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Manual de Sobrevivência do

Residente de Pediatria

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
Antimicrobianos
AMPICILINA
# Apresentação: SUSPENSÃO: 250mg/5ml
ENDOVENOSO: 500mg ; 1000mg -> 100mg/ml (Rediluir para 10ml AD)
# Dose: 100mg/kg/dia 6/6h
# Regra prática (EV): Peso/4 em ml
# Correção para ClCr: ClCr 10-30 -> aumentar intervalo para 8/8h ou 12/12h
ClCr < 10 -> aumentar intervalo para 12/12h

AMICACINA
# Apresentação: ENDOVENOSO: 100mg/2ml (50mg/ml)
# Dose: 15mg/kg/dia 8/8h ou 1x/dia (máximo 1,5g/dia)
# Diluição: 5mg/ml em SF0,9% ou AD
# Correção para ClCr: ClCr 30-50 -> aumentar intervalo para 12/12h ou 18/18h
ClCr 10-29 -> aumentar intervalo para 18/18h ou 24/24h
ClCr < 10 -> aumentar intervalo para 48/48h ou 72/72h

AMOXICILINA
# Apresentação: SUSPENSÃO: 250mg/5ml (VELAMOX) ou 400mg/5ml (SINOT)
# Dose: 50mg/kg/dia 8/8h // 80-90mg/kg/dia se dose dobrada
# Regra prática: peso/3 em ml (na apresentação de 250mg/5ml) 3x/dia ou
peso/4 em ml (na apresentação de 400mg/5ml) 2x/dia
# Correção para ClCr: ClCr 10-29 -> 8-20mg/kg 12/12h
ClCr < 10 -> 8-20mg/kg 24/24h

AMOXICILINA - CLAVULANATO
# Apresentação: SUSPENSÃO: Sigma-Clav BD 400mg/5ml
Atak Clav, Sinot-Clav 400mg + 57mg/5ml (frasco 70ml)
Posto 250mg + 62,5mg/5ml
# Dose: 50mg/kg/dia 8/8h (SE BD: 12/12h) - cálculo pela Amoxicilina
# Regra prática: Peso X 0,3 em ml de 12/12h

AZITROMICINA (Zitromax)
# Apresentação: SUSPENSÃO: 200mg/5ml
FA: 500mg
# Dose: 10mg/kg/dia (máx 500mg/dia) ou 20mg/kg/dia (max 1,2g/dia) se bactérias atípicas
# Regra prática: Suspensão => peso/4 (1x/dia)
# Diluição: 1-2mg/ml. Correr em 1-3h
# Correção para ClCr: sem ajuste.

CEFADROXILA
# Apresentação: SUSPENSÃO: 250mg/5ml ou 500mg/5ml
# Dose: 30mg/kg/dia, 12/12hs (por 10 dias)
# Correção para ClCr: ClCr 25-50 -> dose inicial de 1g 12/12h e depois de 500mg 12/12hs
ClCr 10-25 -> dose inicial de 1g 24/24h e depois de 500mg 24/24hs
ClCr < 10 -> dose inicial de 1g 36/36h e depois de 500mg 36/36hs

CEFALEXINA (Keflex)
# Apresentação: SUSPENSÃO: 250mg/5ml
# Dose: 50mg/kg/dia
# Regra prática: peso / 4 em ml por dose (de 6/6hs)

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
# Correção para ClCr: evitar na IR!!

CEFALOTINA
# Apresentação: FA: 1g (IM ou EV) => diluir em 10ml AD
# Dose: 80-160mg/kg/dia (padrão 100mg/kg/dia), administrar 6/6hs
# Regra prática: peso / 4 em ml por dose (de 6/6hs)
# Correção para ClCr: ClCr 25-50 -> sem ajuste
ClCr 10-50 -> até 1,5g a cada 6 horas
ClCr 10-25 -> até 1g a cada 6 horas
ClCr 2-10 -> até 500mg a cada 6 horas
ClCr < 2 -> até 500mg a cada 8 horas

CEFTRIAXONA (Rocefin, Ceftriax)


# Apresentação: FA: 250mg (IM); 500mg (IM, IV), 1000mg (IM, IV) => Diluir em 5ml AD
# Dose: 50-100mg/kg/dia em 1 ou 2 doses (acima de 2g/dia, dividir em 2 doses! Na meningite,
fazer também 2 doses, com máximo de 100-160mg/kg/dia). Maximo 4g/dia
# Diluição: USO EV: 100mg/ml. Rediluir para 40mg/ml em SF0,9%. Correr em 30 min.
USO IM (pode usar apresentação EV para fazer IM seguindo as orientações
abaixo e usando a lidocaína a 1% sem vasoconstrictor como diluente):
# Regra prática: se diluição para 10ml AD => peso = ml / dia
se diluição para 5ml AD => peso/2 = ml / dia
# Correção para ClCr: manter mesma dose

Apresentação do frasco Quantidade de diluente a ser acrescentada


250mg/ml 350mg/ml
250mg 0.9ml ----
500mg 1.8ml 1.0ml
1g 3.6ml 2.1ml
2g 7.2ml 4.2ml

Exemplo prescrição paciente com Peso = 12kg:


Dose = (12 x 100 x 5) = 6ml / 2 = 3ml (12/12hs)
1000
Ceftriaxona (1000mg + 5ml AD), aplicar 3ml + 20ml AD, EV, de 12/12hs

CEFEPIME
# Apresentação: FA = 1000mg ou 2000mg
# Dose: 50mg/kg/dose 8/8h - Máximo 2g/dose
# Diluição: inicial 100mg/ml. Rediluir para 40mg/ml em SF0,9%. Correr em 30min.
# Regra prática: peso/2 em ml / dose.
# Correção para ClCr: ClCr 10-50 -> aumentar intervalo para 24/24h
ClCr < 10 -> aumentar intervalo para 48/48h

CEFTAZIDIMA
# Apresentação: FA 1000mg ; 2000mg
# Dose: 100-150mg/kg/dia 8/8h
# Diluição: USO EV: diluir para 100mg/ml. Rediluir para 40mg/ml. Correr em 20min.
USO IM: diluir em AD ou lidocaína 1% para 250mg/ml
Máximo 6g/dia
# Regra prática: peso / 3 em ml / dose (dose mínima)
# Correção para ClCr: ClCr 30-50 -> 50mg/kg a cada 12h; ClCr 10-29 -> 50mg/kg a cada 24h
ClCr < 10 -> 50mg/kg a cada 48h

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
CIPROFLOXACINO
# Apresentação: Comprimidos de 250mg; 500mg; 750mg
FA: 200mg/100ml e 400mg/200ml
# Dose: VO: 20mg/kg/dia, de 12/12hs => diluir 1cp em 5ml AD
EV: 10mg/kg/dia, de 12/12hs (infundir em 60 minutos)
# Correção para ClCr: ClCr 30-50 -> 800mg, IV por dia; OU 1000mg, VO por dia
ClCr < 30 -> 400mg, IV por dia; OU 500mg, VO por dia

CLINDAMICINA
# Apresentação: 150mg/ml (FA 2, 4 e 6ml)
# Dose: 25-40mg/kg/dia de 6/6h ou 8/8h Mínimo 300mg/dia
# Diluição: 6mg/ml em SF 0,9%. Correr em 30min.
# Correção para ClCr: sem ajuste.

