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PARA O DESENVOLVIMENTO:
IMPLEMENTANDO SOLUÇÕES NO BRASIL
MÓDULO I
INTRODUÇÃO ÀS PARCERIAS
PÚBLICO-PRIVADAS
UNIDADE 2: OS DESAFIOS DA INFRAESTRUTURA
E COMO AS PPPs PODEM COLABORAR
Parcerias Público Privadas para o Desenvolvimento:
Implementando Soluções no Brasil
Documento original:
Public Private Partnerships Reference Guide Version 2.0 (IDB-WB-ADB)
Tradução ao português:
EY Brasil (www.ey.com/br)
Pesquisa bibliográfica:
Cecilia Justino
Estilo e Diagramação:
Manthra Comunicación Integral
Copyright©2015 Banco Interamericano de Desarrollo. Esta obra está sujeita a uma licença CreativeCommons
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As opiniões expressas nesta publicação são de responsabilidade dos autores e não necessariamente refle-
tem a posição do Banco Interamericano de Desenvolvimento, de sua Diretoria Executiva ou dos países que
representa.
MÓDULO I
UNIDADE 2: OS DESAFIOS DA INFRAESTRUTURA E
COMO AS PPPs PODEM COLABORAR
ÍNDICE
Objetivo do módulo 4
Objetivos de aprendizagem 4
Ideias principais 29
Bibliografia sugerida 30
Anexo 1. 32
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INTRODUÇÃO ÀS PARCERIAS
PÚBLICO-PRIVADAS
OBJETIVO DO MÓDULO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Identificar as principais limitações de infraestrutura enfrentadas pelos
governos na América Latina e no Caribe (ALC).
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MÓDULO I
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COMO AS PPPs PODEM COLABORAR
CONTEXTO NO BRASIL
2. OS DESAFIOS DA INFRAESTRUTURA E
COMO AS PPPs PODEM COLABORAR
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INTRODUÇÃO ÀS PARCERIAS
PÚBLICO-PRIVADAS
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MÓDULO I
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COMO AS PPPs PODEM COLABORAR
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INTRODUÇÃO ÀS PARCERIAS
PÚBLICO-PRIVADAS
CONTEXTO NO BRASIL
A SITUAÇÃO ATUAL DO BRASIL NO SETOR DE INFRAESTRUTURA
2 FOMIN (2015). Alianzas para la innovación en el acceso a servicios básicos. Disponible en: : http://
www.fomin.org/es-es/PORTADA/Conocimiento/Publicaciones/idPublication/115807.aspx
3 http://www.fomin.org/es-es/PORTADA/Conocimiento/Publicaciones/idPublication/115807.aspx.
4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l11079.htm.
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MÓDULO I
UNIDADE 2: OS DESAFIOS DA INFRAESTRUTURA E
COMO AS PPPs PODEM COLABORAR
Gráfico 1.
Os desafios da infraestrutura e como as PPPs podem colaborar
O que existe de errado Como as PPPs podem colaborar? ?Ações complementares
na infraestrutura?
Aumento de
Recursos
Orçamentários
Melhor capacidade
Experiências e incentivos
institucional e
do setor privado
de gestão do
setor público
Manutenção Perspectiva de investimento
inadequada de longo prazo
Fonte: Introducción a las Asociaciones Público Privadas, Unidad 2: Los desafíos de la infraestructura y
cómo pueden ayudar las APP, versão em espanhol, BID, 2015.
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INTRODUÇÃO ÀS PARCERIAS
PÚBLICO-PRIVADAS
6 “Value for Money (VfM)” em inglês, ou não tem tradução literal para o português - neste documento será
retratado como value for money. É a combinação ótima entre os custos assumidos pelo setor público para
desenvolver um projeto de infraestrutura, e seu aporte para atender satisfatoriamente as necessidades
dos usuários. Em geral, o VfM é gerado quando os benefícios derivados de uma infraestrutura superam os
custos incorridos para o desenvolvimento e os custos que serão incorridos para operação e manutenção
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MÓDULO I
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COMO AS PPPs PODEM COLABORAR
Entretanto, as PPPs não podem ser consideradas uma panaceia para solucionar
problemas de desempenho de toda a infraestrutura. Existem problemas que
as PPPs não podem resolver, ou que, inclusive, podem contribuir para o agrava-
mento:
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INTRODUÇÃO ÀS PARCERIAS
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7 “Banco Mundial.
