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ULTRASSOM MICROFOCALIZADO NO TRATAMENTO DE FLACIDEZ TISSULAR

FACIAL

MICRO FOCUSED ULTRASOUND IN THE TREATMENT OF FACIAL TISSUE


FLACCIDITY

Camila Augusta de Oliveira Silva – Acadêmica de Bacharel Estética – Centro


Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO de Lins – SP
caah_oliveira@hotmail.com
Thaynara Cristina Sales Ferreira – Acadêmica de Bacharel Estética– Centro
Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO de Lins – SP
tha.sales@outlook.com
Patricia Maris Vedroni Belmar Nascimento – Profª. Orientador – Centro Universitário
Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO de Lins – SP
patbelmar@hotmail.com

RESUMO

A flacidez tissular é uma disfunção que acomete a maioria das mulheres em


idades mais avançadas. O objetivo deste experimento foi demonstrar os benefícios
do ultrassom microfocalizado no tratamento de flacidez tissular facial em mulheres
de 55 a 65 anos. Os resultados esperados foram, amenizar a aparência das rugas e
melhorar a textura e o tônus muscular. Trata-se de uma pesquisa experimental de
abordagem qualitativa, com análise de imagens “antes e depois” e revisão
bibliográfica. Para o experimento foram recrutadas 5 voluntárias do gênero feminino
apresentando flacidez facial que, após anamnese, avaliação facial e esclarecidas
sobre os métodos e objetivos do trabalho, assinaram o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido e a autorização do uso da imagem. O tratamento consistiu de 3
sessões de aplicação do ultrassom microfocalizado, sendo uma sessão ao mês. Os
resultados se deram através de imagens do “antes e depois” e relatório de
satisfação. Na análise das fotos não foi possível observar nenhuma melhora
expressiva, não atingindo os resultados esperados.
.
Palavras chave: Flacidez tissular. Ultrassom microfocalizado. Estética facial.

ABSTRACT
The tissue flaccidity is a disfunction that assaults most advanced-aged
women. The objective of this experiment was to demonstrate the benefits of Micro
focused Ultrasound in the treatment of tissue flaccidity in women between 55 and 65

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years old. Where the hoped results were to soften appearance of wrinkles and to
improve the texture of muscle tone. It is a experimental research of qualitative
approach, with “before-after” analysis and bibliographic review. For the experiment,
were recruited 5 female-gendered volunteers showing facial flaccidity which, after
anamnesis, facial evaluation and clarified about the methods and objectives of the
research, signed the Term of Free and Clarified Consent and the authorization of use
of image. The treatment consisted in 3 sessions of micro focused ultrasound
application, being one session a month. The results were given by the “before-after”
images e report of satisfaction. In the analysis of the photos it wasn’ t possible to
observe any expressive improvement, and doesn’t reaching the hoped results.
Key words: Tissue Flaccidity. Micro Focused Ultrasound. Aesthetics Face.

INTRODUÇÃO

Observa-se que na atualidade a flacidez tissular facial vem sendo um dos


motivos pela procura por tratamentos estéticos, principalmente em mulheres com
idades mais avançadas onde há perda de tecido muscular e diminuição da produção
fibroblástica.
Com o envelhecimento, a pele tende a se tornar delgada e em alguns
locais, enrugada, seca e ocasionalmente escamosa. As fibras de colágeno
da derme tornam-se mais grossas, as fibras elásticas perdem parte de sua
elasticidade e há um decréscimo gradual da gordura depositada no tecido
subcutâneo. Todas estas alterações propiciam o aparecimento da
flacidez que neste caso envolve a flacidez da pele e a hipotonia
muscular (GUIRRO e GUIRRO, 2004 apud MACÁRIO, 2014 p.11).

Para este experimento, foi eleito o equipamento de ultrassom microfocalizado


pois, Pedrotti (2016) relata que o MFU pode aumentar a quantidade de fibras de
colágeno e elastina na derme papilar e reticular superficial, média e profunda e no
Sistema Músculo Aponeurótico Superficial (SMAS), os resultados são analisados
após 1 a 2 meses da aplicação, podendo ser observados de 6 meses a 1 ano após o
tratamento.
Considerando que, segundo Bani, Calosi, Faggioli, (2014) a compactação
dérmica foi imediatamente alcançada com a aplicação do ultrassom, por isso,
acredita- se que essa técnica seja eficaz no tratamento de flacidez tissular facial.

