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Materiais
para
Infra-estrutura de
Transportes
Bibliografia
01 Pavimentação Rodoviária
Murillo Lopes de Souza
02 Manual de Pavimentação
Departamento Nacional de Estradas de Rodagem
03 Pavimentação
Wlastermiler de Senço
05 Engenharia Rodoviária
Benjamin B. Fraenkel
09 Manual de Britagem
Fábrica de Aços Paulista S. A.
11 Concreto Asfáltico
Engs. Peri César G. de Castro e Lígia T. P. Felippe
Índice
3. Misturas ..................................................................... 63
3.4.1 - Misturas Graduadas ................................................................ 63
3.4.1.1 - Especificaçãoes .................................................................... 63
3.4.1.2 - Composição Granulométrica ............................................... 63
Profs. Valmir Brondani e Rinaldo Pinheiro 3
Notas de Aula – TRP 1002
1.1 Generalidades
1.3 Camadas
Subleito: É terreno de fundação do pavimento que nada mais é do que a camada final de
terraplenagem. Se esta se apresentar fora das tolerâncias de norma, quer quanto ao acabamento de
superfície (topografia ), quer quanto ao grau de compactação exigido (laboratório), necessitamos
realizar a regularização.
Concreto de cimento
Rígidas Macadame cimentado
Concreto magro
Materiais naturais
Por correção Solo- brita
Granulares granulométrica Bica corrida
Rachão
Bases Brita graduada
Flexíveis Macadame hidráulico
Macadame a seco
e
e Cimento Solo - cimento
Semi- Solo melhorado com cimento
Estabilizadas Cal Solo - cal
rígidas Solo melhorado com cal
Sub - Betume Solo - betume
bases Bases betuminosas diversas
Alvenaria poliédrica
Profs. Valmir Brondani e Rinaldo Pinheiro 6
Notas de Aula – TRP 1002
b - Concreto magro: Caracteriza-se pelo baixo teor de cimento utilizado (3 a 5%) com
compactação vibratória da camada antes do início da pega.
1.4.1.2 Bases e Sub-bases Flexíveis e Semi-rígidas: Estas podem ser subdivididas em duas
famílias: Granulares e estabilizadas, conforme quadro:
a - Granulares: São as constituídas por camadas de solos, seixos, areias, pedregulhos, escória,
britas de rochas ou pela mistura de dois ou mais desses materiais.
1 - Por correção ou estabilização granulométrica (imprópria): São obtidas pela
compactação de um material ou mistura de materiais que apresentam uma granulometria
apropriada, fixada em especificação.
Quando estes materiais ocorrem em jazidas (cascalhos, saibros, areias, etc...) tem-se o
caso de materiais naturais. Sendo necessário um processo de beneficiamento qualquer
(peneiramento, britagem, lavagem, etc...) para retirar alguma fração, afim de satisfazer as
especificações, estaremos em presença de bases ou sub-bases com denominações
específicas, tais como saibro britado, pedregulho lavado, etc. Se tomarmos materiais
naturais (solos) e, por um processo qualquer em pista ou usina, fizermos a mistura com
britas, estaremos em presença de um solo-brita. Na hipótese de uso exclusivo de materiais
britados teremos então bases ou sub-bases de britas que podem ser:
2 - Bica corrida: Quando se utiliza o produto total da britagem.
3 - Rachão: Quando é utilizado o produto da britagem primária (reforço).
4 - Brita graduada: É a mistura de duas ou mais britas (uniformes) visando obter-se a faixa
granulométrica especificada.
b - Macadame hidráulico: Consta de uma camada de brita de graduação aberta que após a
compressão é preenchida com material fino (pó de pedra ou solo apropriado, não plástico). A
penetração do material fino é promovida pelo espalhamento com varredura e irrigação.
c - Macadame a seco: Diferencia-se do anterior pela não utilização da irrigação.
a - Solo - cimento: É uma mistura, devidamente compactada de solo, cimento portland e água
com densidade e resistência devidamente especificadas. Disto resulta uma camada de rigidez
acentuada a flexão (rígido).
b - Solo melhorado com cimento: Este é obtido com pequenos teores de cimento, visando
melhorar o solo quanto a plasticidade e a sensibilidade à água, sem cimentação acentuada.
c - Solo - cal: É uma mistura de solo, cal e água modificando o comportamento do solo quanto a
plasticidade e a sensibilidade à água e quanto a cimentação.
d - Solo melhorado com cal: É idêntico ao anterior, diminuindo o teor de cal. Não há
cimentação, somente diminuição da plasticidade e da sensibilidade à água.
e - Solo - betume: É a mistura de solo e material betuminoso.
f - Bases betuminosas diversas: Por se confundirem com os revestimentos, serão estudadas
adiante como revestimentos.
Concreto de cimento
Rígidos Macadame cimentado
Paralelepípedos rejuntados com cimento
R Alvenaria poliédrica
e Calçamentos Paralelepípedos
v Blocos de concreto pré-moldados e articulados
e
s Simples
t Invertida Tratamentos Duplos
i Por superficiais Triplos
m penetração Capa Selante
e Flexíveis
n Direta Macadame Betuminoso
t
o Conccreto Asfáltico (CBUQ)
s Betuminosos Em usina Pré-misturados a quente (PMQ)
Pré-misturado a frio (PMF)
Por Areia betume
mistura
Pré-misturado a frio
Em pista Areia betume
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Notas de Aula – TRP 1002
Lama asfáltica
a - Por Calçamento: podem ser com pedras irregulares, paralelepípedos ou blocos pré-
moldados de concreto de cimento nas mais variadas formas. Em qualquer um dos três tipos o
processo executivo é praticamente o mesmo, pois, todos são assentes sobre colchão de material
granular (areia ou pó de pedra), variando apenas no aspecto estético e de conforto do usuário
b - Revestimentos Betuminosos: Passaremos a descrever o grupo de revestimentos mais
difundido tanto na pavimentação rodoviária como na pavimentação urbana.