GENTAMICINA
# Apresentação: 20mg/ml ou 40mg/ml ou 80mg/2ml (EV ou IM)
# Dose: 5-7mg/kg/dia em 1-3 doses. (MUDA EM RN CONFORME IDADE E PESO – 24/24hs)
# Diluição: 10mg/ml em SF0,9%. Correr em 30 minutos.
# Correção para ClCr: ClCr 30-50 -> aumentar intervalo para 12/12h ou 18/18h
ClCr 10-29 -> aumentar intervalo para 18/18h ou 24/24h
ClCl < 10 -> aumentar intervalo para 48/48h ou 72/72h

MEROPENEM
# Apresentação: FA 500mg; 1000mg
# Dose: 60mg/kg/dia 8/8h (se MENINGITE: dose dobrada!!)
# Diluição: em bolus -> 50mg/ml (500mg + 10ml diluente). Em 30 min -> 1-20mg/ml.
# Correção para ClCr: ClCr 30-50: 20-40mg/kg 12/12h
ClCr 10-20mg/kg 12/12h
ClCr < 10: 10-20mg/kg 24/24h

METRONIDAZOL:
# Apresentação: FA 5mg/ml
SUSPENSÃO: 40mg/ml
# Dose: 30-40mg/kg/dia 8/8h
# Diluição: solução já pronta para infusão.
# Regra prática: VO – peso/3 ml / dose
EV – 2xP / dose

OXACILINA
# Apresentação: FA 500mg
# Dose: 150-200mg/kg/dia 4/4h ou 6/6h - Máximo 1g/dose 4/4h
# Regra prática: peso/3 / dose (se 4/4h)
# Diluição: diluição inicial 100mg/ml. Rediluir para 10mg/ml em SF0,9%
# Correção para ClCr: usar dose mínima na IR grave.

PENICILINA CRISTALINA
# Apresentação: FA 1.000.000 UI; 5.000.000 UI
# Dose: 200.000UI/kg/dia 6/6h - Máximo 24.000.000 UI/dia
# Diluição: 500.000 UI/ml (1 FA 5.000.000 + 8 ml AD -> 500.000UI/ml)
# Rediluição: < 1 ano -> 50.000UI/ml
> 1 ano -> 100.000UI/ml

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
# Regra Prática: Peso/10 por dose (Ex: P=7,2Kg => fazer 0,72ml de 6/6hs, rediluir 1ml a cada kg
# Correção para ClCr: ClCr 30-50 -> 75% da dose
ClCr < 10 -> 20-50% da dose

PENICILINA BENZATINA
# Apresentação: FA 1.200.000 UI ; 600.000UI
# Dose: 25-50 mil UI/kg/dose – DOSE ÚNICA (faringite, impetigo)

PENICILINA V (Pen-Ve-Oral)
# Apresentação: SUSPENSÃO: 400.000UI / 5ml
# Dose: 25-50 mil UI/kg/dose – de 12/12hs por 5 dias (Infecções leves, faringites, Piodermite)
# Regra Prática: Peso / 3 por dose

SULFAMETOXAZOL - TRIMETROPIM
# Apresentação: SUSPENSÃO: 200mg + 40mg/5ml
# Dose: 40mg/kg/dia 12/12h
# Regra prática: peso/2 em ml / dose

VANCOMICINA
# Apresentação: FA 1g – 50mg/ml
# Dose: 40mg/kg/dia 6/6h
# Regra prática: peso/5 ml / dose
# Diluição: 2,5-5mg/ml em SF0,9% ou SG5%. Correr em 1h.

Anti-parasitários
ALBENDAZOL (para maiores de 2anos)
# Apresentação: SUSPENSÃO: 400mg/10ml ; cp 400mg
# Dose: 10ml ou 1cp 1x/dia 3-5 dias

MEBENDAZOL
# Apresentação: SUSPENSÃO: 100mg/5ml; cp 100mg
# Dose: 100mg (5ml) 12/12h por 3 dias (ascaris, necator, enterobius, estrongiloides)
200mg 12/12h por 5 dias para larva migrans

IVERMECTINA (para maiores de 1a)


# Apresentação: cp 6mg
# Dose: 15-25kg -> ½ cp
26-44kg -> 1 cp
45-64kg -> 1cp + ½cp
> 65kg -> 2cps
A dose é única. No caso de escabiose, pode repetir 1x após 2 semanas.

NITAZOXANIDA (Annita) (a partir de 1 ano)


# Apresentação: SUSPENSÃO (pó): 20mg/ml ou Cp 500mg
# Dose: 7,5mg/kg/dose 12/12h por 3 dias
> 12 a: 500mg 12/12h por 3 dias
# Frasco: 45ml / 60ml / 100ml
# Regra Prática: marca do peso na seringa de 12/12hs por 3 dias ou
(7,5 x Peso)/20 em ml de 12/12hs por 3 dias (Max: 15ml/dose)

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
Analgésicos e antitérmicos
DIPIRONA
# Apresentação: Gotas: 500mg/ml (25mg/gota)
Solução: 50mg/ml
Ampola: 500mg/ml
# Dose: 10-25mg/kg/dose 6/6h (fazer mínimo no lactente e máximo no escolar)
# Regra prática: gotas: 0,8-1gota x P / dose
solução: 0,3-0,5ml x P / dose
EV: 0,03ml x P / dose - completar com AD para 10ml ou
EV: 0,1ml por cada 5kg de peso

IBUPROFENO (Alivium)
# Apresentação: gotas: 50mg/ml [5mg/gota] ou 100mg/ml [10mg/gota] (pouco usada)
Solução: 30mg/ml (pouco usada)
# Dose: 10mg/kg/dose de 8/8h ou 6/6h (analgésico) - Máximo: 40mg/kg/dia ou 2,4g/dia
# Regra prática: 1-2gotas x P (analgésico e antitérmico) – Maximo 40gotas/dose

PARACETAMOL (Tylenol)
# Apresentação: Gotas: 200mg/ml [10mg/gota] ou Bebê 100mg/ml [5mg/gota]
Solução: 160mg/5ml (32mg/ml) ou SUS 200mg/ml
# Dose: 10-15mg/kg/dose 6/6h
# Regra prática: gotas 1gt/kg // gotas bebê 2gt/kg // suspensão 0,3-0,5ml/kg/dose

CETOPROFENO
# Apresentação: Gotas: 20mg/ml (1mg/gota)
FA 50mg/ml
# Dose: 1mg/kg/dose 8/8h a 6/6h
OBS.: 7-11 anos: 25mg/dose
> 11 anos: 50mg/dose
# Diluição: 30-50ml SF0,9%. Correr em 30min.
# Regra prática: 1 gota/kg/dose de 8/8hs por 5 dias (Max: 50 gotas/dose)

TRAMADOL
# Apresentação: Gotas: 100mg/ml (2,5mg/gota)
Cápsula: 50mg
Ampola: 50mg/ml
# Dose: 1-2mg/kg/dose de 4/4h a 6/6h - Máximo 400mg/dia

MORFINA
# Apresentação: FA 1mg/ml (2ml) ou 10mg/ml (1ml)
# Dose: 0,1-0,2mg/kg/dose bolus 4/4h (EV, IM ou SC) - MÁXIMO 15mg/dose
Dose deve ser titulada conforme resposta do paciente! A resposta é muito variável!

Drogas de ação no TGI


BROMOPRIDA
# Apresentação: GOTAS: 4mg/ml (1gt = 0,17mg)
FA: 5mg/ml
# Dose: 0,5-1mg/kg/dia em 3 doses.
# Regra prática: VO → 1 gota/kg/dose 8/8h
EV → 0,03 x P / dose – completar para 20 com AD ou SF.