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8 Estabelece o critério de contabilização temporal de receitas e gastos em função do fluxo real de bens e
serviços, ao invés de fazê-lo atendendo a fluxos monetários que se produzam.
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INTRODUÇÃO ÀS PARCERIAS
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CONTEXTO NO BRASIL
Por outro lado, existem certas deficiências e riscos das PPPs para superar as
limitações:
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• Riscos fiscais. Mesmo quando se espera que uma PPP absorva a maio-
ria dos riscos, a administração pública costuma assumir ou compartilhar
certas contingências do projeto. Por exemplo, os governos podem ofe-
recer garantias sobre fatores de risco específicos, como demanda, taxas
de câmbio ou determinados custos. De outro lado, os contratos de PPP,
usualmente, contêm cláusulas de compensação no caso de encerramento
do acordo, por uma variada gama de razões. Deve-se conciliar a aceitação
desses riscos a uma adequada atribuição dos mesmos. Entretanto, essa
prática gera passivos contingentes para o governo, cujos custos podem ser
mais difíceis de avaliar do que os dos passivos diretos e os custos diretos
de capital que surgem em um projeto de investimento público tradicional.
9 Reino Unido, Câmara dos Lordes, Comitê Especial sobre Assuntos Econômicos (2010). Private finance
projects and off-balance sheet debt.
I0 I rwin, Tim (2007). Government guarantees: allocating and valuing risk in privately financed infrastructure
projects. Washington, DC.: Banco Mundial.
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11 Contribuição a um projeto ou empresa sob a forma de esforço ou trabalho. No caso das startups (em-
presas emergentes, empreendimentos), é definido como o capital que se obtém como recompensa pelo
tempo e esforço envidados pelas pessoas que contribuíram com o projeto, geralmente desde o início da
startup. No caso das propriedades imobiliárias, refere-se ao valor agregado de reformas realizadas pelos
donos dos imóveis.
12 Ehrhardt, David e Tim Irwin (2004). Avoiding customer and taxpayer bailouts in private infrastructure
projects: policy toward leverage, risk, allocation, and bankruptcy.
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• Não terão uma visão total dos potenciais projetos que poderiam im-
plantar,
13 Segundo um estudo de Flyvbjerg [Flyvbjerg, Bent, MetteHolm & SørenBuhl (2002). “Underestimating
costs in public worksproject: error or lie?”,em Journal of the American Planning Association, 68(3): 279-
295], 258 projetos de transporte revelaram que os custos reais eram, em média, 28% mais altos que os
planejados, e 65% mais altos que a média, para projetos fora da Europa e América do Norte.
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INTRODUÇÃO ÀS PARCERIAS
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MÓDULO I
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• Quando o parceiro privado de uma PPP não assume o risco, por exem-
plo, do tráfego ou outros riscos do projeto, o incentivo para que seja feita
uma análise mais rigorosa é menor. As estruturas das PPPs, inclusive, po-
dem minimizar os incentivos de uma análise mais rigorosa por parte do
governo, ocultando custos e riscos que este assume de verdade.
• As PPPs podem abrir espaço para a corrupção, que pode ser o direciona-
mento na seleção de projetos. Quando a seleção de projetos não se ba-
seia na análise e, sim, é influenciada por atos de corrupção ou interesses
políticos, as PPPs costumam ser afetadas.
CONTEXTO NO BRASIL
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INTRODUÇÃO ÀS PARCERIAS
PÚBLICO-PRIVADAS
15 https://www.radarppp.com/realizacoes/publicacoes/guia-pratico-para-estruturacao-de-progra-
mas-e-projetos-de-ppp/.
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MÓDULO I
UNIDADE 2: OS DESAFIOS DA INFRAESTRUTURA E
COMO AS PPPs PODEM COLABORAR
Tabela 1.
“Comparação entre PPP e aquisições públicas no Reino Unido”
PROPORÇÃO DE PROPORÇÃO DE
PROJETOS ACIMA DO PROJETOS FORA DO
FONTE COMPARAÇÃO ORÇAMENTO (%) CRONOGRAMA (%)
Escritório Na-
Da adjudicação do
cional de Audi- 22% 73% 24% 70%
contrato até o final
toria, 2003
Escritório Na-
Da adjudicação do
cional de Audi- 35% 46% 31% 37%
contrato até o final
toria, 2008
16 Escritório Nacional de Auditoria (2003). “PFI: construction performance”. Relatório do auditor e do Au-
ditor Geral da Câmara dos Lordes, Seção 2002-2003, 5 de fevereiro, Londres; e “Performance of PFI cons-
truction” (2009).