Por Penetração
Por Mistura
h - Revestimento Primário: É uma camada granular de brita ou material natural (pedregulho com
ou sem finos) executado sobre o subleito com a finalidade de desempenhar ao mesmo tempo a
função de base e revestimento para pequenos volumes de tráfego.
2.1 Solos
Na Mecânica dos Solos já vimos como definir, identificar, classificar e compactar um
solo, bem como determinar, suas características mecânicas e seu comportamento quanto a
permeabilidade e adensamento. Estes conhecimentos nos serão de grande valia na
Pavimentação, pois, mesmo quando ele, não sendo utilizado nas camadas do pavimento, será
sempre suporte da estrutura. Portanto, para fins de Pavimentação devemos estudar, além dos
agregados minerais e ligantes, os solos no que tange a:
2.1.2 - Levantamento das jazidas próximas para fins de utilização de solos nas camadas do
pavimento.
A ASTM define agregado como " materiais minerais inertes que podem ser aglutinados
por um ligante para formar uma argamassa, concreto, etc... " ou segundo Wood "Mistura de
pedregulhos, areias, pedras britadas, escória ou outros materiais, usada em combinação com
um ligante para formar concretos, argamassas, etc..."
Estes materiais podem ser usados puros constituíndo as camadas de base e sub-base,
filtros de drenos, lastro de ferrovias, etc... ou com ligantes , nas camadas mais nobres tais como
base e ou revestimento.
Como o agregado mineral representa, aproximadamente 95%, em peso, dos materiais
constituíntes das misturas betuminosas, resulta que das propriedades do agregado é que
dependerá o comportamento do produto final.
Os agregados para serem utilizados em pavimentos devem ter características tais que
permitam suportar as pressões aplicadas pelos veículos, sem se fraturarem e resistirem as
ações dos agentes de intemperismo, sem se alterarem. Somente um agregado com estas
qualidades poderá propiciar uma mistura durável.
2.2.2 Classificação
p = 100 (d / D ) n em que
c - De Graduação Uniforme: são aqueles em que o tamanho (diâmetro ) máximo está muito
próximo do diâmetro mínimo.
n > 0,4 CC = ( D30 ) 2 / ( D 10 . D 60 )
- Cúbica: as três dimensões são, aproximadamente, iguais, com arestas bem definidas.
- Lamelar: possuem, entre a maior e a menor dimensão, um relação menor que 3/5, com
arestas definidas.
- Alongada: há predominância de uma dimensão.
- Arredondada: não possuem arestas definidas.
2.2.3 Origem
a - Agregados Naturais
Normalmente, não encontramos materiais naturais nas granulometrias desejadas. Por isso
lançamos mão de processos que visam adequar estes materiais ao seu uso específico, que
podem ser:
- Separação através de peneiramento
- Separação através de peneiramento e lavagem do material
- Mistura de dois ou mais materiais
- Britagem com peneiramento
No nosso Estado os melhores agregados naturais são encontrados nos Rios Jacuí,
Camaquã, Ibicuí e Vacacaí. Na região do derrame basáltico encontramos agregados, porém,
com teores prejudiciais de silte e argila.
Se a procura de materiais naturais para a pavimentação resultar negativa ou
economicamente inviável lançamos mão da Obtenção de Agregados através de Processos
Mecânicos de Extração e Redução de Rochas.
Os agregados são obtidos por fraturamento artificial das rochas, pedras ou pedregulhos.
As rochas mais utilizadas são:
- Ígneas: nas intrusivas temos o granito e o diabásio e nas extrusivas, o basalto, etc...
- Sedimentares: arenitos silicificados e calcários.
- Metamórficas: mármore, quartzitos e gneisses.
c - Produtos Artificias
b - Forma e Textura: a forma é ligada ao agregado graúdo que deve apresentar um bom índice
de forma ( livre de partículas alongadas e lamelares ).
Os agregados graúdos e miúdos de superfície rugosa e arestas vivas tendem e desenvolver
mais atrito interno e melhor adesividade do que os arredondados e de textura lisa.
c - Contaminação com Finos Plásticos: o agregado miúdo deve estar isento de materiais
plásticos, que podem ser determinados pelo ensaio de equivalente de areia.
Pt = Peso Total
Ps = Peso das Partículas Sólidas
Massa Específica Aparente Úmida do Agregado
γ h = Pt / Vt
Massa Específica Aparente Seca
γs = Ps / Vt
Massa Específica Aparente dos Grãos dos Agregados
γa = Ps / (Vs + Vi +Vp )
Massa Específica Real dos Grãos
γr = D = Ps / (Vs + Vi)
Vazios de Agregado Mineral
VAM = (Vig / Vt ) . 100
Teor de Umidade
h = ( Pa / Ps ) . 1
Quando Va = Vp teremos que ha = Teor de umidade de absorção
Para Agregado Miúdo ha = 2 % e para Agregado Graúdo ha = 0,2 % .
A percentagem de ligante asfáltico (CAP), na mistura, pode ser determinada pela fórmula:
p = K . 5√ A
K = coeficiente de riqueza
√ = raiz
A = superfície específica
Para Concreto Asfáltico (CBUQ ) K = 3,75
Para Pré-misturado a frio ( PMF ) K = 2,30
(b) Adesividade
Tensão Superficial: é o trabalho necessário, por unidade de área, para manter a película de
ligante estendida.
δ l = Σ / ∆S ou δ= F / L Dina / cm
Quando a película não estiver em contato com o ar a tensão superficial passa a se chamar
Tensão Interfacial.
O ligante ( CAP ) sempre molha o agregado.
δA δAB
δA = tensão superficial do agregado
δAB = tensão interfacial Agregado - CAP
δB = tensão superficial do CAP
Se houver presença de água (agregado úmido ) o que ocorre nas misturas a frio, tem-se
sempre:
Fórmula de Antonov
δAa δAB
δAB = tensão interfacial Agregado-CAP
δBa = tensão interfacial CAP -Água
δAa = tensão interfacial Agregado-Água
Neste caso a água tende a expulsar o CAP, isto é, não há molhagem pelo ligante mas
pela água ou não há adesividade ativa.