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
DRAMIN
# Apresentação: FA 50mg/ml (EV ou IM)
Cp 50mg
Gotas: 25mg/ml (1mg/gota)
# Dose: 1-1,5mg/kg/dose 6/6h
# Regra prática: VO – 1gt/kg/dose

ONDASENTRONA
# Apresentação: FA 2mg/ml (4mg/2ml ou 8mg/4ml)
Cp 4mg ; 8mg
# Dose: VO 2-11a: 4mg 8/8h
>= 12a: 8mg 8/8h
EV: 0,15mg/kg/dose (Rediluir para 0,08mg/ml de SF em 15min – Ex: 4mg em 50ml SF
# Regra prática: EV - 0,075 x P = ml/dose

DOMPERIDONA (Motilium)
# Apresentação: SUSPENSÃO 1mg/ml
Cp 10mg
# Dose: 0,25-0,4mg/kg/dose 8/8h (antes das refeições)
# Regra prática: 0,3xP = ml/dose

SIMETICONA (Luftal)
# Apresentação: GOTAS: 75mg/ml (2,5mg/gota)
# Dose: lactente 4-6gotas de 8/8h
< 12a: 8 gotas/dose até de 6/6h ou 4/4h
> 12a: 16 gotas/dose até de 6/6h ou 4/4h
# Regra prática: Peso em gotas de 6/6hs (tem passagem apenas pelo Trato Gastrointestinal)

COLIKIDS (Lactobacillus reuteri) ou PROVANCE


# Apresentação: GOTAS (5ml)
# Dose: 5 gotas 1x/dia. Pode diluir em sucos ou outros líquidos, exceto líquidos quentes.

HIOSCINA (Buscopan) – evitar em lactentes


# Apresentação: GOTAS: 10mg/ml (0,5mg/gota)
CP: 10mg
FA: 20mg/ml
# Dose: VO 1-6a: 5-10 gotas/dose de 8/8h
VO 6-14a: 10-20 gotas/dose de 8/8h
EV ou IM: 1-6a: 5mg/dose
> 6a: 10-20mg/dose
(No uso EV, pode diluir com SF ou SG. Fazer lento, ~ 1ml/min)

HIOSCINA + DIPIRONA (Buscopan composto)


# Apresentação: GOTAS: 6,67 + 333,4mg/ml (0,5 + 25mg / gota)
EV: 6,67mg + 333,4mg/ml
# Dose: 1-6a: 0,1-0,2mg/kg/dose 8/8h ou 6/6h
> 6a: 0,2mg/kg/dose 8/8h ou 6/6h
# Regra prática: 1-6a: 5-10gotas/dose
> 6a: 10-20gotas/dose
EV: 0,03 x Peso por dose (fazer lento, em 5 minutos)

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
RANITIDINA (Label, Antak)
# Apresentação: XAROPE 15mg/ml
FA 25mg/ml (50mg/2ml)
# Dose: VO: 4-6mg/kg/dia 12/12h (refluxo) por 8 semanas
EV: 1-2mg/kg/dia 8/8h ou 6/6h (profilaxia úlcera de estresse) [a partir de 1m até 14a]
# Regra Prática: 0,16 x Peso = ml / dose

LACTULOSE (Lactulona)
# Apresentação: XAROPE: 667mg/ml < 1 ano: 5ml/dia
SACHÊ: 10g em 15ml 1 a 5 anos: 7,5ml/dia
# Dose: Constipação - 0,3-0,5ml/kg/dia 12/12h 6 a 12 anos: 12ml/dia
Encefalopatia Hepática – 2-10ml/dia 8/8h a 6/6h (lactente)
10-15ml/kg/dia 8/8h a 4/4h (criança)
(na EH, ajustar a dose para manter 2-4 dejeções por dia)

ÓLEO MINERAL (não fazer em menores de 4 anos ou com risco de aspiração!!)


# Apresentação: -----
# Dose: VO: 5-20ml/dose 1x/dia ou 12/12h - 1 a 3ml/kg/dia, 1-2x/dia (Máx: 50ml/dose)
Enema: 30-60ml dose única.

Solução para Mucosite


# Apresentação: xilocaína 5ml + nistatina 5ml + eritromicina 5ml + hidróxido de alumínio 5ml
# Dose: bochechar e cuspir 8/8h

FLORATIL
# Apresentação: sachês
# Dose: 1 sachê em pequena quantidade de água, 12/12h, por 3 dias.

Anti-histamínicos e corticoides
HIDROXIZINE (Hixizine)
# Apresentação: XAROPE 2mg/ml
CP 25mg
# Dose: 1-2mg/kg/dia 8/8h ou 6/6h
# Regra prática: Peso/4 por dose (2mg/kg/dia)

LORATADINA (Claritin) (evitar em menores de 2a!)


# Apresentação: XAROPE 1mg/ml
CP 10mg
# Dose: 6m-2a = 2,5ml 1x/dia
2-5a = 5ml 1x/dia
> 6a ou > 30kg: 10ml 1x/dia

DESLORATADINA (Sigmaliv, Desalex) (a partir de 6m)


# Apresentação: XAROPE 0,5mg/ml
CP 5mg
# Dose: 6-2a: 1mg/dose 1x/dia # Regra prática: 6m-2a = 2ml 1x/dia
2-5a: 1,25mg/dose 1x/dia 2-5a = 2,5ml 1x/dia
5-10a: 2,5mg/dose 1x/dia 5-10a = 5ml 1x/dia
> 10a: 5mg/dose 1x/dia > 10a = 10ml 1x/dia

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
HIDROCORTISONA (Solucortef)
# Apresentação: FA 100mg/ml
# Dose: 2-5mg/kg/dose 6/6h ou 4/4h (asma!)
# Diluição: 0,1-1mg/ml em SG5%. Correr em 30min.

DEXAMETASONA
# Apresentação: EV: 4mg/ml ou 8mg/ml
VO: 0,1mg/ml (elixir) ou 4mg (cp)
# Dose: Edema de glote: 0,6mg/kg/dose
Anti-Inflamatório: 0,08 a 0,3mg/kg/dia de 6/6hs ou 12/12hs
Meningite (> 6 semanas): 0,6mg/kg/dia, IV, 6/6hs
# Regra prática: Peso/3 em ml de 8/8hs por 5 dias (Máx: 15ml/dose)

DEXCLORFENIRAMINA (Polaramine) (para maiores de 2anos)


# Apresentação: Cp 2mg; Solução Oral 2mg/5ml; Gotas 2,8mg/ml
# Dose: 2-6a = 1,25ml ou 5 gotas (3x/dia)
6-12a = ½ cp ou 2,5 ou 10 gotas (3x/dia)
> 12a = 1 cp ou 20 gotas (3x/dia)

PREDNISOLONA (Prelone, Predsim)


# Apresentação: SOLUÇÃO: 3mg/ml
CP 5mg ; 20mg
# Dose: Ataque: 1-2mg/kg/dose 6/6h (asma!)
1-2mg/kg/dia 1x/dia por 5-7d (asma!)
# Regra prática: P/3 = dose ml

PROMETAZINA (Fenergan)
# Apresentação: FA 25mg/ml
# Dose: 0,1mg/kg/dose 6/6h - Máximo 1mg/kg/dia
# FAZER IM. Passar para anti-histamínicos VO (opção do Fenergan VO 25mg/cp) assim que
possível!

Ferruginosos
SULFATO FERROSO
# Apresentação: VO: 1mg Fe3+/gota = 25mg/ml
# Dose: 4mg/kg/dia (2x/dia) antes das refeições e com sucos cítricos p/melhor absorção
Por 3 meses
# Dica: Anemia Ferropriva (Fe3+ ↓; Ferritina ↓; TIBC ↑; Sat. Transferrina ↓)

Antitussígenos
KOID D (Betametasona + Dexclorfeniramina)
# Apresentação: VO: 0,25mg + 2mg/5ml
# Dose: 2 a 6 anos = 2ml de 8/8hs ou 6/6hs
6 a 12 anos = 2,5ml de 8/8hs ou 6/6hs
> 12 anos = 5 a 10ml de 8/8hs ou 6/6hs

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
TORANTE (Hedera helix)
# Apresentação: VO: 15mg/ml
# Dose: 2 a 5 anos = 2,5ml de 8/8hs
6 a 12 anos = 5,0ml de 8/8hs
> 12 anos = 5,0ml de 8/8hs

ACEBROFILINA
# Apresentação: VO: 25mg/5ml
# Dose: Peso/5 em ml de 12/12hs por 5 dias (Máx.: 10ml/dose)

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
Hidratação e Distúrbios Hidroeletrolíticos
# Regra de Holliday:
CH: Cota Hídrica
Pcal: Peso Calórico

Cota Hídrica basal diária (hidratação para 24h):


Peso < 10 kg --- CH = 100 ml/kg
Peso > 10 kg até 20 kg --- CH = 1.000 ml + 50 ml/ kg (a mais, entre 10 e 20)
Peso > 20 kg --- CH = 1.500 ml + 20ml/ kg (a mais, acima de 20)
Pcal = CH / 100 (é no peso calórico e não no peso real que se baseia o cálculo de eletrólitos na
HV!!)

