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Introdução

O presente trabalho que tem como tema " A tripanossomíase (Doença do sono),
neste trabalho no I Capitulo iremos abordar a definição da Tripanossomíase.

No II capitulo vamos abordar os suas causas, transmissão e como se espalha.

No III capitulo abordaremos os tipos de doença e como estão divididas de


acordo com os territórios em que as espécies do parasita habitam e como é o seu ciclo
de vida.

Já no IV capitulo vai ser abordado a progressão do parasita dentro do ser


humano depois da picada e quais são os seus sintomas da doença e o seu estágio.

O V capitulo vais ser retratado sobre o diagnostico e como o tratamento da


doença é efeito, qual é a melhor forma de prevenção e as complicações decorrentes da
doença.

No V capitulo vai se abordar sobre o papel do Estado (Ministério da Saúde) e a


responsabilidade da Organização Mundial da Saúde (OMS) perante o combate desta
doença.

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1-A tripanossomíase

Tripanassomias: A Doença do Sono ou Tripanossomíase Humana Africana


(THA), é causada pelo parasita Trypanosoma brucei e transmitida através da picada da
mosca Tsé-tsé (Glossina palpalis). A doença é conhecida como “do sono” por conta da
inconsciência e o mal estar que causa no paciente.

Quase meio milhão de pessoas são atingidas pela doença anualmente, segundo
dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Acredita-se que 80% das pessoas
infectadas morrem da doença do sono após apresentar os sintomas, como,
cansaço, febre alta, convulsões e dor intensa.

Apesar da mortalidade ser alta, há cura para a doença. O número da mortalidade é


grande por conta da demora no diagnóstico e também porque o tratamento tem preços
elevados.

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2-Analise da situação
Durante o seculo XIX, a tripanossomíase africana foi um grave problema de
saúde pública.

Actualmente existe mais de 250 focos activos no interior da cintura da mosca


tsé-tsé na Africa subsariana, abrangendo sobre tudo países da Região Africana da OMS
e o Sudão. Nessa zona, a doença do sono ameaça mais de 60 milhões de pessoas. Das
populações em risco, só menos de 100% estão presentemente sob vigilância. Nos anos
recentes foram notificados em média cerca de 45.000 casos anuais, mas as estimativas
da OMS revelam que existem entre 300.000 e 500.000 indivíduos infestados.

2.1-Causas e transmissão

O causador da doença é um parasita conhecido como Trypanosoma brucei, ele é


transmitido através da picada das moscas tsé-tsé que são encontradas na África, mais
especificamente nas regiões quentes e úmidas espalhadas em 36 países pela África
Subsaariana.

A mosca adquire o parasita picando humanos ou animais infectados. Há diversos


locais em que o parasita pode se hospedar, como, em humanos e animais, sejam eles
domésticos, selvagens ou gado.

Ainda há mais duas formas de transmitir a doença, mas essas não são muito
comuns, é a contaminação em laboratórios através de agulhas contaminadas ou a
transmissão de mãe para o filho.

2.2-Como se espalha

A pessoa pegará a tripanassomiase africana do leste se for picada por uma mosca
tsé-tsé infectada com o parasita trypanossoma brucei rhodesiense. Lá a tripanossomiase
africana do oeste é transmitida através da picada de mosca tsé-tsé infectada com o
trypanossoma brucei rhodeisense. Ocasionalmente a mulher pode transmitir
tripanossomiase africana do oeste para o seu bebé. A proteção de moscas tsé-tsé
infectada com esse parasita da doença do sono é baixa. A mosca tsé-tsé é encontrada
apenas em zonas rurais da Africa.

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3-Tipos da Doença
Os tipos da doença do sono são divididos de acordo com os territórios em que
habitam e também por conta da sub espécie de parasita existente na infecção.

3.1-Trypanosona brucei gambiense

Essa é a forma mais comum da doença, cerca de 98% dos casos são transmitidos
por esse parasita. Nessa situação, o paciente pode passar meses e até mesmo anos sem
apresentar nenhum sintoma, causando um estágio avançado da doença ao ser
diagnosticado.

Os locais da África afetados com esse parasita, fazem parte da área ocidental e
central.

3.2-Trypanosona brucei rhodesiense

Essa forma de parasita é encontrada na minoria dos pacientes, causando infecção


aguda. Os sintomas são notados semanas ou meses após a transmissão, sendo que a
infecção se desenvolve rapidamente atingindo o SNC (sistema nervoso central).

Esse parasita é encontrado na parte oriental e meridional da África.