Os emulsificantes catiônicos, são excelentes dopes garantindo uma boa adesividade ativa
com qualquer tipo de agregado úmido.
Se uma partícula de agregado já coberta pelo CAP apresentar pontos sem a devida
cobertura e se o CAP não estiver dopado, ou se não houver filler eletropositivo a água poderá,
sob a ação do tráfego, deslocar a película de CAP. ( Adesividade passiva )
Friabilidade
Generalidades
- Implantação de estradas
- Fundações de edifícios
- Fundações de barragens
- Jazidas de minérios
- Jazidas de rochas ( pedreiras )
2.2.8.1 Pedreiras
Desmonte
Inicialmente a perfuração de rocha era efetuada para a obtenção de blocos de rocha. Para
tal, usavam-se pedras mais duras ( sílex ) que eram friccionadas sobre rochas mais brandas
(calcário, arenitos ), produzindo pequenos furos.
Com a descoberta dos metais, começou-se a trabalhar as pedras com cobre, bronze, ferro
e modernamente com o aço. As ferramentas de metal propiciavam a feitura de furos onde era
introduzida uma cunha que quando fortemente comprimida, por impacto, provocava a
separação do bloco de pedra do maciço rochoso.
As minerações eram operadas de forma semelhante mas a necessidade de grandes
produções resultou na introdução do rompimento por fogo.
O advento da pólvora negra introduziu grandes alterações na mineração.
A industrialização cada vez maior e a introdução do agregado na indústria da
construção civil deram um grande impulso à extração de pedras. A pólvora foi substituída por
dinamite (nitroglicerina ) e, posteriormente, surgiram o nitrato de amônio e outros compostos
explosivos.
A mão do homem foi sendo substituída pelas máquinas. Foram introduzidas as
perfuratrizes e as brocas, aperfeiçoadas pela introdução da ponta de tungstênio considerada a
maior revolução, nesta área, durante décadas.
Estão sendo feitas pesquisa numa série de novos processos de corte de pedras e
abertura de furos tais como:
- Jato de chama muito forte
Profs. Valmir Brondani e Rinaldo Pinheiro 22
Notas de Aula – TRP 1002
- Plasma jet
- Ultra-som
- Vibração
- Choque elétrico
- Jato de água ...
2.2.8.3 Perfuratrizes
O modo normal de se efetuar um furo ( 22 a100 mm ) numa rocha é golpear uma barra
de ferro e rodá-la entre dois golpes sucessivos. Este procedimento, feito inicialmente pelo
homem, é hoje imitado pelas máquinas de perfuração denominadas de perfuratrizes. Estas
transmitem movimentos de percussão e ou de rotação à haste, mas é a pastilha que executará a
escavação da rocha, pois, sendo constituída de material mais duro que a rocha ela recebe e
transmite os golpes e vai cortando-a, gradativamente.
É necessário um certo esforço sobre a perfuratriz para que exista uma dada pressão da
broca contra a rocha, nas manuais é exercido pelo operador e nas maiores é feito por um
dispositivo denominado de avanço podendo ser mecânico ou pneumático. Os deslocamentos das
perfuratrizes podem ser manuais ou autopropelidos.
São aquelas que reproduzem o trabalho manual de perfuração, pois, após cada golpe ela
provoca uma rotação de pequeno arco de círculo. Elas são caracterizadas por possuírem
dispositivos que produzem dois movimentos distintos que são: percussão e rotação.
O acionamento das perfuratrizes percussivas é feito, principalmente, por ar comprimido,
existindo no mercado perfuratrizes leves que são acionadas por motores térmicos.
Podem ser:
1 - Manuais ( Marteletes ): Peso entre 11,0 e 25,0 kg ,de 2000 a 2500 impactos por minuto
3 - Verticais
Estas transmitem à broca, no intervalo entre duas percussões sucessivas, uma rotação de
pequeno arco de círculo e simultaneamente aos movimentos ocorre a introdução de ar ou água
de limpeza.
- Sistema de Percussão
As percussões sobre a broca são produzidas por um pistão que se movimenta dentro de
um cilindro, acionado para baixo e para cima por impulsão provocada pela entrada de ar
comprimido numa extremidade e saída, na outra extremidade, do ar utilizado. A entrada e
saída de ar é controlada por válvula que garante a inversão do fluxo de ar comprimido,
responsável pelo movimento.
B = k 3 Pm Vi D2
Sendo : B = Velocidade de penetração em cm/min
k 3 = Constante
P m = Pressão na cabeça do pistão em kg/cm2
V i = Velocidade de impacto do pistão em m/seg
D2 = Diâmetro da cabeça do pistão em cm
O número de percussões por minuto para as diferentes perfuratrizes percussivas está
entre 2.000 e 3.000.
- Sistema de Rotação
- Sistema de Limpeza
superfície do furo. A limpeza com água é utilizada nas escavações de túneis, enquanto que a
limpeza com ar é utilizada em escavações a céu aberto.
2.2.8.3.2 Avanços
- Avanços pneumáticos
- Avanços de corrente
- Avanços de parafuso
Avanços pneumáticos
É um sistema de avanço acionado por ar comprimido.
Avanços de corrente
Esforço sobre a perfuratriz é exercido mecanicamente por uma corrente que ligada a ela,
é tracionada no sentido de provocar pressão da perfuratriz contra a broca e esta contra a rocha.
Avanços de parafuso
O esforço sobre a perfuratriz é exercido por um longo parafuso que substitui a corrente
do avanço de corrente.
- Locomoção Manual
- Locomoção Tracionada
- Locomoção Própria
Locomoção Manual
Locomoção Tracionada
Locomoção Própria
Após o surgimento no mercado das perfuratrizes de locomoção por tração, o próximo
passo na evolução foi a de se montar a perfuratriz e seu avanço sobre uma unidade tratora,
isto é, dotou-se a perfuratriz de um sistema de locomoção própria.
As perfuratrizes autopropulsoras podem ser:
- Montadas sobre trator ou veículo de uso geral
- Montadas sobre unidade tratora especialmente construída para tal.
