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Administração

Nova Gestão Pública

Professor: Rafael Ravazolo

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Administração

1.1. Nova Gestão Pública

Também chamado de Administração Pública Gerencial, Modelo Gerencialista, ou Pós-


Burocrático, o movimento da Nova Gestão Pública (New Public Management) iniciou-se no
Reino Unido, na década de 70, foi adotado nos Estados Unidos nos anos 80 e logo se expandiu
pelo mundo, atingindo a América Latina, principalmente na década de 90.
Esse modelo é uma resposta, de um lado, à expansão das funções econômicas e sociais dos
Estados, e, de outro, ao desenvolvimento tecnológico e à globalização da economia mundial,
uma vez que ambos deixaram à mostra os problemas associados à adoção do modelo
burocrático.
Buscava-se a substituição do Modelo Burocrático (ineficiente) pelo Modelo Gerencial.
O propósito da NPM era diminuir o tamanho do Estado, em particular, promover a redução do
tamanho da máquina administrativa, aumentar sua eficiência e criar mecanismos voltados à
responsabilização dos atores políticos.
O nome Gerencial advém da incorporação, pelo serviço público, de alguns pressupostos e
inovações da administração gerencial - privada -, como:
•• diminuição de níveis hierárquicos (downsizing);
•• valorização e o maior poder aos funcionários (empowerment);
•• descentralização administrativa;
•• foco nos resultados e nos clientes (serviços públicos voltados para o consumidor);
•• administração por objetivos
•• pagamento por desempenho
•• qualidade total etc.
A administração pública gerencial constitui, portanto, um avanço e um rompimento com os
padrões da administração pública burocrática, apesar de não negar todos os princípios da
burocracia. Pelo contrário, a administração pública gerencial está apoiada na burocrática,
da qual conserva, embora flexibilizando, alguns dos seus princípios fundamentais, como
a admissão segundo rígidos critérios de mérito, a existência de um sistema estruturado e
universal de remuneração, as carreiras, etc.
Pode-se dizer que a Nova Gestão Pública passou por três fases, ou movimentos: Gerencialismo,
Consumerismo e Serviço Orientado ao Cidadão.

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1.1.1. Gerencialismo Puro (Managerialism): fazer mais com menos

O foco na eficiência (gerencialismo puro) por si só não foi suficiente. A lógica de Plano (o qual
estabelece, a partir de uma racionalidade técnica, o melhor programa a ser cumprido) foi
substituída por uma lógica de estratégia, na qual são levadas em conta as relações entre os
atores envolvidos em cada política, de modo a montar cenários que permitam a flexibilidade
necessária para eventuais alterações nos programas governamentais.
Surge, então, um novo modelo que foca na melhoria da qualidade da prestação dos serviços
para o cliente direto a partir da flexibilidade de gestão. É o chamado Paradigma do Consumidor/
Cliente: procura dar ao cidadão-usuário atendimento semelhante ao que ele teria como cliente
em uma empresa privada, ou seja, visava ao atendimento das necessidades definidas pelos
próprios cidadãos-usuários, tratando-os como consumidores a serem satisfeitos.
Três medidas faziam parte da estratégia para tornar o poder público mais leve, ágil e
competitivo:
•• Descentralização administrativa com grande delegação de autoridade, partindo do
princípio de quanto mais próximo estiver o serviço público do consumidor, mais fiscalizado
pela população ele o será;
•• Competição entre as organizações do setor público;
•• Adoção de um novo modelo contratual para os serviços públicos, em contraposição ao
monopólio estatal - a extensão do fornecimento de serviços públicos entre o setor público,
o setor privado e o voluntário/não lucrativo. Baseia-se na ideia de que, numa situação de
falta de recursos, a melhor forma de aumentar a qualidade é introduzir relações contratuais
de competição e de controle.
A visão do cidadão como simples consumidor está vinculada à tradição liberal, que dá, na
maioria das vezes, maior importância à proteção dos direitos do indivíduo do que à participação
política.