3.3-Ciclo de vida do parasita

O parasita é encontrado na saliva das moscas Aniel e é injetado nos pacientes


quando se alimentam de sangue. O T. brucei não invade as células nem assume forma de
amastigota mas se alimentam e se multiplica enquanto tripomastigota nos fluidos do
corpo, incluindo fluido extracelular e sangue nos tecidos.

A mosca Glossina é infectada pelo parasita quando se alimenta de sangue


humano. Em um mês o parasita assume várias formas enquanto se multiplica na mosca,
chegando na saliva do inseto.

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3.4-Epidemiologia

A doença do sono ocorre apenas na Africa, nas zonas onde existe o seu vector, a
mosca Aniel. Não existe na Africa do Sul nem a norte do deserto Saara.

A subespécie gambiense existe apenas a oeste do vale do grande rift africano, nas
florestas tropicais, sendo um problema grave em países como os Congos (antigo Zaire),
Camarões e Norte de Angola. A transmissão é principalmente de humano para humano,
com menor importância dos reservatórios animais. As moscas transmissoras são as
glorssina palpalis, que se concentram junto aos rios, lagos e poços.

A subespécie rodeisiense existe a leste do grande rift, principalmente na região


dos grandes lagos, nas savanas: Tanzânia, Quénia, Uganda e Norte de Moçambique. Os
antílopes, gazelas e animais domésticos são reservatórios importantes do parasita.
Transmitido pelas moscas Glossima morsitans.

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4-Progressão e Sintomas

4.1-Progressão

Após a picada infeciosa, o parasita multiplica-se localmente durante cerca de 3


dias, desenvolvendo-se por vezes uma induração ou inchaço edematoso, denominado de
cancro tripanossómico, que desaparece após três semanas, em média. O inchaço não
surge na grande maioria dos casos de infecção pelo T. gambiense e apenas em 50% dos
caos de infeção com T. rodesiense.

O parasita dissemina-se durante 1-2 semanas (T. gambiense) ou 2-3 semanas (T.
rodesiense) da picada pelo corpo do doente. O T. gambiense produz muito mais alta
parasitemia que o T. rodesiense. Os sintomas são todos durante as fases de replicação ou
parasitemia. Os parasitas multiplicam-se no sangue, a maioria com uma mesma
glicoproteina de membrana. No entanto alguns poucos trocam a glicoproteina por outra
de dentro do seu leque de 1000 genes para essas proteínas, num processo aleatório.
Quando o sistema imunitário produz anticorpos específicos contra a
glicoproteína dominante, a maioria dos parasitas é destruida, mas não os poucos que, por
acaso já tinham trocado a glicoproteína que usam. Os sintomas cessam, mas os parasitas
com a glicoproteína diferente não são afetados pelos anticorpos produzidos e
multiplicados, gerando nova onda parasitemica e de sintomas. Então são produzidos
novos anticorpos contra a nova glicoproteína dominante, que mais tarde são eficazes em
destruir a maioria dos parasitas exceto aqueles poucos que já trocaram novamente a
glicoproteína que usam, e assim por diante. O resultado são ondas de multiplicação e
sintomas agudos que vão aumentando até originar sintomas do tipo cronico, após muitos
danos, A grande quantidade de anticorpos produzidos leva à formação de complexos
dessas proteínas, que activam o complemento e causam também directamente danos nos
endotélios dos vasos e nos rins. Os danos nos vasos geram os edemas, e microenfartes no
cérebro, enquanto a anemia é devida à destruição acidental pelo complemento das
eritrócitos.

Os sintomas iniciais e recorrentes são a febre, tremores, dores musculares e


articulares, linfadenopatia (gânglios linfáticos aumentando), mal estar, perda de peso,
anemia e trombocitopenia (redução do número de plaquetas no sangue). Na infecção por

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T. rodesiense pode haver danos cardíacos com insuficiência desse órgão. Há
frequentemente hiperatividade na fase aguda.

Mais tarde surgem sintomas neurológicos e meningoence-falite com retardação


mental. Na infecção por T. gambiense a invasão do cerebro é geralmente após seis meses
de progressão, enquanto o T. rodesiense pode invadi-lo após algumas semanas apenas.
Sintomas típicos deste processo são as convulsões epitéticas, sonolência e apatia
progredindo para o coma. A morte segue-se entre seis meses a seis anos a infecção para o
T. gambiense, e quase sempre antes de seis meses para o T. rodesiense. O Trypanossoma
brucei é um dos parentes doo Trypanossoma cruzi (causador da doença de chagas).

