You are on page 1of 8

FICHA DE AVALIAÇÃO: Texto narrativo

ANO LETIVO: ________ / ________ ANO DE ESCOLARIDADE: 6.º Ano DATA: ______ / ______ / ______

NOME: _____________________________________________________________________________________ N.º: ________ TURMA: ________

CLASSIFICAÇÃO: ______________________ PROFESSOR: _________________________ ENC. DE EDUCAÇÃO: _______________________

GRUPO I

Para responderes aos quatro itens que se seguem, vais ouvir um excerto do programa
televisivo Sociedade civil1.
Assinala com X, nos itens de 1. a 4., a opção que completa cada frase, de acordo com o
sentido do texto.

1. O tema do programa televisivo é

☐ A. os cães.
☐ B. o melhor amigo do homem.
☐ C. o animal de estimação mais popular do mundo.
☐ D. os animais.
2. Segundo o apresentador, o cão

☐ A. é o único animal afetuoso para com as pessoas.


☐ B. é muito afetuoso para com as pessoas.
☐ C. apaixona-se pelas pessoas.
☐ D. é um animal de relações difíceis com os humanos.
3. O cão que é apresentado é o animal de estimação

☐ A. do apresentador do programa.
☐ B. de um convidado do programa.
☐ C. que vive em cima da cabeça do apresentador.
☐ D. que vive nos estúdios televisivos.
1 Sociedade civil, RTP online (consultado a 25 de julho de 2016) – 1 min 30 s.

www.raizeditora.pt
Rita Mendes e Sónia Costa • Volta e meia 6 / Português 6.º ano 1
© Raiz Editora, 2018 • Todos os direitos reservados.
4. Os animais da raça do cão Nelo

☐ A. gostam de solidão. ☐ C. precisam de muita atividade física.


☐ B. não apreciam brincadeiras. ☐ D. são muito independentes.

GRUPO II
Texto A
Lê o texto. Se necessário, consulta as notas.

Marcelo Rebelo de Sousa


MARCELO RECEBEU CÃO DE OFERTA EM BELÉM

Marcelo Rebelo de Sousa tem um cão em Belém. Chama-se Asa, é da raça pastor-
-alemão e foi oferecido pela Força Aérea ao presidente da República.

O novo inquilino do Palácio de Belém chama-se Asa, tem três meses e foi oferecido 1
pela Força Aérea ao presidente da República.
A oferta surpresa foi feita, na quinta-feira, na presença de elementos das Forças
Armadas e do secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrelo. Marcelo ficou muito
contente e até lhe pegou ao colo, segundo apurou o JN.
5
Asa é da raça pastor-alemão e será treinado pela guarnição1 da GNR do Palácio de
Belém, que também tem cães.
Foi numa cerimónia militar recente que Marcelo Rebelo de Sousa comentou com o
secretário de Estado ter achado muita graça aos cães a marchar. Marcos Perestrelo falou
com o Chefe de Estado Maior da Força Aérea, que por sua vez falou com as equipas 10
cinotécnicas2. Por acaso havia uma ninhada recente. Um deles é agora o cão da
Presidência.
Jornal de Notícias online (consultado a 25 de julho de 2016)
NOTAS:
1 guarnição – tropa aquartelada; conjunto de militares.
2 equipas cinotécnicas – que criam e treinam cães.

1. Classifica as frases seguintes como V (verdadeiras) ou F (falsas), de acordo com o texto.

☐ A. O cão de Marcelo Rebelo de Sousa foi-lhe oferecido pela Força Aérea alemã.
☐ B. Asa é um cão ainda jovem.
☐ C. O presidente da República foi previamente avisado da oferta.
☐ D. O presidente da República reagiu muito bem à oferta.
☐ E. O cão passará a exercer funções na casa do presidente da República.
☐ F. A oferta do cão teve a intervenção do secretário de Estado da Defesa.
www.raizeditora.pt
Rita Mendes e Sónia Costa • Volta e meia 6 / Português 6.º ano 2
© Raiz Editora, 2018 • Todos os direitos reservados.
1.1 Corrige as afirmações falsas.
________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

2. Ordena os acontecimentos que levaram à oferta do cão a Marcelo Rebelo de Sousa,


de acordo com o texto.

