta: B

Caiu no concurso!
Petrobrás Biocombustível  2010  En-
genheiro de Processamentos Júnior - Caiu no concurso!
32 Petrobrás Biocombustível  2010  En-
genheiro de Processamentos Júnior -
Em determinada indústria, a bomba centrí-
33
fuga X será substituída pela Y que, sabe se

de antemão, vai operar com uma vazão 30% Usa-se uma bomba centrifuga para transferir

maior que a de X. Designando a carga posi- um solvente volátil de um tanque para ou-

tiva de sucção disponível de X e Y por, res-

98
tro. O solvente é um uido newtoniano e in-

compressível e escoa na tubulação em regime

permanente turbulento. O relatório técnico

das últimas 24 horas mostra que, às 10 ho-


Caiu no concurso!
ras, a referida bomba operava com carga po-
Petrobrás  2010  Engenheiro de Pro-
sitiva de sucção (CPS) disponível igual à re-
cessamentos Júnior - Terminais e Du-
querida, e que, no referido período, a tempe-
tos - 5
ratura ambiente variou, conforme mostra a
Sendo R̄ = 2ī+2j̄eω̄ = 5k̄ , o vetor velocidade
tabela abaixo.
do P é expresso por
Tempo (horas) 0 2 4 6 8 10 12

Temperatura (◦ C) 20 17 17 24 30 34 41 a) 10ī + 10j̄


Tempo (horas) 14 16 18 20 b) 10ī − 10j̄

Temperatura (◦ C) 38 34 30 27
c) −10ī + 10j̄
d) 20ī − 20j̄
Sabendo-se que os tanques, a tubulação e a
e) 20ī + 20j̄
bomba estão permanentemente expostos ao

meio ambiente, e que as demais variáveis per-

manecem inalteradas no referido período, a Resposta: C

bomba

Dado: a carga positiva de sucção (CPS) cor-

responde ao termo da língua inglesa Net Po-

sitive Suction head (NPSH).

a) Pode ter operado sob cavitação entre 10

h e 16 h.

b) Operou as 24 horas sobre cavitação.

c) Operou as 24 horas sem cavitação.

d) Operou sob cavitação entre 0 h e 10 h e

entre 16 h e 24 h.

Caiu no concurso!
e) Operou sob cavitação entre 2 h e 4

Petrobrás  2010  Engenheiro de Pro-


Resposta: A cessamentos Júnior - Terminais e Du-
tos - 6

A equação pḡ − ∆p = ¯(0) da hidrostática

99
representa o comportamento da pressão p,
em uma massa uida incompressível (ρ cons-

tante). Nessa equação, ∆ representa o ope-

rador

δ
a) Divergente e é expresso por
δx
ī + δδy j̄ + δδz k̄
δ
b) Divergente e é expresso por
δx
+ δδy + δδz
δ
c) Gradiente e é expresso por
δx
ī + δδy j̄ + δδz k̄
δ
d) Gradiente e é expresso por
δx
ī + δδy j̄ + δδz
δ
e) Rotacional e é expresso por
δx
ī + δδy j̄ + δδz k̄

Resposta: C

A gura acima mostra um manômetro di-

ferencial colocado entre as seções P e Q


de um tubo horizontal no qual escoa água

3
(peso especíco igual a 10 kN/m ). A dee-

xão do mercúrio (peso especíco igual a 136

3
kN/m ) no manômetro é de 500mm, sendo o

mais baixo dos níveis o mais próximo de P.


Com base nessas informações, conclui-se que

a pressão relativa em

a) P excede a pressão relativa em Q em 6,3

metros de coluna d'água.


Caiu no concurso! b) P excede a pressão relativa em Q em 7,3
Petrobrás  2010  Engenheiro de Pro-
metros de coluna d'água.
cessamentos Júnior - Terminais e Du-
c) P excede a pressão relativa em Q em 63
tos - 60
metros de coluna d'água.

d) Q excede a pressão relativa em P em 6,3

metros de coluna d'água.

e) Q excede a pressão relativa em P em 7,3

metros de coluna d'água.

