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INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
FACULDADE DE GEOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS HÍDRICOS
BELÉM
2016
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SUMÁRIO
1 INTRDUÇÃO 4
2 ÁGUA 6
4 BIOTA 33
5 SEDIMENTOS 39
6 PARÂMETROS LIMNOLÓGICOS 43
7 IMPACTO DA POLUIÇÃO 47
REFERÊNCIAS 59
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APRESENTAÇÃO
Bons estudos!
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1. INTRODUÇÃO
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ecológica, a mesma é resultante também da integração de várias outras ciências, tais
como a Botânica, a Zoologia, a Química, a Física, a Geologia, Matemática e a
Meteorologia”.
Atividade
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2. ÁGUA
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Empédocles de Agrigento - Ἐμπεδοκλῆς (484 a.C. - 421 a.C.) afirmava que a
combinação da terra, a água, o fogo e o ar formaria tudo que existe no universo.
Hoje o que se tem discutido é a origem da água no planeta terra, onde, dentre
diversas teorias se destacam duas: a teoria endógena onde a água do planeta teria se
originado dele mesmo e a teoria exógena, onde explica que a água do planeta terra teria
vindo em pequenas quantidades trazidas paulatinamente em forma de vapores por
meteoritos que caiam sobre a crosta terrestre e, que com o passar de milhões de anos
resultaria no que aí está. Outras teorias fundem essas duas e outras chegam a ser
ufânicas ou até bizarras para discutir aqui.
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Na economia pode se estudar o valor agregado à água e assim, podem
incentivar a qualidade e preservação dos recursos hídricos, estimulando governos,
empresas, etc. a criarem leis, estudar formas de comercializar, avaliar potenciais
produtivos desse recurso. Por exemplo, qual o custo de água para se produzir uma
tonelada de laranjas e, como isso pode ser agregado ao valor de exportação.
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fundamentais para a busca da qualidade de vida, consequentemente a saúde da
população.
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entender como os dois átomos de hidrogênio estão unidos
ao átomo de oxigênio. Ao verificarmos os elétrons do
oxigênio no estado fundamental temos a seguinte situação:
8O - 1s2 2s2 2px2 2py1 2pz1
Nesta configuração o oxigênio tem estado de oxidação 2,
isto é, pode formar duas ligações ou iônicas ou covalentes.
No caso da água são formadas ligações covalentes, cujas
medidas de difração de raios X mostram a água 1
existência de um ângulo de 105o entre as duas ligações o
hidrogênio com o oxigênio. Teoricamente, a configuração
eletrônica acima direcionam a formação de um ângulo de
90o, formado com as ligações dos hidrogênios com os
eixos Y e Z dos orbitais p. Os resultados experimentais
sugerem que a distribuição eletrônica do oxigênio seja
híbrida; ou seja:
8O - 1s2 2s2 (sp3)2 (sp3)1 (sp3)1
A distribuição eletrônica com orbitais híbridas sp3 origina
uma geometria tetraédrica, explicando a existência do
ângulo de 105o. A geometria tetraédrica justifica também
o momento dipolar µ de 0,79 D. Essa característica torna a
molécula de água polar. A polaridade da molécula de água
torna a sua superfície carregada eletricamente. Esse
fenômeno permite as moléculas de água formarem
ligações de hidrogênio, além de interagir com uma série de
outras substâncias.
A água é a única substância que aparece nos três
estados físicos (sólido, líquido e gasoso) com abundância
na Terra. No estado sólido forma o gelo das calotas
polares, cobre os picos das montanhas mais altas, sendo
encontrada em vários locais da Terra durante todo o ano.
Como líquido cobre aproximadamente 3/4 da superfície
terrestre e no estado gasoso está contida em grandes
quantidades na forma de vapor. Além disso, a água está
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presente nos animais, vegetais e como água de hidratação
em muitos minerais”.
No incessante ciclo da água outros ciclos são agregados, por exemplo o ciclo
do fluor, ciclo do nitrogênio, etc. veremos isso mais adiante.