"Bencher"
Wagon-drill
2.2.8.3.5 Brocas
- Coroa: nela ficam a pastilha constituída de material duro ( superior a rocha ) (carboneto de
tungstênio e cobalto, Wídia ) e o furo que permite a limpeza com ar ou água.
Quanto a pastilha
Resistente ao desgaste para rochas abrasivas
Tenazes para rochas duras
As brocas integrais necessitam de cuidados especiais de operação, manuseio,
armazenamento e afiação afim de se obter o máximo rendimento das mesmas.
As brocas de extensão podem ter seu comprimento aumentado pela adição de hastes,
enquanto que nas integrais é necessário a retirada com substituição por uma mais longa. Com
este avanço se torna possível perfurações mais profundas e com diâmetros maiores.
- Punho
- Haste
- Luva de acoplamento
- Coroa ou Bits
Tipos de Punhos
Dependem do mandril da perfuratriz
Hastes
Podem ser:
Redondas e sextavadas
Roscas
Tipos básicos:
Luvas de acoplamento
Coroa
- X: foi desenvolvida para evitar os inconvenientes da coroa em cruz. Os ângulos das pastilhas
foram alterados de 90º para 80° ou 100 ° e o diâmetro sempre maior que 3".
- Retrac: possui faces de corte no aço da coroa do lado oposto ao da pastilha. Recomendada para
perfurar rocha muito fraturada.
- Para rochas duras: Apresentam pastilhas de material duro mais altas e mais largas para fazer
face ao maior desgaste provocado pela maior dureza da rocha.
Tipos de Desgaste
- Desgaste frontal
É aquele que se observa na face da coroa em contato com a rocha.
- Desgaste diametral
É aquele que reduz o diâmetro da coroa tipo cruz.
- Desgaste helicoidal
É aquele que desgasta a matriz da coroa (aço ) por insuficiência de rotação ou limpeza.
- Desgaste tipo "pele de jacaré"
É aquele que surge quando se perfura rocha branda (fadiga ).
- Desgaste normal
Caracteriza-se pelo arredondamento e polimento dos contornos das pastilhas. A
determinados intervalos de tempo deve -se providenciar na afiação das pastilhas.
A vida útil das brocas depende muito dos cuidados que lhes forem dispensados.
- Deve-se cuidar que as roscas, em uso, estejam bem engraxadas. As fora de uso deverão estar
protegidas contra a poeira e detritos de rocha.
- Fazer rodízio das hastes.
- Manter a mesma luva e haste juntas.
- Verificar o diâmetro das hastes e descartá-las quando atingirem o limite de uso.
- Jamais bater nas hastes.
- Deve-se usar gabarito para avaliar o desgaste.
- Proceder, a intervalos adequados, à afiação das brocas
- Não se deve operar a broca com as luvas de acoplamento soltas.
- Devem ser armazenadas em ambientes secos e abrigados.
2.2.8.3.6 Compressores de Ar
Tipos de Compressores de Ar
- De cilindro e pistão ( Deslocamento Positivo )
- Rotativos tipo parafuso
- Rotativos de palhetas
Quanto a deslocamentos
- Estacionários
- Portáteis
A forma mais racional de desmontar rochas é através da execução de bancadas, que nos
propiciam o arrancamento das mesmas, em fatias. A forma dada ao terreno ( Bancada ) será de
três superfícies a saber:
- Topo da bancada :
Superfície da rocha onde operam os equipamentos de perfuração após a perfeita
limpeza do material decomposto. ( Decapagem )
- Face :
Superfície vertical ou levemente inclinada deixada pelo desmonte da rocha.
- Praça :
Superfície horizontal onde operam os equipamentos de carga e transporte da rocha
detonada ( escavadeiras, pás carregadeiras e caminhões basculantes ).
Aos cálculos dos diferentes elementos pertencentes a uma bancada chamamos de Plano
de Fogo.
- Diâmetro da Perfuração
- Afastamento
- Espaçamento
- Inclinação da Face
- Altura da Bancada
- Profundidade das Perfurações
- Carga de Fundo
- Carga de Coluna
- Tampão
(b) Afastamento ( V )
(c) Espaçamento ( E )
É a distância entre dois furos sucessivos na mesma linha.
O espaçamento é igual ao afastamento multiplicado por um fator que varia entre 1,0 e 1,3.
Vantagens:
- Reduzir sobrefuração
- Economia de explosivos
- Face mais segura
Desvantagens:
- Podem ocorrer desvios no ângulo de inclinação
- Dificuldades de marcação
- Cuidados na embocadura
(k) Tampão
É a parte superior do furo com comprimento igual ao afastamento Vp . Deve ser
preenchido com areia, pó de pedra ou argila, bem adensados.
Sequência de Fogos
A detonação pode ser :
Instantânea - em tempo zero
Com retardos - diferenças em MS (milisegundos ). A utilização de retardos diminue as
vibrações.
Linhas Simples
Linhas Múltiplas
Furos com espaçamentos pequenos limitando a área e que serão detonados antes.
2.2.8.4.2 Explosivos
- A onda de choque percorre a rocha a uma velocidade de 3.000 a 5.000 metros por
segundo.
- A ação que até este ponto foi dinâmica passa a se fazer sentir na forma estática, pela
pressão dos gazes que estão se formando no interior do furo. A pressão dos gazes empurra o
maciço rochoso para a frente e servindo-se do fissuramento provocado pela onda de choque
produz a fragmentação (desmonte ) e o lançamento do material.
Classificação
- Baixos Explosivos
Apresentam queima rápida sem onda de choque. Pólvora negra.
Força de Explosivo
Quantidade de energia liberada na detonação. Medida em percentagem de nitroglicerina
nos dinamite de nitroglicerina. Pêndulo Balístico
Velocidade do Explosivo
É a velocidade da reação química na massa do explosivo. Varia entre 1.500 a 7.500
metros por segundo.
A base de nitroglicerina: 4.000 a 7.500 metros por segundo.