Ex: Peso criança = 15kg


-- CH = 1.000 ml + 50 ml/kg x 5 kg = 1.000 ml + 250 ml --- CH = 1.250 ml
-- Pcal = 1.250 / 100 --- Pcal = 12,5 kg

Sódio basal:
Necessidade diária: 3 mEq Na/ kg
1 ml NaCl 20% = 3,4 mEq Na

Potássio basal:
Necessidade diária: 2 mEq K/ kg
1 ml KCl 10% = 1,34 mEq K

Ex.: HV de manutenção para criança de 22 kg


� CH = 1.500 ml + 20 ml/kg x 2 kg --- CH = 1.540 ml/dia
� Pcal = 1540/100 --- Pcal = 15,4 kg
� NaCl 20% = 3 mEq Na/kg dia x 15,4 kg x 1 ml NaCl 20%/3,4 mEq Na
NaCl 20% = 13,6 ml NaCl 20%/dia
� KCl 10% = 2 mEq K/kg dia x 15,4 kg x 1 ml KCl 10%/1,34 mEq K
KCl 10% = 23 ml KCl 10%/dia

Prescrevendo... Em geral, a cota hídrica é fornecida por SG 5%. Como geralmente o volume das
bolsas de SG5% é de 500ml, dividimos a HV em fases iguais de no máximo 500ml. Sendo assim:
CH = 1.540 ml --- 4 fases iguais de 385ml, com 6h de duração cada fase (1 dia = 24h;
24h/4fases = 6h/fase) . O volume total dos eletrólitos, por conseguinte, também será dividido
igualmente para cada fase (13,6ml NaCl 20%/dia = 3,4ml NaCl20%/fase; 23ml KCl 10%/dia =
5,7ml KCl 10%/fase). A velocidade de infusão da HV por BIC é dada em ML/H, a partir da razão
do volume de cada fase pelo tempo de infusão da mesma. Se não houver BIC, pode-se
transformar ml/h em GOTAS/MIN, dividindo-se a velocidade de infusão por 3 (1ml/h =
3gts/min). Assim:

HV para 24h ( A = B = C = D)
SG 5% .... 385 ml
(3) NaCl 20% .... 3,4ml
(2) KCl 10% ....5,7ml
Fazer 394,1ml , EV em BIC a 65,7ml/h (ou EV , 22gts/min)

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
OBSERVAÇÃO: há uma tendência recente a fazer a hidratação das nossas crianças,
principalmente os DOENTES CRÍTICOS, com SGF1:1 em substituição ao SG5%. Nessa caso,
calcule a cota hídrica e o volume de KCl normalmente. Não acrescente NaCl.

# Correção de Potássio

Hipocalemia grave: K < 2,5


Fase rápida = 4h
• 0,3 a 0,5 mEq K/kg/h
• Fazer de 4 a 6 mEq K/100 ml SF 0,9% ou SG 5%
(Concentração máx. veia periférica = 8 mEq K/100 ml; veia central = 15 mEq K/100 ml)
→ Lembre: KCl 10%= 1,34 mEq K /ml

• Ex.: Paciente de 10 kg, K= 2,0


-- Calculando 0,4 mEq K/kg/h, com 4 mEq K/100 ml SG 5%
- 0,4 mEq K/kg.h x 10 kg x 4h = 16 mEq K

100 ml SG 5% ---------------- 4 mEq K


X ml SG5% -------------------- 16mEq K
X = 400 ml SG 5%

1 ml KCl10% --------------- 1,34 mEq K


Y ml KCl10% --------------- 16mEq K
Y = 12 ml KCl 10%

-- Prescrição:
SG 5%.....400ml
KCl 10%.....12ml
Correr EV em 4h, em BIC a 103 ml/h (ou 35 gts/min)

Hipocalemia leve/moderada
Aumentar aporte KCl 10% em HV e/ou fazer KCl 6% xarope, VO, 6/6h
• 2 a 5 mEq K/kg/dia
• 1 ml KCl 6% = 0,8 mEq K

# Correção do Sódio:
Hiponatremia grave: Na < 120 ou Sintomática
(Na desejado - Na atual) x 0,6 x Peso = mEq Na a repor
[A diferença não pode ultrapassar 12! Ideal 6-8 por dia]
• 1 ml NaCl 3% = 0,5 mEq Na
• 100 ml NaCl 3% = 15 ml NaCl 20% + 85 ml SG 5%
• Fase de ataque: 4 a 6h
• Hipo Na aguda: velocidade máx. 5 mEq Na/kg/h ou 10 ml NaCl 3%/kg/h
• Hipo Na crônica: velocidade máx. 2,5 mEq Na/kg/h ou 5 ml NaCl 3%/kg/h

Ex.: Paciente de 10 kg, Na = 115


Calculando mEq Na a repor com aumento sérico estimado em 8 mEq:
(123 - 115) x 0,6 x 10 = 48 mEq Na

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
Velocidade máxima infusão de NaCl 3%:
5 mEq Na/kg h x 10 kg = 50 mEq Na/h

Velocidade infusão em fase de ataque (4h):


48 mEq Na/4h = 12 mEq Na/h (ok! < 50 mEq Na/h)

Lembre: 1ml NaCl3% = 0,5mEq Na


1 ml NaCl 3% ------------- 0,5 mEq Na
X ----------------------------- 48 mEq Na
X = 96 ml NaCl 3%

Lembre: 100ml NaCl3% = 15ml NaCl20%


85ml SG5%
15 ml NaCl 20% ---------- 100 ml NaCl 3%
Y ----------------------------- 96 ml NaCl 3%
Y = 14,4 ml NaCl 20%

85 ml SG 5% ---------------- 100 ml NaCl 3%


Z ------------------------------- 96 ml NaCl 3%
Z = 81,6 ml SG 5%

Prescrição:
NaCl 20% ...... 14,4 ml
SG 5% ............. 81,6 ml
Fazer EV em 4h, em BIC a 24 ml/h (ou 8 gts/min)

# Hipoglicemia
Dx < 40 sintomática ou Dx < 20 - fazer flush de glicose!
→ RN: Glicose 10%, 2 ml/kg, EV em bolus (ou Glicose 5%, 4 ml/kg)
→ Crianças maiores: Glicose 25%, 2 ml/kg, EV em bolus
• 10 ml SG 10% = 1,2 ml SG 50% + 8,8 ml SG 5%
• 10 ml SG 25% = 5 ml SG 50% + 5 ml AD

Hipoglicemia assintomática com Dx > 20 - alimentar e monitorar Dx

# Cálculo da VIG ou TIG (Volume ou Taxa de Infusão de


Glicose)
VIG objetivada: 4-6mg/kg/min RNPT
4-8mg/kg/min RNT
(geralmente iniciamos com VIG de 4 e titulamos conforme necessário)

Gramas de glicose para atingir a VIG = Peso x VIG x 1,44


Ex.: RNT com peso = 4kg. VIG objetivada = 4mg/kg/min. CH = 4x100 = 400ml.
Gramas de glicose = 4 x 4 x 1,44 = 23g glicose

Assim, para ofertar a glicose calculada com a CH calculada, fazemos o calculo da concentração
que a solução deveria ter:

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
400ml -------- 23g
100ml -------- X
X = ~6%

Para chegarmos a essa concentração, devemos misturar SG5% com glicose a 50%. O método
prático mais conhecido para isso é a técnica da aranha:

Assim, calculamos o volume de SG5% E calculamos o volume de glicose 50%


400ml ---------- 45 400ml -------- 45
X ----------------- 44 Y --------------- 1
X = 391ml Y = 8,8ml

Prescrevendo...
HV fase única para 24h
SG5% ------------- 391ml
Glicose 50% ----- 8,8ml

OBS.: a regra da aranha é baseada naquela velha fórmula da estequiometria...