1 ENVELHECIMENTO CUTÂNEO

Envelhecer é um processo natural que ocorre desde que nascemos, e


compreende uma série de modificações e alterações contínuas no organismo,
porém, fica mais evidente após a terceira idade. Pode-se considerar que a qualidade

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do envelhecimento esta relacionada diretamente com a qualidade de vida a qual o
organismo foi submetido (GUIRRO, GUIRRO, 2004).
Souza et al. (2007), relatam que o envelhecimento é um processo lento,
progressivo e irreversível, influenciado por diversos fatores intrínsecos e extrínsecos.
O envelhecimento intrínseco é consequência do desgaste natural do
organismo, tanto geneticamente quanto pelo tempo cronológico, ocasionando uma
mudança gradual e constante na homeostase do organismo (FRAZÃO, MANZI,
2012; BORGES, SCORZA, 2016).

São alterações clínicas, histológicas e fisiológicas que ocorrem na pele e


músculos no processo de envelhecimento, tais como, perda de gordura,
colágeno, elastina, flacidez de pele e de músculo. A hereditariedade é
outro fator que tem forte influência no envelhecimento (FRAZÃO, MANZI,
2012, p. 755).

Já o envelhecimento extrínseco é causado por fatores ambientais,


principalmente a radiação ultravioleta (UV), por isso também, pode ser chamado de
fotoenvelhecimento, no qual as alterações surgem a longo prazo e se sobrepõe ao
envelhecimento intrínseco. Outros fatores como o tabagismo, o estilo de vida, a
alimentação, o peso, o estresse, privação de sono, também corroboram com esse
processo (SOUZA et al., 2007).
Segundo Bock, Noronha (2013) o envelhecimento afeta todo tipo de tecido do
organismo, com isto, o colágeno vai se tornando mais rígido, a elastina perdendo
sua elasticidade natural devido à redução do número de fibras elásticas e de outros
componentes do tecido conjuntivo.
Juntamente com o envelhecimento ocorre o declínio das funções do tecido
conjuntivo, fazendo com que as camadas de gordura sob a pele não consigam se
manter uniformes. A degradação das fibras elásticas, aliada a diminuição da
velocidade de troca de oxigenação dos tecidos, provoca desidratação da pele tendo
como resultado o surgimento da rigidez cutânea. (BOCK, NORONHA, 2013)
O envelhecimento ocasiona a flacidez facial generalizada com perda da
elasticidade do SMAS (MELO, 2008).

2 FLACIDEZ

Dentre os órgãos do corpo humano, o que mais revela o envelhecimento é a

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pele, e, com o passar dos anos aparece a flacidez que, combinada com as linhas de
tensão fornecem a base para o enrugamento desta (DUZ, 2011).
Guirro e Guirro (2004) dizem que a definição de flacidez ainda é tema de
discussão, uma vez que a flacidez da pele e a hipotonia muscular são consideradas
por alguns como uma entidade única, enquanto que para outros autores são
independentes.
Sendo assim, pode-se classificar a flacidez estética não como uma patologia
distinta, mas sim como uma sequela de vários episódios ocorridos ao longo da vida,
como a inatividade física e emagrecimento demasiado dentre outros (GUIRRO e
GUIRRO, 2004).
Além da vida sedentária ou dos distúrbios na pele, há outros fatores que
determinam a existência ou não de flacidez, como a parte hormonal feminina e a
predisposição genética, que em alguns indivíduos altera a estrutura da pele,
ocasionando a diminuição ou alteração das fibras de colágeno e elastina (LIMA,
RODRIGUES, 2012).
A flacidez também pode ocorrer com o envelhecimento fisiológico. Nota-se
que após a terceira década, inicia-se uma progressiva e contínua diminuição da
massa muscular esquelética e a maior parte desta é substituída por gordura
(GUIRRO e GUIRRO, 2004).
Silva, Mejia (2012) descrevem que a flacidez é definida como um distúrbio
inerente ao processo natural ou de envelhecimento acelerado da pele onde,
inicialmente, há uma redução no metabolismo celular e como resultado ocorre uma
perda de colágeno e da biossíntese de elastina, assim diminuindo o número de
fibroblastos, fazendo com que a derme perca seu trofismo normal e sua capacidade
de reposição natural.