1.1.3. Serviço Orientado ao Cidadão: fazer o que deve ser feito


O termo em inglês é PSO (Public Service Orientation).
As críticas à visão do cidadão como cliente fizeram o modelo evoluir para o Serviço Orientado
ao Público/Cidadão, que se baseia em conceitos ignorados até então pela visão gerencial:
accountability, transparência, participação política, equidade e justiça.
O cidadão passa a ser tratado efetivamente como um agente (ativo) a ser ouvido, alguém com
direitos e deveres - cidadania.
Aqui, não se busca apenas descobrir como fazer/organizar o serviço público para agradar aos
cidadãos. A pergunta verdadeira é “o que deve ser feito?”, demonstrando para o cidadão os
benefícios, efeitos e impactos diretos ou indiretos do exercício da atividade pública (efetividade).
Entende-se que, a partir da nova gestão pública, o Estado ganha dinamismo e reduz seu papel
de executor ou prestador direto de serviços, mantendo-se, entretanto, no papel de regulador,
provedor ou promotor destes, principalmente dos serviços sociais como educação e saúde,

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que são essenciais para o desenvolvimento. Como promotor desses serviços, o Estado continua
a subsidiá-los, buscando, ao mesmo tempo, o controle social direto e a participação da
sociedade.

Nesta nova perspectiva, busca-se o fortalecimento das funções de regulação e de coordenação


do Estado, particularmente no nível federal, e a progressiva descentralização vertical, para os
níveis estadual e municipal, das funções executivas no campo da prestação de serviços sociais
e de infraestrutura.

Pode-se dizer, em suma, que o objetivo da Nova Gestão Pública é modernizar o aparelho do
Estado, tornando a administração pública mais eficiente, eficaz e efetiva e mais voltada para o
cidadão, buscando maior governança, controle por resultados e accountability.

Eficiência: refere-se ao bom uso dos recursos disponíveis. É a relação entre os insumos
utilizados e os produtos/serviços gerados.
Eficácia: está relacionada ao alcance dos objetivos. É a relação entre os resultados obtidos e
os resultados esperados.
Efetividade: diz respeito ao impacto positivo gerado na sociedade.
Accountability é a responsabilização dos agentes públicos pelos atos praticados e sua
obrigação ética de prestar contas. Em outras palavras, é o conjunto de mecanismos e
procedimentos que induzem os dirigentes governamentais a prestar contas dos resultados de
suas ações à sociedade, garantindo, dessa forma, maior nível de transparência, participação
da sociedade e exposição das políticas públicas. Quanto maior for a possibilidade de os
cidadãos discernirem se o agente público está agindo em prol da coletividade e de sancioná-
lo, mais accountable é um governo.
Horizontal: exercido por instituições do Estado devidamente encarregadas da prevenção,
reparação e punição de ações ilegais cometidas por agentes públicos. É feita pelos
mecanismos institucionalizados, abrangendo os Poderes e também agências governamentais
que tenham como finalidade a fiscalização do poder público e de outros órgãos estatais,
como por exemplo os Tribunais de Contas.
Vertical: são as atividades de fiscalização feitas pela sociedade procurando estabelecer
formas de controle sobre o poder público. Para grande parte dos autores, ela é exercida “de
baixo para cima”, por pessoas e entidades da sociedade civil, geralmente sob a forma de voto
ou de mobilizações. Certo autor separou a vertical em duas: Eleitoral - os eleitores avaliam
governos e fazem suas escolhas; Societal – especificamente para o controle exercido por
agentes ou entidades de representatividade social (conselhos, associações etc.), ou seja,
grupos se mobilizam para impor suas demandas em relação à prevenção, reparação ou
punição de ilegalidades. Outro autor aventou a possibilidade de uma accountability vertical
“de cima para baixo”, quando há direito de sanção a partir de uma relação de hierarquia, ou
seja, entre chefia e subordinados.