V1 x C1 = V2 x C2 + V3 x C3

Se não decorar a aranha, calcule as gramas de glicose e as concentrações da solução ideal (C1),
a cota hídrica total (V1), aplique as constantes e faça as contas
V2 + V3 = V1
C2 = 50%
C3 = 5%

DICA: há também uma regra prática para calcular o volume de SG50%:


SG50% = (P x 1,44 x VIG x 20 – CH)/9

Sedação leve para exames


(rotina HIAS)
 Sedar crianças menores que não cooperam com exames (no nosso serviço, usado
principalmente na realização de Ecocardiograma!)
 Fazer 30 minutos antes do eco.
 Observar por 60min. Se não dormir, repetir a dose, contanto que não ultrapasse 20ml
de dose cumulativa (dose máxima independente de peso ou idade!)
 Paciente em uso de Diazepam -> não fazer hidrato de cloral
 Paciente em uso de Clonazepam ou Clobazam (Frisium) -> fazer metade da dose

Hidrato de cloral
# Apresentação (HIAS): 40mg/ml (4%)
# Dose: 10-20mg/kg/dose
# Regra prática: P/2 em ml

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
Asma / BVA / intercorrências respiratórias
# Asma / broncoespasmo
Conduta básica na crise:

1. O2 se saturação menor que 95%

2. β2 de curta ação (Fenoterol NBZ, Fenoterol spray, Salbutamol spray) +/- Brometo de
Ipatróprio

FENOTEROL (Berotec)
# Apresentação: 5mg/ml (0,25mg/gota)
# Dose: 0,1mg/kg/dose 20/20min (resgate)
# Regra prática: 1 gota a cada 3kg + 4ml SF 20/20 minutos, 3 vezes.
Máximo 10gts/dose (De acordo com o Blackbook. No Sabin
dificilmente fazemos mais de 5gts – alguns staffs advogam que os
efeitos colaterais suplantariam os benefícios. Pelo consenso, máximo
20gts/dose ou 5mg)

FENOTEROL Spray
# Apresentação: 100ug/jato
# Dose: 1 jato a cada 3kg, 20/20 minutos, 3x.
Máximo 10 jatos por dose.

SALBUTAMOL Spray (Aerolin)


# Apresentação: 100ug/jato
# Dose: 2-4 jatos / dose.
Máximo de 10 jatos / dose.
# Regra Prática: Peso / 2 por dose (até máximo de 10 jatos)

Após melhora reduzir nebulização para 2/2h e observar.


Se paciente grave, considerar acrescentar:

BROMETO DE IPRATRÓPIO (Atrovent)


# Apresentação: 0,25mg/ml
# Dose: < 20kg: 10 gotas/dose
> 20kg: 20 gotas/dose
No Sabin, o protocolo da pneumo questiona a eficácia do atrovent e tende a não usar
essa medicação!

OU

BROMETO DE IPRATRÓPIO Spray (Atrovent)


# Apresentação: 20ug/jato
# Dose: 4 jatos/dose

3 - Corticoide oral ou EV (se cortico-dependente ou má resposta a conduta inicial)


(ver doses na seção anti-histamínicos e corticoides)

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
4 - Sulfato de Magnésio: considerar se crise muito grave com má resposta inicial ou resposta
incompleta após 2 horas de β2.

SULFATO DE MAGNÉSIO 50%


# Apresentação: 500mg/ml
# Dose: 25-75mg/kg/dose de 4/4h (média 40mg/kg/dose).
Máximo 2g/dose.
# Diluição: Diluir em SF para correr 2,5mg/kg/min em aproximadamente 20 minutos.

5 - Salbutamol EV: fazer na crise grave refratária (muitos preferem ao invés do sulfato)

SALBUTAMOL
# Apresentação: 0,5mg/ml
# Dose: Bolus 15-20ug/kg em 15min. Infusão continua 0,5-1ug/kg/min

Dando alta na emergência?


- Manter corticoide oral por 5 dias - 1mg/kg/dia
- Iniciar ou manter medicação preventiva por via inalatória:

CLENIL HFA
# Apresentação: 50ug/jato, 100ug/jato, 200ug/jato e 250ug/jato
# Dose: < 5a: 50ug/jato - 1 jato de 12/12h
6-12a: dose baixa 50ug/jato - 1 jato de 12/12h até 2 jatos de 12/12h
dose média 250ug/jato 1 jato 1x/dia ou 1 jato de 12/12h
Adulto: dose baixa 50ug/jato 2 jatos 12/12h
dose média 250ug/jato de 12/12h

- Orientar uso da medicação de resgate:

β2-agonista
Salbutamol spray (Aerolin)
# Apresentação: 100ug/jato
# Dose: 1-2jatos por dose.

Fenoterol spray (Berotec)


# Apresentação: 200ug/jato ou 100ug/jato
# Dose: 200-400ug/dose até de 4/4h

# Bronquiolite viral aguda


 Nebulização com salina hipertônica
Preparo: 10 ml NaCl3% = 1,5ml NaCl20% + 8,5ml AD
Retirar 4ml e nebulizar 8/8h
(Fazer broncodilatador concomitante para evitar broncoespasmo)

 Fornecer 02 se necessário para manter Sat02 > 94%


 Lavar com salina e aspirar narinas antes de mamar e antes de nebulizar.
 Não há indicação de fazer corticoide na BVA (fazer somente se suspeita de ASMA)
 É possível fazer teste terapêutico com β2. Manter se houver resultado.
 Manter decúbito elevado.

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
 Se taquipneia importante, suspender alimentação VO e alimentar por SNE.
 Na BVA grave com progressão para IRpA, dieta zero + HV. Evitar hiperhidratação pelo
risco de SIHAD. Se necessário, fazer somente 2/3 da CH.
 Imunomodulação com azitromicina (200mg/5ml, 5mg/kg/dia, 1x/dia, 3x/semana) em
casos de evolução atípica.
 Não há indicação de fisioterapia respiratória na BVA.

# Estridor
(Atenção! Não entram aqui as infecções bacterianas causadoras de estridor!!)
 Fornecer O2 umedecido
 Hidratar
 Corticoide EV (Dexametasona) ou inalatório (Budesonida)
DEXAMETASONA
# Apresentação: 4mg/ml
# Dose: 0,6mg/kg. Máximo 8mg. Dose única. Não é necessário diluir.

 Nebulização com adrenalina


ADRENALINA
# Apresentação: 1:1000
# Dose: 0,5ml/kg. Máximo 5ml. Pode ou não diluir com igual volume de SF0,9%
# Regra Prática: Peso / 2 em ml (até no máximo 5ml)

# Opções para fornecimento de oxigênio na enfermaria:


Máscara de Venturi
Tipo de máscara FiO2
LARANJA 50%
ROSA 40%
VERDE 35%
BRANCA 31%
AMARELA 28%
AZUL 24%

Oxihood (RNs, lactentes pequenos)


A soma do O2 e ar comprimido prescritos deve ser = 8L.
Para saber a FiO2 fornecida, somar 2 ao valor do O2. Assim:
O2 4L + Ar 4L -> FiO2 = 2 + 4 = 6 -> FiO2 60%
O2 3L + Ar 5L -> FiO2 = 2 + 3 = 5 -> FiO2 50%
O2 2L + Ar 6L -> FiO2 = 2 + 2 = 4 -> FiO2 40%
O2 2L + Ar 7L -> FiO2 = 1 + 2 = 3 -> FiO2 30%

# Intubação Pediátrica:
Tamanho do tubo: (Idade/4) + 4
Tipo de tubo: < 8a – sem cuff
> 8a – com cuff
Fixação (altura do dente): Idade + 4 ou tubo x 3
Escolha do laringoscópio: < 6m – 0
6m-2a – 1
3a-6a – 2
> 8a – 3

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
Drogas para indução:

1. Midazolam 5mg/ml
1ml + 4ml AD
Fazer P/10, EV

2. Fentanil 50mcg/ml
Px0,04ml + AD para completar seringa de 10ml, EV

3. Succinilcolina 50mg/ml
1ml + 9ml AD
Fazer Px0,2 + AD para completar seringa de 10ml, EV

Parâmetros iniciais para ventilação mecânica:

Sedação de manutenção:
No mesmo soro:
1. Midazolam 5mg/ml.
Dose: 0,1-0,5mg/kg/h
Em ml: 0,1 x P x 24 / 5

2. Fentanil 50mcg/ml
Dose: 1-5mcg/kg/h
Em ml: 1 x P x 24 / 50

3. SF0,9% para completar, formando solução pra correr com 1ml/h ou 2ml/h

Exemplo: criança de 1 ano, P = 10kg


Midazolam 5mg/ml --------- 5ml
Fentanil 50mcg/ml ---------- 5ml
SF0,9% ------------------------- 14ml
Volume total = 24ml. Fazer EV em BIC 1ml/h.