Resposta: A

100
Caiu no concurso! Caiu no concurso!
Petrobrás  2010  Engenheiro de Pro- Petrobrás  2010  Engenheiro de Pro-
cessamentos Júnior - Terminais e Du- cessamentos Júnior - Terminais e Du-
tos - 61 tos - 62

Um modelo é utilizado para estudar o escoa-

mento de água numa válvula que a apresenta

a seção de alimentação com diâmetro de 600

3
mm. A vazão na válvula é de 0,9 m /s e o

uido utilizado no modelo também é água

na mesma temperatura daquele que escoa no

protótipo. A semelhança entre o modelo e o

protótipo é completa e o diâmetro da seção

de alimentação do modelo é de 60 mm. Nes-

sas condições, a velocidade média (m/s) da

água na seção de alimentação do modelo é

de
A gura acima representa um tanque fechado
a) 0,16/π
e pressurizado, exposto ao ar atmosférico,
b) 0,36/ π
contendo ar e óleo (peso especíco igual a
c) 10/ π 3
8 kN/m ). O tanque possui uma janela de
d) 36/ π
inspeção quadrada com 0,5 m de lado, cuja
e) 100/ π
borda superior está localizada a 2 m abaixo

da superfície do óleo. Um manômetro insta-

Resposta: E lado no topo do tanque indica uma pressão

de kPa. Nessa situação, arma-se que o mó-

dulo da força resultante (kN) que atua na

janela é de

a) 19,5

b) 20,0

c) 20,5

d) 45,5

101
e) 82,0 Resposta: C

Resposta: C

Caiu no concurso!
Petrobrás  2010  Engenheiro de Pro-
cessamentos Júnior - Terminais e Du-
Caiu no concurso!
tos - 64
Petrobrás  2010  Engenheiro de Pro-
cessamentos Júnior - Terminais e Du- Os fabricantes de ventiladores apresentam

tos - 63 todas as suas informações técnicas e curvas

de desempenho considerando o ar nas condi-


Um óleo de viscosidade cinemática 4 ×
ções padrão, onde a sua massa especíca é ρs .
10−4 m2 /s escoa em um tubo liso de ferro
Um ventilador, cuja condição real de opera-
fundido de 0,4 m de diâmetro e 2 × 103 m
ção é tal que a massa especíca do ar é ρs /2
de comprimento, com uma velocidade média
, deve fornecer uma vazão mássica m, a uma
de 1,5 m/s. O escoamento é plenamente de-
pressão total Pt0 para atender às necessidades
senvolvido e a aceleração da gravidade é con-

2 de um sistema de ventilação. Nessa situação,


siderada igual a 10 m/s . Com base nessas
a vazão volumétrica e a pressão total a serem
informações, a perda de carga (m), no tubo,
empregadas no catálogo do fabricante para a
é
seleção do ventilador devem ser, respectiva-
a) 8
mente, iguais a
b) 12
2ṁ
a)
c) 24 ρs e2Pt

b) P
d) 48 (2ρs )e 2t

c)
e) 64 ρs e2Pt
ṁρs
d) P
2e 2t

102
e) [ ρṁs ]2 ePt Potência de Acionamento (kW)
3
d.i.p(m /s)

3,5 0,0100

5,0 0,0150
Resposta: A

6,0 0,0175

7,0 0,0200

12,0 0,0350

Com base nestas informações e con-siderando

3
o ar um gás ideal, para se obter 0,0045 m /s

de ar comprimido na descarga do compres-

sor sob a pressão manométrica de 700 kPa,

a potência de acionamento (kW) deverá ser

de

a) 3,5

b) 5,0

Caiu no concurso! c) 6,0

Petrobrás  2010  Engenheiro de Pro- d) 7,0

cessamentos Júnior - Terminais e Du- e) 12,0

tos - 69

Denomina-se descarga livre padrão (d.i.p.) a Resposta: D

quantidade de ar livre descarregada por um

compressor corrigida para as condições rei-

nantes na admissão. A tabela a seguir apre-

senta a d.i.p. para um compressor alterna-

tivo de um estágio com pressão absoluta de

sucção de 100 kPa (atmosférica) e pressão

manométrica de descarga de 700 kPa, em

função da potência do motor elétrico que o

aciona. Nestas condições, a temperatura de

descarga excede a temperatura de sucção em

80%.

