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ATIVIDADE CAPÍTULO I - CONTEÚDOS INTRODUTÓRIOS AO PLANEJAMENTO

ESTRATÉGICO

1) Quais são as principais características que contrapõem o “Estado Necessário” ao


“Estado Herdado”?
O Estado Necessário engloba a aptidão do Estado em atender a maioria das demandas
presentes na sociedade, como também, fazer surgir e satisfazer novas demandas. Ele tem
a finalidade de promover o bem estar da sociedade, busca atender os anseios da
comunidade, realizar o planejamento de políticas voltadas para as necessidades da
sociedade, efetuar planos e metas para promover o desenvolvimento social, e transformar
em realidade aquilo que vêm do Estado Herdado e não foi realizado objetivando um
desenvolvimento mais justo, igualitário e sustentável.
O Estado Herdado refere-se ao Estado que está inapto para atender as demandas da
sociedade referente a um estilo alternativo de desenvolvimento. Advém de outros
governos e é herdado do período militar e neoliberalismo. Concentra favoritismo,
clientelismo, autoritarismo, aversão a mudanças, sem interesses empolíticas de
desenvolvimento social justo e igualitário.
Sendo assim, se faz necessário a transformação do “Estado Herdado” em “Estado
Necessário” e para tal feito é importante o Planejamento Estratégico Governamental.

2) De que forma o Planejamento Estratégico Governamental auxilia na transformação


rumo ao Estado Necessário?
O Planejamento Estratégico Governamental (PEG) é um instrumento para identificação,
definição e processamento de pontos para implementação de políticas, para resolver
novos problemas. Ou seja, visa verificar necessidades da sociedade, auxiliar decisões,
programar ações, apresentar recursos, traçar objetivos, metas e planos que condizem com
a situação atual da sociedade e que atenda as demandas e anseios desta, no intuito de
garantir o progresso social.
O PEG auxilia os gestores públicos para a elaboração de políticas apropriadas para suprir
as necessidades da maioria da população, com busca de solucionar problemas concretos
e específicos. Assim, propende para a criação de capacidades e habilidades complexas
para transformar o Estado Herdado. E ainda, busca evitar a maneira tecnoburocrática,
eliminar as maneiras universais e genéricas de resolver problemas, as políticas injustas e
ineficientes, e o favoritismo.

3) Por que o conceito de “Administração Geral” é entendido pelo autor como inadequado
aotratamento da gestão pública?
Porque “Administração geral” provém de administração de empresas, o que envolve a
concorrência empresarial e a busca por fins lucrativos. E isso não se enquadra nos
objetivos da gestão pública, pois a gestão pública visa obras sociais, atividades que
envolvam o bem estar da coletividade e o bem público. Isso ocorre por meio de elaboração
de políticas públicas que objetivam atender as demandas e necessidades da comunidade,
como por exemplo, saúde, educação, segurança,etc.
Entretanto, a administração pública pode obter como exemplo da administração geral a
organização que visa perseguir e atingir um objetivo coletivo, ou seja, a organização inclui
vários elementos direcionados a um objetivo comum. Como também, a administração
pública pode adquirir os princípios da eficiência, eficácia e efetividade, porém deve
considerar que possui particularidades diferentes da administração empresarial.
A administração geral tende a formar e influenciar indivíduos para os objetivos e princípios
empresariais. Ela é usada como base nos cursos de Administração pública, tentando
forçar a adaptação da pública, mas com inclusão de mais algumas disciplinas. Tal situação
pode prejudicar as atividades realizadas e dar uma falsa impressão as pessoas que
trabalham na gestão pública sobre os conceitos aplicados na gestão empresarial eque não
são usados na pública. A capacitação dos gestores deve ser eclética e não manipulada e
influenciada pelos princípios da administração empresarial.

4) Qual a diferença entre o termo Gestão Pública e Administração Pública?


A gestão pública destina-se as atividades realizadas no ambiente público, pelo governo.
Refere-se ao ato de administrar, conduzir os bens e serviços públicos. A gestão pública
deve atender as demandas e necessidades da coletividade, para isso deve realizar
programas de qualidade, desenvolvimento e capacitação, e promover mudanças de
maneira competente.
Já a administração pública focaliza a efetivação de atividades de cunho social sem a
busca por lucratividade e concorrência empresarial, entretanto, se baseia em alguns
conteúdos teóricos da administração geral. Refere-se aos órgãos competentes, ao
ambiente público, ao governo. Em suma, são órgãos incumbidos a executar e atingir as
metas do governo. É realizada por meio dos serviços públicos, os quais são
imprescindíveis à coletividade.

ATIVIDADE CAPÍTULO II - O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO GOVERNAMENTAL


COMO CONVERGÊNCIA E ENFOQUE

1) Quais as principais diferenças entre os enfoques da Ciência Política, da Administração


Pública e da Análise de Política?
Ciência política – analisa a relação entre o Estado e a sociedade, e buscaexplicar as
decisões do governo. Objetiva melhorar o desempenho do governo. Destaca-se que ela
enfatiza a política e não a elaboração de políticas.
Administração Pública – destinada a executar o planejamento governamental. Separar o
político do administrativo. Refere-se a efetuar de maneira aprimorada as decisões
adotadas pelo governo, é a forma operacional.
Análise de política – visa a resolução de problemas relacionados à política pública. Surge
a partir de conhecimentos adquiridos de disciplinas das ciências humanas que buscam
interpretar os efeitos da ação do governo, com um enfoque comportamental.