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1.1.3.1. Governança
O termo Governança busca expandir e superar o atual paradigma de administração pública.
O termo Administração Pública está associado a um papel preponderante do estado como
executor direto no desenvolvimento, na gestão de políticas públicas e no provimento de
serviços. O modelo de gestão alinhava-se principalmente com modelos burocráticos ortodoxos,
espelhados em modelos organizacionais mecanicistas, dotados de características de hierarquia,
verticalização, rigidez, isolamento.
A Governança pública, por sua vez, baseia-se em múltiplos arranjos com a participação de
diversos atores (estado, terceiro setor, mercado etc.) no desenvolvimento, na gestão de políticas
públicas e no provimento de serviços. Governança é capacidade administrativa do Estado em
formular e implementar políticas públicas, é a forma com que os recursos econômicos e sociais
são gerenciados, com vistas a promover o desenvolvimento.
Este modelo não diminui a importância do estado, mas qualifica-o com o papel de orquestrador,
coordenador, direcionador estratégico, indutor e fomentador absolutamente essencial dos
vários agentes (governamentais ou não) para atingir resultados de interesse público.
Este paradigma promove a adoção de modelos de gestão pós ou neo-burocráticos, tais como:
redes, modelos de gestão orgânicos (flexíveis, orientados para resultados, foco no beneficiário),
mecanismos amplos de accountability, controle e permeabilidade.
A orientação para resultados é uma fixação deste novo paradigma, ou seja, o que está em foco
são as novas formas de geração de resultados em um contexto contemporâneo complexo e
diversificado.
Nesse contexto, uma boa gestão é aquela que alcança resultados, independentemente
de meritórios esforços e intenções. E, alcançar resultados, no setor público, é atender às
demandas, aos interesses e às expectativas dos beneficiários, sejam cidadãos ou organizações,
criando valor público.
A função principal do Estado-nação no mundo contemporâneo – realizada por meio do
governo e da administração pública – é a de ampliar de forma sistemática as oportunidades
individuais, institucionais e regionais. Deve preocupar-se, também, em gerar estímulos para
facilitar a incorporação de novas tecnologias e inovações no setor público que proporcionem as
condições exigidas para atender às demandas da sociedade contemporânea.
Em relação aos pilares do modelo da nova gestão pública, destacam-se a participação cidadã,
a transparência e a medição de resultados.
Essas tarefas são permanentes e exigem participação proativa de todos os atores envolvidos –
dirigentes, políticos, órgãos de controle – e, especialmente, da sociedade organizada.
O termo governança, em sentido amplo, pode ser definido como um processo complexo de
tomada de decisão que antecipa e ultrapassa o governo.
Uma boa governança pública, à semelhança da corporativa, está apoiada em quatro princípios:
relações éticas; conformidade, em todas as suas dimensões; transparência; e prestação
responsável de contas. A ausência desses princípios requer mudança na forma de gestão.
Os aspectos frequentemente evidenciados na literatura sobre a governança estão relacionados:
à legitimidade do espaço público em constituição; à repartição do poder entre aqueles

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que governam e aqueles que são governados; aos processos de negociação entre os atores
sociais (os procedimentos e as práticas, a gestão das interações e das interdependências, o
estabelecimento de redes e os mecanismos de coordenação); à descentralização da autoridade
e das funções ligadas ao ato de governar; à responsabilidade em atender a sociedade; à
supervisão; ao controle; e à assistência social.
Existe um ponto em comum entre os inúmeros autores que tratam do tema que envolve
os princípios da boa governança: a responsabilidade do gestor público em prestar contas
(accountability) e a necessidade de promover o controle.
Os princípios mais relevantes a que as entidades do setor público devem aderir para
efetivamente aplicarem os elementos de governança corporativa e alcançarem as melhores
práticas são: liderança, integridade e compromisso (relativos a qualidades pessoais) e
responsabilidade em prestar contas, integração e transparência (são principalmente o produto
de estratégias, sistemas, políticas e processos).