☐ O Chefe de Estado Maior dirigiu-se aos que, na Força Aérea, criam e treinam os
cães.

☐ O presidente da República disse a Marcos Perestrelo que era engraçado ver os


cães a marchar.

☐ A Força Aérea ofereceu um cão nascido há pouco tempo ao presidente da


República.

☐ O secretário de Estado da Defesa contactou um elemento da Força Aérea.

Texto B
Lê o texto. Se necessário, consulta as notas.

Argus, o cão fiel

Os homens nem sempre gostam dos animais que os defendem e acompanham 1


fielmente. Fazem mal! Há muitos animais que têm mais coração e maior bondade do que
certos homens… Ides ver o que sucedeu com Argus, o velho cão de Ulisses, guarda
constante, desde cachorrinho, do palácio do Herói, e que – decrépito1 agora, quase a
agonizar2 – ainda ali se mantinha de sentinela, em frente do seu pobre canil… 5
Telémaco entrara em casa, abraçara sua mãe e, sem lhe revelar a próxima chegada de
Ulisses, dera-lhe a entender que este não morrera e que por intermédio de Menelau e de
Helena, soubera que o subtil3 Herói de Troia vivia provavelmente, na ilha de Calipso.
Logo Penélope se reanimou e ganhou novo alento para resistir às violências dos
pretendentes. Nada lhes disse, porém, e deixou-os – já o Sol estava alto – nos seus jogos 10
e conversas ao ar livre, que lhes aguçavam o apetite para a hora da primeira refeição…
Ulisses e Eumeu vinham a caminho. Defronte do palácio, pararam um instante e
resolveram que Eumeu entrasse primeiro e voltasse a buscar Ulisses. O leal feitor4
avisaria Telémaco de que estava perto o mendigo seu protegido, pois Eumeu continuava
a não suspeitar do disfarce do companheiro. Assim fizeram. Ulisses ficou só… 15

www.raizeditora.pt
Rita Mendes e Sónia Costa • Volta e meia 6 / Português 6.º ano
© Raiz Editora, 2018 • Todos os direitos reservados. 3
Olhou em volta. Fitou depois o pórtico do palácio. Eram os seus campos, era a morada
feliz onde passara dias venturosos5. Que saudade! Mas – nada de tristezas! O seu dever
era conquistar a paz, a riqueza, os bens perdidos… Comovu-se, porém, ao lobrigar6 –
levantando-se custosamente sobre as patas que tremiam – o velho Argus, amigo de
sempre! Deixara-o com melancolia imensa quando partira para Troia. Em criança, 20
compartilhara o cão de todos os folguedos7 do dono. Corriam juntos, juntos caçavam
lebres, cabras selvagens, e os esquivos8 veados. Ulisses dava-lhe de comer na mão. E ai
de quem tocasse no menino! Logo mordia o malvado, logo ladrava para afastar a gente
má da catadura9. Também, estimavam-no a valer. De pelo nédio10 e lavado, jamais lhe
faltava a comida – e até acepipes11 da própria mesa de Ulisses. Pertencia à família. E hoje, 25
– pensava Ulisses – como tratariam o velho Argus? A grande aflição que reinava na alma
de Penélope e de Telémaco não os deixava, – bem se via – cuidar do mísero12 animal.
Trôpego13, lazarento14, magro, sujo, o cão envelhecera depressa. Deitara-se fora do canil,
em cima do estrume, devorado de pulgas, quase cego. Mas, ao ouvir a voz de Ulisses,
mexeu a cauda, encolheu as orelhas, quis erguer-se. Coitadito! Não teve forças para 30
correr, latindo e saltando, ao encontro do dono. Quem sabe se então lhe lembrariam as
brincadeiras doutros tempos, as impetuosas15 caçadas aos bichos bravos, a força com que
dominava os ladrões perigosos, o entusiasmo que o levava, ofegante, a subir montanhas
num abrir e fechar de olhos, a saltar valados, a atravessar bosques na peugada16 de algum
roedor! Ulisses contemplou o cão prostrado17, e teve vontade de chorar. 35
Ao menos, para consolação derradeira, iria abraçá-lo e afagá-lo ternamente…
Acercou-se dele. Estendeu a mão para acariciá-lo! Ai de mim! Já não pôde tocar-lhe vivo!
Ao senti-lo ao lado, o bom Argus, tentando ainda mover a cauda e segurar-se nas pernas
débeis18, caiu para sempre, sem um suspiro. Estava morto. A alegria de tornar a ver o
dono – matara-o! Sofrera, resistindo, a dor de vinte anos de ausência. Mas não resistira 40
ao júbilo inesperado da presença de Ulisses. Reconhecera-o logo, logo tentara festejar o
seu regresso – e eis que a vida lhe fugia. Eumeu, e mais era homem, e amigo de Ulisses,
Telémaco, e mais era filho afetuoso e dedicado, – não tinham sabido adivinhar, perante
o mendigo andrajoso19, a verdade que, meio tonto e meio cego, o fiel Argus
imediatamente pressentira! Ulisses pranteou20 a sua morte como se fosse a do seu melhor 45
camarada. E mais tempo a lamentaria, decerto, se não se adivinhasse o momento – o
momento feliz! – do combate, da vitória e da justiça!
HOMERO (2000). A odisseia – aventuras de Ulisses, herói e navegador da Grécia antiga
(adapt. João de Barros). Lisboa: Sá da Costa
NOTAS:
1 decrépito – muito velho. 11 acepipes – pitéus, iguarias.
2 agonizar – que está quase a acabar, a morrer. 12 mísero – miserável, desgraçado.
3 subtil – engenhoso, talentoso. 13 trôpego – com dificuldade em mover um dos membros.
4 feitor – administrador de bens de outra pessoa. 14 lazarento – que está coberto de chagas ou feridas.
5 venturosos – felizes. 15 impetuosos – que se movem com violência.
6 lobrigar – ver ao longe. 16 na peugada de – ir atrás de.
7 folguedos – divertimentos. 17 prostrado – sem forças nem ânimo.
8 esquivos – ariscos, fugidios. 18 débeis – fracas.
9 catadura – aparência. 19 andrajoso – esfarrapado.
10 nédio – anafado, gordo. 20 pranteou – chorou.