Caiu no concurso!
Petrobrás  2010  Engenheiro de Pro-
cessamentos Júnior - Terminais e Du-

103
tos - 70
Caiu no concurso!
Uma renaria utiliza, hipoteticamente, uma
Petroquímica Suape  2010 - Enge-
única bomba centrífuga operando com uma
nheiro de Equipamentos Júnior  Me-
carga H , uma vazão Q, uma rotação N e uma
cânica - 50
potência P, para escoar um derivado de pe-

tróleo através de um oleoduto. Numa situa- A massa especíca de um uido contido em

3
ção de emergência, a bomba deve ser subs- um manômetro de U é de 800 kg/m . Uma

tituída por outra, geometricamente seme- das extremidades desse manômetro está co-

lhante, para continuar executando a mesma nectada a uma tubulação e a outra está ex-

tarefa. Se a bomba substituta operar com a posta a pressão atmosférica, dada por 101

mesma rotação N , mas possuir um impelidor kPa. A diferença entre as alturas das co-

cujo diâmetro é o dobro daquela correspon- lunas de uido manométrico é de 50 mm.

dente ao da bomba substituída, a carga, a Considerando-se que a altura da coluna ad-

vazão de operação e a potência serão, para a jacente à tubulação é maior do que a outra e

2
bomba substituta, respectivamente, iguais a que a aceleração da gravidade é de 10 m/s ,

tem-se que para a pressão absoluta no inte-


a) H/8, Q/4 e P/32
rior da tubulação, em kPa,
b) H/4, Q/8 e P/32

c) 4 H, Q e 8 P a) 64,6

d) 4 H, 8 Q e 32 P b) 82,5

e) 8 H, 4 Q e 32 P c) 100,6

d) 158,5

e) 400,0
Resposta: D

Resposta: C

104
Caiu no concurso! Caiu no concurso!
Petroquímica Suape  2010 - Enge- Petroquímica Suape  2010 - Enge-
nheiro de Equipamentos Júnior  Me- nheiro de Equipamentos Júnior  Me-
cânica - 51 cânica - 52

Uma quantidade de água, de massa especí-

ca ρ, escoa em regime permanente de um

grande reservatório através de um pequeno

orifício situado à distância h da superfície li-

vre do líquido. Suponha que o diâmetro do

reservatório é muito maior do que o diâmetro

do orifício. Considere que o escoamento é in-

compressível, sem atrito, e ocorre ao longo de

uma linha de corrente. A aceleração da gra-

vidade é representada por g. A velocidade do O tubo de Venturi, criado pelo cientista Gi-

escoa-mento através do orifício é dada por ovanni B. Venturi, é um tubo convergen-

1 tedivergente, tal como o da gura acima,


a)
2
gh2
√ utilizado para medir a velocidade do escoa-
b) ρgh
mento e vazão de um líquido incompressível.
c) ρgh
1 Considerando-se o escoamento do uido em
d)
2
ρh
√ regime permanente através tubo de Venturi
e) 2gh
apresentado e que o índice 1 se refere à seção

de entrada do tubo e o 2, à seção da gar-


Resposta: E
ganta, têm-se para a velocidade na seção de

entrada, em m/s,

a) 2

b) 4

c) 6

d) 12

e) 18

Resposta: A

105
Caiu no concurso!
Petroquímica Suape  2010 - Enge-
nheiro de Equipamentos Júnior  Me-
Caiu no concurso!
cânica - 54
Petroquímica Suape  2010 - Enge-
nheiro de Equipamentos Júnior  Me- Uma bomba centrífuga de uma determinada

cânica - 53 instalação possui 20kW de potência. Consi-

dere que essa bomba opera, em regime per-


Uma bomba centrífuga utilizada numa ins-
manente com um uido de peso especíco
talação de bombeamento está fornecendo a
de 104 N/m3 , uma vazão volumétrica de 0,1
altura de carga correta, porém está apresen-
3
m /s e produz uma altura manométrica de
tando uma vazão muito inferior à necessária.
14 m. O rendimento dessa bomba, em %, é
Uma possível solução para esse problema é

a) 48
a) Adicionar uma bomba semelhante em
b) 52
série.
c) 64
b) Associar duas bombas semelhantes em
d) 70
paralelo.
e) 80
c) Utilizar uma bomba de múltiplos estágios.

d) Utilizar um uido de maior viscosidade.

e) Aumentar de forma signicativa a altura Resposta: D

de sucção da bomba.