1.1.4. Princípios da administração pública gerencial


O Prof. Dr. Humberto Falcão Martins define as seguintes características:
a) caráter estratégico ou orientado por resultado das decisões;
b) descentralização;
c) flexibilidade;
d) desempenho crescente e pagamento por produtividade;
e) competitividade interna e externa;
f) direcionamento estratégico;
g) transparência e cobrança de resultados (accountability);
h) padrões diferenciados de delegação decisória;
i) separação da política de sua gestão;
j) desenvolvimento de habilidades gerenciais;
k) terceirização;
l) limitação da estabilidade de servidores e regimes temporários de emprego;
m) estruturas diferenciadas.
Na administração pública gerencial, a estratégia volta-se para:
•• a definição precisa dos objetivos que o administrador público deverá atingir em sua unidade
(com foco nos resultados e nos clientes);
•• a garantia de autonomia do administrador na gestão dos recursos humanos, materiais
e financeiros que lhe forem colocados à disposição para que possa atingir os objetivos
contratados;
•• a reorientação dos mecanismos de controle: o controle na perspectiva burocrática (a priori)
representa um entrave à ação eficiente e inovadora. Na medida do possível, o controle
deve ser feito a posteriori, baseado em indicadores de resultados

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Estado racionalizado •• Redução das tarefas do estado.

•• Separação dos níveis estratégicos e


Separação dos níveis de decisão operacionail: A politica decide OQUE e a
administração COMO.

•• Aplicação de gestão por objetivos,


hierarquia planejada, gestão por
Gestão racionalizada projetos, remuneração de acordo com
o desempenho e métodos modernos de
liderança.

•• Orientação de acordo com o cliente:


Nova atitude nos serviços Satisfação como ponto central; mudança
de comportamento.

•• Atitudes definidas por metas claras,


Novo sistema de controle avaliação de resultados, transparência na
aplicação de recursos.

descentralização •• Tarefas, responsabilidade, competência.

•• Garantia de serviços de qualidade de


Gestão de qualidade acordo com a formação, competência e
pela transparência.

•• Descrição de todos os serviços


administrativos como "produtos":
Enfoque no produto
recursos, custos, clareza no prazo de
entrega.

Quanto aos princípios, são:


a) Reorientação dos mecanismos de controle: o controle na perspectiva burocrática (a priori)
representa um entrave à ação eficiente e inovadora. Na medida do possível, o controle
deve ser feito a posteriori, baseado em indicadores de resultados, revertendo a cultura
e as práticas gerais da administração pública, focada primordialmente nos meios e nos

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recursos. Muito mais relevante que o foco no controle da legalidade e no cumprimento do


rito burocrático, é a abordagem centrada no alcance de objetivos/resultados.
b) Foco na racionalização de recursos - eficiência: o Estado não dispõe de recursos infinitos
para realizar os investimentos para o alcance de todos os objetivos sociais, devendo,
por isso, através da busca da eficiência, melhorar a qualidade do gasto público. Para
isso, é necessário aumentar a produtividade e construir uma consciência de custos na
administração pública.
c) Focalização da ação do Estado no cidadão: o Estado tem o dever de buscar melhorar a
qualidade da prestação do serviço público na perspectiva de quem o usa (cidadão),
ampliando o atendimento das demandas sociais, reduzindo o tempo de resposta e
aumentando a satisfação do cidadão-usuário (excelência no atendimento).
d) Flexibilidade administrativa: faz-se necessário o aumento de autonomia - e consequente
descentralização - que permita às organizações públicas e aos servidores alcançarem os
resultados esperados.
e) Controle social: é preciso ampliar os mecanismos de transparência através da prestação
social de contas e da avaliação de desempenho, permitindo à sociedade um melhor
controle da administração pública (accountability). A cobrança da sociedade é um fator
fundamental para a melhoria da prestação dos serviços públicos.
f) Valorização do servidor: é condição essencial para que o processo de modernização
administrativa tenha êxito, pois a qualidade profissional dos servidores e sua motivação
são condições necessárias para se alcançar todos os outros objetivos. É indispensável
descentralizar as atividades, dando empowerment (poder de decisão) para os indivíduos e
para as equipes, e responsabilizando-os pelo alcance dos resultados.
A seguir, um quadro comparativo entre a gestão burocrática e a gerencial.