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consequentemente ficando na superfície. Esse fenômeno também é importante para a
manutenção da vida nas águas frias, pois faz com que a água a 4°C fique no fundo e
mantenha mais aquecidas as criaturas que ali vivem.
Na sua forma sólida pode flutuar sobre a líquida. Como exemplo os icebergs.
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Vale ressaltar que, na natureza a água não está em estado puro, pois já sofreu
influência dos outros minerais que compõem o ambiente onde ela se encontra, alterando
de certa forma sua composição.
Aqui tratar-se-á dos ciclos biogeoquímicos com ênfase no que ocorrem mais
precisamente na água em virtude do curso ser centrado em hídrica.
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2.3.1 Ciclo do Fósforo
O ciclo do Fósforo (P) passa por processos geoquímicos e biológicos. Fato que,
a forma inorgânica de fosfato é originado principalmente da apatita
Ca5(PO4)3(F,OH,Cl), contudo outros minerais também fornecem fosfato. No caso do
fosfato orgânico, o fosfato é absorvido do solo pelas plantas e, insetos consomem esses
vegetais, que por sua vez servem de alimento para outros animais, com destaque para as
aves que, depois de consumi-los, defecam e repõe o fosfato na forma orgânica à
natureza - o guano; Algumas rochas não só absorvem fosfato como sofrem lixiviação e,
o fósforo é levado pelas chuvas e/ou correntezas dos rios, até se depositar no leito
oceânico, onde os peixes detritívoros e raspadores ingerem esse fosfato, caindo na
cadeia alimentar novamente.
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fósforo também pode ser encontrado em partículas de várias dimensões, até a forma
coloidal. Sedimentação de partículas e excreta de animais planctônicos ou bentônicos
contribuem para o acúmulo no sedimento, o qual é um reservatório muito importante de
fósforo, e também na água intersticial, e depende, em grande parte, dos processos de
circulação e oxidorredução na interface sedimento-água”.
Para SANTOS (2008, p. 339) apud MATHESS &HARVEY (1982): “... devido
à ação de microrganismos, a concentração de fosfato geralmente é baixa (0,01 a 1,0
mL/L) em águas naturais. Valores acima de 1,0 mg/L, geralmente são indicativos de
águas poluídas”.
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Ciclo do Fosforo
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/bio_ecologia/ecologia28.php
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normalmente compostos com tamanho superior a 0,2 ou 0,45 µm, de acordo com a
convenção de estudos), N orgânico dissolvido (NOD) sob a forma de compostos de
lixiviados (aminoácidos, peptídeos, purinas, etc.; em geral substâncias polares que são
solúveis em água, compostos de tamanho inferior a 0,2 ou 0,45 µm), a partir de
organismos senescentes ou mortos como macrófitas aquáticas e organismos
fitoplanctônicos. Por fim, o N inorgânico dissolvido (NID) pode ser encontrado sob a
forma de nitrato (NO-3), nitrito (NO-2), amônia (NH3), íon amônio (NH+4), óxido nitroso
(N2O) e nitrogênio molecular (N2)”.
Afirmam TUNDISI & TUNDISI (2008, p. 288) que: “As plantas aquáticas
utilizam nitrogênio principalmente na síntese de proteínas e aminoácidos. As principais
fontes de nitrogênio são nitrato, nitrito, amônio, compostos nitrogenados dissolvidos,
como uréia e aminoácidos livres e peptídeos. Nitrogênio atmosférico dissolvido na água
é “fixado” por algumas espécies de cianobactérias”. Complementa Esteves & Amado
(2011, p. 247) dizendo que: “De maneira geral, as raízes das macrófitas aquáticas
excretam para o meio (sedimento anaeróbio), gases transportados da atmosfera através
das folhas, criando uma rizosfera aeróbica (poucos milímetros) no sedimento. Assim, as
bactérias se nutrem da excreção de N2, O2 e matéria orgânica dissolvida (MOD),
excretados pela raiz das plantas, fixam o nitrogênio que é posteriormente utilizado pela
macrófita aquática”.
