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Definição e característica

http://www.movimentodown.org.br/sindrome-de-down/o-que-e/

A síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte
das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com
síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez
de 46, como a maior parte da população.

Os cromossomos carregam milhares de genes, que determinam todas as nossas características.


Desses cromossomos, 44 são denominados regulares e formam pares (de 1 a 22). Os outros dois
constituem o par de cromossomos sexuais – chamados XX no caso das meninas e XY no caso dos
meninos. O que ocorre, então, para um bebê apresentar 47 cromossomos, em vez de 46, e ter
síndrome de Down? Por alguma razão que ainda não foi cientificamente explicada, ou o óvulo
feminino ou o espermatozoide masculino apresentam 24 cromossomos no lugar de 23, ou seja, um
cromossomo a mais. Ao se unirem aos 23 da outra célula embrionária, somam 47. Esse cromossomo
extra aparece no par número 21. Por isso a síndrome de Down também é chamada de trissomia do
21. A síndrome é a ocorrência genética mais comum que existe, acontecendo em cerca de um a cada
700 nascimentos, independentemente de raça, país, religião ou condição econômica da família.

http://facsaopaulo.edu.br/media/files/2/2_387.pdf
Os portadores da Síndrome de Down possuem características bem marcantes que os distinguem das outras pessoas, tais
como: O crânio se desenvolve com certa anormalidade que torna visível pelo formato da face que possui um leve
achatamento que dá uma característica arredondada da cabeça. Os ossos são mais delgados e o fechamento das fontanelas
é comum. 7 Qualquer problema ocorrido durante a formação e desenvolvimento do cérebro pode causar retardo mental.
Como afirma “o cérebro, nas pessoas com essa síndrome, apresenta volume e peso menores do que o esperado em pessoas
normais (...). O número de neurônios apresenta-se reduzidos em diversas áreas do córtex cerebral, hipocampo e cerebelo.”
(FLÓREZ apud SAAD, 2003, p. 67). Os cabelos são finos e lisos e pode haver falhas de cabelo. As crianças portadoras da
Síndrome têm a boca pequena se comparada com as crianças normais, e ficam com a boca aberta com a língua levemente
projetada para fora, sendo que a língua é sulcada.A linguagem dessas crianças é bastante comprometida, principalmente se
comparadas com o grupo de crianças com o desenvolvimento normal. Os sindrômicos apresentam também, obesidade,
mãos gordas e pequenas, orelhas pequenas em forma de concha, baixa estatura, arcaria dentária pequena, dedão do pé é
mais separado dos demais, nariz arredondado, entre outras. Mas é importante lembrar que nem todas as características
descritas, necessariamente, aparecerão em todas as crianças com está síndrome, porém cabe a nós conhecê-las, pois
algumas dessas características precisarão de adaptações. Os pesquisadores e profissionais têm enfatizado a necessidade
de se discutir mais sobre as habilidades das crianças deficientes, para as realizações das atividades diárias, ao invés de
destaca-lo como uma medida importante de grau de desenvolvimento.