Resposta: B

Caiu no concurso!
Petrobras  2010  Engenheiro de
Equipamentos Júnior  Mecânica - 4

106
Um uido escoa em uma tubulação horizon- • I. A vazão volumétrica aumenta cubica-

tal com comprimento igual a 50 m e diâmetro mente com a velocidade de rotação do

igual a 0,05 m. O escoamento ocorre em re- impelidor.

gime permanente e está hidrodinamicamente

desenvolvido. Sabendo-se que o número de


• II. A carga hidráulica da bomba au-

menta quadraticamente com a veloci-


Reynolds é igual a 1.000 e que a velocidade
dade de rotação do impelidor.
média do uido é igual a 2 m/s, a perda de

2 2
carga, em m /s , é de
• III. A potência da bomba aumenta line-

a) 16 amente com a velocidade de rotação do

b) 32 impelidor.

c) 64

d) 128
Está correto o que se arma em
e) 256
a) I, apenas.

b) II, apenas.
Resposta: D
c) III, apenas.

d) I e II, apenas.

e) I, II e III.

Resposta: B

Caiu no concurso!
Petrobras  2010  Engenheiro de
Equipamentos Júnior  Mecânica - 15

No que se refere a bombas centrífugas e às

leias de semelhança par a determinação de


Caiu no concurso!
um novo ponto de trabalho, analise as ar-
Petrobras  2010  Engenheiro de
mativas abaixo.
Equipamentos Júnior  Mecânica - 28

107
Considerando as bombas centrífugas ope- A respeito dos uidos newtonianos e não

rando com água líquida, analise as arma- newtonianos, verica-se que o(s) uido(s)

tivas a seguir.
a) Não newtoniano dilatante tem como

exemplo o plástico de Bingham.


• I. O NPSH requerido aumenta com o au-
b) Não newtoniano, na viscosidade aparente,
mento da vazão volumétrica da água.
uma propriedade constante que identica

• II. O NPSH requerido aumenta com o cada uido.

aumento da temperatura da água. c) Reopéticos mostram um decréscimo da

viscosidade aparente com o tempo quando


• III. O NPSH disponível aumenta com o
submetidos a uma tensão cisalhante cons-
aumento da temperatura da água.
tante.

d) Dilatantes mostram um aumento da


Está correto APENAS o que se arma em
viscosidade aparente com o tempo quando
a) I.
submetidos a uma tensão cisalhante cons-
b) II.
tante.
c) III.
e) Nos quais a viscosidade aparente decresce,
d) I e II.
conforme a taxa de deformação aumenta,
e) I e III.
são chamados pseudoplásticos.

Resposta: A
Resposta: E

Caiu no concurso! Caiu no concurso!


Petrobras  2010  Engenheiro de Petrobras  2010  Engenheiro de
Equipamentos Júnior  Mecânica - 33

108
Equipamentos Júnior  Mecânica - 34 Petrobras  2010  Engenheiro de
Equipamentos Júnior  Mecânica - 42
A respeito de propriedades e da natureza dos

uidos, analise as armativas a seguir. Sobre a análise dimensional e relações de se-

melhança em mecânica dos uidos, analise as


• I. A viscosidade dos uidos diminui com
armativas abaixo.
o aumento da temperatura.

• I. Escoamentos dinamicamente seme-


• II. O coeciente de expansão volumé-
lhantes são ge-ometricamente semelhan-
trica dos uidos aumenta com o au-
tes.
mento da temperatura.

• II. Escoamentos cinematicamente seme-


• III. O coeciente de compres-sibilidade
lhantes são ge-ometricamente semelhan-
de um gás ideal é igual à sua pressão
tes.
absoluta.

• III. O número de Reynolds é o único


Está correto APENAS o que se arma em:
grupo adimensional necessário no cál-

a) I. culo da perda de carga em tubula-ções.

b) II.

c) III. Está correto APENAS o que se arma em

d) I e II.
a) I.
e) II e III.
b) II.

c) III.

Resposta: C d) I e II.

e) I e III.

Resposta: D

Caiu no concurso!