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Conforme TUNDISI & TUNDISI (2008, 290): “... os principais processos que
envolvem o ciclo do nitrogênio na água são:
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Ciclo do nitrogênio ou Azoto
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_do_nitrog%C3%AAnio
Ciclo do Nitrogênio.
Fonte: https://nossomeioporinteiro.wordpress.com/2011/12/26/ciclos-biogeoquimicos/
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2.3.3 Ciclo do enxofre
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Ciclo do enxofre
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/bio_ecologia/ecologia30.php
O cálcio (Ca) possui número atômico 20, é um elemento muito importante para
seres vivos em virtude de que os mamíferos, por exemplo, tem sais de cálcio compondo
seus dentes, ossos, além de ser importante no processo de coagulação sanguínea e,
muitos animais aquáticos possuem conchas e outros o possuem na sua constituição
óssea. Esses animais quando morrem contribuem com o cálcio que constituirá o solo,
rios, lagos e oceanos, no caso de ambientes aquáticos terá importante função no
equilíbrio do pH.
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Ciclo do cálcio
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/bio_ecologia/ecologia28.php
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(processo de fixação de energia em compostos orgânicos), a transferência de energia e
matéria entre os componentes das teias alimentares e os estoques de biomassa nos
ecossistemas aquáticos. Ainda, o carbono é atualmente reconhecido como peça chave
no funcionamento do planeta pela interconexão entre ecossistemas terrestres e
aquáticos; e pela regulação do clima global”.
Ciclo do Carbono
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_do_carbono#/media/File:CicloC.png
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2.3.6 Ciclo do oxigênio
Como o curso está voltado à hídrica, então vamos iniciar citando ESTEVES E
FURTADO (2011, p. 167) que dizem: “A solubilidade do oxigênio na água como todos
os gases depende de dois fatores principais: temperatura e pressão. Com a elevação da
temperatura, ocorre redução da solubilidade do oxigênio na água. Exemplificando: a
uma pressão de 760 mm Hg (= 1 bar ou 14,7 psi), 100% de umidade relativa e a uma
temperatura de 0º C, solubilizam-se 14,6 mg de oxigênio por litro de água, enquanto
que nas mesmas condições e à temperatura a 30ºC (frequentemente observada em lagos
tropicais) solubilizam-se apenas 7,6 mg de oxigênio por litro de água, ou seja, cerca da
metade do valor a 0ºC. Por outro lado, com o aumento da pressão observa-se uma maior
solubilidade do oxigênio na água”.
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dissolvido na água em mg/L. O oxigênio (O2) é um gás pouco solúvel em água, sendo
sua solubilidade função da temperatura, da pressão e dos sais dissolvidos na água. Em
geral, apresenta pequenas concentrações na água subterrânea. A maior parte do oxigênio
dissolvido na água, que infiltra no solo, é consumida pela oxidação da matéria orgânica,
durante a trajetória da água subterrânea na zona de aeração. O oxigênio dissolvido
corrói o ferro, o aço, o latão. Se há um aumento na temperatura, o ataque corrosivo
tende a se acelerar e a quantidade de oxigênio dissolvido a diminuir. A maioria das
águas subterrâneas tem concentrações de O2 entre 0 e 5 mg/L”. Vale observar que, se
está falando do Oxigênio Dissolvido, não confundir com o O da composição da água.
Ciclo do Oxigênio.
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/bio_ecologia/ecologia27.php
A água no planeta terra teria chegado por gotejamento trazidos por meteoritos,
meteoros, etc., que caiam sobre o planeta, até se tornar cerca de 77% da superfície da
terra. Isso proporcionou que surgissem as primeiras formas de vida no globo e, de certa
forma evoluíssem até no estágio em que se encontram hoje.