Características Gestão pública burocrática Gestão pública gerencial


Modelo de gestão Rígido e ineficiente Flexível e eficiente
Maior confiança e flexibilidade
Ideologia Formalismo e rigor técnico
de gestão
Rigidez nos procedimentos,
Maior autonomia e
Atributos excesso de normas e
responsabilidade
regulamentos
Foco Poder do Estado Cidadão/ sociedade
Ênfase Processos/ procedimentos Resultados
Indicadores Produção Efetividade, eficácia e eficiência
Decisão Centralizada Descentralizada
Valorização do servidor,
Servidor público Estabilidade
investindo em capacitação

Controle “A priori” nos processos “A posteriori” nos resultados

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Slides – Nova Gestão Pública

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• Antecedentes:
‒Estados grandes, caros e ineficientes (burocráticos);
‒Crises Mundiais;
‒Necessidade de reequilíbrio financeiro/fiscal;
‒Desenvolvimento tecnológico e globalização – competição.
• Foco:
‒Superar a Adminstração Burocrática
o Rompe com os princípios negativos, mantém os positivos.
‒Melhorar a Administração Pública
o Eficiência, Redução de Custos, Aumento da Qualidade.
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Nova Gestão Pública


• New Public Management: Modelo Pós-Burocrático –
Modelo Gerencial
‒Conjunto de doutrinas administrativas que orientaram as
reformas da Adm. Pública em nível mundial.
‒Incorporação, pelo serviço público, de alguns pressupostos e
inovações da administração gerencial – privada
o Cuidado: não é exatamente igual à Adm. Privada.
 Downsizing e Empowerment
 Descentralização e autonomia
 Redução do tamanho da máquina administrativa
 Aumento da eficiência
 Criação de mecanismos voltados à responsabilização dos atores
políticos
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• Evolução:
‒Início: Neoliberalismo – diminuir o Estado, reduzir custos
‒Após: Qualidade dos serviços
Foco no cidadão

• Três fases (não são independentes, há um núcleo comum):


‒Gerencialismo puro: fazer mais com menos – eficiência e redução
de custos;
‒Consumerismo: fazer melhor – foco no cliente e na qualidade;
‒Serviço orientado ao cidadão: fazer o que deve ser feito –
efetividade, cidadania, equidade, Accountability.
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1 - Gerencialismo puro (Managerialism)


• Fazer mais com menos
‒Foco no aumento da eficiência
‒Redução de custos
‒Melhoria da qualidade do gasto público
‒Evitar o desperdício
‒Aumentar a produtividade
• Cidadão = taxpayer = contribuinte = financiador

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2 - Consumerismo
• Fazer melhor - melhoria da qualidade dos serviços
‒Uso de estratégia – análise de stakeholders
‒Descentralização administrativa e competição entre
organizações
‒Paradigma do Consumidor - dar ao cidadão atendimento
semelhante ao que ele teria como cliente em uma empresa
privada – visão liberal
‒Cidadão = cliente, consumidor, usuário dos serviços

Críticas ao modelo de Consumidor


• Relação cliente-fornecedor
‒Mais simples
‒Mais opções ao cliente (concorrência)
‒Tratamentos diferenciados
X
• Relação Cidadão-Servidor
• Mais complexa
• Monopólio estatal
• Serviços compulsórios
• Equidade no tratamento
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Críticas ao modelo de Consumidor