A base de nitrato de amônia: 1.500 a 3.000 metros por segundo.
Resistência a Água
A ação da água diminui a força da dinamite e pode chegar a dessensibilizá-la.
Os explosivos a base de nitroglicerina apresentam alta resistência a água e os de nitrato de
amônia, baixa.
Segurança no Manuseio
Não deve detonar com facilidade durante o transporte e manuseio.
Projetil
Onda de choque
Sensibilidade a descargas elétricas
Densidade
Altas densidades permitem maior concentração de explosivo. Permitem ao blaster usar
cargas mais densas. A densidade é expressa em números de cartuchos de 1 1/4 por 8" contidos
numa caixa de 25 kg.
Tipos de Explosivos
Pólvoras Negras
Dinamites e Gelatinas
Nitrato de Amônia
Lamas Explosivas
As dinamites comuns são mais sensíveis e caras enquanto que as amoniacais são mais
seguras e economicas. São apresentadas em cartuchos com diâmetro 1 1/8 ou 1 1/4" e
comprimentos de 8, 16 ou 32" e em caixas de 25 kg.
Acessórios de Detonação
São dispositivos necessários para criar uma detonação inicial que provocará a explosão
das cargas de explosivos.
- Estopim
- Espoletas Comuns
- Espoletas Elétricas
- Cordel Detonante
- Acendedores
- máquinas detonadoras
- rede elétrica pública
- gerador
- bateria
(e) Acendedores
São acessórios de detonação destinados a fornecer chama para iniciar uma explosão. Os
principais acendedores são:
- estopim de segurança
- acendedor de chumbo
- acendedor de rabicho
- acendedor de vareta inflamável
- acendedor de cordão
- acendedor elétrico
2.2.8.5 Britagem
Lay-out
- Flexibilidade: uma instalação deve ser projetada de forma que possa atender eventuais
alterações tais como planos de expansão ou mudanças na granulometria dos produtos.
Tipos de Instalação:
- Instalações Fixas
Estas são empregadas em empreendimentos de localização definitiva tais como pedreiras,
minerações.
- Instalações Semi-móveis
Sua característica principal é a rapidez de montagem, pois necessita pouca obra civil e
dispensa ajuste de máquinas e bicas. São empregadas para obras de médio prazo (barragens,
estradas, etc. ).
- Instalações Móveis
São indicadas para empreendimentos que requerem locomoção constante e tempo mínimo
de montagem. Elas são montadas em carretas rodoviárias que podem ser acopladas a cavalos
mecânicos para os deslocamentos. Com isso elas eliminam totalmente os custos de sucessivas
montagens e desmontagens. São comumente empregadas em serviços de manutenção de
estradas, prospecção geológica e exploração de jazidas espalhadas numa determinada área.
A alimentação dos britadores primários pode ser efetuada de duas maneiras: manual e
mecânica.
- Alimentação manual: é utilizada somente em britagens pequenas ( 10 a 20 m3/hora ).
- Alimentação mecânica: nesta, os equipamentos mais empregados são os alimentadores
vibratórios e os de sapatas.
Alimentadores Vibratórios: são indicados para serviços gerais, caracterizando-se por uma
versatilidade, pois permitem variação no fluxo de alimentação e separação do material fino e
terroso.
Profs. Valmir Brondani e Rinaldo Pinheiro 49
Notas de Aula – TRP 1002
Também conhecida por Pilha Pulmão, tendo como objetivo regularizar o fluxo de
alimentação da rebritagem e evitar paradas completas da instalação por falhas da britagem
primária. A retomada do material estocado é feita através de alimentadores vibratórios (calhas).
Tem como finalidade retirar os finos produzidos na britagem primária que são
prejudiciais aos rebritadores. Podem produzir o quebra de eixo do britador por compactação do
material dentro da câmara de britagem. É feita por peneiras intermediárias ou grelhas.
(e) Rebritagem
É efetuada em vários estágios e dependerá do produto final desejado. Sua escolha é
função das características do material da alimentação ( tamanho máximo, umidade,
lameralidade, etc. ) do produto e da capacidade desejados. Para a primeira fase da rebritagem,
os rebritadores devem possuir grande boca de alimentação para que o primário possa trabalhar
com aberturas maiores. São mais empregados os de mandíbula e os de cone.
Para estágios intermediários de rebritagem a abertura de entrada é menor (tamanho
máximo menor ), recomendados os cones e hidrocones. Estes rebritadores, normalmente, nesta
fase, trabalham em circuito fechado. Quando necessitamos produzir grandes percentuais de
finos lançamos mão dos cones tipo F ( finos ) ou de rebritadores de rolos.
(h) Estocagem
Produção e Capacidade
- Equipamentos usados
- Jornada de trabalho
- Manutenção
- Operação
Pela acima, constata-se que é extremamente difícil prever a variação entre a capacidade e
a produção instantânea. Pode-se obter a produção a partir de fórmulas empíricas baseadas em
um grande número de levantamentos das mais variadas instalações.
Q=C. k1. k2 . k 3
Produtos Finais
2.3 Ligantes
Temos três tipos de materiais ligantes:
- Ligantes Plásticos: são Produtos Betuminosos tais como alcatrões e asfaltos naturais ou de
petróleo.
Tendo como principal função produzir ligações entre agregados capazes de resistirem às
ações mecânicas de desagregação produzidas pelas cargas dos veículos; e propriedades de
vedação contra a penetração proveniente tanto da água de chuva como da água capilar
(subterrânea ).
Tipos
CAP 30 / 45
CAP 50 / 60 CAP - 40
CAP 85 / 100 CAP - 20
CAP 150 / 200 CAP - 7
O CAPs não podem ser aplicados ou misturados em temperaturas baixas, menores que
100°C,devido a sua alta viscosidade (duros ).
Das características não reológicas dos CAPs salientaremos a Durabilidade, que está
ligada às mudanças nas propriedades durante a estocagem, aplicação e o serviço no pavimento.