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Conforme ESTEVES, SILVA & ALBERTONE (2011, p. 75): “... a água na
terra está sempre fluindo, se misturando, congelando, derretendo, evaporando e
precipitando. (...). A água na biosfera faz parte de um ciclo denominado ciclo
hidrológico. Esse se constitui, basicamente, em um processo contínuo de transporte de
massas d’água do oceano para a atmosfera e desta, através de precipitações, escoamento
(superficial e subterrâneo) novamente ao oceano. Os fenômenos de evaporação e
precipitação são o principais elementos responsáveis pela contínua circulação da água
no globo, sendo que a radiação solar fornece a energia necessária para manutenção de
todo ciclo. Grande parte dessa energia é utilizada na evaporação da água dos oceanos,
que gradativamente se constitui no principal elemento do ciclo hidrológico. (...) Embora
a evaporação e a precipitação sejam os elementos mais importantes do ciclo
hidrológico, a evapotranspiração, infiltração, escoamento superficial e subterrâneo,
formação e derretimento de geleiras nos continentes são elementos que podem assumir
grande importância, especialmente no nível regional”.
MANOEL FILHO (2008, p. 53) comenta que: “Quase toda a água subterrânea
existente na terra tem origem no ciclo hidrológico, isto é, no sistema pelo qual a
natureza faz a água circular do oceano para atmosfera e daí para os continentes, de onde
retorna superficial e subterraneamente, ao oceano. Este ciclo é governado, no solo e
subsolo, pela ação da gravidade, bem como pelo tipo e densidade da cobertura vegetal e,
na atmosfera e superfícies líquidas (rios, lagos, mares e oceanos), pelos elementos e
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fatores climáticos, como por exemplo, temperatura do ar, ventos, umidade relativa do ar
(função do déficit de pressão do vapor), insolação (função da radiação solar), que são os
responsáveis pelos processos de circulação da água dos oceanos para a atmosfera, em
uma dada latitude terrestre”.
OBS: Isso não se aplica as águas intersticiais, que no caso será estudada em
outra disciplina.
Ciclo da água
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/bio_ecologia/ecologia27.php
Atividade
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3. LAGOS, LAGOAS E REPRESAS
ESTEVES (2011, 83) diz que: “Lagos são corpos d’água interiores sem
comunicação direta com o mar e suas águas têm em geral baixo teor de íons dissolvidos,
quando comparadas às águas oceânicas. Exceção deve ser feita àqueles lagos
localizados em regiões áridas ou submetidos a longos períodos de seca, nos quais o teor
de íons dissolvidos pode ser alto, pois a intensa evaporação não é compensada pela
precipitação. Nestas condições, p teor de sais dissolvidos pode ser muitas vezes superior
ao da água do mar. (...) Os lagos não são elementos permanentes das paisagens da Terra,
pois eles são fenômenos de curta durabilidade na escala geológica, portanto surgem e
desaparecem no decorrer do tempo. O seu desaparecimento esta ligado a vários
fenômenos, dentre os quais os mais importantes são ligados ao seu próprio
metabolismo, como por exemplo, o acumulo de matéria orgânica no sedimento e a
decomposição de sedimentos transportados por afluentes”.
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A origem dos lagos é variada podendo ser vulcânica, glacial, eólica, antrópica,
tectônicos, dissolução de rochas, fluvial, meteoritícas, dentre muitas outras, que
determinarão, junto a sua morfologia, seus aspectos biofisioquímicos.
Lagoas já são corpos de água muito raso a ponto de ser possível a luz solar
alcançar seu fundo, ou seja, o sedimento.
TUNDISI & TUNDISI (2008, 73) dizem que: “Os principais mecanismos e
funções de força física que atuam na estrutura vertical e horizontal de lagos e
reservatórios são as seguintes:
Mecanismos externos
Vento
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Pressão barométrica
Transferência de calor
Intrusão (natural ou artificial)
Fluxo a jusante (natural ou artificial)
Força de coriolis
Descarga na superfície
Plumas e jatos na superfície de lagos e represas
Mecanismos internos
Estratificação
Mistura vertical
Retirada seletiva ou perda seletiva a jusante (natural ou artificial)
Correntes de densidade
Formação de onda interna
Para TUNDISI E TUNDISI (2008, p. 356) “Os rios distinguem-se dos lagos.
