Resenha: Eu, Pierre Rivière, que degolei minha mãe, minha irmã e
meu irmaõ .
É importante dizer que o presente livre divide-se em duas partes onde
na primeira constam os autos do processo, que subdivide-se em: a) uma série de testemunhos de compatriotas do acusado, relatando sobre sua conduta anterior ao ocorrido, sua personalidade, hábitos e caráter; b) resultado transcrito de três relatórios, nos quais medicos importantes da época fizeram pronunciamento referente ao caso em questão pelo ponto de vista psiquiátrico; c) uma narrativa de Rivière, em formato de memorial, narrando sua motivação para o triplo homicídio. Já na segunda parte do referido livro, esão reunidas modernas analises produzidas pelo collège de france. Tendo como narrador, um terceiro observador, o que explicaria a narrativa cronologica dos fatos. A trama passasse em 1835, onde o jovem Pierre Rivière mata degolada sua mãe grávida, a irmã e o irmão com a foice. Deixando os corpos espalhados pela casa onde os mesmos residiam, foge para floresta e permanece durante semanas, até ser preso. Chegando na cadeia, Pierre, que era descrito por muitos como maldoso, doente mental e até mesmo retardado, relata calmamente seus atos e escrever suas principais memórias, descrevendo com entusiasmo as razões que motivaram seu gesto. De acordo com Pierre, sua intenção principal era livrar o pai da triste vida que ele tinha junto à esposa. Foucault, cordenou a obra para que ocorrece a analise mais apronfundada entre a psiquiatria e o direito penal. Arrisca-se a dizer que atraves do livro houve os primeiros desenvolvimentos de tal conversação entre os ramos das ciencias. Ao percorrer do livro são relatadas diversas situações onde, Pierre comete atrocidades, que pessoas ditamente normais não cometeriam, bem como maltratar animais, com relatos deste tipo dados por testemunhas e pelo proprio testemnho de Riviere é que chegou-se a conclusão de que ele teria transtornos mentais e que usava a reliogidade como argumento para cometer seus devaneios. É importante dizer que o transtorno de Pierri é genético, tendo em vista que varios dos homens de sua familia estão acomedidos a tal situação. E estas foram comprovadas, também por meio de laudos médicos. Um bom exemplo familiar de alguém mentalmente afetado em sua família era próprio pai de Pierri, que menciona várias vezes durante o livro querer se matar, por não estar satisfeito com sua vida, por ter uma mulher como esposa que tinha um genio dificil e que não o agradava e para acabar de vez com sua infelicidade essa era a solução. Talvez outro estopim para que Pierri cometesse o paricidio pode ter sido a alienação parental cometida pelo pai e pela familia do mesmo contra sua mãe. Durante o livro Pierri torna-se extremamente religioso e por meio de sua fé passa a acreditar que sua mãe e seus irmão eram indignos e deveriam morrer, por tanto o faz sem qualquer remorso e quando relata isso não aparenta sentimentos, suas expressões são frias, como se nada ele tivesse feito. Mas é importante lembrar que houveram laudos médicos comprovaram as doenças mentais do acusado, por tanto, não poderia se aplicar a ele a lei rígida, sem qualquer resguardo, pondo a salvo sua situação. Porem em primeiro momento sua pena foi de morte, e depois a pena foi convertida para prisão perpetua, o que ainda sim não seria o melhor para um pessoa com alienação mental. Cabe lembrar que atualmente uma pessoa em suas condições não teria nem condições de trabrabalhar e seria fastado, por tanto de suas atividades laborais, assim como tal inimputabilidade excluiria sua culpa a respeito do crime e o mesmo seria submetido a medida de segurança, onde sua finalidade seria para melhora do paciente. E o conceito de doença mental deveria ser reconsiderado, pois delimitar uma linha que separa a loucura da lucidez é quase que impossível e mesmo assim ela é fundamental para a ciência criminal. Porem na subdivisão do livro “ as vidas paralelas de Pierre Riviera” há uma discordância entre os magistrados e os médicos, onde ambos constrói seus argumentos sem cima dos relatos feitos pelas testemunhas bem como pelo próprio memorial feito por Pierre e mesmo assim a disparidade entre seus relatos, tendo em vista que os magistrados encaram Pierre como um criminoso perfeitamente normal, que consegue descrever seus atos, além de ter planejado cada um dele até mesmo a fuga. Em contra ponto os médicos ressaltam que o acusado não poderia ser normal levando-se em conta que sua família tem casos de alienação mental hereditária e o crime seria fato decorrente desta, além de suas atitudes estranhas, que acontecem desde a primeira infância.