109
Caiu no concurso!
Petrobras  2010  Engenheiro de
Equipamentos Júnior  Mecânica - 62

A respeito de escoamentos isentrópicos com-

pressíveis, em regime permanente, de um gás

ideal, em um bocal convergente com número

de Mach igual a 1 (um) na seção transversal

de saída do bocal, constata-se que a

a) Vazão mássica aumenta ao se reduzir a

pressão na saída do bocal.

b) Vazão mássica aumenta ao se reduzir a

temperatura de estagnação na entrada do

bocal.

c) Pressão de estagnação diminui ao longo

do bocal.

d) Temperatura de estagnação diminui ao

longo do bocal.

e) Temperatura de estagnação aumenta ao

longo do bocal.

Resposta: B

110
9 Banco de Questões Cesgranrio

Caiu no concurso!

Caiu no concurso!
Uma corrente de solução salina (µ =
1100 kg/m3 ) tem sua vazão medida por um

medidor de orifício dotado de manômetro in- A classicação do regime de escoamento em

vertido, como se verica no esquema acima. tubos pode ser representada pelo Número

Qual a queda de pressão corresponde à lei- Adimensional de:

tura manométrica indicada em Pa, sabendo-


a) Reynolds.

se que o uido manométrico é um óleo com


b) Weber.
3
massa especíca igual a 900kg/m e que g=
c) Froude.
2
10m/s ?
d) Mach.

a) 180 e) Euler.

b) 200

c) 400
Resposta: A

d) 1800

e) 2200

Resposta: C

111
Caiu no concurso!

Considere o manômetro de dois uidos

abaixo.

Caiu no concurso!

Um líquido possui viscosidade dinâmica (µ)

igual a 0,65cP e densidade relativa iguala

0,90. A viscosidade cinemática (v ) é:

a) 7,2 × 10−4 m2 /s
b) 7,2 × 10−5 m2 /s
c) 7,2 × 10−6 m2 /s
d) 7,2 × 10−7 m2 /s
e) 7,2 × 10−8 m2 /s

Dados: Densidade relativa do tetracloreto de

2 Resposta: D
carbono: 1,595 e g= 10m/s .

A diferença de pressão aplicada, em Pa, é

igual a:

a) 0,61

b) 6,1

c) 61

d) 161

e) 610

Resposta: C

112
Caiu no concurso!

Qual dos intervalos indicados abrange a tí-

pica transição entre escoamentos laminar e

turbulento?

a) 500<Re<1000

b) 2500<Re<5000

c) 10000<Re<20000

d) 50000<Re<100000

e) 100000<Re<150000

Resposta: B

O esquema acima descreve um Tubo de Pilot

localizado no centro de um duto de 200mm

de diâmetro, empregado para transferência

de gasolina. Considerando o coeciente do

medidor como unitário e a razão entre as ve-

locidades média e máxima como 0,8 para o

intervalo de interesse, a vazão de gasolina,

3
em m /s:

2
Dados: g=10m/s

ρH2 O = 1000 kg/m3


ρgasolina = 667 kg/m3
Caiu no concurso!
a) 0,025

b) 0,035

c) 0,042

d) 0,050

e) 0,065

Resposta: A

113
Caiu no concurso! Caiu no concurso!

Um escoamento laminar em tubos, com tem-

peratura de parede constante, que apresenta

uma diferença muito grande entre a tempe-

ratura da parede e do uido, altera o perl

de velocidade, conforme mostrado na gura

a seguir.

Os números I e II da gura representam:

( ) gás aquecendo;

( ) gás resfriado;

( ) líquido aquecendo;
Qual a condição que deve existir para que
( ) líquido resfriando;
a pressão manométrica em A seja igual a

A seqüência correta é: ρB gl2 ?

a) I,II,I,II a) pa >>> pB
b) I,II,II,I b) pB >>> pA
c) II,I,I,II c) pA = pB
d) II,I,II,I d) l1 = l2
e) II,II,I,I e) l1 >>> l2

Resposta: C Resposta: C

114
Caiu no concurso!
Caiu no concurso!
Um uido em repouso é um meio conside-

rado isótropo, relativamente à distribuição

A respeito de perda de carga em escoamen-


das pressões a que está sujeito. Havendo

tos, é INCORRETO armar que:


movimento, surgem forças tangenciais devido

a) No escoamento laminar, o fator de atrito é à viscosidade do uido em questão. Sobre

uma função de Número de Reynolds apenas. o tema, o gráco a seguir mostra um dia-

b) Para escoamento laminar, o fator de grama cartesiano com várias situações, tendo

atrito é igual a 46/Re. na ordenada as tensões de cisalhamento (σ =

c) No escoamento turbulento, o fator de F/S ) e na abscissa os gradientes de veloci-

atrito é dependente do Número de Reynolds dade ∆V /∆n, onde F é força, S é área de

e da rugosidade relativa. elementos planos no sentido do uxo, V é a

d) Válvulas e acessórios são exemplos de velocidade e n, a distância entre dois elemen-

perdas de carga localizadas. tos planos.