Áreas alagadas, represas e tanques (sistemas lênticos) por duas características
principais: a primeira é o permanente movimento horizontal das correntes e a segunda é
a interação de sua bacia hidrográfica, da qual há uma permanente contribuição de
matéria alóctone – principalmente matéria orgânica de origem terrestre: folhas, frutos,
restos de vegetação e insetos aquáticos. Isso ocorre nos riachos onde há matas ciliares
bem estruturadas e preservadas, que produzem sombreamento nos pequenos riachos.
Quando há maior disponibilidade de luz predominam perifíton e macrófitas aquáticas;
nesse caso a produção de matéria orgânica é autóctone”.
CUNHA (2013p. 223) diz que: “De acordo com o escoamento fluvial, as bacias
de drenagem podem ser classificadas em: exorréica, quando a drenagem se dirige para o
mar; endorréica, quando a drenagem se dirige para uma depressão (playa ou lago) ou
dissipa-se nas areias do deserto, ou se perde nas depressões cárticas. O padrão arréico
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expressa uma drenagem sem estruturação em bacia hidrográfica, sendo o caso das áreas
desérticas, onde a precipitação é insignificante, e a atividade dunária, intensa. Quando
as bacias são subterrâneas, como nas áreas cárticas, são conhecidas como criptorréicas”.
Vale ressaltar que, a erosão de diversos tipos de rochas, tais como argilas,
arenitos, etc. e material orgânico, como folhas, troncos de árvores, algas e ossos de
animais, dentre outros, formarão material sedimentar que se acumularão na foz ou
desembocadura de outro rio, margem oceânica, lagos ou lagoas, que com o passar do
tempo se compactarão formando os diversos tipos de deltas e, ali, com o tempo, terá
muitas formas de vida, tanto de microorganismos, quanto de macrófitas e animais de
pequeno e médio porte que irão buscar refúgio e alimentos nessas áreas.
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experimentações. Na comunidade deve ser considerada a biomassa (quantidade de
matéria viva existente em um dado momento por unidade de área ou volume), a
diversidade de espécies, a coexistência de várias espécies, a distribuição horizontal e
vertical, flutuação e ciclos”.
4. BIOTA
Os rios, lagos e represas podem apresentar vida, a essa vida seja ela fauna ou
flora, denomina-se biota e, tem relevância na caracterização dos sedimentos bem como
na composição da água. Essa vida dependerá de fatores climáticos, profundidade dos
rios, lagos e represas, correntezas, ventos, colunas d´água, composição química da água,
profundidade que a luz solar alcança, dentre outras.
Biota (do grego βίος, bíos = vida) é o grupo de seres vivos que habitam uma
determinada área por um determinado período.
O termo biota foi proposto por Leonhard Stejneger. Margulis & Chapman
(2001) comentam que: "O autor, como muitos outros escritores sobre temas
semelhantes, sentiu a necessidade de um termo abrangente para incluir tanto a fauna
quanto a flora, que não só irá designar o total de vida animal e vegetal de uma
determinada região ou período, mas também qualquer tratado sobre o animais e plantas
de qualquer área geográfica ou período geológico. Eu sugiro Biota como tal termo, não
só porque o seu significado original abarca a definição acima, mas também devido à sua
brevidade e relação óbvia com o termo "biologia", abrangendo a Zoologia e a
Botânica."
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como zoobentos e fitobentos que colonizam o fundo dos rios e lagos, especificamente
nos sedimentos.
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Cadeia alimentar planctónica. Fonte: Francisco de Assis Esteves
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partículas orgânicas) é o dos copépodes
planctônicos, especialmente calanóides.