• Conceito de consumidor deve ser substituído
pelo de cidadão!
‒Termo mais amplo
‒Cidadania implica direitos e deveres
‒Participação ativa na elaboração das políticas e na
avaliação dos serviços públicos
‒Accountability

3 - Serviço orientado ao cidadão


• Public Service Orientation
‒Fazer o que deve ser feito
‒Acrescenta conceitos ignorados até então pela visão
gerencial: accountability, transparência, participação política,
equidade e justiça.
‒Cidadão é cidadão - mais que um consumidor, titular da coisa
pública

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• Objetivo da Nova Gestão Pública
‒modernizar o aparelho do Estado, tornando a
administração pública mais eficiente, eficaz e efetiva e
mais voltada para o cidadão, buscando maior
governança, controle por resultados e accountability.

‒Estado ganha dinamismo e reduz seu papel de executor


ou prestador direto de serviços, mantendo-se,
entretanto, no papel de regulador, provedor ou
promotor.
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Nova Gestão Pública


• Eficiência
• Eficácia
• Efetividade
• Governança
• Governabilidade
• Accountability
• Horizontal
• Vertical: Societal e Eleitoral
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Governança
• Pilares: participação cidadã, transparência e medição de
resultados.
‒Participação de diversos atores (estado, terceiro setor,
mercado etc.) no desenvolvimento, na gestão de políticas
públicas e no provimento de serviços.
‒Amplia de forma sistemática as oportunidades individuais,
institucionais e regionais;
‒Promove a adoção de modelos de gestão pós ou
neoburocráticos: redes, modelos de gestão orgânicos,
mecanismos amplos de accountability, controle e
permeabilidade.
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Governança
• É um processo complexo de tomada de decisão
que antecipa e ultrapassa o governo.

• Quatro princípios:
‒ relações éticas;
‒ conformidade, em todas as suas dimensões;
‒ transparência;
‒ prestação responsável de contas – accountability

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Nova Gestão Pública
• Prof. Dr. Humberto Falcão Martins:
a) caráter estratégico ou orientado por resultado das decisões;
b) descentralização;
c) flexibilidade;
d) desempenho crescente e pagamento por produtividade;
e) competitividade interna e externa;
f) direcionamento estratégico;
g) transparência e cobrança de resultados (accountability);
h) padrões diferenciados de delegação decisória;
i) separação da política de sua gestão;
j) desenvolvimento de habilidades gerenciais;
k) terceirização;
l) limitação da estabilidade de servidores e regimes temporários de emprego;
m) estruturas diferenciadas.
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Nova Gestão Pública

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Nova Gestão Pública


• Princípios:
‒Reorientação dos mecanismos de controle
‒Foco na racionalização de recursos
‒Focalização da ação do Estado no cidadão
‒Flexibilidade administrativa
‒Controle social – participação cidadã
‒Valorização dos servidores
‒Transparência

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Gestão Burocrática X Gerencial


Características Gestão pública burocrática Gestão pública gerencial
Modelo de gestão Rígido e ineficiente Flexível e eficiente
Formalismo, desconfiança e rigor
Ideologia Maior confiança e flexibilidade de gestão
técnico
Rigidez nos procedimentos, excesso
Atributos Maior autonomia e responsabilidade
de normas e regulamentos
Foco Poder do Estado Cidadão / sociedade
Ênfase Processos / procedimentos Resultados
Indicadores Produção Efetividade, eficácia e eficiência
Decisão Centralizada, autoritária Descentralizada, com delegação de poderes
Valorização do servidor, investindo em
Servidor público Estabilidade
capacitação
Controle
“A priori” nos processos “A posteriori” nos resultados
administrativo
Racionalidade absoluta para ser Campo de conflitos, cooperação e
Sociedade/ambiente
impessoal incertezas
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Papel do Estado Executor Regulador, provedor ou promotor

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