2) Por que a Análise de Política e o Planejamento Estratégico Situacional são


consideradas abordagens adequadas para a proposta feita nesta disciplina para o
tratamento do planejamento estratégico? E por que essa proposta seria apropriada para os
gestores interessados na construção do “Estado Necessário”?
São métodos alternativos ao planejamento tradicional. Oferecem uma nova abordagem
que apresentam atualizações e aprimoramento para a análise de questões do governo, e
aperfeiçoamento no processo de elaboração de políticas públicas. Visam de maneira mais
realista e perspicaz a elaboração e implementação de políticas públicas e a formação da
agenda governamental. Fornecem a realização de planos com efeitos mediatos e com
visão nasimplicações futuras. Devem verificar os benefícios atuais e os impactos no futuro,
de cada ação do governo. Sendo assim, buscam alternativas para alcançar o objetivo
desejado.
São importantes para a formação do Estado Necessário devido essa capacidade de
aperfeiçoamento no processo de implementação de políticas públicas. Pois os princípios
do Estado Herdado eram formados pelas disciplinas de ciências políticas e administração
pública, as quais eram de uma maneira mais burocrática e o conhecimento adquirido
ocorria principalmente por meio de erros e acertos, de maneira mais severa e sofrida, por
intuição e indução, entre outros.
O processo de formulação de políticas é muito importante e influencia o conteúdo e a
implementação da política e as suas consequências futuras, por isso que é relevante para
os gestores interessado na construção do Estado Necessário. Sendo assim, a análise de
políticas e o planejamento estratégico situacional são necessários e importantes para a
execução e avaliação de planos que possam beneficiar também o futuro e modificar de
maneira eficaz e eficiente as políticas públicas.

3) Qual a diferença entre Planejamento Estratégico Situacional e o Planejamento


tradicional? Aponte as características principais de cada um.
Planejamento Estratégico Situacional (PES) – Situação do ator que planeja. É
umaalternativa ao planejamento tradicional. Engloba preocupações e planos mais
condizentes com a realidade da sociedade. Focaliza-se mais em projetos e objetivos de
longo prazo do que os de curto prazo. Tem caráter mais positivista e comportamentalista,
pois busca compreender a relação entre as pessoas, a vida social e procura atingir
resultados positivos referentes às necessidades da sociedade. Visa atender aos anseios e
o bem estar da coletividade e não ao favoritismo a um grupo. Como também, procura
trazer benefícios e atender as demandas da população atuais, porém visando efeitos
positivos no futuro. Tais ações são realizadas mesmo diante das incertezas sobre a
possibilidade dos resultados. As incertezas são em virtude de não ter o controle absoluto
das ações e recursos, entretanto permite espaço para a ação humana intencional.
Planejamento tradicional- visa o fator econômico, gerando um favoritismo a uma minoria. A
agenda de decisão destinava-se mais a problemas privados, questões de interesses
particulares dos atores. Focava na essência empresarial, a lucratividade.
Priorizava a tecnoburocracia para ser uma ação formal e a estrutura organizacional.
Destinava-se a projetos momentâneos, o que acarretava a longo prazo impactos e
resultados negativos para a sociedade.
RESUMO SOBRE A EVOLUÇÃOHISTÓRICA DO PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL
NA ÁREA DA SAÚDE NO BRASIL

O planejamento governamental no Brasil teve discreto início após em 1940 e recebeu


impulso no período pós-guerra mundial. As experiências em planejamento avançaram
após 1950, principalmente, com o plano de metas do governo de Juscelino Kubitschek.
Seguindo no governo militar de maneira autoritária e centralizadora. O planejamento não
ocorria de maneira avançada como nos países desenvolvidos, mas estava conseguindo
espaço e permitindo bons resultados até meados da década de setenta, onde foi dado
origem a três edições do Plano Nacional de Desenvolvimento. A última edição coincidiu
com o fim do período militar e o início da redemocratização no Brasil. Já a partir de 1985
as ações voltadas ao planejamento estratégico começaram a ficar escassas. Sendo que
atualmente enfatiza-se que o governo brasileiro é adverso a aceitar o planejamento
estratégico para a gestão pública.
Tal aversão ocorre em virtude do País estar ainda ligado ao sistema de “Estado Herdado”,
que é proveniente do período militar e do neoliberalismo, não estando preparado para
atender as demandas da população que são cada vez maiores e mais complexas, pois o
sistema autoritário e manipulador do governo militar ou o favoritismo e o clientelismo a
uma minoria do neoliberalismo não condizem mais com a realidade enecessidades da
sociedade brasileira. É necessário mudar para “Estado Necessário” para poder atingir e
atender os anseios da coletividade e se tornar um Estado mais desenvolvido. É preciso
realizar uma reforma para que a população marginalizada seja também beneficiada em
todas as áreas, principalmente, saúde. Essa reforma também é imprescindível para
melhorar a qualidade assistência em saúde no País e para que os anseios e necessidades
da coletividade sejam atendidos.
Na área da saúde verifica-se que foram tomadas algumas iniciativas na busca pela
prevenção, através se serviços educacionais com a medicina preventiva. Entretanto, não
conseguem suprir as necessidades da coletividade referentes à medicina curativa – área
hospitalar. Para prestar assistência mais adequada à população o Estado acaba
contratando serviços de organizações privadas, sendo assim essas organizações acabam
obtendo lucro por meio das políticas públicas. Tal ação não é correta, pois o Estado
deveria possuir e adquirir materiais, equipamentos e recursos humanos para um
atendimento de qualidade na saúde. Visualiza-se um quadro de recursos restritos e
demandas desregradas, com isso, a população acaba sendo penalizada. O Estado precisa
dar prioridade à saúde na agenda e planejamento governamental no intuito de promover
saúde de qualidade a todas as pessoas.

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