Coletores – são organismos que coletam partículas
de variadas dimensões em suspensão na água ou no
fundo de rios e lagos.
Raspadores – são organismos que raspam
superfícies e alimentam-se de microfitobentos,
bactérias ou matéria orgânica coloidal ou
agregadas em partículas.
Coletores de sedimentos – são organismos que
coletam, agregam e consolidam partículas de
sedimentos, ricas em matéria orgânica”.
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parâmetros bacterioplanctônicos mais comumente avaliados são: a densidade ou
abundância, a biomassa, a produção secundária, a respiração aeróbica, a eficiência de
crescimento bacteriano (ECB) e, mais recentemente, a composição da comunidade”.
5. SEDIMENTOS
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Igapó – Rio Tauá no Estado do Pará- Foto do autor.
TUNDISI & TUNDISI (2008, p. 384) dizem que: “Os sedimentos dos estuários
refletem a complexa e dinâmica natureza desse ecossistema. A decomposição dos
sedimentos é decorrente do fluxo a partir dos rios, do trabalho da água costeira e da
distribuição de correntes no interior do estuário. Próximo à costa, os sedimentos
dominantes são arenosos, e, no interior do estuário, há sedimento fino e muitas vezes
argiloso, com grande concentração de matéria orgânica. Naturalmente, a decomposição
dos sedimentos dependem da bacia hidrográfica dos rios que deságuam no estuário,
sendo o uso dessas bacias e a taxa de erosão fatores importantes na deposição dos
sedimentos”.
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Rio Pará – Foto pelo autor – Obs: A cor barrenta desse rio é o resultado dos seus sedimentos e dos que
vem dos seus afluentes.
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sua composição pode predominar sílica, argila e compostos de cálcio, ferro e manganês,
entre outros”.
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Sedimento orgânico mais de 10% de matéria orgânica – Foto do autor
6. PARÂMETROS LIMNOLÓGICOS
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Turbidez; Oxigênio dissolvido; Condutividade elétrica; Clorofila; Correnteza Profunda;
Correnteza superficial; Total de sólidos em suspensão; Total de sólidos dissolvidos;
Velocidade da correnteza; Velocidade do vento dentre outros. Por exemplo, em uma
coluna de água a certa profundidade existe determinadas espécies de planctos em outra
profundidade isso pode modificar em virtude da luminosidade, velocidade da
correnteza, dentre outros aspectos específicos.
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Fonte: Estever 2008
RESISTENTES
Hirudínea / Glossiphonidae
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Branchiura sowerbyi
Díptera: Chironomidae
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Fonte: Esteves 2008
ATIVIDADE
7. O IMPACTO DA POLUIÇÃO
Foto do autor
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características de águas receptoras para determinados fins ou modifica normas de
qualidade preestabelecidas.
Variação da CBO e do oxigénio dissolvido após a descarga de um efluente num curso de água – Fonte:
https://biologiaesl.wordpress.com/
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POLUIÇÃO DO RIO GANGES – Fonte ZAP
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A relação do homem com a natureza, a qual ele faz parte, não tem sido muito
boa, causando danos a sua própria saúde. Diversas alternativas buscam um
desenvolvimento sustentável, mas até que ponto a sustentabilidade é possível para
prover alimentos, roupas, moradias, medicamentos, dentre outros, para uma sociedade
em amplo desenvolvimento populacional, urbano, econômico, etc.? Será que as
propostas para um ecodesenvolvimento são bastante para mudar esse senário? Todavia,
as necessidades das populações humanas levam a surgir justificativas para a poluição
ambiental e, a própria tolerância dos governos a algumas justificativas das indústrias ou
mesmo soluções paliativas que propõem soluções ou tecnologias falhas levam a falsa
impressão que os problemas ambientais podem ser resolvidos.