A flacidez facial acontece pela alteração e diminuição das estruturas


profundas trazendo um reflexo à superfície. Na derme, as fibras colágenas
se tornam mais grossas e as fibras elásticas perdem parte de sua
elasticidade, (onde o número de fibroblastos diminui), no tecido celular
subcutâneo, ocorre à diminuição de gordura. Também ocorre a
diminuição do trofismo (volume) e tônus muscular (força) e em fase
mais tardia diminuição do arcabouço ósseo. Acompanhando estas
mudanças pode haver ou não acúmulos localizados de gordura ( exemplo:
região sub-mentoniana (pescoço) (SILVA, MEJIA, 2012, p. 7).

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Ainda por Silva, Mejia (2012), a flacidez facial faz com que a pele perca sua
firmeza provocada pela frouxidão tecidual, com isto ocorre o aparecimento de rugas
superficiais e profundas, fazendo com que as bochechas e as pálpebras sejam as
primeiras a declinar, surgindo assim as marcas de expressão, rugas, depressões e
sulcos na pele, principalmente na região dos olhos, sulco nasogeniano, pálpebras,
pescoço, queixo e ao redor do orbicular da boca.

A flacidez tissular decorre de alterações na estrutura do tecido conjuntivo


de sustentação, representado pela matriz extracelular com as suas fibras
colágenas, elásticas e reticulares, proporcionando tônus e elasticidade à
pele (ITANO et. al, 2015, p.112).

São muitos os fatores que contribuem para acelerar este processo de


envelhecimento, como: fumo, sedentarismo, gravidez, distúrbios hormonais,
obesidade, emagrecimento excessivo em curto espaço de tempo, entre outros,
ocasionando a flacidez de pele em diversos graus, tanto no corpo como na face,
resultando em uma pele sem firmeza e elasticidade (KISNER, 2012).
Guirro e Guirro (2004) classificam a flacidez por fases, sendo:
Quadro 1- Classificação de flacidez por fases:

CLASSIFICAÇÃO DEFINIÇÃO
Lei de Hooke, ou seja, a tensão é diretamente
proporcional a habilidade do tecido em resistir
Fase elástica à carga. Nesta fase, quando o tecido for
submetido á uma tensão, apresentará
resistência. Voltará ao normal quando a carga
for retirada.

Com a carga mantida, o estiramento continua


Fase de flutuação e tende a um limite ou valor de equilíbrio.
Nesta fase ocorrem alterações nas cadeias de
carbono, portanto se a carga a que o tecido foi
submetido for retirada, não voltará à
configuração inicial.

Nesta fase ocorre uma deformação


Fase plástica permanente no tecido, ou seja, se o tecido
passar do seu limite de
elasticidade, esta deformação torna-se
permanente. O tecido já apresenta queda.

Depois de um estiramento total, o organismo


tentou reverter e não conseguiu. Neste caso,
Ponto de ruptura já há instalação de estrias, outro problema
estético. É como se um pano fosse esticado
até o máximo e não aguentasse a força - e
como consequência haveriam “rasgos”.
Fonte: Moreno, Disponivel em: https://www.mundoestetica.com.br/esteticageral/flacidez-tissular/

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Para Obagi (2004), a flacidez cutânea pode ser classificada em graus.

Quadro 2 – Classificação de flacidez em graus:

CLASSIFICAÇÃO DEFINIÇÃO
Linhas finas, com o sinal acordion positivo (formação de rugas finas
Grau I com o pinçamento da pele).

Rugas finas generalizadas são linhas ou rugas de expressão


acentuadas, presentes mesmo com a face em repouso, porém todas
Grau II
desaparecem com um leve estiramento da pele.

São as mudanças vistas nos graus I e II, e rugas mais grosseiras e


pronunciadas na região nosolabial e a presença de redundâncias da
pele nas pálpebras com queda dos supercílios, porém todo o quadro
Grau III
pode ser melhorado com uma leve manobra de levantamento da pele
da face (“manobra da ritidoplastia”).

Todo o quadro clínico do grau anterior, porém as rugas e flacidez


tecidual não melhoram com a “manobra da ritidoplastia”, ou seja, a leve
Grau IV
elevação dos tecidos da face.

Semelhante ao quadro anterior, mas com uma redundância de músculo


Grau V e pele severa na face e no pescoço.

Fonte: Obaji, 2004, p.72

3 SISTEMA MÚSCULO APONEURÓTICO SUPERFICIAL (SMAS)

O SMAS é descrito por Frazão e Manzi (2012), como uma complexa unidade
morfológica que divide o tecido subcutâneo em duas camadas, sendo definida como
uma camada fibromuscular que interconecta os músculos miméticos da face com a
derme via septos fibrosos (MELO, 2008).
O SMAS tem como função amplificar as contrações dos músculos nas
expressões faciais, agindo como um distribuidor das contrações musculares faciais
transmitidas para a pele, tendo-se em vista que cada expressão é a resultante da
ação de vários músculos, transmitida à pele pelo SMAS (FRAZÃO, MANZI, 2012).