4.2-Sintomas da Doença e seu estágio

Os sintomas podem ser separados em dois estágios. O primeiro é com sintomas não
específicos, são generalizados, como:

 Febre;
 Dor de cabeça;
 Dor nas articulações.

Os sintomas do segundo estágio são um pouco mais específicos mas ainda assim muito
abrangente. Os mais conhecidos são:

 Sudorese;
 Mudanças de humor ou comportamento;
 Convulsões;
 Ansiedade;
 Confusão mental;
 Aumento de linfonodos (ínguas);
 Distúrbios sensoriais e de coordenação;
 O sono também é perturbado, durante a noite a pessoa permanece acordado
e sente muita vontade de dormir durante o dia.

Se a doença do sono não for tratada, pode trazer sério riscos à saúde e até mesmo se
tornar fatal.

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5-Diagnóstico e tratamento

5.1-Diagnóstico

O diagnóstico pode ser dado por um infectologista ou então por um clínico geral.

O diagnóstico é geralmente pela detecção microscopia dos parasitas no sangue ou


liquido cefalo-raquidiano.

Também se utiliza a inoculação do sangue em animais de laboratório, se a


parasitemia for baixa, ou a deteção do seu DNA pela PCR.

Na fase aguda, o tratamento com pentamidina é eficaz contra T. gambiense, e a


suramina contra T. rhodesiense. No entanto a resistência é crescente a estes fármacos. Na
fase cerebral, já poderia haver danos irrevestíveis. E necessário usar o toxico
melarroprol, que mata sem ajuda do parasita 1-10% dos doentes, ou no caso do T.
gambiense, a eflornitina.

A doença do sono é considerada como extremamente negligenciada, pela DNID,


basicamente porque afeta principalmente os muito pobres, em áreas igualmente pobres.

Durante a consulta, o médico fará diversas perguntas para tentar identificar o


problema. As perguntas serão voltadas à viagem e aos locais visitados, além de saber
sobre os sintomas, incluindo também histórico médico.

5.2-Tratamento

O tratamento é feito somente com medicamentos. No primeiro estágio da doença


os medicamentos são fáceis de serem usados, pois possuem baixa toxicidade. Já no
segundo estágio o medicamento deve ultrapassar a barreira hemato-encefálica a fim de
alcançar o parasita, trazendo maiores reações adversas.

No primeiro estágio da doença, os princípios ativos suramina e pentamidina são


indicados para o tratamento. Já no segundo estágio, os princípios ativos indicados são
NECT, ou nifurtimox-eflornitina que é uma combinação terapêutica sugerida pela OMS.

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5.3-Os medicamentos indicados para o tratamento

 Duoflam;
 Diprospan.

Apesar de ser apontado no texto, jamais utilize esses medicamentos sem auxílio e
indicação médica.

5.4-Convivendo com o problema

Uma das principais complicações da doença é o sono que o paciente sentirá


durante o dia por ter problemas de dormir durante a noite, podendo ocorrer, até mesmo,
danos no sistema nervoso central, coma e até morte.

Quanto antes for diagnosticada, mais chance o paciente tem de sobreviver à


doença. Quando os sintomas agravam, a situação de saúde do paciente se agrava junto.
De uns anos para cá, o número da doença diminuiu e a Organização Mundial da Saúde
firmou parcerias com indústrias, e fundações farmacêuticas para que mais informações
possam ser descobertas sobre a doença. Quando algo novo é descoberto, é enviado aos
países que mais sofrem com o parasita.

5.5-Prevenção

A prevenção é evitar os locais que sejam contaminados e se proteger contra as


picadas da mosca tsé-tsé. As roupas têm função importante, é indicado utilizar roupas
grossas e de manga comprida para que a mosca não tenha acesso à pele.

O uso de repelentes de insetos também é recomendado a fim de prevenir a


doença do sono, porém sua eficácia contra as moscas tsé-tsé pode ser limitada.

A Pentamidina também pode ajudar na prevenção, contudo, os efeitos colaterais


envolvem o dano nas células pancreáticas, o que pode gerar hipoglicemia seguida,
posteriormente, de diabetes. Sendo assim, a droga raramente é utilizada com a
finalidade de profilaxia.

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Dicas de como se prevenir das moscas:

 Utilizar repelente;
 Utilizar telas protetoras;
 Usar aparelho elétricos luminosos que atraem e matam as moscas;
 Fazer a destruição das populações desse tipo de mosca é eficaz para a
erradicação da doença.