(a) Misturas a quente, tais como, Concreto Betuminoso Usinado a Quente ( CBUQ ), Pré-
misturados a Quente (PMQ ) e Areia-betume. Recomenda-se o uso do CAP 20 ou 40 ou do
CAP 30/45, 50/60 e 85/100 com teor de asfalto obtido em projeto específico.
(c) Macadame Betuminoso por penetração direta; recomenda-se o uso do CAP 7 ou do CAP
150/200 com teor de asfalto obtido em projeto específico.
Restrições ao Emprego
(a) Os CAP não devem ser aquecidos a temperaturas superiores a 177º C para se evitar o
possível craqueamento térmico do ligante (queima ).
(c) Não são aplicados em dias de chuva, em temperaturas inferiores a 10º C e em superfícies
molhadas.
Métodos de Ensaios.
Ponto de Combustão
é a temperatura que a amostra após inflamar-se pela passagem da chama piloto continua a
queimar durante 5 segundos, no mínimo. Não deve espumar a 175º C.
Transporte e Armazenamento
(d) Na preparação de pré-misturados a frio ( PMF ) podem ser utilizados asfaltos diluídos
CR-250.
(e) Na preparação de areia-asfalto a frio podem ser preparados com asfaltos diluídos CM-250
ou CR-250.
Restrições ao Emprego
Não se misturam asfaltos diluídos com agregados úmidos nem se espalham misturas
com chuvas ou sobre superfície úmida.
Em pinturas de ligação não se recomenda a construção de novo revestimento, antes do
final da cura, reconhecida na prática pelo estado pegajoso do asfalto, para evitar o
escorregamento do novo sobre o antigo revestimento.
São dispersões de cimento asfáltico de petróleo em fase aquosa, com ruptura variável.
Ruptura é a separação da fases aquosa da fase betuminosa. O tempo de ruptura depende,
dentre outros fatores, da quantidade e tipo de emulsificante e a viscosidade depende do ligante
residual.
RR-1C Emulsão asfáltica catiônica de ruptura rápida, que se caracteriza pelo teor de
resíduo asfáltico no mínimo de 62% com até 3% de solvente e viscosidade Saybolt Furol a
50ºC entre 20 e 90 segundos ( baixa viscosidade ) e desemulsibilidade superior a 50% utilizadas
para tratamentos com areia e pinturas de ligação.
RR-2C Emulsão asfáltica catiônica de ruptura rápida, com teor de resíduo asfáltico no
mínimo de 67% com até 3% de solvente e viscosidade Saybolt Furol a 50ºC entre 100 e 400
segundos ( alta viscosidade) e desemulsibilidade não inferior a 50% utilizadas para tratamentos
superficiais, macadames e pinturas de ligação.
RM-1C Emulsão asfáltica catiônica de ruptura média, que se caracteriza por apresentar
viscosidade Saybolt Furol a 50ºC entre 20 e 200 segundos, teor de solvente destilado de no
máximo 12% , teor asfáltico residual de , no mínimo, 62% e desemulsibilidade no máximo de
50%.
RM-2C Emulsão asfáltica catiônica de ruptura média, que se caracteriza por apresentar
viscosidade Saybolt Furol a 50°C entre 100 e 400 segundos, teor máximo de solvente destilado
entre 3 e 12%, teor residual de ,no mínimo, 65% e desemulsibilidade no máximo de 50%.
Tanto a RM-1C como a RM-2C são indicadas para os Pré-Misturados a Frio ( PMF ) em geral.
A caracterização das emulsões de ruptura média em relação às de ruptura rápida é
feita pelo ensaio de desemulsibilidade que consiste na mistura de uma dada quantidade de
emulsão com uma outra quantidade de uma solução de aerossol ( dioctil sulfossucinato de sódio
) numa dada concentração que provoca desemulsibilidade medida pela quantidade que passa
na peneira n°20 ou 0,84 mm: se ficar retido no máximo 50% é ruptura média e em caso
contrário ruptura rápida.
RL-1C Emulsão asfáltica catiônica de ruptura lenta, que se caracteriza por apresentar
viscosidade Saybolt Furol à 25°C de no máximo 70 segundos, teor asfáltico residual de no
mínimo 60%, sem solvente, caracterizada pelo teste de mistura com cimento ou filler silícico e
utilizada para Pré-Misturados a Frio com finos que necessitam maior tempo de contato para
envolvimento, sem ruptura.
O teste de mistura com cimento ou filler consiste na mistura de emulsão com cimento ou
filler que é passada na peneira n°14 ou 1,41 mm ,se ficar mais de 2% retido a emulsão é de
ruptura lenta.
LA-1C Emulsão asfáltica catiônica para lama asfáltica, que se caracteriza por apresentar
viscosidade Saybolt Furol a 25°C máxima de 100 segundos, teor de resíduo asfáltico de no
mínimo 58% e teor máximo de 2% no ensaio de mistura com cimento.
LA-2C Emulsão asfáltica catiônica para lama asfáltica, que se caracteriza por apresentar
viscosidade Saybolt Fyrol a 25°C máxima de 100 segundos, teor de resíduo asfáltico mínimo
de 58% e para a qual não se exige o ensaio de mistura com cimento.
Recomendações
(a) Temperatura: Deverá ser sempre observada a temperatura ideal fornecida pela relação
temperatura-viscosidade. São empregadas geralmente à temperatura ambiente desde que não
seja inferior a 10°C, poderemos dar uma faixa de temperatura de 20 a 50°C em que são
normalmente utilizadas. Nunca devem ser aquecidas acima de 70°C.
(b) Transporte: Para distâncias muito grandes, dever-se-á observar o enchimento da carreta até
a boca, o que evitará uma agitação maior do produto que poderá acarretar uma diminuição na
viscosidade das emulsões.
As carretas que transportarem as emulsões asfálticas deverão passar por uma inspeção antes de
serem carregadas, para que se possa verificar se não carregaram anteriormente algum produto
que possa deteriorar a emulsão. Em caso positivo estas carretas deverão ser vaporizadas.
Todas as carretas que transportam emulsões deverão estar equipadas com bomba para a
circulação do produto, não sendo necessário qualquer tipo de aquecimento.