4 ULTRASSOM MICROFOCALIZADO (MFU)

Pedrotti (2016), relata que atualmente existem diversas técnicas não invasivas
para o tratamento da pele, para isto, tem-se utilizado o ultrassom focalizado como
uma nova alternativa no tratamento de flacidez da pele.

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O ultrassom focalizado se apresenta de dois modos, o ultrassom de alta
intensidade (HIFU) que utiliza alta energia e causa ablação dos tecidos e o
ultrassom microfocalizado (MFU) que diferentemente, usa energia em menor
intensidade para tratar camadas mais superficiais da pele.
O aquecimento promovido pelas ondas de ultrassom do MFU atinge
temperaturas entre 60 e 70°C, produzindo um pequeno ponto de coagulação térmica
menor que 1 mm³, atingindo as camadas reticulares da derme e tecido subcutâneo,
sem causar danos a derme papilar e a epiderme.
Ainda por Pedrotti (2016) a aplicação do MFU promove a contratura imediata
do colágeno promovendo a neocolagênese e remodelamento. Este efeito ocorre
devido á ruptura das pontes de hidrogênio intramoleculares fazendo com que as
cadeias de colágeno, se dobrem tornando mais estável resultando em um colágeno
menor e mais espesso.
Borges (2016), confirma que o ultrassom MFU utiliza uma menor quantidade
de energia, e frequência em torno de 4 MHz a 10 MHz, capaz de aumentar a
temperatura em cerca de 60°C, provocando uma lesão térmica, remodelando
colágeno e eliminando rugas e flacidez da pele.

5 CASUÍSTICA E MÉTODOS

O projeto foi submetido à Plataforma Brasil do Ministério da Saúde,


atendendo a Resolução 12/12/12, por envolver seres humanos no estudo e
aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Unisalesiano, no parecer nº
1.565.921 em 30/05/2016.
Foram recrutadas 5 voluntárias do gênero feminino com faixa etária entre 55
e 65 anos que apresentavam flacidez tissular facial, com pele íntegra. Passaram por
anamnese e avaliação facial, sendo esclarecidas sobre o objetivo e metodologia da
pesquisa, assim estando de acordo assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido – TCLE. Trata-se de uma pesquisa experimental de abordagem
qualitativa, com análise de imagens do “antes e depois” e revisão bibliográfica.
A Ficha de anamnese foi utilizada para coleta de dados pessoais, histórico,
patologias, informações de atividades diárias fornecidas pelas voluntárias e uma
avaliação da pele feita pelas pesquisadoras assistentes.

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Foram realizadas sessões de fotos, para registrar imagens da primeira e
última sessões para posterior estudo dos resultados.
As voluntárias alocadas em um único grupo, realizaram o experimento em
ambiente tranquilo, climatizado, higienizado e iluminado. Teve como critérios de
exclusão da pesquisa: mulheres com menos de 55 e com mais de 65 anos,
gestantes, portadoras de marca-passo, gênero masculino, alteração de sensibilidade,
pele não íntegra, fumante, pacientes em tratamento de fertilização,
hipercolesterolemia, insuficiência renal, cardíaca e hepática, pacientes em
tratamento oncológico, pós-operatório estético imediato ou recente.
O aparelho eleito para o procedimento experimental foi o Ultrafocus da HTM,
que vem acompanhado com 3 ponteiras (1,5 milímetros, 3,0 milímetros e 4,5
milímetros).
Quadro 3 – Parâmetros do Equipamento

1ª 2ª 3ª
Ponteira Ponteira Ponteira
Potência 20 watts 20 watts 20 watts
Energia 00,2 joules 00,6 joules 01,0 joules
Time On 010 ms 030 ms 050 ms
Time Off 01 s 01 s 01 s
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2016.