www.raizeditora.pt
Rita Mendes e Sónia Costa • Volta e meia 6 / Português 6.º ano
4
© Raiz Editora, 2018 • Todos os direitos reservados.
3. Transcreve a passagem do texto que mostra que Argus viveu sempre para Ulisses.
________________________________________________________________________________

4. Preenche o esquema que representa a família de Ulisses.

5. Indica por que razão Eumeu acompanhou Ulisses no regresso a casa.


________________________________________________________________________________

6. Seleciona, de entre as palavras abaixo apresentadas, aquelas que caracterizam


Argus.

☐ A. velho ☐ E. infestado
☐ B. fiel ☐ F. fraco
☐ C. esfomeado ☐ G. asseado
☐ D. manco ☐ H. surdo

7. «Ao senti‑lo ao lado, o bom Argus, tentando ainda mover a cauda e segurar-se nas
pernas débeis, caiu para sempre, sem um suspiro.» (linhas 38-39).
Assinala com X a opção que completa a afirmação.
Na frase transcrita, a expressão sublinhada revela o momento da morte de Argus
através de uma

☐ A. metáfora. ☐ C. perífrase.
☐ B. personificação. ☐ D. comparação.
8. Argus, o cão de Ulisses, morreu ao reconhecer o dono e o herói chorou a sua morte.
Por que razão parou Ulisses de lamentar a morte de Argus? Concordas com a sua
atitude? Porquê?
________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

www.raizeditora.pt
Rita Mendes e Sónia Costa • Volta e meia 6 / Português 6.º ano 5
© Raiz Editora, 2018 • Todos os direitos reservados.
GRUPO III

1. Completa cada uma das frases seguintes (de 1.1 a 1.4) com a forma do verbo
apresentado entre parênteses, no tempo e no modo indicados.
1.1 Condicional
O cão não _______________ (reconhecer) Ulisses se não gostasse muito dele.
1.2 Presente do conjuntivo
Talvez eu _______________ (fazer) uma viagem até Troia.
1.3 Pretérito imperfeito do conjuntivo
Gostava que eles _______________ (vir) connosco visitar Troia.
1.4 Futuro do conjuntivo
Quando nós _______________ (visitar) Troia, ficaremos felizes.

