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Estima-se que, junto com a Família Real, chegaram ao Rio cerca de 15 mil
portugueses, entre membros da corte e seus serviçais. Não é à toa que o
sotaque carioca é considerado o mais próximo do português de Portugal.
A cidade do Rio de Janeiro foi sede da corte portuguesa entre os anos 1808 e
1821 e, deste período histórico, ainda restaram algumas características na fala.
Tanto o sotaque fluminense quanto o português apresentam a tendência de
reduzir as vogais /e/ e /o/ para /i/ e /u/ quando átonas, um ritmo acentual de fala
(sílabas átonas de menor duração que as tônicas) e palatalização da s e z em
fim de sílaba (o característico chiado dos cariocas).
Os dialetos africanos falados pelos escravos também são outra forte influência
sobre o sotaque carioca. É importante lembrar que os sotaques estão
relacionados à forma coloquial da língua, ou seja, um jeito informal de
empregá-la.
As gírias de carioca
A pronúncia
A característica mais famosa do sotaque carioca é, sem dúvidas, o “s” que soa
como um “x”, ganhando maior força e extensão. A letra “r” também é
pronunciada de maneira diferente, mais forte e seco.
A forma como as vogais são faladas também varia no dialeto carioca: “a”, “e”,
“i” e “o” são abertas, acentuadas e prolongadas durante a pronúncia. É comum
ouvirmos “tiatro” em vez de “teatro”, por exemplo.
Mania de aumentativo
Outra característica comum no dialeto carioca é o acréscimo do “ão” no final de
algumas palavras. Assim sendo, é comum ouvirmos “malzão”, “vacilão” e
outros aumentativos feitos com adjetivo.