e) Para escoamento turbulento em tubos

não circulares, são utilizadas as mesmas

correlações adotadas para os circulares,

introduzindo-se o conceito de diâmetro

hidráulico.

Resposta: B

Associando-se o enunciado com o gráco

acima, pode-se armar que a linha

a) C representa um uido Newtoniano e o

eixo y, um sólido elástico.

b) B representa um sólido elástico e A, um

plástico.

c) A representa um plástico e B, um uido

115
Newtoniano. e) 15,0

d) A representa um uido Não-Newtoniano

e o eixo x, um uido ideal.


Resposta: B
e) A representa um uido Newtonia-no e C,

um uido ideal.

Resposta: A

Caiu no concurso!

A equação constitutiva que relaciona a queda

de pressão de um uido incompressível en-


Caiu no concurso! tre a entrada e a saída de um bocal em

um escoamento permanente pode ser obtida


p1 V12
A água escoa em um tubo circular cuja seção pela equação de Bernoulli,
p
+ 2
gz1 =
p2 V22
de entrada possui um diâmetro de 4 cm. Esse
p
+ 2
gz2 , e é representada por ∆p = KQ2 ,
tubo sofre um estrangulamento de tal forma onde Q é a vazão do uido através do bo-

que o diâmetro da seção de saída é de 2 cm. cal. Considerando as áreas de entrada (A1 )

Considerando que a massa especíca da água e saída (A2 ), a constante K é expressa por:

3
é igual a 1000kg/m , e supondo que a queda p A21
a) ( + 1)
A21 A22
de pressão no trecho em análise é de 2,7 × p A21
b) (
2A1 A22
2 − 1)
103 N/m2 , a velocidade na seção de entrada, p A1
c) ( − 1)
2A21 A2
em m/s, vale: p A1
d) ( + 1)
A21 A2
p
a) 0,36 e)
2A21
( A1A−A
2
2
)
2

b) 0,6

c) 5,4
Resposta: B
d) 6,0

116
Caiu no concurso!

Caiu no concurso!

Qual o número adimensional que expressa a

razão entre as forças de inércia e as forças

viscosas no escoamento de um uido, onde

L é a dimensão característica, g o valor da

aceleração da gravidade, V uma velocidade,

µ viscosidade dinâmica e p densidade?

pV L
a) Número de Reynolds -
µ
vV L
b) Número de Reynolds -
p
V
c) Número de Froude - √
gL A gura acima representa um tanque fechado

gL
d) Número de Froude -
V e pressurizado, exposto ao ar atmosférico,

gL
e) Número de Mach -
V contendo ar e óleo. (Peso especíco igual

3
a 8 kN/m ). O tanque possui uma janela

Resposta: A de inspeção quadrada com 0,5m de lado cuja

borda superior está localizada 2m abaixo da

superfície do óleo. Um manômetro instalado

no topo do tanque indica uma pressão de 64

kPa. Nessa situação, arma-se que o módulo

da força resultante (kN) que atua na janela

é de:

(A) 19,5

117
∆p pV D 

(B) 20 e)
pV 2 /2
=f µ
+ D

(C) 20,5

(D) 45,5
Resposta: B
(E) 82

Resposta: C

Caiu no concurso!

Camada limite é a região


Caiu no concurso!
a) Adjacente a uma superfície sólida na qual

as forças de inércia são importantes.