(c) Estocagem: Tomar cuidado de não misturar emulsões de tipos e/ou fabricantes diferentes
ou então de descarregar o produto em tanques com lastro de outro produto, principalmente de
asfaltos diluídos, pois o solvente destes altera a emulsão, deteriorando-a.
(d) Manuseio: Recomenda-se que se faça uma recirculação do produto sempre que as emulsões
ficarem estocadas por mais de trinta dias, antes de serem empregadas.
Não se recomenda a utilização das emulsões nos serviços de pré-misturados a frio, sem que o
fornecedor do produto tenha recebido uma amostra do agregado bem como a dosagem de
emulsão que irá se empregar, ou que este tenha feito o projeto do pré-misturado a frio que se irá
executar, afim de se evitar problemas de adesividade do agregado e ruptura das emulsões em
contato com o mesmo.
Não devem ser usadas sob ameaça de chuva.
Os tanques de estocagem não necessitam de sistema de aquecimento nem tampouco
revestimento térmico.
a - Penetração MB-10
b - Teor de betume P-MB-166
c - Ductibilidade P -MB-167
São obtidos pela combinação de polímeros e asfaltos compatíveis entre si. Estas
combinações permitem obter misturas com maior durabilidade e elasticidade e menores
deformações permanentes.
2.4 Misturas
(a) Especificações
Pode ser:
- Mistura de dois materiais (Percentagens Passantes )
P1 + P2 + P3 + P4 = 100% 2ª Equação
sendo
%Pas n = Percentagem passante acumulada na peneira qualquer n, na Mistura
P1 ... = Percentagem de contribuição de cada material na mistura
- Método Gráfico
Um método gráfico bastante simples de ser aplicado para misturas de qualquer número
de materiais é o Método de Rothfuchs. Consiste nos seguintes procedimentos:
Profs. Valmir Brondani e Rinaldo Pinheiro 68
Notas de Aula – TRP 1002
c - Com o auxílio de uma régua transparente, ajustam-se retas que mais se aproximam das
curvas granulométricas especiais dos diferentes agregados. Isto é feito de tal modo que as
áreas compreendidas entre as curvas e suas respectivas retas sejam mínimas e equivalentes.
e - A Curva Granulométrica Composta, em cada peneira, é obtida pelo somatório dos produtos
das percentagens passantes em cada peneira pelas percentagens de contribuição de cada
material, na mistura, conforme equação já apresentada acima.
São a mistura de solos, britas e ou de ambos com um ligante para se obter um produto
final que tenha curva granulométrica controlada e apresente apreciável resistência a
compressão simples, ao desgaste superficial e em alguns casos apresente também resistência
à tensões de tração na flexão.
- Concreto de cimento
- Concreto magro
- Brita cimento
- Solo cimento
- Solo melhorado com cimento
- Misturas a quente: são realizadas com agregados e CAPs que sendo semi-sólido a
temperatura ambiente necessitam ser aquecidas a temperaturas bem acima da temperatura
ambiente para serem confeccionadas, espalhadas e compactadas.
Pré-Misturado a Quente PMQ
Concreto Betuminoso Usinado a Quente CBUQ ou Concreto Asfáltico CA
Areia Asfalto a Quente, Lençol Asfáltico
- Misturas a frio: são realizadas com agregados e asfaltos liquefeitos geralmente emulsões
asfálticas catiônicas e raramente asfaltos diluídos. Só se aquece um pouco o asfalto liquefeito
( T = 50ºC ). Elas são sempre espalhadas e compactadas na temperatura ambiente.
Profs. Valmir Brondani e Rinaldo Pinheiro 70
Notas de Aula – TRP 1002
Solo Betume
Lama Asfáltica
Pré-Misturados a Frio PM
- Sem esqueleto mineral: denominados de mastiques que são dispersões de filler em cimento
asfáltico de petróleo, sem vazios. As partículas de filler não se tocam.
- Misturas Graúdas: são aquelas cujo diâmetro máximo é superior a 4,8 mm. Se apresentarem
% Vv acima de 12% serão consideradas misturas permeáveis. Nesta, estão incluídos os Pré-
Misturados em geral.
- Misturas Miúdas: são aquelas cujo diâmetro máximo é inferior a 4,8 mm, denominadas de
Argamassas Asfálticas dentre as quais temos: Lençol Asfalto a Quente e Areia Asfalto a
Quente.
(e) A textura
- Lisa
- Áspera
(a) Permeabilidade ao ar, indicada através da %Vv considerada importante devido a ação do ar
no envelhecimento dos CAPs.
δ = d = Mer = P / Vγágua
x% = 100 . PA / Pt PA = x% . Pt/100 δA = PA / VA
y% = 100 . PB / Pt PB = y% . Pt / 100 δB = PB / VB
z% = 100 . PC / Pt PC = z% . Pt / 100 δC = PC / VC
δm = Pt / Vt = [ PA + PB + PC ] / [ VA + VB + VC ]
δm = Pt / 100 . [ x% + y% = z% ] / [ PA / δ A + PB / δ B + PC / δ C ]
δm = [x% + y% + z% ] / [ x% / δA + y% / δB + z% / δC ]
δm = 100% / [ x% / δA + y% / δB + z% / δC ]
Vt > Vv % Vv = 100 . Vv / V
100% > %Vv
Na mistura sem vazios temos: δmt = Ps / Vs ou Vs = Ps / δmt e d = Ps / Vt
%Va = [ %A /δa ] / [ 1 / d ]
%Va = %A d / δa
%Vam = [ δmt - d ] 100 / δmt + %A d / δa
- Ensaio Marshall
- Ensaio de compressão simples
- Ensaio de compressão diametral
- Ensaio triaxial
- Ensaio de cedência
(a) Definições
- Agregado : todo o material sólido, inerte e granular que faz parte da mistura
- Massa específica dos grãos ou fragmentos: razão da massa dos grãos ou fragmentos, ao ar e
a 25ºC, para a massa de um volume de água destilada a 25 ºC, igual ao volume dos grãos ou
fragmentos, inclusive os vazios impenetráveis e exclusive todos os demais vazios.