A questão da fome pelo aumento da população que Malthus dizia que chegaria
a uma questão insustentável foi resolvida pela revolução nas técnicas de produção de
alimentos, por exemplo, plantações hidropônicas, contudo, as propostas tecnológicas
ainda poluem com agrotóxicos, mudança da paisagem, causam fragilidade ao solo, alta
densidade da água, dentre outras, e, não solucionou o problema da fome, visto que ainda
há grandes desperdícios e, muitos alimentos em termos econômicos continuam
inacessíveis para a maioria da população, o mesmo ocorrendo com a água potável.
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foram arrastados junto a elas ao mar causando assoreamentos. Contudo, os efeitos da
poluição antrópica são mais duradouros.
Fato que a natureza tem a capacidade de renovação, isso pode ser comprovado
quando um grande meteoro caiu, além disso, os ciclos biogeoquímicos aos poucos
reprocessam produtos que poderiam afetar o meio ambiente.
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diversas colunas d`água, presença ou não de metais pesados, odor, oxigênio dissolvido
(OD), pH, potencial oxi-redutivo, resíduos secos, temperatura, testes de bioacumulação,
sabor, salinidade, sólidos em suspensão, total de sólidos dissolvidos (TSD),
temperatura, transparência, turbidez e velocidade da correnteza e do vento, dentre
outros.
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6. Quais são os tipos predominantes de uso dos solos?
14. Qual o uso que o público faz do reservatório, lago ou rio e das bacias
hidrográficas? (Incluir considerações sobre pesca, recreação. irrigação, transporte,
geração de energia elétrica, abastecimento de água potável, agricultura existente nas
bacias hidrográficas e tipos de agricultura).
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19. Qual o estado das várzeas e florestas das bacias hidrográficas? Elas
necessitam de recuperação ou proteção?
23. Analisar a posição e a distância dos focos de poluição em relação aos rios,
várzeas e reservatório”.
TUNDISI & TUNDISI (2008, p. 379) indicam que: “... a restauração dos rios
compreende as seguintes ações:
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recuperação das várzeas, lagoas marginais e estruturas ecológicas ao
longo dos rios.(...).
Contaminação Antrópica do rio por esgoto doméstico na Ilha de Mosqueiro-PA – Foto pelo autor.
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drenagem) não é suficiente, mas sim um conjunto de medidas, onde se incluam aquelas
que visem à redução da eficácia da ‘fertilização interna’”.
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Delta do Parnaíba – Foto pelo autor
ATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
COSTA, Jonabeto V., GUEDES, Aureliano S. Pilot research to determine the mercury
content in fish consumed in Marabá, Brazil using the Allegra Method. The Health
Journal. Bruxelle. 2012; 3(4):p. 94-97 ISSN (print): 2218-3299 ISSN (online): 2219-
8083.
CUNHA, Sandra Baptista. Geomorfologia fluvial. In: GUERRA, Antônio José Teixeira,
CUNHA, Sandra Baptista. (orgs). Geomorfologia: Uma atualização de bases e
conceitos. 12 ed. Rio de Janeiro : Bertrand Brasil, 2013.p. 211-252. ISBN 978-85-286-
0326-2.
59
DIBLASI FILHO, Italo. Ecologia Geral. Rio de Janeiro : Ciência Moderna, 2007.
DOLAND: Dicionário Médico. 25 ed. São Paulo : Rocca, 1997. ISBN 85-7241-198-4.
60
ESTEVES, Francisco de Assis, SILVA, Cleber Palma, ALBERTONE, Edélti Faria.
Ciclo da Água na Biosfera. In: Francisco de Assis (coord.) Fundamentos de Limnologia.
3 ed. Rio de Janeiro : Interciência, 2011.p. 73- 82. ISBN 97885-7193-271-5.
MARGULIS, L.; CHAPMAN, M. J. Cinco Reinos: um Guia Ilustrado dos Filos da Vida
na Terra. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. ISBN 8527706350
61
TUNDISI, José Galizia, TUNDISI, Takako Matsumura. Limnologia. São Paulo :
Oficina de Textos, 2008. ISBN 978-85-86238-66-6.
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