Considere um uido incompressível de
b) Adjacente a uma superfície sólida na
viscosidadeµ e densidade p escoando em um
qual as forças de inércia sãos superiores às
duto cilíndrico de diâmetro D, rugosidade 
viscosas.
e comprimento L com velocidade média V.
c) Adjacente a uma superfície sólida na qual
A variação de pressão ao longo de duto ∆p
as forças viscosas são importantes.
é descrita como função somente dos parâ-
d) Adjacente a uma superfície sólida na qual
metros apresentados anteri-ormente, ∆p =
as forças de viscosa são superiores às de
f (p, V, µ,, D, L). Por análise dimensional, a
inércia e gravitacional.
relação funcional entre os grupos adimensio-
e) Limítrofe entre o escoamento laminar e
nais pertinentes e relevantes obtidas é
turbulento.
∆p
= f pV + D + D L

a)
LpV 2 µ
∆p pV D  L

b)
pV 2 = f µ
+ D
+ D Resposta: C
∆p pV L  L

c) 2
pV /2
= f µ
+ D
+ D
∆p pV L L

d)
LpV 2
=f µ +D

118
Caiu no concurso!

Alguns coecientes são utilizados para se ex-

trapolar o comportamento de modelos de na-

vios dentre as quais podemos destacar o nú-

mero de Reynolds que:

a) É válido somente se o escoamento for

laminar.

b) É válido somente se o escoamento for

turbulento.

c) Relaciona forças inerciais com forças com

forças de viscosidade.
A gura acima representa a vista superior
d) É a razão entre uma força inercial e uma
do escoamento de um uido incompressível
força gravitacional.
e sem viscosidade por um trecho curvo, de
e) Está relacionado com a resistência por
inclinação θ, de uma rede disposta no plano
formação de ondas.
horizontal. As seções de entrada e saída pos-

suem áreas A1 e A2 , respectivamente. Deter-

Resposta: C mine a razão entre o esforço horizontal e o

vertical, as direções x e y, respectivamente,

realizado pelo trecho de curva sob o uido.

Considere que ambas as seções são expostas

a pressão atmosférica e que o perl de velo-

cidade nessas seções é uniforme e de valores

V1 e V2 .
senθ−V1 /V2
a)
senθ
cosθ−V1 /V2
b)
senθ
cosθ−V1 /V2
c)
cosθ
cosθ+V1 /V2
d)
senθ
senθ+V1 /V2
e)
cosθ
Caiu no concurso!

119
Resposta: B b) atm

c) atm

d) 6,8 atm

e) 8,8 atm

Resposta: E

Caiu no concurso!

Manômetros de Bourdon são colocados no

sistema dado a seguir.

Caiu no concurso!

O perl de velocidade do escoamento lami-

nar incompressível e completamente desen-

volvido entre duas placas planas e paralelas


u 2y 2

é dado pela expressão
Umax
= 1− h
, em

que h é a distância entre as placas e os ei-

xos de coordenadas x e y são colocados no

ponto médio entre as placas, como mostrado

na gura abaixo.

Se as pressões manométricas PA0 , PB0 e PC0


forem respectivamente 3,0 atm, 2,8 atm e 2,0

atm, sabendo-se que a pressão atmosférica é

1atm qual a pressão absoluta do recipiente

A?

a) 2 atm Nessa situação, considerando que ρ e µ, se-

120
jam, respectivamente, a massa especíca e a hipótese de escoamento permanente, incom-

viscosidade absoluta do uido, a equação que pressível e plenamente desenvolvido, a velo-

descreve o comportamento da tensão de cisa- cidade uniforme de entrada, em m/s, na tu-

lhamento na seção transversal do canal, para bulação para o perl de velocidade medida

um uido newtoniano, é na saída é

a) − 8yUhmax
2 a)
Umax
2
8pUmax Umax
b) b)
h2 πR2
8µyUmax Umax Umax r2
c) − c) −
(ρh)2 πR2 πR2
8µρyUmax
d) − d) 2Umax
h2
8µyUmax 5
e) − e) U
h2 12 max

Resposta: E Resposta: A

Caiu no concurso! Caiu no concurso!

Sabendo que L, M e T, representam, respec-

tivamente, as unidades de cumprimento, de

massa e de tempo, no sistema internacional

de unidades, então, nesse sistema, a viscosi-

dade absoluta é indicada por

O perl de velocidade na saída de uma tubu- a) M 3 L0 T −2


u
lação de raio R é dado pela equação
Umax
− b) M 0 L2 T 1
r2

1− R2
, como ilustra a gura acima. Na

121
c) M −1 LT −1 salhamento, não importando quão pequena

d) M LT ela seja. Fluidos podem ser classicados de

e) M L−1 T −2 acordo com a relação entre a tensão de cisa-

lhamento aplicada e a taxa de deformação. A

gura acima representa a relação entre ten-


Resposta: E
são de cisalhamento versus taxa de deforma-

ção em diversos uidos. Nessa gura o uido

newtoniano corresponde a

a) A.

b) B.

c) C.

d) D.

e) E.