DIAGNÓSTICO E COMPLICAÇÕES CLÍNICAS Atualmente existem testes genéticos que podem identificar a possibilidade de
que o bebê tenha a síndrome de Down a partir da nona semana de gravidez. Coletase uma amostra de sangue materno do
qual são retirados fragmentos de DNA fetal. O teste rastreia o DNA do bebê para procurar problemas cromossômicos
específicos. Outros exames também são disponíveis, como a ultrassonografia, biópasia do vilocorial, transludêncianucal,
aminiocentese, entre outros. A transludêncianucal consiste na coleta de uma quantidade pequena de líquido presente na
parte de trás do pescoço do feto, o qual é medido na ecografia durante a 11ª e 13ª semana de gestação, pois através deste
exame é possível 8 detectar se o bebê tem a síndrome, já que aqueles que possuem a anormalidade têm mais líquido na
parte de trás do pescoço que os outros bebês. A biópsia do vilocorial é um exame bastante preciso para diagnosticar
anormalidades cromossômicas como a síndrome de Down. Ele é feito pela análise de uma amostra de uma parte da
placenta, entre a 10ª e a 12ª semana de gravidez. Já a amniocentese, pode ser feito a partir da 15ª semana de gravidez.
Ambos os testes geram um risco para o bebê, pois se tratam de um procedimento invasivo.O risco de abortamento é
ligeiramente maior depois de uma biópsia de vilocorial (entre 0,5% e 1%) que depois de uma amniocentese (entre 0,25%
e 0,5%). Esses diagnósticos são realizados no pré-natal, por outro lado, quando o diagnostico é feito após o nascimento da
criança, então parte-se inicialmente das características visíveis do recém-nascido, como afirma (Tolmie, 1996, p.02): O
diagnóstico geralmente é realizado pelos achados fenótipos, ou melhor, pela aparência facial. De fato, é a associação de
sinais discretos observados na face dos pacientes que permitem o diagnóstico, principalmente nos recém-nascidos. Porém,
para não haver dúvidas, o diagnóstico defini cariótipo. De acordo com procedimentos médicos indivíduos portadores da
Síndrome de Down podem apresentar alguns problemas de saúde, tais como: Malformação dos intestinos, deficiência
imunológica, problemas respiratórios, de visão, de audição, odontológicos, cardíacos e na glândula tireóidea. Até bem
pouco tempo atrás se acreditava que a expectativa de vida dessas crianças fosse muito curta. Entretanto, atualmente sabe-
se que com acompanhamento médico e alguns cuidados elas podem ter uma vida mais longa e com melhor qualidade.
Pessoas com Síndrome de Down diferem muito com relação à presença e grau de seus problemas médicos do que outros
sem esta desordem crossômica. Entretanto, a maioria das pessoas com síndrome de Down que recebe serviços médicos e
dentários adequados terá boa saúde geral.(Pueschel, 1993, p.86). As complicações clínicas quando não são acompanhadas
pelo médico pode influenciar no desenvolvimento da criança, seu processo de aprendizagem já é mais lento que as outras
crianças e se não houver a devida atenção pode prejudicar a coordenação motora, falta de concentração e o
comportamento também pode ser afetado.

Inclusão nas aulas


http://www.efdeportes.com/efd180/sindrome-de-down-na-educacao-fisica.htm

A Educação Física Escolar e a inclusão de alunos com SD

A proposta da Educação Física Escolar é inserir a criança em meio à cultura corporal do movimento, para que ela
possa compreender, aprender e desenvolver suas habilidades, percebendo o meio ambiente e as adaptações que o
mundo oferece. A disciplina tem o dever de proporcionar ao aluno práticas que desenvolvam suas dimensões
cognitivas, afetivas, motoras e socioculturais.
A educação é um direito para todos os alunos com ou sem qualquer tipo de deficiência. Quanto ao que se refere à
Inclusão Escolar de crianças com algum tipo de deficiência, independente de qual seja, é dever do professor fazer
todo o possível para que todos os alunos aprendam e progridam.

A inclusão não pode e nem deve ser encarada como uma forma negativa de desafio e, sim apenas como uma
consciência sobre as diferenças individuais de cada criança, tal como explica Flórez (1997, p.6), “[...] a dificuldade
para aprender não deve ser considerada como algo generalizável a todo tipo de aprendizagem, mas parcelável”. Isto
significa -como afirma Mazzotta (1982, p.15), “que nem todas as condutas são afetadas pela deficiência. Para isso, é
preciso procurar e esgotar todos os métodos e meios de ensino que permitam aos alunos aprender e alcançar os
objetivos educativos, motivando-os a sempre buscar seu melhor”.