- Teor de betume em relação aos agregados: razão da massa de material betuminoso, contida
na mistura betuminosa, para a massa de agregado contida na mesma mistura.
- Vazios de agregado: volume total dos espaços existentes entre os agregados do corpo-de-
prova ( preenchidos ou não por material betuminoso ), expresso percentualmente em relação ao
volume aparente do corpo-de-prova.
(b) Aparelhagem
- Prensa capaz de aplicar carga de até 4.000 kgf, mecânica ou manual, com embolo
movimentando-se a uma velocidade de 5,0 cm/min.
- Soquete de compactação de aço, com 4.540 gramas de massa e uma altura de queda livre de
45,72 cm.
(c) Ensaio
- Processo de parafina.
- estabilidade Marshall
- fluência
- vazios não preenchidos ou Volume de vazios
- vazios preenchidos ou relação betume-vazios
- massa específica aparente do corpo-de-prova
- relação betume-vazios
O teor de material betuminoso ótimo será a média entre o teores de material betuminoso
correspondentes a:
1 - máxima estabilidade
b - Pré-misturado
- camada de rolamento 3 a 5 3 a 5
- camada intermediária 4 a 10 4 a 10
c - Areia-betume 3 a 8 3 a 8
% de vazios preenchidos de material
betuminoso ( Vp )
a - Concreto asfáltico
- camada de rolamento 75 a 82 75 a 82
- camada intermediária 65 a 72 65 a 72
b - Pré-misturado
- camada de rolamento 75 a 82 75 a 82
- camada intermediária 50 a 70 50 a 70
c - Areia-asfalto 65 a 82 65 a 82
- Dosagem e Mistura
- Transporte
- Espalhamento
- Compactação
(a) Volumétricas: quando os fluxos dos agregados, do ligante e/ou água e da mistura são
ininterruptos e por esta razão são denominadas de usinas contínuas (produção constante ).
(b) Gravimétricas: quando os fluxos dos agregados, do ligante e/ou água e da mistura são
intermitentes, também denominadas de usinas descontínuas.
(c) Tambor- misturador ( Drum-Mixer ) : quando os fluxos dos agregados, do ligante e/ou
água e da mistura são contínuos pois a pesagem é feita por balança eletrônica ( ponte de
pesagem na correia transportadora ).
Volumétricas
Gravimétricas
Tambor-misturador
11 - Unidade complementares
a - Correia transportadora: é uma correia de borracha e lona, de largura igual ou maior que a
boca do silo, que se desloca continuamente sobre uma estrutura metálica dotada de roletes de
apoio, transportando o agregado que se encontra sobre ela. É utilizada para agregados finos,
como a areias e o pedriscos. O volume dependerá do abertura da comporta e da velocidade da
correia.
b - Placa oscilante: é uma chapa metálica, colocada embaixo da boca do silo, de secção em U
ligada a um dispositivo que permite o movimento de vai e vem. Quando a gaveta de desloca para
a frente transporta o agregado que se encontra sobre ela e no deslocamento para trás o
agregado cai na correia transportadora. O volume transportado dependerá do curso da chapa e da
abertura do portão.
Calibração
3 – Secador
4 – Ciclone
As partículas menores que a peneira nº 20, podem ser carregadas pelos gases de
combustão. A finalidade do ciclone é recuperar e reintroduzir esta parcela de finos na mistura
de agregados. Ele consiste num recipiente com forma cilíndrica, possuindo a parte inferior
afunilada, em cujo vértice existe um sem-fim que devolve os finos coletados aos agregados
quentes que saem do secador. Possui também um tubo para o escape dos gases. Estes gases
ainda levam finos em suspensão ( poluição ) que para serem retirados há necessidade do
emprego de coletores do tipo úmido.
É utilizado para transportar (elevar ) os agregados que saem do secador para a unidade
alimentadora de quentes. Este elevador é do tipo de caçambas montadas numa corrente
metálica, envolvida por uma caixa metálica que serve para evitar a perda de temperatura e dos
finos transportados.
Nas usinas volumétricas na parte inferior de cada um dos silos existe um dispositivo que
permite a regulagem do fluxo contínuo dos agregados que serão levados ao misturador.
Nas usinas gravimétricas, existe uma comporta que permite alimentar a balança, situada
embaixo dos silos, com as quantidades de agregados necessárias para uma dosagem ( em
peso).
A unidade desadora de asfalto pode ser constituída por um recipiente especial que
fornece a quantidade desejada de ligante ( gravimétricas ) ou por uma bomba de fluxo constante
(volumétricas ).
10 - Misturador
Os misturadores das usinas são constituídos por uma caixa metálica no interior da qual
giram dois eixos gêmeos paralelos com movimento de rotação em sentidos opostos. A estes
eixos estão fixados braços de aço, em cuja extremidade possuem pás que permitem regulagem
de inclinação. A distância, entre as pás e as paredes da caixa metálica, é regulada pelo tamanho
máximo do agregado.
A finalidade básica do misturador é a execução de uma mistura homogênea dos
agregados entre si ou com a água ou com o ligante de tal maneira que a quase totalidade das
partículas de agregado fiquem envolvidas pelo ligante ou pela água.
Para que a mistura seja homogênea é necessário que ela seja misturada durante um certo
período de tempo denominado de tempo de mistura.
11 - Sistema de aquecimento
12 - Balança eletrônica
A balança eletrônica permite uma dosagem mais precisa pois as agregados serão medidos
em peso.
13 - Secador-misturador
A secagem dos agregados é efetuada por radiação, na primeira região do tambor, quando
a umidade é removida.
A mistura dos agregados com o asfalto, é feita na região posterior, onde o asfalto é
introduzido no tambor e é efetuada a cobertura dos agregados pelo asfalto.
As Operações de Transporte, Espalhamento e Compactação de Misturas para obtenção
de camadas do pavimento serão apresentadas na Cadeira de Pavimentação ( Execução de
Pavimentos ).