Resposta: D

Caiu no concurso!

Caiu no concurso!

Considere que a viscosidade absoluta de certo

líquido, também chamada de viscosidade di-

nâmica, seja de 0,65 cp (centi poise), em que

1cp = 0,01 poise, e 1 poise = 1 gcm−1 s−1 . Se


Um uido é uma substância que se deforma
a densidade relativa desse líquido é de 0,88,
continuamente sob ação de uma tensão de ci-

122
sua viscosidade cinemática é de tensões é da-do pela viscosidade mole-

cular e pelos gradientes de velocidade.


a) 1,55 × 10−5 P a
b) 2,55 × 10−3 m3 /s
c) 2,55 × 10−5 m3 /s • V. Ambos os uidos devem atender à

condição de não deslizamento.


d) 7,38 × 10−7 m2 /s
e) 7,38 × 10−2 m2 /s
• VI. Tais uidos são capaz de penetrar

superfícies sólidas.
Resposta: D

Estão certos apenas os itens

a) I, IV, e V.

b) I, IV, e VI.

c) II, III e V.

d) II, III e VI.

e) III, V e VI.

Resposta: D

Caiu no concurso!

Acerca dos uidos reais e dos uidos perfei-

tos, julgue os seguintes itens.

• I. Ambos devem obedecer à lei de New-

ton da viscosidade.

• II. Ambos são regulados pela segunda lei

de Newton.
Caiu no concurso!
• III. Ambos obedecem à lei de conserva-

ção de massa.

• IV. Em ambos os uidos, o campo de

123
A gura acima mostra uma peça redutora
Uma comporta de forma triangular é cons-
utilizada para transportar gasolina, presa à
truída em uma forma para o lançamento de
parede por um suporte. A gasolina, a es-
concreto líquido, de massa especíca 2.500
sas condições de pressão e temperatura, tem
3
kg/m . Utilizando as coordenadas e dimen-
densidade relativa igual a 0,70. Tal peça pos-
sões mostra-das no esquema da gura acima 3
sui volume interno de 0,20m e, estando va-
e supondo a aceleração gravitacional igual a
zia, tem massa de 25kg. A área da região
2
10 m/s , a força que age sobre o pórtico é de 2
de entrada é de 0,30m e a de saída é igual

2
a) 600 N. b) 500 N. c) 400 N. d) 300 N. e) a 0,06m . Nos pontos P1 e P2 as pressão

200 N. são, respectivamente, 60kPa (pressão mano-

métrica) e 109 kPa (pressão absoluta). A


Resposta: C
2
aceleração gravitacional é de 10 m/s e a

pressão atmosférica é de 101 kPa. Conside-

rando a gasolina um uido ideal e que o es-

coamento seja estacionário e incompressível,

assinale a opção que apresenta a magnitude

em kN, e o sentido das reações no suporte

que prende a peça à parece.

a) −14,16i + 1,65j
b) −14,16i + 0j
c) 0i + 1,65j
d) −14,16i − 1,65j

Caiu no concurso! e) +14,16i + 0j

Resposta: A

124
Caiu no concurso!

A gura acima ilustra a situação em que um

uido de densidade relativa 1,05 está esco-

ando em regime permanente e incompres-

sível através de um dispositivo. Na gura

A1 = o,o5m2 , A2 = 0,01m2 e A3 = 0,06m2 .


As velocidades correspondentes as áreas e são

dadas, respectivamente por V~1 = 4i m/s e

V~2 = −8j m/s. Assumindo cos 30



= 0,866;

◦ ◦ ◦
cos 60 = 0,5; sen 30 = 0,5; sen 60 = 0,866,

assinale a opção que apresenta o valor da ve-

locidade correspondente a área .

a) 4,035i − 2,334jm/s
b) 4,66i + 4,66jm/s
c) 4,66im/s
d) −4,66jm/s
e) 4,035i − 4,66jm/s

Resposta: A

125

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