A criança com SD, apesar de ter várias de suas características físicas e psicológicas limitadas, tem uma
comprovada capacidade de aprender. A adaptação educativa dos métodos e avaliações faz com que haja progresso
dentro do contexto educacional. A criança com SD tem uma maior facilidade de aprendizado, quando há repetições de
atividades antes de modificá-las. As imitações também facilitam, pois além de serem divertidas para as crianças elas
acabam por copiarem os movimentos.

Elogiar a criança durante uma brincadeira que foi executada de forma correta, evita que a mesma fique frustrada,
por exemplo, durante uma atividade que precise ser utilizado os dedos como ato de pinçar, devido a suas limitações,
ao não conseguir fazer o movimento a criança com SD, pode lançar o brinquedo, e ao chegar nesse estágio fica um
tanto quanto complicado retirá-la do mesmo, porém a música, a dança e movimentos corporais podem ajudar a
acalmá-las. Por tanto, talvez seja necessário evitar brinquedos e atividades que não sejam compatíveis as limitações.
A segurança das crianças e o acompanhamento de perto das atividades realizadas, garantem o primeiro estágio de
desenvolvimento, a avaliação do professor, quanto às maiores dificuldades da criança é o que irá facilitar quanto aos
métodos e atividades a serem desenvolvidas.

É fundamental, que ao se iniciar um processo de atividades para crianças com SD, seja considerado todo o seu
contexto sociocultural, suas deficiências corporais, enfim, suas potencialidades. Para que seja construído um trabalho
focado no desenvolvimento individual, garantindo o direito ao aprendizado e a cidadania.

Portanto o professor de Educação Física pode buscar atividades que sejam compatíveis para o desenvolvimento
das crianças com SD, junto às outras crianças, para que haja a socialização e um bom desempenho no aprendizado
cognitivo e corporal das mesmas, sem que tenha maiores problemas.

Desenvolvimento das atividades

Algumas problemáticas são encontradas nas crianças com SD, segue alguns cuidados que se deve tomar ao aplicar
algumas atividades:

Instabilidade atlanto-axial (IAA) – É o aumento da distância entre duas vértebras da coluna cervical (C1 e C2),
localizada na parte superior do pescoço, que deve ter uma distância entre 1 a 4 mm, para ser considerada dentro da
normalidade, acima de 5 mm , o mesmo deverá ter maiores cuidados pois suas funções básicas não serão exercidas
com eficiência, na qual será a proteção medular. Neste caso o docente deverá estar atento aos possíveis sintomas
como: torcicolos frequentes, postura anormal da cabeça, dor localizada, em casos mais graves deteriorização motora
progressiva, que pode levar o aluno a ter dificuldades para andar e posteriormente se tornar dependente para todas
as atividades. Atividades contraindicadas seriam: alguns estilos de natação, como borboleta e peito; ginástica
artística, por causa dos rolamentos, saltos de aparelhos e quaisquer outros exercícios que coloquem sobre pressão a
cabeça e/ou pescoço. Devendo ressaltar que o indivíduo de IAA, deverá fazer atividades físicas tendo como exceção
somente as atividades acima citadas.

Conclusão

O processo de ensino-aprendizagem da Educação Física deverá estabelecer uma prática que contextualize a
realidade do aluno, cabe ao professor oferecer meios e estratégias proporcionando o desenvolvimento motor,
cognitivo e afetivo do aluno com esta síndrome, propiciando a construção de conhecimento e habilidades mais
complexas, isso dependerá das vivências e experiências proporcionadas aos alunos na aula. Nesse pressuposto
entende-se que a Educação Física Escolar desempenha um papel fundamental de inclusão social, quando articulada a
sua prática pedagógica está a construção e adaptação de diferentes estratégias a serem utilizadas, para que ocorram
relações afetivas entre alunos ditos “normais” e com SD.

Neste caso, o professor de Educação Física, precisa aprimorar seus conhecimentos, para que as aulas sejam
dinâmicas, criativas e motivadoras, lembrando-se de sempre aplicar as devidas precauções, superando problemas e
dificuldades.

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