Crise convulsiva
MIDAZOLAM (Dormonid)
# Apresentação: FA 5mg/ml 1ª escolha do HIAS no > 3m.
# Dose: 0,1-0,3mg/kg/dose
Diluir 1ml em 4ml AD -> 1mg/ml -> 0,1-0,3ml/kg/dose
# Fazer no máximo 3 doses com intervalo de 5 minutos. Esteja pronto para entubar a partir da
2ª dose (risco de depressão respiratória).

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
FENOBARBITAL
# Apresentação: 100mg/ml 1ª escolha do HIAS no < 3m.
# Dose de ataque: 10-20mg/kg/dose, EV, lento.
Diluir 1ml em 9ml AD -> 10mg/ml -> 1-2ml/kg/dose
# Se não houver controle com a dose inicial, repetir após 5 min com 5-10mg/kg, chegando ao
máximo de 30mg/kg somando todas as doses de ataque.
# Dose de manutenção: 5-7mg/kg/dia de 12/12h
Iniciar a manutenção com metade da dose total de ataque, 12h após o mesmo. De modo geral,
fazemos 5mg/kg/dia.

FENITOÍNA (Hidantal)
# Apresentação: 50mg/ml
# Dose de ataque: 15-20mg/kg/dose
Diluir 1ml em 4ml AD -> 10mg/ml -> 2ml/kg/dose
# Se não houver controle, podem ser feitas doses adicionais de ataque de 5mg/kg até dose
total de 30mg/kg.
# Dose de manutenção: 4-10mg/kg/dia de 8/8h
Iniciar a manutenção 8h após o ataque.
# Preferir a Fenitoína nos seguintes casos: convulsão focal, tumor de SNC, TCE.

Na crise convulsiva, não esquecer de:


Manter vias aéreas pérvias
Monitorizar e fornecer O2 s/n
Evitar trauma Se crise nova, procurar a causa!

DIAZEPAM
# Apresentação: FA 10mg/2ml
# Dose: Anticonvulsivante: 0,2-0,5mg/kg/dose
Sedativa: 0,04-0,2mg/dose

CARBAMAZEPINA
# Apresentação: FA 100mg/5ml
# Dose: 20mg/kg/dia, de 12/12hs
# Regra Prática: 0,5 x Peso (2x/dia)

CLONAZEPAM
# Apresentação: Cp: 0,25mg; 0,5mg; 1mg; 2mg
Gotas: 2,5mg/ml ou 0,1mg/gota
# Dose: 0,5mg/kg/dia, de 12/12hs
# Regra Prática: 0,5 x Peso (2x/dia)

ÁCIDO VALPRÓICO (Depakene)


# Apresentação: Xarope: 250mg/5ml
Cp: 300mg e 500mg
Cápsula: 250mg
# Dose: 50mg/kg/dia, (2 a 3x/dia)
# Regra Prática: 0,6 x Peso (2 a 3x/dia)

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
Alimentação
Cálculo da capacidade gástrica (a partir de 1 mês de vida): 20-30ml/kg/vez
Medida: 1 (uma) colherzinha (medida) para 30ml (lembrar quem toma fórmula precisa ingerir
água)

Fórmulas de Partida: (Quem toma fórmula precisa ingerir água)


 Aptamil 1
 NAN 1
 Nestogeno 1
 Milupa 1 (mais barato)

Fórmulas especiais:
 Para Pré-Maturos:
 Aptamil Pré => utilizado nas maternidades
 Aptamil Pré Transition => até 52 semanas após concepção (p/casa), ou para PIG

 Alergia a proteína do leite de vaca (APLV):

Nome Comercial Tipo de Fórmula Kcal/100ml Ca/100ml Comentário


Pregomin Pepti Extensamente 66 55
Hidrolizado
Sem Lactose
Alfaré Extensamente 70 54
Hidrolizado
Sem Lactose
Althéra Extensamente 67 41
Hidrolizado
Sem Lactose
Neocate LCP Fórmula de 71 49
Aminoácidos
Neocate Fórmula de 100 50 Maior de 1 ano
Advance Aminoácidos
Aptamil HA Parcialmente 65 46 Contém
(p/Prevenção) Hidrolisado Prebióticos
NAN Supreme Parcialmente 67 47
Hidrolisado
NAN Soy Fórmula de Soja 67 69
Aptamil Soja Fórmula de Soja Para > 6 meses
Milnutri Soja p/APLV Para > 1a até 5a

 Outras patologias:

Nome Comercial Patologia Kcal/100ml Ca/100ml


NAN Sem Lactose Intol. a Lactose 67 56
Aptamil SL Intol. a Lactose
NAN Comfort Constipação 67 43
Aptamil Active Constipação / Cólicas 65 49
NAN AR DRGE 67 62
Aptamil AR DRGE 67 78

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
 Fórmulas de maior aporte calórico para dia oral ou enteral:

OBS.: de acordo com a Nutrição do HIAS, as fórmulas de partida comuns também poderiam ser
administradas por via enteral!
OBS2.: Também é possível aumentar o aporte calórico com complementos como o FM85 (no
leite materno), TCM ou maltodextrina.

Nome Comercial Via de Administ. Idade Kcal/100ml Comentário


Fortini Oral A partir 1 ano 150 Nutricionalmente
MultiFiber completo /
líquido hipercalórico /
Sem Lactose
Infatrini Oral ou Enteral 0 – 12 meses 100 Uso em lactentes
para maior oferta
calórica
Nutrini Enteral 1 – 6 anos 100 Risco Nutricional
(Standard) / desnutrição /
Sem Lactose
Pediasure Oral ou Enteral 1 – 10 anos 100 Nutricionalmente
Complete Completo
Peptamen Oral ou Enteral 1 – 10 anos 100 Má-absorção,
Junior diarreia,
desnutrição,
sepse / isenta de
glúten, lactose e
colesterol
Nutrini Pepti Enteral (semi- A partir de 1 ano 100 Má-absorção,
elementar) intolerância /
isenta de lactose
Nutrem Junior Oral ou Enteral 1 – 10 anos 100 Complemento
alimentar / isento
de Lactose e
Glúten

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
HV para lise tumoral
Calcular superfície corpórea:
SC: Fazer a raiz quadrada da seguinte equação: E(cm) x P(kg)/3600
OU
SC = Px4 + 7/P + 90

HV: SG5% 2000-3000ml/m2

Na lise tumoral, dosar:


Ácido úrico / K / HCO3 / pH / LDH / P / FA

Se necessário, também podemos fazer:


Bicarbonato de Na 8,4% 20-40mEq/L (lembre: Bic Na 8,4% -> 1mEq = 1ml)
Alopurinol 200-300mg/m2

Manter pH urinário > 7,1

Cálculo do clearance de creatinina


ClCr = 0,413 x E / Cr => Creatinina por metodologia enzimática

Método JAHC:
ClCr = (k x E) / Cr K= 0,33 => prematuro até 1 ano
0,45 => RNT até 1 ano
0,55 => criança e adolescente (feminino)
0,70 => adolescente (masculino)

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
Cetoacidose diabética
Protocolo HIAS
(resumidinho)

Cetoacidose – critérios bioquímicos:


1. Hiperglicemia - glicemia > 200 mg/dl
2. Acidose metabólica - pH < 7,30 e/ou bicarbonato < 15 mmol/L
3. Cetose – cetonemia > 3 mMol/l ou cetonúria
4. HCO3+ < 15

Indicações de internação em UTI :


Ø Cetoacidose diabética grave – longa duração dos sintomas, sinais de choque, baixo nível
consciência.
Ø crianças < 2 anos - devido maior risco de edema cerebral
Ø Glicemia > 1.000 mg/dl
Ø Condições inadequadas de tratamento nas unidades de urgência