5.6-Complicações possíveis

Dentre as complicações decorrentes da doença então os danos causados pelos


momentos de sono durante as atividades diurnas (como ao manejar máquinas), danos
graduais no sistema nervoso central, coma e até a morte.

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6-Papéis e Responsabilidades

6.1-Papeis dos países

A nível nacional, os Ministerios da Saúde deverão desenvolver as politicas da


tripanossomíase humana africana, os seus planos e os quadros de implementação. Estes
documentos serão a base de todo o apoio dos parceiros e garantirão actividades de
controlo uniformes e parcerias solidas.

Os distritos serão responsáveis pelo planeamento, implementação, supervisão,


monitorização e avaliação das actividades de controlo da tripanossomíase humana
africana nos países. As comunidades devem participar, responsabilizando-se desse
modo face aos programas de controlo da tripanossomíase humana africana; devem ser
envolvidas desde a fase de concepção.

Em cada pais, deve ser nomeado um director do programa nacional da


tripanossomíase humana africana. Devem ser criados grupos de trabalho
multidisciplinares e comissões para a luta contra a triponassomiase humana africana em
todos os níveis, para garantir a coordenação intersectorial. O diagnóstico e o tratamento
serão descentralizados, de tal modo que cada distrito afetado participa no controlo da
doença. A luta anti-vectorial será integrada em outras actividades de controlo, sempre
que conveniente.

A coordenação assegurará a estandardização e uniformidade das actividades,


enquanto que a colaboração procurará criar parcerias sólidas em todos os níveis. A
colaboração interministerial garantirá a promoção da luta anti-vectorial da mosca tsé-tsé
e do tratamento dos reservatórios animais.

Os Ministérios da Saúde serão responsáveis pela mobilização de recursos para o


programa e pela sua coordenação geral, supervisão, monitorização e avaliação. Darão
assistência técnica aos distritos e promoverão parcerias dos sectores públicos e privados.
O sector público colaborará com o privado e os organismos internacionais para garantir
a disponibilidades dos produtos e tecnologia para o controlo da tripanossomíase humana
africana. Segundo as respectivas vantagens comparativas, as organizações não-
governamentais apoiarão os programas nacionais e trabalharão em estreia colaboração

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com eles. Os parceiros contribuirão com advocacia, mobilização de recursos e reforços
de capacidades.

6.2-Responsabilidades da OMS

A OMS apoiará a formulação e implementação dos programas nacionais de


controlo, por meio de apoio técnico e reforços de capacidades. As equipas interpaises
sediadas nos blocos epidemiológicos serão reforçados. A OMS promoverá também a
ligação desta estratégia a outra estratégias regionais pertinentes, para a gestão integrada
do vecto, a promoção da saúde e a vigilância integrada das doenças.

A OMS colaborará igualmente com outras organizações e projectos


internacionais, como a União Africana, FAO, PNUD, Agencia Internacional da Energia
Atomica e Campanha Pan-Africana de Erradicação da mosca tsé-tsé e da
Tripanossomiase, para promover o tratamento dos reservatórios animais e a luta ant-
vectorial da mosca tsé-tsé.

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Conclusão

Em suma a Tripanossomia humana africana só é endémica em Africa, onde esta


doença assume grande importância para a saúde pública. Actualmente, o continente vê-se
confrontado com uma terceira epidemia.

As consequências sociais e económicas da doença têm um impacto negativo no


desenvolvimento dos países.

O controlo da trypossomiase humana africana exige uma colaboração entre os


sectores públicos e privado e uma forte participação das comunidades e das ONG.

A implementação desta estratégia nos países afectados deverá reduzir a


morbilidade e mortalidade devidas à tripanossomíase africana, eliminando assim a
doença, enquanto problema de saúde pública, até 2015.

Atualmente, cerca de 10.000 novos casos por ano são comunicados à


Organização Mundial de Saúde; No entanto, acredita-se que muitos casos não são
diagnosticados e não declarada. A doença do sono é curável com medicação, mas é fatal
se não tratada.

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Referências Bibliográfica

https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_do_sono
http://www.msf.org.br/o-que-fazemos/atividades-medicas/doenca-do-sono
http://brasilescola.uol.com.br/doencas/doenca-sono.htm
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/doenca-sono-1.htm
https://www.tuasaude.com/doencas-do-sono/
www.infoescola.com/doencas/doenca-do-sono/
mundoestranho.abril.com.br/mundo-animal/por-que-a-picada-da-mosca-tse-tse-da-sono/

portalsaofrancisco.com.br/saude/doenca-do-sono

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