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INTRODUÇÃO ÀS PARCERIAS
PÚBLICO-PRIVADAS
17 Gassner, K., A. Popov & N. Pushak (2009). “Does private sector participation improve performance in elec-
tricity and water distribution?”. Em Trends and Policy Options, N.° 6. Banco Mundial.
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COMO AS PPPs PODEM COLABORAR
18 De uma amostra de mais de mil concessões outorgadas na América Latina e Caribe, entre 1985 e 2000,
Guasch descobriu que 10% das concessões de eletricidade, 55% das concessões de transporte e 75% das
concessões de água eram renegociadas. Estas renegociações ocorreram em média 2,2 anos depois da
outorga da concessão [José LuisGuasch (2004). Granting and renegotiating infrastructure concessions:
doing it right. Banco Mundial].
19 Abrantes de Sousa, M. (2011). “Managing PPP for budget sustainability the case of PPP in Portugal, from
problems to solutions”Em blogspot de PPPlusofonia, 30 de outubro.
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INTRODUÇÃO ÀS PARCERIAS
PÚBLICO-PRIVADAS
Fuente: Crampes, Claude y Antonio Estache (1996). “Regulating water concessions: lessons from the
Buenos Aires concession, public policy for the private sector”. Nota 91 de Viewpoint, septiembre.
Chisari, Omar, Antonio Estache y Carlos Romero (1997). “Winners and losers from utility privatization
in Argentina”. Documento de Trabajo de Investigación de Políticas 1824, septiembre. Banco Mundial.
Alcázar, Lorena, Manuel A. Abdala y Mary M. Shirley (2006). “The Buenos Aires water concession”.
Documento de Trabajo de Investigación de Políticas 2311, abril. Banco Mundial.
Cohen, Michael y Alexandre Brailowsky (eds.) (2004). Citizenship and governability: the unexpected
challenges of the water and sanitation concession in Buenos Aires. Nueva York: The New School
University.
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A manutenção inadequada aumenta os custos de vida útil, uma vez que dimi-
nui os benefícios de um projeto. A manutenção periódica costuma ser a forma
menos onerosa de conservar as obras de infraestrutura dentro de um padrão
que permita oferecer bons serviços - a outra opção é permitir que a qualidade
piore até que sejam necessárias consideráveis ações de reabilitação ou refor-
ma. Não obstante, as questões políticas ou interesses pessoais podem incidir
nos gastos de infraestrutura, favorecendo novas obras de infraestrutura em
detrimento da manutenção das existentes.
Como as PPPs podem colaborar com uma manutenção adequada dos ativos de
infraestrutura?
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INTRODUÇÃO ÀS PARCERIAS
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Ainda assim, em alguns casos, as PPPs enfrentam certas limitações para incen-
tivar a melhoria do processo de manutenção:
• Nas PPPs em que há pagamentos por parte do usuário, e nas quais a em-
presa da PPP é um provedor de um mercado tipicamente monopolista; ou
outras que são pagas pelo governo, caso não exista especificação clara,
sistema de monitoramento e o cumprimento cuidadoso dos padrões de
qualidade e segurança.
20 Liautaud, G. (2001). Maintaining roads: experience with output-based contracts in Argentina. Washing-
ton, DC: Banco Mundial.
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COMO AS PPPs PODEM COLABORAR
IDEIAS PRINCIPAIS
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INTRODUÇÃO ÀS PARCERIAS
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BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
• Fischer, Ronald (2011). “The promise and peril of ppps: lessons from the chilean
experience”. Documento de Trabalho 11/0483. London School of Economics.
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INTRODUÇÃO ÀS PARCERIAS
PÚBLICO-PRIVADAS
ANEXOS
ANEXO 1.
Aumentar o financiamento
disponível Uso das PPPs para evitar o
controle da administração
Superar as limitações financeira governamental.
Recursos insuficientes orçamentárias de caixa em
curto prazo Riscos fiscais (passivos
explícitos e implícitos)
Superar as limitações de para o governo
endividamento do setor público
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REFERÊNCIA DESCRIÇÃO
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REFERÊNCIA DESCRIÇÃO
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REFERÊNCIA DESCRIÇÃO
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REFERÊNCIA DESCRIÇÃO
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