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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ

CAMPUS PARANAGUÁ

Kethelin Nyuá Rocha

FIGURAS SONORAS – ALITERAÇÃO, ASSONÂNCIA,


ONOMATOPEIA E PARONOMÁSIA

Trabalho apresentado ao curso de Letras da Universidade


Estadual do Paraná –Campus Paranaguá como requisito
parcial para a obtenção de nota para o 4º Bimestre sob a
orientação do professor Nilceu Tavares.

Paranaguá
2017
FIGURAS DE LINGUAGEM

Conforme Ernani Terra (2013), figuras de linguagem são as formas


linguísticas usadas para exprimir o pensamento de modo original, criativo. De
acordo com o estudioso, as figuras de linguagem exploram o sentido conotativo
das palavras ou expressões, realçam a sonoridade das palavras e frases e, até
mesmo, organizam a frase, afastando-a, de algum modo, de uma estrutura
gramatical padrão, a fim de dar destaque a algum de seus elementos.
Terra (2013) ainda afirma que as figuras de linguagem não são
exclusividades da literária, podendo ser encontradas em qualquer situação em
que se use a linguagem de forma original e criativa.
Abaixo, destacamos as seguintes figuras de som que fazem parte das
figuras de linguagem, pois são recursos utilizados para valorizar a
expressividade do texto, por meio da sonoridade, ou seja, da repetição de sons:
a aliteração, a assonância, a onomatopeia e a paronomásia.

 ALITERAÇÃO

De acordo com Ernani Terra (2013) a aliteração consiste na repetição


ordenada de mesmos sons consonantais. Ocorre geralmente, no início das
palavras, que compõem versos ou frases, mas pode estar também no meio ou
no fim.

“Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando... Dança doido, dá de duro,
dá de dentro, dá direito... Vai, vem, volta, vem na vara, vai não volta, vai
varando...” (Guimarães Rosa)

“O rato roeu a roupa do rei de Roma”

“Vozes veladas, veludosas vozes

Volúpias dos violões, vozes veladas

Vagam nos velhos vórtices velozes

Dos ventos vivas vãs vulcanizadas…” (Cruz e Souza)


 ASSONÂNCIA
Terra (2013) afirma que a assonância consiste na repetição ordenada de
mesmo sons vocálicos.
“O que o vago e incógnito desejo/ de ser eu mesmo de meu ser me deu”
(Fernando Pessoa)

Berro pelo aterro, pelo desterro


Berro por seu berro, pelo seu erro
Quero que você ganhe, que você me apanhe
Sou o seu bezerro gritando mamãe
(Qualquer Coisa – Caetano Veloso)

 ONOMATOPEIA
De acordo com Terra (2013), consiste na criação de uma palavra para
imitar sons e ruídos, porém, a onomatopeia procura imitar ruídos e não apenas
sugeri-los.
“Não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano” (Machado
de Assis)
Chega de blá-blá-blá!
Há! Há! He! He! rsrsrs!
Argh!
Grrrrrr!
O sino da igrejinha faz “blem,blem blem”!

 PARONOMÁSIA
De acordo com Terra (2013), a paronomásia consiste na aproximação de
palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.
“Conhecer as manhas e as manhãs / o sabor das massas e das maçãs”
(Almir Sater e Renato Teixeira)
“Com tais premissas, ele sem dúvida leva-nos às primícias. ” (Padre
Antônio Vieira)
“Exportar é o que importa. ” (Delfim Netto)
“Sagres sagrou então a Descoberta/E partiu encoberto a descobrir. ”
(Miguel Torga)

REFERÊNCIAS

TERRA, E. Minigramática. São Paulo: Editora Scipione, 2013.

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