6 PROTOCOLO DO PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

a) higienização da pele com sabonete com ácido glicólico a 10%;


b) aplicação de tônico equilibrante;
c) mensuração da área da face a ser tratada e posterior marcação com a
caneta dermográfica;
d) Mensuração da região a ser tratada com fita métrica;
e) aplicação do gel neutro na região a ser tratada;
f) aplicação da primeira ponteira de 1,5milimetros (mm) que é indicada para
tratamentos de cicatrizes de acne, rugas superficiais e rejuvenescimento
tissular;
g) aplicação da segunda ponteira de 3,0 milímetros que é indicada para
tratamentos de rugas profundas e rejuvenescimento tissular;

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h) aplicação da terceira ponteira de 4,5 milímetros que é indicada para lifting
tissular, gerando rejuvenescimento profundo;
E por fim, aplicou-se o protetor solar.

Foram utilizadas as 3 ponteiras com intuito de atingir a derme superficial,


média e profunda e a camada do sistema músculo aponeurótico superficial,
conhecida como SMAS.

Os equipamentos HIFU para tratar flacidez da pele foram


inicialmente desenvolvidos com transdutores para atingir
profundidades: 3,0 mm e 4,5 mm. Logo após, foi desenvolvida uma
terceira profundidade de 1,5 mm. Estas três diferentes profundidades
permitem promover o aquecimento mais preciso a cada nível da pele
(SASAZAKI, TEVEZ, 2012).

Cada sessão do procedimento experimental, teve duração de 4 horas, com


intervalo de 30 dias cada, durante 3 meses. A aplicação da técnica foi feita após a
mensuração da face para delimitar as áreas a serem tratadas, para programar os
disparos a serem executados. Assim sendo, seguindo a própria programação do
equipamento; foram feitos um disparo a cada 0,5 centímetros de distância entre um
ponto e outro com 1 segundo de intervalo entre eles. A primeira e a segunda
ponteiras a serem aplicadas foi de 1,5 e 3,0 milímetros respectivamente, com
aplicação em toda face e pescoço, na sequência iniciou-se a ponteira de 4,5mm, e
nesta profundidade foi aplicado somente nas regiões de zigomático esquerdo e
direito e todo pescoço.
O início do tratamento foi em junho de 2016 tendo sido finalizado em
setembro do mesmo ano. Um mês após o término da última aplicação, foram
realizadas as fotos para o resultado final do tratamento e também a entrega do
questionário de satisfação, respondido na mesma data pelas voluntárias.

7 ÁNALISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O experimento com voluntárias que apresentavam flacidezes diferentes num mesmo


parâmetro de idade. A escolha partiu somente pela idade e não pelo tipo de flacidez
apresentada pelas voluntárias.

Ao longo do experimento houve uma desistência por motivos particulares e,


sendo assim, apenas 4 voluntárias concluíram todas as etapas do tratamento

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proposto. Segundo as voluntárias que completaram o tratamento, 3 delas relataram
clareamento, melhora significativa da textura da pele, hidratação e uma leve
diminuição das rugas, além do aumento da autoestima. Apenas uma das voluntárias
relatou que não observou nenhuma melhora e não faria este tratamento novamente.
Apesar de no relatório as voluntárias relatarem satisfação, nas fotos não foi possível
observar nenhuma melhora expressiva no afinamento e diminuição da profundidade
das rugas, o que se observou, foi apenas uma discreta melhora na uniformidade no
tom e textura da pele.

Os melhores resultados foram observados em pessoas com flacidez media


a moderada. Pessoas mais jovens podem obter melhores resultados
devido à maior capacidade de recuperação ao dano térmico. Em
contrapartida, fumantes e peles com fotoenvelhecimento acentuado são
menos favoráveis pois a capacidade de gerar colágeno e resposta ao dano
térmico é menor (PEDROTTI, 2016, p. 9).

Acredita- se que o resultado esperado não tenha sido obtido devido a forma
de aplicação não ter sido regionalizada e sim generalizada e assim perdendo a
temperatura necessária. Com isso não ocorrendo a lesão térmica, nem tão pouco o
remodelamento do colágeno (Borges, 2016).

Figura 1 – Voluntária A
Antes Depois

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2016

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Figura 2 – Voluntária B

Antes Depois

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2016

Figura 3 – Voluntária C

Antes Depois

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2016.

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Figura 4 – Voluntária D

Antes Depois

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2016.

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo que teve como proposta demonstrar os benefícios do ultrassom
microfocalizado no tratamento de flacidez tissular facial em mulheres de 55 e 65,
não conseguiu atingir resultados esperados. Pelo estudo proposto não foi possível
comprovar a eficácia da técnica.
Acredita-se que haja a necessidade de continuidade nos estudos sobre esta
técnica e equipamento utilizados.

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