2. Assinala com X a classe a que pertence a palavra sublinhada na frase seguinte.


«Eram os seus campos, era a morada feliz onde passara dias venturosos.»

☐ Pronome ☐ Determinante
☐ Verbo ☐ Interjeição

3. Associa a palavra destacada em cada uma das frases da coluna A à classe a que
pertence, indicada na coluna B.
Escreve, em cada espaço da coluna A, a letra correspondente da coluna B. Cada
letra da coluna B pode ser utilizada mais do que uma vez.

COLUNA A COLUNA B
A. Que amigo preferes, o cão ou o Homem?
B. Alguém tem um cão tão fiel como o de Ulisses?
a. Determinante
C. O cão de Ulisses reconheceu-o.

D. Este herói é conhecido por todos e aquele?


E. Aquele cão era um bom amigo.
b. Pronome
F. O meu cão é como o cão de Ulisses.

www.raizeditora.pt
Rita Mendes e Sónia Costa • Volta e meia 6 / Português 6.º ano 6
© Raiz Editora, 2018 • Todos os direitos reservados.
3.1 Indica a subclasse a que pertencem os pronomes e os determinantes
destacados no quadro anterior.
________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

4. Reescreve a frase seguinte, substituindo as palavras sublinhadas por sinónimos.


«Fitou depois o pórtico do palácio.»
________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

GRUPO IV

Escreve um texto de opinião sobre a dedicação dos donos aos seus animais de
estimação. O teu texto, com um mínimo de 140 e um máximo de 200 palavras, deve
incluir:
– a tua posição sobre o assunto;
– pelo menos, duas razões que justifiquem a tua opinião;
– uma conclusão coerente.

www.raizeditora.pt
Rita Mendes e Sónia Costa • Volta e meia 6 / Português 6.º ano 7
© Raiz Editora, 2018 • Todos os direitos reservados.
SOLUÇÕES

GRUPO I
1. D.
2. B.
3. A.
4. C.

GRUPO II
Texto A
1. / 1.1 A. F (O cão de Marcelo Rebelo de Sousa foi‑lhe oferecido pela Força Aérea e é um pastor-alemão.); B. V; C. F (O presidente
da República recebeu o cão como oferta surpresa.); D. V; E. V; F. V.
2. 3 – 1 – 4 – 2
Texto B
1. «Argus, o velho cão de Ulisses, guarda constante, desde cachorrinho, do palácio do Herói, e que – decrépito agora, quase a
agonizar – ainda ali se mantinha de sentinela» (linhas 3 e 5).
2. ULISSES + Penélope

Telémaco
3. Eumeu acompanhou Ulisses, sem saber de quem se tratava e estando convencido de que era um mendigo, a fim de o conduzir ao
palácio do herói e de o levar até Telémaco.
4. A. velho; B. fiel; D. manco; E. infestado; F. fraco.
5. C. perífrase.
6. Ulisses deixou de lamentar a morte de Argus, porque tinha de prosseguir com os seus feitos heroicos: combatendo e procurando
sair vitorioso desses combates e fazendo novas conquistas.

GRUPO III
1.1 reconheceria
1.2 faça
1.3 viessem
1.4 visitarmos
2. Determinante.
3.
COLUNA A COLUNA B
A. Que amigo preferes, o cão ou o Homem? a

B. Alguém tem um cão tão fiel como o de Ulisses? b a. Determinante

C. O cão de Ulisses reconheceu‑o. b


D. Este herói é conhecido por todos e aquele? b
b. Pronome
E. Aquele cão era um bom amigo. a
F. O meu cão é como o cão de Ulisses. a

3.1 A. Determinante interrogativo;


B. Pronome indefinido;
C. Pronome pessoal;
D. Pronome demonstrativo;
E. Determinante demonstrativo;
F. Determinante possessivo.
4. Olhou posteriormente o átrio do palácio.

www.raizeditora.pt
Rita Mendes e Sónia Costa • Volta e meia 6 / Português 6.º ano 8
© Raiz Editora, 2018 • Todos os direitos reservados.

You might also like