1ª HORA
Hidratação
Puncionar 2 veias
Expansão inicial: SF 0,9% 20 ml/kg em 1h => 3 fases de 20ml/kg (até 60ml/kg)
30 - 50 ml/kg em 1h (se sinais de choque)
Max.1000 ml/h até normalização do estado hemodinâmico

2ª HORA

1) Insulinoterapia
Iniciar após expansão inicial (2ª hora) => não iniciar se K < 3,3
• Melhor método: via endovenosa contínua
• Via subcutânea ou intramuscular – não usar em casos de acidose grave, má perfusão
periférica

VIA ENDOVENOSA (apenas em BIC)


Insulina regular
• Dose ataque : 0,1U/kg EV, em bolus (não fazer, retirado do protocolo)
• Dose manutenção: 0,1 ou 0,05U/kg/hora (bomba de infusão)
• Preparo : diluir 50 U insulina regular em 500ml SF0,9% , lavar o equipo com a
solução e trocar o frasco a cada 6 h.
→ Quando glicemia ficar próxima a 250 mg/dl ou a queda da glicemia
for superior a 100mg/dl/h com acidose ainda presente, a velocidade de
infusão deve ser reduzida para 0,05 U /kg/hora .
→ Quando houver melhora da acidose (pH > 7.3 ou bicarbonato >
18mEq/L), deve ser aplicada 0,2U /Kg de insulina regular IM 30’ antes
de suspender a infusão.

VIA INTRAMUSCULAR (se não tiver BIC)


• Insulina regular 0,2U/kg IM 2/2h. Se a criança estiver hidratada e com boa perfusão
periférica, a aplicação poderá ser feita via subcutânea.

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
• Quando a glicemia capilar ficar próxima a 250 mg/dl ou a queda de glicemia capilar
for superior a 100mg/dl/h , com acidose ainda presente → reduzir dose para 0,1U/kg
2/2h.

Solução Padrão: 1,2ml de IR _ 118,8ml SF 0,9% = 1U/ml correr em 1h

OBS.: Quando houver melhora da acidose (pH > 7,3 ou bicarbonato > 18 mEq/L) pode-
se aplicar insulina regular 0,2 U /kg de 4/4h até a manhã seguinte à estabilização do
quadro, quando será iniciada a NPH.

Atenção :
Ø Geralmente a correção da glicemia antecede a correção da acidose. Portanto,
manter insulinização intensiva enquanto persistir acidose. Se necessário, deverá ser
aumentada a concentração de glicose do soro para evitar hipoglicemia.
Ø Avaliar glicemia capilar 1/1 h, cetonúria 2/2h e Gasometria 2/2h
Ø A taxa de queda da glicemia deve ser entre 50 – 100mg/dl/ hora.

2) Hidratação
10 ml/kg/hora até hidratação (em 48hs)
Se glicemia > 250 mg/dl - manter SF0,9 %
Se glicemia < 250 mg/dl - substituir por SG 5% + SF0,9 (1:1) e/ou aumentar a
concentração de glicose do soro. Se hipoglicemia, pode alimentar..

Potássio (Máximo de K em Veia Periférica: 8mEq/100ml)


• K < 4,5 mEq/l � adicionar K (40 mEq/ litro) ao soro a partir da 2ª hora se diurese presente
• K entre 4,5 - 6,0 � a partir da 4ª hora (20 mEq/ litro)
• K > 6,5 e sem diurese � não repor
Velocidade máxima = 0,5 mEq/kg/h e dosagem de potássio 4/4 h

Se clinicamente hidratado e com débito urinário satisfatório:


• Tipo de soro: Soro glicofisiológico 1: 1
• Volume: calcular conforme Holliday-Segar.

OBS : Suspender hidratação endovenosa se paciente hidratado, com boa diurese e boa
aceitação por via oral.

Bicarbonato:
Indicação : pH < 7,10
Bicarbonato (mEq) = (15 – Bic. encontrado ) x 0,3 x peso ( kg)

Infundir metade da quantidade calculada em 2h.


Se ao controle gasométrico, pH < 7,0, repetir a infusão.

Quando Suspender Insulina:


Melhora do estado geral e compensação do quadro metabólico
Glicosúria não deve ser usada como parâmetro de melhora

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
Rotina para lavado bronco-alveolar
Indicações:
� Atelectasia crônica
� Pneumopatia crônica a esclarecer
� Pré-operatório de bronquiectasias
� Infiltrado pulmonar em paciente imunossuprimido
� Pneumopatia intersticial
� Histiocitose
� Hemossiderose
� Proteinose alveolar
� Pneumonia lipoídica

Os exames devem ser solicitados em folha de exame comum, agrupados em dois pedidos
diferentes, um para o LACEN e outro para o laboratório de apoio e previamente autorizado
pela direção clínica. A coleta deve ser realizada em dois frascos.

Exames solicitados:
PARA O LABORATÓRIO DE APOIO PARA O LACEN
Citologia diferencial Pesquisa de BAAR
Pesquisa direta para fungos Cultura para BK
Coloração pela prata para pesquisa de P. Bacterioscopia
jirovecii
Cultura para fungos Cultura para germes piogênicos
Pesquisa de macrófagos alveolares com
gordura
Pesquisa de macrófagos alveolares com
hemossiderina
PAS (na suspeita de proteinose alveolar)
CD-1a (na suspeita de histiocitose)
CD-4 e CD-8 (na suspeita de sarcoidose e
pneumonia de hipersensisibilidade)

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
Prescrição de Hemoderivados
CONCENTRADO DE HEMÁCIAS 2
Cálculo da Superfície Corpórea (m ): (Peso X 4) + 7
Dose: 10-15ml/kg ( Peso + 90)
1 unidade = 250-300ml.

Tempo de infusão: geralmente 1-2h. Não deve ultrapassar 4 horas. Não exceder a velocidade
de infusão de 20-30mL/kg/hora.

Avaliação da resposta terapêutica: nova dosagem de HB ou HT 1-2 horas após a transfusão,


considerando também a resposta clínica.

CONCENTRADO DE PLAQUETAS
Dose: 1 unidade a cada 7-10kg ou 4 unidades/m2 de Superfície Corpórea
Em menores de 15kg: 5-10ml/kg
(pode fazer até o dobro em paciente oncológico)

1 unidade = 50-70ml – obtenção por sangue total (5,5 x 1010 plaquetas em cada unidade)
200 a 400ml – obtenção por aférese (3 x 1011 plaquetas em cada unidade)
(1 unidade obtida por aférese = 6-8 unidades obtidas por sangue total)

Tempo de infusão: ideal em 30 minutos, não excedendo a velocidade de infusão de 20-


30mL/kg/hora

Avaliação da resposta terapêutica: nova dosagem 1 hora após a transfusão, porém a resposta
clínica também deve ser considerada.

Quando transfundir ou não transfundir plaquetas:

NÃO TRANSFUNDIR:
X Qualquer valor quando a etiologia da plaquetopenia é IMUNE, exceto em casos de
sangramento grave, SEMPRE associando formas de tratamento específico! Ou seja, não
transfundir:
→ PTI
→ Dengue hemorrágica
→ Plaquetopenia associada a leptospirose ou riquetioses.
→ Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT)
→ Plaquetopenia induzida por heparina (PIH)

TRANSFUNDIR:
� Quando a etiologia é falência medular aguda, se:
→ Contagens inferiores a 5.000/μL em pacientes estáveis (sem sangramento).
→ Contagens inferiores a 20.000/μL na presença de fatores associados a
eventos hemorrágicos como: febre (>38°C), manifestações hemorrágicas
menores (petéquias, equimoses, gengivorragias), doença transplante versus
hospedeiro, esplenomegalia, utilização de medicações que encurtam a
sobrevida das plaquetas (alguns antibióticos e antifúngicos), hiperleucocitose
(contagem maior que 30.000/mm³), presença de outras alterações da
hemostasia (por exemplo, leucemia promielocítica aguda) ou queda rápida da
contagem de plaquetas.

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
� Quando a etiologia é a falência medular crônica (por exemplo, anemia aplástica
grave, síndrome mielodisplásica, etc.):
→ Profilaticamente se contagens inferiores a 5.000/μL
→ Contagens inferiores a 10.000/μL, na presença de manifestações
hemorrágicas.

� Antes de procedimentos cirúrgicos conforme a tabela:


CONDIÇÃO NÍVEL DESEJADO
Punção lombar para coleta de líquor ou Superior a 20.000/uL
quimioterapia (pacientes pediátricos!)
Biópsia e aspirado de medula óssea Superior a 20.000/Μl
Endoscopia digestiva
Sem biópsia Superior a 20.000 – 40.000/μL
Com biópsia Superior a 50.000/μL
Biópsia hepática Superior a 50.000/μL
Broncoscopia com instrumento de fibra
óptica
Sem biópsia Superior a 20.000 – 40.000/μL
Com biópsia Superior a 50.000/μL
Cirurgias de médio e grande porte Superior a 50.000/μL
Cirurgias oftalmológicas e neurológicas Superior a 100.000/μL

PLASMA FRESCO CONGELADO


Dose: 10-20ml/kg
(aumenta 20-30% os níveis dos FC do paciente, chegando a níveis hemostáticos)

Monitorização laboratorial: o TAP maior que 1,5 vezes o ponto médio da variação normal e/ou
o TTPa maior do que 1,5 vezes o limite superior do normal, podem ser usados como parâmetro
para reposição, de acordo com a situação clínica do paciente. Lembre que esses marcadores
NÃO tem correlação direta com risco de sangramento.

Tempo de infusão: correr aberto, tempo máximo deve ser de 1 hora.

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
Neutropenia Febril
Protocolo HIAS
Conceito:
Bastões + segmentados < 500/mm³ + 1 pico febril (>=38,3ºC ou 2 picos febris >=38ºC)

Conduta:
Identificar o foco
Solicitar exames: HC, HCT, bioquímica, SU, Rx tórax, USG de abdome, swabs
Se não há foco evidente: seguir o protocolo

Classificar o paciente em alto ou baixo risco


A. Paciente de baixo risco
 > 100 neutrófilos/mm³
 Sem comorbidades (foco, sepse, mucosite, lesão perianal, etc)
 Sem neoplasia em atividade (ou seja, em remissão total ou parcial)
 Sem cateter implantado

Conduta (no tratamento hospitalar):


Ceftazidima 150mg/kg/dia 8/8h + Amicacina 15mg/kg/dia 8/8h
Acrescentar Vancomicina se:
- Suspeita clínica de infecções graves relacionadas a cateter (bacteremia, celulite)
- Colonização por S. pneumoniae resistente ou ORSA
- HCT positiva para Gram+
- Hipotensão, choque ou comprometimento cardiovascular

B. Paciente de alto risco


Conduta:
Iniciar 2ª linha -> Cefepime 150mg/kg/dia
Acrescentar Vancomicina se:
- Infecções relacionadas a cateteres, Gram+, S. pneumoniae ou instabilidade
hemodinâmica

Seguimento:
1) Paciente afebril no terceiro dia?
→ HCT positiva: trocar ou não ATB (conforme TSA) e manter por 14-21d.
→ HCT negativa + > 500 neutrófilos: manter ATB até D7 ou 2º dia afebril
→ HCT negativa + < 500 neutrófilos: manter ATB até D10 ou 5º dia afebril
2) Paciente febril no terceiro dia?
→ HCT positiva: trocar ou não ATB (conforme TSA) e manter por 14-21d.
→ HCT negativa: vancomicina 40mg/kg/dia -> se já estiver em uso, rastrear de
novo e trocar ATB para 2ª linha (se estável) ou 3ª linha (se instável)
3) Paciente febril no quinto dia?
→ Febre persistente + piora: trocar para esquema seguinte e rastrear. Incluir
Ecocardiograma e avaliar necessidade de USG e TC de abdome.
→ Febre persistente SEM piora: iniciar Anfotericina B 1mg/kg/dia e reavaliar a
cada 48h
4) Instabilidade hemodinâmica
→ Esquema de 3ª linha: Imipenem 60mg/kg/dia + vancomicina 40mg/kg/dia.
Rastrear e reavaliar diariamente.

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
Conceitos Fundamentais

Seleção do Diâmetro do Tudo Endotraqueal, Sonda p/Sucção e Lâmina


do Laringoscópio
Idade Diâmetro Interno Sonda Sucção (cm) Lâmina
(mm) Laringoscópio (cm)
Prematuro 2,5 – 3,0 4 – 5 fr 0
Recém-nascido 3,0 6 fr 0
1 a 6 meses 3,5 6 0
6 a 12 meses 3,5 – 4,0 6 1
12 a 24 meses 4,0 – 4,5 8 1–2
3 a 4 anos 4,5 – 5,0 10 2
5 a 6 anos 5,0 – 5,5 10 2
7 a 8 anos 5,5 – 6,0 10 2–3
9 a 10 anos 6,0 – 6,5 10 3
11 a 12 anos 6,5 – 7,0 10 3
Regra prática da Marcação do Tubo Endotraqueal: Peso + 6

Frequência Respiratória
Idade FR
< 1 ano 30 a 60 irpm
1 a 3 anos 24 a 40 irpm
4 a 5 anos 22 a 34 irpm
6 a 12 anos 18 a 30 irpm
13 a 18 anos 12 a 16 irpm

Frequência Cardíaca Normal por Idade


Idade Média Limites
RN 140 90 a 190
1 a 6 meses 130 80 a 180
6 a 12 meses 115 65 a 165
1 a 2 anos 110 60 a 160
2 a 6 anos 105 55 a 155
6 a 10 anos 95 45 a 145
> 10 anos 85 35 a 135

Pressão Arterial Normal


Idade PA Sistólica PA Diastólica
Meninas Meninos Meninas Meninos
Neonatos (1o dia) 60 a 76 60 a 74 31 a 45 30 a 44
Neonatos (4o dia) 67 a 83 68 a 84 37 a 53 35 a 53
Lactentes (1 mes) 73 a 91 74 a 94 36 a 56 37 a 55
Lactentes (3 meses) 78 a 100 81 a 103 44 a 64 45 a 65
Lactentes (6 meses) 82 a 102 87 a 105 46 a 66 48 a 68
Lactentes (1 ano) 68 a 104 67 a 103 22 a 60 20 a 58
Crianças (2 anos) 71 a 105 70 a 106 27 a 65 25 a 63
Crianças (7 anos) 79 a 113 79 a 115 39 a 77 38 a 78
Adolescentes (15 anos) 93 a 127 95 a 131 47 a 85 45 a 85

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)
Hipotensão Arterial
Idade Pressão Arterial Sistolica
RN a termo (0 a 28 dias) < 60
Lactentes (1 a 12 meses) < 70
Crianças 1 a 10 anos (5º percentil de PA) < 70 + (idade em anos X 2)
Crianças > 10 anos < 90

Exame Físico do Recém-Nascido


APGAR
Sinais Clínicos 0 1 2
Frequência Cardíaca Ausente < 100/min > 100/min
Respiração Ausente Fraca, irregular Bom, choro forte
Tônus Muscular Flácido Flexão de pernas Movimento ativo
e braços / Boa flexão
Irritabilidade Reflexa Ausente Choro Espirros / Choro
Vigoroso
Cor Cianótico / Pálido Cianose de Rosado
extremidades

Antropometria:
 Peso: Macrossomia: Peso do RN > 4000g Peso normal: de 3000 – 3999g
Peso insuficiente: 2500 – 2999g Baixo peso: < 2500g
Muito baixo peso: < 1500g Extremo baixo peso: < 1000g
(Perda fisiológica de 10% nos primeiros dias, recuperando até 15 dias de vida)

 Comprimento: em media de 50cm par ao sexo masculino e 49,6cm para o sexo


feminino.

 Perímetro Cefálico (PC): em media 30 a 35 cm

 Perímetro Torácico (PT): 2 a 3 cm < PC

Baseado no Material do Hospital Infantil Albert Sabin – Fortaleza / CE (Atualizado em: Julho – 2017)

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